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RESUMO PARA PROVA DE DIREITO INTERNACIONAL

DIREITO DOS TRATADOS

O que é o Processo de Formação dos Tratados Internacionais?

R – Trata-se de atos solenes cuja conclusão, requer a observância de uma série de formalidades
rigorosas, distintas e sucessivas. São, sucessivos atos jurídicos que vão se encadeando e se
entrelaçando desde a sua celebração até sua entrada em vigor.

– São quatro as fases, que compõem a formação de um tratado: a) Formação do


texto(negociações e assinatura); b) Aprovação parlamentar (referendum); c) Ratificação ou
adesão; d) Promulgação e publicação.
• Atos jurídicos de Direito Internacional: negociações e assinatura; ratificação.
• Atos jurídicos de Direito Interno: aprovação parlamentar; promulgação e publicação.

– Pela Convenção de Viena de 69, para que um tratado seja considerado válido, requer-se que as
partes contratantes, tenham:
• Capacidade: os Estados e Organizações Internacionais, sejam capazes de agir para tal ato.
• Legalmente habilitados: os seus agentes signatários, sejam habilitados, por meio da carta
de plenos-poderes (assinado pelo Chefe do Executivo).
• Mútuo consentimento: se revela no livre e inequívoco direito de opção de manifestar, em
documentação expressa.
• Lícito e materialmente possível: é ilícito uma prestação de caráter absoluto, amoral ou
irrealizável (ex: tratado que vai contra às normas de jus cogens).

Capacidade dos sujeitos celebrantes do tratado internacional

– Convenção de Viena de 69, estabelece que: “Todo Estado tem capacidade para concluir tratados.”
– Convenção de Viena de 86, estabelece que: “A capacidade de uma organização internacional para
concluir tratados é regida pelas regras da organização.”

Representação dos sujeitos de Direito Internacional no processo de formação dos


tratados

– Capacidade representativa originária: Chefes de Estado, ou de Governo, tem competência


originaria (ou de primeiro grau) para a celebração de tratados, conforme a Constituição de cada
Estado. Já os Ministros das Relações Exteriores, ou dos Negócios Estrangeiros, tem competência
derivada (ou secundária) para a celebração de tratados, uma vez investidos em seus respectivos
cargos.
– Capacidade representativa derivada: consiste na capacidade de celebrar tratados decorrente da
concessão do poder originariamente atribuído a uma determinada autoridade estatal.
• No Brasil, pela CF/88: Compete privativamente ao Presidente da República; manter
relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos.
Plenos poderes

– Pela Convenção de Viena de 69: “plenos poderes” significa um documento expedido pela
autoridade competente de um Estado e pelo qual são designadas uma ou várias pessoas para
representar o Estado na negociação. Para manifestar o consentimento do Estado, ou para praticar
qualquer outro ato relativo a um tratado.

– Exceções à obrigatoriedade de apresentação da Carta de Plenos Poderes:


• Chefes de Estado, Chefes de Governo e Ministros das Relações Exteriores.
• Chefes de missão diplomática.
• Representantes acreditados pelos Estados perante uma conferência ou organização
internacional ou um de seus órgãos.
– No Brasil, o Presidente da República, na prática quando expede uma carta de plenos
poderes já faz saber ao governo estrangeiro ou à organização internacional, que ali está na
condição de representante do governo brasileiro.

Negociações

Têm lugar quando os representantes dos estados se reúnem em certo local e em uma época pré-
estabelecida, a fim de estudar conjuntamente as possibilidades de se chegar a um entendimento
relativo à conclusão de determinado instrumento internacional, bem como a fixação final de
proposições.

Assinatura

Põe fim a essa fase inicial do processo de formação dos tratados. A assinatura de um tratado tem
natureza jurídica dúplice: trata-se de um aceite precário e formal, que não acarreta efeitos jurídicos
vinculantes.
• Precário: por ser provisório, uma vez que o tratado poderá jamais vir a ser ratificado.
• Formal: porque atesta tão somente que o texto ali produzido não apresenta vícios de forma.

– Obrigação Formal: as partes assumem na assinatura é, a de dar continuar no procedimento sobre


a base do texto adotado, sem possíveis alterações em sua estrutura (salvo as reservas unilaterais).
Vinculando juridicamente os Estados ao texto final do tratado, e que não pratica-se qualquer ato
capaz de frustrar o objeto e a finalidade do tratado antes da sua ratificação.

– Assinatura derivada: permite aos Estados um tempo maior para a assinatura dos tratados. Abre a
possibilidade dos plenipotenciários de consultarem previamente seus governos, pois não dispunham
de instruções completas acerca daquilo que se acordava e que desejavam ganhar tempo.

* Uma vez assinado o texto do tratado, é enviado ao Ministério das Relações Exteriores, onde se
redige uma exposição os motivos acerca da importância da ratificação do tratado. Por sua vez, é
enviado à Presidência da República, através de uma mensagem presidencial, seja submetido à
apreciação do Congresso Nacional.

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