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Cetoacidose Diabética COMUNIDADE
Cetoacidose Diabética COMUNIDADE
753-85
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pediatriaurgente
@pediatriaurgente
1. Caso clínico;
5. Quadro clínico;
6. Diagnóstico diferencial;
7. Exames complementares;
9. Tratamento.
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Pré-escolar de 30 meses, sexo masculino, peso habitual de 16,5 kg, dá entrada na sala
vermelha devido dor abdominal, náuseas e vômitos há 3 dias. Mãe relata que hoje
começou a ficar sonolenta e não aceitando líquidos. Peso da admissão 15 kg.
A: torporoso
185
M
85/45
B: respiração rápida e
profunda O
94%
C: palidez
cutânea
V
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A: nega alergias.
M: fez uso de simeticona e SRO.
P: previamente hígido e vacinas em dia.
L: tomou leite de vaca há 8 horas.
E: piora do nível de consciência nas últimas 6 horas.
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Poliuria e polidipsia
Sinais e sintomas
Emagrecimento
Qual o
Dor abdominal,
náuseas e vômitos principal
Queda do nível de
consciência exame para o
Sinais de
desidratação diagnóstico?
Hiperglicemia
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pH 6,97
pCO2 17
entrada
SpO2 90%
Glicemia 450
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pH 6,97
Qual é o distúrbio primário?
pO2 90 (sem O2) Acidose metabólica
Gasometria de
pCO2 17
entrada
1. Caso clínico;
5. Quadro clínico;
6. Diagnóstico diferencial;
7. Exames complementares;
9. Tratamento.
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Ferran K, Paiva IA. Abordagem da cetoacidose diabética na infância e adolescência. Rev. Ped. SOPERJ, v. 17, supl. 1, p. 45-55, dez. 2017.
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Cetoacidose diabética
Introdução
Ferran K, Paiva IA. Abordagem da cetoacidose diabética na infância e adolescência. Rev. Ped. SOPERJ, v. 17, supl. 1, p. 45-55, dez. 2017.
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Cetoacidose diabética
Fisiopatologia
Hormônios
Insulina
contrarreguladores
Anabolismo Catabolismo
• Captação de glicose para Glucagon, Catecolaminas, Cortisol, GH
glicogênese; • Lipólise;
• Síntese proteica; • Cetogênese nos hepatócitos;
• Lipogênese. • Glicogenólise hepática e muscular;
AMANTÉA, SL; PIVA, JP; GARCIA. Cetoacidose Diabética. Medicina Intensiva em Pediatria. 2ed. Rio de Janeiro: Livraria e Editora REVINTER Ltda, 2014, v. 1, p. 447-463
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↓ utilização ↑ proteólise
↑ lipólise ↑
↓ síntese
de glicose glicogenólise
proteica
↑ ácidos
graxos livres Hiperglicemia Desidratação
e cetogênese
Glicosúria Vômitos
e cetonúria Diurese osmótica
e perda de
eletrólitos
↓ perfusão
tecidual e
acidose lática
↓ TFG,
glicosúria e Hipovolemia
cetonúria
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1. Caso clínico;
5. Quadro clínico;
6. Diagnóstico diferencial;
7. Exames complementares;
9. Tratamento.
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Cetoacidose diabética
Definição
Cetoacidose diabética
Quadro clínico
ANAMNESE
Primodescompensação Sabidamente diabético
Fraqueza muscular
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Cetoacidose diabética
Quadro clínico
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Cetoacidose diabética
Quadro clínico
EXAME FÍSICO
Peso
Grau de desidratação
FC e FR aumentadas
Respiração de Kussmaul
Nível de consciência
(detecção precoce de EC)
Hálito cetônico
(maça apodrecendo)
Perfusão periférica
Dor abdominal
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1. Caso clínico;
5. Quadro clínico;
6. Diagnóstico diferencial;
7. Exames complementares;
9. Tratamento.
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Cetoacidose diabética
Diagnóstico diferencial
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
A ausência de ruídos adventícios em paciente com taquipneia deve
Doença pulmonar
levar à suspeita de acidose metabólica.
Cetoacidose diabética
Diagnóstico diferencial
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1. Caso clínico;
5. Quadro clínico;
6. Diagnóstico diferencial;
7. Exames complementares;
9. Tratamento.
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Cetoacidose diabética
Fórmulas para cálculos
Sódio corrigido:
Água do meio
Na corrigido = Na encontrado + [1,6 x (glicemia – 100)]
intra para o 100
extracelular Hiponatremia dilucional e interferência com ácidos graxos livres
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Cetoacidose diabética
Fórmulas para cálculos
Potássio corrigido
K estimado = K encontrado – Ânion GAP
[6 x (7,3 – pH encontrado) AG = Na – (Bic + Cl)
Para cada 0,1 de pH reduzido, o K AG = 12 ± 2 mmol/l
aumenta falsamente 0,5 a 0,6 mEq/L
Superfície corporal
SC (m²) = (Peso x 4) + 7
90 + peso
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pH 6,97
Sódio corrigido
pO2 90 (sem O2) 132 + [1,6 x (450 – 100/100)] = 137,6
Gasometria de
pCO2 17
entrada
Osmolaridade sérica
Bic 3,9; BE -27
2 x 137,6 + 450/18 = 300,2
SpO2 90%
Monitorização:
• Manter com monitorização cardíaca
Cetoacidose
constante pelo risco de hipo ou
hipercalemia.
diabética
• O paciente deve ser monitorizado Tratamento
detalhadamente em relação à sua resposta
clínica e laboratorial.
• Deve-se registrar em uma folha de controle, CLASSIFICAÇÃO
de hora em hora, o estado clínico do pH < 7,3 ou
Leve
paciente, as medicações venosas e orais, os Bic < 15 5 – 10% de perda de
líquidos administrados e os resultados dos pH < 7,2 ou peso
Moderada
exames laboratoriais. Bic < 10
• Atentar aos sinais de EC: sonolência, pH < 7,1 ou > 10% de perda de
rebaixamento do nível de consciência, Grave
Bic < 5 peso
convulsões e coma.
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Hiperglicemia Cetonemia
Insulinização
• Reverte a proteólise, a lipólise e a
cetogênese. Glicosúria Vômitos
• Estimula a captação e e cetonúria Diurese osmótica
metabolização da glicose pelos e perda de
tecidos. eletrólitos
• Restaura o metabolismo celular e
normaliza a glicemia sérica. ↓ perfusão
tecidual e
acidose lática
Reposição de líquidos
e eletrólitos
• A restauração da perfusão
↓ TFG, tissular melhora a captação
glicosúria e Hipovolemia de glicose na periferia e a
cetonúria filtração glomerular.
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Cetoacidose diabética
Tratamento
REPOSIÇÃO DE LÍQUIDOS
Reparação intravascular com SF 0,9% ou RL
Sem sinais de choque 10 a 20ml/kg em 30 a 60 minutos
Cetoacidose
diabética
Fluidoterapia Tratamento
Máximo 3-4L/m²
Necessidades
Déficit anterior
basais
Máximo 75kg
Estimado pelo Gravidade da Holiday-Segar
ou percentil 97
peso perdido CAD ou SC
para a idade
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Cetoacidose diabética
Tratamento
REPOSIÇÃO DE LÍQUIDOS
Fase de manutenção
• Infundir 1,5 a 2L/m²/dia de volume. Não ultrapassar 3L/m²/dia pelo risco de EC.
• Pode-se descontar o volume ofertado na primeira hora.
• Não é necessário descontar o volume da diurese.
> 6 mEq/L: aguardar queda para repor.
• Deve-se usar soluções isotônicas 4,5 - 6 mEq/L: repor 20 mEq de potássio/L.
acrescidas de potássio (se basear no K 3,5 - 4,5 mEq/L: repor 40 mEq de potássio/L.
sérico!), exceto se insuficiência renal. 2,5 – 3,5 mEq/L: repor 20mEq/L na expansão.
< 2,5 mEq/L: correção rápida 0,3 mEq/kg/h
• Adicionar glicose à manutenção quando glicemia menor que 250-300mg/dL.
• Se Na corrigido > 160 mEq/L, hipercloremia ou Osm sérica >340 mOsm/L, usar NaCl 0,45% (SF 1:1
AD).
pH 7,05
Qual é o distúrbio primário?
hora de tratamento
Gasometria após 1
pO2 132 (com O2) Acidose metabólica
pCO2 10,8
Tem distúrbio compensatório ou misto?
pH 7,05
Sódio corrigido
hora de tratamento
Gasometria após 1
pO2 132 (com O2) 130 + [1,6 x (380– 100/100)] = 134,6
pCO2 10,8
Osmolaridade sérica
Bic 8; BE -26
2 x 134,6 + 380/18 = 290,8
SpO2 98%
Cetoacidose diabética
Tratamento
20 mEq de K ----------------- Y ml
Quando glicose > 300mg/dL 2,5 mEq de K -------- 1 ml KCl19,1%
Y = 8 ml KCl 19,1%
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Cetoacidose diabética
Tratamento
BOLSA 1 SC = (peso x 4) + 7 / 90 +
E a vazão?
1280/ 24 = 53,3 ml/h
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pH 7,18
Qual é o distúrbio primário?
hora de tratamento
Gasometria após 4
pO2 140 (com O2) Acidose metabólica
pCO2 25
Tem distúrbio compensatório ou misto?
pH 7,18
Sódio corrigido
hora de tratamento
Gasometria após 4
pO2 140 (com O2) 138 + [1,6 x (260– 100/100)] = 140,5
pCO2 25
Osmolaridade sérica
Bic 12; BE -20
2 x 140,5 + 26/18 = 295,4
SpO2 97%
Cetoacidose diabética
Tratamento
Cetoacidose diabética
Tratamento
BOLSA 2
BOLSA 1
SF 0,9% 500 ml SF 0,9% 400 ml
Vamos lá!
E a vazão?
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BOLSA 2
BOLSA 1
SF 0,9% 500 ml SF 0,9% 400 ml
INSULINIZAÇÃO
Reverte o estado catabólico. Cetoacidose
Iniciar 1 a 2 horas após o inicio da expansão volêmica. diabética
O seu uso precoce ou em bolus está associado a maior risco de EC. Tratamento
Dose: 0,1 UI/kg/h de insulina regular.
SEMPRE desprezar os 50 ml iniciais da solução e deixar a solução
“repousar” por 30 minutos. IR: 50 UI
SF: 500 ml
Caso queda brusca da glicemia ou paciente mais acordado e com
condições de oferta de líquidos via oral, pode-se reduzir a vazão Concentração:
para 0,05UI/kg/h. 0,1UI/ml
Aumentar Reduzir a
Hipoxemia
cerebral pelo
Cetoacidose diabética
aumento da Tratamento
afinidade à Hb
Aumenta o
risco de EC
Acidose
paradoxal do
SNC
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Cetoacidose diabética
Tratamento
Dúvidas?
Sugestões?
Lamentações?
pediatriaurgente
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