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A VIDA SE RENOVA aQ— NO OS MILENIOS PASSAM e 0 canto da verdade vem tocando as filigranas do Espirito, de tal forma, que muitos filhos de Deus se tém esforgado para abrir os seus olhos. Uma nova realidade vem mostrando a todos que o mundo esta se mo- dificando. O convite é para que possam, juntos, reorgani- zar essa morada que tem oferecido oportunidades subli- mes para que seus habitantes possam refletir nas grandes operacées divinas que vem ocorrendo no planeta. A hora é chegada e foi anunciada por Jesus, quando trouxe para os filhos de Deus a Boa Nova. O cendrio do planeta mudava sem que os homens viessem a reconhe- cer o grande manancial de luz que lhes era dado. Jesus, © anunciador das mudangas do planeta Terra, veio para implantar o Evangelho, trazendo, no vigor do seu Espirito, o amor, a fraternidade e a caridade. Exemplificar para afirmar o ensinamento no pensa- mento dos irmdos em humanidade. Suas palavras e seus atos ainda sao olhados e interpretados de forma t&o su- perficial. A grande maioria dos habitantes do planeta ainda nao conhece a Boa Nova e ainda nao acordou para sua grandiosidade. Tudo segue, no entanto, o plano divino para que as ricas oportunidades sejam aprendidas. Uns se encontram ainda nas tradic6es histéricas, sem adentrar na esséncia do pensamento daquela multidao de pessoas, que dese- Java segui-Lo. Esse desejo, na verdade, foi demonstrado por poucos, porém, ha uma raz4o para isso. E necessdrio compreender o nivel de evolucdo daqueles espiritos que reencarnaram com o grande compromisso de estar com o Messias e que suas ligdes fossem vivenciadas, na pauta di- vina de todos os tempos, 0 amor. Mesmo entre os discipulos havia a divida e a insegu- ranca. Isso era natural, em se tratando de uma época tao restrita de amor e de verdade. A misericérdia de Deus é notada por aqueles que sdo simples e sequiosos de luz. Entre as leis antigas que se estendiam em grande namero, Deus, o Pai, consubstancia-as em dez mandamentos, cujas diretrizes essenciais da Lei do Amor ali se encontravam presentes. A Lei do Amor configura todo o amor de Deus. Nela es- tao os pontos essenciais de todo o equilibrio do Universo. Na sabedoria divina, reconhecemos os passos da evolucao como a forma carinhosa que Deus concede a toda criagao e o movimento de tudo que compée a natureza. Nela, esta o recado primoroso de Deus, que oferece aos humanos o estudo fecundo de sua evolucdo. Na Natureza, esta a fertilidade incessante da divindade criando, crescendo, transformando as mais diversas espé- cies dos reinos, dando a possibilidade para que sua cria- cao infinita permita o movimento da vida. Reinos divinos 62 | Grupo Espfrrra EsPpERANCA E CARIDADE transformam-se, nesse grande laboratério, que fecunda a vida. Desde a ameba aos atomos mais infimos, tudo tem a composicao da vida. Na verdade, até mesmo na matéria inerte que o homem nao consegue observar e encontrar 0 processo de transformagao peculiar a esses reinos, a pre- senca divina faz-se presente, auxiliando, no desenvolvi- mento dos elementos, que vao compor novos corpos. Seja nas 4guas, como nas rochas, no solo, como nos vegetais, a vida prossegue. Assim, tudo no Universo é um s6 movimento que garante a vida e a sustentabilida- de dos seres animados e inanimados. Quando as espé- cies crescem, é necessdrio dar-lhes outros destinos que ainda nao sao observados e acompanhados pelo homem. Muitos avancgos tem alcancado a ciéncia, mas para que essa tenha sua prodigalidade essencial é necessario que os filhos de Deus avancemem direcdo 4 compreensao do que seja a vida. Nao importa em que reino se encontra 0 inicio da vida porque esse pensamento ainda nos é desconhecido. Cabe, . porém, ao homem levantar os olhos para Deus. O homem sapiéncia é dotado de atributos que lhe dao condicaio de erguer, levantar seus olhos para todo o Universo. © papel de Jesus, na Terra, foi descortinar a imortali- dade, abrindo um novo cenario para as grandes reflexdes. Nesse papel divino, coube a esse emissdrio de Deus vi- venciar a base sublime do amor, que se apoia no respeito a criacaio divina. Conhecedor das profundezas de toda a composicdo dos elementos presentes nos corpos, Jesus foi o grande instrumento de Deus para mostrar a grandeza do Criador e sua criacao. Ele soube exemplificar 0 amor, ensinando a todos como deveriamos proceder. Além disso, mostrar a presenga de A Epucagdo po Espirio na Exa Nova | 63 todas as energias que constituem a formacao dos corpos. Coube a Ele demonstrar que 0 amor é 0 sentimento mais nobre que Deus nos tem dado a aprender. Demonstrou, também, o amor e o respeito as diferencas evolutivas. Mostrou o respeito as desigualdades, quando nos ensinou que a vontade é o atributo que vai nos dire- cionar para todos os sentidos divinos. Como compreender todo esse amor, sem sentir, compreender e vivenciar as li- codes do Mestre? Nao houve, em momento algum, qualquer indicio de revolta, de injusticas e de desigualdades nas acgdes do Cris- to. A escolha de seus discipulos foi realizada no campo das diferencas. Tanto era importante para Ele o publicano como o pescador. Nao olhava a posicdo social e nem a fi- nanceira, pois seu compromisso era com os espiritos que iriam fazer parte de seu grandioso trabalho. Neles estava o gérmen da vontade em expansao, sendo todos compromissados com a implantacdéo da Boa Nova. O Evangelho de Jesus foi a mais sublime forma de semear. Muitas sementes por Ele lancadas foram destinadas aos coracées endurecidos, pois assim estava programado. Por- que a semente s6 desabrocha em tempo certo, e o Mestre sabia do que eles seriam capazes. O tempo é o grande responsdvel pelo sucesso da vida do Espirito. Em todo tempo, vamos encontrar a semente desabrochando. Saulo de Tarso, o grande perseguidor do Cristo e de seus adeptos, adubava o solo de seu coracgao com a verdade trazida pela Tora. Quem poderia dizer de sua fragilidade, diante dos designios ali estudados? Sua fidelidade 4 Tora o fez grande. O solo estava sen- do preparado, lavrado e sulcado para que, na hora devida, viesse a receber a semente com propriedades de expansdo 64 | Grupo Esrfrrra EsPpERANGA E CARIDADE germinativa diferente. O amor é assim, ele se reveste de forca para todos, de acordo com seus interesses e inten- cdes. O interesse de Jesus era o mais puro instrumento di- vino para que, ao semear a verdade, o trabalhador viesse a cuidar dela a fim de que houvesse a multiplicacao e a abundancia viesse alimentar a todos. Tudo tem um movimento na vida. O movimento atual pelo que o planeta passa parece tao distante da época do Cristo na Terra. Na verdade, esse tempo estava previsto por Jesus, o governador divino. Em seu plano de amor para seus irmdos, sabia que a hora era chegada. O tempo permite que as experiéncias se renovem e deem avanco as ideias. Assim, o homem vai caminhando, no entanto, vai se afastando da verdade e 0 Cristo s6 é lem- brado em horas extremas de seu egoismo, em funca&o de suas conquistas materiais. Os templos reservaram o lugar de destaque para o Cristo, fizeram questao de conservar a imagem da crucificagao, afirmando o erro e os enganos dos homens do mundo. O convite hoje é realizar novas estratégias, no templo do Espirito, coroando os sentimentos pela auréola da espe- ranca, da fé e da caridade. A cortina do tempo abre-se para novas possibilidades de conquistas. O Cristo afirmara que Ele voltaria ao Reino da Luz, mas enviaria o Consolador Prometido para permanecer com todos. O Consolador esta entre nés e ainda nfo promoveu o verdadeiro sentido que veio realizar. As citac6es sao sem- pre externas e o homem continua a pedir sem ampliar o seu olhar para a esséncia da vida e nem para os recursos que ja estao a sua disposicao. Tudo tem seu tempo! Quando Jesus pediu aos discipu- los que nao fossem aos gentios, estava mostrando-nos que A EpucacAo bo Espfirrro NA Era Nova | 65 tudo tem o seu tempo. E para vencer o tempo é preciso estarem preparados para enfrentar os novos desafios, Sau- lo era portador de grande conhecimento, mas nao havia tido ainda experiéncia das grandes vivéncias da rentincia e da fé. Esse é um dos motives que estiveram juntos desse espirito grandes irm&os como Abigail, Estevao, Gamaliel e Ananias. Todos, em tempos distintos, tiveram seu grande valor na vida do apéstolo dos gentios. E preciso abrir os olhos Para as oportunidades que Deus oferece a todos nesse periodo de transicao, que ora a humanidade passa, nado apenas nesses dias atuais, mas, nos tltimos séculos, que o Consolador se estabele- ceu na Terra. E preciso que o conhecimento seja agora destinado a intimidade do Ser, caso contrario criaremos novos apéstolos do conhecimento que por meio deste pode ganhar o brilho do ouro, sendo que em sua intimi- dade ainda esta o cobre. A hora, porém, é de grande testemunho, buscando, na simplicidade, a vivéncia interativa de suas potencialidades com 0 outro, que vive no mundo caminhando sem saber aonde quer chegar. A hora é de grande reflexiio e o trabalho interno merece atencao. O exemplo e a dedicacao plena a obra do Senhor lhes darao 0 equilibrio necessario para enfrentar as gran- des mudancas. £ tempo de conhecer as potencialidades e as faculdades dos Espiritos, para que compreendam o pa- pel educativo das Leis Divinas em suas vidas. A presenca do Cristo na Terra foi e sera sempre a pre- senga da humildade, da simplicidade e com sua amorosi- dade é que vamos chegar a perceber o que as Leis de Deus vém nos ensinar. Estudar o Espirito, na sua esséncia, e quais sao os meios que cada um traz consigo para desen- 66 | Gruro Espintta EsrekaNca & CARIDADE volver essas potencialidades, sentindo em sua intimidade © desejo nao sé de esforcar-se para compreender as Leis Divinas, mas também de vivencid-las. A mediunidade, doravante, deveré ser compreendida na sua verdadeira e grandiosa funcao, que é a de colocar o espirito encarnado em contato com o divino que esta pre- sente em cada ser. A mediunidade é um dos meios mais sublimes de educaciio. E ela que nos coloca em contato di- reto com o Criador por meio de seus emissdrios divinos. E preciso compreender a palavra de Jesus: “sois deuses”. Essa afirmativa divina faz-nos refletir, nas forcas intrinse- cas que o Criador nos ofereceu, convidando-nos a zelar por elas. Nesse momento, é preciso analisar, com mais respei- to, o que Kardec nos deixou como legado, ou seja, os ensi- namentos contidos n’O Livro dos Médiuns, sem esquecer que a mediunidade nao pode ser circunscrita a uma sala fechada, a uma s6 reuniao. A mediunidade se apoia no pensamento, convidando- “nos a uma mudanca expressiva dos sentimentos. E preci- so que cada filho de Deus observe bem suas ideias e seus sentimentos. A mediunidade reflete o que cada ser pensae teflete em sua vida. Nao é possivel construir a fé sem compreender todos os mecanismos divinos que operam na intimidade do Es- pirito. Lembrem-se do coléquio amigo de Jesus com Joana de Cusa. A mediunidade expande-se, concomitantemente, com a fé, no momento em que o pensamento se liga a Deus. Amediunidade bem compreendida é e sera sempre o meio mais divino de nos ligarmos ao Pai. Orar é a manifestacaio plena de comunhdo que temos com o Pai, Esse é o grande papel desse nove milénio. Traba- lhar pela educagéio do pensamento e dos sentimentos para a A Epucacao po Espiriro Na Eka Nova | 67 compreens&o do papel da Educacao do Espirito. Essa educa- ao dard direcao do pensamento as questées divinas O Espirito ha de resgatar a matéria. Vivenciar as licdes do Consolador Prometido é dar luz e vida ao Espirito. Paz e renovadas alegrias no trabalho. 68 | Gauro Esririra Esreranca & CARIDADE

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