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ECD – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL

Professora: Juliana Maurilia Martins


Sumário
1. SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL ............................................. 4
1.1. OBJETIVOS DO SPED............................................................................................... 5
1.2. BENEFÍCIOS .............................................................................................................. 6
1.3. PROJETOS DO SPED................................................................................................. 6
2. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL .................................................................... 7
2.1. INSTITUIÇÃO ............................................................................................................ 7
2.2. LIVROS ABRANGIDOS PELA ECD ........................................................................ 9
2.2.1. Sociedades em Conta de Participação .................................................................... 11
2.2.2. Regime Especial de Tributação (RET)................................................................... 12
2.2.3. Razão Auxiliar Das Subcontas ............................................................................... 13
2.2.3.1.Modelo de Livro Razão das Subcontas..................................................................17
2.2.4. Moeda Funcional .................................................................................................... 18
2.2.5. Livro Auxiliar da Investida no Exterior ................................................................. 22
2.2.6. Conglomerados Econômicos (Bloco K) ................................................................. 22
2.3. FORMA CONTÁBIL ................................................................................................ 41
2.4. COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES .................................................... 38
2.5. OBRIGATORIEDADE DE ELABORAÇÃO DA ECD ........................................... 24
2.5.1. Ano-Calendário 2008 ............................................................................................. 24
2.5.1.1. Acompanhamento Econômico-Tributário Diferenciado ................................ 24
2.5.2. Anos-Calendário 2009 A 2013 ....................................................................... 26
2.5.3. Anos-Caledário 2014 A 2015 ......................................................................... 26
2.5.3.1. Distribuição do Lucro Presumido ................................................................... 27
2.5.4. Ano-Calendário 2016 ............................................................................................. 28
2.5.5. Ano-Calendário 2017 ............................................................................................. 31
2.5.6. Ano-Calendário 2018 em Diante............................................................................ 32
2.6. PRAZO DE ENTREGA ............................................................................................ 35
2.7. PENALIDADES ........................................................................................................ 37
2.8. PLANO DE CONTAS REFERENCIAL E PLANO DE CONTAS
CONTÁBIL .......................................................................................................................... 43
2.8.1. SUBCONTAS CORRELATAS ............................................................................. 45
2.9. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ......................................................................... 46
2.9.1. Sociedades Anônimas ......................................................................................... 47
2.9.2. Sociedades de Grande Porte ............................................................................... 48
2.9.3. Pequenas e Médias Empresas ............................................................................. 48
2.9.4. Microempresas e Empresas de Pequeno Porte ................................................... 49
2.9.5. Entidades Imunes ou Isentas............................................................................... 50
2.10. EXPORTAR DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................................... 51
2.11. TRANSMISSÃO E VALIDAÇÃO ........................................................................... 52
2.12. Termos de Abertura e Encerramento .................................................................. 54
2.13. Certificação Digital............................................................................................. 56
2.13.1. Quantidade de Livros por Arquivo e Periodicidade ....................................... 58
2.13.2. Impressão ........................................................................................................ 60
2.14. AUTENTICAÇÃO .................................................................................................... 61
2.15. RETIFICAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE LIVRO .................................................... 62
2.16. GUARDA DAS INFORMAÇÕES ............................................................................ 69
2.17. LIVRO DIGITAL EXTRAVIADO OU CORROMPIDO ........................................ 69
2.18. RESPONSABILIDADE PELOS FATOS E ATOS ESCRITURADOS ................... 71
2.19. VALIDADE JURÍDICA DA ECD ............................................................................ 71
3. EXEMPLOS PRÁTICOS ............................................................................................... 72
3.1. Visão Geral do Funcionamento da ECD.................................................................... 72
4. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL A ECD .......................................................................... 88
4.1. Departamento Nacional do Registro de Comércio – DNRC ..................................... 88
4.2. Departamento de Registro Empresarial e Integração - DREI .................................... 88
4.3. Conselho Federal de Contabilidade – CFC................................................................ 88
4.4. Receita Federal do Brasil ........................................................................................... 88
5. DADOS TÉCNICOS PARA GERAÇÃO DO ARQUIVO ECD................................. 90
6. LEIAUTE 7 DA ECD – Para o ano-calendário de 2018 .............................................. 96
A apostila foi elaborada com base na legislação vigente em: 28/02/2021

“Ninguém ignora tudo, ninguém sabe tudo. Por isso aprendemos sempre”. (Paulo Freire)

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL (SPED CONTÁBIL)

1. SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL

Conforme prevê a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, os


tributos podem ser exigidos pela União, Estados e Municípios, podendo o Distrito
Federal exigir os tributos de natureza estaduais e municipais.

Desta forma, para fiscalização destes tributos foram criados procedimentos de


controles específicos, federais, estaduais e municipais, que o contribuinte deve cumprir.
Ao longo da história, criaram-se tantas obrigações acessórias, em leiautes e prazos
distintos, e com informações muitas vezes redundantes que se fez(az) necessário a
uniformização destas obrigações. Esta necessidade é observada não só pelo fisco, que
pretende tornar o processo de fiscalização mais célere e eficiente, mas pelo contribuinte,
que poderá reduzir o número de obrigações acessórias a serem entregues.

Com o ânimo de promover a integração e o compartilhamento de cadastros e de


informações fiscais entre às administrações tributárias da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios foi aprovada em 19 de dezembro de 2003, a Emenda
constitucional nº 42, que introduziu o Inciso XXII ao art. 37 da Constituição Federal.

Para atender o disposto Constitucional, foi realizado, em julho de 2004, em


Salvador, o I ENAT - Encontro Nacional de Administradores Tributários, reunindo o
Secretário da Receita Federal, os Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal,
e o representante das Secretarias de Finanças dos municípios das Capitais.

No ENAT foram aprovados dois Protocolos de Cooperação Técnica, um


objetivando a construção de um cadastro sincronizado que atendesse aos interesses das
administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
e, outro, de caráter geral, que viabilizasse o desenvolvimento de métodos e instrumentos
que atendessem aos interesses das respectivas Administrações Tributárias.

Em agosto de 2005, no evento do II ENAT - Encontro Nacional de


Administradores Tributários, o Secretário da Receita Federal, os Secretários de Fazenda
dos Estados e Distrito Federal, e os representantes das Secretarias de Finanças dos
municípios das Capitais, buscando dar efetividade aos trabalhos de intercâmbio entre os
mesmos, assinaram os Protocolos de Cooperação nº 02 e nº 03, com o objetivo de
desenvolver e implantar o Sistema Público de Escrituração Digital e a Nota Fiscal
Eletrônica.

O Sped, no âmbito da Receita Federal, faz parte do Projeto de Modernização da


Administração Tributária e Aduaneira (PMATA) que consiste na implantação de novos
processos apoiados por sistemas de informação integrados, tecnologia da informação e
infraestrutura logística adequados.
Dentre as medidas anunciadas pelo Governo Federal, em 22 de janeiro de 2007,
para o Programa de Aceleração do Crescimento 2007-2010 (PAC) - programa de
desenvolvimento que tem por objetivo promover a aceleração do crescimento
econômico no país, o aumento de emprego e a melhoria das condições de vida da
população brasileira - constavam, no tópico referente ao Aperfeiçoamento do Sistema
Tributário, a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e Nota
Fiscal Eletrônica (NF-e) no prazo de dois anos.

Na mesma linha das ações constantes do PAC que se destinam a remover


obstáculos administrativos e burocráticos ao crescimento econômico, pretende-se que o
Sped possa proporcionar melhor ambiente de negócios para o País e a redução do “custo
Brasil”, promovendo a modernização dos processos de interação entre a administração
pública e as empresas em geral, ao contrário do pragmatismo pela busca de resultados,
muito comum nos projetos que têm como finalidade apenas o incremento da
arrecadação.

De modo geral, o Sistema Público de Escrituração Digital – SPED, instituído


pelo Decreto n º 6.022, de 22 de janeiro de 2007, consiste na modernização da
sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos
contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se da
certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim
a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital.

1.1. OBJETIVOS DO SPED

O Sistema Público de Escrituração Digital objetiva alterar a forma de


cumprimento das obrigações acessórias realizadas pelos contribuintes. Os documentos
fiscais e contábeis que outrora eram apenas emitidos em papéis estão sendo
gradativamente substituídos pela emissão de forma eletrônica, cuja autoria, integridade
e validade jurídica são reconhecidas através de assinatura digital com uso de certificado.

Observa-se que não há apenas uma alteração na forma do cumprimento das


obrigações acessórias, mas uma mudança de cultura na descontinuação do uso do papel.
Após a implantação definitiva do projeto SPED, não será mais necessário armazenar
uma grande quantidade de papel e nem os imprimir, uma vez que as obrigações serão
armazenadas digitalmente.

Além de substituir os papéis por arquivos digitais, o Sistema Público de


Escrituração Digital tem como objetivos, entre outros:

a) Promover a integração dos fiscos, mediante a padronização e


compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições
legais.
b) Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes,
com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias
de diferentes órgãos fiscalizadores.
c) Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do
controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais
efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica.

1.2. BENEFÍCIOS

A completa implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED)


poderá possibilitar os seguintes benefícios:

a) diminuição do consumo de papel, com redução de custos e preservação do meio


ambiente;
b) redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações
acessórias;
c) uniformização das informações que o contribuinte presta aos diversos entes
governamentais;
d) redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;
e) redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas
instalações do contribuinte;
f) simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da
administração tributária;
g) fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de
informações entre as administrações tributárias;
h) rapidez no acesso às informações;
i) aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para
coleta dos arquivos;
j) possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de
um leiaute padrão;
k) redução de custos administrativos;
l) melhoria da qualidade da informação;
m) possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais;
n) disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos
e concomitantes;
o) redução do "Custo Brasil"; e
p) aperfeiçoamento do combate à sonegação.

1.3. PROJETOS DO SPED

O Sistema Público de Escrituração Digital possui os seguintes subprojetos em


andamento ou em desenvolvimento:

a) a Escrituração Contábil Digital – ECD ou SPED Contábil;


b) a Escrituração Fiscal Digital – EFD ou SPED Fiscal;
c) a EFD-Contribuições;
d) o Controle Fiscal Contábil de Transição – FCONT (última exigência ocorreu em
relação ao ano-calendário de 2014);
e) ECF – Escrituração Contábil Fiscal;
f) e-Financeira;
g) e-Social;
h) EFD-Reinf;
i) a Nota Fiscal Eletrônica – NF-e;
j) a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica – NFS-e;
k) o Conhecimento de Transporte eletrônico – CT-e;
l) a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica – NFC-e;
m) Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais – MDF-e; e
n) Central de Balanços.

NOTA JMM! Não confunda ECD com ECF. A ECD – Escrituração Contábil Digital,
serve para apresentar a escrituração contábil através do Livro Diário e Razão em forma
digital. Já a ECF – Escrituração Contábil Digital, possui a finalidade de demonstrar a
apuração de IRPJ e CSLL de forma detalhada.

2. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL

O SPED Contábil ou Escrituração Contábil Digital é a substituição dos livros


mercantis, no formato impresso por formato eletrônico. Trata-se da obrigação de
transmitir em versão digital os seguintes livros:

I - livro Diário e seus auxiliares, se houver;


II - livro Razão e seus auxiliares, se houver;
III - livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos
assentamentos neles transcritos.

Manual de Orientação do Leiaute da ECD

O Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI) adota a terminologia “Livro Digital”, a


Receita Federal do Brasil (RFB) utiliza “Escrituração Contábil Digital”, o Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) utiliza “Escrituração Contábil em Forma Eletrônica”.

Finalmente, Sped Contábil seria uma forma “coloquial” de nomear os termos acima.

2.1. INSTITUIÇÃO

Com base no pressuposto do Decreto 6.022 de 22 de janeiro de 2007, que o “o


Sped é instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e
autenticação de livros e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal dos
empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo único,
computadorizado, de informações”, foi instituída a Escrituração Contábil Digital
(ECD), um dos subprojetos do SPED, pela Secretaria da Receita Federal do Brasil -
RFB, por meio da Instrução Normativa nº 787, de 19 de novembro de 2007.

A IN RFB nº 787/07 instituiu a ECD para fins fiscais e previdenciários, porém, o


seu objetivo não se restringiu as questões tributárias, uma vez que possuía o ânimo
também de ser uma alternativa para a descontinuação do uso do papel.
Importante destacar que a IN RFB nº 787/07 vigorou até a publicação IN RFB nº
1.420/13. Esta última determinou as regras de obrigatoriedade do ano-calendário de
2014 até 2017, e posteriormente, foi revogada pela IN RFB nº 1.774/17, que determinou
as regras aplicáveis à ECD do ano-calendário de 2018 até 2020. E por fim, a partir de
1º/02/2021 a regulamentação em vigor é a IN RFB nº 2.003/21.

Além da regulamentação por parte da Receita Federal do Brasil, também foi


necessária a regulamentação por parte do órgão de registro. Para isto, foi publicado pelo
Departamento Nacional do Registro do Comércio, através da Instrução Normativa
DNRC nº 107, de 23 de maio de 2008, às regras aplicáveis aos anos-calendário de 2008
a 2013. Porém, com a extinção do DNRC em 2013 e a criação do DREI - Departamento
de Registro Empresarial e Integração, a normativa que regula a ECD no âmbito das
Juntas Comerciais desde 9 de dezembro de 2013, é a Instrução Normativa DREI nº
11/13.

NOTA JMM! Entrará em vigor no dia 21/06/2021 a IN DNRC nº 82/21, que revogará a
IN DNRC nº 11/13.

Um outro avanço importante em relação a autenticação de livros digitais foi a


publicação do Decreto nº 8.683/16, que prevê a autenticação automática no ato da
transmissão sem a necessidade de conferência das Juntas Comerciais. E com a
publicação do Decreto no 9.555/18, os livros contábeis de pessoas jurídicas não sujeitas
ao Registro do Comércio, também passaram a ser considerados autenticados no ato da
transmissão.

O artigo 2º da IN DREI nº 11/13, prevê:

“Art. 2º São instrumentos de escrituração dos empresários e das sociedades


empresárias:

I - livros, em papel;
II - conjunto de fichas avulsas (art. 1.180 - CC/2002);
III - conjunto de fichas ou folhas contínuas (art. 1.180 - CC/2002);
IV - livros em microfichas geradas através de microfilmagem de
saída direta do computador (COM);
V - livros digitais”.

O Conselho Federal de Contabilidade também reconhece a ECD através do


Comunicado Técnico Geral (CTG) 2001, que prevê, inclusive, as formalidades da
escrituração contábil em forma eletrônica.

Portanto a Escrituração Contábil Digital, revestida das formalidades previstas


nas legislações anteriormente citadas e nas normas de escrituração contábil e comercial,
possui validade jurídica, inclusive, nos processos de licitação em concorrências
públicas.

NOTA JMM! A simples validação do arquivo que contém à ECD ou sua elaboração de
acordo com o leiaute aprovado pela RFB não é garantia da integridade das informações
que serão encaminhadas ao SPED.
Além das legislações citadas neste tópico, deverá ser observado também o
Manual de Orientação do Leiaute da ECD que dispõe de 5 leiautes:

Leiaute Período Manual

Leiaute 1 Até o Ano-Calendário 2012 Ato Declaratório Cofis no 34/2016

Leiaute 2 Ano-Calendário 2013 Ato Declaratório Cofis no 34/2016

Leiaute 3 Ano-Calendário 2014 Ato Declaratório Cofis no 34/2016

Leiaute 4 Ano-Calendário 2015 Ato Declaratório Cofis no 34/2016

Leiaute 5 Ano-Calendário 2016 Ato Declaratório Cofis no 29/2017

Leiaute 6 Ano-Calendário 2017 Ato Declaratório Cofis nº 53/2018

Leiaute 7 Ano-Calendário 2018 Ato Declaratório Cofis nº 83/2018

Leiaute 8 Ano-Calendário 2019 Ato Declaratório Cofis nº 64/2019

Leiaute 9 Ano-Calendário 2020 Ato Declaratório Cofis nº 79/2020

2.2. LIVROS ABRANGIDOS PELA ECD

O Livro Diário e o Livro Razão constituem registros permanentes da entidade e,


quando escriturados em forma digital, são constituídos de um conjunto único de
informações das quais eles se originam. O diário e o razão são, para o SPED Contábil,
um livro digital único. Cabe ao PVA mostrá-los no formato escolhido pelo usuário.

São previstas as seguintes formas de escrituração:

• G - Diário Geral;
• R - Diário com Escrituração Resumida (vinculado a um livro auxiliar);
• A - Diário Auxiliar;
• Z - Razão Auxiliar;
• B - Livro de Balancetes Diários e Balanços;

NOTA JMM! O Livro do tipo “S - Livro da SCP mantida pelo Sócio Ostensivo” foi
utilizado pelas Sociedades em Conta de Participação na entrega relativa ao ano
calendário 2014, conforme Leiaute 3 da escrituração, porém foi eliminado no Leiaute 4,
o que significa que a partir do ano-calendário de 2015 as Sociedades em Conta de
Participação deverão utilizar o Livro do tipo G ou R, conforme o caso.

Estas formas de escrituração decorrem de disposições do Código Civil:

“Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário,
que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou
eletrônica.

Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado


para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico
...
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em
forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em
branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as
margens”.

❖ G = Livro Diário

Este é o livro com escrituração completa, portanto não necessita de escrituração


auxiliar. Ele não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com os livros R, A, Z
ou B.

No que tange ao Livro Diário, o Código Civil (Lei 10.406/02) traz nos artigos
1.184 e 1.185, duas exceções conforme transcrição:

“Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e


caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou
reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa.

§ 1o Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não


excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações
sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que
utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro
individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita
verificação”.

O Art. 1.185 dispõe: “O empresário ou sociedade empresária que adotar o


sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro
Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades
extrínsecas exigidas para aquele.”

Portanto, com estas exceções, a ECD dispõe de mais três livros (R, A e Z) para
atender ao disposto no artigo 1.184 do Código Civil, e de um livro (B) para atender o
artigo 1.185.

❖ R = Livro Diário com Escrituração Resumida (com escrituração auxiliar)

É o livro Diário que contêm escrituração resumida. Ele obriga à existência de


livros auxiliares (A ou Z) e não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com os
livros G e B.

❖ A = Livro Diário Auxiliar (quando ocorrer o Diário com Escrituração


Resumida)

É o livro auxiliar, contendo os lançamentos individualizados das operações


lançadas por totais no mês no Livro Diário com Escrituração Resumida (R).

❖ Z = Razão Auxiliar

Este é um livro auxiliar a ser utilizado quando o leiaute do livro Diário Auxiliar
não se mostrar adequado. É uma “tabela” onde o titular da escrituração define cada
coluna e seu conteúdo.
❖ B = Livro Balancetes Diários e Balanços

Somente o Banco Central regulamentou a utilização deste livro e, praticamente,


só é encontrado em instituições financeiras. A legislação não obsta a utilização
concomitante do livro “Balancetes Diários e Balanços” e de livros auxiliares.

Existe a controvérsia sobre a obrigatoriedade de autenticação, pelas empresas não


regulamentadas pelo Banco Central, das fichas de lançamento, conforme estabelecido
no art. 1.181 do Código Civil, transcrito abaixo:

“Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o


caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro
Público de Empresas Mercantis”.

❖ S =Livro de SCP mantida pelo Sócio Ostensivo (Livro Existente apenas no ano-
calendário de 2014 – Leiaute 3)

Este é o livro com escrituração completa da Sociedade em Conta de Participação


(SCP), portanto não necessita de escrituração auxiliar. Ele não pode coexistir, em
relação a um mesmo período com os livros R, A, Z ou B.

NOTA JMM! O Livro Diário com Escrituração Resumida (R) ou o Livro Balancetes
Diários e Balanços, deve ser utilizado sempre que a pessoa jurídica estiver obrigada a
escrituração de livros auxiliares, uma vez que o livro do tipo G não convive com livros
auxiliares.

NOTA JMM! Os Livros de Registros Auxiliares da escrituração contábil devem


obedecer aos preceitos estabelecidos na NBC T 2 (ITG 2000) que trata sobre
“Escrituração Contábil”, bem como os demais procedimentos constantes na Resolução
CFC nº 1.299/10, considerando as peculiaridades da sua função.

Manual de Orientação do Leiaute da ECD


1.7 Regras de Convivência entre os Livros Abrangidos pelo Sped Contábil
A escrituração G (Diário Geral) não pode conviver com nenhuma outra escrituração principal no mesmo
período, ou seja, as escriturações principais (G, R ou B) não podem coexistir.

A escrituração G não possui livros auxiliares A ou Z, e, consequentemente, não pode conviver com esses
tipos de escrituração. A escrituração G pode conviver com o livro S. O livro S possui os mesmos registros
do livro G.

A escrituração resumida R pode conviver com os livros auxiliares (A ou Z ou S).

O livro de balancetes e balanços diários B pode conviver com os livros auxiliares (A, Z ou S).

2.2.1. SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO

As Sociedades em Conta de Participação (SCP) enquadradas nas hipóteses de


obrigatoriedade de apresentação da ECD devem apresentá-la como livro próprio.
Obrigatoriedade
de entrega da Observação
ECD
SCP tributada pelo lucro real Sim -
SCP tributada pelo lucro presumido, que distribuir, a título de lucros, sem Sim -
incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela dos
lucros ou dividendos superiores ao valor da base de cálculo do Imposto,
diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita.

SCP de imunes e isentas que auferirem receitas, doações, incentivos, Sim A partir do ano-
subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos assemelhados, calendário 2016
cuja soma seja superior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil
reais) no ano-calendário a que se refere a escrituração contábil, ou
proporcional ao período.
Demais SCP Não

Há que se ressaltar que os campos 0000.CNPJ e 0030.CNPJ devem ser


informados com o CNPJ da sócia ostensiva. O CNPJ da SCP é informado no campo
0000.COD_SCP.

Para atender as situações previstas acima, referentes às SCP, poderão ser


utilizados os livros “G”, “R” ou “B”.

NOTA JMM! Contudo, para recuperar os dados da SCP na ECF, sugere-se a adoção
dos livros principais “G”, “R” ou “B” para as SCP. A ECF não recupera livros
auxiliares (“A” ou “Z”).

2.2.2. REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO (RET)

A Instrução Normativa RFB nº 1.435/2013, que dispõe sobre os regimes


especiais de pagamento unificado de tributos aplicáveis às incorporações imobiliárias,
às construções de unidades habitacionais contratadas no âmbito do Programa Minha
Casa, Minha Vida (PMCMV) e às construções ou reformas de estabelecimentos de
educação infantil, em seu art. 10, estabelece que:

“Art. 10. O incorporador fica obrigado a manter escrituração contábil


segregada para cada incorporação submetida ao RET.

§ 1º A escrituração contábil das operações da incorporação objeto de opção


pelo RET poderá ser efetuada em livros próprios ou nos da incorporadora, sem
prejuízo das normas comerciais e fiscais aplicáveis à incorporadora em relação
às operações da incorporação.

§ 2º Na hipótese de adoção de livros próprios para cada incorporação objeto de


opção no RET/Incorporação Imobiliária, a escrituração contábil das operações
da incorporação poderá ser efetivada mensalmente na contabilidade da
incorporadora, mediante registro dos saldos apurados nas contas relativas à
incorporação.”

No caso de utilização dos livros da incorporadora, a segregação dos registros e


das contas de cada empreendimento do RET poderá ser efetuado por Centro de Custos,
informados nos registros da ECD.

No caso de utilização de livros individualizados (livros próprios da


incorporação/RET), deverá ser utilizado, obrigatoriamente, um livro Razão auxiliar (Z)
ou um livro Diário auxiliar (A) da ECD para cada empreendimento do RET.

2.2.3. RAZÃO AUXILIAR DAS SUBCONTAS

Nos casos previstos na Instrução Normativa RFB nº 1.515/14, atualmente


representada pela Instrução Normativa RFB nº 1.700/17, haverá a necessidade de
informação do livro razão auxiliar referente a subcontas.

Entretanto, o livro Razão Auxiliar das Subcontas (RAS) não precisará mais ser
transmitido via Sped.

Empresas Obrigadas ao Razão Auxiliar a partir Devem produzir o livro “Z” no formato RAS do ano-
do ano-calendário 2014 calendário 2014.
Empresas Obrigadas ao Razão Auxiliar a partir Devem produzir o livro “Z” no formato RAS do ano-
do ano-calendário 2015 calendário 2015.

NOTA JMM! As pessoas jurídicas devem manter o livro “Z” no formato RAS definido
no Manual de Orientação do Leiaute da ECD (item 1.25) e apresentá-lo assinado
digitalmente, caso sejam intimadas em uma eventual auditoria da Receita Federal do
Brasil. O livro Z deve ser validado e assinado no PVA do Sped Contábil.

Ainda que tenham que apresentar o livro "Z" posteriormente, caso as pessoas
jurídicas não tenham outros livros auxiliares, deverão transmitir o livro "G" como livro
principal.

Deverá ser adotado o modelo padronizado de razão auxiliar das subcontas (as
informações devem ser preenchidas nos registros I030 e I500 a I555), conforme abaixo.

Naturezas do livro a serem informadas no campo 4 do registro I030:


RAZAO_AUXILIAR_DAS_SUBCONTAS
RAZAO_AUXILIAR_DAS_SUBCONTAS_MF (no caso de ECD baseada em moeda
funcional)

Campos a serem informados no registro I510, na seguinte ordem:

Nº Campo Descrição
01 REG Identificador do registro: I510
02 NAT_SUB_CNT Natureza da subconta correlata, conforme tabela do registro I053.
03 COD_SUB_CNT Código da subconta vinculada ao item.
04 COD_CCUS Código do centro de custos vinculado ao item, quando aplicável.
05 CNPJ da empresa investida detentora da subconta de AVJ, cujo reflexo é
CNPJ_INVTD
evidenciado pela declarante.
Observação: Esse campo só deve ser preenchido no caso de AVJ Reflexo
(Código 60 da tabela do registro I053) e de AVJ Subscrição de Capital
(Código 65 da tabela do registro I053).
06 Código definido pela pessoa jurídica para identificar o item (ativo/passivo).
COD_PATR_ITEM Observação: No caso de AVJ reflexo, será a identificação do item na
pessoa jurídica investida.
07 Quantidade inicial do item, na mesma precisão utilizada pela metodologia
contábil. Quando se tratarem de ativos/passivos de mesmas
QTD características/qualidades, como ativos biológicos e contratos de operações
em bolsa de valores, é possível agruparem todos pelas características
comuns.
08 Conjunto de caracteres utilizado para individualizar o bem, conforme sua
natureza.
IDENT_ITEM Exemplos: Placa para veículos automotores, matrícula do cartório para
imóveis, marca/modelo para equipamentos, raça/idade/sexo para animais
vivos, série do derivativo em bolsa, etc
09 Descrição resumida do item.
DESCR_ITEM Observação: No caso de AVJ reflexo, será a descrição do item
pertencente ao patrimônio da investida.
10 Data do reconhecimento contábil do item (ddmmaaaa). É a data em que
ocorreu o registro inicial no sistema contábil, mesmo que anterior ao
exercício corrente. Em situações justificáveis pela complexidade na
DATA_RECT_INI
identificação da informação, poderá ser informado um registro aproximado
constando 31/12 do ano.
Exemplo: 31122004 (31/12/2004).
11 Saldo inicial da conta contábil que registra o item (ativo/passivo) ao qual a
subconta esteja vinculada. O saldo a ser informado corresponde ao saldo
antes de ocorrer o evento originário do lançamento na subconta demonstrado
SLD_ITEM_INI
no livro razão auxiliar.
Observação: No caso de AVJ reflexo, será o saldo inicial da subconta
AVJ na investida.
12 Indicador do saldo inicial da conta contábil:
IND_SLD_ITEM_INI D – Devedor
C – Credor
13 Parcela da realização do item registrado no patrimônio da investida/emitente
ao qual a subconta esteja vinculada.
REAL_ITEM
Exemplo: Depreciação, alienação, integralizar capital de outra pessoa
jurídica.
14 Indicador da realização do item:
IND_REAL_ITEM D – Devedor
C – Credor
15 Saldo final da conta contábil que registra a conta (ativo/passivo) ao qual a
subconta esteja vinculada. Corresponde ao saldo após ocorrer o evento
originário do lançamento na subconta demonstrado no livro razão auxiliar,
SLD_ITEM_FIN
como por exemplo a baixa do bem, quando seu valor será zerado.
Observação: No caso de AVJ reflexo, será o saldo inicial da subconta
AVJ na investida.
16 Indicador do saldo final da conta contábil:
IND_SLD_ITEM_FIN D – Devedor
C – Credor
17 Saldo inicial representativo do item na subconta antes do lançamento a ser
demonstrado neste registro. Este valor pode não coincidir com o saldo
SLD_SCNT_INI
apresentado na ECD para este instante, uma vez que demonstra apenas a
parcela atribuível a este item.
18 Indicador do saldo inicial da subconta:
IND_SLD_SCNT_INI D – Devedor
C – Credor
19 Valor registrado a débito na subconta correspondente apenas a participação
DEB_SCNT do item na composição de um lançamento resumido na ECD, que pode
englobar vários eventos sobre itens distintos.
20 Valor registrado a crédito na subconta correspondente apenas a participação
CRED_SCNT do item na composição de um lançamento resumido na ECD, que pode
englobar vários eventos sobre itens distintos.
21 Saldo final representativo deste item na subconta após o lançamento
demonstrado neste registro. Este valor pode não coincidir com o saldo
SLD_SCNT_FIN
apresentado na ECD para este instante, uma vez que demonstra apenas a
parcela atribuível a este item.
22 Indicador do saldo final da subconta:
IND_SLD_SCNT_FIN D – Devedor
C – Credor
23 Data do lançamento contábil consolidado na subconta. Equivale ao campo 3
DATA_LCTO
do registro I200 (I200.DT_LCTO) correspondente a subconta.
24 Número de identificação único do lançamento contábil consolidado na
NR_LCTO subconta. Equivale ao campo 2 do registro I200 (I200.NUM_LCTO)
correspondente a subconta.
25 Valor do lançamento contábil consolidado na subconta. Representa o campo
4 do registro I250 (I250.VL_DC) correspondente a subconta.
VLR_LCTO
Exemplo: Perda relativa a AVJ de um bem, baixa da subconta por alienação
de outro, ganho relativo a AVJ em outro bem, etc.
26 Indicador do lançamento:
IND_VLR_LCTO D – Débito
C – Crédito
27 Indicador de registro de relativo a adoção inicial.
IND_ADOC_INI 1 – Sim
2 – Não

Tabela utilizada no registro I053 (também deve ser utilizada no campo


I510.NAT_SUB_CNT):

Nº DESCRIÇÃO FUNDAMENTO LEGAL


SUBCONTA TBU - CONTROLADA DIRETA NO
2 EXTERIOR Art. 76, Lei 12.973/14
SUBCONTA TBU - CONTROLADA INDIRETA NO
3 EXTERIOR Art. 76, Lei 12.973/14
10 SUBCONTA GOODWILL Art. 20, Inc. III, DL 1.598/77
11 SUBCONTA MAIS VALIA Art. 20, Inc. II, DL 1.598/77
12 SUBCONTA MENOS VALIA Art. 20, Inc. II, DL 1.598/77
60 SUBCONTA AVJ REFLEXO Arts. 24A e 24B, DL 1.598/77
65 SUBCONTA AVJ SUBSCRIÇÃO DE CAPITAL Arts. 17 e 18, Lei 12.973/14
70 SUBCONTA AVJ - VINCULADA ATIVO/PASSIVO Arts 13 e 14, Lei 12.973/14
71 SUBCONTA AVJ - DEPRECIAÇÃO ACUMULADA Arts 13, §1º, e 14, Lei 12.973/14
72 SUBCONTA AVJ - AMORTIZAÇÃO ACUMULADA Arts 13, §1º, e 14, Lei 12.973/14
73 SUBCONTA AVJ - EXAUSTÃO ACUMULADA Arts 13, §1º, e 14, Lei 12.973/14
75 SUBCONTA AVP - VINCULADA AO ATIVO Art. 5º, § 1º, Lei 12.973/14
76 SUBCONTA AVP - DEPRECIAÇÃO ACUMULADA Art. 5º, Inc. III, Lei 12.973/14
77 SUBCONTA AVP - AMORTIZAÇÃO ACUMULADA Art. 5º, Inc. III, Lei 12.973/14
78 SUBCONTA AVP - EXAUSTÃO ACUMULADA Art. 5º, Inc. III, Lei 12.973/14
Art. 37, §3o., Inc. I, Lei 12.973/14, ou Art.
80 SUBCONTA MAIS VALIA ANTERIOR – ESTÁGIOS
39, §1o., Inc. I, Lei 12.973/14
Art. 37, §3o., Inc. I, Lei 12.973/14, ou Art.
81 SUBCONTA MENOS VALIA ANTERIOR – ESTÁGIOS
39, §1o., Inc. I, Lei 12.973/14
Art. 37, §3o., Inc. I, Lei 12.973/14, ou Art.
82 SUBCONTA GOODWILL ANTERIOR – ESTÁGIOS
39, §1o., Inc. I, Lei 12.973/14
SUBCONTA VARIAÇÃO MAIS VALIA ANTERIOR – Art. 37, §3o., Inc. II, Lei 12.973/14 ou Art.
84
ESTÁGIOS 39, §1o., Inc. II, Lei 12.973/14
SUBCONTA VARIAÇÃO MENOS VALIA ANTERIOR – Art. 37, §3o., Inc. II, Lei 12.973/14 ou Art.
85
ESTÁGIOS 39, §1o., Inc. II, Lei 12.973/14
SUBCONTA VARIAÇÃO GOODWILL ANTERIOR – Art. 37, §3o., Inc. II, Lei 12.973/14 ou Art.
86
ESTÁGIOS 39, §1o., Inc. II, Lei 12.973/14
SUBCONTA ADOÇÃO INICIAL – VINCULADA OU Arts. 66 e 67, Lei 12.973/14; Arts. 164,
90
AUXILIAR - ATIVO/PASSIVO 165, 167 e 168 da IN RFB no 1.515/14.
SUBCONTA ADOÇÃO INICIAL - VINCULADA OU Arts. 66 e 67, Lei 12.973/14; Arts. 164,
91
AUXILIAR - DEPRECIAÇÃO ACUMULADA 165, 167 e 168 da IN RFB no 1.515/14.
SUBCONTA ADOÇÃO INICIAL - VINCULADA OU Arts. 66 e 67, Lei 12.973/14; Arts. 164,
92
AUXILIAR - AMORTIZAÇÃO ACUMULADA 165, 167 e 168 da IN RFB no 1.515/14.
SUBCONTA ADOÇÃO INICIAL - VINCULADA OU Arts. 66 e 67, Lei 12.973/14; Arts. 164,
93
AUXILIAR -EXAUSTÃO ACUMULADA 165, 167 e 168 da IN RFB no 1.515/14.
2.2.3.1. MODELO DE LIVRO RAZÃO AUXILIAR DAS SUBCONTAS
2.2.4. MOEDA FUNCIONAL

As pessoas jurídicas obrigadas a transmitir, via Sped, a escrituração em moeda


funcional diferente da moeda nacional, nos termos do artigo 287 da Instrução
Normativa RFB nº 1.700/17 (antiga Instrução Normativa RFB nº 1.515/14), deverão
preencher o campo identificação de moeda funcional do registro 0000
(0000.IDENT_MF) com “S” (Sim) constante no leiaute 7 do Manual da ECD.

Para pessoas jurídicas que utilizarem a moeda funcional, deverá ser feita a
importação do arquivo da ECD no programa do Sped Contábil já com a opção “Sim” no
campo de identificação de moeda funcional e todos os campos adicionais preenchidos.

NOTA JMM! Em relação as Pequenas e Médias Empresas, a obrigatoriedade da


aplicação da Moeda Funcional está prevista na seção 30 da NBC TG 1000, e para as
entidades que aplicam o IFRS Full está prevista na NBC TG 02.

Quando o campo de identificação de moeda funcional – “IDENT_MF” (campo


19) – do registro 0000 for igual a “S” (Sim), os campos já existentes nos registros I155,
I157, I200, I250, I310 e I355 deverão ser preenchidos com os valores baseados em
moeda nacional, atendendo ao disposto nos artigos 286 e 287 da Instrução Normativa
RFB nº 1.700/2017, ou seja, são os campos que serão utilizados para a recuperação dos
dados da ECD no programa da Escrituração Contábil Fiscal (ECF). A escrituração em
moeda funcional deverá compor todos os livros contábeis, sejam principais ou
auxiliares.

Além disso, a pessoa jurídica deverá criar campos adicionais auxiliares no


arquivo da ECD, por meio do preenchimento do registro I020, para informar os valores
da contabilidade em moeda funcional, convertida para reais conforme regras previstas
na legislação societária.

Exemplo 1: A empresa faz a contabilidade societária em dólar (moeda


funcional) e possui um empréstimo registrado em sua contabilidade de US$ 100.000,00.
Na data da obtenção do empréstimo, a cotação do dólar era R$ 3,00. Na data da
divulgação das demonstrações contábil, a cotação do dólar era R$ 4,00.

Na data da obtenção do empréstimo:

❖ Contabilidade em Moeda Funcional:

Empréstimos a Pagar = US$ 100.000,00 è Convertida em Reais = R$ 300.000,00

❖ Contabilidade em Moeda Nacional:

Empréstimos a Pagar = R$ 300.000,00 (US$ 100.000,00 x R$ 3,00)

Na data da data do encerramento do exercício:

❖ Contabilidade em Moeda Funcional:


Empréstimos a Pagar = US$ 100.000,00 è Convertida em Reais = R$ 400.000,00

❖ Contabilidade em Moeda Nacional:

Empréstimos a Pagar = R$ 400.000,00 (US$ 100.000,00 x R$ 4,00)

Variação Cambial Passiva = R$ 100.000,00 [US$ 100.000,00 x (R$ 4,00 – R$ 3,00)]

Exemplo 1: A empresa faz a contabilidade societária em dólar (moeda


funcional) e compra uma máquina por US$ 100.000,00, que foi registrada na
contabilidade adotando o custo histórico. Na data da aquisição da máquina a cotação do
dólar era R$ 3,00. Na data da divulgação das demonstrações contábil, a cotação do dólar
era R$ 4,00.

Na data de aquisição da máquina:

❖ Contabilidade em Moeda Funcional:

Máquinas = US$ 100.000,00 ➔ Convertida em Reais = R$ 300.000,00

❖ Contabilidade em Moeda Nacional:

Máquinas = R$ 300.000,00 (US$ 100.000,00 x R$ 3,00)

Na data da data do encerramento do exercício:

❖ Contabilidade em Moeda Funcional:

Máquinas = US$ 100.000,00 ➔ Convertida em Reais = R$ 400.000,00

❖ Contabilidade em Moeda Nacional:

Máquinas = R$ 300.000,00 (Custo Histórico)

ATENÇÃO! Para que as regras de validação do programa da ECD possam ser


aplicadas com relação aos campos adicionais, será necessário que estes campos sejam
criados com os mesmos nomes conforme sugerido abaixo.

REGISTRO I155: DETALHE DOS SALDOS PERIÓDICOS

10 VL_SLD_INI_MF Valor do saldo inicial do período em moeda funcional, convertida para reais.
Indicador da situação do saldo inicial em moeda funcional:
11 IND_DC_INI_MF D - Devedor;
C - Credor.
12 VL_DEB_MF Valor total dos débitos do período em moeda funcional, convertida para reais.
13 VL_CRED_MF Valor total dos créditos do período em moeda funcional.
14 VL_SLD_FIN_MF Valor do saldo final do período em moeda funcional, convertida para reais
Indicador da situação do saldo final em moeda funcional:
15 IND_DC_FIN_MF
D - Devedor;
C - Credor.

REGISTRO I157: TRANSFERÊNCIA DE SALDOS DE PLANO DE CONTAS


ANTERIOR

6 VL_SLD_INI_MF Valor do saldo inicial do período em moeda funcional, convertida para reais.
Indicador da situação do saldo inicial em moeda funcional:
7 IND_DC_INI_MF D - Devedor;
C - Credor.

REGISTRO I200: LANÇAMENTO CONTÁBIL

6 VL_LCTO_MF Valor do lançamento em moeda funcional, convertida para reais.

REGISTRO I250: PARTIDAS DO LANÇAMENTO

10 VL_DC_MF Valor da partida em moeda funcional, convertida para reais.


11 IND_DC_MF Indicador da natureza da partida em moeda funcional:
D - Débito;
C - Crédito.

REGISTRO I310: DETALHES DO BALANCETE DIÁRIO (somente para pessoas


jurídicas que fazem balancetes diários).

6 VAL_DEB_MF Total dos débitos do dia em moeda funcional, convertida para reais.
7 VAL_CRED_MF Total dos créditos do dia em moeda funcional, convertida para reais.

REGISTRO I355: DETALHES DOS SALDOS DAS CONTAS DE RESULTADO


ANTES DO ENCERRAMENTO

Valor do saldo final antes do lançamento de encerramento em moeda


06 VL_CTA_MF
funcional, convertida para reais.
Indicador da situação do saldo final em moeda funcional:
07 IND_DC_MF D - Devedor;
C - Credor.

NOTA JMM! Os campos adicionais criados refletem os valores em moeda funcional.


Os campos já existentes no registro representam os valores reconhecido e mensurados
na moeda nacional. Ambos os campos serão registrados em Reais (R$).
Exemplo de Preenchimento do registro I020 (Campos adicionais):

|I020|I310|06|VAL_DEB_AUX|TOTAL DOS DEBITOS DO DIA|N|


Campo 01 – Tipo de Registro: I020
Campo 02 – Código do Registro que Recepciona o Campo Adicional: I310
Campo 03 – Número Sequencial do Campo Adicional: 06
Campo 04 – Nome do Campo Adicional: VAL_DEB_AUX
Campo 05 – Descrição: Total dos débitos do dia em moeda que não reflita os efeitos de
moeda funcional.
Campo 06 – Indicação do Tipo de Dado: N (Numérico)

2.2.5. LIVRO AUXILIAR DA INVESTIDA NO EXTERIOR

De acordo com o § 7º do art. 78 da Lei no 12.973/14, a consolidação prevista


no art. 77 da referida Lei será admitida se a controladora no Brasil disponibilizar a
contabilidade societária em meio digital e a documentação de suporte da escrituração,
na forma e prazo a ser estabelecido pela RFB, mantidas as demais condições.

Conforme regulamentado no art. 13 da Instrução Normativa RFB nº 1.520/14,


caso as pessoas jurídicas investidas estejam situadas em país com o qual o Brasil não
mantenha tratado ou ato com cláusula específica para troca de informações para fins
tributários, conforme inciso I do § 1º do art. 11, a consolidação será admitida se a
controladora no Brasil disponibilizar a escrituração contábil em meio digital e a
documentação de suporte e desde que não incorram nas condições previstas nos incisos
II a V do art. 11 da mesma Instrução Normativa.

A escrituração contábil de que trata este tópico deve:

I - estar em idioma português;

II - abranger todas as operações da controlada;

III - ser elaborada em arquivo digital padrão; e

IV - ser transmitida por meio de processo eletrônico da RFB, cujo número


deverá ser informado na escrituração e o prazo estabelecido no art. 3º da IN
RFB nº 1.422/13.

De acordo com § 2o do art. 13 da Instrução Normativa RFB nº 1.520/2014, a


Coordenação-Geral de Fiscalização (Cofis) editará normas complementares a este
artigo, estabelecendo a forma de apresentação do arquivo previsto no inciso III do § 1o.

Portanto, para fins de cumprimento do art. 13 da Instrução Normativa RFB nº


1.520/2014, a escrituração contábil deve ser apresentada por meio de processo
eletrônico da RFB seguindo o leiaute da ECD referente ao período.

2.2.6. CONGLOMERADOS ECONÔMICOS (Bloco K)

Deverão preencher o Bloco K da ECD as empresas controladoras obrigadas a


apresentar demonstrações consolidadas de acordo com a legislação societária (Lei no
6.404/76; Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas; e NBC TG
1.000).

NOTA JMM! O Bloco K é facultativo para o ano-calendário de 2016.

Perante a NBC TG 1.000, norma contábil aplicadas as pequenas ou médias


empresas, a entidade está obrigada a apresentar demonstrações consolidadas quando
possuir investimentos em controladas. Neste caso, as demonstrações contábeis
consolidadas devem incluir todas as controladas da controladora.

A pequena ou média empresa, que for considerada entidade controladora, não


necessita apresentar demonstrações contábeis consolidadas se:

I - Ambas as condições abaixo forem atendidas:

a) A entidade controladora é ela própria uma controlada; e

b) Sua controladora final (ou qualquer controladora intermediária)


produzir demonstrações contábeis de finalidade geral consolidada; ou

II - A entidade não possui controladas, exceto por aquela adquirida com a


finalidade de venda ou desinvestimento dentro de um ano.

Já a NBC TG 36 (IFRS Full) diz que a controladora pode deixar de apresentar as


demonstrações consolidadas somente se satisfizer todas as condições a seguir, além de
permitido legalmente:

(i) a controladora é ela própria uma controlada (integral ou parcial) de outra


entidade, a qual, em conjunto com os demais proprietários, incluindo aqueles
sem direito a voto, foram consultados e não fizeram objeção quanto à não
apresentação das demonstrações consolidadas pela controladora;

(ii) seus instrumentos de dívida ou patrimoniais não são negociados


publicamente (bolsa de valores nacional ou estrangeira ou mercado de balcão,
incluindo mercados locais e regionais);

(iii) ela não tiver arquivado nem estiver em processo de arquivamento de suas
demonstrações contábeis na Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão
regulador, visando à distribuição pública de qualquer tipo ou classe de
instrumento no mercado de capitais; e

(iv) a controladora final, ou qualquer controladora intermediária da


controladora, disponibiliza ao público suas demonstrações em conformidade
com as normas do CFC, em que as controladas são consolidadas ou são
mensuradas ao valor justo por meio do resultado de acordo com esta norma;

A indicação de que há informação de escriturações contábeis consolidadas na


ECD ocorre quando “IND_ESC_CONS” (Campo 20) – do registro 0000 for igual a “S”
(Sim).
Em caso de ECD normal, só poderá haver informação de escriturações contábeis
consolidadas quando o período da ECD contiver o mês ou fração do mês de dezembro.

Em caso de ECD de situação especial, poderá, incondicionalmente, haver ou não


informação de escriturações contábeis consolidadas na ECD.

2.3. OBRIGATORIEDADE DE ELABORAÇÃO DA ECD

A obrigatoriedade de entrega da ECD está prevista no artigo 2º do Decreto nº


6.022/07, e regulamentada na Instrução Normativa RFB nº 787/07, posteriormente
revogada pela Instrução Normativa RFB nº 1.420/13. A Instrução Normativa RFB nº
1.420/13 vigorou para o período de 2014 a 2017. Posteriormente, foi revogada pela
Instrução Normativa RFB nº 1.774/17, que trata das regras aplicáveis à ECD a partir de
1º de janeiro de 2018.

NOTA JMM! A partir de 1º/02/2021 entra em vigor a Instrução Normativa RFB


nº 2.003/21.

Fica facultada a entrega da ECD às demais pessoas jurídicas que não estejam
na condição de obrigadas previstas nos tópicos 2.3.1 a 2.3.6 desta apostila.

As declarações relativas a tributos administrados pela Secretaria da Receita


Federal do Brasil (RFB) exigidas das pessoas jurídicas que tenham apresentado a ECD,
em relação ao mesmo período, serão simplificadas, com vistas a eliminar eventuais
redundâncias de informação.

2.3.1. ANO-CALENDÁRIO 2008

Ficam obrigadas a adotar a ECD, nos termos do art. 2º do Decreto nº 6.022/07,


em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2008, as pessoas
jurídicas sujeitas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos da
Portaria RFB nº 11.211, de 7 de novembro de 2007, e sujeitas à tributação do imposto
de renda com base no lucro real.

Fundamentação Legal: Art. 3º, inciso I, da Instrução Normativa RFB nº 787/07.

2.3.1.1. ACOMPANHAMENTO ECONÔMICO-TRIBUTÁRIO


DIFERENCIADO

Em relação aos fatos contábeis ocorridos em 2008, somente as sociedades


empresárias sujeitas ao acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos
da Portaria RFB nº 11.211, de 07 de novembro de 2007, e sujeitas à tributação do
imposto de renda com base no lucro real, estavam obrigadas à ECD.
Perguntas e Respostas do Portal SPED – RFB

10. Obrigatoriedade da apresentação da Escrituração Contábil Digital – Obs: extraído em 2011 – não está
mais disponível no site
[...] estão obrigados a apresentar, em 2009, as pessoas jurídicas que, cumulativamente:
(+) sejam sociedades empresárias;
(+) façam a apuração do IRPJ (ano-calendário de 2008) pelo lucro real;
(+) estiveram, em 2008, sujeitas a acompanhamento diferenciado.
As duas primeiras condições são de pleno conhecimento da empresa. Quanto à última, em caso de dúvida,
o representante da empresa deve se dirigir à unidade da RFB que jurisdiciona o contribuinte para obter a
informação. Ela é protegida por sigilo fiscal e não pode ser fornecida por e-mail. Para evitar ser
encaminhado para o "fale conosco" do sítio do Sped, diga apenas que quer saber se a empresa estava, em
2008, sujeita a acompanhamento diferenciado (não mencione o Sped). [...]

Portanto, é necessário conhecer quais são os critérios utilizados para submeter


uma pessoa jurídica a esse acompanhamento. Os parâmetros para seleção em relação
aos fatos ocorridos em 2008 foram estabelecidos pela Portaria RFB nº 11.213/07, que
deveria indicar ao acompanhamento as pessoas jurídicas:

a) sujeitas à apuração do lucro real, presumido ou arbitrado, cuja receita bruta


anual declarada na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa
Jurídica (DIPJ) do exercício de 2007, ano-calendário de 2006, seja superior a R$
60.000.000,00 (sessenta milhões de reais);
b) cujo montante anual de receita bruta informada nos Demonstrativos de Apuração
de Contribuições Sociais (DACON), relativos ao ano-calendário de 2006, seja
superior a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais);
c) cujo montante anual de débitos declarados nas Declarações de Débitos e
Créditos Tributários Federais (DCTF), relativas ao ano-calendário de 2006, seja
superior a R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais);
d) cujo montante anual de Massa Salarial informada nas Guias de Recolhimento do
FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP), relativas ao ano-calendário de
2006, seja superior a R$ 7.500.000,00 (sete milhões e quinhentos mil reais); ou
e) cujo total anual de débitos declarados nas Guias de Recolhimento do FGTS e
Informações à Previdência Social (GFIP), relativas ao ano-calendário de 2006,
seja superior a R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais).
A Comac (Coordenação Especial de Acompanhamento dos Maiores
Contribuintes) também poderia contemplar na indicação para o acompanhamento
econômico-tributário diferenciado, pessoas jurídicas que operassem em setores
econômicos relevantes em termos de representatividade da arrecadação tributária
federal.

Além das mencionadas pessoas jurídicas, ainda ficaram sujeitas ao


acompanhamento diferenciado no ano de 2008, as pessoas jurídicas resultantes de
incorporação, fusão ou cisão total ou parcial, cuja sucedida tenha sido indicada para
esse acompanhamento.
Os contribuintes sujeitos ao acompanhamento econômico-tributário diferenciado
deveriam ser comunicados oficialmente desse fato pela unidade da RFB da jurisdição da
pessoa jurídica até o último dia útil do mês de janeiro de 2008.

NOTA JMM! A questão do acompanhamento econômico-tributário diferenciado, em


relação ao SPED Contábil, interessa somente para os fatos contábeis ocorridos em 2008.
A partir do ano-calendário de 2009, esse acompanhamento não faz mais parte dos
critérios para seleção da ECD.

Fundamentação Legal: Portaria RFB nº 11.211/07.

2.3.2. ANOS-CALENDÁRIO 2009 A 2013

Ficam obrigadas a adotar a ECD, nos termos do art. 2º do Decreto nº 6.022/07,


em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2009, as demais
sociedades empresárias sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro
Real.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 40 de 28 de Marco de 2013 – SRF


EMPRESA PÚBLICA. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL. OBRIGATORIEDADE. Embora não
seja uma sociedade, a empresa pública cujo patrimônio pertence integralmente a apenas uma pessoa
jurídica de direito público e que, além de desenvolver atividades empresariais, se sujeita à tributação do
Imposto de Renda pelo regime do Lucro Real, está obrigada a adotar a Escrituração Contábil Digital -
ECD.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 9 de 12 de Marco de 2012 - SRF


ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E FISCAL DIGITAIS. EMPRESA PÚBLICA. OBRIGATORIEDADE.
A empresa pública sujeita à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real é obrigada a adotar
a Escrituração Contábil Digital - ECD e a EFD-PIS/Cofins, respectivamente, dos fatos contábeis
ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2009 e dos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de
2012.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 2 de 11 de fevereiro de 2009 - SRF


ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL. DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA. IRRELEVÂNCIA. A
pessoa jurídica obrigada a adotar a Escrituração Contábil Digital (ECD) e que no curso do ano-calendário
tenha sido decretada a sua falência continua sujeita à transmissão da ECD em relação a todos os fatos
contábeis relativos ao ano-calendário a que se refira a escrituração. A entidade submetida ao regime de
falência é equiparada à pessoa jurídica quanto às normas de incidência dos tributos de competência da
União, sendo sujeito passivo das obrigações principais e acessórias previstas na legislação tributária,
continuando a cumprir suas obrigações nos mesmos prazos previstos para as demais pessoas jurídicas
enquanto perdurarem os procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo.

Fundamentação Legal: Art. 3º, inciso II, da Instrução Normativa RFB nº 787/07, com
redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 926/09.

2.3.3. ANOS-CALEDÁRIO 2014 A 2015

Ficam obrigadas a adotar a ECD, nos termos do art. 2º do Decreto nº 6.022, de


2007, em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014:

a - as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real;


b - as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que
distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido
na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superiores ao valor da base
de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que
estiver sujeita;

c - as pessoas jurídicas imunes e isentas que, em relação aos fatos ocorridos no


ano calendário, tenham sido obrigadas à apresentação da EFD-Contribuições,
nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.252/12; e

d - as Sociedades em Conta de Participação (SCP), como livros auxiliares do


sócio ostensivo.

NOTA JMM! As entidades imunes e isentas que estão obrigadas à apresentação da


EFD- Contribuições, são àquelas que apresentarem PIS/Pasep, COFINS e CPRB,
somados, acima de R$ 10.000,00 no mês, em qualquer mês do ano-calendário.

NOTA JMM! As pessoas jurídicas do segmento de construção civil dispensadas de


apresentar a Escrituração Fiscal Digital (EFD) e obrigadas a escriturar o livro Registro
de Inventário, devem apresentá-lo na ECD, como um livro auxiliar (Incluído pela
Instrução Normativa RFB nº 1.486/14).

Para as demais pessoas jurídicas, a entrega da ECD é facultativa.

Fundamentação Legal: Art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.420/13.

2.3.3.1. DISTRIBUIÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO

A pessoa jurídica tributada pelo imposto de renda com base no lucro presumido,
poderá distribuir lucros e dividendos independentemente de apuração de resultado
positivo na contabilidade (DRE). Partindo da base de cálculo do imposto de renda,
deduz-se os impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica (IRPJ,
CSSL, PIS e COFINS) onde o resultado é o valor do lucro a distribuir, isento do
imposto de renda na fonte. É condição para esta regra que a distribuição ocorra após o
encerramento do trimestre de apuração.

Para melhor entendimento, da regra de distribuição de lucro com base nas


presunções, segue exemplo, do cálculo e apuração do lucro a distribuir, com base no
lucro presumido do ano de 2015:

Receita Bruta de Prestação de Serviços


R$ 100.000,00
1º Trimestre de 2015
Presunção de Lucro x 32%
Base Presumida = R$ 32.000,00
IRPJ (15% da base presumida) - R$ 4.800,00
CSLL (9% da base presumida) - R$ 2.880,00
PIS (0,65% da receita bruta) - R$ 650,00
COFINS (3% da receita bruta) - R$ 3.000,00
Lucro presumido deduzido dos impostos = R$ 20.670,00
Neste exemplo, poderá ser distribuído, a título de lucro isento do imposto de
renda na fonte o valor de R$ 20.670,00.

Porém, o art. 238 da IN RFB nº 1.700/17, autoriza a pessoa jurídica tributada


com base no lucro presumido a distribuir lucros ou dividendos de resultados apurados
através de escrituração contábil, com observância da legislação comercial, ainda que por
conta de período-base não encerrado.

Com isso, a pessoa jurídica poderá, por exemplo, levantar balanços trimestrais e
distribuir o resultado apurado contabilmente, mesmo que este seja superior ao calculado
com base nas presunções.

Seguindo o exemplo deste tópico, considere que a pessoa jurídica tenha apurado
o seguinte resultado contábil no ano de 2015:

Receita Bruta de Prestação de Serviços


R$ 100.000,00
1º Trimestre de 2015
(-) Deduções de Impostos e Contribuições - R$ 11.330,00
(-) Despesas Operacionais - R$ 28.000,00
(-) Outras Despesas - R$ 670,00
Lucro Líquido = R$ 60.000,00

Com este segundo exemplo, observa-se que a totalidade do lucro líquido


apurado de R$ 60.000,00 poderá ser distribuído isento do imposto de renda, mesmo que
pela outra forma de apuração tenha resultado em valor inferior (R$ 20.670,00).

NOTA JMM! Caso a pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido opte pela
distribuição do lucro contábil (segundo quadro) ao invés de distribuir o lucro com base
nas presunções (primeiro quadro) no ano-calendário de 2015, passará a estar obrigada a
entrega da ECD uma vez que o lucro contábil é superior ao lucro com base nas
presunções.

Fundamentação Legal: Art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.420/13; Art. 238 da


Instrução Normativa RFB nº 1.700/17 e ADN COSIT nº 4/96.

2.3.4. ANO-CALENDÁRIO 2016

Estão obrigadas a adotar a ECD, em relação aos fatos contábeis ocorridos no


ano-calendário de 2016:

I - as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do IR com base no lucro real;

II - as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido:

a) que distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a


Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos
superiores ao valor da base de cálculo do Imposto, diminuída de todos
os impostos e contribuições a que estiver sujeita (vide explicação do
tópico 2.5.3.1. Distribuição do Lucro Presumido); ou

b) que não se utilizem da prerrogativa prevista no parágrafo único do


art. 45 da Lei nº 8.981, de 1995 (vide observação abaixo);

III - as pessoas jurídicas imunes e isentas obrigadas a manter escrituração


contábil, nos termos da alínea “c” do § 2º do art. 12 e do § 3º do art. 15, ambos
da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, quando:

a) apurarem Contribuição para o PIS/Pasep, COFINS, CPRB, e


Contribuição incidente sobre a Folha de Salários, cuja soma seja
superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) em qualquer mês do ano-
calendário a que se refere a escrituração contábil; ou

b) auferirem receitas, doações, incentivos, subvenções, contribuições,


auxílios, convênios e ingressos assemelhados, cuja soma seja superior a
R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) no ano-calendário a
que se refere a escrituração contábil, ou proporcional ao período;

IV – As Sociedades em Conta de Participação (SCP), enquadradas em uma das


hipóteses nos incisos I a III acima mencionados, devem apresentar a ECD como
livros próprios ou livros auxiliares do sócio ostensivo.

Para as demais pessoas jurídicas, a entrega da ECD é facultativa.

NOTA JMM! As pessoas jurídicas do segmento de construção civil dispensadas de


apresentar a Escrituração Fiscal Digital (EFD) e obrigadas a escriturar o livro Registro
de Inventário, devem apresentá-lo na ECD, como um livro auxiliar (Incluído pela
Instrução Normativa RFB nº 1.486/14).

* Lucro Presumido que não se utiliza da prerrogativa prevista no parágrafo único do


art. 45 da Lei nº 8.981/95

A partir do ano-calendário de 2016 as pessoas jurídicas tributadas com base no


lucro presumido que não se utilizem da prerrogativa prevista no parágrafo único do art.
45 da Lei nº 8.981/1995, passam a ficar obrigadas a entrega da ECD (SPED Contábil).

O artigo 45 da Lei 8.981/95 dispõe:

A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de tributação com base no


lucro presumido deverá manter:

I - escrituração contábil nos termos da legislação comercial;

II - Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os


estoques existentes no término do ano-calendário abrangido pelo regime de
tributação simplificada;
III - em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não
prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de
escrituração obrigatórios por legislação fiscal específica, bem como os
documentos e demais papéis que serviram de base para escrituração comercial
e fiscal.

Parágrafo único. O disposto no inciso I deste artigo não se aplica à pessoa


jurídica que, no decorrer do ano-calendário, mantiver livro Caixa, no qual
deverá estar escriturado toda a movimentação financeira, inclusive bancária.

Para se utilizar da prerrogativa do parágrafo único (vide grifo acima) que dispõe
sobre regra tributária, a pessoa jurídica estará ferindo as exigências do Código Civil em
especial ao artigo 1.179 que dispõe que "o empresário e a sociedade empresária são
obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na
escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação
respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado
econômico". Desta forma, para atender todas as legislações, sejam elas Societárias,
Contábeis e Fiscais, a empresa deverá manter a escrituração contábil e regular.

Consequentemente, como a empresa optante pelo lucro presumido deve manter a


contabilidade regular, para atender as normas contábeis e societárias, será exigível a
entrega da ECD para o ano-calendário de 2016, inclusive nas situações de extinção,
cisão, fusão ou incorporação.

Além disso, a Receita Federal do Brasil publicou a Solução de Consulta COSIT


nº 91, de 25 de janeiro de 2017, onde forma o entendimento que todas as pessoas
jurídicas que apurem o seu imposto pelo lucro presumido no regime de competência
devem obrigatoriamente entregar a ECD a partir do ano-calendário de 2016.

Por fim, cabe destacar que na Escrituração Contábil Fiscal 2017, no registro
0010, serão solicitadas as seguintes informações nos campos 10 e 14:
Portanto, o Manual da ECF está estabelecendo que ao assinalar que a tributação
é por regime de competência, a empresa deverá obrigatoriamente assinalar que está
obrigada a entrega da ECD (opção C do campo 10 do registro 0010 da ECF). Ao
assinalar que tributa pelo regime de caixa, o programa permitirá assinalar a opção C ou
a opção L, embora, conforme já exposto neste tópico da apostila, entendemos que
TODAS as pessoas jurídicas do lucro presumido devam entregar a ECD, e, portanto,
assinalar a opção “C – Obrigada a entrega da ECD” no campo 10 do registro 0010 da
ECF.

NOTA JMM! A entrega da ECF é obrigatória para todas as empresas do lucro


presumido desde o ano-calendário de 2014, independente da obrigatoriedade ou não da
ECD.

Fundamentação Legal: Art. 3º e 3º-A da Instrução Normativa RFB nº 1.420/13; Art.


1.179 da Lei 10.406/02 – Código Civil; Art. 45 da Lei 8.981/95.

2.3.5. ANO-CALENDÁRIO 2017

Segundo o art. 3o da Instrução Normativa RFB no 1.774/2017, deverão


apresentar a Escrituração Contábil Digital (ECD) todas as pessoas jurídicas obrigadas a
manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial, inclusive as
equiparadas, as imunes e as isentas.

A obrigatoriedade não se aplica:

I - às pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, de que trata a Lei


Complementar nº 123/06;

II - aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas;

III - às pessoas jurídicas inativas, assim consideradas aquelas que não tenham
efetuado qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou
financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante
todo o ano-calendário, as quais deverão cumprir as obrigações acessórias
previstas na legislação específica;

IV - às pessoas jurídicas imunes e isentas que auferirem receitas, doações,


incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos
assemelhados, cuja soma seja inferior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos
mil reais) no ano-calendário a que se refere a escrituração contábil, ou
proporcional ao período; e

V - às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que não


distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda
Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da
base de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a
que estiver sujeita (vide explicação do tópico 2.5.3.1. Distribuição do Lucro
Presumido).

NOTA JMM! No ano-calendário de 2017 somente as empresas do Lucro Presumido


que distribuíram lucro superior ao cálculo da presunção estavam obrigadas a entrega da
ECD. No ano-calendário de 2018, a regra para empresas do lucro presumido, mudou
novamente (vide tópico 2.5.6 desta apostila.
Também estão obrigadas à entrega da ECD as Microempresas (ME) ou
Empresas de Pequeno Porte (EPP) que receberem aporte de capital na forma prevista
nos arts. 61-A a 61-D da Lei Complementar nº 123/06, mais conhecido como
“investidor anjo”.

Fundamentação Legal: Art. 3o da Instrução Normativa RFB no 1.774/17.

2.3.6. ANO-CALENDÁRIO 2018 A 2020

Segundo o art. 3o da Instrução Normativa RFB no 1.774/17, com alterações da


Instrução Normativa RFB nº 1.856/18, deverão apresentar a Escrituração Contábil
Digital (ECD) todas as pessoas jurídicas obrigadas a manter escrituração contábil nos
termos da legislação comercial, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas.

A obrigatoriedade não se aplica:

I - às pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de


Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata a Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006;

II - aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas;

III - às pessoas jurídicas inativas, assim consideradas aquelas que não tenham
efetuado qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou
financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante
todo o ano-calendário, as quais deverão cumprir as obrigações acessórias
previstas na legislação específica;

IV - às pessoas jurídicas imunes e isentas que auferirem receitas, doações,


incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos
assemelhados, cuja soma seja inferior a R$ 4.800.000,00 no ano-calendário a
que se refere a escrituração contábil, ou proporcional ao período; e

V - às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que não


distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido
na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superiores ao valor da base
de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que
estiver sujeita.

V - às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido que optem pelo
disposto no parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981/95 (opção pela
escrituração do livro caixa). Esta exceção não se aplica às pessoas jurídicas
que distribuírem parcela de lucros ou dividendos sem incidência do IRRF em
montante superior ao valor da base de cálculo do IRPJ apurado diminuída dos
impostos e contribuições a que estiver sujeita.

Também estão obrigadas à entrega da ECD as Microempresas (ME) ou


Empresas de Pequeno Porte (EPP) que receberem aporte de capital na forma prevista
nos arts. 61-A a 61-D da Lei Complementar nº 123/06, mais conhecido como
“investidor anjo”.

Destaca-se ainda que as pessoas jurídicas do segmento de construção civil


dispensadas de apresentar a Escrituração Fiscal Digital do ICMS/IPI (EFD ICMS/IPI)
ficam obrigadas a apresentar o livro Registro de Inventário na ECD, como um livro
auxiliar.

As Sociedades em Conta de Participação (SCP) enquadradas nas hipóteses de


obrigatoriedade de apresentação da ECD devem apresentá-la como livros próprios.

NOTA JMM! As pessoas jurídicas não obrigadas a apresentar a ECD podem apresentá-
la de forma facultativa.

Quadro Resumo de Obrigatoriedade de Entrega:

Lucro Real Todas.


Lucro Não optou pelo livro caixa (parágrafo único do art. 45 da Lei nº
Presumido 8.981/1995).

ou

Distribuí parcela de lucros ou dividendos sem incidência do Imposto


sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) em montante superior ao valor
da base de cálculo do imposto sobre a renda apurado diminuída dos
impostos e contribuições a que estiver sujeita, independentemente se
optou ou não pelo livro caixa.
Imunes/Isentas Auferiu receitas, doações, incentivos, subvenções, contribuições,
auxílios, convênios e ingressos assemelhados, cuja soma seja igual ou
maior R$ 4.800.000,00.
Demais Entrega facultativa (não há multa por atraso na entrega).

Fundamentação Legal: Art. 3o da Instrução Normativa RFB no 1.774/17, com


alterações da Instrução Normativa RFB nº 1856, de 13 de dezembro de 2018.

2.3.7. ANO-CALENDÁRIO 2021

Segundo o art. 3o da Instrução Normativa RFB no 2.003/21, deverão apresentar a


ECD as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas e as entidades imunes e isentas,
obrigadas a manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial.

A obrigação não se aplica:

I - às pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, instituído pela Lei


Complementar nº 123/06;

II - aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas;

III - às pessoas jurídicas inativas, assim consideradas aquelas que não tenham
efetuado qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou
financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante
todo o ano-calendário, as quais devem cumprir as obrigações acessórias
previstas na legislação específica;

IV - às pessoas jurídicas imunes e isentas que auferiram, no ano-calendário,


receitas, doações, incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios e
ingressos assemelhados cuja soma seja inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro
milhões e oitocentos mil reais) ou ao valor proporcional ao período a que se
refere a escrituração contábil;
V - às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido que cumprirem
o disposto no parágrafo único do art. 45 da Lei nº 8.981/95 (opção pela
escrituração do livro caixa). Esta exceção não se aplica às pessoas jurídicas
que distribuírem parcela de lucros ou dividendos sem incidência do IRRF em
montante superior ao valor da base de cálculo do IRPJ apurado diminuída dos
impostos e contribuições a que estiver sujeita; e

VI - à entidade Itaipu Binacional, tendo em vista o disposto no art. XII


do Decreto nº 72.707/73.

Também estão obrigadas à entrega da ECD as Microempresas (ME) ou


Empresas de Pequeno Porte (EPP) que receberem aporte de capital na forma prevista
nos arts. 61-A a 61-D da Lei Complementar nº 123/06, mais conhecido como
“investidor anjo”.

Destaca-se ainda que as pessoas jurídicas do segmento de construção civil


dispensadas de apresentar a Escrituração Fiscal Digital do ICMS/IPI (EFD ICMS/IPI)
ficam obrigadas a apresentar o livro Registro de Inventário na ECD, como um livro
auxiliar.

Deverão apresentar a ECD em livro próprio:

I - as Sociedades em Conta de Participação (SCP), quando enquadradas na


condição de obrigatoriedade de apresentação da ECD;

II - as pessoas jurídicas domiciliadas no País que mantiverem no exterior


recursos em moeda estrangeira relativos ao recebimento de exportação, de que
trata o art. 8º da Lei nº 11.371/06; e

III - as Empresas Simples de Crédito (ESC) de que trata a Lei Complementar nº


167/19.

As pessoas jurídicas que não estejam obrigadas a apresentar a ECD podem


apresentá-la de forma facultativa, inclusive para atender ao disposto no art. 1.179 da Lei
nº 10.406/02.

Os consórcios de empresas instituídos na forma dos arts. 278 e 279 da Lei nº


6.404/76, quando possuírem inscrição própria no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
(CNPJ), poderão entregar a ECD de forma facultativa.

Fundamentação Legal: Art. 3o da Instrução Normativa RFB no 2.003/21.

2.4. PRAZO DE ENTREGA

A ECD será transmitida anualmente ao Sped até o último dia útil do mês de
maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira à escrituração. O prazo para
entrega da ECD será encerrado às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove
minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia fixado para entrega da
escrituração.

NOTA JMM! Até o ano-calendário de 2014 o prazo de transmissão do SPED


era até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário a que se
referia à escrituração.

NOTA JMM! O prazo de entrega do ano-calendário de 2019 foi prorrogado


excepcionalmente para o último dia útil de julho de 2020, inclusive nos casos de cisão,
fusão, incorporação ou extinção, ocorridos entre janeiro e junho de 2020 (IN RFB nº
1.950/20).

Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECD
deverá ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e
incorporadoras até o último dia útil do mês subsequente ao do evento. Porém, nos casos
em que a extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorrer de janeiro a
abril do ano da entrega da ECD para situações normais, o prazo de entrega será até o
último dia útil do mês de maio do referido ano.
NOTA JMM! Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou
incorporação, ocorridos de janeiro a dezembro de 2014, o prazo de entrega foi até o
último dia útil do mês de junho de 2015.

A obrigatoriedade de entrega da ECD, não se aplica à incorporadora, nos casos


em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle
societário desde o ano-calendário anterior ao do evento.

Excepcionalmente, em relação aos fatos contábeis ocorridos entre 1º de janeiro


de 2008 e 31 de maio de 2009, o prazo foi até o último dia útil do mês de junho de
2009. E em relação aos fatos contábeis ocorridos entre 1º de janeiro de 2009 e 30 de
junho de 2010, o prazo de entrega foi até o dia 30 de julho de 2010 (Vide tabela abaixo).

PERÍODO DA
PRAZO DE ENTREGA
ESCRITURAÇÃO
SITUAÇÃO NORMAL
01/01/2008 a 31/12/2008 30/06/2009
01/01/2009 a 31/12/2009 30/07/2010
01/01/2010 a 31/12/2010 30/06/2011
01/01/2011 a 31/12/2011 29/06/2012
01/01/2012 a 31/12/2012 28/06/2013
01/01/2013 a 31/12/2013 30/06/2014
01/01/2014 a 31/12/2014 30/06/2015
01/01/2015 a 31/12/2015 31/05/2016
01/01/2016 a 31/12/2016 31/05/2017
01/01/2017 a 31/12/2017 31/05/2018
01/01/2018 a 31/12/2018 31/05/2019
01/01/2019 a 31/12/2019 31/07/2020*prorrogado
01/01/2020 a 31/12/2020 31/05/2021
SITUAÇÃO ESPECIAL (cisão, incorporação, fusão e extinção) ocorrida entre:
01/01/2008 a 31/12/2008 30/06/2009
01/01/2009 a 31/12/2009 30/07/2010
01/01/2010 a 30/06/2010 30/07/2010
01/07/2010 a 31/12/2012 Último dia útil do mês seguinte ao do evento.
Último dia útil do mês seguinte ao do evento, exceto se o
evento ocorrer entre janeiro a maio, caso em que o prazo
01/01/2013 a 31/12/2013
será o último dia útil de junho do próprio ano-calendário da
situação especial.
01/01/2014 a 31/12/2014 30/06/2015
Último dia útil do mês seguinte ao do evento, exceto se o
evento ocorrer entre janeiro a maio, caso em que o prazo
01/01/2015 a 31/12/2015
será o último dia útil de junho do próprio ano-calendário da
situação especial.
Último dia útil do mês seguinte ao do evento, exceto se o
evento ocorrer entre janeiro a abril, caso em que o prazo será
2016 em diante
o último dia útil de maio do próprio ano-calendário da
situação especial.

Fundamentação Legal: Art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 2.003/21; Art. 5º da


Instrução Normativa RFB nº 1.774/17; Art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.420/13;
Art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 787/07.

2.5. PENALIDADES

Aplicam-se à pessoa jurídica que deixar de apresentar a ECD nos prazos fixados
no art. 5º ou que apresentá-la com incorreções ou omissões as multas previstas no art.
12 da Lei nº 8.218/91, sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e criminais
cabíveis, inclusive aos responsáveis legais.

As multas não se aplicam à pessoa jurídica não obrigada a apresentar ECD (vide
regas de obrigatoriedade do tópico 2.5 e seus subtópicos), inclusive à que a apresenta de
forma facultativa ou esteja obrigada por força de norma expedida por outro órgão ou
entidade da administração pública federal direta ou indireta que tenha atribuição legal
de regulação, normatização, controle e fiscalização.

NOTA JMM! Antes da publicação da Instrução Normativa RFB nº 1.856/18, que


alterou a redação do artigo 11 da Instrução Normativa RFB nº 1.774/17, a multa era
aplicada de acordo com o art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de
2001.

A Lei nº 13.670/18, deu nova redação aos artigos 11 e 12 da Lei nº 8.218/91, que
dispõe sobre a utilização de sistemas de processamento eletrônico de dados para
registrar negócios e atividades econômicas ou financeiras, escriturar livros ou elaborar
documentos de natureza contábil ou fiscal, e a manter, à disposição da Secretaria da
Receita Federal, os respectivos arquivos digitais e sistemas.

De acordo com a nova redação do art. 12 da Lei nº 8.218/91, a inobservância das


regras da ECD acarretará a imposição das seguintes penalidades:

I - multa equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor da receita bruta da


pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração aos que não
atenderem aos requisitos para a apresentação dos registros e respectivos
arquivos;

II - multa equivalente a 5% (cinco por cento) sobre o valor da operação


correspondente, limitada a 1% (um por cento) do valor da receita bruta da
pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, aos que omitirem ou
prestarem incorretamente as informações referentes aos registros e respectivos
arquivos; e
III - multa equivalente a 0,02% (dois centésimos por cento) por dia de atraso,
calculada sobre a receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a
escrituração, limitada a 1% (um por cento) desta, aos que não cumprirem o
prazo estabelecido para apresentação dos registros e respectivos arquivos.

As multas serão reduzidas:

I - à metade, quando a obrigação for cumprida após o prazo, mas antes de


qualquer procedimento de ofício; e

II - a 75% (setenta e cinco por cento), se a obrigação for cumprida no prazo


fixado em intimação.

NOTA JMM! O código DARF para recolhimento da multa por falta ou atraso na
entrega da ECD é o 1438 (ADE Codac 86/2009).

Fundamentação Legal: Art. 11 da Instrução Normativa RFB nº 2.003/21; Art. 11 da


Instrução Normativa RFB nº 1.774/17 com redação dada pela Instrução Normativa RFB
nº 1.856/18;

2.6. COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES

As informações relativas à ECD, disponíveis no ambiente nacional do Sped,


serão compartilhadas pela Receita Federal com as administrações tributárias dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e com os órgãos e as entidades da
administração pública federal direta e indireta que tenham atribuição legal de regulação,
normatização, controle e fiscalização dos empresários e das sociedades empresárias.

NOTA JMM! A transmissão de arquivos da base da Secretaria da Receita Federal do


Brasil para contribuintes, representantes legais de empresas, procuradores autorizados
por procuração eletrônica, servidores da Receita Federal ou entidades conveniadas é
possível através do sistema ReceitanetBX. O serviço ReceitanetBX proporciona
segurança, facilidade e praticidade de uso, além da redução dos custos, e atendimento
mais eficiente, com recebimento de arquivos diretamente da Base de Dados da RFB.
Este compartilhamento ocorrerá no limite de suas respectivas competências e
sem prejuízo da observância à legislação referente aos sigilos comercial, fiscal e
bancário, nas seguintes modalidades de acesso:

I - integral, para cópia do arquivo da escrituração;


II - parcial, para cópia e consulta à base de dados agregados, que consiste na
consolidação mensal de informações de saldos contábeis e nas demonstrações
contábeis.

Os dados agregados consistem na consolidação mensal de informações de saldos contábeis e nas


demonstrações contábeis. O sistema gera automaticamente os arquivos de dados agregados, assim que
recebe a escrituração contábil digital.

Para o acesso integral, o órgão ou a entidade deverá ter iniciado procedimento


fiscal ou equivalente, junto à pessoa jurídica titular da ECD. Regra geral, nesta situação,
o contribuinte é comunicado formalmente do início do procedimento fiscal ou
equivalente.

Porém, na solicitação de acesso parcial à ECD poderá não ocorrer a


comunicação formal ao contribuinte titular da escrituração contábil digital.

O acesso ao ambiente nacional do SPED fica condicionado à autenticação


mediante certificado digital credenciado pela ICP-Brasil, emitido em nome do órgão ou
entidade que está acessando integralmente ou parcialmente as informações.

O ambiente nacional do Sped manterá o registro dos eventos de acesso, pelo


prazo de 6 (seis) anos, contendo, no mínimo:

a) identificação do usuário;
b) autoridade certificadora emissora do certificado digital;
c) número de série do certificado digital;
d) data e a hora da operação; e
e) tipo da operação realizada, (integral ou parcial).

A pessoa jurídica titular da ECD poderá consultar através do Centro Virtual de


Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) da Receita Federal, quais membros do SPED
acessaram sua escrituração contábil digital. A consulta só é permitida com a utilização
do certificado digital da empresa, representante legal ou de seu procurador. Desta
forma, o contribuinte saberá quais órgãos estão examinando ou já examinaram a sua
ECD.

NOTA JMM! Tendo em vista que o Sistema Público de Escrituração Digital


compreende diversos projetos, é possível imaginar os tipos de cruzamentos que poderão
ser efetuados nos próximos anos:

ECD x FCONT x EFD Fiscal x NF-e x EFD-Contribuições x ECF

Perguntas e Respostas RFB e do Portal SPED – RFB


4 - O que pode ser baixado com o ReceitanetBX?
R: A versão atual do ReceitanetBX permite baixar arquivos dos seguintes sistemas:
Escrituração Contábil Digital (SPED-ECD)
Escrituração Fiscal Digital (SPED-EFD) e das Notas Fiscais Eletrônicas
Escrituração Fiscal Digital das Contribuições (SPED - Contribuições)
Controle Fiscal Contábil de Transição (SPED - FCont)
5 – Quais os requisitos para Utilização do ReceitanetBX?
R: Para utilização do ReceitanetBX é necessário:
1. Software ReceitanetBX - Verifique se você está com a última versão do ReceitanetBX
disponível na página da RFB.
2. Acesso a Internet - Através do seu computador você deverá ser capaz de acessar a Internet.
Isto pode ser feito através de modems ou através de redes locais da sua empresa ou instituição
desde que esta esteja conectada à Internet.
7 - Em que horário o Serviço ReceitanetBX está disponível?
R: O serviço ReceitanetBX está disponível durante 24 horas por dia.
Manual de Orientação do Leiaute da ECD

1.14 Utilização do Receitanet e do ReceitanetBX


O programa Receitanet é utilizado para transmissão da escrituração contábil digital, enquanto que o
programa ReceitanetBX é utilizado para fazer o download da escrituração contábil digital já transmitida
pela pessoa jurídica e dos dados agregados gerados pelo sistema.

O download, via ReceitanetBX, segue as seguintes regras:

- Pessoa Jurídica: Acessa apenas as escriturações contábeis digitais e os dados agregados do seu
CNPJ.
- Representante Legal: Acessa apenas as escriturações contábeis digitais e os dados agregados do
CNPJ do qual ele representa.
- Procuração Eletrônica: Acessa apenas as escriturações contábeis digitais e os dados agregados
do CNPJ do qual ele é procurador.

O Receitanet utiliza, na transmissão, a porta 3456 e o endereço IP 200.198.239.21. Para verificar se a


conexão está sem problemas, execute o comando "telnet 200.198.239.21 3456".

2.7. FORMA CONTÁBIL

A Resolução CFC nº 1.299/10 em consonância com o artigo 1.183 do Código


Civil (Lei nº 10.406/02), estabelece que a escrituração contábil deverá ser executada da
seguinte forma:

a) em idioma e em moeda corrente nacionais;


b) em forma contábil;
c) em ordem cronológica de dia, mês e ano;
d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou
transportes para as margens; e
e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em
elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.

A escrituração em forma contábil deve conter, no mínimo:

a) data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu;


b) conta devedora;
c) conta credora;
d) histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de
histórico padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro
próprio;
e) valor do registro contábil;
f) informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que
integram um mesmo lançamento contábil.

NOTA JMM! No caso de utilização de histórico padronizado na escrituração contábil,


conforme mencionado no item “d” acima, deverá ser utilizado o Registro I075 da ECD.
O código de histórico padronizado deve ser único para todo o período a que se refere a
escrituração.

O registro contábil deve conter o número de identificação do lançamento


relacionado ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em
elementos que comprovem ou evidenciem os fatos patrimoniais. O lançamento contábil
deve ter como origem um único fato contábil e conter:

a) um registro a débito e um registro a crédito; ou


b) um registro a débito e vários registros a crédito; ou
c) vários registros a débito e um registro a crédito; ou
d) vários registros a débito e vários registros a crédito, quando relativos ao mesmo
fato contábil.

Perguntas e Respostas do Portal SPED – RFB


20. Partidas dobradas – Obrigatoriedade – Obs: extraído em 2011 – não está mais disponível no site
do SPED
Extraído do Parecer CT/CFC nº 12/03 (Relatora: Contadora Verônica Cunha de Souto Maior):
"Dessa forma, pode-se depreender que o método das partidas dobradas é um princípio fundamental do
registro na Contabilidade, de uso universal, não havendo, portanto, a possibilidade, no atual estágio de
evolução das Ciências Contábeis, do uso de outro método que não reflita, ou tenha como premissa, o
equilíbrio patrimonial entre origem e aplicação de recursos de um mesmo fato contábil." (grifamos)
O mesmo entendimento se aplica à utilização de uma conta única que recebe todas as contrapartidas do
lançamento. Ela não é, efetivamente, nem origem nem aplicação de recursos.

Para fins da ECD o lançamento contábil, apresentado no registro I200, utiliza


três tipos de lançamento:

Tipo E: lançamentos de encerramento das contas de resultado;

Tipo N: demais lançamentos, denominados lançamentos normais;

Tipo X: lançamentos extemporâneos, que abrangem, entre outros, os lançamentos


previstos nos itens 31 a 36 da Interpretação Técnica Geral (ITG) 2000 (R1) -
Escrituração Contábil, do Conselho Federal de Contabilidade, publicada em 12 de
dezembro de 2014.

NOTA JMM! Os lançamentos do tipo X foram criados no leiaute 7, ou seja, serão


exigidos a partir do ano-calendário de 2018.

Quando ocorrer lançamento do Tipo X, será necessário identificar a data de ocorrência


dos fatos objeto do lançamento extemporâneo. Caso não seja possível precisar a data
a que se refiram os fatos do lançamento extemporâneo, informar a data de
encerramento do exercício em que ocorreram esses fatos.

No lançamento do tipo “X”, em qualquer das formas de retificação, será obrigatório que
o histórico do lançamento extemporâneo especifique o motivo da correção, a data e o
número do lançamento de origem (item 32 do ITG 2000 (R1)).

Além disso, cabe observar o que dispõe o Manual da ECF sobre os lançamentos
extemporâneos:

A partir do leiaute 7 da ECD (ano-calendário 2018 e situações especiais de 2019), foi criado, no
registro I200, os lançamentos do tipo “X” (lançamentos extemporâneos), que abrangem, entre outros, os
lançamentos previstos nos itens 31 a 36 da Interpretação Técnica Geral (ITG) 2000 (R1) - Escrituração
Contábil, do Conselho Federal de Contabilidade, publicada em 12 de dezembro de 2014.

De acordo com o art. 6º-C da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013, no caso de lançamentos
extemporâneos em ECD que alterem a base de cálculo do IRPJ ou da CSLL da ECF de ano-calendário
anterior, a pessoa jurídica deverá efetuar o ajuste por meio da apresentação de ECF retificadora relativa
ao respectivo ano-calendário, mediante adições ou exclusões ao lucro líquido. Para isso, foram criadas
linhas específicas nos registros M300 e M350.

Exemplos:
M300A – LINHA 91.40 - Ajustes de Exercícios Anteriores - Lançamentos
Extemporâneos
M300A – LINHA 166.35 - (-) Ajustes de Exercícios Anteriores - Lançamentos
Extemporâneos
M300A – LINHA 265.40 - Ajustes de Exercícios Anteriores - Lançamentos
Extemporâneos
M300A – LINHA 340.35 - (-) Ajustes de Exercícios Anteriores - Lançamentos
Extemporâneos

Ressalte-se também que, a pessoa jurídica que entregar ECF retificadora que altere valores de
apuração do IRPJ ou da CSLL que haviam sido informados na Declaração de Débitos e Créditos de
Tributos Federais (DCTF) deverá apresentar DCTF retificadora elaborada com observância das normas
específicas relativas a esta declaração (art 6º-D da IN RFB 1.422/2013).

2.8. PLANO DE CONTAS REFERENCIAL E PLANO DE CONTAS CONTÁBIL

A partir do ano-calendário de 2014 a DIPJ foi substituída pela ECF –


Escrituração Contábil Fiscal. Com isso, a apuração do IRPJ e CSLL passou a ser
demonstrada nesta declaração, que traz informações mais detalhadas acerca do Balanço
Patrimonial e Demonstração do Resultado. Estas demonstrações são “montadas” pelo
próprio sistema validador da ECF através da recuperação de informações da
contabilidade extraídas do programa SPED Contábil.

O Balanço e a DR da ECF utilizam como base um plano de contas padrão,


denominado “plano de contas referencial”.

NOTA JMM! O plano de contas referencial utilizado na ECD do ano-calendário de


2014 em diante é o mesmo que está contido no Manual da ECF. Entretanto, o uso do
plano de contas referencial na ECD é opcional, porém na ECF é obrigatório.

O Plano de Contas Referencial não deve ser utilizado como plano de contas da
empresa (plano contábil), uma vez que a sua finalidade é meramente fiscal.

Segundo a ITG 2.000 “o nível de detalhamento da escrituração contábil deve


estar alinhado às necessidades de informação de seus usuários. [...] O detalhamento
dos registros contábeis é diretamente proporcional à complexidade das operações da
entidade e dos requisitos de informação a ela aplicáveis e, exceto nos casos em que
uma autoridade reguladora assim o requeira, não devem necessariamente observar um
padrão pré-definido”.

Portanto, a empresa deverá providenciar a criação de um plano de contas que,


dentro das limitações das regras contábeis, melhor se encaixe nas suas necessidades.

O plano de contas, com todas as suas contas sintéticas e analíticas, deve conter,
no mínimo, 4 (quatro) níveis e é parte integrante da escrituração contábil da entidade,
devendo seguir a estrutura patrimonial prevista nos artigos 177 a 182 da Lei n.º
6.404/76. Exemplo:
O plano de contas referencial tem por finalidade estabelecer uma relação “de-
para” entre as contas analíticas do plano de contas da empresa e o plano padrão da
Receita Federal do Brasil. Desta forma, o contribuinte deverá indicar para cada conta
analítica do seu plano de contas, uma conta do referencial que a represente.

Salienta-se que somente deverão ser referenciadas as contas analíticas de


natureza patrimonial (contas de ativo, passivo e patrimônio líquido) e de resultado. As
contas transitórias (representada abaixo pelo Código de Natureza = 9) e as contas de
compensação não deverão ser referenciadas.

Desta forma, sempre que uma conta contábil possuir indicação de “código de
natureza” 5 ou 9, na ECD e na ECF, não deverá ocorrer o respectivo referenciamento.
Entretanto, sempre que uma conta contábil analítica possuir “código de natureza” 1, 2, 3
ou 4, deverá haver a respectiva indicação de conta referencial que a represente para fins
de apresentação da ECD e ECF.

Embora a utilização do plano de contas referencial seja facultativa para a ECD


(SPED Contábil), para a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) o seu uso será obrigatório.
Portanto, recomenda-se que seja realizado o “de-para” entre as contas contábeis (I050) e
as contas referenciais (I051). Atualmente a ECF possui 10 planos de contas diferentes:

NOTA JMM! Todos os planos de contas referenciais estão disponíveis nas


“Tabelas Dinâmicas e Planos de Contas Referenciais - Leiaute 5 da ECF” e no próprio
diretório do programa do Sped Contábil em C:\Arquivos de Programas RFB\Programas
SPED\SpedContabil\recursos\tabelas.

Caso a pessoa jurídica utilize subcontas auxiliares conforme previsão dos artigos
164, 165, 167 e 168 da Instrução Normativa RFB nº 1.515/14, atual Instrução
Normativa RFB nº 1.700/17, as subcontas auxiliares devem ser mapeadas para a conta
referencial “pai” da respectiva subconta. Exemplo:

Plano de Contas da Empresa (J050) Mapeamento para o Plano de Contas Referencial (J051)
Veículos 1.02.03.01.08 - Veículos
Veículos – Subconta Auxiliar 1.02.03.01.08 - Veículos
Subconta AVP (Ajuste a Valor Presente) 1.02.03.01.75 - Subconta - Ajuste Valor Presente – Imobilizado

Fundamentação Legal: Ato Declaratório Cofis nº 83/18 – Manual da ECD.

2.8.1. SUBCONTAS CORRELATAS

Assim como o registro I051 (plano de contas referencial) se constitui como


registro filho do registro I050 (plano de contas contábil), o registro I053 (subcontas
correlatas) corresponde a um novo registo filho de I050.

O registro I053 será utilizado para demonstrar os grupos compostos de uma


conta “pai” e uma ou mais subcontas correlatas, conforme exige a Lei nº 12.973/14 e a
Instrução Normativa RFB nº 1.700/17. É possível utilizar o mesmo código de
identificação do grupo para mais de um conjunto de conta “pai” e subconta(s).

As naturezas de subcontas atualmente disponíveis para parametrização da ECD


são as seguintes:
NUM DESCRIÇÃO FUNDAMENTO LEGAL CONTA PRINCIPAL
SUBCONTA TBU - CONTROLADA DIRETA NO PARTICIPAÇÃO
2 EXTERIOR Art. 76, Lei 12.973/14 CONTROLADA NO EXTERIOR
SUBCONTA TBU - CONTROLADA INDIRETA PARTICIPAÇÃO
3 NO EXTERIOR Art. 76, Lei 12.973/14 CONTROLADA NO EXTERIOR
10 SUBCONTA GOODWILL Art. 20, Inc. III, DL 1.598/77 PARTICIPAÇÃO SOCIETARIA
11 SUBCONTA MAIS VALIA Art. 20, Inc. II, DL 1.598/77 PARTICIPAÇÃO SOCIETARIA
12 SUBCONTA MENOS VALIA Art. 20, Inc. II, DL 1.598/77 PARTICIPAÇÃO SOCIETARIA
60 SUBCONTA AVJ REFLEXO Arts. 24A e 24B, DL 1.598/77 PARTICIPAÇÃO SOCIETARIA
65 SUBCONTA AVJ SUBSCRIÇÃO DE CAPITAL Arts. 17 e 18, Lei 12.973/14 PARTICIPAÇÃO SOCIETARIA
SUBCONTA AVJ - VINCULADA
70 ATIVO/PASSIVO Arts 13 e 14, Lei 12.973/14 ATIVO OU PASSIVO
SUBCONTA AVJ - DEPRECIAÇÃO
71 ACUMULADA Arts 13, §1º, e 14, Lei 12.973/14 DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
SUBCONTA AVJ - AMORTIZAÇÃO AMORTIZAÇÃO
72 ACUMULADA Arts 13, §1º, e 14, Lei 12.973/14 ACUMULADA
73 SUBCONTA AVJ - EXAUSTÃO ACUMULADA Arts 13, §1º, e 14, Lei 12.973/14 EXAUSTÃO ACUMULADA
75 SUBCONTA AVP - VINCULADA AO ATIVO Art. 5º, § 1º, Lei 12.973/14 ATIVO
SUBCONTA AVP - DEPRECIAÇÃO
76 ACUMULADA Art. 5º, Inc. III, Lei 12.973/14 DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
SUBCONTA AVP - AMORTIZAÇÃO AMORTIZAÇÃO
77 ACUMULADA Art. 5º, Inc. III, Lei 12.973/14 ACUMULADA
78 SUBCONTA AVP - EXAUSTÃO ACUMULADA Art. 5º, Inc. III, Lei 12.973/14 EXAUSTÃO ACUMULADA
Art. 37, §3o., Inc. I, Lei
SUBCONTA MAIS VALIA ANTERIOR - 12.973/14, ou Art. 39, §1o., Inc. PARTICIPAÇÃO SOCIETARIA
80 ESTÁGIOS I, Lei 12.973/14 NO PAÍS
Art. 37, §3o., Inc. I, Lei
SUBCONTA MENOS VALIA ANTERIOR - 12.973/14, ou Art. 39, §1o., Inc. PARTICIPAÇÃO SOCIETARIA
81 ESTÁGIOS I, Lei 12.973/14 NO PAÍS
Art. 37, §3o., Inc. I, Lei
SUBCONTA GOODWILL ANTERIOR - 12.973/14, ou Art. 39, §1o., Inc. PARTICIPAÇÃO SOCIETARIA
82 ESTÁGIOS I, Lei 12.973/14 NO PAÍS
Art. 37, §3o., Inc. II, Lei
SUBCONTA VARIAÇÃO MAIS VALIA 12.973/14 ou Art. 39, §1o., Inc. PARTICIPAÇÃO SOCIETARIA
84 ANTERIOR - ESTÁGIOS II, Lei 12.973/14 NO PAÍS
Art. 37, §3o., Inc. II, Lei
SUBCONTA VARIAÇÃO MENOS VALIA 12.973/14 ou Art. 39, §1o., Inc. PARTICIPAÇÃO SOCIETARIA
85 ANTERIOR - ESTÁGIOS II, Lei 12.973/14 NO PAÍS
Art. 37, §3o., Inc. II, Lei
SUBCONTA VARIAÇÃO GOODWILL 12.973/14 ou Art. 39, §1o., Inc. PARTICIPAÇÃO SOCIETARIA
86 ANTERIOR - ESTÁGIOS II, Lei 12.973/14 NO PAÍS
SUBCONTA ADOÇÃO INICIAL - VINCULADA
90 ATIVO/PASSIVO Arts. 66 e 67, Lei 12.973/14 ATIVO OU PASSIVO
SUBCONTA ADOÇÃO INICIAL -
91 DEPRECIAÇÃO ACUMULADA Arts. 66 e 67, Lei 12.973/14 DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
SUBCONTA ADOÇÃO INICIAL - AMORTIZAÇÃO
92 AMORTIZAÇÃO ACUMULADA Arts. 66 e 67, Lei 12.973/14 ACUMULADA
SUBCONTA ADOÇÃO INICIAL - EXAUSTÃO
93 ACUMULADA Arts. 66 e 67, Lei 12.973/14 EXAUSTÃO ACUMULADA

Fundamentação Legal: Lei nº 12.973/14; Instrução Normativa RFB nº 1.700/17; Ato


Declaratório Cofis nº 83/18 – Manual da ECD.

2.9. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


O artigo 1.184 do Código Civil (Lei 10.406/02), em seu parágrafo 2º, determina
que deve ser lançado no Livro Diário o Balanço Patrimonial e a Demonstração do
Resultado do Exercício, devendo ambos serem assinados por contabilista legalmente
habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.

Com isso, para fins da Escrituração Contábil Digital o Balanço Patrimonial e a


Demonstração do Resultado do Exercício se tornam obrigatórios e devem constar,
respectivamente, no registro J100 e J150 do leiaute da ECD.

Porém, cabe destacar que outros órgãos e regulamentações poderão exigir


demonstrações contábeis e financeiras específicas. Nesta situação será também
obrigatório o registro de tais demonstrações no Livro Diário, através do registro J210 no
caso de DLPA e DMPL, e no registro J800 no caso das demais demonstrações. O
registro J800 conforme leiaute da ECD, foi criado para recepcionar informações que
devam constar no livro, tais como: outras demonstrações contábeis, pareceres, notas
explicativas, relatórios, etc.

Salienta-se que os registros J210 e J800, para fins do PVA SPED Contábil, são
facultativos. Porém, o fato de ser opcional para fins de validações, não significa que
simplesmente estes registros não devam ser preenchidos. Com isto, cabe ao contador
determinar se a pessoa jurídica está ou não obrigada à apresentação de outras
demonstrações contábeis e financeiras.

NOTA JMM! O item 13 da ITG 2.000 determina que as demonstrações


contábeis devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as assinaturas do
titular ou de representante legal da entidade e do profissional da contabilidade
legalmente habilitado.

2.9.1. SOCIEDADES ANÔNIMAS

Conforme disciplinam os artigos 176 e 177 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro


de 1976, com alterações da Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, as Sociedades
Anônimas ao fim de cada exercício social deverão elaborar com base na escrituração
mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir
com clareza a situação do patrimônio e as mutações ocorridas no exercício:

I- balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV - demonstração dos fluxos de caixa; e
V- se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

NOTA JMM! A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do


balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à
elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos
valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos


saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1
(um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de
designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".

As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a


proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela
assembleia-geral.

As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros


analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação
patrimonial e dos resultados do exercício.

A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com


obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de
contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis
uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de
competência.

As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as


normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.

2.9.2. SOCIEDADES DE GRANDE PORTE

O artigo 3º da Lei 11.638/07 determina que se aplique às sociedades de grande


porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições da
Lei 6.404/76, sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras.

Considera-se de grande porte a sociedade ou conjunto de sociedades sob


controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$
240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a
R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).

2.9.3. PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

As pequenas e médias empresas (PMEs) enquadradas na NBC TG 1000,


aprovada pela Resolução CFC 1.255/09, deverão apresentar o conjunto completo de
demonstrações contábeis da entidade, que deverá incluir todas as seguintes
demonstrações:

a) balanço patrimonial ao final do período;


b) demonstração do resultado do período de divulgação;
c) demonstração do resultado abrangente do período de divulgação. A
demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em quadro
demonstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimônio líquido. A
demonstração do resultado abrangente, quando apresentada separadamente,
começa com o resultado do período e se completa com os itens dos outros
resultados abrangentes;
d) demonstração das mutações do patrimônio líquido para o período de divulgação;
e) demonstração dos fluxos de caixa para o período de divulgação;
f) notas explicativas, compreendendo o resumo das políticas contábeis
significativas e outras informações explanatórias.

Se as únicas alterações no patrimônio líquido durante os períodos para os quais


as demonstrações contábeis são apresentadas derivarem do resultado, de distribuição de
lucro, de correção de erros de períodos anteriores e de mudanças de políticas contábeis,
a entidade pode apresentar uma única demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados
no lugar da demonstração do resultado abrangente e da demonstração das mutações do
patrimônio líquido.

Se a entidade não possui nenhum item de outro resultado abrangente em nenhum


dos períodos para os quais as demonstrações contábeis são apresentadas, ela pode
apresentar apenas a demonstração do resultado.

Um conjunto completo de demonstrações contábeis requer que a entidade


apresente, no mínimo, duas demonstrações de cada uma das demonstrações exigidas, de
forma comparativa, e as notas explicativas correspondentes.

2.9.4. MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (ME e EPP) poderão adotar os


critérios e procedimentos simplificados previstos na Resolução CFC 1.418/12.

Entende-se como “Microempresa e Empresa de Pequeno Porte” a sociedade


empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o
empresário a que se refere o Art. 966 da Lei n.º 10.406/02, que tenha auferido, no ano
calendário anterior, receita bruta anual até os limites previstos nos incisos I e II do Art.
3º da Lei Complementar nº 123/06, ou seja:

I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta


igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e

II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário,


receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual
ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

Desta forma, as MEs e EPPs, que adotarem a Resolução CFC 1.418/12, ficarão
obrigadas a apresentação, ao final de cada exercício social, das seguintes
demonstrações:

a) Balanço Patrimonial;
b) Demonstração do Resultado; e
c) Notas Explicativas.

NOTA JMM! A Demonstração dos Fluxos de Caixa, a Demonstração do


Resultado Abrangente e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, apesar
de não serem obrigatórias para as entidades alcançadas por esta Interpretação, é
estimulada pelo Conselho Federal de Contabilidade.

As Demonstrações Contábeis devem ser identificadas, no mínimo, com as


seguintes informações:

(a) a denominação da entidade;

(b) a data de encerramento do período de divulgação e o período coberto; e

(c) a apresentação dos valores do período encerrado na primeira coluna e na


segunda, dos valores do período anterior.

Desta forma, as MEs e EPPs podem apresentar apenas Balanço Patrimonial,


Demonstração do Resultado e Notas Explicativas, porém, não estão dispensadas de
apresentar estas demonstrações de forma comparativa, no mínimo ao período
imediatamente anterior.

2.9.5. ENTIDADES IMUNES OU ISENTAS

As entidades Imunes ou Isentas do Imposto de Renda, conhecidas como entidades


sem finalidade de lucros, sujeitam-se a Resolução CFC 1.409, de 21 de setembro de
2012, que aprovou a ITG 2002.

As demonstrações contábeis, que devem ser elaboradas por entidades sem


finalidade de lucros, são:

- o Balanço Patrimonial;

- a Demonstração do Resultado do Período;

- a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;

- a Demonstração dos Fluxos de Caixa;

- e as Notas Explicativas conforme previsto na NBC TG 26 ou na Seção 3 da


NBC TG 1000, quando aplicável.

No Balanço Patrimonial, a denominação da conta Capital deve ser substituída por


Patrimônio Social, integrante do grupo Patrimônio Líquido. No Balanço Patrimonial e
nas Demonstrações do Resultado do Período, das Mutações do Patrimônio Líquido e
dos Fluxos de Caixa, as palavras lucro ou prejuízo devem ser substituídas por superávit
ou déficit do período, respectivamente.
Perguntas Frequentes do Portal SPED – RFB
18. Demonstrações Contábeis – Obs: extraído em 2011 – não está mais disponível no site
OBRIGATORIEDADE
Segundo o Código Civil, o Balanço e a Demonstração do Resultado Econômico elaboradas no
encerramento do exercício social devem ser transcritos no Diário. Outras normas estabelecem prazos
diferentes. O Banco Central, por exemplo, estabelece que as demonstrações são semestrais.
Como a escrituração contábil digital pode ser mensal, pode ocorrer de a empresa não ter elaborado as
demonstrações naquele mês. Além disso, o Sped não tem como saber a data do encerramento de exercício
social. Estes aspectos impossibilitam estabelecer, no Programa Validador e Assinador, a obrigatoriedade
de tais registros.
Assim, as demonstrações são obrigatórias, mas podem não estar no livro, quando ele não contenha a data
a que se referem.
APURAÇÃO TRIMESTRAL DO IRPJ
A legislação do imposto de renda determina que as demonstrações devam ser elaboradas (e transcritas na
escrituração) na data da ocorrência do fato gerador. Assim, se a apuração for trimestral, elas também
serão trimestrais.
Respeitados os limites de 1GB, o mesmo livro pode conter várias demonstrações, desde que o período
seja distinto. Assim, um mesmo livro pode conter 4 demonstrações trimestrais, 2 semestrais e uma anual.
* Atualmente esse limite é de 5GB.
VALIDAÇÕES
1. Saldos X Demonstrações
Pelos registros I052 (não obrigatórios) é feita uma correlação entre as linhas das demonstrações contábeis
(J100 e J150) com as contas analíticas do Plano de Contas (I050).
O Programa Validador e Assinador - PVA do Sped Contábil totaliza os registros de saldos periódicos
(I155), na data do balanço, com base no código de aglutinação. O valor assim obtido é confrontado com
as informações constantes do balanço (J100). O mesmo procedimento é adotado para conferência dos
valores lançados na Demonstração do Resultado do Exercício (J150), mas valores totalizados são obtidos
dos registros de "saldo das contas de resultado antes do encerramento" (I355). Havendo divergência, é
emitida uma advertência. Cabe ao titular da escrituração verificar se a advertência corresponde a um erro
e se deve fazer alguma correção na ECD.
2.Totais e subtotais
O PVA “tenta” verificar o cálculo de totais e subtotais. Estruturas de demonstrações onde as totalizações
são feitas forma ora para “cima” e ora para “baixo”, ou onde as linhas analíticas têm níveis variados,
podem gerar advertência. Cabe ao usuário verificar se as advertências representam ou não um erro.
FORMA
As demonstrações contábeis serão exibidas na mesma ordem em que as linhas foram inseridas no arquivo.
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS
São as demonstrações de empresas distintas, mas que, por força da legislação, devam ser apresentadas de
forma consolidada. Não confunda com a consolidação de resultados de filiais, quando for adotada a
escrituração descentralizada.

2.10. EXPORTAR DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A partir da publicação do Manual de Orientação do Leiaute 7 da ECD, através


do Ato Declaratório Executivo Cofis no 83/2018, foi criada a opção "Exportar
Demonstrações", no menu "Escrituração" do PGE da ECD, para exportação das
demonstrações contábeis, a semelhança da funcionalidade "Exportar Arquivo". O
arquivo das demonstrações será composto pelos seguintes registros:

• Registro 0000;

• Registros 0001, 0020, 0035 e 0990;

• Registros I001, I010, I030 e I990;

• Todos os registros do bloco J; e

• Registros 9001, 9900 (somente dos registros elencados), 9990, 9999.

2.11. TRANSMISSÃO E VALIDAÇÃO

A ECD deverá ser transmitida ao SPED independente de solicitação por parte da


autoridade fazendária, diferentemente do que ocorre com o arquivo SINCO (Instrução
Normativa SRF n° 86/01).

A ECD somente será considerada válida após a sua transmissão e confirmação


de recebimento pelo Sistema Público de Escrituração Digital. Portanto, não basta gerar
o arquivo e validá-lo no PGE do SPED Contábil, é necessário transmitir o arquivo ao
SPED.

O arquivo em formato TXT gerado através do software contábil da empresa


deverá ser submetido ao Programa Gerador de Escrituração (PGE - SPED Contábil). O
PGE está disponível gratuitamente no Portal do SPED, no endereço eletrônico
<http://www1.receita.fazenda.gov.br>, contendo, no mínimo, as seguintes
funcionalidades:

I - criação e edição;
II - importação;
III - validação;
IV - assinatura;
V - visualização;
VI - transmissão para o Sped; e
VII - recuperação do recibo de transmissão.

As regras de validação estão previstas atualmente no Manual de Orientação do


Leiaute da ECD instituído pela publicação do Ato Declaratório Executivo Cofis nº
79/20.

As validações são executadas em três blocos. O segundo bloco só é realizado se


não forem encontrados erros na execução do primeiro bloco. De forma semelhante, o
terceiro bloco só será realizado se o arquivo passar nas validações do segundo bloco.
Assim, depois de consertados os erros identificados no primeiro conjunto de regras,
podem aparecer erros que não foram listados na primeira validação e assim por diante.
O PVA do Sped Contábil realiza as seguintes verificações:

1. Validade dos certificados digitais utilizados nas assinaturas do livro e do


requerimento;

2. Verificação de repetição de número de outro livro já enviado (com exceção


dos substituídos e dos indeferidos);

3. Sobreposição do período em relação a outra ECD já enviada; e

4. Integridade da transmissão.

As validações de certificado são normalmente realizadas pelo Receitanet.

Durante a transmissão do arquivo da escrituração contábil deverá ser verificado


se o arquivo da escrituração já foi enviado anteriormente. Para tanto devem ser
considerados os seguintes dados que combinados tornam uma escrituração contábil
única:

1. CNPJ;
2. Forma de Escrituração Contábil;
3. Número do livro; e
4. Natureza do livro (somente será considerado para formação da identificação
única se a forma da escrituração for Auxiliar(A) ou Razão Auxiliar(Z)).

Se for identificada alguma escrituração já enviada anteriormente com os dados


acima, o sistema deverá verificar ainda:

1. Situação da escrituração; e
2. Hash da escrituração.

Manual de Orientação do Leiaute da ECD


1.8. Hash do livro
Ao ler o arquivo para a validação, o PGE do Sped Contábil calcula o hash do arquivo. O hash não tem
letra "O" (é sempre o número ZERO (0)), pois é formado por um código hexadecimal (números de 0 a 9 e
letras de A a F).

Se o livro digital estiver validado, o hash do arquivo pode ser obtido utilizando o menu "Escrituração >
Dados da Escrituração". Despreze os separadores e o dígito verificador para transcrever o hash em
quaisquer campos do arquivo.

Caso a situação da escrituração já enviada seja “indeferida” e o hash seja


diferente da escrituração a ser transmitida, o sistema não deverá considerar uma
escrituração duplicada, e deverá permitir a transmissão da escrituração. Caso contrário,
a escrituração será considerada duplicada.

Durante a transmissão do arquivo da escrituração contábil deverá ser verificado


se o arquivo não está sobrepondo o período de outro que já foi enviado anteriormente.
Para tanto devem ser considerados os seguintes dados que combinados criam a
identificação única da escrituração contábil por período:
1. CNPJ;
2. Forma de Escrituração Contábil; e
3. Natureza do livro (somente será considerado para formação da identificação
única se a forma da escrituração for Auxiliar(A) ou Razão Auxiliar(Z)).

Se o período da escrituração não estiver sobreposto não é necessário fazer


nenhuma validação relativa a equivalência de formas da escrituração. Contudo,
considerando que o período de duas escriturações esteja sobreposto é necessário fazer a
validação da equivalência de formas da escrituração.

NOTA JMM! A validação do arquivo que contém a ECD não é garantia da


fidedignidade das informações ali contidas. É indispensável que essas informações
reflitam a realidade da empresa. Portanto, além de atender as regras estabelecidas pela
Receita Federal, o contribuinte deve atender às normas da legislação comercial e
contábil.

As inconsistências encontradas nos arquivos são classificadas em dois tipos:

- “Erro” permite que apenas a funcionalidade de “Importação/Validação” seja


executada.

- “Aviso” não impede a execução das demais funcionalidades.

Portanto, erros impedem a continuidade dos trabalhos e os avisos não impedem.


No caso de aviso, cabe à entidade avaliar se ela é ou não um erro. A análise deverá ser
efetuada pelo contador em conjunto com o profissional de TI responsável pelo software
contábil, uma vez que os erros acusados poderão ter relação com a forma de
contabilização.

2.12. TERMOS DE ABERTURA E ENCERRAMENTO

Conforme dispõe a Instrução Normativa DREI nº 11/13, os instrumentos de


escrituração dos empresários e das sociedades empresária, inclusive livros digitais,
conterão termos de abertura e de encerramento, os quais indicarão:

A - Termo de Abertura:

a) o nome empresarial do empresário ou da sociedade empresária a que


pertença o instrumento de escrituração;
b) o Número de Identificação do Registro de Empresas - NIRE e a data do
arquivamento dos atos constitutivos ou do ato de conversão de sociedade
simples em sociedade empresária pela Junta Comercial;
c) o município da sede ou filial;
d) a finalidade a que se destina o instrumento de escrituração (denominação do
livro);
e) o número de ordem do instrumento de escrituração;
f) a quantidade de registros;
g) o número da inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ,
administrado pela Receita Federal do Brasil; e
h) data de encerramento do exercício social.

B - Termo de Encerramento:

a) o nome da entidade a que pertença o instrumento de escrituração;


b) o fim a que se destinou o instrumento escriturado (denominação do livro);
c) o período a que se refere a escrituração;
d) o número de ordem do instrumento de escrituração;
e) a quantidade de registros; e
f) a quantidade de registros, se livro digital.

NOTA JMM! Entrará em vigor no dia 21/06/2021 a IN DNRC nº 82/21, que revogará a
IN DNRC nº 11/13.

Os Termos de Abertura e de Encerramento serão datados e assinados pelo


empresário, administrador de sociedade empresária ou procurador e por contabilista
legalmente habilitado, com indicação do número de sua inscrição no Conselho Regional
de Contabilidade - CRC e dos nomes completos dos signatários e das respectivas
funções.

Em relação ao contabilista, a Instrução Normativa DREI 011/13 prevê que não


havendo profissional habilitado na localidade onde se situa a sede do empresário ou da
sociedade empresária ou a filial, os Termos de Abertura e de Encerramento serão
assinados apenas pelo empresário, administrador de sociedade empresária ou procurador
(art. 1.182 do Código Civil de 2002 c/c parágrafo único do art. 7º do Decreto nº 64.567,
de 1969).

NOTA JMM! Essa previsão citada no parágrafo anterior foi retirada com a publicação
da IN DNRC nº 82/21.

Essa alternativa, de ausência de assinatura do contabilista responsável não se


aplica aos livros digitais, onde a inserção é obrigatória.

Registro I030: Termo de Abertura do Livro


NUM_ORD: número de ordem do instrumento de escrituração.
É o número do livro. A numeração dos livros é sequencial, por tipo de livro, independentemente de sua
forma (em papel, fichas, microfichas ou digital). Assim, se o livro anterior, em papel, é o 50, o próximo
(digital ou não) é o 51.
Os livros Diários (G e R) devem ter a mesma sequência numérica.
Os Diários Auxiliares devem ter numeração própria, sequencial, por espécie, assim como o livro Razão
Auxiliar. Assim, se foram utilizados "Diário Auxiliar de Fornecedores" e "Diário Auxiliar de Clientes",
cada um terá uma sequência distinta.
NAT_LIVR: natureza do livro; finalidade a que se destina o instrumento de escrituração
Corresponde à denominação do livro (nome do livro).
Normalmente, os livros G e R recebem o mesmo nome, sendo os mais comuns “Diário” e “Diário
Geral”.
Os nomes mais comuns de livros auxiliares são: “Diário Auxiliar de .....”, “Razão Auxiliar de .....”,
“Livro Caixa” ou “Livro de Inventário”.

2.13. CERTIFICAÇÃO DIGITAL

Segundo o Manual da ECD, publicado através do Ato Declaratório Executivo Cofis nº


79/20, uma ECD ORIGINAL deve ter, pelo menos, duas assinaturas:

(1) uma do e-CPF correspondente ao profissional contábil (código de assinante


900); e

(2) outra que deve ser indicada como responsável pela assinatura da ECD,
podendo ser um e-CNPJ (com código de assinante igual a 001, exclusivo de PJ)
ou um e-CPF ligado a um outro código de assinante qualquer (com exceção dos
códigos dos profissionais contábeis 900, 910 e 920).

NOTA JMM! Todos os certificados assinantes de uma ECD podem ser A1 ou A3.

Toda ECD deve ser assinada, independentemente das outras assinaturas, por um
contador/contabilista e por um responsável pela assinatura da ECD.

O responsável pela assinatura da ECD é indicado pelo próprio declarante, utilizando


campo específico. Só pode haver a indicação de um responsável pela assinatura da
ECD. O responsável pela assinatura da ECD pode ser:

- Um e-CNPJ que coincida com o CNPJ do declarante (CNPJ básico, oito


primeiras posições). Esta é a situação recomendada. As opções abaixo só devem
ser utilizadas se essa situação se mostrar problemática do ponto de vista
operacional (por exemplo, o declarante não tem e-CNPJ e não consegue
providenciar um em tempo hábil para a entrega da ECD).

- Um e-CNPJ que não coincida com o CNPJ do declarante (CNPJ básico, oito
primeiras posições). Nesse caso o CNPJ será validado nos sistemas da RFB e
deverá corresponder ao procurador eletrônico do declarante perante a RFB.

- Um e-CPF. Nesse caso o CPF será validado nos sistemas da RFB e deverá
corresponder ao representante legal ou ao procurador eletrônico do declarante
perante a RFB.

Importante! A assinatura do responsável pela assinatura da ECD nas condições


anteriores (notadamente por representante legal ou procurador eletrônico perante a
RFB) não exime a assinatura da ECD por todos aqueles obrigados à assinatura da
contabilidade do declarante por força do Contrato Social, seus aditivos e demais atos
pertinentes, sob pena de tornar a contabilidade formalmente inválida e mesmo
inadequada para fins específicos, conforme as normas próprias e o critério de
autoridades ou partes interessadas que demandam a contabilidade.

Outras informações sobre a assinatura da ECD por e-PJ ou e-CNPJ:

- A assinatura por e-CNPJ não é obrigatória, mas se realizada só pode ocorrer


uma vez.

- Há um novo código de assinante na Tabela de Qualificação do Assinante – que


é o 001 – signatário da ECD com e-CNPJ ou e-PJ. Esse código é utilizado
exclusivamente pela assinatura por e-CNPJ.

- A assinatura por e-CNPJ pode ser aquela escolhida pelo declarante como o
responsável pela assinatura da ECD, mas isso não é obrigatório.

Código Descrição 1
001 Pessoa Jurídica (e-CNPJ ou e-PJ)
203 Diretor
204 Conselheiro de Administração
205 Administrador
206 Administrador do Grupo
207 Administrador de Sociedade Filiada
220 Administrador Judicial – Pessoa Física
222 Administrador Judicial – Pessoa Jurídica - Profissional Responsável
223 Administrador Judicial/Gestor
226 Gestor Judicial
309 Procurador
312 Inventariante
313 Liquidante
315 Interventor
801 Empresário
900 Contador/Contabilista
910 Contador Responsável Pelo Termo de Verificação para Fins de Substituição da ECD

920 Auditor Independente Responsável pelo Termo de Verificação para Fins de Substituição da ECD

999 Outros

Além da assinatura do responsável pela assinatura da ECD (pessoas física ou jurídica) e


do certificado e-PF ou e-CPF do contador/contabilista, pode haver qualquer número de
assinaturas.
A assinatura do responsável pela assinatura da ECD pode ter qualquer código de
qualificação do assinante, com exceção dos códigos dos profissionais contábeis 900,
910 e 920.

NOTA JMM! Com a publicação do leiaute 7 da ECD, através do Ato Declaratório


Executivo Cofis nº 83/2018, a partir do ano-calendário 2018, foi criado o registro J932
que identificará os signatários do termo de verificação (no caso de livro substituto). Para
os signatários da escrituração ORIGINAL permanece o registro J930.

Fundamentação Legal: IN RFB nº 2.003/21; IN RFB nº 1.774/17; Art. 1.177 da Lei nº


10.406/02 – Código Civil, Manual da ECD; Ato Declaratório Executivo Cofis nº 79/20.

2.13.1. QUANTIDADE DE LIVROS POR ARQUIVO E PERIODICIDADE

O arquivo da ECD sempre corresponde a um livro, ou seja, não é possível que


um arquivo contenha mais de um livro. Além disso, regra geral, a ECD será entregue
em apenas um arquivo correspondente a todo o ano-calendário.

Contudo, há algumas exceções, como por exemplo a escrituração resumida com


livros auxiliares. Nessa situação, a escrituração poderá conter mais de um livro por ano-
calendário e, consequentemente, mais de um arquivo, tendo em vista que haverá o livro
principal (escrituração resumida) e um ou mais livros auxiliares.

Há também o caso de o arquivo de um mês ultrapassar 5 GB (gigabyte), situação


em que a escrituração pode ser entregue em arquivos mensais (12 arquivos por ano).

Como regra geral, o livro é mensal. Podendo conter mais de um mês se não
ultrapassar 5 GB (Gigabyte). Ou seja, sendo de um único mês, não existe limite de
tamanho.

Os períodos de escrituração do livro principal e dos livros auxiliares devem


coincidir. Portanto, se a escrituração possui um livro principal e um livro auxiliar e, em
virtude do tamanho, o livro principal é fracionado em 12 livros mensais, o livro auxiliar
também deverá ser dividido em 12 livros mensais, seguindo os períodos adotados no
livro principal.

Existem outros limites:

a) todos os meses devem estar contidos no mesmo ano;


b) não deve conter fração de mês (exceto nos casos de início de atividade, cisão
parcial ou total, fusão, incorporação ou extinção).
c) havendo mais de um mês, não pode haver descontinuidade na sequência de
meses.

Para as situações especiais de cisão parcial ou incorporação (se incorporadora)


serão geradas duas escriturações:

❖ Escrituração 1: Do início do ano-calendário (ou data posterior, caso o


contribuinte tenha iniciado suas atividades no próprio ano-calendário) até a
data da situação especial. No caso de cisão, será informado o código “1”
(Cisão) no campo indicador de situação especial do registro 0000. No caso de
incorporação, será informado o código “3’ (Incorporação) no campo indicador
de situação especial do registro 0000. O campo indicador de situação no início
do período do registro 0000 será preenchido com o código “0” (Normal).

❖ Escrituração 2: Da data da situação especial até o final do ano-calendário.


Neste arquivo, não há situação especial a ser informada. O campo indicador de
situação especial não será preenchido (deixar em branco). Por outro lado, o
campo indicador de situação no início do período será preenchido com o código
“2” (resultante de cisão/fusão ou remanescente de cisão, ou realizou
incorporação).

Caso a situação especial ocasione a extinção da pessoa jurídica (incorporação,


no caso de incorporada, ou cisão total ou fusão) só haverá escrituração do início do ano-
calendário (ou data posterior, caso o contribuinte tenha iniciado suas atividades do
próprio ano-calendário) até a data da situação especial.

Exemplo: Uma empresa iniciou atividades em 15/03/2020. Ocorreu um evento


de cisão em 28/06/2020 e a empresa prosseguiu as atividades (cisão parcial). Portanto,
neste caso, duas escriturações devem ser entregues:

❖ Escrituração 1: De 15/03/2020 até 28/06/2020 (A data limite para a entrega


será o último dia útil do mês de julho de 2020). O campo indicador de situação
especial do registro 0000 será preenchido com o código “1” (Cisão) e o campo
indicador de situação no início do período será preenchido com “1” (Abertura).

❖ Escrituração 2: De 29/06/2020 a 31/12/2020 (A data limite para a entrega será


o último dia útil do mês de maio de 2021). O campo indicador de situação
especial do registro 0000 não será preenchido (deixar em branco) e o campo
indicador de situação no início do período será preenchido com “2” (Resultante
de cisão).

A exceção, para esses casos (cisão parcial ou incorporação, quando é


incorporadora), ocorre se a data da situação especial ocorrer no último dia do ano. Nesse
caso, será gerada apenas uma escrituração, com data de 01/01 a 31/12 e situação
especial informada em 31/12.

Exemplo: Uma empresa iniciou atividades em 15/03/2020. Ocorreu um evento


de cisão em 31/12/2020 e a empresa prosseguiu as atividades (cisão parcial). Neste
caso:

❖ Uma escrituração deve ser entregue: de 15/03/2020 até 31/12/2020 (A data


limite para a entrega será o último dia útil do mês de janeiro de 2021). O campo
indicador de situação especial do registro 0000 será preenchido com o código
“1” (Cisão) e o campo indicador de situação no início do período será
preenchido com “1” (Abertura).

Caso a situação especial ocasione a extinção da pessoa jurídica (incorporação,


no caso de incorporada, ou cisão total ou fusão) só haverá escrituração do início do ano-
calendário (ou data posterior, caso o contribuinte tenha iniciado suas atividades do
próprio ano-calendário) até a data da situação especial.

Exemplo: Uma empresa iniciou atividades em 15/03/2020. Ocorreu um evento


de fusão em 28/06/2020.

Uma escrituração deve ser entregue: de 15/03/2020 até 28/06/2020 (A data limite para a
entrega será o último dia útil do mês de julho de 2019). O campo indicador de situação
especial do registro 0000 será preenchido com o código “2” (Fusão) e o campo
indicador de situação no início do período será preenchido com “1” (Abertura).

Havendo mais de um mês, não pode haver descontinuidade na sequência de


meses. Portanto, uma escrituração de janeiro a maio, não pode deixar de informar o mês
de fevereiro, por exemplo.

APURAÇÃO TRIMESTRAL DO IRPJ: Respeitados os limites acima descritos, ainda que a


apuração do IRPJ seja trimestral, o livro pode ser anual. A legislação do IRPJ obriga a elaboração e
transcrição das demonstrações na data do fato gerador do tributo. Nada impede que, no mesmo livro,
existam quatro conjuntos de demonstrações trimestrais e a anual.

MUDANÇA DE CONTADOR NO MEIO DO PERÍODO: Respeitados os limites acima, o período


da escrituração pode ser fracionado para que cada contabilista assine o período pelo qual é responsável
técnico.

MUDANÇA DE PLANO DE CONTAS DA EMPRESA NO MEIO DO PERÍODO: Respeitados


os limites acima, o período da escrituração pode ser fracionado para que cada plano contas
corresponda a um período.

ESCRITURAÇÃO DESCENTRALIZADA: É facultada a descentralização de escrituração contábil


digital (ECD), devendo a matriz incorporar na sua escrituração, ao final de cada mês, os resultados de
cada filial. Portanto, no caso de a empresa adotar a contabilidade descentralizada haverá o envio de
arquivos (livros digitais) para as filiais e arquivos para a matriz.

TRANSFORMAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE SEDE: Com a publicação do Decreto nº 8.683/16,


a transformação e a transferência de sede deixaram de ser consideradas como situações especiais.
Portanto, nos casos de transformação ou transferência de sede, as pessoas jurídicas deverão entregar
um arquivo único da ECD, com as informações válidas no último dia do período a que se refere a
escrituração. Ademais, o campo “IND_SIT_ESP” (Indicador de situação especial) do registro 0000
não deve ser preenchido.

2.13.2. IMPRESSÃO

São formas alternativas de escrituração: em papel, em fichas ou digital. Assim,


elas não podem coexistir em relação ao mesmo período. Ou seja, não podem existir, ao
mesmo tempo, dois livros diários em relação ao mesmo período, sendo um digital e
outro impresso.

De acordo com o ITG 2000 – Escrituração Contábil –, em caso de escrituração


contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e encadernação em forma
de livro, porém o arquivo magnético autenticado pelo sistema/registro público
competente deve ser mantido pela entidade.

Em resumo, os livros digitais não precisam ser impressos.

2.14. AUTENTICAÇÃO

Com a publicação do Decreto nº 8.683/16, no DOU de 26/02/2016, foi alterado o


Decreto nº 1.800/96, o qual dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e
Atividades Afins.

Com a alteração, ficou previsto que a autenticação de livros contábeis das


empresas poderá ser feita por meio do Sistema Público de Escrituração Digital - SPED,
de que trata o Decreto nº 6.022/07, mediante a apresentação de escrituração contábil
digital, e que a autenticação será comprovada pelo recibo de entrega emitido pelo
SPED.

Com isso, a partir de 26/02/2016 fica dispensada a autenticação pelas Juntas


Comerciais de que trata o art. 39 da Lei nº 8.934/94, nos termos do art. 39-A da referida
Lei.

Salienta-se que, com a publicação do Decreto nº 8.683/16, serão considerados


autenticados os livros contábeis transmitidos pelas empresas ao Sistema Público de
Escrituração Digital - SPED, até a data de 26/02/2016 (data da publicação do Decreto),
ainda que não analisados pela Junta Comercial, mediante a apresentação da escrituração
contábil digital. Isto não se aplica aos livros contábeis digitais das empresas
transmitidos ao SPED quando tiver havido indeferimento ou solicitação de providências
pelas Juntas Comerciais até a data de 26/02/2016.

Portanto, resumindo as informações:

1 - ECD de empresas transmitidas após 25 de fevereiro de 2016: Autenticadas


no momento da transmissão.

2 - ECD de empresas transmitidas até 25 de fevereiro de 2016: Autenticadas no


momento da transmissão, exceto se estiverem "sob exigência" ou "indeferidas".
No caso de estarem "sob exigência", devem ser sanadas as exigências e deve ser
transmitida a ECD substituta.

3 - O recibo de transmissão é o comprovante da autenticação.

Além da alteração quanto a autenticação de livros perante as Juntas Comerciais,


houve alteração também para PJs registradas em Cartórios, com a publicação do
Decreto no 9.555/2018.
De acordo com o Decreto no 9.555/2018 a autenticação da ECD, para pessoas
jurídicas não sujeitas ao Registro do Comércio, será automática, no momento da
transmissão do arquivo ao Sped e essa autenticação dispensa qualquer outra forma de
autenticação. O comprovante da autenticação é o próprio recibo de transmissão.

Consolidando as informações:

Decreto no 8.683/2016 Decreto no 9.555/2018

1. Pessoas jurídicas sujeitas ao Registro do 1. Pessoas jurídicas não sujeitas ao Registro do


Comércio. Comércio.

2. ECD de pessoas jurídicas transmitidas após 25 2. ECD de pessoas jurídicas transmitidas após 7 de
de fevereiro de 2016: Autenticadas no momento da novembro de 2018: Autenticadas no momento da
transmissão. transmissão.

3. ECD de empresas transmitidas até 25 de 3. ECD de empresas transmitidas até 7 de


fevereiro de 2016: Consideradas autenticadas no novembro de 2017: Consideradas autenticadas no
momento da transmissão, exceto se estiverem "sob momento da transmissão, ainda que não analisadas
exigência" ou "indeferidas". No caso de estarem pelo órgão de registro, desde que apresentada a
"sob exigência", devem ser sanadas as exigências e ECD correspondente.
deve ser transmitida a ECD substituta.
4. O recibo de transmissão é o comprovante da
4. O recibo de transmissão é o comprovante da autenticação.
autenticação.

2.15. RETIFICAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE LIVRO

A retificação de lançamento feito com erro, em livro já autenticado, deverá ser


efetuada nos livros de escrituração do exercício em que foi constatada a sua ocorrência,
observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade, não podendo o livro já autenticado
ser substituído por outro, de mesmo número ou não, contendo a escrituração retificada.

A ITG 2.000 dispõe que a retificação de lançamento é o processo técnico de


correção de registro realizado com erro na escrituração contábil da entidade e pode ser
feito por meio de estorno, transferência e complementação. Em qualquer uma destas
hipóteses, o histórico do lançamento deve precisar o motivo da retificação, a data e a
localização do lançamento de origem.

Salienta-se que o estorno consiste em lançamento inverso àquele feito


erroneamente, anulando-o totalmente. Já o lançamento de transferência é aquele que
promove a regularização de conta indevidamente debitada ou creditada, por meio da
transposição do registro para a conta adequada. O lançamento de complementação
é aquele que vem posteriormente complementar, aumentando ou reduzindo o valor
anteriormente registrado.
Além de estar disciplinada pela norma contábil, a retificação de lançamentos
feitos com erro, também é mencionada no art. 16 da Instrução Normativa DREI nº
011/13:

Art. 16. A retificação de lançamento feito com erro, em livro já autenticado pela Junta
Comercial, deverá ser efetuada nos livros de escrituração do exercício em que foi constatada a
sua ocorrência, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade, não podendo o livro já
autenticado ser substituído por outro, de mesmo número ou não, contendo a escrituração
retificada.

Parágrafo Único: Erros contábeis deverão ser tratados conforme previsto pelas Normas
Brasileiras de Contabilidade.

NOTA JMM! Entrará em vigor no dia 21/06/2021 a IN DNRC nº 82/21, que revogará a
IN DNRC nº 11/13. NA IN DNRC nº 82/21, este dispositivo está previsto nos §§ 1º e 2º
do artigo 17.

Não confunda substituição do livro com recomposição da escrituração. O mesmo


ato normativo disciplina a recomposição da escrituração nos casos de extravio,
destruição ou deterioração:

Art. 34. Ocorrendo extravio, deterioração ou destruição de qualquer dos instrumentos de


escrituração, o empresário individual, a empresa individual de responsabilidade Ltda – Eireli, a
sociedade empresária, cooperativa, consórcio, grupo de sociedades fará publicar, em jornal de
grande circulação do local do estabelecimento, aviso concernente ao fato e deste fará minuciosa
informação, dentro de quarenta e oito hora à Junta Comercial de sua jurisdição.

§ 1o Recomposta a escrituração, o novo instrumento receberá o mesmo número de ordem do


substituído, devendo o Termo de Autenticação ressalvar, expressamente, a ocorrência
comunicada.

§ 2o A autenticação de novo instrumento de escrituração só será procedida após o cumprimento


do disposto no caput deste artigo.

§ 3o No caso de livro digital, enquanto for mantida uma via do instrumento objeto de extravio,
deterioração ou destruição no Sped, a Junta Comercial não autenticará livro substitutivo,
devendo o empresário ou sociedade obter reprodução do instrumento junto à administradora
daquele Sistema.

Além do exposto anteriormente, o Manual de Orientação do Leiaute da ECD


esclarece que em relação a ECD somente poderão ser substituídos os livros que
contenham erros que não possam ser corrigidos por meio de lançamentos
extemporâneos, nos termos das Normas Brasileiras de Contabilidade.

O Manual da ECD esclarece também, que o CTSC 03 – Relatório sobre a


Aplicação de Procedimentos Previamente Acordados referentes ao Termo de
Verificação para Fins de Substituição da ECD, dispõe em seus itens 2, 11, 12 e 13:

2. Nos termos do item 15 do CTG 2001, somente pode ser substituída,


depois de autenticada pelo SPED, a escrituração contábil em forma digital que
contenha erros que não possam ser corrigidos por meio de retificação de
lançamento contábil extemporâneo, conforme previsto nos itens 31 a 36 da ITG
2000 – Escrituração Contábil.
Os ajustes mais usuais que atendem à definição acima, isto é, que levam à
circunstância de substituição da ECD, no alcance do CTG 2001, são os
decorrentes de:
- ajustes no formato eletrônico das informações contábeis, sem alterações dos
saldos previamente publicados (por exemplo: erros no cadastro do plano de
contas);

- problemas na interface das informações (por exemplo: multiplicações


indevidas por troca de vírgula para ponto) do sistema contábil das empresas
para o Programa Validador e Assinador (PVA) da Escrituração Contábil
Digital (ECD); e

- abertura de subcontas exigidas pela Lei n.º 12.973/2014, desde que não altere
o saldo total da conta.
A lista acima não é exaustiva e os profissionais devem avaliar, individualmente,
as circunstâncias que demandam a substituição da ECD, desde que observados
os procedimentos definidos pelo CFC, anteriormente mencionados.

...

11. Nos termos do item 15 do CTG 2001, somente os erros que não possam
ser corrigidos por meio de lançamentos extemporâneos, como exemplificados no
item 2, podem ser corrigidos com a consequente substituição da ECD já
entregue.

12. Dessa forma, todos os demais casos de retificação de erros de períodos


anteriores, que demandarem alteração de saldos das demonstrações
contábeis devem ser efetuados contabilmente por meio de lançamento
extemporâneo, isto é, nos livros contábeis da entidade, o lançamento de
correção é registrado no ano corrente, como ajustes de exercícios anteriores,
em contrapartida ao Patrimônio Líquido, em consonância com o parágrafo 1º
do Art. 186 da Lei das S.A. Para fins de divulgação das demonstrações
contábeis, a reapresentação das cifras comparativas ocorre no primeiro
conjunto de demonstrações contábeis após a identificação do erro, nos termos
da NBC TG 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de
Erro.
13. Tratamento similar ao descrito no item 12, ou seja, ajustes em que
a ECD deve ser retificada por meio de lançamento extemporâneo, também deve
ser aplicado para as seguintes situações:

(a) identificação de erros materiais que demandem a


reemissão das demonstrações contábeis e sua reaprovação pelos órgãos de
governança e pelos acionistas;

(b) quando a finalização e aprovação das demonstrações contábeis ocorreram


em data posterior ao arquivamento da ECD com saldos diferentes.
Nos casos apresentados nos itens 12 e 13, por serem situações em que deve ser
feita a retificação por meio de lançamento extemporâneo, a substituição
da ECD não é permitida, e portanto não é necessária a assinatura eletrônica do
Termo de Verificação para Fins de Substituição da ECD por auditor
independente e, consequentemente, este comunicado não se aplica.

Destaca-se que para realizar a substituição, a entidade deverá preencher o


registro “J801 – Termo de Verificação Para Fins de Substituição da ECD”, detalhando
os erros que deram motivo à substituição, com as seguintes informações:

I – identificação da escrituração substituída;

II – descrição pormenorizada dos erros;

III – identificação clara e precisa dos registros que contenham os erros, exceto
quando
estes decorrerem de outro erro já discriminado;

IV – autorização expressa para acesso do Conselho Federal de Contabilidade a


informações pertinentes às modificações; e

V – descrição dos procedimentos pré-acordados executados pelos auditores


independentes, quando for o caso, e quando estes julgarem necessário.

O Termo de Verificação para Fins de Substituição deve ser assinado (os dados
dos assinantes serão preenchidos no registro J935):

I - pelo próprio profissional da contabilidade que assina os livros contábeis


substitutos; e

II - quando as demonstrações contábeis tenham sido auditadas por auditor


independente, pelo próprio profissional da contabilidade que assina os livros
contábeis substitutos e também pelo seu auditor independente.

A manifestação do profissional da contabilidade que não assina a escrituração se


restringe às modificações relatadas no Termo de Verificação para Fins de Substituição.

NOTA JMM! Só é admitida a substituição da ECD até o fim do prazo de entrega


relativo ao ano-calendário subsequente. Portanto. atualmente, só é possível a
substituição de ECD referente ao ano-calendário 2019, cuja data-limite de
substituição é 31/05/2021. As ECD referentes aos demais anos-calendário não
podem mais ser substituídas.

São nulas as alterações efetuadas em desacordo com as regras supramencionadas


ou com o Termo de Verificação para Fins de Substituição.

2.15.1. Retificação de Escrituração Contábil Fiscal (ECF) de um período no qual


não é mais permitida a substituição da ECD

Deve ser recuperada a ECD originalmente transmitida e, se houver necessidade,


fazer as alterações das contas e /ou valores recuperados da ECD nos blocos J (criação de
novas contas) e K (alteração de saldos de contas, respeitando as regras contábeis, como
por exemplo, somatórios dos saldos das contas de natureza devedora devem ser iguais
ao somatório dos saldos das contas de natureza credora, para determinado período).

Verifique as instruções de preenchimento dos blocos J (plano de contas) e K


(saldos das contas) da ECF no Manual da ECF referente ao leiaute a ser retificado,
disponível para download em http://sped.rfb.gov.br/pasta/show/1644.

Pode ser adotado o seguinte procedimento no programa da ECF:

– Importar o arquivo da ECF retificadora.

– Recuperar o arquivo da ECD ativo na base de dados do Sped.

– Importar somente os blocos J e K da ECF com as informações de contas e


saldos que não constam na ECD. Se for a partir do leiaute 5 da ECF, ano-
calendário 2018, será necessário preencher as justificativas para cada saldo
alterado, após a validação do programa da ECF (não é possível preencher as
justificativas antes).

2.15.2. Recuperação de ECD de período imediatamente anterior, que não pode


ser mais substituída, na ECD do período atual

No caso de recuperação da ECD anterior na ECD atual, a regra abaixo deve ser
cumprida:

Saldo Final da Conta no Período Imediatamente Anterior = Saldo Inicial da Conta no


período Atual.

Portanto uma conta/centro de custos no período atual da ECD deve começar com
o mesmo saldo que terminou no período imediatamente anterior. A partir do ano-
calendário 2020, há uma exceção para essa regra relativa às contas de resultado quando
a ECD posterior se refere ao exercício financeiro subsequente (usualmente, próximo
ano-calendário). Nesse caso, os saldos são verificados por conta contábil, não por conta
e centro de custo.

Se o saldo de alguma conta/centro de custos do período anterior está incorreto e


a ECD imediatamente anterior não pode mais ser substituída, deve ser recuperada a
ECD do período imediatamente anterior que foi transmitida para a base de dados do
Sped e está ativa, e atualizado o saldo da conta/centro de custos na ECD do período
atual por meio de lançamentos extemporâneos (registros I200/I250).

2.15.3. Roteiro prático para substituição do livro digital

Roteiro prático para substituição do livro digital (Para ECD com NIRE ou sem NIRE):
1. Se o arquivo é o que foi assinado, remova a assinatura. A assinatura é um conjunto de
caracteres "estranhos" que fica após o registro 9999. Basta apagar tudo que fica após tal
registro. Para fazer isso, edite a escrituração com algum editor de texto do tipo “Bloco
de Notas”.
2. No registro 0000, campo IND_FIN_ESC, defina que a ECD é “Substituta”.
3. No registro 0000, campo COD_HASH_SUB, identifique o HASH (código de 40
caracteres hexadecimais) da ECD a ser substituída.
4. Corrija as demais informações no próprio editor de texto do tipo “Bloco de Notas” ou
no PVA do Sped Contábil. Se for utilizar o PVA do Sped Contábil, importe o arquivo
sem assinatura para o PVA.
5. Valide o livro no PVA do Sped Contábil utilizando a funcionalidade
Arquivo/Escrituração Contábil/Validar Escrituração Contábil.
6. Assine.
7. Transmita.

Observações:

1 - Não há necessidade de substituição por conta de alteração cadastral, desde que o


último arquivo da ECD transmitido esteja com o cadastro atualizado. Os dados
cadastrais atualizados devem ser informados no momento da transmissão de um novo
arquivo da ECD.

2 – A substituição é sempre do mesmo CNPJ. Não é possível substituir uma ECD por
outra com CNPJ diferente.

Casos de substituições possíveis:

Original Substituta Observação


O Livro “G” transmitido é substituto do livro “G” original, deve informar o HASH do
G G livro “G” original e deve conter o registro J801 (Termo de Verificação para Fins de
Substituição da ECD).
Deve-se transmitir um dos livros auxiliares “A” ou “Z” do livro “R” como substituto
do livro “G” original, informando o HASH do livro “G” original, além do registro
G R
J801 (Termo de Verificação para Fins de Substituição da ECD). Os demais livros
devem ser enviados como originais, inclusive o próprio livro “R”.
O livro “R” transmitido é substituto do livro “R” original, deve informar o HASH do
livro “R” original e deve conter o registro J801 (Termo de Verificação para Fins de
Substituição da ECD).
R R
Observação: Caso haja substituição ou inclusão dos livros auxiliares, eles devem ser
substituídos ou incluídos (como originais) antes da substituição do livro “R”.
O livro “G” transmitido é substituto do livro “R” original, deve informar o HASH do
livro “G” original e deve conter o registro J801 (Termo de Verificação para Fins de
Substituição da ECD).

R G No momento da transmissão, o sistema demonstrará o livro “R” e todos os seus livros


auxiliares “A” ou “Z”, permitindo a substituição de todos os livros “R”, “A” ou “Z”
pelo livro “G”.

Observação: Caso só exista um livro “A” na base de dados do Sped, ou seja, houve a
transmissão do livro “A” e não foi transmitido o livro “R”, também é possível
substituir o livro “A” por um livro “G” adotando o mesmo procedimento previsto para
a substituição de um livro “R” por um livro “G”.
Se o livro “B” não tiver livros auxiliares, adote o mesmo procedimento de substituição
de um livro “G” por outro livro “G”.
G B
Se o livro “B” tiver livros auxiliares, adote o mesmo procedimento de substituição de
um livro “G” pelo livro “R”.
Se o livro “B” não tiver livros auxiliares, adote o mesmo procedimento de substituição
de um livro “R” pelo livro “G”.
R B
Se o livro “B” tiver livros auxiliares, adote o mesmo procedimento de substituição de
um livro “R” por outro livro “R”.
Se o livro “B” não tiver livros auxiliares, adote o mesmo procedimento de substituição
de um livro “G” por outro livro “G”.
B G
Se o livro “B” tiver livros auxiliares, adote o mesmo procedimento de substituição de
um livro “R” pelo livro “G”.
Se o livro “B” não tiver livros auxiliares, adote o mesmo procedimento de substituição
de um livro “G” pelo livro “R”.
B R
Se o livro “B” tiver livros auxiliares, adote o mesmo procedimento de substituição de
um livro “R” por outro livro “R”.
Se os livros “B” original e substituto não tiverem livros auxiliares, adote o mesmo
procedimento de substituição de um livro “G” por outro livro “G”.

Se o livro “B” original não tiver livros auxiliares e o livro “B” substituto tiver livros
auxiliares, adote o mesmo procedimento de substituição de um livro “G” pelo livro
“R”.
B B
Se o livro “B” original tiver livros auxiliares e o livro “B” substituto não tiver livros
auxiliares, adote o mesmo procedimento de substituição de um livro “R” pelo livro
“G”.

Se os livros “B” original e substituto tiverem livros auxiliares, adote o mesmo


procedimento de substituição de um livro “R” por outro livro “R”.
O livro “A” ou “Z” transmitido é substituto do livro “A” ou “Z” original, deve
informar o HASH do livro “A” ou “Z” original e deve conter o registro J801 (Termo
A ou Z A ou Z de Verificação para Fins de Substituição da ECD).

Observação: É possível substituir livro “A” por livro “Z” e vice-versa.


Com
Sem NIRE Utilizar a opção “1 – Substituta” no campo 0000.IND_FIN_ESC.
NIRE
Com
Sem NIRE Utilizar a opção “1 – Substituta” no campo 0000.IND_FIN_ESC.
NIRE
Um dos arquivos transmitidos é substituto do arquivo original, deve informar o HASH
do arquivo original e deve conter o registro J801 (Termo de Verificação para Fins de
Um Vários Substituição da ECD). Os demais arquivos devem ser enviados como originais.
arquivo arquivos
Exemplo: Substituição de um arquivo contendo o período de 01/01/2016 a 31/12/2016
por vários arquivos mensais.
O arquivo transmitido é substituto de um dos arquivos originais, deve informar o
HASH do livro “G” original e deve conter o registro J801 (Termo de Verificação para
Fins de Substituição da ECD).
Vários Um
Arquivos arquivo No momento da transmissão, o sistema demonstrará todos os arquivos originais,
permitindo a substituição de todos os arquivos originais pelo arquivo substituto.

Exemplo: Substituição de vários arquivos contendo períodos mensais por um arquivo


contendo o período de 01/01/2016 a 31/12/2016.

Caso, com as instruções acima, ainda tenha problemas na substituição da ECD, envie
para análise para o Fale Conosco da ECD (faleconosco-sped-
ecd@receita.fazenda.gov.br), a cópia do arquivo da ECD substituto.

2.16. GUARDA DAS INFORMAÇÕES

O SPED armazenará as informações relativas à ECD, as quais poderão ser


acessadas pelos órgãos competentes e pelo próprio contribuinte. Embora toda a
escrituração esteja na base de dados do Sistema Público de Escrituração Digital, a
entrega da ECD não dispensa a sociedade empresária de manter sob sua guarda e
responsabilidade os livros e documentos na forma e prazos previstos na legislação
aplicável.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 83 de 09 de junho de 2008 - SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL


A Escrituração Contábil Digital (ECD), na forma estabelecida pela legislação, substitui os livros Diário
e Razão em papel. Entretanto, a transmissão dessa escrituração ao SPED não dispensa a consulente de
manter sob sua guarda e responsabilidade os livros Diário e Razão digitais.

O Código Civil em seu artigo 1.194 prevê que o empresário e a sociedade


empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração,
correspondência e demais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer
prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados.

Já o Conselho Federal de Contabilidade determina que o contabilista deve tomar


as medidas necessárias para que a entidade titular da escrituração armazene, em meio
digital, os livros e as demonstrações contábeis, devidamente assinados, visando a sua
apresentação de forma integral, nos termos estritos das respectivas leis especiais, ou em
juízo, quando previsto em lei.

NOTA JMM! Autenticada a escrituração, a empresa deverá adotar medidas para evitar
a deterioração, extravio ou destruição do arquivo digital. Portanto, o ideal é que se faça
backup dos arquivos que compõem a ECD. Salienta-se que a cópia deve ser feita tanto
para o arquivo do livro digital e o de autenticação (extensão aut), como para o
requerimento (extensão rqr) e o recibo de entrega (extensão rec).

2.17. LIVRO DIGITAL EXTRAVIADO OU CORROMPIDO

Algumas vezes, o PVA do Sped Contábil avisa que a escrituração foi alterada ou
não pode ser localizada na pasta original. Isso ocorre porque o programa do Sped
Contábil “memoriza” a pasta na qual a escrituração está gravada. Esta pasta foi indicada
quando foi realizada a validação.
Pode-se verificar que pasta está visualizando a escrituração em “Dados da
Escrituração”.

Usualmente, o PVA do Sped Contábil, ao efetuar alguma operação sobre a


escrituração, irá procurar a escrituração nesta pasta.

Se a escrituração não está mais acessível (por exemplo, foi removida da pasta,
teve o nome trocado, ou a pasta foi mudada de posição), ou foi alterada ou corrompida
(editada, por exemplo), o PVA do Sped Contábil emite uma mensagem de erro. O que
fazer então?

Pode-se tentar:

A. Restaurar a pasta com a escrituração original. Isso é possível fazer se a


pasta foi movida para outro lugar ou teve o nome alterado. Se a escrituração
transmitida foi editada, isso não será possível.

B. Restaurar uma cópia de segurança previamente feita. É recomendável efetuar


uma cópia de segurança da escrituração após o envio.

C. Utilizar o aplicativo ReceitanetBX para fazer o download da escrituração.

Enquanto o livro estiver no ambiente do Sped, o contribuinte poderá fazer o


download. Para baixar o arquivo, é exigido certificado digital da pessoa jurídica, do
representante legal ou do procurador.

Roteiro para baixar a escrituração contábil utilizando o ReceitanetBX e importá-


la no PVA Contábil:

1. Instale o aplicativo ReceitanetBX no computador. O instalador do


ReceitanetBX pode ser baixado do site do Sped, na área de download.

Nota: Escolha o perfil correto (Contribuinte, Procurador ou Representante


Legal). Em caso de procuração, garanta que a autorização de efetuar o
download da ECD esteja marcada no e-CAC.

2. Após o download, importe (valide) o livro digital no PVA Contábil utilizando


a funcionalidade “Arquivo/Escrituração Contábil/Validar Escrituração
Contábil”. Como o livro já foi assinado, o programa pergunta se existe termo de
autenticação. A indicação do termo de autenticação torna a validação mais
rápida.

A partir deste momento, pode-se, no programa do Sped Contábil, visualizar e


imprimir a escrituração, inclusive os termos, e, manter-se informado sobre o estado da
escrituração, utilizando a funcionalidade “Consulta Situação”.

Observação: O recibo que comprova a transmissão da escrituração não é


importado via ReceitanetBX. Caso a empresa perca o recibo de transmissão da
escrituração digital, deverá tentar transmitir a escrituração novamente via PVA do Sped
Contábil. Nessa situação o Receitanet (e não o ReceitanetBX) identificará que a
escrituração digital já foi transmitida e fará o download do recibo novamente para a
pasta estabelecida no PVA.
2.18. RESPONSABILIDADE PELOS FATOS E ATOS ESCRITURADOS

O parágrafo único do artigo 1.177 da Lei nº 10.406/02 (Código Civil) prevê que
“no exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os
preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o
preponente, pelos atos dolosos”. Portanto os contabilistas, juntamente com o empresário
e a sociedade empresária, também podem responder perante terceiros em relação aos
registros constantes da escrituração contábil.

A Resolução CFC nº 1.299/10 dispõe que a escrituração contábil e a emissão de


livros, relatórios, peças, análises, mapas, demonstrativos e demonstrações contábeis são
de atribuição e responsabilidade exclusiva de contabilista legalmente habilitado com
registro ativo em Conselho Regional de Contabilidade e devem conter certificado e
assinatura digital da entidade e do contabilista.

Além disso, o artigo 342 do Código Penal prevê:

Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha,
perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo,
inquérito policial, ou em juízo arbitral:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Por este motivo é necessário que o profissional da área contábil tenha domínio
das regras aplicáveis à escrituração contábil.

2.19. VALIDADE JURÍDICA DA ECD

O livro digital possui os mesmos valores da escrituração em papel conforme


dispõe a Instrução Normativa DREI 11/2013 (antiga Instrução Normativa DNRC nº
107/2007).

NOTA JMM! Entrará em vigor no dia 21/06/2021 a IN DNRC nº 82/21, que revogará a
IN DNRC nº 11/13. NA IN DNRC nº 82/21, este dispositivo está previsto nos §§ 1º e 2º
do artigo 17.

Para efeito de prova em juízo ou fora dele, o empresário ou a sociedade deverá


utilizar-se do PVA para demonstração visual do conteúdo do livro digital e de seu
Termo de Autenticação, assim como para geração e emissão de documentos probantes.

No PVA será possível a impressão de todo o conteúdo do arquivo enviado ao


SPED, inclusive das demonstrações contábeis e dos comprovantes de envio e
autenticação.

A ECD pode ser utilizada, inclusive, em processos de licitação (Lei nº 8.666, de


21.06.1993), uma vez que possui a mesma validade jurídica dos instrumentos
escriturados em papel.
3. EXEMPLOS PRÁTICOS

3.1. VISÃO GERAL DO FUNCIONAMENTO DA ECD

Para uma compreensão geral do funcionamento da ECD, segue uma breve


sinopse com exemplo prático:

Primeiramente, a partir da contabilidade da empresa (independente do sistema


eletrônico utilizado para promover a escrituração contábil) deverá ser promovida a
conversão dos dados obtidos no software para um arquivo eletrônico em formato de
texto conhecido como TXT, conforme layout definido pelo Anexo do Ato Declaratório
Executivo Cofis nº 79/20, que aprovou o Manual de Orientação do Leiaute da ECD.

A conversão poderá ser efetuada pelo profissional contábil. Porém para isso será
necessário que a empresa tome, previamente, os serviços de um profissional de
tecnologia da informação (TI) da própria empresa que fornece o programa contábil, de
empresa terceirizada ou da própria empresa que irá promover a entrega da ECD. Este
serviço é essencial para que o arquivo gerado em formato TXT esteja de acordo com o
layout do Programa Validador da Receita Federal (PVA).

O PVA deverá ser “baixado” através do endereço eletrônico da Receita Federal


do Brasil:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/SpedContabilmultiplataforma.htm

Após a geração através do Software Contábil será obtido o arquivo TXT


conforme abaixo:

Depois de convertida a escrita contábil no arquivo TXT, deverá ser promovida a


Importação do arquivo no PVA do SPED Contábil, através da barra de ferramentas
“Arquivo”, “Escrituração Contábil” em “Importar”.
Com isso, abrirá uma caixa de importação, na qual deverá ser clicado no arquivo
que se deseja importar, e posteriormente no ícone “abrir”.
O PVA poderá questionar se o usuário deseja atualizar tabelas antes da
verificação de pendências. Clique em “Sim” para prosseguir a verificação de
atualizações.

Após clicar em “sim” o programa efetuará a criação da base de dados da


escrituração que está sendo importada:
Após a correção de todos os erros e a devida importação o PVA SPED Contábil
demonstrará na tela “passo-a-passo” em qual passo o usuário se encontra dentre os 5
passos (Importar, Validar, Gerar Arquivo, Assinar e Transmitir).
Após importação, caso não existam dados a serem alterados por meio do
programa, o usuário deverá efetuar a validação que poderá detectar erros ou
avisos. Erros impedem a continuidade dos trabalhos. Os avisos, não. No caso de aviso,
cabe ao usuário avaliar se ela é ou não um erro.

As validações são executadas em três blocos. O segundo bloco só é realizado se


não forem encontrados erros na execução do primeiro bloco. As do terceiro, só se o
arquivo passar no segundo. Assim, depois de consertados os erros identificados no
primeiro conjunto de regras, podem aparecer erros que não foram listados na primeira
validação.

Na sequência, logo que sejam promovidas as correções dos erros através do


software contábil da empresa deverá ser promovida novamente a validação do novo
arquivo TXT gerado. Com isso poderão ser gerados outros erros e/ou advertências.
Após a validação sem erros, deverá ser gerado arquivo para entrega. Com este
procedimento será gerado de um arquivo no formato ".txt" contendo as informações da
escrituração para que possa ser assinado e transmitido.

Para iniciar o processo dê um clique com o mouse no ícone "GERAR”:

Será aberta uma janela possibilitando ao usuário escolher o local e o nome do


arquivo a ser gerado.

O usuário deverá informar o local e o nome do arquivo a ser gerado e clicar no


botão "Gravar".
Após a gravação será apresentada uma tela de aviso com a mensagem
"Arquivo gerado com sucesso". Clique em "OK" para passar para a próxima etapa.

Após o livro validado e o arquivo gerado deverá ser assinado digitalmente


pela(s) pessoa(s) que tem poderes para assinar, de acordo com os registros da Junta
Comercial e pelo Contabilista legalmente habilitado.

Para assinar a escrituração contábil, o CPF do(s) respectivo(s) signatário(s)


deve(m) estar identificado(s) no registro J930. O processo de assinatura termina quando
todos os signatários identificados no registro J930 assinam a escrituração.

Para iniciar o processo dê um clique com o mouse no ícone "ASSINAR":

Será apresentada a tela "Selecionar Assinante", na qual o usuário deverá


selecionar na lista apresentada qual a pessoa que assinará o arquivo e clicar no botão
"OK" para iniciar a operação ou no botão "Cancelar" para desistir.
Na tela "Lista de Certificados" selecione o certificado que será utilizado para a
assinatura digital. Caso não existam certificados, será exibida a mensagem: "Nenhum
certificado com as características necessárias foi encontrado. Para assinar a escrituração
contábil o certificado precisa ser A3, pertencer à ICP-Brasil e o CPF do certificado
deverá ser igual ao CPF do respectivo signatário." Clique no botão "OK" para
prosseguir ou no botão "Cancelar" para desistir;

Será exibida a tela para a digitação da senha do certificado.

Ao final será apresentada a mensagem "Escrituração assinada com sucesso".


Após a assinatura do arquivo serão iniciados os procedimentos para
transmissão. A função “Transmitir Escrituração” permite transmitir a Escrituração
Contábil para o Sped Contábil. O programa utiliza o Receitanet para efetuar a
transmissão da Escrituração Contábil via Internet. O usuário deverá fazer (download) e
instalar a versão atualizada do Receitanet disponível no endereço da Secretaria da
Receita Federal do Brasil (www.receita.fazenda.gov.br). Somente será transmitida a
escrituração que estiver com todas as assinaturas eletrônicas necessárias.

No passo a passo, clique no ícone:

Para visualização do Livro Diário, Livro Razão e Demonstrativos Contábeis, o


contribuinte poderá acessar o próprio PVA onde o arquivo foi validado.
Para visualização do livro Diário basta clicar em “Escrituração”, em
“Visualizações” e em “Diário”.
Para visualização do Livro Razão basta clicar em “Escrituração”, em
“Visualizações” e em “Razão”.
4. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL A ECD

O Decreto nº 6.022/07, DOU 22/01/2007, institui o Sistema Público de


Escrituração Digital – SPED. O referido Decreto sofreu alterações com a publicação no
DOU de 09/04/2013, do Decreto nº 7.979 de 2013.

4.1. Departamento Nacional do Registro de Comércio – DNRC

O Departamento Nacional do Registro de Comércio dispôs sobre a autenticação


de instrumentos de escrituração dos empresários, sociedades empresárias, leiloeiros e
tradutores públicos e intérpretes comerciais através da Instrução Normativa Nº 107/08.

4.2. Departamento de Registro Empresarial e Integração - DREI

O Departamento de Registro Empresarial e Integração criado em 2013 após a


extinção no DNRC, dispôs através da Instrução Normativa DREI nº 11/13, sobre a
autenticação de instrumentos de escrituração dos empresários, sociedades empresárias,
leiloeiros e tradutores públicos e intérpretes comerciais.

NOTA JMM! Entrará em vigor no dia 21/06/2021 a IN DNRC nº 82/21, que revogará a
IN DNRC nº 11/13. NA IN DNRC nº 82/21, este dispositivo está previsto nos §§ 1º e 2º
do artigo 17.

4.3. Conselho Federal de Contabilidade – CFC

A Resolução CFC n° 1.299 de 17 de setembro de 2010, DOU 21/09/2010,


aprovou o Comunicado Técnico CT 04 que define as formalidades da escrituração
contábil em forma digital para fins de atendimento ao Sistema Público de Escrituração
Digital (SPED).

A Resolução CFC n° 1.020 de 18 de fevereiro de 2005, DOU 02/03/2005,


aprovou a NBC T 2.8 – Das Formalidades da Escrituração Contábil em Forma
Eletrônica, que vigorou até a publicação da Resolução CFC nº 1.299/10.

4.4. Receita Federal do Brasil

A Instrução Normativa RFB nº 787/07, institui a Escrituração Contábil Digital


para fins fiscais e previdenciários e disponibilizou o Manual de Orientação do Leiaute
da Escrituração Contábil Digital – LECD.

A IN que instituiu o SPED Contábil foi alterada pela Instrução Normativa RFB
nº 825/08, Instrução Normativa RFB nº 926/09, Instrução Normativa RFB nº 1.056/10,
Instrução Normativa RFB nº 1.139/11, e Instrução Normativa RFB nº 1.352/13.

Em 2013 a IN RFB nº 787/07 foi revogada pela IN RFB nº 1.420/13 com regras
válidas a partir de 1º de janeiro de 2014.

A IN RFB nº 1.420/13 vigorou de 2014 até 31/12/2017, quando então foi


revogada pela IN RFB nº 1.774/17.
Já a IN RFB nº 1.774/17 vigorou de 1º/01/2018 a 31/01/2021, quando então foi
publicada a N RFB nº 2.003/21.

As regras de validação e as tabelas de códigos aplicáveis à Escrituração Contábil


Digital estão contidas no Manual de Orientação do Leiaute da ECD.
5. DADOS TÉCNICOS PARA GERAÇÃO DO ARQUIVO ECD

Capítulo 2 – Dados Técnicos para Geração do Arquivo da ECD

2.1. Introdução

A empresa deverá gerar o arquivo da ECD com recursos próprios. O arquivo será
obrigatoriamente submetido ao PGE do Sped Contábil para validação de conteúdo, assinatura digital,
transmissão e visualização.

A partir da versão 3.X e atualizações posteriores também é possível o preenchimento da ECD no


próprio PGE do Sped Contábil, em virtude da funcionalidade de edição de campos.

2.2. Características do Arquivo

O arquivo a ser importado para o PGE do Sped Contábil deve ser no formato texto, codificado
em ASCII - ISO 8859-1 (Latin-1), não sendo aceitos campos compactados (packed decimal), zonados,
binários, ponto flutuante (float point), etc., ou quaisquer outras codificações de texto, tais como EBCDIC.

Ademais, o arquivo possui organização hierárquica, assim definida pela citação do nível
hierárquico ao qual pertence cada registro.

Exemplo: Seja a estrutura hipotética de um arquivo com registros organizados hierarquicamente


nos moldes da ECD, conforme abaixo:

Registro 10 - Nível Hierárquico 1


Registro 20 - Nível Hierárquico 1
Registro 30 - Nível Hierárquico 2
Registro 40 - Nível Hierárquico 3
Registro 50 - Nível Hierárquico 3
Registro 60 - Nível Hierárquico 2
Registro 70 - Nível Hierárquico 1

Há três registros pais: 10, 20 e 70.


Os registros 10 e 70 não têm filhos.
O registro 20 tem dois filhos, 30 e 60.
O registro 30, filho de 20, tem, por sua vez, dois filhos, 40 e 50.

Os registros são sempre iniciados na primeira coluna (posição 1) e têm tamanho variável.

A linha do arquivo digital deve conter os campos na exata ordem em que estão listados nos
respectivos registros.

Ao início do registro e ao final de cada campo deve ser inserido o caractere delimitador "|” (Pipe
ou Barra Vertical: caractere 124 da Tabela ASCII). O caractere delimitador "|" (Pipe) não deve ser
incluído como parte integrante do conteúdo de quaisquer campos numéricos ou alfanuméricos.

Todos os registros devem conter, ao final de cada linha do arquivo digital, após o caractere
delimitador “|” (Pipe), os caracteres "CR" (Carriage Return) e "LF" (Line Feed) correspondentes a
"retorno do carro" e "salto de linha", respectivamente (CR e LF: caracteres 13 e 10, respectivamente, da
Tabela ASCII).

Exemplo (campos do registro):


1o 2o 3o 4o
REG NOME CNPJ IE
|1550|José Silva & Irmãos Ltda|60001556000257|01238578455|CRLF
|1550|Armando Silva ME|99222333000150||CRLF
Na ausência de informação, o campo vazio (campo sem conteúdo ou nulo ou null) deverá ser
imediatamente encerrado com o caractere "|" (Pipe) delimitador de campo.

Exemplos (conteúdo do campo):


Campo alfanumérico: José da Silva & Irmãos Ltda. => |José da Silva & Irmãos Ltda|
Campo numérico: 1234,56 => |1234,56|
Campo numérico ou alfanumérico vazio => ||

Exemplo (campo vazio no meio da linha):


|123,00||123654788000354|

Exemplo (campo vazio em fim de linha):


||CRLF

2.3. Regras Gerais de Preenchimento

Esta seção apresenta as regras que devem ser respeitadas em todos os registros gerados, quando
não excepcionadas por regra específica referente a um dado registro.

2.3.1. Formato dos Campos

ALFANUMÉRICO: Representados por "C" - Todos os caracteres das posições da Tabela


ASCII, excetuados os caracteres "|" (Pipe ou Barra Vertical: caractere 124 da Tabela ASCII) e os não
imprimíveis (caracteres 00 a 31 da Tabela ASCII).

NUMÉRICO: Representados por "N" - Algarismos das posições de 48 a 57 da Tabela ASCII e


o caractere “,” (vírgula: caractere 44 da tabela ASCII).

2.3.2. Regras de Preenchimento dos Campos com Conteúdo Alfanumérico (C)

Todos os campos alfanuméricos terão tamanho máximo de 255 caracteres, exceto se houver
indicação distinta.

Exemplo:

COD_INF C -
TXT C 65.536

2.3.3. Regras de Preenchimento dos Campos Numéricos (N) com Casas Decimais

Deverão ser preenchidos sem os separadores de milhar, sinais ou quaisquer outros


caracteres (tais como: "."; "-" ou "%"), devendo a vírgula ser utilizada como separador decimal (Vírgula:
caractere 44 da Tabela ASCII).

Observar a quantidade máxima de casas decimais que constar no respectivo campo.

Preencher os valores percentuais desprezando-se o símbolo (%), sem nenhuma convenção


matemática.

Exemplos (valores monetários, quantidades, percentuais, etc.):


$ 1.129.998,99 => |1129989,99|
1.255,42 => |1255,42|
234,567 => |234,567|
10.000 => |10000|
10.000,00 => |10000| ou |10000,00|
17,00% => |17,00| ou |17|
18,50% => |18,5| ou |18,50|
30 => |30|
1.123,456 Kg => |1123,456|
0,010 litros => |0,010|
0,00 => |0| ou |0,00|
0 => |0|
Campo Vazio => ||

2.3.4. Regras de Preenchimento de Campos Numéricos (N) que Representam Data

Devem ser informados conforme o padrão “ddmmaaaa”, excluindo-se quaisquer caracteres de


separação (tais como: "."; "/"; "-"; etc.), onde:

dd = dia
mm = mês
aaaa = ano com 4 dígitos
Exemplos (data):
01 de Janeiro de 2020 => |01012020|
11.11.2020 => |11112020|
21-03-2020 => |21032020|
09/08/20 => |09082020|
campo vazio => ||

2.3.5. Regras de Preenchimento de Campos Numéricos (N) que Representam Período

Devem ser informados conforme o padrão “mmaaaa”, excluindo-se quaisquer caracteres de


separação (tais como: "."; "/"; "-"; etc.), onde:

mm = mês
aaaa = ano com 4 dígitos

Exemplos (período):
Janeiro de 2020 => |012020|
11.2020 => |112020|
03-2020 => |032020|
08/20 => |082020|
campo vazio => ||

2.4. Códigos de Identificação

Os códigos de identificação são campos numéricos ou alfanuméricos onde é necessário registrar


CNPJ, CPF, CEP, Inscrição Estadual, Inscrição Municipal, dentre outros.

Estes campos deverão ser informados com todos os dígitos, inclusive os zeros (0) à esquerda. As
máscaras (caracteres especiais de formatação, tais como: "."; "/"; "-"; etc.) não devem ser informadas. Os
campos numéricos cujo tamanho é expresso na coluna própria deverão conter exatamente a quantidade de
caracteres indicada.

Exemplo (códigos de identificação numéricos com indicação de tamanho):

CNPJ N 014
CPF N 011
NIRE N 011
CEP N 008

CNPJ: 123.456.789/0001-10 => |123456789000110|


CNPJ: 000.456.789/0001-10 => |000456789000110|
CPF: 882.440.449-40 => |88244044940|
CPF: 002.333.449-40 => |00233344940|
Campo Vazio => ||

Exemplos (códigos de identificação alfanuméricos):

IE C -
IM C -

IE: 129.876.543.215-77 => |12987654321577|


IE: 04.123.123-7 => |041231237|
IM: 876.543.219-21 => |00087654321921|
Campo Vazio => ||

Nos campos onde é necessário registrar algarismos ou caracteres que identifiquem ou façam
parte da identificação de objeto documento (Número do documento de arrecadação, número do processo,
etc.) deverão ser informados com todos os dígitos válidos, aí incluídos os caracteres especiais de
formatação (Tais como: "."; "/"; "-", etc.).

Os campos que contiverem informações com algarismos ou caracteres que identifiquem um


documento devem ter a exata quantidade de caracteres indicada no objeto original.

Exemplo (algarismos ou caracteres de identificação):

NUM_DA C -
NUM_PROC C -

Documento de arrecadação: 98.765-43 => |98.765-43|


Documento de arrecadação: A1B2C-34 => |A1B2C-34|
Autenticação do documento de arrecadação: 001-1234/02120512345 => |001-
234/02120512345|
Número do processo: 2002/123456-78 => |2002/123456-78|
Campo Vazio => ||

2.5. Tabelas Externas

São tabelas oficiais criadas e mantidas por outros atos normativos e cujos códigos são
necessários à elaboração do arquivo digital. Deverão seguir a codificação definida pelo respectivo órgão
regulador.

Exemplo: Tabela de Municípios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

2.6. Tabelas Internas

São as tabelas necessárias para a elaboração do arquivo a ser utilizado no PGE do Sped Contábil
e estão relacionadas em ato publicado pelo Sped.

Exemplo: Registro 0000 – Abertura do Arquivo Digital e Identificação do Empresário ou da


Sociedade Empresária
Campo 11: Indicador de Situação Especial (IND_SIT_ESP)

Código Descrição
1 Cisão
2 Fusão
3 Incorporação
4 Extinção

2.7. Tabelas Intrínsecas ao Campo

Constam no leiaute do arquivo e são o seu domínio (conteúdos válidos para o campo). As
referências a estas tabelas seguirão a codificação definida no respectivo campo.
Exemplo:

IND_MOV Indicador de movimento:


0- Bloco com dados informados
1- Bloco sem dados informados

2.8. Tabelas Elaboradas pela Pessoa Jurídica

São as tabelas em que o código a ser utilizado é de livre atribuição pela pessoa jurídica e tem
validade apenas para o arquivo informado, não podendo ser duplicado (código) e nem atribuído a
descrições diferentes, obedecida a chave indicada no leiaute de cada registro. É facultativa a inclusão da
máscara no próprio código, exceto quando necessária para a sua perfeita identificação (Exemplo:
Discriminar entre 1.01 e 10.1. Neste caso, a inclusão é obrigatória). Para cada código utilizado em um dos
registros do arquivo deve existir um correspondente na tabela elaborada pela pessoa jurídica.

Exemplo: Registro I075 – Tabela de Histórico Padronizado


Campo 01 – Tipo do Registro (I075)
Campo 02 – Código do Histórico Padronizado – Alfanumérico (C) de até 255 caracteres
– criado pela pessoa jurídica.
Campo 03 – Descrição do Histórico Padronizado – Alfanumérico (C) de até 255
caracteres – criado pela pessoa jurídica.
6. LEIAUTE 9 DA ECD – PARA O ANO-CALENDÁRIO DE 2020

Capítulo 3 – Blocos e Registros da ECD – Leiaute 9 – A partir do Ano-Calendário 2020

3.1. Blocos do Arquivo

Entre o registro inicial e o registro final, o arquivo digital é constituído de blocos, referindo-se
cada um deles a um agrupamento de informações.

Relação de Blocos:

Bloco Descrição
0 Abertura, Identificação e Referências
C Informações Recuperadas da ECD Anterior
I Lançamentos Contábeis
J Demonstrações Contábeis
K Conglomerados Econômicos
9 Controle e Encerramento do Arquivo Digital

Portanto, o arquivo digital é composto por blocos de informação e cada bloco terá um registro de
abertura, registros de dados e um registro de encerramento.

Após o bloco inicial (Bloco 0), a ordem de apresentação dos demais blocos é a sequência
constante na tabela de blocos acima.

Salvo quando houver especificação em contrário, todos os blocos são obrigatórios e o respectivo
registro de abertura indicará a presença ou a ausência de dados informados.

3.2. Tabela de Registros

O arquivo digital pode ser composto com os registros abaixo descritos (Tabela de Registros).

BLOCO DESCRIÇÃO REGISTRO NÍVEL OCORRÊNCIA


0 ABERTURA DO ARQUIVO DIGITAL E IDENTIFICAÇÃO DO 0000 0 1
EMPRESÁRIO OU DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
0 ABERTURA DO BLOCO 0 0001 1 1
0 OUTRAS INSCRIÇÕES CADASTRAIS DA PESSOA JURÍDICA 0007 2 0:N
0 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DESCENTRALIZADA 0020 2 0:N
0 IDENTIFICAÇÃO DAS SCP 0035 2 0:N
0 TABELA DE CADASTRO DO PARTICIPANTE 0150 2 0:N
0 IDENTIFICAÇÃO DO RELACIONAMENTO COM O PARTICIPANTE 0180 3 1:N
0 ENCERRAMENTO DO BLOCO 0 0990 1 1
C ABERTURA DO BLOCO C C001 1 1
C IDENTIFICAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL RECUPERADA C040 2 1
C PLANO DE CONTAS RECUPERADO C050 3 1:N
C PLANO DE CONTAS REFERENCIAL RECUPERADO C051 4 0:N
C SALDOS PERIÓDICOS RECUPERADOS – IDENTIFICAÇÃO DO C150 3 1
PERÍODO
C DETALHE DOS SALDOS PERIÓDICOS RECUPERADOS C155 4 1:N
C DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS RECUPERADAS - PERÍODO C600 3 1:N
C DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO RECUPERADA C650 4 1:N
C ENCERRAMENTO DO BLOCO C C990 1 1
BLOCO DESCRIÇÃO REGISTRO NÍVEL OCORRÊNCIA
I ABERTURA DO BLOCO I I001 1 1
I IDENTIFICAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL I010 2 1
I LIVROS AUXILIARES AO DIÁRIO I012 3 0:N
I IDENTIFICAÇÃO DAS CONTAS DA ESCRITURAÇÃO RESUMIDA A I015 4 1:N
QUE SE REFERE A ESCRITURAÇÃO AUXILIAR
I CAMPOS ADICIONAIS I020 3 0:N
I TERMO DE ABERTURA I030 3 1
I PLANO DE CONTAS I050 3 1:N
I PLANO DE CONTAS REFERENCIAL I051 4 1:N
I INDICAÇÃO DOS CÓDIGOS DE AGLUTINAÇÃO I052 4 1:N
I SUBCONTAS CORRELATAS I053 4 1:N
I TABELA DE HISTÓRICO PADRONIZADO I075 3 0:N
I CENTRO DE CUSTOS I100 3 0:N
I SALDOS PERIÓDICOS – IDENTIFICAÇÃO DO PERÍODO I150 3 1:12
I DETALHES DOS SALDOS PERIÓDICOS I155 4 1:N
I TRANSFERÊNCIA DE SALDOS DO PLANO DE CONTAS ANTERIOR I157 5 1:N
I LANÇAMENTO CONTÁBIL I200 3 1:N
I PARTIDAS DO LANÇAMENTO CONTÁBIL I250 4 1:N
I BALANCETES DIÁRIOS – IDENTIFICAÇÃO DA DATA I300 3 0:N
I DETALHES DO BALANCETE DIÁRIO I310 4 1:N
I SALDOS DAS CONTAS DE RESULTADO ANTES DO I350 3 1:12
ENCERRAMENTO – IDENTIFICAÇÃO DA DATA
I DETALHES DOS SALDOS DAS CONTAS DE RESULTADO ANTES I355 4 1:N
DO ENCERRAMENTO
I PARÂMETROS DE IMPRESSÃO/VISUALIZAÇÃO DO LIVRO I500 3 0:N
RAZÃO AUXILIAR COM LEIAUTE PARAMETRIZÁVEL
I DEFINIÇÃO DOS CAMPOS DO LIVRO RAZÃO AUXILIAR COM I510 3 0:N
LEIAUTE PARAMETRIZÁVEL
I DETALHES DO LIVRO RAZÃO AUXILIAR COM LEIAUTE I550 3 0:N
PARAMETRIZÁVEL
I TOTAIS NO LIVRO RAZÃO AUXILIAR COM LEIAUTE I555 4 0:N
PARAMETRIZÁVEL
I ENCERRAMENTO DO BLOCO I I990 1 1
J ABERTURA DO BLOCO J J001 1 1
J DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS J005 2 1:12
J BALANÇO PATRIMONIAL J100 3 1:N
J DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) J150 3 1:N
J DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS J210 3 1:N
(DLPA)/DEMONSTRAÇÃO DE MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO (DMPL)
J FATO CONTÁBIL QUE ALTERA A CONTA LUCROS J215 4 1:N
ACUMULADOS OU A CONTA PREJUÍZOS ACUMULADOS OU O
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
J OUTRAS INFORMAÇÕES J800 3 1:N
J TERMO DE VERIFICAÇÃO PARA FINS DE SUBSTITUIÇÃO DA J801 3 0:1
ECD
J TERMO DE ENCERRAMENTO J900 2 1
J SIGNATÁRIOS DA ESCRITURAÇÃO J930 3 1:N
J SIGNATÁRIOS DO TERMO DE VERIFICAÇÃO PARA FINS DE J932 3 1:N
SUBSTITUIÇÃO DA ECD
J IDENTIFICAÇÃO DOS AUDITORES INDEPENDENTES J935 3 1:N
J ENCERRAMENTO DO BLOCO J J990 1 1
BLOCO DESCRIÇÃO REGISTRO NÍVEL OCORRÊNCIA
K ABERTURA DO BLOCO K K001 1 1
K PERÍODO DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL CONSOLIDADA K030 2 0:1
K RELAÇÃO DAS EMPRESAS CONSOLIDADAS K100 3 0:N
K RELAÇÃO DOS EVENTOS SOCIETÁRIOS K110 4 0:N
K EMPRESAS PARTICIPANTES DO EVENTO SOCIETÁRIO K115 5 0:N
K PLANO DE CONTAS CONSOLIDADO K200 2 1:N
K MAPEAMENTO PARA O PLANO DE CONTAS DAS EMPRESAS K210 3 1:N
CONSOLIDADAS
K SALDOS DAS CONTAS CONSOLIDADAS K300 3 0:N
K EMPRESAS DETENTORAS DAS PARCELAS DO VALOR K310 4 0:N
ELIMINADO TOTAL
K EMPRESAS CONTRAPARTES DAS PARCELAS DO VALOR K315 5 0:N
ELIMINADO TOTAL
K ENCERRAMENTO DO BLOCO K K990 1 1
9 ABERTURA DO BLOCO 9 9001 1 1
9 REGISTROS DO ARQUIVO 9900 2 1:N
9 ENCERRAMENTO DO BLOCO 9 9990 1 1
9 ENCERRAMENTO DO ARQUIVO DIGITAL 9999 0 1

A ordem de apresentação dos registros é sequencial e ascendente. São obrigatórios os registros


de abertura e de encerramento do arquivo e os registros de abertura e encerramento de cada um dos
blocos que compuserem o arquivo digital relacionado na tabela de blocos. Também são exigidos os
registros que trazem a indicação "registro obrigatório".

Os registros do Bloco C não precisam ser importados, pois são preenchidos pelo próprio PGE do
Sped Contábil, após a recuperados das informações da ECD anterior.

Os registros que contiverem a indicação "Ocorrência - um (por arquivo)" devem figurar uma
única vez no arquivo digital.

Os registros que contiverem itens de tabelas, totalizações, documentos (dentre outros) podem
ocorrer uma ou mais vezes no arquivo por determinado tipo de situação. Estes registros trazem a
indicação "Ocorrência - vários (por arquivo)", "Ocorrência - um (por período)", "Ocorrência - vários (por
período), etc.".

Um registro "Registro Pai" pode ocorrer mais de uma vez no arquivo e traz a indicação
"Ocorrência - vários por arquivo". Por outro lado, um registro dependente ("Registro Filho") detalha o
registro principal e traz a indicação:

- "Ocorrência - 1:1" - somente deverá haver um único registro filho para o respectivo registro pai.
- "Ocorrência - 1:N" - poderá haver vários registros filhos para o respectivo registro pai.

A geração do arquivo requer a existência de pelo menos um "Registro Pai" quando houver um
"Registro Filho".

3.3. Campos dos Registros

Tabela de Campos
Item Descrição

No Indica o número do campo em um dado registro.


Campo Indica o mnemônico do campo.
Descrição Indica a descrição da informação requerida no campo respectivo.
Deve-se atentar para as observações relativas ao preenchimento de cada campo, quando houver.
Tipo Indica o tipo de caractere com que o campo será preenchido, de acordo com as regras gerais já descritas.
N – Numérico.
C - Alfanumérico.
Tam Indica a quantidade de caracteres com que cada campo deve ser preenchido. Estas instruções devem ser
seguidas rigorosamente.
A indicação de um algarismo após um campo (N) representa o seu tamanho exato.
A indicação "-" após um campo (N) significa que não há um número máximo de caracteres.
A indicação de um algarismo após um campo (C) representa o seu tamanho exato, no caso geral.
A indicação "-" após um campo (C) representa que seu tamanho máximo é 255 caracteres, no caso geral.
A indicação "65536" após um campo (C) representa que seu tamanho máximo é 65.536 caracteres,
excepcionalmente.
Dec Indica a quantidade de caracteres que devem constar como casas decimais, quando necessárias.
A indicação de um algarismo representa a quantidade máxima de decimais do campo (N);
A indicação "-" após um campo (N) significa que não deve haver representação de casas decimais.

3.4. Tabelas Externas

Exemplos de órgãos mantenedores e endereços eletrônicos das tabelas externas:

IBGE www.ibge.gov.br Tabela de Municípios


Banco Central do Brasil www.bcb.gov.br Tabela de Países
Secretaria da Receita Federal do Brasil www.receita.fazenda.gov.br Plano de Contas Referencial
ECT – Correios www.correios.com.br Código de Endereçamento Postal

3.5. Composição dos Livros

FORMA DA ESCRITURAÇÃO NÍVEL DO REGISTRO


REGISTRO G R A B Z 0 1 2 3 4
0000 O O O O O ABERTURA DO ARQUIVO DIGITAL E IDENTIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
0001 O O O O O ABERTURA DO BLOCO 0
0007 O O O O O OUTRAS INSCRIÇÕES CADASTRAIS DA PESSOA JURÍDICA
0020 F(16) F(16) F(16) F(16) F(16) ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DESCENTRALIZADA
0035 F(6) F(6) N F(6) N IDENTIFICAÇÃO DAS SCP
0150 F F F N F TABELA DE CADASTRO DO PARTICIPANTE
0180 F(1) F(1) F(1) N F(1) IDENTIFICAÇÃO DO RELACIONAMENTO DO PARTICIPANTE
0990 O O O O O ENCERRAMENTO DO BLOCO 0
C001 O O N O N ABERTURA DO BLOCO C
C040 F(18) F(18) N F(18) N IDENTIFICAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL RECUPERADA
C050 F(19) F(19) N F(19) N PLANO DE CONTAS RECUPERADO
C051 F(23) F(23) N F(19) N PLANO DE CONTAS REFERENCIAL RECUPERADO
INDICAÇÃO DOS CÓDIGOS DE AGLUTINAÇÃO
C052 F F N F N RECUPERADOS
SALDO PERIÓDICOS RECUPERADOS – IDENTIFICAÇÃO DO
C150 F(19) F(19) N F(19) N PERÍODO
C155 F(20) F(20) N F(20) N DETALHES DOS SALDOS PERIÓDICOS RECUPERADOS
C600 F F N F N DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS RECUPERADAS - PERÍODO
FORMA DA ESCRITURAÇÃO NÍVEL DO REGISTRO
REGISTRO G R A B Z 0 1 2 3 4
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
C650 F(22) F(22) N F(22) N RECUPERADA
C990 O O N O N ENCERRAMENTO DO BLOCO C
I001 O O O O O ABERTURA DO BLOCO I
I010 O O O O O IDENTIFICAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
I012 N O O F O LIVROS AUXILIARES AO DIÁRIO
IDENTIFICAÇÃO DAS CONTAS DA ESCRITURAÇÃO
I015 N O O F O RESUMIDA A QUE SE REFERE A ESCRITURAÇÃO AUXILIAR
I020 F (7) F (7) F (7) F (7) N CAMPOS ADICIONAIS
I030 O O O O O TERMO DE ABERTURA
I050 O O O O F PLANO DE CONTAS
I051 F(21) F(21) F(21) F(21) F(21) PLANO DE CONTAS REFERENCIAL
I052 F F N F N INDICAÇÃO DOS CÓDIGOS DE AGLUTINAÇÃO

I053 F F N F N SUBCONTAS CORRELATAS


I075 F F F N F TABELA DE HISTÓRICO PADRONIZADO
I100 F F F F F CENTROS DE CUSTOS
I150 O O F O F SALDOS PERIÓDICOS – IDENTIFICAÇÃO DO PERÍODO
I155 O O F(3) O F(3) DETALHES DOS SALDOS PERIÓDICOS
TRANSFERÊNCIA DE SALDOS DO PLANO DE CONTAS
I157 F(17) F(17) N F(17) N ANTERIOR
I200 O O O N N LANÇAMENTO CONTÁBIL
I250 O O O N N PARTIDAS DO LANÇAMENTO CONTÁBIL
I300 N N N O N BALANCETES DIÁRIOS – IDENTIFICAÇÃO DA DATA
I310 N N N O N DETALHES DO BALANCETE DIÁRIO
SALDOS DAS CONTAS DE RESULTADO ANTES DO ENCERRAMENTO
I350 F F N F N – IDENTIFICAÇÃO DA DATA
DETALHES DOS SALDOS DAS CONTAS DE RESULTADO
I355 F(2) F(2) N F(2) N ANTES DO ENCERRAMENTO
PARÂMETROS DE IMPRESSÃO/VISUALIZAÇÃO DO LIVRO RAZÃO
I500 N N N N O AUXILIAR COM LEIAUTE PARAMETRIZÁVEL
DEFINIÇÃO DOS CAMPOS DO LIVRO RAZÃO AUXILIAR COM
I510 N N N N O LEIAUTE PARAMETRIZÁVEL
DETALHES DO RAZÃO AUXILIAR COM LEIAUTE
I550 N N N N O PARAMETRIZÁVEL
I555 N N N N F TOTAIS NO LIVRO AUXILIAR COM LEIAUTE PARAMETRIZÁVEL
I990 O O O O O ENCERRAMENTO DO BLOCO I
J001 O O O O O ABERTURA DO BLOCO J
J005 F F N F N DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
J100 F(5) F(5) N F(5) N BALANÇO PATRIMONIAL
J150 F(5) F(5) N F(5) N DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
(DLPA)/DEMONSTRAÇÃO DE MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO
J210 F F N F N LÍQUIDO (DMPL)
FATO CONTÁBIL QUE ALTERA A CONTA LUCROS
ACUMULADOS OU A CONTA PREJUÍZOS ACUMULADOS OU O
J215 F F N F N PATRIMÔNIO LÍQUIDO
FORMA DA ESCRITURAÇÃO NÍVEL DO REGISTRO
REGISTRO G R A B Z 0 1 2 3 4
J800 F F N F N OUTRAS INFORMAÇÕES
J801 F(8) F(8) F(8) F(8) F(8) TERMO DE VERIFICAÇÃO PARA FINS DE SUBSTITUIÇÃO DA ECD
J900 O O O O O TERMO DE ENCERRAMENTO
J930 O O O O O SIGNATÁRIOS DA ESCRITURAÇÃO
SIGNATÁRIOS DO TERMO DE VERIFICAÇÃO PARA FINS DE
J932 F(14) F(14) F(14) F(14) F(14) SUBSTITUIÇÃO DA ECD
J935 F(15) F(15) F(15) F(15) F(15) IDENTIFICAÇÃO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
J990 O O O O O ENCERRAMENTO DO BLOCO J
K001 F(9) F(9) N F(9) N ABERTURA DO BLOCO K
K030 O O N O N PERÍODO DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL CONSOLIDADA
K100 O O N O N RELAÇÃO DAS EMPRESAS CONSOLIDADAS
K110 F(10) F(10) N F(10) N RELAÇÃO DOS EVENTOS SOCIETÁRIOS
K115 F(11) F(11) N F(11) N EMPRESAS PARTICIPANTES DO EVENTO SOCIETÁRIO
K200 O O N O N PLANO DE CONTAS CONSOLIDADO
MAPEAMENTO PARA PLANO DE CONTAS DAS EMPRESAS
F(13) F(13) N F(13)
K210 N CONSOLIDADAS
K300 O O N O N SALDOS DAS CONTAS CONSOLIDADAS
EMPRESAS DETENTORAS DAS PARCELAS DO VALOR
F(12) F(12) N F(12)
K310 N ELIMINADO TOTAL
EMPRESAS CONTRAPARTES DAS PARCELAS DO VALOR
O O N O
K315 N ELIMINADO TOTAL
K990 F(9) F(9) N F(9) N ENCERRAMENTO DO BLOCO K
9001 O O O O O ABERTURA DO BLOCO 9
9900 O O O O O REGISTROS DO ARQUIVO
9990 O O O O O ENCERRAMENTO DO BLOCO 9
9999 O O O O O ENCERRAMENTO DO ARQUIVO DIGITAL

(1) Obrigatório, se existe o registro 0150.

(2) Obrigatório, se existe o registro I350.

(3) Obrigatório, se existe o registro I150.

(4) A obrigatoriedade definida pelo órgão encarregado da manutenção do plano de contas referencial.

(5) J100 e J150 são obrigatórios se J005 corresponde ao final do exercício social.

(6) Obrigatório se o campo TIP_ECD (Indicador do tipo de ECD) do registro 0000 for igual a “1 – ECD
participante de SCP como sócio ostensivo”.

(7) Obrigatório se o campo IDENT_MF (Identificação de moeda funcional) do registro 0000 for igual a
“S – Sim.

(8) Obrigatório se o campo IND_FIN_ESC (Indicador da finalidade da escrituração) do registro 0000 for
igual a “1 – Substituta”.

(9) Obrigatório se o campo IND_ESC_CONS (Indicador de conglomerados econômicos – escrituração


consolidada) do registro 0000 for igual a “S – Sim” e o mês do campo DT_FIN (Data final da
escrituração) do registro 0000 for igual a “12” (dezembro) ou o campo IND_SIT_ESP (Indicador de
situação especial) do registro 0000 preenchido.
(10) Obrigatório se o campo EVENTO (Evento societário ocorrido no período) do registro K100 for igual
a “S – Sim”.

(11) Obrigatório se o campo EVENTO (Evento societário ocorrido no período) do registro K110 for igual
a “1 - Aquisição”, “2 - Alienação”, “3 - Fusão”, “4 – Cisão Parcial”, “5 – Cisão Total” ou “6 -
Incorporação”.

(12) Obrigatório se o campo VAL_EL (Valor Absoluto das Eliminações) do registro K300 for maior que
zero.

(13) Obrigatório se o campo IND_CTA (Indicador do tipo de conta) do registro K200 for igual a “A –
Analítica”.

(14) Obrigatório se o campo IND_FIN_ESC (Indicador de finalidade da escrituração) do registro 0000 for
igual a “1 – Substituta”.

(15) Obrigatório se o campo IND_GRANDE_PORTE (Indicador de entidade sujeira a auditoria


independente) for igual a “1 – Sim”.

(16) Obrigatório se o campo IND_CENTRALIZADA (Indicador de modalidade de escrituração


centralizada ou descentralizada) do registro 0000 for igual a “1 – Escrituração Descentralizada”.

(17) Deverá existir, pelo menos, um registro I157 no arquivo se o campo IND_MUDANCA_PC
(Indicador de mudança no plano de contas) do registro 0000 for igual a “1 – Existe alteração no plano de
contas”.

(18) Será importado quando a escrituração estiver assinada. Caso contrário, não será importado.

(19) Obrigatório se existe o registro C040 e a escrituração importada está assinada. Caso contrário, não
será importado.

(20) Obrigatório se existe o registro C150 e a escrituração importada está assinada. Caso contrário, não
será importado.

(21) Não deve existir se COD_PLAN_REF (Código do plano referencial que será utilizado para o
mapeamento de todas as contas analíticas) do registro 0000 estiver vazio (não for preenchido).

(22) Obrigatório, se existe o registro C600.

(23) Não deve existir se há o registro C040 e o campo código do plano referencial
(C040.COD_PLAN_REF) está vazio. É obrigatório quando existe o registro C040, o campo código do
plano referencial (C040.COD_PLAN_REF) está preenchido e a escrituração importada está assinada.
Caso contrário, não será recuperado.

FORMAS DE ESCRITURAÇÃO

G= Livro Diário (Completo, sem escrituração auxiliar)


R= Livro Diário com Escrituração Resumida (com escrituração auxiliar)
A= Livro Diário Auxiliar ao Diário com Escrituração Resumida
B= Livro Balancetes Diários e Balanços
Z= Razão Auxiliar

OBRIGATORIEDADE:

O = REGISTRO OBRIGATÓRIO
F = REGISTRO FACULTATIVO
N = NÃO SE APLICA AO TIPO DE ESCRITURAÇÃO
Juliana Maurilia Martins, Contadora, registrada no
CRC/SC sob o nº 031022/O-0, formada pela UFSC,
e pós-graduada do curso MBA em Planejamento
Tributário pela UCAM.

Palestrante convidada pelo CRC/SC desde janeiro


de 2011 para o Projeto Educação Continuada,
promovido em parceria com as demais entidades
contábeis de Santa Catarina, e atualmente
coordenado pela Federação dos Contabilistas do
Estado de Santa Catarina (Fecontesc).

Também convidada como palestrante pelo


Conselho Federal de Contabilidade para ministrar
workshop para os Conselheiros do CFC, e como
moderadora do Painel da Lei nº 12.973/14 na XXIX
CONTESC.

Professora de Pós-graduação na FURB, UNIDAVI,


Excelsu Educacional e BSSP.

Cofundadora da Plataforma SMR, idealizada para o


estudo contínuo na área fiscal, com aulas semanais
sobre PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, ICMS, IPI e ISS.

Consultora na área Contábil e Tributária, com


enfoque em Impostos e Contribuições Federais e
suas obrigações acessórias desde 2009.

Para saber mais sobre o meu trabalho ou seguir nas redes sociais acesse o Link:

https://linktr.ee/juliana.m.martins

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