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Relatório FENEXP1 - Balanço de Energia Tubo de Venturi
Relatório FENEXP1 - Balanço de Energia Tubo de Venturi
CURITIBA
2023
ANA CLAUDIA SCAPINELLO
DOUGLAS JOSÉ MEIER
MARIA EDUARDA BLEICHVEL
CURITIBA
2023
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................. 4
2.OBJETIVO ......................................................................................................................................................................... 4
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ....................................................................................................................... 5
4.DISCUSSÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS .......................................................................................................... 6
5.CONCLUSÃO ..................................................................................................................................................................11
1.INTRODUÇÃO
Todavia, o tubo de Venturi é um medidor de vazão por restrição, essa restrição é dada pela
diminuição do diâmetro que causa um aumento na velocidade e diminuição da pressão, e ao
medir a variação de pressão é possível saber o quanto o fluido está escoando. Isso pode ser
explica do pelo princípio de Bernoulli: se o fluxo de um fluido é constante e sua área de
escoamento diminui então necessariamente sua velocidade aumenta, e pelo teorema a
conservação da energia: se a energia cinética aumenta, parte da energia antes em forma de
pressão se transformou nessa cinética, diminuído assim a de pressão.
2.OBJETIVO
Nessa prática utiliza-se um tubo de Venturi para analisar as transformações de energia que
ocorrem em seu interior, e por meio de gráficos determina-se como se dão essas
transformações. Para isso analisa-se 8 pontos ao longo do equipamento com o auxílio de um
manômetro de água para cada um destes pontos, e são plotados os gráficos da variação de
energia cinética e da energia de pressão, depois disso podemos observar se as curvas
resultantes são simétricas.
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Nessa prática foi utilizado um soprador de ar com um tubo do tipo Venturi acoplado em
sua extremidade superior, a fim de diminuir a pressão em determinados pontos e,
consequentemente, aumentar a velocidade do fluído de trabalho (ar). Antes de tudo, foram
medidas as constantes pressão e temperatura ambientes. Em oito pontos foram determinadas
as pressões a partir de mangueiras ligadas a oito tubos em forma de 𝑈 (cada um para seu
respectivo ponto) com a outra extremidade aberta para a atmosfera. Dessa forma, foi possível a
notar as medidas da diferença da coluna de água formada (Δℎ) nos tubos em 𝑈 com o auxílio de
uma régua e, assim, calcular a pressão manométrica em cada ponto. Esse processo foi feito com
3 vazões diferentes.
Sendo o ponto 1 o início do tubo e o ponto 8 o fim, é possível fazer um balanço de
energia entre um ponto x qualquer (entre 1 e 8) e o ponto de entrada 1, segundo a equação:
(1)
(2)
(3)
𝑃𝑥 é pressão absoluta (Pa) no ponto x calculada a partir das alturas medidas no início do
experimento Δh com a equação:
(4)
Antes de ser possível resolver a equação (3), obtemos a densidade inicial do ar (no
ponto 1), medida pela equação dos gases ideais:
(5)
(6)
(7)
Sendo a pressão em cada ponto 1 já medida anteriormente pela equação (4), tendo a 𝜌1
calculada considerando ar um gás ideal e a 𝜌𝑥 para cada ponto. A área no ponto x (𝐴𝑥) é
encontrada pela área de um círculo ( ). Enfim, a vazão mássica no ponto x é dada por:
(8)
Tendo essas variáveis, são obtidas as velocidades do ponto 1 ao 8 a partir da equação (7)
e, voltando à relação (7) obtém-se, finalmente, a variação da energia cinética. Para o cálculo da
variação na energia cinética, temos que:
(9)
Com esses valores medidos, podemos encontrar, pela equação (4), a pressão
manométrica de cada ponto nas 3 vazões. Utilizamos ,
a Patm ambiente e as alturas medidas aplicadas na equação:
Pressão
Vazão 1 Vazão 2 Vazão 3
ponto P(Pa) ponto P(Pa) ponto P(Pa)
1 93491,02 1 93451,87 1 92991,87
2 93461,66 2 93402,93 2 92962,51
3 92933,14 3 92962,51 3 92766,76
4 91807,61 4 91836,97 4 92199,10
5 89409,73 5 89605,47 5 91093,14
6 91797,82 6 91817,40 6 92208,89
7 92081,65 7 92101,23 7 92326,33
8 92267,61 8 92316,55 8 92453,57
à
Densidade
Vazão 1 Vazão 2 Vazão 3
ponto ρ(kg/m³) ponto ρ(kg/m³) ponto ρ(kg/m³)
1 1,1210 1 1,1205 1 1,1150
2 1,1208 2 1,1201 2 1,1148
3 1,1162 3 1,1164 3 1,1131
4 1,1066 4 1,1067 4 1,1082
5 1,0858 5 1,0874 5 1,0987
6 1,1065 6 1,1065 6 1,1083
7 1,1089 7 1,1090 7 1,1093
8 1,1105 8 1,1108 8 1,1104
Para o cálculo das vazões mássicas, sabemos que , dessa forma precisamos das
áreas de cada ponto. Os diâmetros (D) nos foram fornecidos.
Podemos considerar um regime permanente, pois tudo que sai é igual ao que entra.
Portanto, escolhendo dois pontos diferentes, por conveniência 1 e 5, para encontrar a v1 através
da equação abaixo, obtida por :
Tendo as pressões, densidades e velocidades nos 8 pontos em 3 vazões, por meio das
equações (6) e (9) calculamos, enfim a energia de pressão e a energia cinética.
Com esses dados, montamos um gráfico para cada vazão da variação das energias ao
decorrer dos pontos:
Como as vazões 1 e 2 são muito próximas uma da outra tanto os valores da variação de
energia, quanto os gráficos são extremamente similares, a vazão 3 obteve valores um pouco
mais distantes. No entanto, em todas as vazões pode se analisar pelos gráficos que com o
aumento da energia cinética a energia de pressão diminui, e ao final com a diminuição da
energia cinética a energia de pressão retorna, não se encontrando novamente devido a perda de
carga (energia térmica) que desconsideramos nesse experimento.
5.CONCLUSÃO
Pode se concluir que os resultados obtidos e o gráfico gerado são consistentes com o
balanço de energia, já que podemos observar que as linhas de variação ficam opostas uma da
outra, que de acordo com a teoria a soma desses valores deveria se anular, o que condiz. Então,
a variação de energia cinética é inversamente proporcional à variação de energia de pressão. No
entanto, é importante levar em conta possíveis erros experimentais, como imprecisões nas
medições.
E ainda, ao observar as linhas no fim do gráfico elas não apresentam tanta proximidade,
isso se deve a transformação em energia térmica, causando perda de carga.
6.REFERÊNCIAS
BENNET, C.O; MYERS, J.E. Fenômenos de Transporte. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil,
1978.
ÇENCEL, Y.A.; CIMBALADA, J.M. Mecânica dos Fluídos. São Paulo: McGraw-Hill, 2007.