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DIAGNÓSTICO

PRECOCE DA
TRANSMISSÃO
C O N G Ê N I TA

LAYNE E B SOUZA
T R A N S M I S S ÃO M AT E R N O - F E TA L

• Ocorre em uma média de 5% das mães infectadas em áreas endêmicas


• ~15 mil casos congênitos por ano

• Diagnóstico em recém-nascidos:
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• Tripomastigotas no sangue periférico ou do cordão umbilical: técnica de concentração
de microhematócritos

• Alta parasitemia: PCR

• Métodos de sorodiagnóstico padrão: baixo valor preditivo

• Novos antígenos reconhecidos por IgM ou IgA fetal


• Elevado número de falsos negativos

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E ST U D OS D E A B O R D AG E M A LT E R N AT I VA

• Dr. Frasch, 1990


• Identificação de antígenos de T. cruzi reconhecidos exclusivamente ou
preferencialmente por IgGs fetais

• Avaliação paralela de amostras de soro mãe/recém-nascido x painel de antígeno 3


multiplexado > comparação entre as assinaturas de reconhecimento
• SAPA (Shed Acute-Phase Antigen) e Ag13/TcD

• Único marcador sorológico disponível de infecção precoce


• Infecções transmitidas por vetores recentemente adquiridas
• Transmissão congênita
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TESTE CHUNAP

• Nanopartículas de urina de Chagas

• A infecção ativa é avaliada indiretamente pela captura e concentração de antígenos TESA


(Trypomastigote Excreted-Secreted Antigen) da urina do paciente, que são então
revelados usando um anticorpo monoclonal direcionado a um lipofosfopeptídeoglicano do 4
parasita.

• Diagnóstico preciso quando testado no pico da parasitemia em áreas endêmicas.

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PERSPECTIVAS FUTURAS

• Dada a alta eficácia das drogas tripanocidas em recém-nascidos, diagnosticar


rapidamente e precisamente, para que seja feito o tratamento adequado é essencial.

IgM
Respostas imunes
distintas
IgA
Triagem
intensiva
Detecção precoce da
transmissão congênita
Biomarcadores
Prioridade na pesquisa com
Doença de Chagas
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AVALIAÇÃO RÁPIDA DA EFICÁCIA DA TERAPIA

• Quimioterapia: Infecções agudas ou crônicas


• Taxa de cura de 62%

• Durante a fase crônica, a eficácia do tratamento medicamentoso é menor e variável


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• Mesmo em tratamentos bem-sucedidos, o padrão-ouro para avaliar a eficácia do
medicamento pode levar anos a décadas, enfatizando a necessidade de marcadores de
resposta terapêutica novos e aprimorados:
• Estratégias baseadas em PCR tem se mostrado eficazes;
• Indicador rápido da suscetibilidade do parasita às drogas;
• Permitem a modificação precoce da terapia.

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TÉCNICA DE COML

• Krettli e Brener, 1982


• ‘Anticorpos contra formas vivas de sangue’;
• Participavam da resistência contra o parasito;
• Ausentes no hospedeiro curado após o tratamento; 7

• Detectáveis por ensaio de lise mediada por complemento (CoML).

• A técnica foi incluída nos critérios de cura e contribuiu principalmente para a diminuição
do período de acompanhamento pós-tratamento.

7
PREDIÇÃO DA PROGRESSÃO DA
DOENÇA
8

8
PREDIÇÃO DA PROGRESSÃO DA DOENÇA DE
CHAGAS

• A doença de Chagas evolui para uma ampla gama de sintomas patológicos:

• Manifestações subclínicas a megassíndromes potencialmente fatais


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• A identificação de biomarcadores diagnósticos ou preditivos de progressão da doença é
essencial para o manejo clínico dos pacientes

• Alguns autores propuseram alternativas sorológicas para enfrentar esse problema:


• Quantificar os títulos de anticorpos específicos para distinguir entre patologias
cardíacas associada à doença de Chagas e não chagásicas;
• Identificar marcadores bioquímicos de dano cardíaco ou inflamação.

9
PREDIÇÃO DA PROGRESSÃO DA DOENÇA DE
CHAGAS

• Apesar de inúmeras tentativas, nenhum dos marcadores sorológicos ou bioquímicos se


traduziu em um marcador confiável para avaliar danos cardíacos ou prognóstico de
doenças. 10
• A natureza complexa e provavelmente multifatorial da patogênese da doença de Chagas,
juntamente com as dificuldades intrínsecas no estabelecimento de modelos
experimentais e epidemiológicos adequados, são um desafio clínico para a doença.

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T I PAG E M D A S C E PA S D E PA R A S I TA S

• A sorotipagem é baseada no uso de antígenos específicos com diferenças qualitativas ou


quantitativas entre cepas/DTUs de parasitas para detectar assinaturas de anticorpos
específicos; 11
• Nesse contexto, os métodos de sorotipagem surgem como uma alternativa atraente para
superar aquelas limitações descritas anteriormente;

• Novas ferramentas de sorotipagem podem, ainda, facilitar a descoberta de possíveis


relações entre a variabilidade genética do parasita e as manifestações clínicas no
hospedeiro.

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• Áreas rurais e endêmicas:
• Acesso restrito ao diagnóstico e tratamento
DIAGNÓSTICO
• Menor custo operacional 12
POINT OF CARE • Maior confiança do paciente
• Início precoce do tratamento

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OBSERVAÇÕES FINAIS

• Os métodos diagnósticos atuais são altamente precisos na detecção da maioria das


infecções por T. cruzi em humanos. No entanto, ainda existem algumas situações clínicas
ou epidemiológicas que prejudicam seu desempenho. 13
• Testes diagnósticos emergentes integrando novas ferramentas proporcionarão um
impacto significativo na eficácia dos esquemas de intervenção atuais e, mais importante,
melhorarão o manejo clínico dos pacientes.

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