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ç ç

UNIDADE 1 – A população: evolução e contrastes regionais


População (milhões)
EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA 11 10,4
DESDE MEADOS DO SÉCULO XX 10
9
Em Portugal, na segunda metade do século XX, 8
7
ocorreram alterações significativas nos compor-
6
tamentos demográficos, influenciando a evolu- 5
4
ção da população total, que aumentou em cerca 3
de dois milhões de habitantes (Figs. 1 e 2). 2
1
0
1960 1970 1981 1991 2001 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Fonte: INE, 2014

FIG. 1 Evolução da população portuguesa (1960 a 2013).

%
4,0 Taxa de crescimento natural
Taxa de saldo migratório Taxa de crescimento natural:
3,0
diferença entre as taxas de
2,0 natalidade e de mortalidade,
1,0 ou seja, o crescimento natural
por 1000 habitantes ou por
0,0 100, ocorrido num território,
num dado período, geralmente
-1,0 um ano.
-2,0 Taxa de crescimento migratório:
saldo migratório (imigração –
-3,0
emigração) referido à popula-
1971

2001
1977

2007
1974

2004
1950

1956

1962
1965

1986

1992
1995
1953

1968

1980
1983

1998

2010
2013
1959

1989

ção média do período conside-


rado, por 100 ou 1000 habitan-
Fonte: , INE, 2014 tes (% ou ‰).
FIG. 2 Evolução das taxas de crescimento natural e de crescimento migratório, em Portugal (1950
a 2013).

Podemos concluir que, durante a segunda metade do século XX e princípio do novo século:
• registou-se um aumento continuado da população até 2009, apesar da descida da taxa de crescimen-
to natural, mais acentuada a partir do início dos anos 80;
• na década de 60, ocorreu uma quebra significativa da população que se deveu, essencialmente, ao intenso
fluxo emigratório refletido na taxa de saldo migratório bastante negativa durante esse período;
• a taxa de saldo migratório aumentou na década de 70, atingindo o seu valor mais alto em 1975, o que se
deveu ao regresso de grande número de portugueses das ex-colónias, na sequência do processo de
independência, após a Revolução de 25 de Abril de 1974, mas também à diminuição da emigração;
• a taxa de saldo migratório volta a ter valores negativos durante os anos 80, o que, em conjunto com a
descida da taxa de crescimento natural, explica a quase estagnação da população nessa década;
• na década de 90, a taxa de crescimento migratório aumentou novamente, mantendo-se positiva até
2010, ano em que passou a ser negativa.
• desde 2010 a taxa de crescimento efetivo é negativa.

VERIFIQUE SE SABE
¸ Explicar a evolução da população portuguesa desde meados do século XX.
DESIGUALDADES NOS COMPORTAMENTOS DEMOGRÁFICOS A NÍVEL REGIONAL

CRESCIMENTO NATURAL
Em Portugal, as taxas de natalidade e de mortalidade sofreram uma redução durante o último século.
A taxa de mortalidade desceu muito na primeira metade, mantendo-se, desde 1960, em valores próxi-
mos dos 10‰, enquanto a taxa de natalidade desceu durante todo o século, mas de forma mais acen-
tuada desde os anos 60. Atualmente, as duas taxas têm valores próximos, pelo que a taxa de cresci-
mento natural é reduzida, embora com diferenças a nível regional (Fig. 1).

A B C

N N N
tlântico
tlântico

ântico
tl
Oceano A
Oceano A

Oceano A
R.A. Açores R.A. Açores R.A. Açores
TN (‰) TM (‰) TCN (‰)
<7,0 <9,0 <-1,0
R.A. Madeira 7,0 - 8,3 R.A. Madeira 9,0 - 12,0 R.A. Madeira -1,0 a -0,51
8,4 - 9,9 12,1 - 14,9 -0,50 a 0
0 50 km >9,9 0 50 km ≥15,0 0 50 km >0
Fonte: INE, 2014 Fonte: INE, 2014 Fonte: INE, 2014
FIG. 1 Taxas de natalidade (A), de mortalidade (B) e de crescimento natural (C), por NUTS III, em 2013.

A taxa de natalidade, em 2013, apresentava os valores mais altos na Península de Setúbal, na Região
Autónoma dos Açores e na Grande Lisboa. Os valores mais baixos ocorriam em Pinhal Interior Sul, Pinhal
Interior Norte, Cova da Beira, Serra da Estrela, Beira Interior Norte, Douro e Alto Trás-os-Montes.
A taxa de mortalidade, em 2013, apresentava os valores mais altos no Baixo e no Alto Alentejo, na Beira
Interior Norte e na Beira Interior Sul, na Serra da Estrela e em Pinhal Interior Sul. Os valores mais baixos
pertenciam ao Cávado, Ave, Tâmega, Entre Douro e Vouga, Grande Porto e Região Autónoma dos Açores.
A taxa de crescimento natural apresentava valores positivos apenas em cinco NUTS III, o Cávado, o
Tâmega, a Grande Lisboa, a Península de Setúbal e a Região Autónoma dos Açores, destacando-se pela
negativa o Pinhal Interior Sul, a Serra da Estrela e a Beira Interior Norte. As regiões do interior são as que
registam maiores descidas na taxa de crescimento natural, resultado, em parte, do envelhecimento
populacional e do progressivo despovoamento.
Taxa de mortalidade infantil:
Na taxa de mortalidade, incluem-se também os valores da taxa de mor- número de óbitos de crianças
talidade infantil que desceu, ao longo de todo o século XX, mas de forma com menos de um ano, por
cada mil nados-vivos, num
mais acentuada a partir de 1960, situando-se, em 2013, no valor de território, num dado período,
2,9‰, descendo ligeiramente face a 2012, ano em que foi de 3,4‰. geralmente um ano.
ç ç

CRESCIMENTO MIGRATÓRIO
As migrações caracterizam, desde há muito, o espaço português, embora tenham variado as razões e as
origens, os destinos e a intensidade dos fluxos migratórios.
A nível interno, o êxodo rural foi muito acentuado nas décadas de 60 e 70 e contribuiu decisivamente
para a atual desigualdade na repartição espacial da população. Atualmente, o êxodo rural ainda persiste,
mas direcionado, sobretudo, para as cidades de média dimensão.
A nível externo, a emigração teve a sua maior expressão na década de 60 e início de 70, sobretudo em
direção aos países da Europa Ocidental, principalmente França e Alemanha, devido ao fraco desenvolvi-
mento das atividades económicas no nosso país, à falta de emprego, ao regime político de ditadura e à
guerra colonial, que levou muitos jovens a emigrar para fugirem ao serviço militar.
A partir de 1973, a emigração permanente diminuiu, devido à crise internacional associada à subida do
preço do petróleo e à modernização das atividades económicas, que fez aumentar o desemprego.
A Revolução de 25 de Abril de 1974 contribuiu também para o decréscimo da emigração, pois permitiu a
democratização da sociedade portuguesa, o fim da guerra colonial e a abertura da economia ao exterior.
Além disso, deu-se o regresso de muitos portugueses das ex-colónias.
Durante os anos 80, continuou a tendência decrescente da emigração, verificando-se também que esta
passou a ser predominantemente temporária – por um período inferior a um ano. Na década seguinte, a
emigração aumentou novamente, mantendo-se, no entanto, em valores baixos até à atualidade.
Em meados dos anos 90, o saldo migratório voltou a ter valores positivos, facto que se deveu ao aumento
da imigração. A integração na União Europeia, o crescimento económico e a internacionalização da eco-
nomia portuguesa tornaram Portugal um país atrativo.
Em 2011, 2012 e 2013, o número de imigrantes foi inferior ao de emigrantes. Nesses três anos recentes
verificou-se a ocorrência de um crescimento migratório negativo. Em 2013 o número de emigrantes
permanentes, que saíram de Portugal para residir no estrangeiro, por um período igual ou superior a um
ano, terá rondado as 60 mil pessoas tendo sido o número de emigrantes temporários (por menos de um
ano) um pouco superior.

Crescimento efetivo:
CRESCIMENTO EFETIVO soma do crescimento natural
Graças ao aumento da imigração, desde o início dos anos 90, a taxa de com o saldo migratório, num
território, num dado período,
crescimento efetivo da população portuguesa registou um aumento, geralmente um ano.
invertendo essa tendência a partir de 2002. Em 2013 verificou-se uma Taxa de crescimento efetivo:
taxa de crescimento efetivo de –0,52, a nível nacional, refletindo os valo- crescimento efetivo por cem
ou mil habitantes.
res negativos de todas as regiões (Fig. 1). CN + SM ¥ 100 ou 1000
TCE =
Pop. total

Portugal -0,52
Norte -0,57
VERIFIQUE SE SABE
Centro -0,75
Lisboa -0,31 ¸ Descrever a distribuição das taxas
Alentejo -0,72 de natalidade, mortalidade e cres-
Algarve -0,04 cimento natural, por NUTS III.
R. A. Açores -0,04 ¸ Explicar a evolução da emigração e
da imigração em Portugal.
¸ Descrever a distribuição da taxa de
R. A. Madeira -0,68

% -0,8 -0,7 -0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0


crescimento efetivo, por NUTS II.
Fonte: INE, 2014
FIG. 1 Taxa de crescimento efetivo por NUTS II, em 2013.
AS ESTRUTURAS E OS COMPORTAMENTOS SOCIODEMOGRÁFICOS

A ESTRUTURA ETÁRIA
A evolução dos comportamentos demográficos reflete-se na estrutura etária da população portuguesa
(Fig. 1).

Homens 1970 2012 Mulheres


85+
80-84 Estrutura etária:
75-79 composição da população
70-74 por idades.
65-69 Principais grupos etários:
60-64 Jovens: 0 a 14 anos
Adultos: 15 a 64 anos
55-59
Idosos: 65 e mais anos.
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4
% 12 10 8 6 4 2 0 0 2 4 6 8 10 12 %
Em percen
percentagem
tagem do to
total
tal da população FFonte:
onte: INE, 2013
FIG. 1 Evolução da estrutura etária da população portuguesa (1970 e 2012).

De 1970 a 2012, a base da pirâmide etária foi diminuindo progressivamente e o topo aumentando, o que
permite concluir que a população residente em Portugal tem vindo a sofrer um contínuo processo de
envelhecimento demográfico, que é resultado do:
• declínio da fecundidade, evidenciado pelo estreitamento da base da
pirâmide, que se traduz numa redução do número de jovens – enve- Envelhecimento demográfico:
lhecimento pela base; aumento da importância re-
lativa da população idosa na
• aumento da longevidade, visível no topo da pirâmide, que tem como população total.
consequência o aumento do número de idosos – envelhecimento
pelo topo.
A descida da taxa de natalidade, ao provocar a Quadro I. Evolução da estrutura etária
redução da população jovem, faz com que a da população portuguesa
população idosa passe a ter maior importân- Anos 2060
1980 2008
Idades (projeção)
cia relativa no total da população. Enquanto o
envelhecimento pelo topo se repercute a 0 – 14 27,3% 15,3% 11,9%
curto prazo, as consequências do envelheci-
15 – 64 * 61,6% 67,2% 55,8%
mento demográfico pela base da pirâmide
etária são mais gravosas, pois vão ter implica- 65 e mais 11,1% 17,5% 32,3%

ções nas gerações ativas futuras, que serão * População considerada em idade ativa.
menos numerosas (Quadro I). Fonte: Projeções da População Residente em Portugal: 2008-2060, INE, 2009
ç ç

O DECLÍNIO DA FECUNDIDADE Índice sintético de fecundi-


O envelhecimento demográfico pela base deve-se à redução dos indica- dade:
dores de natalidade: taxa de natalidade; índice sintético de fecundidade número médio de filhos
por cada mulher em idade
e taxa de fecundidade (Fig. 1). fértil (15 a 49 anos), num
território, num dado perío-
A B do, geralmente um ano. Se
‰ N.o for inferior a 2,1, a renova-
40 ção de gerações não está
3,5 assegurada.
35
30 3,0
Taxa de fecundidade:
25 2,5 número de nados-vivos,
20 2,0 2013 por mil mulheres em idade
1,5 1,21 fértil, num território, num
15 2013
1,0
dado período, geralmente
10 7,9
um ano.
5 0,5
0 0
1965

1975

1985

1995

2005
1960

1970

1980

1990

2000

2010
1960

1970

1980

1990

2000

2010
1965

1975

1985

1995

2005

Fonte: INE, 2014 Fonte: INE, 2014


FIG. 1 Evolução da taxa de natalidade (A) e do índice sintético de fecundidade (B) em Portugal (1960 a 2013).

Desde a década de 80 que o índice sintético de fecundidade é inferior a 2,1, devido a fatores como:
• o prolongamento do tempo da escolaridade obrigatória e o aumento do nível de instrução;
• o adiamento do casamento e do nascimento do primeiro filho, devido ao investimento na carreira
profissional;
• a generalização do planeamento familiar e do uso de métodos contracetivos;
• o aumento da taxa de atividade feminina;
• a dificuldade no acesso à habitação, sobretudo nos meios urbanos;
• o aumento da exigência e das despesas com a educação das crianças.

UMA VIDA CADA VEZ MAIS LONGA


O envelhecimento demográfico pelo topo deve-se ao aumento da esperança
média de vida e da longevidade, permitido pela diminuição da taxa de mor- Longevidade:
relação entre a população de
talidade, que se deveu, sobretudo, à melhoria das condições de vida, ao 75 e mais anos e a de 65 e
aumento da segurança no trabalho, ao desenvolvimento da medicina e à mais anos.

melhoria significativa da assistência na doença. Esta evolução explica o Índice de envelhecimento:


relação entre a população ido-
aumento do índice de envelhecimento (Fig. 2). sa e a população jovem, ge-
ralmente expressa em per-
centagem – número de idosos
A B por cada 100 jovens.
N.o de idosos ¥ 100
% IE = o
85 Homens Mulheres N. de jovens
150
136,0
80 123,9
120 110,1
N.o de anos

75 102,2
70 90 85,8

65
68,1 VERIFIQUE SE SABE
¸ Explicar a evolução da estrutura
60
60
30 etária da população portuguesa.
¸ Indicar as razões do declínio da
55
50 0 fecundidade e do aumento da
1970 1980 1990 2000 2010 2013 1990 1995 2000 2005 2010 2013
Fonte: INE, 2014 Fonte: INE, 2014 longevidade.
FIG. 2 Evolução da esperança média de vida (A) e do índice de envelhecimento (B), em Portugal.
DESIGUALDADES A NÍVEL REGIONAL
A situação demográfica apresenta alguns contrastes, sobretudo entre as regiões autónomas e entre as
regiões do litoral e as do interior, onde a emigração e o êxodo rural foram também importantes causas
do envelhecimento demográfico (Figs. 1 e 2).

N
Norte 15,1 11,5 56,6 17,2

Centro 13,7 10,3 53,5 22,5


ântico
tl
Oceano A

Lisboa 15,5 10,4 55,7 18,4

Alentejo 13,6 9,7 52,4 24,3

Algarve 14,9 10,1 55,5 19,6

Açores 17,9 14,1 54,8 13,3

R.A. Açores
Índice (%) Madeira 16,4 12,3 56,2 15,0
<100
R.A. Madeira 100 - 150
151 - 200 0% 25% 50% 75% 100%
0 50 km >200 0-14 15-24 25-64 65 e +

Fonte: INE, 2014 Fonte: Censos 2011, INE, 2013


FIG. 1 Índice de envelhecimento, por NUTS III, FIG. 2 Estrutura etária por NUTS II, em 2012.
em 2013.

Os contrastes na distribuição regional do índice de envelhecimento estão diretamente associados às


diferenças verificadas na estrutura etária:
• o maior índice de envelhecimento regista-se nas regiões de Alto Trás-os-Montes, Beira Interior
Norte, Serra da Estrela, Beira Interior Sul, Pinhal Interior Sul, Cova da Beira e Alto Alentejo, ou seja,
as de maior interioridade, com taxas de natalidade mais baixas e de mortalidade mais altas. Na sua
maioria, situam-se no Centro e no Alentejo, que apresentam as mais altas percentagens de idosos;
• o menor índice de envelhecimento apresenta-se nas regiões do Cávado, Tâmega, Açores e Madeira,
que correspondem às NUTS III com as maiores percentagens de jovens e as mais baixas de idosos.
Relativamente à estrutura etária, destacam-se as regiões dos Açores e Madeira pelo facto de ainda
terem uma proporção de jovens superior à de idosos e, por isso, uma população menos envelhecida, o
que se deve ao facto de terem taxas de natalidade um pouco mais altas e a esperança média de vida à
nascença um pouco mais baixa (Quadro I).

Quadro I. Esperança média de vida, à nascença, por NUTS II, em 2009-2011 (anos)
R. A. R. A.
Portugal Continente Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira
Idades H M H M H M H M H M H M H M H M H M
75,7 82,2 76,58 82,63 76,8 82,63 76,86 82,75 76,42 82,32 75,8 81,56 76,2 82,23 71,92 79,37 71,33 78,83
Fonte: INE, 2011
ç ç

A INFLUÊNCIA DAS MIGRAÇÕES


As migrações, internas ou externas, influenciam os comportamentos demográficos e, consequente-
mente, a estrutura etária da população. Esta influência deve-se, por um lado, à redistribuição espacial
da população e, por outro, às características demográficas dos migrantes.
Em Portugal, o êxodo rural foi a principal causa da litoralização do país, uma vez que as áreas urbanas
mais atrativas se localizam no litoral. No interior, o intenso fluxo de saída de população em idade de pro-
criar e trabalhar provocou o envelhecimento demográfico (pela base, com a diminuição da natalidade, e
pelo topo, com o aumento da proporção de idosos), uma diminuição da população ativa e, consequente-
mente, um menor dinamismo socioeconómico. No litoral, a chegada dessa população levou à expansão
das áreas urbanas, ao aparecimento de infraestruturas de apoio (escolas, vias de comunicação, centros
de saúde, etc.) e a um maior dinamismo social e económico.
A emigração teve consequências semelhantes, mais 100% 5,2 8,3 9,0 9,6 9,8 10,4 14,1
evidentes nas regiões do interior. Aí, como o número
de habitantes era menor, a saída de população jovem 75%
e jovem adulta teve um maior impacte.
O aumento da imigração, com predomínio dos jovens 50%
94,8 91,7 91,0 90,4 90,2 99,6 85,9
e jovens adultos, na última década, também está a:
• provocar o crescimento do número de habitan- 25%

tes e da população ativa;


• permitir a manutenção dos níveis de fecundi- 0%
2001 2005 2006 2007 2008 2009 2010
dade que, sem a emigração, teria sofrido um
Mães portuguesas Mães estrangeiras
decréscimo continuado (Fig. 1); Fonte: Revista de Estudos Demográficos, N.o 50, INE, 2013
• contribuir para o desacelerar do processo de FIG. 1 Percentagem de nados-vivos de mães portuguesas e
estrangeiras residentes em Portugal, 2001-2010.
envelhecimento (Doc. 1).

DOC. 1 IMIGRAÇÃO E REJUVENESCIMENTO

Em 2011, a população estrangeira residente em Idades


Portugal era constituída maioritariamente por mulheres 100 ou + Homens Mulheres
90-94
(206 410), sendo os homens 188 086. Esta relação alterou-
80-84 Pop. es
Pop. estrangeira
trangeira
-se na última década, uma vez que, em 2001, os estrangei- 70-74 PPop.
op. portuguesa
ros em maior número eram os de sexo masculino (54%). 60-64
Na comunidade brasileira a importância relativa das 50-54
40-44
mulheres era superior – 57,9%. Nas comunidades da
30-34
Guiné-Bissau, Ucrânia e Roménia, os homens eram em 20-24
maior número. 10-14
A população estrangeira residente em Portugal apresen- 0-4
tava uma estrutura etária mais jovem do que a portuguesa, 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
(em % do to
total
tal de população
população es
estrangeira
trangeira com es
estatuto
tatuto de residen
residente)
te)
com maior representatividade das idades de 15 a 44 anos. FFonte:
onte: Censos 2011,
2011, INE, 2013
Adaptado de Revista de Estudos Demográficos, n.º 53, INE, 2014

VERIFIQUE SE SABE
¸ Descrever e explicar a distribuição geográfica do índice de envelhecimento, em Portugal.
¸ Enunciar as consequências demográficas das migrações, no nosso país.
A ESTRUTURA DA POPULAÇÃO ATIVA E DO EMPREGO
A proporção entre a população ativa e a população não ativa é influenciada
População ativa:
pelas seguintes variáveis demográficas: conjunto de indivíduos, com
• o envelhecimento demográfico, com o aumento do número de pes- 15 ou mais anos, que consti-
tuem mão de obra disponí-
soas reformadas, a redução da taxa de natalidade e a entrada mais vel, incluindo os desempre-
tardia dos jovens no mundo do trabalho, levaram a uma diminuição gados e os que cumprem o
serviço militar.
da taxa de atividade;
População não ativa:
• o saldo migratório – se a emigração é maior, há uma redução da popu- conjuntos de indivíduos, de
lação ativa; se a imigração é superior, dá-se o seu crescimento; qualquer idade, que não são
considerados economicamen-
• a maior participação da mulher no mercado de trabalho contribuiu te ativos.
para o aumento da taxa de atividade (Fig. 1). Taxa de atividade:
percentagem de população
A população ativa distribui-se pelos três setores de atividade económica, ativa em relação à popula-
cuja contribuição para o emprego tem sofrido alterações significativas, ção total.
sobretudo desde meados do século passado (Fig. 2).

% A %
B 100%
60 100 S. Terciário
90 S. Secundário
50 80 75% S. Primário
70
40
60
50%
30 50
40
20 30 25%
10 20
10 0%
0 0 1950 1970 2014
2000 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2000 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: Anuário Estatístico
Fonte: Anuário Estatístico de Portugal – 2012, INE, 2014 Mulheres Homens de Portugal – 2012, INE, 2014
FIG. 1 Evolução da taxa de atividade total (A) e feminina (B), em Portugal (2000 a 2012). FIG. 2 Evolução do emprego por setores de
atividade, em Portugal (1950, 1970 e 2012).

A importante redução registada no setor primário deveu-se, sobretudo, ao êxodo rural que levou à tran-
sição de ativos para os setores secundário e terciário, mas também à corrente emigratória para os paí-
ses da Europa Ocidental e à mecanização e modernização da agricultura.
O setor secundário aumentou até aos anos 70 mas, a partir daí, tem decrescido, como resultado da
modernização das indústrias, com o desenvolvimento científico e tecnológico, e da sua deslocalização
para outros países, principalmente dos ramos mais intensivos em mão de obra.
O setor terciário foi o que mais cresceu, empregando, atualmente, mais de metade da população ativa.
Esta evolução acompanha a tendência de terciarização da economia e deve-se ao aparecimento de
novos serviços, nomeadamente as telecomunicações; ao desenvolvimento dos serviços sociais, da
administração pública, da educação e da saúde; à expansão dos serviços financeiros; ao aumento e
diversificação das atividades de turismo e lazer e à expansão do comércio.
A repartição do emprego pelos setores de atividade apresenta algumas diferenças regionais, que são,
simultaneamente, causa e efeito das assimetrias demográficas e sociais existentes em Portugal. O setor
primário tem maior relevância na região Centro, o secundário emprega mais população no Norte, onde
as indústrias ainda são bastante intensivas em mão de obra, e o terciário é o mais importante em todo o
país.
ç ç

OS NÍVEIS DE ESCOLARIDADE E DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL


O processo de desenvolvimento de um país depende
da qualificação dos seus recursos humanos.
Apesar da melhoria considerável dos últimos anos, o
2000 9,0 34,5 20,6 14,5 12,0 9,3
nível de instrução da população ativa, em Portugal,
2005 5,7 29,2 19,5 17,8 14,5 13,2
necessita ainda de aumentar. Com efeito, mais de 60%
2012 3,3 18,7 14,8 22,0 21,7 19,5
da população ativa, em 2011, não ultrapassava o nível
Nenhum 1.o ciclo 2.o ciclo 3.o ciclo
básico de escolaridade (Fig. 1). Secundário Superior
Fonte: Anuário Estatístico de Portugal 2012, INE, 2014
Numa análise regional, constata-se que Lisboa se destaca
FIG. 1 Evolução dos níveis de escolaridade da população ativa,
claramente pelos níveis de escolaridade mais altos, com em Portugal (2000, 2005 e 2012).
mais de metade da população ativa a ter escolaridade ao
nível do secundário ou superior. Além desta região, ape-
nas o Algarve se situa ao nível da média nacional de 100%
17,6 17,1 15,4 17,3 13,8 16,8
escolaridade secundária e superior. As regiões do Centro, 26,3
16,3
18,8 21,2 23,2 19,2
Açores e Madeira detinham as maiores percentagens de 25,4
25,7
população ativa sem instrução (Fig. 2). 50%
60,1 65,6
57,3 58,0 58,0
54,4
46,4
Outro aspeto importante para a qualificação da popu-
lação ativa é a formação contínua, ao longo da vida. Em 3,5 4,4 1,7 3,4 2,9 4,3 6,0
0%
R. A.
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores R. A.
Portugal, apesar da evolução positiva e dos apoios Madeira
Sem instrução Básico Secundário Superior
comunitários para a formação e qualificação profis-
Fonte: INE, 2014
sional, a situação revela uma grande distância face à
FIG. 2 Níveis de escolaridade da população ativa, por NUTS II,
União Europeia (Doc. 1). em 2012.

DOC. 1 FORMAÇÃO AO LONGO DA VIDA

Em 2011, perto de metade da população (48,8%) com idade


dos 18 aos 64 anos participou nalguma atividade de aprendiza-
gem ao longo da vida.
Entre 2007 e 2011 a participação em atividades de educação 18-24 anos 60,8 79,3

formal e não formal registou um aumento em todos os grupos 25-34 anos 40,2 59,8
etários, sendo mais acentuado nos escalões etários dos 18 aos 24
35-44 anos 28,5 52,2
anos e dos 35 aos 44 anos.
O aumento na participação em atividades de aprendizagem 45-54 anos 22,0 41,4

ao longo da vida ocorreu em todas as regiões, sobretudo na 55-64 anos 10,8 22,0
Região Autónoma da Madeira, que registou, em 2011, uma subi- 2007
TOTAL 30,9 48,8 2011
da superior à média nacional.
Adaptado de Inquérito à Educação e Formação de Adultos 2011, INE, 2013 0 10 20 30 40 50 60 70 80
Fonte: Inquérito à Educação e Formação de Adultos, 2007 e 2011,
INE, 2013
Apesar do aumento da taxa de aprendizagem ao longo FIG. 3 Proporção de pessoas com idade dos 18 anos aos 64
anos que participou em atividades de aprendizagem ao longo
da vida em todas as regiões, Lisboa e Centro apresen- da vida, em Portugal (2007 e 2011).
tam os valores mais altos, enquanto nas regiões autó-
nomas se registam os mais baixos (Fig. 3).

VERIFIQUE SE SABE
¸ Descrever e explicar a evolução da taxa de atividade e a distribuição regional do emprego por setores de atividade.
¸ Descrever a evolução e a distribuição regional dos níveis de escolaridade da população ativa.
PRINCIPAIS PROBLEMAS SOCIODEMOGRÁFICOS...
Em Portugal, um dos principais problemas demográficos é o envelhecimento da população que tende a
agravar-se, uma vez que se prevê a continuação do declínio da fecundidade, acarretando consequên-
cias sociais e económicas importantes.
O aumento do número de idosos conduzirá a um acréscimo das despesas Quadro I. Evolução do valor das
com o sistema de saúde, os serviços e equipamentos de apoio a idosos pensões pago pela Segurança
Social, em Portugal
e, sobretudo, com o pagamento das pensões de reforma (Quadro I).
Ano Milhares
A diminuição do número de jovens conduzirá, a médio prazo, à redução de euros
da população em idade ativa, provocando: 2005 10 583 686
• a redução das contribuições para a Segurança Social, o que poderá 2006 11 375 045
levar a uma rutura do sistema de pensões e reformas; 2007 12 041 352
• a necessidade de introduzir alterações no funcionamento do siste- 2008 12 732 348
ma da Segurança Social, no regime de aposentação, na idade de 2009 13 375 999
reforma, etc. 2010 13 911 014

A população jovem e a idosa dependem da população ativa. Essa relação 2011 14 349 380

pode ser avaliada pelos índices de dependência de jovens e de idosos, 2012 14 361 885
Fonte: Anuário Estatístico de Portugal
cuja soma nos dá o índice de dependência total. 2012, INE, 2014
O índice de dependência total diminuiu significativamente de 1981 para Índice de dependência de jovens:
2001, em resultado da diminuição do índice de dependência de jovens, relação entre a população jo-
vem e a população em ida-
já que o de idosos aumentou. De 2001 para 2008, o índice de dependên- de ativa, expressa geralmente
cia total subiu ligeiramente, pelo acréscimo do índice de dependência em % (número de jovens por
cada 100 indivíduos em idade
de idosos, pois o de jovens continuou a diminuir e de 2008 para 2012 o ativa).
aumento do índice de dependência de idosos contribuiu para que o índice Índice de dependência de idosos:
de dependência total tivesse continuado a subir (Fig. 1). relação entre a população idosa
e a população em idade ativa,
A evolução dos índices de dependência evidencia claramente o envelhe- expressa geralmente em %
(número de idosos por cada 100
cimento demográfico, tal como os índices de dependência a nível regio- indivíduos em idade ativa).
nal (Fig. 2): Índice de dependência total:
• Alentejo, Algarve, Centro e Lisboa são as regiões com maiores índi- relação entre a população de-
pendente (jovens e idosos) e a
ces de dependência total, correspondendo aos maiores índices de população em idade ativa, ex-
dependência de idosos e aos menores de jovens; pressa geralmente em % (nú-
mero de dependentes por cada
• apenas as duas regiões autónomas e o Norte têm um índice de 100 indivíduos em idade ativa).
dependência total e de idosos inferior à média nacional.

% % 59,1 ID Total
60 60 ID Idosos
55,1 54,1 54,7
ID Total ID Jovens
47,0
43,9 44,3
40 40 34,6 30,0 38,2 30,7
25,5 18,7 21,1
ID Idosos
Fonte: INE, 2013
Fonte: INE, 2013

ID Jovens
20 20

21,5 20,5 24,1 24,0 25,2 22,2


20,9

0 0
1981 1991 2001 2008 2012 Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. R. A.
Açores Madeira
FIG. 1 Evolução dos índices de dependência, em FIG. 2 Índices de dependência, por NUTS II (2012).
Portugal (1981 a 2012).
ç ç

Outros problemas sociais decorrem diretamente dos baixos níveis de escolaridade e de qualificação
profissional, que se refletem na baixa produtividade da economia portuguesa, comparativamente à dos
parceiros comunitários, e influenciam também os níveis de empregabilidade. Além disso, dificultam o
desenvolvimento económico e a reconversão profissional da mão de obra.
Uma população ativa, pouco instruída e qualificada, encontra-se
Empregabilidade:
mais vulnerável às flutuações do mercado de trabalho, sobretudo capacidade de um profissional se
nas situações de crise económica, como a que o mundo atravessa adaptar às novas necessidades e
dinâmica dos novos mercados de
desde 2008, em que o desemprego tende a aumentar. A taxa de trabalho.
desemprego, em Portugal, evidencia essa vulnerabilidade que, além Taxa de desemprego:
dos trabalhadores pouco qualificados, afeta também de forma mais percentagem de desempregados
face ao total da população ativa.
grave os jovens dos 15 aos 24 anos e as mulheres (Fig. 3).

A B C
20% 40% 20%
36,0
16,3 16,1 15,6 15,3 15,9
15% 30% 15%
13,2

10% 20% 10%


17,9
Idade (anos)
13,6 13,5
Nível de escolaridade 15-24
5% 10% 5% Total
Superior 25-34
Secundário 35-44 Homens
0% Até ao 3.o Ciclo 0% 45 e + 0% Mulheres
Fonte: Estatísticas do Emprego – 3.o trimestre de 2013, INE, 2013

FIG. 3 Taxa de desemprego por níveis de escolaridade (A), idade (B) e género (C), em Portugal, no 3.o trimestre de 2013.

Em Portugal subsistem ainda outros problemas como: 100%


• a persistência da elevada percentagem do desemprego
de longa duração – superior a 12 meses - no desem- 75%
prego total (Fig. 4); 64,4%

• o recurso abusivo ao emprego temporário, de contratos 50%


a prazo, ao trabalho a recibos verdes, ao subemprego –
número de horas diário inferior à duração normal do dia
25% N.o de meses
de trabalho – e ao trabalho ilegal, reforçado pela imigra- 3,4
35,6% 12 e mais meses
(longa duração)
ção, sobretudo a clandestina.
0% Até 11 meses
Fonte: Estatísticas do
As regiões mais afetadas pelo desemprego, no terceiro tri- Emprego – 3.o trimestre de 2013, INE, 2013
mestre de 2013 eram Lisboa e as regiões autónomas da FIG. 4 Taxa de desemprego segundo a duração, em
Madeira e dos Açores (Quadro II). Portugal, no 3.o trimestre de 2013.

Quadro II. Taxa de desemprego, por NUTS II, 3.o trimestre 2013 (%)
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira
16,6 11,2 17,9 16,1 13,8 17,7 17,3
Fonte: Estatísticas do Emprego – 3.º Trimestre de 2013, INE, 2013

VERIFIQUE SE SABE
¸ Enunciar os principais problemas decorrentes do envelhecimento demográfico.
¸ Descrever e explicar a evolução do índice de dependência total, tendo em conta os de jovens e de idosos.
¸ Analisar as implicações dos baixos níveis de escolaridade e de qualificação da população ativa.
... E POSSÍVEIS SOLUÇÕES
A população deve ser entendida como o recurso mais importante para a promoção do desenvolvimento
de um país ou região. Por isso, é necessário fazer face aos problemas demográficos que se colocam
atualmente ao nosso país, através de medidas como as seguintes.
• A adoção de políticas demográficas de incentivo à natalidade, para possibilitar o rejuvenescimento
da população, tais como (Doc. 1):
– alargamento da rede da educação pré-escolar, com horários
compatíveis com a atividade profissional dos pais; DOC. 1 O DESAFIO QUE SE IMPÕE
– aumento dos abonos de família, em função do número de
«Por um Portugal amigo das crian-
filhos; ças, das famílias e da natalidade
– redução dos impostos para as famílias mais numerosas; (2015-2035)», assim se chama o estu-
– alargamento do período de licença maternal e paternal; do encomendado pelo executivo de
– maior diversidade de modalidades de licença de materni- Pedro Passos Coelho, com algumas
dade e paternidade; propostas para aumentar a natalidade
em Portugal. Neste documento cons-
– criação de incentivos às empresas de modo a torná-las par-
tam um conjunto de medidas que vão
ceiras na promoção da natalidade; desde os impostos, educação, saúde
– desenvolvimento de uma política de imigração que crie con- ou responsabilidade social. Este rela-
dições de vida familiar aos imigrantes; tório foi elaborado tendo como base
– criação de maiores apoios aos tratamentos de fertilidade; os dados do Inquérito à Fecundidade
– regulamentação da adoção de crianças de outros continentes. de 2013, divulgado pelo INE, em
junho, que revelou que, se não existis-
• A implementação de medidas que elevem os níveis de escola-
sem constrangimentos, os casais por-
ridade e qualificação profissional, para aumentar a produtivi-
tugueses desejariam ter, em média,
dade e prevenir o desemprego. Por exemplo: 2,31 filhos. Este desejo é contrariado
– alargamento da oferta do ensino profissional, de modo a pela realidade que levou a uma desci-
diversificar os percursos escolares e, assim, combater o da do índice sintético de fecundidade,
abandono escolar e preparar os jovens para a vida ativa; em 2013, para um novo mínimo: 1,21
– ajustamento da formação profissional às necessidades das filhos por cada mulher em idade fértil.
Diz o relatório que, a manterem-se
empresas;
estes números, em 2060 apenas exis-
– dinamização da formação contínua ao longo da vida; tirão 6,3 milhões de portugueses (con-
– requalificação da população ativa, nos diferentes setores de tra os atuais 10 milhões).
atividade. O estudo, elaborado por uma
• O apoio à inovação tecnológica nas escolas, universidades, comissão independente e coordenado
administração pública e empresas, de modo a melhorar a pro- por Joaquim Azevedo da Universidade
Católica, defende que é mais impor-
dutividade e competitividade.
tante remover os obstáculos que se
• A valorização da participação da população idosa, promo-
colocam a quem quer ter filhos,
vendo a partilha da sua experiência com as gerações mais nomeadamente ao nível profissional e
jovens, nomeadamente nas atividades artesanais. económico, do que premiar os nasci-
mentos.
Adaptado de Saldo Positivo, CGD,
16/07/2014

VERIFIQUE SE SABE
¸ Enumerar medidas que permitam resolver ou minorar problemas como: o envelhecimento demográfico e suas conse-
quências sociais; os baixos níveis de escolaridade e qualificação da população ativa.

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