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FAHOR – Faculdade Horizontina

Cursos de Engenharia

Disciplina: Física I

Determinação da velocidade final de um projétil, através do alcance, num lançamento horizontal

Alunos:

Gabriela Cornelius Pandolfo

Professor: Geovane Webler

Horizontina, 02 de março de 2022.


1 – OBJETIVO

- Reconhecer, no movimento de lançamento horizontal de um projétil, a


combinação de dois movimentos retilíneos.
- Utilizar corretamente as equações do movimento de queda livre para
determinar o tempo da queda do projétil.
- Medir o alcance médio de um projétil é, através dele e do intervalo de tempo
gasto no seu percurso, calcular a velocidade do mesmo.
- Determinar a velocidade total, no ponto de lançamento e no ponto de impacto
com o solo.

2 – INTRODUÇÃO

Em um lançamento horizontal de um projétil, tem-se dois movimentos


simultâneos e independentes, MRU (no horizontal) e MRUV (na vertical), portanto, é
um movimento bidimensional (MARQUES,2022).

O MRU é o movimento que ocorre em uma velocidade constante e em uma


linha reta (MARQUES, 2022). A representação gráfica é mostrada no gráfico 01,
cuja fórmula que deu origem é V ⃗= ∆S/∆t.

Gráfico 01 - Velocidade X Tempo em MRU.

Fonte: próprio autor.


O movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV) é aquele no qual o
móvel sofre variações iguais de velocidade em intervalos de tempo iguais e a
aceleração mede a rapidez com que o móvel altera o valor de sua velocidade,
aumentando-o ou diminuindo-o (JEWETT, 2012).

Nos gráficos a seguir (02, 03), será possível ver a relação entre Posição versus
Tempo e Velocidade versus Tempo, respectivamente.

Gráfico 02 - Posição X Tempo em MRUV:

Fonte: próprio autor.

Neste gráfico, a fórmula que o originou foi a Equação horária da Posição:

Assim, percebe-se que a posição varia conforme o tempo passa. Sendo a


aceleração positiva, o gráfico se torna uma parábola com concavidade para cima,
já que a equação é de segundo grau.
Gráfico 03 - Velocidade X Tempo em MRUV:

Fonte: próprio autor.

Neste gráfico, a equação que o originou foi a equação da velocidade:

Percebe-se que a velocidade aumenta com o passar do tempo, já que nesse


caso a aceleração é positiva, gerando um gráfico linear, condizente com a equação
de primeiro grau.

A aceleração em MRU, devido a velocidade constante, a aceleração será igual


a zero, em intervalos de tempo iguais o móvel percorre a mesma distância. Já a
aceleração em MRUV será constante devido a velocidade variando uniformemente
em razão do tempo (UFFES, 2022).

3 – PARTE EXPERIMENTAL

3.1 – Materiais:

- Lançador universal;
- Tripé universal;
- Papel carbono;
- Papel A4;
- Bolinha de metal;
- Compasso;
- Régua;
- Disparador eletromagnético.

3.2 – Procedimentos Experimentais:

Para a realização do seguinte experimento, o conjunto foi montado conforme a


imagem 01. Nele, foram acoplados os materiais de forma que a bolinha de metal
fosse impulsionada, com o disparador eletromagnético, a cair de uma altura de 56,5
cm.

Imagem 01: Sistema de lançamento montado:

Fonte: próprio autor.


Assim que a bola de metal era disparada, caia em direção a mesa. Foi
colocado na mesma uma folha de papel branco A4 e acima dela uma folha de papel
carbono, assim, quando a bola atingia a mesa, sua posição de impactado era
marcada na folha de papel branco.

Foram realizados 10 lançamentos, todos geraram uma marcação na folha. Um


menor círculo possível, com o auxílio de um compasso, foi feito de forma a abranger
todas as marcações da folha. A partir do centro deste círculo, foi medido a distância
dele até o início da trajetória da bola de metal com a ajuda de uma régua graduada.

4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na imagem 02 é representado as informações obtidas (altura de


lançamento, distância da trajetória da bola).

Imagem 02: Representação do esquema de queda:


Para os cálculos teremos:

Altura de lançamento: 56,6 cm

Distância de arremesso: 26,6 cm

Para encontrar o tempo de queda usaremos a fórmula:

2
𝑔.𝑡
ℎ = 𝑉0. 𝑡 − 2

2 2
−9,8 𝑚/𝑠 . 𝑡 2
0, 566 𝑚 = 0 . 𝑡 − 2
⇒ 4, 9𝑡 + 𝑡 − 0, 566 = 0

Realizando a equação de Bhaskara teremos como X (tempo): 0,2528 s.

Para encontrar a velocidade do eixo x usaremos:

𝑑 = 𝑣. 𝑡

0, 266 𝑚 = 𝑣 . 0, 2528 𝑠 ⇒ 𝑣 = 1, 05 𝑚/𝑠

A velocidade do eixo X é constante, portanto está em MRU.

A velocidade do eixo Y será calculada pela fórmula em MRUV 𝑉 = 𝑣 + 𝑎.𝑡


0

𝑣 = 0 + 9, 81 . 0, 2528 ⇒ 𝑣 = 2, 48 𝑚/𝑠

A aceleração é considerada como a força da gravidade, já que a bola


está caindo no sentido dela. A velocidade irá variar conforme o tempo muda,
neste cálculo foi usado o tempo final (quando a bola atinge a mesa), para
saber a velocidade em um tempo exato, basta trocar a variável na equação.

Assim, a bola é lançada no ponto A e demora 0,2528 segundos para cair


no ponto B. A sua velocidade horizontal (eixo X) é 1,05 m/s e a velocidade
vertical (eixo Y) é 2,48 m/s. A aceleração considerada é a gravidade.
5 – CONCLUSÕES

Com todos os aspectos, considera-se que este trabalho serviu como base de
conhecimentos práticos para análise de uma trajetória. Percebe-se as velocidades
que a bola tem em ambos os eixos. No eixo X, a velocidade é constante, já no eixo
Y a aceleração é constante, e a velocidade irá variar com diferentes tempos.

6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JEWETT JR., J. W.; SERWAY, R. A. Física para cientistas e engenheiros –

Mecânica. 8 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. v. 1.

MARQUES, Gil C.: Movimento dos projéteis. Licenciatura em Ciências, USP/

Univesp, p. 223. Acesso em: 07 mar. 2022. Disponível em:

https://midia.atp.usp.br/plc/plc0002/impressos/plc0002_10.pdf

UFFES, Universidade Federal do Espírito Santo: Experimento A1: Movimento

Retilíneo Uniforme (MRU) E Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV).

Departamento de Físico. Acesso em: 08 mar. 2022. Disponível em:

https://fisica.ufes.br/sites/fisica.ufes.br/files/field/anexo/experiencia_a1_-_mru_e_mru

v_0. pd

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