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Curitiba 5 de abril de 2022 - Adm.

Produção – UFPR

Administração da
Produção
Sumário

• Estudo de tempos e métodos

Fonte: Administração da produção / Petrônio G. Martins, Fernando P. Laugeni, 2005


Professor Ailson A. Loper
Tempos e Método

Tempos Cronometrados

Tempos Padrões de Produção


Tempo de produção de uma unidade, que é determinado por meio da observação e avaliação
estatística.

Taylor Estruturou a Administração Científica e o estudo de tempos cronometrados


objetivando medir a eficiência individual.

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Métodos de Desenvolvimento dos Tempos Padrões:

• Cronometragem
• Tempos Sintéticos ou pré-determinados
• Amostragem do trabalho

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Finalidades do Estudo de Tempos

• Estabelecer padrões de produção


• Fornecer dados para determinação de custos
• Fornecer dados para balanceamento de linhas de produção

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Equipamentos para o Estudo de Tempos

• Cronômetro de hora centesimal


• Filmadora
• Folha de observação
• Prancheta para observações

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Determinação do Tempo Padrão de uma Operação

• Divisão da operação em elementos


• Determinação do número de ciclos a serem cronometrados
• Avaliação da velocidade do operador
• Determinação das tolerâncias
• Atendimento às necessidades pessoais
• Alívio da fadiga
• Determinação do tempo padrão

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Divisão da Operação em Elementos

• São as partes em que a operação pode ser dividida.


• Tem a finalidade de verificar o método de trabalho e deve ser compatível com a obtenção de
uma medida precisa.
• Tomar o cuidado de não dividir a operação em um número excessivo de elementos.
Tempos e Método

Número de Ciclos a serem Cronometrados

2
n= z.R .
Er . d2 . x

Onde: n ... Número de ciclos a cronometrar


z ... Coeficiente da distribuição Normal Padrão
R ... Amplitude da amostra
d2 ... Coeficiente que depende do número de cronometragens realizadas preliminarmente
X .. Média da amostra

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Velocidade do Operador

A velocidade V (também denominada de RÍTMO) do operador é determinada subjetivamente


por parte do cronometrista, que é a referencia assim denominada velocidade normal de
operação, à qual é atribuído um valor 1,00 (ou 100%).

Assim, se: V = 100% → Velocidade Normal


V > 100% → Velocidade Acelerada
V < 100% → Velocidade Lenta.

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Determinação das Tolerâncias

Necessidades Pessoais: de 10 a 25 min por turno de 8 horas

Alívio da Fadiga: depende basicamente das condições do trabalho, geralmente variando de 10%
(trabalho leve e um bom ambiente) a 50% (trabalho pesado em condições inadequadas) da
jornada de trabalho.

O fator FT (Fator de Tolerância) é geralmente dado por: FT = 1/(1-p)


Onde p é a relação entre o total de tempo parado devido às permissões e a jornada de trabalho

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Carta de Observação do Tempo

• Enfoque as atividades do operador e não os tempos de ciclo da máquina.


• Observe a operação (método) e quebre-a em pequenos elementos.
• Elemento é a “quantidade mínima de trabalho que poderia ser transferido a outro operador.”

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método
Carta de Observação do Trabalho

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Determinação do Tempo Padrão

Uma vez obtidas as n cronometragens válidas, deve-se:

- Calcular a média da n cronometragens, obtendo-se Tempo Cronometrado (TC);


- Calcular o Tempo Normal (TN):
TN = TC x V
- Calcular o Tempo Padrão (TP):
TP = TN x FT

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Determinação do Tempo Padrão


Exemplo:

A Lanchonete Max Burger fez um estudo de produtividade e anotou os tempos necessários para
o preparo de um sanduiche. As tolerâncias são de 15% (FT = 1,15).
Determinar o tempo normal e o tempo padrão.
Se a estimativa de demanda máxima é de 50 sanduíches entre as 12h e 13h, quantos “chapeiros”
serão necessários?

Cronometragens (Minutos)

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método
Determinação do Tempo Padrão
Exemplo:

TP = TN x FT (FT = 1,15) TP = 2,42 * 1,15 = 2,78 min

- Um Chapeiro consegue preparar em 1 hora: 60 min/ 2,78 min = 21,58 sanduíches.

- São necessários para atender a demanda de 50 sanduíches: 50/ 21,58 = 2,32 chapeiros, ou 3
pessoas

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Tempo Padrão de Atividades Acíclicas

Tempo Padrão = (TS/q) + ( Tpi) + TF/L

Onde:
• TS → Tempo Padrão do setup
• Q → Quantidade de peças para as quais o setup é suficiente
• TPi → Tempo Padrão da operação i
• TF → Tempo Padrão das atividades de finalização
• L → Lote de peças para que ocorra a finalização

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Tempo Padrão para Um Lote de uma mesma peça

TPLote = (n.TS) + p. ( Tpi) + (f.TF)

Onde:
• n → número de setup que devem ser feitos
• f → número de finalizações que devem ser feitas
• p → quantidade de peças do lote

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Exemplo:

Em uma fábrica de parafusos e porcas são produzidos conjuntos constituídos por um parafuso e
uma porca que são embalados em caixas com 100 unidades. Para verificar se a caixa contém 100
conjuntos, a caixa vazia é colocada sobre uma balança, e os conjuntos porca-parafuso são
colocados na caixa até completar o peso determinado, após o que a caixa é colocada de lado.
Determinar o TN e TP por caixa. (FT = 1,20)

Cronometragens (segundos)

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Exemplo:

Em função do processo de produção, podem existir diferentes soluções:

Caso1: Os processos são executados pelo mesmo operador em sequência.


Neste caso, os tempos devem ser somados, e temos:

TN para a caixa = 100 conjuntos x (12,54 + 24,51 + 6,60) + 26,62 = 4.391,62 segundos
TP para a caixa = FT x TN = 1,20 x 4.391,62 = 5.269,94 segundos

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Exemplo:

Em função do processo de produção, podem existir diferentes soluções:

Caso2: A porca e o parafuso são produzidos em linhas independentes por operadores diferentes.
As porcas e os parafusos são enviados à montagem, onde o conjunto é montado e a caixa é preenchida.
TN porcas = 100 conjuntos x 12,54 = 1.254 segundos
TN parafusos = 100 conjuntos x 24,51

Como o tempo do parafuso é maior que o tempo das porcas, consideramos o tempo dos parafusos para o
cálculo do tempo normal e do tempo padrão da caixa.

Temos:
TN para a caixa = 100 x 24,51 + 100 x 6,60 + 26,62 = 3.137,62 segundos
TC para a caixa = 3.137,62 x 1,2 = 3.765,14 segundos
Professor Ailson A. Loper
Tempos e Método

Tempos Predeterminados ou Sintéticos

Os tempos sintéticos permitem calcular o tempo padrão para um trabalho ainda não iniciado.
Existem dois sistemas principais de tempos sintéticos:
- O work-factor ou fator de trabalho; e
- Sistema methods-time measurement (MTM) ou métodos e medidas de tempo.

Unidade de medida → TMU (time measurement unit)


1 TMU = 0,0006 min ou 0,00001 h

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Tempos Predeterminados ou Sintéticos

MICROMOVIMENTOS:

• Alcançar – levar a mão em direção ao objeto – 5 classe de alcançar


• Movimentar – mover um objeto – 3 classe de alcançar
• Girar – girar a mão
• Agarrar – agarrar um objeto
• Posicionar – montar ou posicionar um objeto
• Soltar – soltar um objeto
• Desmontar – desmontar um objeto
• Tempo para os olhos – tempo para que os olhos se voltem a um determinado ponto

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Amostragem do Trabalho

Consiste em fazer observações intermitentes em um período consideravelmente maior que o


utilizado pelo método da cronometragem.
• Observações instantâneas
• Espaçadas ao acaso

Cálculo do tamanho da amostra 2


Z 1 - Pi
n= x
Er Pi
Onde:
• Er → Intervalo de variação de Pi (precisão ou erro relativo)
• P → Probabilidade (nível de confiança)
• Pi → Estimativa da porcentagem da atividade i
• n → número de observações necessárias
• Z → coeficiente tirado da tabela de probabilidades para distribuições normais Professor Ailson A. Loper
Tempos e Método
Vantagens e desvantagens da Amostragem em relação aos Tempos
Cronometrados

VANTAGENS
- Operações cuja medição por cronômetro é cara
- Estudos simultâneos de equipes
- Custo do cronometrista é alto
- Obs. Longas diminuem influência de variações ocasionais
- O Operador não se sente observado de perto

DESVANTAGENS
- Não é bom para operações de ciclo restrito
- Não pode ser detalhada como um estudo com cronômetro
- A configuração do trabalho pode mudar no período
- A administração não entende tão bem
- Às vezes se esquece de registrar o método de trabalho

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Processos e Operações

Processo é o percurso realizado por um material (ou informação) desde que entra na empresa
até que dela sai com um grau determinado de transformação.

Quer na empresa manufatureira ou de serviços, um processo é constituído de diferentes


operações.

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Melhoria de Processos Industriais

A melhoria se compõe de quatro estágios e um preliminar:


- Preliminar → uma nova maneira de pensar
- Estágio 1 → Conceitos Básicos para a Melhoria
-Observar as máquinas e tentar descobrir problemas
-Reduzir os defeitos a zero
-Analisar as operações comuns a produtos diferentes
-Procurar os problemas

- Estágio 2 → como melhorar? (5W1H)


-What? -Who? -Where? -When?
-Why? -How?

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Melhoria de Processos Industriais

Estágio 3 → Planejamento das Melhorias

• Envolvimento no problema;

• Geração de ideias para a solução


• Pode ser eliminado?
• Pode ser feito inversamente?
• Isso é normal?
• No processo, o que é sempre fixo e o que é variável?
• É possível aumento e redução nas variáveis do processo?
• A escala do projeto modifica as variáveis?
• Há backup de dispositivos?
• Há operações que podem ser realizadas em paralelo?
• Pode-se mudar a seqüência das operações?
• Há diferenças ou características comuns a peças e operações?
• Há movimentos ou deslocamentos em vazio?

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método

Melhoria de Processos Industriais

Estágio 4 → Implementação das Melhorias

• entender o cenário
• tomar diferentes ações para que a implantação dê resultado:
• Ações de prevenção;
• Ações de proteção;
• Ações de correção.

Professor Ailson A. Loper


Tempos e Método
Atividade que Agrega Valor (AV)
AGREGAR VALOR?
Companhia Lead Time
típica AV NAV original

Pequena
Melhoria Lead Time
tradicional na AV melhoria NAV original
manufatura

Pequena
Enxuto olha primeiro nas melhoria
NAV
Redução
AV
enxuta de NAV Grande
desperdício Melhoria
Professor Ailson A. Loper
Tempos e Método
É o ritmo no qual você precisa completar um
produto para suprir a demanda do consumidor.
Orienta a maneira pela qual a matéria prima
TAKT TIME
avança pelos processos.

TAKT TIME = Tempo de trabalho disponível por turno


Demanda do cliente por turno

Exemplo:
Tempo disponível → (8h/turno)x(3.600s/h)-(30min/turno)x(60s/min) = 27.000 s/turno
Demanda: 455 unid/turno
TAKT TIME = 59 s/unid.
Professor Ailson A. Loper

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