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Futuro - A Prospecção de Cenários - 0710765 - 2011 - Cap - 6
Futuro - A Prospecção de Cenários - 0710765 - 2011 - Cap - 6
As tochas facilitaram o deslocamento noturno das diligências, assim como os faróis fizeram
com os automóveis. Mas ainda não haviam surgido metodologias para “iluminar” as
estradas da vida.
Marcial e Grumbach248
If futurism means “recognizing that life will change, must change, and has changed,” then
we are all futurists now.
Diana Searce249
248
MARCIAL e GRUMBACH, 2008, p.26.
249
SEARCE et al., 2004, p.1. (Se futurismo significa “reconhecer que a vida irá mudar, deve mudar
e tem mudado”, então agora nós somos todos futuristas.) Tradução nossa.
250
CGEE – Prospecção em CT&I, 2008.
89
It is high time that these concepts be clarified so that the same word does not have different
meanings and that different things are not named the same.
251
Michel Godet
Com tantos termos empregados para se referir aos estudos do futuro, além
de suas traduções e sinônimos, muitas vezes torna-se um problema fazer
distinções entre um e outro. Cheios de ruídos e interpretações confusas, nem
sempre é fácil empregar esses termos, ou buzzwords252, dentro de um
consenso. Dentre os termos utilizados na literatura sobre estudos do futuro,
pode-se destacar la prospective, foresight(ing), forecast(ing), future studies,
assessment e scenarios como os mais recorrentes.
La prospective is to illuminate the choices of the present in the light of possible futures.
Godet e Roubelat253
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710765/CA
251
GODET, 2006, p.5 (Já é mais do que tempo desses conceitos serem esclarecidos,
considerando que a mesma palavra não possui diferentes significados, assim como coisas
diferentes não possuem o mesmo nome.) Tradução nossa.
252
O termo buzzwords pode ser entendido como “palavras com ruído”.
253
GODET e ROUBELAT, 1996, p.2 (Prospectar é iluminar as escolhas do presente com a luz dos
futuros possíveis) Tradução nossa.
254
Ibid., p.2.
255
GODET, 2006.
256
Ibid., p.2 (antecipação (pré ou pró-ativa) para esclarecer as ações do presente à luz dos futuros
possíveis e desejáveis) Tradução nossa.
90
6.1.2 Forecast
Fashion forecasting has been compared to chasing the future with a butterfly net.
Marilyn Gardner261
257
GODET, 2006.
258
LAROUSSE, 1957.
259
MICHAELIS, 1961.
260
CGEE – PROSPECÇÃO EM CT&I, 2008.
261
GARDNER, M. (1995) apud BRANNON, E., 2005, p.5 (Fazer prognósticos de moda tem sido
comparado à perseguir borboletas com uma rede) Tradução nossa.
262
MICHAELIS, 1961.
263
AURÉLIO, 1975. Prognóstico: deixar entrever com antecipação; anunciar; prenunciar.
264
CGEE – PROSPECÇÃO EM CT&I, 2008.
265
PORTER, 1991, p.21.
91
Forecasting fashion is not unlike forecasting the weather, the stock market, or the
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success of a Broadway show. It aims to take all contingencies into account and
come out with a respectable score. The forecaster must be flexible enough to shift
gears when the unexpected occurs.268
6.1.3 Assessment
266
CGEE – PROSPECÇÃO EM CT&I, 2008.
267
PERNA, 1987.
268
Ibid., p.91 (Fazer prognóstico em moda não é diferente de fazer prognósticos sobre o tempo,
sobre o mercado ou sobre o sucesso de algum show da Broadway. Significa considerar todas as
contingências e sair com uma contagem respeitável. O pesquisador deve ser flexível o bastante
para deslocar as engrenagens quando ocorre o inesperado.) Tradução nossa.
269
Ibidem. (Fazer prognósticos é simplesmente identificar tendências de moda.) Tradução nossa.
270
CGEE – PROSPECÇÃO EM CT&I, 2008.
92
273
CGEE – PROSPECÇÃO EM CT&I, 2008.
274
CGEE – Prospecção em CT&I, 2008.
275
VAN NOTTEN, 2004, p.17 (scenario development has become „a Swiss pocket knife of multiple
uses, or a magical wand‟ that is often waved by inexperienced and unskilled consultants and
professionals). Tradução nossa.
276
GLENN, Scenarios, 2009.
94
Such a discussion of futures research is perfectly fine and should be done, but
does not constitute a scenario. It is like confusing the text of a play's newspaper
277
review with the text of the play written by the playwright .
Cenários não dizem respeito a predizer o futuro, e sim a perceber futuros no presente.
Peter Schwartz278
277
GLENN, Scenarios, 2009, p.2 (Essa discussão sobre investigação de futuros é perfeitamente
boa e deve ser realizada, mas não se constitui em cenário. É como confundir o texto de um jornal
sobre a resenha jornalística de uma peça com o texto da peça escrito pelo dramaturgo.) Tradução
nossa.
278
SCHWARTZ, 2006, p.40.
279
GLENN, Scenarios, 2009.
95
280
WILKINSON, 2004.
281
FAHEY e RANDALL, 1998, p.VIII.
282
Ibid., p.15.
283
GODET, 2006, p.109.
96
284
FAHEY e RANDALL, 1998, pp.6 e 9.
285
O item 5.7 trata do assunto.
286
SEARCE et al., 2004, p.7.
287
GLENN, Scenarios, 2009.
288
forecast; ver item 5.1.2.
289
VAN NOTTEN, 2004, pp. 7 e 8.
290
Ibid., p.20 (Cenários são descrições coerentes de alternativas hipotéticas de futuros que
refletem diferentes perspectivas sobre o passado, presente e desenvolvimento futuro, podendo
servir como base para a ação.) Tradução nossa.
291
RASPIN e TERJESEN, 2007, p.116 (uma disciplina para redescobrir o poder original do
prognóstico criativo empreendedor em contextos de mudanças aceleradas, grande complexidade e
incerteza genuína) Tradução nossa.
97
O método de cenários é projetado para produzir o tipo de entendimento mútuo que permite
às pessoas agirem na direção de um objetivo comum.
292
Peter Schwartz
292
SCHWARTZ, 2006, p.189.
293
GODET, 2006, p.6.
294
GLENN, 2009, p.4.
98
Quadro 6: Como as atitudes das empresas afetam os cenários e as estratégias (Godet, 2006)
295
GODET, 2006, p.112.
296
MARCIAL e GRUMBACH, 2008, p.56.
99
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297
FAHEY e RANDALL, 1998, p.10.
100
Manter a mente elástica e uma certa rebeldia diante do status quo também
ajuda a estabelecer associações improváveis entre assuntos e situações
diversas. Socializar, conectar e compartilhar fazem parte deste processo que
visa, segundo Gutsche, “descobrir o que é legal antes de se tornar legal”299.
É importante salientar que, em sua construção, cada cenário de uma
mesma prospecção aborda parâmetros idênticos ou similares. O que vai fazer a
diferença entre eles (cenários) é o tipo de relação estabelecida entre esses
parâmetros.
Os fatores-chave relacionados a seguir envolvem a visão de Peter
Schwartz, Michel Godet, Fahey e Randall, Jerome Glenn, Marcial e Grumbach,
Petersen e Steinmüller. Cabe antes ressaltar a recomendação de Schwartz para
não se focalizar apenas nas definições desses elementos, mas em centrar a
atenção em como eles são percebidos nas várias situações. Schwartz salienta a
visão de alguns futurólogos, inclusive Pierre Wack, que “acreditam que qualquer
definição iria trivializar a sutileza do processo. A criação de cenários não é um
processo reducionista; é uma arte, assim como a arte de contar histórias” 300. No
entanto, é necessário compreender os elementos que compõem a dinâmica dos
cenários para facilitar sua identificação e importância na estruturação do enredo.
298
GUTSCHE, 2010, p.175.
299
Ibid., p.177.
300
SCHWARTZ, 2006, P.97.
101
6.4.2 Macrotendências
301
MARCIAL e GRUMBACH, 2008, p.58.
302
GODET, 2009, p.136. (sementes do futuro ou sinais fracos) Tradução nossa.
303
CAMPOS, 2007, p40.
304
Ibidem.
102
A primeira face do futuro é fugaz: a velocidade será tudo. Nunca antes o futuro se tornou
passado tão depressa.
307
Patrick Dixon
Schwartz define forças motrizes como “os elementos que acionam o mapa
dos cenários, que determinam o desenrolar da história”308. Como numa aventura,
onde a busca (seja de emoções ou de alguma impossibilidade) é definida desde
o início como a força motriz que impele a jornada, para a construção de cenários
é necessário que as forças motrizes fiquem bem definidas.
Porém, a identificação correta dessas forças nem sempre é tarefa fácil.
Schwartz diz que elas podem parecer óbvias para algumas pessoas e ocultas
para outras. Neste sentido, o trabalho em equipe é sempre recomendado,
considerando diferentes visões, expertises e áreas de conhecimento.
Para se definir as forças motrizes de um cenário, Schwartz309 recomenda
que observemos os seguintes campos do macroambiente: sociedade
(englobando aqui o crescimento populacional, o analfabetismo, a diversidade
cultural etc.), tecnologia (a inovação é um dos fatores primordiais), economia,
política e meio-ambiente (danos e consciência ecológica, sustentabilidade,
reciclagem etc.). As forças motrizes devem ser avaliadas e selecionadas
305
SCHWARTZ, 2006, p.107.
306
Ibid., p.101.
307
DIXON, 2007, p.19.
308
Ibid., p.92.
309
Ibidem.
103
Equipes que ensaiam suas reações ao inesperado terão mais possibilidades de navegar
pelo caminho da incerteza.
Jeremy Gutsche313
315
Ibidem.
316
SCHWARTZ, 2003, p.14.
317
Ibidem.
318
Ibid., p.16.
319
Ibid., p.21.
320
Ibidem.
105
pode significar, por exemplo, uma redução drástica de investimentos, com corte
nos gastos e inovações.
Em ambas as reações, o que se percebe é a falta de ação, uma
vitimização diante das circunstâncias, impedindo o desenvolvimento de
estratégias capazes de enfrentar a inevitabilidade desses acontecimentos, sejam
eles políticos, econômicos, tecnológicos, sociais ou ambientais.
Os coringas ou wild cards podem ser entendidos como rupturas, como
aqueles acontecimentos de grande impacto, difíceis de serem antecipados e
com pouca possibilidade de ocorrência.
Petersen e Steinmüller321 apontam três elementos que compõem o
ambiente do forecasting: 1 – As tendências seriam as forças motrizes que
fornecem orientação fundamental para o futuro. 2 – Os impactos cruzados
seriam as interações entre as tendências. 3 – Os wild cards seriam as surpresas
com riscos de alto impacto. Segundo Petersen e Steinmüller, a maior parte das
metodologias de pesquisa de tendências tem foco nas relações transversais, e
as surpresas inevitáveis têm sido tratadas como algo adicional a este
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321
PETERSEN e STEINMÜLLER, 2009, p.2.
322
Ibid., p.3. (exercem um efeito direto sobre o futuro - o „habitat‟ de nossas esperanças, medos,
desejos, planos e expectativas. Ao produzir mudanças neste „habitat‟, eles abalam toda a
paisagem da realidade futura.) Tradução nossa.
106
reality but also revolutionize the future and rewrite the past. We look from a
different perspective at past developments”323.
Petersen e Steinmüller dividem as surpresas inevitáveis e os wild cards em
três categorias: 1 – eventos de que se tem conhecimento com chances quase
certas de ocorrer, porém sem data prevista, como o próximo terremoto. 2 –
acontecimentos futuros ainda desconhecidos que poderiam ser identificados
através de consultas a especialistas ou modelos adequados, como os impactos
das mudanças climáticas. 3 – eventos futuros absolutamente desconhecidos.
Como exemplos de wild cards, Petersen e Steinmüller324 sugerem uma
possível mutação humana, a chegada de extraterrestres, mudança do eixo da
Terra, choque de um asteróide com a Terra, a ocorrência de um terremoto de
grandes proporções, a descoberta de vida em outras dimensões, bactérias que
se tornam imunes aos antibióticos, a clonagem humana, a invenção da viagem
no tempo e uma revolução da educação pela realidade virtual. A maior parte dos
coringas ou wild cards não pode ter seu curso alterado, diferentemente do que
acontece com as incertezas críticas e os fatos portadores de futuro.
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6.4.5 Atores
6.4.6 Um exemplo
326
SCHWARTZ, 2006, p.91
327
Ibid., p.98.
328
Ibid., p.102.
108
Segundo Pierre Wack330, apud Schwartz, “os cenários lidam com dois
mundos: o mundo dos fatos e o mundo das percepções”. Estabelecer uma lógica
ao enredo dos cenários é saber lidar com esses dois mundos na condução da
história. É um modo de desembaraçar o ambiente e amarrar todos os elementos
do sistema.
O enredo descreve o comportamento das forças motrizes e atores dentro
de uma lógica e uma plausibilidade, tendo em vista seu comportamento no
passado. Para Schwartz, “os cenários exploram duas ou três dessas
alternativas, baseados no enredo (ou combinação de enredos) que vale mais a
pena considerar”331.
Na definição dos enredos que façam sentido, trabalha-se tanto com as
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Segundo Fahey e Randall333, os enredos não são apenas uma bela forma
de se contar histórias criativas. Os enredos são construídos a partir das forças
motrizes que modelam essas histórias e que falam de questões como economia,
sociedade, cultura, tecnologia e ecologia, como também de política, agências
governamentais e mercado. A delimitação do enredo dentro da construção de
cenários envolve decisões comparáveis à elaboração de um roteiro de cinema
ou teatro, onde se define o tema, os personagens (atores e forças motrizes) e o
329
SCHWARTZ, 2006, p.119.
330
Ibid., p.41.
331
Ibid., p.117.
332
Ibid., p.118.
333
FAHEY e RANDALL, 1998, p.10.
109
ambiente onde eles irão atuar. Para que esses enredos sejam pertinentes e
possam ser utilizados para a tomada de decisões é necessário que eles sejam
construídos com lógica, que sejam plausíveis ou, como os autores observam:
“the why underlying the what and how”334.
Para Godet e Roubelat335, a prospecção do futuro possui tanto um enfoque
exploratório (futuros possíveis) quanto um enfoque normativo ou antecipatório
(futuro desejado). No enfoque exploratório, a prospecção parte do passado ou
presente e vai em direção aos futuros possíveis. Neste caso, o foco está
direcionado para o que é realmente possível e o processo tem início pela
extrapolação de situações correntes. No enfoque antecipatório, a prospecção é
baseada em visões alternativas de futuro, que tanto pode ser desejado como
temido. A questão central neste caso seria: Que futuro nós queremos? O que
queremos que aconteça? O que pode acontecer e não queremos?
Complementando, vale também ressaltar a visão de Matathia e Salzman,
que observam que partir do presente, das tendências dominantes, pode não ser
suficiente para se chegar à identificação de cenários futuros. Uma segunda
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opção seria:
334
FAHEY e RANDALL, 1998, p.10 (o por que sublinha o o que e o como) Tradução nossa.
335
GODET e ROUBELAT, 1996, p.8.
336
MATATHIA e SALZMAN, 2004, p.19.
337
FAHEY e RANDALL, 1998, p.19.
338
GLENN, 2009, p.7.
110
Probabilidade de
Alta Alta Incerta Incerta Alta Baixa
ocorrência
Grau de
Baixo Baixo Incerto Incerto Alto Alto
surpresa
Materializa-se Não, encontra-
Não Não Não Não Sim
rapidamente se em curso
Determina a
Na maioria das
lógica dos Não Não Sim Não Sim
vezes
cenários
Variação ao Em sentido
Invariante Incerta Incerta Incerta Incerta
longo do tempo preestabelecido
Comportamento Parcialmente
Conhecido Desconhecido Desconhecido Desconhecido Desconhecido
futuro conhecido
Complementam
o enredo do Sim Sim Não Não Sim Não
cenário
339
GLENN, 2009, p.7.
340
MARCIAL e GRUMBACH, 2008, p.62.
111
Muitas vezes, uma das maiores dificuldades para se vislumbrar o futuro é descobrir
palavras capazes de descrevê-lo. Uma metáfora baseada em algo tangível e familiar pode
ajudar a descrever algo intangível e pouco conhecido.
341
Prahalad e Hamel
Dar nome a um cenário é uma arte, porque ele precisa resumir a essência
da história em algumas palavras e ser fácil de gravar e pronunciar. O nome do
cenário abrevia seu conteúdo e, muitas vezes, pode ser o início do processo.
Van Notten342 dá alguns exemplos de cenários para a Europa (Figura 7),
onde um nome forte resume toda a essência do cenário desenvolvido.
aumenta.
341
PRAHALAD e HAMEL, 2005, p.111.
342
VAN NOTTEN, 2004,p.110.
343
SCHWARTZ, 2006, p.204.
344
Ibid., p.171.
112
345
KOTTER, J., 2006, p.7.
346
SCHWARTZ, 2006, p.42.
347
Ibid., p.46.
348
NEILSON e STOUFFER. 2005 (Cenários futuros – histórias que pintam uma imagem viva de
uma situação futura – podem ajudar a fornecer visão e liderança no formato de narrativa, assim
como comunicar a visão organizacional). Tradução nossa.
349
VAN NOTTEN, op.cit., p.35.
113
Por que dois ou três enredos ou lógicas? Porque as mentes das pessoas só conseguem
lidar com duas ou três possibilidades. Duas podem não capturar a realidade, portanto
freqüentemente usamos três.
350
Peter Schwartz
Embora não se saiba com antecedência qual dos cenários irá acontecer, a
atitude estratégica permite a preparação antecipada para as alternativas
prospectadas. A chave, como no teatro, é saber reconhecer todo o enredo
através de algum detalhe do cenário e, assim, saber que tipo de atuação será
necessário. Ao se construir as alternativas de cenários (entre três ou quatro),
simulam-se as possibilidades de futuro, ou dito de outra forma, ensaiam-se
algumas peças que poderão entrar em cartaz.
Um ponto importante relacionado à equipe participante na construção de
cenários são as divergências e convergências de opiniões. Schwartz alerta para
este fato, ressaltando que os cenários são alimentados tanto pela ampla
variedade de informações e pontos de vista, como pelo posterior ajuste dessas
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Thinking about the future has always been a special opportunity for us to let our minds run
free.
353
Michel Godet
350
SCHWARTZ, 2006, p.121.
351
FAHEY e RANDAL, 1998, p.72.
352
(Boas notícias/más notícias) Tradução nossa.
353
GODET, 2006, P.336 (Pensar sobre o futuro é sempre uma boa oportunidade para deixarmos
nossas mentes correrem livres) Tradução nossa.
115
Etapas:
Em Schwartz (Quadro 9), 8 etapas sintetizam seu método, que tem início
com a identificação da questão principal e finaliza com a seleção de indicadores
e sinalizadores principais.
Etapas:
354
GODET, 2006.
355
SCHWARTZ, 2003 e 2006.
116
Etapas:
1 Identificação do sistema;
356
Curso on-line: Planejamento Estratégico e Cenários Prospectivos - O Método Grumbach:
http://www.brainstorming.educs.com.br
357
SCHWARTZ, 2006, pp. 199-204.
117
358
Ibid., p.62.
359
MARCIAL e GRUMBACH, 2008, p.91
360
FLICK, 2009, p.277.
118
x1 x2 x3 x4 x5 x6 M
x1 0 1 1 0 1 1 4
x2 1 0 1 1 1 1 5
x3 0 1 0 0 0 1 3
x4 0 0 0 0 1 1 2
x5 0 1 1 0 0 1 3
x6 0 1 0 0 1 0 2
D 1 4 3 2 4 5
361
MARCIAL e GRUMBACH, 2008, p.93.
362
MARCIAL e GRUMBACH, 2008, p.93.
119
x1 x2 x3 x4 x5 x6 I
A1 0 1 1 1 1 1 5
A2 0 0 0 1 0 1 2
A3 0 1 1 0 1 1 4
A4 1 0 0 1 1 1 4
A5 0 1 0 0 1 1 3
A6 0 0 1 0 0 0 1
D 1 3 3 3 5 5
363
Ibid., p.96.
364
MARCIAL e GRUMBACH, 2008, p.102.
120
estudos comprovarem que uma taça de vinho por dia faz bem à saúde, o cenário
resultante seria “Seguro em Casa”. Neste cenário, haveria tanto o aumento da
demanda do vinho californiano como a elevação dos preços, dentro de um
mercado de pouca competitividade. Os demais cenários foram prospectados de
forma semelhante, a partir de considerações envolvendo a interação dos eixos.
365
FAHEY e RANDALL, op.cit., p.66.
122
Mas uma pessoa que realmente acredite que “é assim que as coisas são”, uma pessoa
demasiadamente preguiçosa para perguntar “por que isso não pode ser diferente?” jamais
verá o futuro.
366
Prahalad e Hamel
366
PRAHALAD e HAMEL, 2005, p.100.
367
SCHWARTZ, 2006, p.57.
368
SEARCE, 2004, p.2.
369
SCHWARTZ, 2006, p.100.
123
Quadro 11: Exemplo de Schwartz para a questão E se…? num cenário otimista, pessimista e
alternativo.
Qualquer um pode criar cenários, mas se tornará muito mais fácil se você estiver disposto a
encorajar a sua própria imaginação, a novidade e até mesmo o senso de absurdo – assim
como seu senso de realismo.
Peter Schwartz371
370
SEARCE, 2004, p.2.
371
SCHWARTZ, 2006, p.37.
372
Ibid., p.51.
373
Ibidem.
374
MARCIAL e GRUMBACH, 2008, p.41.
124
375
MARCIAL e GRUMBACH, 2008, p.40.
376
CALDAS, 2004, p.121.
377
GLENN, 2009, The Futures Wheel, p.2.
378
SCHWARTZ, 2006, p.178.
125
Good forecasts are not necessarily those which are realised, but those which lead to action
so as to avoid the dangers and arrive at the desired objective.
379
Godet e Roubelat
Experience shows that in general a third of the total possible scenarios is enough
to cover 80% of the field of probables; i.e., 10 scenarios out of 32 possibles for 5
fundamental hypotheses381.
379
GODET e ROUBELAT, 1996, p.2 (Bons prognósticos não são, necessariamente, aqueles que
se realizam, mas aqueles que levam à ação, a fim de evitar os perigos e chegar ao objetivo
desejado) Tradução nossa.
380
GODET, 2006.
381
GODET, 2004, p.11 (A experiência mostra que, em geral, um terço do total de cenários
possíveis é suficiente para cobrir 80% do campo das probabilidades, ou seja, dez dos trinta e dois
cenários possíveis para cinco hipóteses fundamentais.) Tradução nossa.
126
de suas alternativas devem ser feitas com antecedência, para que a empresa
possa realizar as mudanças internas necessárias, absorver as probabilidades
futuras e traçar estratégias para elas.
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