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SOBREDETERMINAÇÃO
SOBREDETERMINAÇÃO
SOBREDETERMINAÇÃO
OU
SUPERDETERMINAÇÃO
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SOBREDETERMINAÇÃO OU
SUPERDETERMINAÇÃO
Revisão
Érico B. B. Lima
carlosmario@terra.com.br
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Dr. Carlos Mario Alvarez - Psicanalista e supervisor clínico.
Professor convidado da Université Sorbonne (Paris 2).
Mestre em Teoria Psicanalítica (UFRJ)
e Doutor em Letras (PUC-Rio).
Professor, Pesquisador visitante na universidade
Rutgers (2010/2011), NJ - EUA.
Membro fundador da Formação Freudiana (RJ).
Criador e curador do projeto em Mídias Sociais,
Psicanálise Descolada, onde desde 2010 realiza intervenções
nas plataformas digitais, articulando artes visuais, música,
psicanálise e estilo de vida.
Mora no Rio de Janeiro, com consultório no Leblon.
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“
Nada vem sem
trabalho!
Muito menos,
reais transformações
psíquicas!
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E hoje eu vou trabalhar uma questão que, apa-
rentemente, pode parecer muito simples. Mas não é. Ela
pode fazer uma diferença enorme na vida das pessoas. É
uma questão que foi trabalhada por Freud, no Livro dos
Sonhos, e que tem a ver com a concepção dele de incons-
ciente. Não é uma questão que esteja só em Freud, não
nasceu com Freud. É uma questão que é muito interes-
sante porque pode ajudar a gente a se deslocar de um
vício que nós temos na maneira de pensar a cultura, de
nos pensarmos.
“
O ser humano, o seu ego,
é uma máquina compulsória
de fazer sentido e para isso
ele precisa se valer de
explicações.
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Quando a gente está com um problema ou quan-
do a gente está tentando entender alguma coisa, não raro
a gente quer achar uma causa, uma explicação. O ser hu-
mano, o seu ego, é uma máquina compulsória de fazer
sentido e para isso ele precisa se valer de explicações. Aí
é que ele se engana. É nesse momento que ele começa a
se equivocar e tropeçar e a construir pensamentos que
são contra ele mesmo ou pensamentos que atendam essas
respostas que ele quer dar.
“A sobredeterminação está
dentro do mecanismo dos
sonhos, dentro do mecanis-
mo de formação da vida
psíquica .
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É preciso manter a coisa aberta, pois nesse processo
de debruçarmo-nos em nós mesmos nos desdobramos e
aí é que acontece a experimentação das coisas; aí é que eu
posso entrar num processo inteligente de compreensão.
“
Quanto menos a gente pensar
na relação causa e efeito
mais teremos abertura.
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Toda causa e efeito é possível de ser revertida.
Aquilo não causou aquilo. Aquilo foi causado por outra
coisa. De certa maneira, é trazer abertura para qualquer
coisa que haja no próprio cotidiano. A construção do co-
nhecimento, ela vale muito quando ele serve; o conhe-
cimento nunca é um conhecimento estrito, ele sempre
serve. É ter menos certeza das coisas para que se pos-
sa manter essa elaboração aberta e encontrar hipóteses
que sejam melhores. Quanto menos a gente pensar na
relação causa e efeito mais teremos abertura. É preciso
compreender essas forças porque, em se compreenden-
do, mais a gente vai ter chance de ampliar o nosso conhe-
cimento. Se o conhecimento é válido de qualquer forma,
desde que ele nos sirva para chegar até aquilo que a gente
quer entender e buscar, devemos ver se ele serve a nós,
integralmente e em integridade, e não somente ao nosso
“ego”.
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fale com a gente!
Nós da equipe PSICANÁLISE DESCOLADA ficamos muito felizes em
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