Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURITIBA
2023
ANA CLAUDIA SCAPINELLO
MARIA EDUARDA BLEICHVEL
MARIA AMÉLIA HAWTHORNE MENEZES
MARYNA BORNEMANN
CURITIBA
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
2 RESUMO DO EXPERIMENTO....................................................................... 2
4 CONCLUSÃO.................................................................................................. 6
1
1 INTRODUÇÃO
As substituições eletrofílicas aromáticas são caracterizadas pelo ataque do anel benzê-
nico, por íons positivos que atuam como eletrófilos substituindo um dos átomos de hidrogênio.
A reação é favorecida para que o ataque ocorra no átomo de carbono do anel aromático com
a maior densidade eletrônica; se no composto aromático em questão estiver presente algum
substituinte, obtêm-se uma mistura de isômeros, dependendo do substituinte. Predomina-se
o isômero cuja posição é favorecida pelo substituinte. Logo, os grupos substituintes afetam
tanto a reatividade quanto a orientação nas substituições aromáticas eletrofílicas; de acordo
com a influência que exercem sobre a reatividade do anel, os grupos substituintes podem ser
divididos em duas classes: grupos ativadores (fazem com que o anel seja mais reativo que o
benzeno) e grupos desativadores (tornam o anel menos reativo que o benzeno). De acordo
com a maneira com que influenciam a orientação do ataque pelo eletrófilo: orientadores orto-
para e orientadores meta.
As cinco substituições aromáticas são: halogenação, sulfonação, alquilação de Friedel-
Crafts, acilação de Friedel-Crafts e, a que realizamos neste experimento, nitração.
A nitração é a introdução irreversível de um ou mais grupos nitro - (NO2) em uma molé-
cula orgânica. O grupo nitro pode atacar um carbono para formar um nitro-composto (alifático
ou aromático), um oxigênio para formar éster nitrado ou um nitrogênio para obter N-nitro com-
postos.
A nitração da acetanilida é normalmente feita com ácido nítrico, em presença da mistura
ácido acético glacial/ácido sulfúrico, de forma a manter no meio uma mistura do agente ni-
trante com força média; a p-nitroacetanilida sintetizada pode posteriormente ser usada para
preparar p-nitroanilina (substância normalmente usada como um intermediário na síntese de
corantes, oxidantes, fármacos em veterinária), em gasolina (como um inibidor da formação de
gomas) e como um inibidor de corrosão.
2 RESUMO DO EXPERIMENTO
Inicialmente, separou-se os volumes de ácido nítrico e ácido sulfúrico concentrado que
iria ser utilizado e pesou 8,00g de acetanilida já em um béquer. Preparou-se o banho de gelo,
para colocar o recipiente dentro, e o agitador.
Dentro da capela, com o auxílio de um bastão de vidro, colocou-se 18,00mL de ácido
sulfúrico concentrado e, em seguida, os 9,00mL de ácido nítrico concentrado lentamente e
aos poucos com um medidor conta gotas, sob constante agitação e dentro do banho de gelo.
Aferiu-se constantemente a temperatura com um termômetro imerso na mistura para que não
ultrapassasse 10ºC, uma vez que é uma reação exotérmica.
Assim finalizado, colocou-se o papel de filtro com o filtrado em um vidro relógio para que
pudesse secar e, após 7 dias, pesar a massa de precipitado seca. Sendo assim possível
calcular o rendimento da reação.
3 RESULTADO E DISCUSSÃO
A síntese da nitroacetanilida se dá pela reação:
4
Primeira etapa:
O oxigênio presente no ácido nítrico ataca o hidrogênio do ácido sulfúrico. Consequen-
temente, os dois hidrogênios ligados ao oxigênio no ácido nítrico se separam do nitrogênio,
mantendo consigo o par de elétrons. Em seguida, o oxigênio ligado ao nitrogênio, que agora
possui uma carga formal negativa, utiliza um par de elétrons para estabelecer uma ligação π
com o nitrogênio.
Então, o íon nitrônio é formado a partir da protonação do ácido nítrico pelo ácido sulfú-
rico que é mais forte.
Depois de protonado, o ácido nítrico pode dissociar-se para formar um íon nitrônio, libe-
rando moléculas de água:
Segunda etapa:
Como o nitrônio é um núcleofilo muito forte, então é capaz de atacar o anel aromático
da acetanilida, formando um íon arênio.
5
O motivo da localização da substituição aromática eletrofílica ser orto e/ou para é que o
intermediário, íon arênio, é estabilizado por ressonância tornando a velocidade de reação
maior do que se comparada com a nitração do benzeno. Logo, este grupo faz com que o anel
reaja mais rapidamente que o benzeno.
Terceira etapa:
Por fim, o íon arênio perde um próton para uma base de Lewis e transforma-se na p-
nitro-acetanilida. O ácido sulfúrico (catalisador) é regenerado.
Cálculo do rendimento:
Analisando a relação estequiométrica entre o acetanilida e o p-nitroacetanilida, através
da reação, pode-se afirmar que a proporção é de 1:1.
X = 10,664g de p-nitroacetanilida
Na prática:
REFERÊNCIAS
7
FERREIRA, Lucas Rodrigues; SOUSA, Lucas; MOURA, Renata Silva; CAMPOS, Geniara.
SÍNTESE DA ACETANILIDA, DA P-NITROACETANILIDA E DA P-NITRO-ANILINA; E DE-
TERMINAÇÃO DO PONTO DE FUSÃO DA ACETANILIDA. Disponível em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABNYYAC/sinteseacetanilida-p-nitro-acetanilida-eda-
p-nitro-anilina-determinacao-ponto-fusaoacetanilida>
SOLOMONS, T.W. G; FRYHLE, Craig B.. Química Orgânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
ZUBRICK, J.W. Manual de Sobrevivência no Laboratório de Química Orgânica. 6. ed: Rio de
Janeiro: LTC, 2005.