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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UNICEUB FACULDADE DE

TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - FATECS

CURSO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO

JOSIHEL DE ANDRADE SILVA JUNIOR

SISTEMA DE MONITORAMENTO E ACIONAMENTO DE CARGAS ELÉTRICAS


VIA WEB

Orientador: Prof. MSc. Luciano Henrique Duque

Brasília

2016
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JOSIHEL DE ANDRADE SILVA JUNOR

SISTEMA DE MONITORAMENTO E ACIONAMENTO DE CARGAS ELÉTRICAS


VIA WEB

Trabalho de conclusão de Curso apresentado à Banca


examinadora do curso de Engenharia da Computação da
FATECS – Faculdade de Tecnologia e Ciências Sociais
Aplicadas – Centro Universitário de Brasília como
requisito para obtenção do título de Engenheiro da
Computação.

Orientador: Prof. MSc. Luciano Henrique Duque

Brasília

2016
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JOSIHEL DE ANDRADE SILVA JUNIOR

SISTEMA DE MONITORAMENTO E ACIONAMENTO DE CARGAS ELÉTRICAS


VIA WEB

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca


examinadora do curso de Engenharia da Computação da
FATECS – Faculdade de Tecnologia e Ciências Sociais
Aplicadas – Centro Universitário de Brasília como
requisito para obtenção do título de Engenheiro da
Computação.

Orientador: Porf. MSc. Luciano Henrique Duque

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________
Prof. Dr. Abiézer Amarília Fernandes
Coordenador do Curso

_______________________________________________
Prof. MSc. Luciano Henrique Duque
Orientador

_______________________________________________
Prof. MSc. Luís Cláudio Lopes de Araujo
UniCeub

_______________________________________________
Prof. MSc. Ivandro Ribeiro
UniCeub

Brasília
2016
4

AGRADECIMENTOS

Agradeço principalmente a minha querida e amada filha Ana Maria, que com menos
de um ano de idade teve que fazer um grande sacrifício, pois em muitos momentos não
recebeu a atenção e carinho devido durante o desenvolvimento deste trabalho. Não menos
importante agradeço a minha família pela compreensão e paciência que tiveram ao longo de
toda a graduação. Em especial agradeço imensamente os meus pais e irmãos, por estarem
sempre ao meu lado dando apoio, ajuda e incentivo em todos os momentos da minha vida.
Agradeço à minha esposa Fabiana, pela compreensão e paciência, abrindo mão de momentos
importantes para que fosse possível atingir meus objetivos.

Aos meus amigos Eder Peixoto e Edilson Leal pela amizade e por toda ajuda oferecida
durantes os momentos difíceis na construção deste trabalho. Por último, porém não menos
importante aos professores que me ajudaram durante toda minha jornada, compartilhando
seus conhecimentos adquiridos. Em especial ao meu orientador Professor Luciano Henrique
Duque, por todos os conselhos e empenho durante o decorrer deste trabalho.
5

CITAÇÃO

“Penso 99 vezes e nada descubro; deixo de pensar,


mergulho em profundo silencio: e eis que a verdade
me é revelada. ”

Albert Einstein. ”

.
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SISTEMA DE MONITORAMENTO E ACIONAMENTO DE CARGAS ELÉTRICAS


VIA WEB

RESUMO

Com o avanço da tecnologia as pessoas têm procurado formas de aperfeiçoar as tarefas


do cotidiano de modo a proporcionar maior autonomia e independência na execução destas
tarefas, quer seja em uma residência ou até mesmo no local de trabalho, impelido por
argumentos como comodidade, nível de conforto e até mesmo sustentabilidade. Neste
contexto, o projeto propõe o desenvolvimento de um sistema de monitoramento e
acionamento de cargas elétricas, que permita o usuário de forma remota e transparente a partir
de uma interface WEB o acionamento da iluminação, e do acesso realizado por meio de rádio
frequência. Este projeto foi desenvolvido utilizando o micro controlador Arduino Mega em
conjunto com reles para realização de acionamentos, além de sensores de corrente, tensão e
intensidade luminosa.

Palavras-Chave: Tecnologia, Monitoramento, Acionamento, Microcontrolador, Arduino.


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SYSTEM FOR MONITORING AND OPERATION OF ELECTRICAL CHARGES VIA


WEB

ABSTRACT

With the technology advance, people have been looking for ways to improve daily
tasks in order to provide greater autonomy and independence in the execution of these tasks,
whether in a residence or even in the workplace, driven by arguments such as convenience,
comfort and even sustainability. In this context, this project proposes the development of a
system for the monitoring and activation of electric charges, which allows the user to
remotely and transparently perform the activation of the lighting system, radio frequency
access control for things such as opening a gate, as well as the monitoring of current, voltage
and power used in the system. This project is developed using the Arduino Mega
microcontroller together with relays for the realization of drives, as well as current, voltage
and light intensity sensors.

Keywords: Technology. Monitoring, Drive, Microcontroller, Arduino.


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LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 Metodologia. Fonte: Autor..................................................................................................17


Figura 2.1 – Quadro monofásico. Fonte: autor.....................................................................................24
Figura 2.2 - - Exemplo distribuição em circuitos. Fonte: Autor.............................................................29
Figura 2.3 - Instalação circuito iluminação. Fonte: Adaptador de Muratori 2014................................29
Figura 2.4 Exemplo ligação paralela. Fonte: Adaptado de Muratori 2014...........................................30
Figura 2.5 - Exemplo Ligação TUG. Fonte: Muratori 2014...................................................................31
Figura 2.6 – Exemplo Ligação TUE. Fonte: Autor..................................................................................31
Figura 2.7 – Instalação tomada convencional versus comandada. Fonte: Adaptado de Mutatori 2014
.............................................................................................................................................................32
Figura 2.8 – Circuito de iluminação convencional versus automatizada. Fonte: Adaptado de Mutatori
2014.....................................................................................................................................................33
Figura 2.9 – Ligação three way automatizada. Fonte: autor.................................................................33
Figura 2.10 - Representação Sinal Analógico/Digital. Fonte:
http://playground.arduino.cdc/Italiano/Sensori..................................................................................34
Figura 2.11 - Tipos de Modulação. Fonte:
http://efagundes.com/networking/sistema-telefonico/tipos-de-modulacao-i/..................................36
Figura 2.12 - Espectro eletromagnetico das frequencias. Fonte: Tanenbaum......................................37
Figura 2.13 - Tipos de redes sem fio. Fonte: http://pt.kioskea.net/contents/wireless/wlintro.php3..38
Figura 2.14 – Esquema Atmega 2560. Fonte: Arduino. CC...................................................................41
Figura 2.15 - Circuito chaveamento USB. Fonte: Arduino.CC...............................................................42
Figura 2.16 - Esquema elétrico comunicação USB. Fonte: Arduino.CC.................................................43
Figura 2.17 - Shield Ethernet com Arduino MEGA. Fonte: Autor..........................................................44
Figura 2.18 - Shield Ethernet W5100. Fonte: Adaptado de Arduino.CC...............................................45
Figura 2.19 - Esquemático Rele. Fonte: http://www.elementosmagneticos.com/Aplicaciones-de-las-
bobinas.................................................................................................................................................47
Figura 2.20 - Modulo Rele. Fonte: Autor..............................................................................................48
Figura 2.21 - Esquema elétrico modulo rele. Fonte: autor...................................................................48
Figura 2.22 - Sensor tensão. Fonte: Autor............................................................................................49
Figura 2.23 - Acoplador 4N25. Fonte: Adaptado de http://www.datashhetdir.com/FAIRCHILDSEMI-
4N25+Optocouplers.............................................................................................................................49
Figura 2.24 - Esquemático Sensor Tensão. Fonte: Autor......................................................................50
Figura 2.25 - Curva característica do LDR. Fonte: Newton Braga.........................................................51
Figura 2.26 - Divisor de tensão com LDR. Fonte: Autor........................................................................51
Figura 2.27 - Diagrama de bloco HT6P20. Fonte: Datasheet................................................................52
Figura 2.28 - Ciclo de geração do código HT6P20. Fonte: datasheet....................................................53
Figura 2.29 - Esquema elétrico Ci HT6P20D. Fonte: Autor..................................................................53
Figura 3.1 - Fluxograma desenvolvimento do projeto. Fonte: Autor....................................................55
Figura 3.2 – Configuração da comunicação com a rede. Fonte: Autor.................................................57
Figura 3.3 - Configuração IP e MAC. Fonte: Autor................................................................................59
Figura 3.4 - Direcionamento de porta. Fonte: Autor............................................................................59
Figura 3.5 - Esquemático Sistema de iluminação. Fonte: Autor...........................................................63
Figura 3.6 - Esquema elétrico acionamento lâmpada. Fonte: huinfinito..............................................63
9

Figura 3.7 - Leitura do estado do sensor. Fonte: Autor........................................................................64


Figura 3.8 - Esquema elétrico controle remoto. Fonte: autor..............................................................67
Figura 3.9 - Esquema placa central motor KDZ price.: Fonte: www.garen.com.br...............................68
Figura 3.10 - Esquema elétrico ACS712. Fonte.: http://www.allegromicro.com..................................72
Figura 3.11 – Funcionamento CI ACS712. Fonte: www.alegro.com.br.................................................73
Figura 3.12 - Instalação Sensor de Corrente.........................................................................................74
Figura 3.13 - Esquema elétrico da placa central em subcircuitos. Fonte: Autor..................................75
Figura 3.14 - Layout 2d da paca centra. Fonte: Autor..........................................................................76
Figura 3.15 - Layout 3D placa central. Fonte: Autor.............................................................................76
Figura 3.16 – Maquete do projeto. Fonte: Autor.................................................................................77
Figura 4.1 - Fluxograma teste comunicação. Fonte: Autor...................................................................80
Figura 4.2 - Validação conexão cliente servidor. Fonte: Autor.............................................................81
Figura 4.3 - Página HTML. Fonte: Autor................................................................................................82
Figura 4.4 – Fluxograma teste do bloco de acionamento. Fonte: Autor...............................................83
Figura 4.5 - 1º Teste de validação do sistema de iluminação...............................................................84
Figura 4.6 - Gráfica probabilidade de X sucessos. Fonte: Autor...........................................................90
Figura 4.7 - Acionamento portão. Fonte: Autor...................................................................................91
Figura 4.8 - Fluxograma teste sistema de medição. Fonte: Autor........................................................94
Figura 4.9 - Teste medida de tensão. Fonte: Autor..............................................................................95
Figura 4.10 - Teste comparativo multímetro x interface IDE. Fonte: Autor..........................................98
Figura 4.11 - Gráfico comparativo medidas do sensor e multímetro. Fonte: Autor.............................99
Figura 4.12 - Teste para medição potência. Fonte: Autor..................................................................100
Figura 4.13 – Gráfico comparativo medidas de potência. Fonte: Autor.............................................102
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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Potência Aparelhos. Fonte Adaptador de: Noberto Nery Instalações Elétricas..................26
Quadro 2 - Levantamento de cargas. Fonte: Autor..............................................................................26
Quadro 3 - Cálculo potência ativa total. Fonte: Autor..........................................................................27
Quadro 4 - Versões Wifi e especificações. Fonte: Autor.......................................................................39
Quadro 5 - Comparativo Arduino. Fonte: http://blog.filipeflop.com/arduino/tipos-de-arduino-qual-
comprar.html.......................................................................................................................................40
Quadro 6 - Característica de operação HT6P20D. Fonte: Datasheet...................................................54
Quadro 8 - Dados de Operação Motor KDZ Price. Fonte: Autor...........................................................68
Quadro 9 - Resultado dos testes sistema de iluminação. Fonte: Autor................................................85
Quadro 10 - Teste acionamento sistema iluminação. Fonte: Autor.....................................................86
Quadro 11 – Probabilidade ocorrência de sucesso/falhas de acionamento. Fonte: Autor...................89
Quadro 12 - Resultados do acionamento portão automatizado..........................................................92
Quadro 13 - Resultado teste do sensor de tensão. Fonte: Autor.........................................................95
Quadro 14 - Resultados dos testes de medição de corrente. Fonte: Autor..........................................99
Quadro 15 - Comparativo potência sistema e calculada com valores medidos no multímetro. Fonte:
Autor..................................................................................................................................................101
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LISTAS DE SIGLAS

AC Alternating Current

ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações

CEB Companhia Energética de Brasília

DC Direct Current

GHz Giga-Hertz

GND Ground

HD Hard Disk

IDE Integrated Development Environment

LDR Light Dependent Resistor

MHz Mega-Hertz

NBR 5410 Norma Brasileira Regulamentadora 5410 

PWM Pulse Width Modulation

RAM Random Access Memory

TTL Time To Live

TUG Tomada de uso geral

TUE Tomada de uso específico

UART Universal Asynchronous Receiver Transmitter

USB Universal Serial Bus

VAC Valve Anti-Cheat

VCC Collector Supply Voltage

WPAN Wireless Personal Area Network

WLAN Wireless Local Area Network

WMAN Wireless Metropolitan Area Network

WWAN Wireless Wide Area Networ


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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO.........................................................................................14

1.1. Objetivos do trabalho...........................................................................................................16

1.1.1. Objetivo geral...............................................................................................................16


1.1.2. Objetos específicos.......................................................................................................16
1.2. Metodologia.........................................................................................................................17

1.3. Motivação.............................................................................................................................19

1.4. Resultados esperados...........................................................................................................20

1.5. Trabalhos Correlatos............................................................................................................20

1.6. Estrutura do trabalho...........................................................................................................21

CAPÍTULO 2 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................22

2.1. instalações elétricas..............................................................................................................22

2.1.1. potência elétrica...........................................................................................................23


2.1.2. circuito elétrico.............................................................................................................23
2.1.3. quadro de distribuição..................................................................................................28
2.1.4. circuitos terminais........................................................................................................29
2.2. automação da instalação elétrica.........................................................................................31

2.2.1. cargas automatizadas...................................................................................................32


2.3. transmissão sem fio..............................................................................................................34

2.4. redes sem fio........................................................................................................................37

2.5. microcontolador...................................................................................................................39

2.5.1. Microcontrolador Arduino Mega..................................................................................40


2.6. ethernet shield.....................................................................................................................44

2.7. Acionamento de carga elétrica com módulo rele.................................................................46

2.8. Sensor de tensão e Luminosidade........................................................................................48

2.8.1. sensor de tensão...........................................................................................................49


2.8.2. sensor de luminosidade ldr...........................................................................................50
2.9. Controle remoto com CI HT6P20 e emissor RF433MHz........................................................52

CAPÍTULO 3 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PROPOSTO......................55


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3.1. DESCrIÇÃO DO SISTEMA PROPOSTO.....................................................................................55

3.2. comunicação do sistema......................................................................................................56

3.2.1. configuração do arduino mega e ethernet shield.........................................................56


3.2.2. configuração do roteador.............................................................................................58
3.2.3. Servidor WEB................................................................................................................60
3.3. ACIONAMENTO DE CARGAS elétricas COM RETORNO DE STATUS.......................................62

3.3.1. acionamento do sistema de iluminação.......................................................................62


3.3.2. CONFIGURAÇÃO CONTROLE REMOTO PARA ACIONAMENTO DO PORTÃO
AUTOMATIZADO..........................................................................................................................66
3.4. medidor de corrente, tensão e potência..............................................................................71

3.4.1. configuração do sensor de corrente.............................................................................71


3.5. prototipo final do projeto.....................................................................................................75

3.5.1. construção da placa circuito central.............................................................................75


3.5.2. CONSTRUÇÃO DA MAQUETE........................................................................................77
CAPÍTULO 4 TESTES E RESULTADOS......................................................................79

4.1. PRIMEIRO CENÁRIO..............................................................................................................79

4.2. TESTE DE acionamento dos sistemas de iluminação e portão com retorno de status..........82

4.2.1. primeiro cenário: testes e resultados do sistema de iluminação..................................83


4.2.2. Testes sistema acionamento circuito portão................................................................91
4.3. segundo cenário...................................................................................................................94

4.3.1. testes sensor de tensão................................................................................................95


4.3.2. testes sensor de corrente.............................................................................................97
4.3.3. teste medição de potencia.........................................................................................100
CAPÍTULO 5 CONCLUSÃO..........................................................................................103

5.1. conclusões..........................................................................................................................103

5.2. projetos futuros..................................................................................................................103

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................105

APÊNDICE 107
14

1. INTRODUÇÃO

O crescimento tecnológico tem sido uma constante na vida do homem desde a sua
existência, a medida que vão surgindo as necessidades, surgem também formas de serem
supridas, através de invenções e novas descobertas.

Um marco importante para esse avanço, foi o domínio do fogo, sendo a primeira
forma de energia dominada, permitindo assim, o progresso do ser humano, pois, influenciou a
maneira do homem comer, permitindo que os alimentos fossem cozidos ao invés de serem
consumidos de forma crua, também se proteger dos perigos, e principalmente no meio desse
homem pensar e agir. Assim o domínio do fogo trouxe ao homem primitivo, um aumento da
espectativa de vida associada ao aumento da qualidade de vida. (BORBA, DA CRUZ e
DINIZ DE ABREU, 2010)

Um grande salto tecnológico ocorreu durante os anos de 1840 a 1870 com a revolução
industrial impulsionada a partir da criação de máquinas a vapor que foram aplicadas nas
industrias para que substituíssem o trabalho pesado realizado pelas pessoas, também no
desenvolvimento dos trens e navios, tudo voltado para a produção em massa na medida que as
necessidades das pessoas aumentavam. No segundo momento, essa revolução passou por uma
nova transformação, a partir de novas descobertas de fontes de energia como petróleo e
energia elétrica, a invenção do motor elétrico por exemplo, possibilitou a introdução de
maquinas automáticas nas indústrias e novos meios de transporte, transformando de vez o
modo de vida das pessoas, traduzindo-se em benefícios para a humanidade. (FILHO, 2007).

Durante essa revolução industrial um mecânico francês Joseph Marie Jacquard,


inventou um tear mecânico capaz de produzir tecidos com desenhos diferenciados, esse tear
era controlado por meio de grandes placas de cartão perfurado, assim Joseph introduziu o
conceito de armazenamento de dados voltado para a tecelagem, seguido de inventores como
Hollerith e sua máquina de cartões perfurados capaz de processar dados baseado na
separações desses cartões, utilizada no processamento do censo em 1890, Howard Aiken com
a criação do Mark I, uma máquina eletromecânica com instruções introduzidas a partir de uma
fita de papel perfurada capaz de multiplicar dois números de 23 dígitos cada em apenas 4,5
segundos e John Von Newman que formalizou o projeto logico de um computador onde as
informações fossem armazenadas em uma memória, dentre outros que possibilitaram que a
computação chegassem ao nível em que se encontra atualmente.
15

A computação, nasceu a partir da necessidade do homem em resolver problemas de


forma sistemática, sempre tentando representar mecanicamente todo e qualquer procedimento,
sendo estes em sua grande maioria repetitivos, assim, impulsionando a computação como a
conhecemos hoje. (FILHO, 2007).

Apesar da computação ter nascido com o objetivo de auxiliar o ser humano, foi
introduzida primeiramente em grandes corporações, pois, tinha alto custo e ocupava grandes
espaços físicos, mas à medida que a tecnologia foi avançando, o custo de produção desses
equipamentos foi se tornando mais acessível ao mesmo tempo que iam se tornando melhores,
assim a tecnologia foi disseminada ao ponto de estar ao alcance de todos, sendo aplicada nas
mais diversas áreas, seja, na indústria, comercio até mesmo dentro das residências.

A internet tem uma grande importância nesse meio, e apesar de ter sido criada
inicialmente para fins militares, foi a partir dela que o avanço tecnológico aconteceu de forma
exponencial a partir dos anos 1990, permitindo acesso globalmente distribuído a informações
diversas, além de permitir comunicação entre as pessoas em tempo real. (Tait, Tania F.C.
2007).

Como observado as pessoas tem buscado, cada vez mais, praticidade, comodidade e
segurança, através das tecnologias que lhe são apresentadas. Nesse sentido surgiu em meados
dos anos 1980, o termo Domótica junção da palavra latina Domus (casa) e robótica. Esse
termo está relacionado a instalação de tecnologia em residências com o objetivo de melhorar a
qualidade de vida, aumentar a segurança e viabilizar o uso racional dos recursos para seus
habitantes (ASSOCIAÇÃO ESPLANHOLA DE DOMÓTICA. 2015).

Nesse sentido a automação residencial tem como objetivo, integrar dispositivos e


serviços de forma centralizada e programável, sendo possível o controle e supervisão de
várias tarefas de forma automatizada. (BOLZANI, 2004).

Neste contexto o presente propõe o desenvolvimento de um sistema de monitoramento


e acionamento de cargas elétricas, que permita o usuário de forma remota e transparente, a
parti de uma interface WEB, realizar o acionamento de um portão automatizado, controle e
acionamento da iluminação.

Para tanto, é utilizado o Arduino Mega como base do projeto. Esse microcontrolador é
uma plataforma embarcada de código fonte livre, baseada no ATmega256, possui pinos de
entradas e saídas digitais e analógicas, assim como pinos de controle por PWM
16

(MCROBERTS, 2011). Esse micro controlador é utilizado pela facilidade de uso e por conter
recursos importantes que permite ser utilizado em uma ampla faixa de opções.

Por fim, o Arduino Mega interage com o ambiente externo e interno, através de
sensores (corrente, tensão, luminosidade e Rádio Frequência) e atuadores (motor,
interruptores, reles): os sensores obtém informações relacionadas ao ambiente e informam ao
micro controlador, que irá processá-las e acionar os atuadores para realizar as tarefas pré-
determinadas solicitadas pelo usuário por meio da interface WEB, através de qualquer
dispositivo móvel ou fixo que tenha acesso a internet.

1.1. OBJETIVOS DO TRABALHO

1.1.1. OBJETIVO GERAL

Desenvolver um sistema de monitoramento e acionamento de cargas elétricas


remotamente via WEB, permitindo ao usuário monitorar e acionar cargas elétricas de um
determinado ambiente de qualquer lugar que esteja por meio de um computador, celular,
tablet ou qualquer equipamento que possua um navegador de internet.

1.1.2. OBJETOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos visam atingir o objetivo geral e são o seguinte:

 Revisão bibliográfica das tecnologias utilizadas para o desenvolvimento do projeto


 Implementar o esquemático de proposta do sistema.
 Construir os circuitos necessários para implementar o projeto dentro de um ambiente
residencial, utilizando sensores e atuadores.
 Elaborar código fonte em Linguagem C, escrito na IDE do Arduino;
 Desenvolver código do servidor e pagina HTML que será responsável pela
comunicação WEB;
 Efetuar a integração dos circuitos com o Arduino e pagina HTML
 Realizar testes de funcionamento do protótipo, visando se possível a melhoria do
sistema
17

 Construir maquete simulando um ambiente residencial para demonstração do


funcionamento do protótipo na banca.

1.2. METODOLOGIA

A metodologia deste projeto é dividida em 8 fases, sendo apresentado inicialmente


para um melhor entendimento, o esquemático de funcionamento do sistema através da
imagem que se segue.

Figura 1.1 Metodologia. Fonte: Autor

No primeiro momento foi realizado levantamento bibliográfico sobre as tecnologias


que serão utilizadas para o desenvolvimento do projeto conforme a seguir.

 Micro controlador Arduino Mega;


 Placa de comunicação Ethernet Shield W5100.
 Funcionamento do modulo rele, sensores de corrente, tensão e luminosidade (LDR);
 Funcionamento do encoder HT6P20D, circuito integrado responsável pela emissão do
código de controle remoto.
 Linguagem de programação em C e HTML para codificação e integração do sistema;
18

Segunda fase, construir o circuito do controle remoto, a partir do CI codificador


HT6P20D e emissor RF 433MHz, que será capaz de se comunicar com circuitos de
acionamento do motor (portão eletrônico), ou seja, dispositivos já existentes no mercado que
usam a mesma tecnologia.

Terceira fase, realizar a programação em linguagem C desenvolvida na IDE do


Arduino, para acionamento do circuito do controle remoto a partir do Arduino Mega, que terá
como função se comunicar com circuitos autônomos existentes no mercado que utilizam a
mesma tecnologia, no caso realizar o acionamento de um motor para realizar a abertura de um
portão automatizado.

Quarta fase, escrever o algoritmo para funcionamento do circuito do modulo rele


responsável pelo acionamento de uma carga elétrica através dos pinos digitais do Arduino,
neste caso uma lâmpada comum, trabalhando em conjunto com um sensor de tensão e
luminosidade, responsáveis pelo retorno do status desta, com o intuído de informar se foi
ligada, desligada ou se há algum defeito no circuito com defeito.

Quinta fase, programar o código fonte da página e servidor HTML, instanciado no


Arduino, que em conjunto com a placa Ethernet Shield, será responsável por permitir acesso
do usuário ao sistema automatizado, conforme informado no objetivo deste trabalho.

Sexta fase, integrar todos os circuitos ao Arduino Mega e Ethernet Shild, com a
finalidade de realizar o teste de funcionamento, de cada sensor e atuador deste, visando a
detecção de uma possível falha, aplicando as correções necessárias.

Sétima fase, realizar teste de funcionamento do sistema com todos módulos unidos, e
para tal será utilizando os equipamentos, conforme abaixo descrito:

 Bancada elétrica laboratório do 5000 do UniCEUB,


 Fonte de alimentação regulável 0-30V e 0-5A, modelo Minipa POWER SUPPLY
MDC – 3006D, para fornecer a tensão e corrente para funcionamento do sistema,
permitindo o teste de acionamento do modulo rele responsável pelo acionamento da
19

lâmpada, sensores de movimento, assim como os sensores de fluxo de água e


temperatura, de formar a verificar se está tudo correndo conforme o esperado.
 Osciloscópio modelo Agilent Tchonolies DSO-X 3024A, para verificar se o sinal
gerado pelo CI HT6P20D corresponde ao desejado, assim como, a qualidade desse
sinal a partir do envio pelo emissor de Rádio Frequência RF 433MHz, e recebimento
pelo receptor RF 433 MHz. Durante a verificação desse sinal será realizado o teste de
funcionamento do circuito do motor, junto os sensores magnéticos de fim de curso,
verificando se atende aos requisitos de abertura de um portão automático.
 Multímetro digital Minipa, para comparar se os valores obtidos de corrente e tensão
obtidos por meio dos sensores, correspondem aos valores medidos por este, seguindo
com a verificação junto a página interface IDE do Arduino se está enviando de forma
correta os valores medidos
 Roteador wireless, responsável disponibilizara rede para acesso ao Arduino e as
funcionalidades do projeto.

Oitava fase, construir maquete física com todo o sistema montado, simulando um
ambiente residencial, que demonstre o funcionamento deste projeto, conforme a seguir.

 Maquete confeccionada em MDF com 02 ambientes sendo: 01 internos e 01 externo,


composto de 01 portão com um motor comercial;
 Quadro elétrico instalado seguindo a NBR5410
 Quadro de automação com os circuitos.

1.3. MOTIVAÇÃO

Com avanço tecnológico e preços mais acessíveis a automação tem se tornado cada
vez mais popular, hoje grande parte das residências e empresas já possuem sistemas
automatizados, tais como, portão automático e centrais de alarme, esses sistemas na grande
maioria exercem suas funções de forma independente sem a intervenção de um sistema
centralizado, como exemplo de uma central de alarme que ao detectar movimento dispara um
sinal sonoro, mas só pode desativada ou ativada novamente pelo usuário de forma presencial.
20

Assim a motivação para desenvolver este projeto acadêmico, foi criar um sistema que
o usuário possa monitorar e acionar cargas elétricas de um ambiente de forma remota e que
esse sistema possa ser integrado aos sistemas já existes, neste caso o sistema de um motor que
automatiza portão, trazendo assim, maior praticidade e conforto para o usuário.

1.4. RESULTADOS ESPERADOS

O resultado esperado deste é o desenvolvimento de um sistema integrado envolvendo


dispositivos e software, que partir de uma página HTML de fácil uso por qualquer usuário,
garanta ao mesmo a partir da rede sem fio, o controle e monitoramento de um ambiente
residencial, permitindo ao usuário, acionar cargas elétricas como lâmpadas, motor (portão
automático), retornando ao usuário status dessas cargas através dos sensores instalados, assim
como disponibilizar informações de corrente, tesão e potência por meio dos dados obtidos
pelo sistema através dos sensores de corrente e tensão, mostrados ao usuário de forma
instantânea na interface WEB assim que solicitado.

Para tanto o sistema deverá ser funcional, prático e transparente atendendo as


expectativas para qual será desenvolvido.

1.5. TRABALHOS CORRELATOS

Sombra (2016) desenvolveu uma aplicação de automação residencial que permite o


controle de diferentes sistemas residenciais via redes sem fio de forma remota. Tendo como
objetivo o controle da iluminação, monitoramento de temperatura e segurança sendo este
último por meio do controle de acesso.

Freitas (2013) desenvolveu um projeto de automação residencial no gerenciamento de


energia utilizando Arduino sem a necessidade de reestruturação do ambiente, com o objetivo
de controlar por meio de uma aplicação WEB o acionamento de luzes residenciais de forma
remota.

Apesar deste trabalho apresentar semelhanças aos trabalhos acima referenciados, se


diferencia em relação à possibilidade de integração do mesmo a sistemas autônomos (portão
automatizado, centrais de alarme), agregando mais funcionalidade a esses sistemas. Outro
21

fator importante se refere ao controle da iluminação que retornará ao usuário além do status
de ligado ou desligado, informações de defeito caso o acionamento não ocorra por defeito do
circuito de iluminação.

1.6. ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho está organizado em capítulos, dispostos da seguinte forma.

1.– Visão geral do trabalho, seu objetivo, assim como, motivação para o desenvolvimento e a
metodologia utilizada para atingir o objetivo geral.

2.– Fundamentos básicos necessários para o entendimento deste trabalho, ou seja, referencial
teórico do micro controlador Arduino Mega, placa de comunicação Ethernet Shield W5100,
sensores e reles.

3.– Estrutura do projeto, onde serão apresentados a descrição detalhada do sistema e seu
funcionamento.

4.– Análises e resultados.

5.– Apresentação das conclusões e sugestões de trabalhos futuros.


22

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo é apresentado os conceitos teóricos necessários para o entendimento e


desenvolvimento do projeto proposto

2.1. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A energia elétrica está presente praticamente em todos os ramos e atividades


desenvolvidas pelo homem, sendo um elemento fundamental para o seu desenvolvimento. Sua
utilização se baseia na facilidade de uso e conversão para outras formas de energia, como
exemplo, energia luminosa utilizada em lâmpadas, energia mecânica no uso de motores,
alimentação de equipamentos eletrônicos e elétricos diversos.

De fato, a eletricidade é muito importante na vida do ser humano, ela está presente
dentro dos lares, permitindo o funcionamento de aparelhos domésticos e eletrônicos, no
sistema de iluminação, dentre outras funcionalidades providas pela energia elétrica. Por outro
lado, a eletricidade quando mal-empregada, traz perigos diversos, como incêndios causados
por curto circuitos e até mesmo acidentes fatais.

Para que se possa entender a estrutura da parte elétrica, dever ser elaborado um projeto
de forma que mostre uma instalação executada corretamente, que privilegiem durabilidade,
bom funcionamento, conforto e segurança, terem todas as tomadas no lugar apropriado,
interruptores suficientes e um disjuntor bem dimensionado que não desarme fora das
situações de risco, estes são os requisitos mínimos para o bom funcionamento da instalação
elétrica. Segundo Nery, para que uma instalação elétrica seja considerada satisfatória, deve
apresentar características que satisfaçam exigências funcionais necessárias ao ambiente,
possuir uma vida útil compatível com a edificação, além de ter um custo de instalação,
manutenção e consumo de energia tal que seja economicamente viável, atendendo as
condições necessárias de segurança e conforto (NERY, 2011).

Para se alcançar plenitude no projeto é fundamental um planejamento prévio, sendo


previsto não só conforto como também obedecer a um padrão rígido de normas de segurança
regulamentado pela Norma Brasileira através da NBR5410.
23

2.1.1. POTÊNCIA ELÉTRICA

Antes de ser definido o que é uma potência elétrica é definido os conceitos de


potencial elétrico (tensão elétrica), corrente e resistência elétrica. O potencial elétrico pode ser
definido como sendo a diferença de concentração de elétrons, isto é, carga elétrica, entre dois
pontos de um condutor. Já a corrente elétrica é o fluxo ordenado de partículas portadoras de
carga elétrica, dentro de um condutor quando existe uma diferença de potencial. A resistência
é definida como a oposição ao fluxo de elétrons para estabelecimento da corrente elétrica, ou
como a capacidade de um corpo se opor a passagem de corrente elétrica, sendo essa
resistência calculada pela primeira lei de Ohm (NISKIER, 2000).

Desta forma potência elétrica é definida como sendo o trabalho realizado por uma
corrente na unidade de tempo. Para um sistema puramente resistivo a potência elétrica é
obtida a partir do produto da tensão U pela intensidade da corrente I e tem como unidade de
medida o watt (W) (NISKIER, 2000). Segue abaixo equação da potência elétrica, onde P
significa potência elétrica, U tensão e I corrente.

P=U x I (1)

Essa potência também pode ser obtida a partir da lei de Ohm, pois, a tensão U é obtida
a partir do produto da resistência R pela intensidade da corrente I. conforme equação a seguir.

U=RxI (2)

Dessa forma a equação da potência pode ser escrita conforme a seguir.

P = R x I2 (3)

2.1.2. CIRCUITO ELÉTRICO

Circuito elétrico de baixa tensão é definido pela Norma Brasileira conforme (NBR
5410:2008), Seção 4 “ Princípios fundamentais e determinação das características gerais”
temos a definição de circuitos conforme mostrado a seguir.

4.2.5.1. A instalação deve ser dividida em tantos


circuitos quantos necessários, devendo ser concebido
24

de forma a poder ser seccionado sem riscos de


realimentação inadvertida através de outro circuito.

(...)

4.2.5.5. Os circuitos terminais devem ser


individualizados pela função dos equipamentos de
utilização que alimentam. Em particular, devem ser
previstos circuitos terminais distintos para pontos de
iluminação e para pontos de tomada.

4.2.5.6. As cargas devem ser distribuídas entre as


fases, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível.

Na instalação elétrica residencial, os circuitos correspondem às saídas dos disjuntores,


e estes disjuntores são alimentados pelos barramentos do quadro de elétrica. Se o disjuntor for
unipolar, o circuito será monofásico, se bipolar será bifásico. No caso de circuitos
monofásicos como os especificados neste projeto é necessário ter um fio neutro exclusivo
para cada circuito. Conforme exemplo de quadro de elétrica mostrado na figura 2 a seguir.

Figura 2.2 – Quadro monofásico. Fonte: autor


25

Para distribuição de circuitos de uma instalação é necessário determinar a potência


ativa total para esta instalação. Esta potência é determinada mediante uma previsão das cargas
mínimas de iluminação, tomadas de uso geral (TUG) e tomadas de uso específico (TUE) a
serem instaladas, determinadas de acordo com as normas da NBR5410, levando em
consideração fatores como quantidade de pontos de tomadas e iluminação dentro da
instalação em relação a área e perímetro de cada ambiente.

Tomada de uso geral é aquela destinada para alimentação de aparelhos diversos que
utilizam uma corrente inferior a 10 A e potência correspondente a tensão utilizada (127/220
V), em contrapartida as tomadas de uso especifico são aquelas destinadas a aparelhos que
necessitam de corrente superior a 10A, tais como chuveiros, fornos e torneiras elétricas.

Os critérios para dimensionamento das cargas de tomadas e iluminação e suas


quantidades são prescritas pela NBR 5410 conforme a seguir.

Iluminação.

 Mínimo de um ponto de luz no teto com potência mínima de 100VA


comandada por interruptor de parede.
 Cômodos onde a área for igual ou inferior a 6m 2 prever uma carga mínima
de 100 VA.
 Cômodos onde a área for superior a 6m2 uma carga de 100VA para os
primeiros 6m2 e para aumento de 4m2 inteiros acrescentar 60VA.
 Para áreas externas a previsão de cargas fica a cargo do projetista.

Tomadas de uso geral (TUG,s).

 Cômodos onde a área for igual ou inferior a 6m2 no mínimo uma tomada
ficando a cargo do projetista a instalação de mais de um ponto.
 Em áreas superiores a 6m2, uma tomada a cada 5m ou fração do perímetro
espaçadas de forma igualitária sempre que possível.
 Dependências como cozinhas, copas e copas-cozinhas uma tomada a cada
3,5m espaçadas de forma uniforme independente da área.
 Banheiros mínimo de uma tomada junto ao lavatório com distância mínima
do 60 cm do limite do box.

A potência mínima para cada TUG é estabelecida conforme a seguir.


26

 Ambientes como: cozinhas, banheiros, copas, lavanderias, áreas de serviço,


atribuir no mínimo 600VA por tomada até três tomadas e 100VA para as
demais.
 Outros ambientes um mínimo de 100VA por tomada.

Para as tomadas de uso especifico considerar um circuito independente atribuindo


potência nominal do equipamento a ser instalado. A NBR5410 não faz previsão das potencias
de aparelhos, portanto cabe ao projetista realizar uma pesquisa sobre a informação necessária.

Segue quadro 1 com potencias de alguns aparelhos utilizados em tomadas de usos


especifico.

Quadro 1 - Potência Aparelhos. Fonte Adaptador de: Noberto Nery Instalações Elétricas

Aparelho Carga em VA
Chuveiro 4400 a 6500
Torneira elétrica 3500 a 5500
Condicionador de Ar 1200 a 3500VA
Forno de micro-ondas 1000 a 1500
Secadora de roupas residencial 2500 a 4500

Para melhor entendimento dos critérios adotados pela NBR5410 conforme acima
especificados, segue quadro 2 com o levantamento de cargas de um ambiente residencial
reunindo todos os dados de cargas de iluminação, TUG,s e TUES.

Quadro 2 - Levantamento de cargas. Fonte: Autor


Dimensões Potência TUG,s TUE,s
Dependência Área Perímetro iluminação Potência Potência
QTD Tipo
(m2) (m) (VA) (VA) (W)
Sala 9,91 12,6 100 3 300 - -

Cozinha 11,43 13,6 160 4 1900

Quarto 1 11,05 13,3 160 3 400

Quarto 2 10,71 13,1 160 3 400 - -

Banheiro 4,14 - 100 1 600 Chuveiro 5500


Máquina de
Área Serviço 5,95 - 100 1 600 1200
lavar
27

Área externa - - 100 - - - -

Totais 880VA 4.200(VA) 6700 (W)

Conforme informado é necessário determinar a potência ativa total prevista para a


instalação, para que seja necessário determinar tipo de fornecimento de alimentação de acordo
com a concessionaria de energia da região e distribuição dos circuitos a partir do quadro de
distribuição. Para tanto é necessário realizar a soma das potencias informadas no
levantamento de cargas conforme tabela acima, mas como as cargas de iluminação e TUG,s,
são informadas em potência aparente, deverão ser convertidas para potência ativa, aplicando
o fator de potência adotado, sendo 1 para as cargas de iluminação e 0,8 para os TUG,s. Dessa
forma termos:

Quadro 3 - Cálculo potência ativa total. Fonte: Autor

Potencia ativa iluminação 880VA x 1 = 880W


Potência ativa TUG,s 4200VA x 0,8 = 3.360 W
Potência ativa TUE,s 6.700,0 W
Total 10.940 W ou 10,94 KW

A escolha do tipo de alimentação de entrada é feita de acordo com as normas da


concessionaria de energia local, sendo representado neste trabalho pela Companha Energética
de Brasília (CEB) que define os dados de alimentação conforme NTD - 6.0 seção 7.5
conforme a seguir.

7.5.1.1. Tipo M1 - Pertencem a este tipo as unidades


consumidoras que possuem carga instalada de até 8 kW, 2
(dois) condutores, sendo 1 (uma) fase e neutro 220 volts.

(...)

7.5.1.2. Tipo M2 - Pertemncem a este tipo as unidades


consumidoras que possuem carga instalada superior a 8 kW
e de até 11 kW, 2 (dois) condutores, sendo 1 (uma) fase e
neutro 220 volts

(...)
28

7.5.2.2. Tipo B1 - Pertencem a este tipo as unidades


consumidoras que possuem carga instalada superior a 11
kW e de até 15 kW, 3 (três) condutores, sendo 2 (duas)
fases e neutro 380/220 volts.

(...)

7.5.2.2. Tipo B2 - Pertencem a este tipo as unidades


consumidoras que possuem carga instalada superior a 15
kW e de até 22 kW, 3 (três) condutores, sendo 2 (duas)
fases e neutro 380/220 volts.

De acordo com o quadro 3 com potência ativa total de 10,94 KW, é atendido com o
tipo de alimentação M2, monofásica 220 volts com dois condutores sendo 01 fase, 01 neutro.

2.1.3. QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

É o centro de distribuição da instalação elétrica, pois recebe os fios de alimentação que


vem do medidor da concessionaria e onde estão presentes os dispositivos de proteção
(disjuntores) de onde partem os circuitos terminais que alimentam as lâmpadas e tomadas.

A distribuição de circuitos terminais que alimentam as lâmpadas, tomadas de uso geral


e especifica é realizada seguindo os critérios estabelecidos pela NBR5410 a seguir.

 Os circuitos de iluminação devem ser independentes dos circuitos de tomadas


de uso geral
 Prever circuitos exclusivos para equipamentos onde a corrente for superior a
10A

Além dos critérios mencionados, deve-se evitar que circuitos de iluminação e TUG se
tornem muito carregados, pois os fios apropriados para as ligações resultam numa bitola
muito grande, o que pode além de dificultar a instalação em eletrodutos e ligações terminais
dos disjuntores e tomadas, encarecem o custo de instalação. Uma prática adotada para que
esse problema não ocorra é estabelecer que a corrente dos circuitos de iluminação e TUGs não
ultrapasse 10A.
29

2.1.4. CIRCUITOS TERMINAIS

São os circuitos que parte do quadro de distribuição alimentando diretamente as


lâmpadas e tomadas de usos geral e especifico. Esse procedimento além de proteger a
instalação, facilita a manutenção e reduz interferências.

A seguir figura 2.2 exemplificando a divisão de uma instalação em circuitos.

Figura 2.3 - - Exemplo distribuição em circuitos. Fonte: Autor

A seguir é apresentado nas figuras 2.3 e 2.4, exemplos de ligação dos circuitos de
iluminação e tomadas.

Figura 2.4 - Instalação circuito iluminação.


Fonte: Adaptador de Muratori 2014.
30

Na figura 2.3, tem-se o exemplo de uma ligação simples para o circuito de iluminação,
onde o fio neutro N1 sai do quadro de distribuição e vai até a lâmpada, seguindo do fio da
fase, que vai até o interruptor, sai do interruptor o fio de retorno que vai até a lâmpada. O
interruptor é responsável por comutar a fase desse circuito com o retorno da lâmpada, fazendo
com que esta acenda.

Na figura 2.4 a seguir, é apresentado exemplo de ligação do circuito de iluminação


conhecida como ligação paralela ou Three Way.

Figura 2.5 Exemplo ligação paralela. Fonte:


Adaptado de Muratori 2014.

Para a ligação paralela, conforme figura 2.4, é necessário a utilização de dois


interruptores específicos (paralelo). O fio neutro sai do quadro de distribuição e segue até a
lâmpada, a fase por sua vez vai até um dos interruptores paralelos que possuem três pinos,
desse interruptor saem dois fios de retorno que chegam até o próximo interruptor paralelo e
desse sai o retorno até a lâmpada. Esse tipo de ligação é geralmente utilizada, quando há a
necessidade de um duplo comando, como exemplo no pavimento superior e inferior de uma
escada.

O circuito de alimentação de uma tomada uso geral é destinado a equipamentos


elétricos diversos. A ligação de uma ou mais tomada é realizada utilizando a fase que vem do
quadro, um condutor de neutro e um condutor de proteção (fio terra), conforme mostrado na
figura 2.5.
31

Figura 2.6 - Exemplo Ligação TUG. Fonte: Muratori 2014

Os circuitos de alimentação para tomadas de uso especifico (TUE) podem utilizar


plugues em sua ligação, mas no caso de alguns aparelhos como chuveiros a ligação dos fios
de fase, neutro e terra pode ser realizada diretamente no aparelho conforme ilustrado na figura
2.6 a seguir.

Figura 2.7 – Exemplo Ligação TUE. Fonte: Autor

2.2. AUTOMAÇÃO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA

O conceito de automação baseia-se em instalações no quais há a integração de


sistemas residenciais aliado a capacidade de executar funções e comandos perante instruções
32

programáveis. Segundo Muratori é caracterizada por serviços proporcionados por sistemas


tecnológicos integrados com o objetivo de satisfazer as necessidades básicas de segurança,
comunicação, gestão e conforto de uma habitação. (DAL BÓ e MURATORI, 2014).

2.2.1. CARGAS AUTOMATIZADAS

As cargas automatizadas representam todos os equipamentos que são automatizados


na residência através de controladores, atuadores, softwares de controle e supervisão, reles e
sensores diversos (DAL BÓ e MURATORI, 2014). Os exemplos de cargas automatizadas
são: iluminação, tomadas comandadas, portões automatizados, aquecedores de ambiente,
dentre outros.

Em uma instalação convencional as tomadas ficam energizadas o tempo todo, já as


tomadas comandadas, são aquelas que podem ser ligadas e desligadas por um controlador de
automação, geralmente designadas especificamente para ligação de equipamentos em horários
programados. A figura 2.7 a seguir mostra a ligação de uma tomada convencional versus
comanda pelo sistema de automação.

Figura 2.8 – Instalação tomada convencional versus comandada.


Fonte: Adaptado de Mutatori 2014

Na figura 2.8 exemplifica-se a ligação de um circuito de iluminação comparada a


instalação convencional com a automatizada, onde é possível observar que na ligação
convencional o fio da fase chega a caixa do interruptor, saindo um retorno para a lâmpada que
33

recebe o neutro a partir do quadro de distribuição, assim quando o interruptor é comutado


acende-se a lâmpada. Já na ligação automatizada tanto a fase quanto os retornos passam pelo
quadro automatizado

Figura 2.9 – Circuito de iluminação convencional versus


automatizada. Fonte: Adaptado de Mutatori 2014

Um ponto importante em uma ligação automatizada do circuito de iluminação se


refere aos acionamentos em paralelo ou Three Way, onde o segundo interruptor paralelo é
substituído por um modulo rele que será abordado mais a frente, sendo este acionado a partir
de um sistema controlador, apresentando diversas aplicações como exemplo o acionamento
remoto através da rede sem fio abordado mais à frente. Na figura 2.9, representa-se a ligação
three way automatizada.

Figura 2.10 – Ligação three way automatizada. Fonte: autor

Conforme conceituado por Muratori a instalação automatizada consiste na integração


de sistemas residenciais aliado a capacidade de executar funções e comandos perante
instruções programáveis. Nesse sentido o presente trabalho utiliza um microcontrolador
Arduino Mega com a função de automatizar uma instalação elétrica, de forma que as cargas
34

elétricas possam ser controladas e monitoradas de forma remota através de recursos de


comunicação, como redes sem fio (DAL BÓ e MURATORI, 2014).

2.3. TRANSMISSÃO SEM FIO

Baseado em mobilidade a área de telecomunicações foi levada ao desenvolvimento de


tecnologias de transmissão que não dependesse tanto dos meios de comunicação tradicionais
realizadas pelo par trançado, cabos coaxiais e fibra óptica. Nesse contexto a transmissão de
dados sem fio, basicamente realizada por ondas de rádio, foi ganhando mais espaço em
detrimento das diversas aplicações e vantagens oferecidas por essa tecnologia
(TANENBAUM e WETHERALL, 2011).

A transmissão de dados é efetuada através de sinais elétricos que se apresentam de


forma analógica ou digital. O sinal de natureza analógica é representado em formato de onda
é continuamente variável em função do tempo, geralmente associado a coisas da natureza
como a voz, é produzida a partir da modulação de uma portadora senoidal. O sinal digital é
representado por valores discretos associados a pulsos elétricos, onde a mensagem a ser
enviada é codificada em bits. A seguir tem-sefigura 2.10 com imagem representativa para os
sinais analógico e digital.

Figura 2.11 - Representação Sinal Analógico/Digital. Fonte:


http://playground.arduino.cdc/Italiano/Sensori A
transmissão entre equipamentos eletrônicos portáteis, como notebooks, tablet e aparelhos de
telefonia é realizada através da propagação de ondas eletromagnéticas, ou seja, rádio
35

frequência. Para que essa comunicação seja realizada são necessários o elemento transmissor,
o meio de transmissão e o receptor.

Na comunicação por rádio frequência é utilizado mais de um modo de transmissão


conforme a seguir:

 Modo simplex utilizado em comunicação unidirecional onde a transmissão é


realizada em um único sentido, ou seja, de um dispositivo emissor para um ou
mais receptores.
 Half-Duplex utiliza transmissão bidirecional, nos dois sentidos da
comunicação, porém executada de maneira alternada em cada sentido.
 Full-Duplex transmissão bidirecional e simultânea, ou seja, transmiti dados ao
mesmo tempo que recebe, como exemplo desse tipo de comunicação temos as
transmissões telefônicas.

O sistema de transmissão também apresenta diferentes classificações. São elas o


sistema direcional, que privilegia um destinatário em detrimento de outros, e omnidirecional,
que se propaga em todas as direções, logo os equipamentos de transmissão e recepção não
precisam estar dispostos de forma alinhada, assim o sinal é distribuído para um maior número
de usuários.

Como informado, através da rádio frequência é possível realizar a transmissão e


recepção de dados previamente codificadas em um sinal eletromagnético. Na emissão o sinal
é modulado, amplificado e enviado por uma antena (elemento transmissor), essa modulação
consiste na geração de uma onda portadora que é um sinal senoidal que tem parâmetros de
amplitude, fase e frequência, sendo que um desses parâmetros pode ser alterado de acordo
com a informação que deseja transmitir de tal forma que possa ser recuperada na outra parte
(receptor) por um processo de demodulação. O processo de modulação é necessário para que
o sinal a ser transmitido se propague pelo ar (meio de transmissão) de forma eficiente e na
frequência destinada ao serviço, pois a capacidade de transmissão entre os meios depende
fortemente de sua frequência de operação.

A amplitude da onda é a medida de sua altura ou crista para tensão positiva ou


negativa, no sinal digital a amplitude é a diferença da tensão para o degrau entre 0 e 1.
36

Partindo da tensão zero, a onda aumenta atingindo a amplitude, descresse, então se anula,
chega na amplitude negativa e volta a aumentar se anulando novamente. Essa sequência
compõe um ciclo. (FAGUNDES, 2016).

A seguir é apresentado os tipos de modulação utilizadas para transmissão nas redes de


telecomunicações, seguido da figura 2.11 com as respectivas representações.

 Modulação em amplitude (AM) – utiliza a mudança da amplitude para


chaveamento ASK (Amplitude Shift Keying). Na maioria das transmissões é
utilizada na comunicação por voz;

 Modulação em Frequência (FM) – realiza o chaveamento por frequência

 Modulação por fase –  em intervalos espaçados de forma uniforme a onda


portadora se desloca 0 ou 180 graus. Para que seja necessário transmitir dois
bits de informações em um intervalo de tempo utiliza-se deslocamentos de 45,
135, 225 ou 315.

Figura 2.12 - Tipos de Modulação. Fonte:


http://efagundes.com/networking/sistema-telefonico/tipos-de-
modulacao-i/

Para utilização da rádio frequência os projetos devem ser muito bem planejados para
que a qualidade de recepção dos dados não seja comprometida com atenuações que deformam
o sinal além de interferências de outros sinais que modificam o sinal original.
37

Segundo Tanenbaum, o sinal de rádio é de fácil geração e possibilita transmissões de


longo alcance. Neste contexto, houve uma crescente demanda na transmissão sem fio sendo
necessário uma padronização para utilização das faixas de frequência (TANENBAUM e
WETHERALL, 2011). Dessa forma as faixas de frequências foram padronizadas em nível
mundial pela International Telecommunication Union (ITU) e no Brasil, regulado pela
Agencia Nacional de Telecomunicações (ANATEL), conforme figura 2.12 que apresenta as
faixas do espectro eletromagnético das frequências.

Figura 2.13 - Espectro eletromagnetico das frequencias. Fonte: Tanenbaum

Seguindo esta linha o projeto proposto utiliza um kit transmissor emissor de rádio
frequência que opera na faixa de 433Mhz, o modulo emissor é ligado ao circuito controlador
junto ao encoder HT6P20D que será abordado mais à frente, sendo este circuito responsável
por acionar o circuito de um portão automatizado.

Abaixo dados técnicos do transmissor e receptor utilizado.

 Transmissor:

 Tensão de operação – 3,5 a 12 V


 Frequência de transmissão – 433MHz
 Alcance – até 200 metros sem obstáculo dependendo da tensão aplicada
 Modo de operação – Modulação em Amplitude (AM)
 Taxa de transferência – 4KB/s
 Potência de Transmissão – 10mV

 Receptor:

 Tensão de operação – 5V
38

 Corrente de operação – 4mA


 Frequência de transmissão – 433MHz
 Sensibilidade – -105dB

2.4. REDES SEM FIO

A rede sem fio é uma tecnologia baseada na transmissão por rádio frequência, ou seja,
os dados são transmitidos através de um sinal eletromagnético e propagados pelo ar,
promovendo interconexão e grande flexibilidade na localização de estações, permitindo a
rápida visualização dos dados pelo usuário independentemente da localização em que se
encontra. Outra característica importante deste tipo de rede é que não necessita de uma grande
mudança na infraestrutura física no local onde for instalada.

A rede sem fio é padronizada pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos


(IEEE), é dívida em grupos conforme ilustrado na figura 2.13 a seguir de acordo com seu raio
de alcance: WPAN, WLAN, WMAN e WWAN.
 
 
 

Figura 2.14 - Tipos de redes sem fio. Fonte:


  http://pt.kioskea.net/contents/wireless/wlintro.php3
 

WPAN (Wireless Personal Area Network), é o tipo rede pessoal desenvolvida para
pequeno alcance, com alcance geográfico entre 10 a 100 metros, ou seja, muito limitadas.
Essas redes são desenvolvidas pelo Grupo 15 do IEEE e destacam-se o Bluetooth (IEEE
802.15.1), (SEMPREBOM, 2010).
 
 
39

A rede WMAN (Wireless Metropolitan Area Network), é caracterizada como rede


metropolitana normatizada pelo IEEE 802.16, alcançam maiores distancias por volta de 4 a 10
km e taxas de transferência de 1 a 10 Mb/s, ou seja, atravessam estados, geralmente utilizadas
em redes corporativas.
  
WWAN (Wireless Wide Area Network) é uma rede de longo alcance, com cobertura
continental, pois se estende através de um pais e até mesmo um continente. Comumente
utilizada em serviços de voz e dados, ou seja, muito aplicada em serviços de rádio,
normatizada pelo IEEE 802.20.

WLAN (Wireless Local Area Network) rede local, com alcance entre 100 a 300m. A
principal tecnologia é o Wi-Fi (Wireless Fidelity) designado pelo IEEE 802.11b, opera na
faixa de 2,4GHz e 5,0GHz, com taxas de transmissão conforme tabela 4 a seguir.

Quadro 4 - Versões Wifi e especificações. Fonte: Autor

VERSÃO FREQUÊNCIA  TAXA DE TRANSMISSÃO


802.11a 5 GHz 54 Mbit/s
802.11b 2,4GHz 11 Mbit/s
802.11g 2,4GHZ 54 Mbit/s
2,4 GHz, 5 GHz,
802.11n 2,4 ou 5 GHz (selecionável), ou 450 Mbit/s
2,4 e 5 GHz (simultaneamente)
 

As LANS sem fio caracterizadas pelo padrão 802.11 (wifi) se tornaram muito
populares, sendo o padrão utilizado em edifícios de escritórios, locais públicos como
aeroportos e dentro das residências, sendo utilizadas para conectar dispositivos moveis como
smartphones, laptops e outros a internet, além de permitir que dispositivos vizinhos sem
acesso à internet possam se comunicar (TANENBAUM e WETHERALL, 2011).

Neste contexto o presente trabalho, utiliza o padrão wifi para conectividade, provida
por um roteador que fornece conectividade ao microcontrolador Arduino e placa Ethernet
Shield, utilizando os protocolos de comunicação necessários para que o usuário possa
remotamente monitorar e acionar as cargas ligadas ao sistema.
40

2.5. MICROCONTOLADOR

Um microcontrolador pode ser definido como um pequeno componente eletrônico


composto de um processador para realização de cálculos, controle de fluxo e de programa,
assim como, barramento para comunicação entre o processador e periféricos (porta serial,
memoria, conversor AD e porta paralela), podendo ser programado para funções específicas.
Essas funções basicamente consistem na obtenção de dados a partir de um periférico,
realizando a saída de dados via serial ou realizar alguma ação como por exemplo o
acionamento de um motor ou LED, entre outros (ANTONIO, 2006).

Os microcontroladores tem se tornado indispensáveis na área de automação e apesar


de limitada capacidade de processamento e memória, se destacam como uma alternativa de
baixo custo, com satisfatória confiabilidade, baixo consumo de energia, além de sua
simplicidade, utilizados geralmente em controle de motores e maquinas, sistemas de
supervisão, brinquedos, dentre muitos outros.

Dentre os vários microcontroladores disponíveis no mercado, os fabricados pela Atmel


têm se destacado no mercado, principalmente com a popularização das placas Arduino
baseadas em chips da família AVR, e neste trabalho será destacado o Arduino Mega baseado
no circuito integrado ATmega2560.

2.5.1. MICROCONTROLADOR ARDUINO MEGA

O Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica open-source (livre) baseada


em hardware e software flexíveis e fáceis de usar (ARDUINO, 2016). É uma placa com
entrada digitais e analógicas, capaz de controlar diversos dispositivos eletrônicos, com uma
gama muito grande de aplicações e muito utilizadas em automação, robótica e controle.

Para desenvolvimento do projeto o Arduino é uma boa escolha mas existe no mercado
muitos modelos disponíveis, sendo que cada modelo pode ser definido de acordo com a
característica do projeto a ser desenvolvido. Nesse contexto segue abaixo tabela 5
comparativa entre os diversos modelos de Arduino disponíveis.

Quadro 5 - Comparativo Arduino. Fonte: http://blog.filipeflop.com/arduino/tipos-de-


arduino-qual-comprar.html
41

Dentre os modelos apresentados na imagem acima, o Arduino Uno costuma ser o mais
utilizado, pois possui, processador Atmega 328 com clock de 16Mhz, memória de 32k, 14
portas digitais sendo que 06 podem ser usadas como saídas PWM, 06 portas analógicas, além
de possuir compatibilidade com a maioria das Shields disponíveis no mercado.

A pesar do modelo Arduino Uno ser o mais utilizado e possuir memória, portas
digitais e analógicas disponíveis e suficientes para aplicação do projeto proposto, será
utilizado o Arduino Mega baseado no chip Atmega2560, pois é o dispositivo que já estava
disponível, não sendo necessário a aquisição de outro modelo, além de ser totalmente
compatível com a placa de Ethernet Shield utilizada no projeto, ou fator se refere a questão de
ser superior em memória e pinos de saídas analógicas/digitais, o que pode permitir que as
funcionalidades do projeto seja ampliado futuramente.

A seguir é apresentado o esquema elétrico da plataforma Arduino Mega de forma


separada, onde são apresentados seus componentes e funcionamento.
42

Figura 2.15 – Esquema Atmega 2560. Fonte: Arduino. CC

Conforme ilustrado na figura 2.14, o componente IC3 corresponde ao


microcontrolador principal (Atmega2560), este possui 8bits, arquitetura RISC, 256 KB de
memória flash para armazenamento do código sendo que 8K é usado para o bootloader, 8KB
de SRAM e 4KB de EPROM, que pode ser gravado utilizando a biblioteca EEPROM1. O
componente IC1 é o regulador de tensão, responsável por baixar a tensão de entrada para 5
volts. O Y1 consiste no cristal oscilador com frequência de clock para o processador de
16MHz. O IC7 é o amplificador operacional que funciona com buffer isolando o LED da
placa associada ao pino I/O 13. As conexões deste microcontrolador corresponde a 54 para
possíveis I/Os digitais, que podem ser usados como entrada/saída, operam em 5 volts e
fornecem no máximo 40mA, mas alguns desses pinos tem funções especificas conforme
mostrado a seguir.

 Pinos utilizados para receber e transmitir serial de dados: RX(0, 15, 17, 19)
e TX(1, 14, 16, 18).
 Pinos para interrupções externas (2, 3, 18, 19, 21 e 21), configurados para
disparar uma interrupção por um sinal na borda de subida ou descida, ou
mudança de valor
 Pinos de 0 a 13 podem ser utilizados como PWM
43

 Pinos de 50 a 53 (miso, mosi, sck, ss), suportam SPI utilizando a biblioteca


SPI.

Na figura 2.15, é ilustrado o esquema elétrico de chaveamento da alimentação do


Arduino Mega, a partir de uma fonte USB ou outra fonte externa.

Figura 2.16 - Circuito chaveamento USB. Fonte: Arduino.CC

O componente IC7B é um amplificador operacional ligado como comparador de


tensão, ou seja, se há tensão chegando na entrada VIN, o valor na entrada é maior que 3,3V,
assim temos nível logico alto na saída do pino 7, desligando o transistor de efeito de campo
canal P (T1). Caso não tenha tensão na entrada VIN, o RN5D atua como resistor de pull-
down, logo a tensão de entrada não inversora é menor que o da entrada inversora, dessa forma
tem-se nível lógico baixo no pino 7, ligando o T1, assim os 5V fornecidos a partir da conexão
USB, alimenta os circuitos lógicos do sistema. O componente IC6 é um regulador responsável
por baixar a tensão para 3,3 V.
44

A comunicação entre o Arduino e computador é realizado por meio do


microcontrolador Atmega 16U2-MU, que corresponde na figura 2.16 a seguir ao componente
IC4. Este microcontrolador, já vem com bootloader gravado de fabrica responsável por
adequar os níveis TTL (0 a 5V), convertendo converter dados recebidos via USB para um
sinal serial, enviando para o ATMEGA2560. A saída USB é protegida contra sobrecargas
através de um fusível ajustável, pois se houver mais de 500mA aplicada a porta USB, a
comunicação é interrompida até que o problema seja resolvido.

Figura 2.17 - Esquema elétrico comunicação USB. Fonte: Arduino.CC

Um fator importante do Arduino MEGA é que ele é compatível com a maiorias das
Shields projetadas para o Arduino Uno ou Duemilanove, pois os pinos digitais de 0 a 13,
AREF, GND, as entradas analógicas de 0 a 5 e os pinos de conexão ICSP, estão todos em
locais equivalentes.

A programação para o Arduino Mega pode ser realizada a partir de sua IDE que é um
software de uso livre, implementado em Java, sendo o código fonte desenvolvido na
linguagem C e C++.
45

Por fim, esse microcontrolador utilizará para seu funcionamento uma fonte externa de
12V, e o projeto em si fará uso das portas de entradas/saídas digitais e analógicas do Arduino,
para conectar os diversos sensores (corrente, tensão, magnético), os pinos do modulo rele, a
placa de Ethernet Shield que será comentado no próximo tópico, assim como o pino de
alimentação 5V e GND, para ligar alguns dos componentes citados.

2.6. ETHERNET SHIELD

Shield é uma placa de expansão de hardware que pode ser conectada em cima da placa
Arduino, tem a função de adicionar funções que a placa principal não possui, estendendo os
demais pinos para que sejam usados normalmente para outras funções (ARDUINO, 2016).

A placa de expansão utilizada neste projeto é a Shield Ethernet W5100, responsável


por conectar o Arduino Mega ao roteador wifi por meio de uma conexão RJ45, provendo ao
mesmo acesso à internet. Sendo este modelo escolhido por ser compatível fisicamente com o
Arduino conforme mostrado na figura 2.17 a seguir, além de permitir que os demais pinos
conectados e que não são utilizados para sua alimentação e aplicação fiquem disponíveis para
realizarem outras funções, reforçando assim a escolha em sua utilização.

Figura 2.18 - Shield Ethernet com Arduino MEGA. Fonte: Autor


O Ethernet Shield em questão é baseado no chip de ethernet W5100 projetado para
facilitar a implementação e conectividade com a internet, compatível com IEEE 802.3
46

10BASE-T e 802.3u 100BASE-TX, e demais especificações conforme abaixo apresentadas de


acordo com datasheet fornecido pelo fabricante (WIZINET, 2008).

 Suporte TCP / IP Protocolos: TCP, UDP, ICMP, IPv4 ARP, IGMP, PPPoE,
Ethernet
 10BaseT / 100BaseTX Ethernet PHY incorporado
 Suporte Auto Negociação (duplex Full-duplex e meio)
 Suporte Auto MDI / MDIX
 Ligação de suporte ADSL (com suporte PPPoE Protocolo com autenticação
PAP / CHAP)
 Suporta 4 soquetes independentes simultaneamente
 Memória interna 16Kbytes de Tx / Rx Buffers
 Tecnologia de 0,18 mm CMOS
 Operação 3.3V com tolerância sinal de 5V I / O
 Suporte Serial Peripheral Interface (SPI modo 0)
 Multi-função de saídas de LED (TX, RX, Full / Half duplex, Colisão, Link,
Speed

O Arduino Mega se comunica com o W5100 através dos pinos digitais 50, 51 e 52,
sendo o pino 10 utilizado para selecionar o W5100 e o pino 4 para utilização do cartão de
memória (SD Card), logo esses pinos não podem ser utilizados como entradas/saídas para
qualquer outra aplicação e o pino 53 apesar de não ser utilizado na aplicação do Ethernet
Shield, deve ser mantido como uma saída para que a interface SPI possa funcionar
(ARDUINO, 2016).

Figura 2.19 -
Shield Ethernet W5100. Fonte: Adaptado de Arduino.CC
47

Conforme mostrado na figura 2.18, a placa Ethernet possui uma série de Leds
informativos conforme mostrado a seguir.

 PWR – indica que o Ethernet Shield está ligado


 LINK – indica a ligação de rede, piscando quando está transmitindo ou
recebendo dados
 100M – indica a presença de conexão de 100 Mb/s
 FULLD – indica que a conexão é full duplex
 COLL – pisca quando a colisões de rede detectados
 RX – pisca quando está recebendo dados
 TX – pisca quando está enviando dados

Para tanto o sistema, é composto de uma interface gráfica, visualizada a partir de uma
página HTML desenvolvida na própria IDE do Arduino, utilizando o W5100 como servidor
WEB que se comunicará com o roteador através de sockets, transmitindo os dados para o
Arduino que utilizara os componentes já mencionados para realizar o monitoramento e os
acionamento solicitados, que por sua vez irá encaminhar de volta as informações para o
Ethernet Shield sendo apresentados ao usuário através da página WEB.

2.7. ACIONAMENTO DE CARGA ELÉTRICA COM MÓDULO RELE

Relé é um dispositivo eletromecânico composto de um contato metálico que abre ou


fecha por meio de um campo eletromagnético induzido numa bobina. Esse dispositivo, tem
grande importância na eletrônica desde sua invenção em 1837 por Willian Fothergill Cooke,
Charles Wheatstone e Edward Davy, sendo muito utilizado na eletrônica para ligar e desligar
dispositivos através da comutação de seus contatos. (BRAGA, 2012).

O rele é composto de dois circuitos internos isolados eletricamente, um acionado com


baixa tensão e outro com alta ou baixa tensão e potência, sendo o primeiro circuito constituído
de uma bobina com dois terminais que recebe um sinal elétrico de baixa tensão que percorre
as espiras dessa bobina gerando um campo magnético, que por sua vez, aciona o segundo
circuito, composto de 02 contatos fixos denominados normalmente aberto (NA) e
normalmente fechado (NF) e uma parte móvel que é ligada ao contato NF. O campo
magnético criado desloca o contato móvel para o pino NA, fazendo a corrente fluir por esse
48

contato, possibilitando o acionamento de uma carga elétrica ligada a ele, seja, um motor ou
lâmpada.

A seguir temos a figura 2.19 que representa o esquemático de funcionamento do rele.

Figura 2.20 - Esquemático Rele. Fonte:


http://www.elementosmagneticos.com/Aplicaciones-
de-las-bobinas

Ao se utilizar o rele
comandado através de um circuito com microcontrolador deve-se tomar algumas precauções,
pois, quando o rele é desligado é gerada em sua bobina, por indução magnética uma corrente
contraria àquela que aciona o circuito, podendo causar algum dano ou até mesmo queimar o
circuito controlador. Outro fator que deve ser levado em consideração quando de sua
utilização é o consumo de corrente necessário para sua ativação que para os reles mais
comuns são cerca de 25mA.

Para o acionamento de cargas elétricas nesse projeto é utilizado um modulo rele


representado pela figura 2.20 a seguir, que basicamente é um circuito composto de um relé
que suporta em seus contatos uma tensão alternada de até 250V ou 30V continua e até 10A de
corrente. No circuito de ativação da bobina é ligado em paralelo um diodo (componente que
permite que a corrente flua somente em um sentido) protegendo o circuito ativador da
corrente de retorno. E por fim um transistor NPN, utilizado como amplificador de corrente
para fornecer a corrente necessária para ativação do módulo rele.
49

Figura 2.21 - Modulo Rele. Fonte: Autor

O esquema elétrico representado pela figura 2.21 a seguir mostra o circuito elétrico do
modulo rele.

Figura 2.22 - Esquema elétrico modulo rele. Fonte: autor

2.8. SENSOR DE TENSÃO E LUMINOSIDADE

Uma das aplicações deste projeto é retornar para o usuário status da carga acionada,
por exemplo uma lâmpada, e como o circuito para controle dessa lâmpada utilizara o conceito
de Three Way, sendo acionada tanto pelo Arduino a partir do modulo rele mencionado acima,
como pelo interruptor paralelo comum instalado na residência, é necessário a utilização de
outros componentes, ou seja, um que seja capaz de informar ao sistema se há tensão chegando
a essa carga, independentemente se o acionamento ocorreu pelo interruptor ou módulo rele, e
outro que verifique se essa lâmpada foi realmente acesa.
50

2.8.1. SENSOR DE TENSÃO

Nesse sentido é utilizado um sensor de tensão capaz de detectar e medir tensões AC


127/220V, através de suas conexões, informando ao sistema controlador a que estiver
conectado se há existência de tensão ou não naquele momento. Esse sensor figura 2.22 a
seguir, conta com um optoacoplador 4N25 para fazer o isolamento entre a rede AC e sinal
DC enviado para o Arduino conectado através de 03 pinos de conexão TTL (VCC, GND,
OUT).

Figura 2.23 - Sensor tensão. Fonte: Autor

O optoacoplador utilizado no sensor é um componente que basicamente isola um


circuito de baixa tensão de outros com tensão mais elevada. É composto internamente por um
diodo luminoso (LED infravermelho) que ao receber uma corrente de polarização emite luz
infravermelha que é captada por um fototransistor que converte para sua saída a intensidade
luminosa recebida em corrente, que pode ser utilizada para acionar um circuito, ou enviar
informações necessárias ao sistema de acordo com sua aplicação (ALBUQUERQUE e
SEABRA, 2013).

A figura 2.23 a seguir apresenta o diagrama elétrico do acoplador modelo 4N25 e suas
especificações.

Figura 2.24 - Acoplador 4N25. Fonte: Adaptado de


http://www.datashhetdir.com/FAIRCHILDSEMI-4N25+Optocouplers
51

O funcionamento do sensor representado na figura 2.23 é simples e consiste em


receber tensão da rede (110V ou 220V) ligado ao borne, que por sua vez é conectado aos
pinos 01 e 02 do acoplador óptico ligado ao resistor de 220K responsável por limitar a
corrente em 1mA suficiente para ativar o led emissor interno, o pino 5 recebe alimentação de
5V DC provido pelo Arduino e o pino 4 é ligado a uma porta analógica do Arduino para
receber o sinal a ser medido e após é ligado um resistor de 10k ao terra, que funciona como
resistor de pulldown, ou seja, tem a função de garantir que quando não houver sinal nessa
saída o valor medido será sempre 0. Com o sensor ligado a 110 Volts, será gerado um sinal
de aproximadamente 1,6 volts DC e ligado a 220 volts é por volta de 2,8 volts DC, mas a
entrada analógica do Arduino converte esses valores automaticamente para bits o que
corresponde aproximadamente aos números 676 a 954. Esses valores recebidos, são tradados
com um algoritmo desenvolvido na IDE do Arduino, de forma que retorne ao sistema, se há
tensão ou não naquele ponto, podendo enviar também o valor da tensão naquele momento
funcionando como voltímetro.

A figura 2.24 a seguir, ilustra o esquema elétrico do sensor de tensão.

Figura 2.25 - Esquemático Sensor Tensão. Fonte: Autor

2.8.2. SENSOR DE LUMINOSIDADE LDR

O sensor LDR (Ligth Dependent Resistor), é um componente fabricado com um


material semicondutor (sulfeto de cádmio) sensível a luz, sendo que sua resistência elétrica é
inversamente proporcional a quantidade de luz incidente sobre ele, ou seja, quanto maior a
intensidade luminosa sobre ele menor sua resistência a passagens de corrente elétrica
(ALBUQUERQUE e SEABRA, 2013).
52

Na figura 2.25 é apresentado um gráfico com a curva característica do sensor, sendo


possível observar que quanto menor a fonte luminosa maior sua resistência chegando na
ordem de MΩ (BRAGA, 2012).

Figura 2.26 - Curva característica do LDR. Fonte: Newton Braga


Conforme mostrado no gráfico a resistência do sensor varia de forma linear
obedecendo a equação R = C.L.a, onde “C” e “a” são constantes que dependem do material e
processo de fabricação utilizado e “L” é a intensidade luminosa em Lux.

A importância da utilização do LDR no projeto, se deve ao fato do sensor de tensão


mencionado anteriormente não ser suficiente para informar com precisão ao usuário o status
da lâmpada, pois, pode ocorrer da tensão está chegando ao circuito da lâmpada, mas ela não
está acesa. Nesse sentido o sensor de luminosidade atua verificando se há luminosidade e caso
tenha tensão informara ao sistema o status correto dessa carga e caso tenha tensão e esteja
sem luminosidade informara que há problema no circuito.

O circuito utilizando o LDR para leitura da luminosidade se baseia no princípio do


divisor de tensão, pois o sensor é ligado em serie com um resistor R1 que recebe 5 volts (Vin)
a partir do Arduino e como o LDR é um resistor que pode variar entre 100 Ω a 10M Ω de
acordo com a intensidade luminosa, produz na saída Vout uma variação de tensão. O Arduino
realiza a leitura da tensão de saída a partir de uma porta analógica convertendo esses valore
para bits, sendo que no caso da ausência total de luz o valor lido nessa porta pode chegar
próximo 1023 e com a incidência de luz valores baixos próximos a 100.

A figura 2.26 a seguir apresentado o diagrama elétrico do sensor LDR.

2.9. CONTROLE REMOTO COM CI HT6P20 E EMISSOR RF433MHZ

Figura 2.27 - Divisor de tensão com LDR. Fonte: Autor


53

Atualmente, grande parte das residências e empresas possuem algum tipo de sistema
automatizado, dentre os mais populares estão os sistemas de portões de garagem, que
geralmente funcionam de forma independente sem a intervenção de um sistema centralizado.
Esses equipamentos são desenvolvidos com funções especificas e com hardware exclusivo
para sua aplicação o que os tornam relativamente baratos se comparado a uma central de
automação (DAL BÓ e MURATORI, 2014).

Os sistemas de portão automático, utilizam transmissão sem fio por rádio frequência,
por meio de controle remoto que tem a função de acionar o motor automatizador para que o
portão possa abrir ou fechar. Desse modo, este projeto visa a construção de um controle
remoto embarcado ao sistema de central, que seja capaz de se comunicar com o sistema do
motor aumentando suas funcionalidades, para que seja possível, além de ser controlado por
seus respectivos controles remotos, seja, acionado pelo sistema central de forma remota.

Para construção do controle remoto é utilizado o circuito integrado CI HT6P20


fabricado pela empresa Holtek, por ser um circuito integrado voltado para essa aplicação,
além de ser o mais popular e utilizado, por tanto compatível com a grande maioria circuitos de
controle remoto que utilizam a comunicação por rádio frequência da faixa de 433MHz.

O HT6P20 utiliza tecnologia CMOS, gera um código de 24 bits de informações, sendo


transmitido serialmente através do pino DOUT após o recebimento do sinal de disparo a partir
dos pinos (D0 a D7). A combinação de bits de dados é gravada utilizando um processo de
tempo programável, sendo esses bits transmitidos juntamente com os bits de anti-código por
meio de Rádio Frequência. A figura 2.27 a seguir representa o diagrama de blocos do
HT6P20D.

Figura 2.28 - Diagrama de bloco HT6P20. Fonte:


Datasheet
54

A emissão dos bits de endereço e de dados desse CI é realizado utilizado 03 ciclos de


clock. Ao ligar um resistor de 1.4MΩ aos pinos 9 e 10 (oscilador) do HT6P20D, gera-se um
clock interno de 3KHz portanto um ciclo de clock de 333us, sendo que cada bit é transmito
em 1000 us.

O código completo do HT6P20D, consiste em 04 períodos, conforme ilustrado na


figura 2.28 a seguir.

Figura 2.29 - Ciclo de geração do código HT6P20. Fonte: datasheet

 Piloto – formando por 23 ciclos de 0 e um ciclo de 1 (start bit).


 Endereço – formado por 66 ciclos (22 bits)
 Dado – formado por 6 ciclos (2 bits)
 Anti-código – formado por 12 ciclos (4bits)

O HT6P20 gera um código de 29 bits sendo um 1 bit de reconhecimento (start bit), 22


bits de endereço, 2 bits de dados e 4 bits de verificação. Esse endereço já vem gravado de
fábrica, sendo fixo para cada CI. Esse código é enviado a partir da saída DOUT para um
transmissor de rádio frequência que opera na faixa de 433Mhz, conforme ilustrado na figura
2.29, esquema elétrico do CI e o quadro 6 com suas características de operação.

Figura 2.30 - Esquema elétrico Ci HT6P20D.


Fonte: Autor
55

Quadro 6 - Característica de operação HT6P20D. Fonte: Datasheet

3. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PROPOSTO

Este capítulo versa sobre o desenvolvimento necessário para a construção do projeto


proposto, apresentando a estrutura de montagem e configuração dos circuitos e sensores
utilizados, baseado nos conceitos e teorias apresentados no capítulo 2.

3.1. DESCRIÇÃO DO SISTEMA PROPOSTO

O projeto discutido neste trabalho, visa a construção de um protótipo de um sistema de


automação residencial, utilizando o microcontrolador Arduino Mega em conjunto com a placa
Ethernet Shield que disponibiliza acesso remoto por meio de uma aplicação WEB, permitindo
que o usuário de onde estiver, realize o acionamento das cargas elétricas desejadas. Esse
56

acionamento será realizado por meio de atuadores que controlam a iluminação e a abertura de
um portão automatizado, retornando por meio de sensores instalados o status dessas cargas,
além do retorno informações como medidas de corrente, por meio de dados obtidos a partir
dos sensores de corrente e tensão.

A figura 3.1 a seguir apresenta um fluxograma que demonstra a integração dos


componentes especificados no projeto que permitem que o objetivo especificado no resumo
deste trabalho seja atingido.

desenvolvimento do projeto será apresentado conforme fluxograma demonstrado na figura 3.1


Figura 3.31 - Fluxograma desenvolvimento do projeto. Fonte: Autor
apresentado na página anterior e para melhor entendimento conforme sequência a seguir.

 Comunicação

 Configuração do Arduino Mega e Ethernet Shield;


 Servidor WEB;
 Configurações do roteador;

 Acionamento e status das cargas

 Acionamento de lâmpada com módulo rele;


 Configuração do sensor de tensão e LDR para status da lâmpada
 Configuração do controle remoto para acionamento do portão
automatizado.
57

 Medições

 Configuração do sensor de corrente ACS712 30A

 Protótipo Final do Projeto

 Construção da placa de circuito central, com os sensores e controle remoto.


 Construção da maquete de apresentação do protótipo.

3.2. COMUNICAÇÃO DO SISTEMA

Este tópico trata sobre o desenvolvimento do bloco de comunicação do sistema,


composto pela configuração do microcontrolador Arduino Mega junto a placa Ethernet Shield
modelo W5100, que permite a comunicação do sistema através da rede e de forma remota, e
onde é desenvolvido a interface WEB, que permite o usuário realizar os acionamentos
desejados.

3.2.1. CONFIGURAÇÃO DO ARDUINO MEGA E ETHERNET SHIELD

A configuração do Arduino Mega e Ethernet Shield W5100 é implementado através da


programação de código em linguagem C, desenvolvido na IDE do Arduino, que é gravado no
microcontrolador através da entrada lógica de dados USB, conforme explicado no referencial
teórico. A função do código é criar uma conexão através de sockets ou portas de transportes
de dados TCP, permitindo que o projeto em questão, possa transportar informações na rede
local e internet de forma a realizar as tarefas para o qual foi desenvolvido.

A figura 3.2 a seguir apresenta, um breve trecho do código responsável por criar a
conexão da placa Ethernet Shield com o Arduino e este com a rede.
58

Figura 3.32 – Configuração da comunicação com a rede.


Fonte: Autor

O código disponibilizado na figura 3.2, apresenta a biblioteca <Ethernet.h>,


responsável por indicar para o Arduino Mega que a placa está sendo utilizada e que os
parâmetros necessários para seu controle se encontram no mesmo diretório, dentro do
subpasta chamado Ethernet.

Para que o acesso remoto ao projeto seja possível, a placa W5100 deve estar conectada
ao roteador. Essa conexão é realizada atribuindo um endereçamento que permita o dispositivo
ser identificado na rede, sendo este realizado através do cadastramento dos valores de rede
como endereço IP, gateway e máscara de sub-rede, implementadas no código conforme
apresentado na figura 3.2 através das variáveis do tipo byte “ip”, “gateway” e “subnet”.

A variável “byte mac” declarada no código, define o valor MAC da placa W5100, que
é o endereço físico deste dispositivo de rede, sendo formado por 12 dígitos hexadecimais
agrupados de 2 a 2. Esse endereço é associado com a porta de comunicação defina com
Ethernet.server(8090) e os demais endereços mencionados acima, de forma a garantir que
todos os dados destinados as funcionalidades do projeto, solicitados pelo cliente a partir de
um computador, smartphone ou qualquer outro dispositivo com acesso a rede com ou sem fio,
e que trafeguem pela porta 8090, sejam endereçados apenas para o Arduino.

3.2.2. CONFIGURAÇÃO DO ROTEADOR

O roteador é um elemento intermediário em uma rede de computadores que tem a


função de roteamento dos pacotes de dados entre as redes. O roteador wireless tem a mesma
função do roteador, mas inclui as funcionalidades de um access point, ou seja, permite o
acesso a rede ou internet sem a necessidade de cabos.
59

Para que o projeto hora proposto se comunique pela rede, pode ser utilizado qualquer
roteador wireless dentre os diversos modelos disponíveis no mercado, sendo que o
equipamento escolhido tenha compatibilidades com os protocolos de comunicação TCP/UDP
e seja capaz de realizar um roteamento estático de forma que assegure que o Arduino Mega
sempre assuma o mesmo endereço de IP assim que se conectar à rede. Desse modo, o
dispositivo utilizado para a comunicação neste projeto é um roteador wireless modelo TL-
WR741ND, fabricado pela empresa TP-LINK.

A figura 3.3 a seguir, apresenta a configuração que atribui no roteador o endereço de


IP estático que o Arduino assumira toda vez que se conectar à rede, no caso o endereço
192.168.0.188. Também é configurado o endereço MAC da placa Ethernet Shield.

Figura 3.33 - Configuração IP e MAC. Fonte: Autor


60

Outra configuração importante que dever ser feita no roteador, e se refere ao


encaminhamento de porta, pois a configuração do Endereço de IP e MAC não garantem que
os dados destinados ao microcontrolador sejam redirecionados a ele, desta forma é realizado o
direcionamento de porta, assim, é possível garantir que todas as informações que cheguem na
porta especificada sejam redirecionadas ao IP reservado para ao servidor no caso o Arduino.
61

Conforme demonstrado na figura 3.4 é configurado no roteador TPLINK a partir da


aba “direcionamento de portas”, a porta de serviço, porta interna e o endereço de IP do
dispositivo que roda a aplicação, assim como o protocolo a ser utilizado, que no caso foi
setado para todos, ou seja, TCP/UDP. A partir destas configurações é instanciada uma
conexão de ponta a ponta com os dispositivos envolvidos.

No tópico a seguir é apresentado a construção do servidor WEB, configurado no


Arduino em linguagem C a partir de sua IDE.

Figura 3.34 - Direcionamento de porta. Fonte: Autor

3.2.3. SERVIDOR WEB

Servidores WEB são responsáveis por armazenar e trocar informações com outras
máquinas, sendo que nesse processo estão envolvidos dois participantes, de um lado o cliente
que solicita as informações que neste projeto é solicitado a partir de uma página HTML,
acessada a partir de qualquer dispositivo que se conecte a internet e utilize um browser, como
exemplo dos navegadores Firefox e Google Chrome e do outro lado o servidor que tem a
função de atender as solicitações.

Neste projeto o servidor WEB disponibiliza uma página HTML, a qual o cliente se
conecta e envia as solicitações que são demandadas ao microcontrolador. Desta forma são
realizados os acionamentos desejados e o retorno do status atual daquele dispositivo, sendo
essas informações indicadas pelo servidor WEB através das informações capturadas no
Arduino Mega.

Segue o trecho do código que configura servidor WEB.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

EthernetServer server(8090) //
String readString = String(30); // string para armazenar as solicitações do cliente
62

void setup() {

Ethernet.begin(mac, ip, gateway, subnet); // inicializar a interface web

void loop() {

EthernetClient client = server.available(); // iniciar criando uma conexão com o cliente


if (client) { // verificar se possui cliente conectado
while (client.connected()) { // verifica se o cliente vai continuar conectado
if (client.available()) {// se houver alguma informação no cliente entra nesse condição
char c = client.read(); // enquanto o cliente estiver conectado, obter o que for solicitado
if (readString.length() < 30) {
readString += (c); // concatenar os dados do char c
}
if (c == '\n') { //verifica se o pedido HTTP do cliente terminou.

// Cabeçalho http padrão

client.println("HTTP/1.1 200 OK");


client.println("Content-Type: text/html");
client.println(); // finalizar cabeçalho;
client.println("<!doctype html>");
client.println("<html>");
client.println("</html>");

readString = ""; //zerar string


client.stop(); //finaliza a conexão com o cliente

}
}
}
}
}

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Conforme mostrado no código acima o Servidor WEB é implementado de forma


simples, utilizando variáveis definidas pela IDE do Arduino. A linha EthernetServer
server(8090) cria um objeto server para conexão a partir da porta 8090 onde o servidor irá
aceita as conexões.

A função “Ethernet.begin(mac, ip, gateway, subnet)” dentro de “void setup()” é


responsável por inicializar a biblioteca e as configurações de rede passando os parâmetros de
rede, mac, ip, gateway e sub-mascara.
63

Dentro de “void loop()”, temos a chamada da função “ server.available()” que retorna


um objeto do tipo “EthernetClient” armazenado na variável “client”. Sua função é verificar
se há conexão de terceiros no servidor. Se nenhum cliente estiver conectado no momento da
chamada, uma validação retorna false e caso exista uma conexão o objeto “client” recebe
todas as informações necessárias a partir do comando “char c = client.read()” enquanto o
cliente estiver conectado.

O trecho no código “client.println(****)” é responsável pela impressão dos


cabeçalhos, rodapés e corpo HTML que são apresentados para o usuário e constituem a
página WEB a ser acessada, necessária para a troca de dados de forma transparente para o
usuário que poderá realizar as tarefas programadas e receber o retorno dos status de acordo
com a proposta do projeto.

Por fim temos a função “client.stop();  ” responsável por encerrar a conexão, liberando
recursos do servidor. Essa função é necessária pois as conexões TCP criam uma conexão
direta entre cliente e servidor que tende a ser manter ativa. Apesar do protocolo TCP possuir
mecanismos para detectar uma conexão inativa a chamada desta função é ideal para garantir o
encerramento da conexão no momento desejado.

Para um melhor entendimento da aplicação WEB desenvolvida, está disponível no


anexo I deste trabalho o código completo comentado em bloco.

3.3. ACIONAMENTO DE CARGAS ELÉTRICAS COM RETORNO DE STATUS

Conforme informado anteriormente, este projeto, visa o acionamento de cargas


elétricas residenciais, representadas neste, através do acionamento do sistema de iluminação e
acionamento de um motor, responsável por realizar a abertura e fechamento de um portão
residencial.

3.3.1. ACIONAMENTO DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO

O sistema de iluminação neste projeto segue o padrão de instalação automatizada


conforme estabelecido no capitulo 2 referencial teórico item 2.2.1 deste trabalho, ou seja, se
trata de uma instalação three way, composta de um interruptor paralelo comum para o
64

acionamento da lâmpada de forma convencional e um modulo rele controlado pelo Arduino,


que ao ser solicitado pela página WEB realiza o acionamento da iluminação.

No mesmo circuito de acionamento do sistema de iluminação é ligado um sensor LDR


e um sensor de tensão, com a finalidade de retornar ao sistema o status dessa carga, de forma
que seja apresentado para o usuário no aplicativo WEB, se a lâmpada se encontra acesa ou
apagada e até mesmo a informação de um provável defeito no circuito de iluminação.

A figura 3.5 a seguir representa o esquema de ligação do circuito mencionado a rede


elétrica e ao Arduino Mega.

Figura 3.35 - Esquemático Sistema de iluminação. Fonte: Autor

O modulo rele
utilizado neste projeto será
comandado por uma das
portas digitais do Arduino
Mega, através do envio de um
sinal de tensão de 5V em seu circuito de ativação, dessa forma irá comutar seus contatos
normalmente aberto e normalmente fechado, realizando o acionamento de uma lâmpada 220V
e 70W, conforme esquema elétrico de acionamento apresentado pela figura 3.6 a seguir.
65

Figura 3.36 - Esquema elétrico acionamento lâmpada. Fonte: huinfinito

O sensor de tensão conforme apresentado na figura 3.5, recebe em um dos lados do


borne o fio de retorno que vem do interruptor paralelo, saindo desse borne vai direto para a
lâmpada e o outro lado recebe o neutro do sistema que também passa pela lâmpada, dessa
forma o Arduino pode verificar através do sinal capturado por uma de suas portas analógica,
se há tensão passando pelo circuito. Já o sensor LDR é instalado próximo a lâmpada para que
possa capturar a intensidade luminosa, variando sua resistência que é medida a partir de uma
porta analógica do microcontrolador. A associação desses dois sensores permite que o status
de ligado, desligado ou defeito seja apresentado na aplicação WEB para o usuário.

Conforme destacado no capitulo 2 item 2.7, quando há tensão passando no circuito o


Arduino captura dados no sensor de tensão sendo que os valores medidos variam de 512 a 950
aproximadamente, quando não há tensão o valor medido é quase constante variando entre 509
a 512. A figura 3.7 a seguir apresenta os valores obtidos a partir da saída serial na IDE do
Arduino.

Figura 3.37 - Leitura do estado do sensor. Fonte: Autor


66

De posse da informação acima, foi implementada uma função que retorne o valor 1 ou
0, indicando se tem ou não tensão passando no circuito. Dessa forma segue abaixo a função
criada que é chamada dentro do cabeçalho HTML.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

boolean tensao(){

for (int i = 0; i < 100; i++){


if (analogRead(A0) > 600){
return 1;
}
}
// Se em 100 leituras não leu 1, então está desligada
return 0;
}
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A seguir é apresentado trecho do código com o procedimento que permite o


microcontrolador acionar o sistema de iluminação e realizar a verificação do status da
lâmpada.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

// verifica se a lâmpada deve ser ligada

if (readString.indexOf ("acionaLampada") >= 0) {


digitalWrite (rele, (tensao() == digitalRead(rele)));
}
if (readString.indexOf ("desligaLampada") >= 0) {
digitalWrite (rele, (tensao() != digitalRead(rele)));
}

//Função que retorna o status dentro do corpo html que será apresentado para o usuário
String statusLDR(){ //Retorna uma string com o status da lampada

if (analogRead(sensorLDR) <100){//se LDR <100


return "Ligado";
}else if (tensao() && (analogRead(sensorLDR) > 100)) {
return "Defeito";
}else{
return "Desligado";
}
}
67

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O código apresentado acima realiza a leitura da string enviada a partir do cabeçalho


HTML, utilizando a porta de comunicação e configurações definidas no escopo do programa.
A informação passada para a string é obtida a partir do formulário HTML que é apresentado
para usuário na interface WEB em forma de um botão. Abaixo é apresentado o trecho de
código do corpo HTML responsável por criar o botão mencionado.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

client.println( F("<td height='0' align='center'><b>L&acirc;mpada</b></td>")); //Lampada


client.println(form action='/acionaLampada' method='get'><input type='submit' style='width:100%'
value='Ligar'></form>);
client.println( F("<td colspan='1' align='center'><form action='/desligaLampada'
method='get'><input type='submit' style='width:150px' value='Desligar'></form></td>"));
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Quando o cliente solicita o acionamento do sistema de iluminação a informação com a


string é capturada pelo comando “if (readString.indexOf ("****") >= 0 )” que verifica qual a
informação a string recebeu, caso seja, “acionaLampada” é realizado a leitura dos estados do
sensor de tensão e rele e caso esses estados sejam iguais o Arduino recebe o sinal digital 1,
acionando o rele que realiza a comutação em seus contatos acionando a lâmpada, mas caso a
string receba “deligaLampada”, e os estados do sensor de tensão e rele forem diferentes, o
Arduino recebe sinal 0, comutando novamente o rele desligando a lâmpada.

Para o retorno dos status temos a chamada da função String statusLDR(), responsável
pela leitura do sensor LDR que tem a função de verificar a intensidade luminosa emitida pela
lâmpada, retornando o status de ligado ou desligado para o sistema, além do status de defeito,
obtido a partir da associação da leitura do sensor de tensão com a leitura do LDR, que
basicamente verifica se há tensão chegando ao circuito da lâmpada e se o sensor LDR está
retornando o valor 1 e caso esse retorno seja 0, o status de defeito e apresentado na interface
WEB para o usuário.

3.3.2. CONFIGURAÇÃO CONTROLE REMOTO PARA ACIONAMENTO DO


PORTÃO AUTOMATIZADO

De forma análoga ao acionamento do circuito de iluminação, o protótipo desse projeto


permite a abertura e fechamento de um portão automatizado de forma remota usando o
68

servidor WEB. Para tanto esse procedimento é possível graças ao desenvolvimento de um


controle remoto que é acionado pelo microcontrolador assim que requisitado pelo cliente a
partir aplicação WEB.

No capítulo 2 item 2.9 é apresentado o esquema de funcionamento e operação do


encoder HT6P20D, responsável por gerar o código de bits a ser transmitido pelo circuito.
Dessa forma é abordado neste tópico o esquema de construção do controle, apresentando os
componentes que compõem seu circuito e as configurações que permitem seu acionamento de
forma remota para transmissão da sequência de bits que irá acionar o circuito do portão
automatizado. Por tanto é apresentado na figura 3.8 a seguir o esquema elétrico do controle
remoto.

Figura 3.38 - Esquema elétrico controle remoto. Fonte: autor


69

O componente J1 se trata dos pinos de sinal que são ligados aos pinos digital e ground
do Arduino Mega, sua função é enviar um sinal de 5V para os componentes U1 e U2 que
correspondem ao acoplador óptico modelo 4N25 conforme funcionamento apresentado no
referencial teórico.

O acoplador nesse circuito tem duas funções a primeira é funcionar como uma chave
ou botão de contato rápido, ou seja, o microcontrolador ao enviar um sinal de 5V no pino 1 do
4N25, alimenta o LED interno desse componente que fecha o circuito nos pinos 5 e 4 do
fototransistor enviando 12 volts para o Pino D1 ou D2 do CI HT6P20D de acordo com o
acoplador acionado, dessa forma o encoder emite internamente um código de 29 bits referente
ao pino acionado, enviando esse código para a saída DOUT do CI, que por sua vez é ligada
ao pino data do transmissor RF433, responsável pela transmissão dessa sequência de bits na
frequência informada. A segunda função desse acoplador é isolar o sinal 12V que vem da
fonte externa, do sinal emitido pelo arduino, pois o HT6P20D de acordo com suas
características de funcionamento necessita de 12V para ser acionado, logo os 5V enviados
pelo Arduino Mega não é suficiente para esse procedimento. O componente Regulador
Tensão é como o próprio nome diz, é responsável por regular a tensão de 12V que vem da
fonte de alimentação para 5V, suficientes para o funcionamento do componente RF433MHz.

Por fim, o equipamento que o circuito do controle remoto é responsável por acionar, se
trata de um motor automatizador de portões modelo KDZ price, fabricado pela empresa
GAREM. A tabela 8 abaixo apresentado os dados técnicos de operação desse equipamento.

Quadro 7 - Dados de Operação Motor KDZ Price. Fonte: Autor

DESCRIÇÃO TÉCNICA
Alimentação 127v/220v
Consumo 0,5808Kw/h
Corrente máxima do motor 127v 3,50 A
Corrente máxima do motor 220v 2,64ª
Frequência (Hz) 50Hz/60Hz
Potencia (HP) 1/5HP
Torque N.m 20N.m
Peso máximo do portão 300kg
Peso do equipamento 4Kg
Rotação 1740RPM
70

Temperatura min./max de trabalho -5 a 40ºC


Tempo de abertura 11,5s para 3metros
Velocidade 15/m/min

Esse equipamento é composto de uma placa controladora responsável pela


alimentação do motor execução das funções programadas. A figura 3.8 apresenta o

Figura 3.39 - Esquema placa central motor KDZ price.: Fonte:


www.garen.com.br
esquemático dessa placa.

A figura 3.9 ilustra em seu circuito os componentes conforme abaixo especificados.

 Chave seletora de tensão que permite o motor ser instalado em 110/220 de


acordo com fonte de tensão fornecida pela concessionaria da região.
 CN1 - é um borne que recebe a ligação dos fios de entrada da rede
110/220, as entradas do motor e capacitor,
 RL1 e RL2 - são reles ligados ao borne, e tem a função de comutar a fonte
entre as ligações do motor para que o mesmo possa abrir ou fechar o
portão.
71

 SINAL - indicado como “saída para placa sinaleiro” indicado para


instalação de uma placa de sinaleiro que tem a função de emitir uma sinal
luminoso, avisando que o portão está abrindo ou fechando.
 CLG - pinos para instalação opcional de uma luz de garagem.
 PROG – jumper que habilita a função de programação dos controles
remoto
 BOT – botão responsável pela programação dos controles
 BOTOEIRA – borne para instalação de um botão para abertura do portão
sem o comando do controle
 FOTOCELULA – pinos para instalação de uma fotocélula composta de um
emissor e receptor infravermelho, tem a função de obstruir a abertura ou
fechamento do portão, quando um objeto ou pessoa passa em frente ao
sensor.
 12V – é uma saida 12vcc não regulada, com fornecimento máximo de
corrente de 60mA, geralmente utilizada na alimentação da fotocélula.
 TRAVA – pinos para instalação de uma trava eletromagnética, geralmente
utilizado em portões basculantes maior que 3,5 m.
 FIM DE CURSO – sensor magnético responsável por indicar ao circuito se
o portão está aberto ou fechado.
 RX1 – modulo receptor de rádio frequência na faixa de 433MHz

Para que o portão possa ser aberto de forma remota de acordo com o proposto por esse
projeto é necessário realizar o cadastramento do código emitido pelo controle do sistema,
junto a placa controladora do portão, esse procedimento é realizado uma única vez e de forma
simples, ou seja, o pinos PROG devem ser colocados em curto habilitando a função
programação, o próximo passo é realizar o acionamento do controle remoto do sistema a
partir da aplicação WEB, nesse momento um led interno da placa pisca sinalizando que o
código foi recebido, em seguida é pressionado o BOT que grava o código recebido. Dessa
forma a placa central do portão está preparada para realizar a abertura e fechamento do portão
a partir do acionamento solicitado de forma remota pelo usuário a partir da aplicação WEB.

Portanto, para que o Arduino Mega possa emitir o sinal para o acionamento do
controle remoto, ele recebe a solicitação a partir do cabeçalho HTML de forma semelhante ao
72

acionamento do sistema de iluminação. A seguir é apresentado trecho do código com o


procedimento que permite o microcontrolador realizar o acionamento do controle.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

if (readString.indexOf("abrePortao") >= 0) {

if(bPortaoAberto == 1){

digitalWrite(portao,, HIGH);

delay(500);

digitalWrite(portao, LOW);

if (readString.indexOf("fechaPortao") >= 0) {

if(bPortaoAberto == 0){

digitalWrite(portao,, HIGH);

delay(500);

digitalWrite(portao, LOW);

// trecho responsável pela leitura do sensor magnético e retorno do status do portão

bPortaoAberto = digitalRead(SensorMag);

if (bPortaoAberto) { //digitalRead(SensorMag) // trecho para status do portao.

statusPortao = "Fechado" ;

else{

statusPortao = "Aberto";

Conforme mostrado no código acima o comando “if (readString.indexOf("abrePortao") >=


0)” envia um sinal alto para um dos acopladores por apenas 500ms que acionar o Ci
HT6P20D, tempo suficiente para o envio dos 29 bits que compõem o código emitido pelo
controle que é transmitido via rádio frequência pelo emissor RF433MHz, realizado a abertura
do portão, o mesmo procedimento é realizado pelo comando “if
(readString.indexOf("fechaPortao") >= 0)” para o fechamento do portão.
73

Por fim o trecho “ bPortaoAberto = digitalRead(SensorMag);” é responsável pela leitura do


sensor magnético, por tanto a condição da variável “ bPortaoAberto” retorna o estado do sensor
magnético que é representado pelo Reed Switch que ao entrar em contato com um fonte
eletromagnética, no caso um imã, fecha seu contato enviado um sinal 1 para o Arduino ou 0
quando está afastando dessa fonte, neste sentido é apresentado para o usuário na aplicação
WEB se o portão se encontra aberto ou fechado.

3.4. MEDIDOR DE CORRENTE, TENSÃO E POTÊNCIA

Este tópico trata sobre a construção e configuração da parte do sistema responsável por
realizar medição de corrente que associado a medição de tensão, possibilita realizar o cálculo
de potência de acordo com o especificado neste projeto. Para tanto é utilizando dois sensores
que medem corrente e tensão alternada conforme especificado no capítulo 3 tópico 3.3, sendo
que a associação desses dois sensores, junto com o algoritmo desenvolvido na IDE do
Arduino, informa ao usuário os valores de corrente, tensão e potência aparente, assim que
solicitado por este a partir da interface WEB.

3.4.1. CONFIGURAÇÃO DO SENSOR DE CORRENTE.

Para realizar a medição de corrente conforme proposto no projeto é utilizado modulo


sensor de corrente, composto de um CI comercial modelo ACS712, produzido pela empresa
Alegro. Este sensor foi escolhido por apresentar melhor linearidade se comparado ao sensor
modelo SCT013-100A, e também um isolamento satisfatório entre a parte sinal e de potência.
Abaixo, segue as características desse sensor de acordo com o disponibilizado em seu
datasheet.

 Baixa interferência;
 Alta velocidade da resposta, 5µs;
 Erro de 1,5% a temperatura de 25°C;
 1,2 mΩ de resistência interna do condutor;
 2,1 kVRMS de isolação de tensão entre os pinos 1-4 para os pinos 5-8;
 Sensibilidade da saída de 66 a 185 mV/A de acordo com o modelo
escolhido.
74

A figura 3.10 abaixo apresenta o esquema elétrico do sensor ACS712 informado.

Figura 3.40 - Esquema elétrico ACS712. Fonte.:


http://www.allegromicro.com

Para realizar a medição o sensor ACS712 utiliza o conceito de efeito hall que consiste
em uma diferença de potencial num condutor elétrico, transversal ao fluxo de corrente e
também um campo elétrico perpendicular a essa corrente (SILVA, SANTIAGO e
MACHADO, 2014).

Conforme ilustrado na figura 3.10, os pinos de potência (1 a 4) apresentam um


isolamento elétrico dos pinos dados (5 a 8). Dessa forma esse sensor pode ser usado em
aplicações diversas inclusive em circuitos onde o isolamento é necessário.

Nos circuitos, o ACS712 é ligado em série com a carga para realizar a medição de
corrente. Desta forma os pinos 1 e 2 que estão eletricamente conectados, assim como os
pinos 3 e 4, são ligados a carga fechando o circuito. Na figura 3.11 a seguir, as setas azuis
representam a corrente que percorre os pinos de 1 a 4, gerando um campo magnético
representado pelo desenho vermelho, aplicado na pastilha de efeito hall cor verde na figura.
Desta forma uma diferença de potencial é gerada nas extremidades da pastilha que é
amplificada dentro do CI, fornecendo ao pino 7 (saída analógica) a tensão proporcional a
corrente que é medida pelo Arduino Mega e traduzida em uma indicação de corrente.
75

Figura 3.41 – Funcionamento CI ACS712. Fonte: www.alegro.com.br

No projeto está sendo utilizado o módulo ACS712 30A, capaz de medir corrente de
até 30A, sendo que uma de suas características funcionais é ser bidirecional, ou seja, é capaz
medir corrente de -30A a +30A, dessa forma sua saída analógica medida pode variar de 0 a
5V que é representado no Arduino com a leitura no conversor A/D no intervalor de 0 a 1023,
de acordo com o sentido e amplitude do sinal, sendo que o valor de 2,5v (VCC/2) ou o valor
512, indica que o sensor está sem carga.

A seguir o, trecho do código responsável por realizar a capturar do valor medido no


sensor e transformar em uma medida de corrente.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

int pinoSensor =A0;


int sensorValue_aux = 0;
float valorSensor = 0;
float valorCorrente = 0;
float voltsporUnidade = 0.004887586; // 5V/1023 (converte o valor analógico para digital)
float sensibilidade = 0.066; // Sensibilidade de 66mv/A fornecido pelo fabricante
for(int i=1000; i>0; i--){ // amostragem
sensorValue_aux = (analogRead(pinoSensor) -511); // Valor do sensor – VCC/2
valorSensor += pow(sensorValue_aux,2); // somam os quadrados das leituras.
}
// finaliza o calculo da média quadratica e ajusta o valor lido para volts
valorSensor = (sqrt(valorSensor/ 10000)) * voltsporUnidade;
76

// calcula a corrente considerando a sensibilidade do sensor (0,066 mV por amper)


valorCorrente = (valorSensor/sensibilidade); 
}
// faz a impressão dos valores de corrente
Serial.print("corrente = " );
 Serial.print(currentValue);
 Serial.print("\n" );
 sensorValue =0;
 delay(150);
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Como a corrente a ser medida é alternada e os valores são capturados tanto no
semicírculo positivo e negativo da onda, é realizada uma amostragem somando os quadrados
dessas leituras, calculando a média quadrática dessa soma, multiplicando pelo fator de
conversão A/D do Arduino, sendo que o valor de corrente é definido a partir da divisão desse
valor pela sensibilidade do sensor que é fornecido pelo fabricante do componente em seu
datasheet que no caso é de 0,066v/A.

De posse do valor de corrente medido a partir do procedimento acima e também do


valor de tensão a partir do sensor tensão é utilizado a equação 1 para aferir o valor de potência
que será apresentado para usuário na página WEB, assim que solicitado pelo mesmo.

Abaixo é apresentado a figura 3.12 que apresenta o esquema de ligação do sensor de


corrente, que é instalado em série com o disjunto geral e disjuntores dos circuitos terminais
para medir a corrente utilizada por todo o sistema.

Figura 3.42 - Instalação Sensor de Corrente


77

3.5. PROTOTIPO FINAL DO PROJETO

O protótipo final desse projeto foi elaborado de forma que todos os dispositivos e
equipamentos utilizados, fossem acomodados dentro de uma maquete simulando um ambiente
residencial, tanto no que se refere a instalação elétrica convencional atendendo a NBR5410,
quanto a automatizada, de maneira que possa ser implementada em uma residência,
facilitando o acesso e a manutenção dos equipamentos.

3.5.1. CONSTRUÇÃO DA PLACA CIRCUITO CENTRAL

Com relação aos circuitos destinados aos acionamentos e controle, foi construído uma
placa de circuito central, composta dos sensores magnético, tensão e luminosidade e também
o circuito do controle remoto, com exceção do sensor de corrente e modulo rele que são
utilizados produtos comerciais. Essa placa foi produzida com a intenção de melhor acomodar
e organizar esses componentes dentro do quadro automação.

Para desenvolver a placa de circuito central, inicialmente se desenhou todo o circuito


no programa Isis Protheus. Devido esse circuito central, conter os diversos componentes
conforme mencionados, os esquemáticos desses componentes foram desenhados dentro de
subcircuitos para melhor entendimento conforme apresentado na figura 3.13 a seguir.

Figura 3.43 - Esquema elétrico da placa central em


subcircuitos. Fonte: Autor
78

Conforme mostrado na figura 3.14, o subcircuito“FONTES”, se trata de todas as


saídas necessárias para funcionamento do sistema proposto, a partir dele é indicado quem
recebera as fontes de tensão AC/DC. Os demais subcircuitos se referem aos circuitos
discutidos e com esquemático apresentados ao longo do desenvolvimento do capitulo 2 e 3
deste trabalho.

Após o diagrama finalizado no Isis, este foi exportado para o ARES Protheus versão
7.7, onde foi montado o layout da placa central conforme figura 3.14, assim como sua versão
3D para visualizar como ficaria a placa fisicamente, de acordo com a figura 3.15.

Figura 3.44 - Layout 2d da paca centra. Fonte: Autor

Figura 3.45 - Layout 3D placa central. Fonte: Autor


79

3.5.2. CONSTRUÇÃO DA MAQUETE

A maquete elaborada para compor o protótipo final do projeto proposto, tem a medida
de 1,20 m de altura por 1,0 de largura e 0,40 m de profundidade, sua estrutura foi
confeccionada em madeira MDF, onde foram instalados o quadro elétrico, o quadro
automatizado e os demais dispositivos que se deseja controlar e monitorar, conforme
apresentado na figura 3.16 a seguir e suas especificações.

Figura 3.46 – Maquete do projeto. Fonte: Autor

Conforme apresentado na figura 3.16 a maquete é composta por um quadro elétrico de


embutir com barramento para 6/8 disjuntores. Neste quadro é instalado 04 disjuntores de 15ª
da marca Siemens, sendo que o primeiro representa o disjuntor geral, responsável por
desativar todo o sistema, o segundo é para o circuito de iluminação, o terceiro é ligado ao
circuito de tomada de uso geral que irá alimentar o roteador e a fonte que fornece 12v, por fim
80

o quarto disjuntor é para o circuito de tomada de uso especifico, onde vai ser ligado o motor
do portão automatizado.

Ao lado do quadro elétrico é instalado o quadro de automação, fabricado em acrílico


cristal com espessura 3 mm, nele é instalado todo o sistema de acionamento e controle que
permite o usuário realizar os acionamentos de forma remota. Neste quadro é instalado a placa
de controle central embarcada com os sensores e controle remoto conforme especificado
anteriormente. Também é composto do microcontrolador Arduino Mega e Ethernet Shield
responsável por conectar todo o sistema a rede sem fio e prover a aplicação WEB, o modulo
rele e sensor de corrente, além de uma fonte chaveada com tensão de entrada 110/220 e tensão
de saída 12V e 5A, responsável por fornecer a tensão e corrente especificada para alguns
circuitos dentro do quadro de automação.

Por fim temos a instalação do portão também confeccionado em MDF, composto de


02 roldanas fabricadas em nylon medindo 6,0 cm de diâmetro, com suporte em chapa de ferro
que vai fixada a placa de MDF, sendo este portão instalado sobre um trilho de ferro maciço
medindo 1,5 mm de diâmetro por 1,0 m de comprimento e na parte de cima do portão é
instalado um perfil metálico no formato de U que tem a função de fixar o portão e guia-lo
durante a abertura. Para que a abertura do portão fosse possível, foi instalado um motor
comercial da fabricante GAREN conforme caraterísticas especificadas anteriormente no item
3.3.2, sendo essa instalação realizada de acordo com parâmetros estabelecidos por esse
fabricante.
81

4. TESTES E RESULTADOS

Este capítulo apresenta os testes realizados no protótipo com a finalidade de validar se


os objetivos específicos descritos no capítulo 1 deste material foram atingidos.

Para melhor dimensionar os testes, estes são divididos nos seguintes cenários:

 Primeiro cenário: Teste do bloco de comunicação e acionamentos com status

 Teste conectividade cliente e servidor


 Teste dos acionamentos do sistema de iluminação e portão com retorno de
status

 Segundo cenário: Teste do bloco de medições

 Teste medição de corrente


 Teste medição de tensão
 Teste medição de potência

4.1. PRIMEIRO CENÁRIO

Um dos objetivos deste projeto é permitir que os acionamentos possam ser realizados
de forma remota, este processo é possível graças ao servidor e interface WEB instanciados no
conjunto Arduino e Ethernet Shield, configurados conforme especificado no capítulo anterior
no tópico 3.2.3. Desta forma neste primeiro cenário é realizado teste que verifica a
comunicação entre cliente e servidor, seguindo a lógica abordada no fluxograma apresentado
na figura 4.1 a seguir.
82

Figura 4.47 - Fluxograma teste comunicação. Fonte: Autor

Para que a validação dessa comunicação possa ser realizada é utilizado a interface
serial da IDE do Arduino que será responsável por apresentar todas mensagens de retorno que
demonstram que o servidor foi requisitado e que a comunicação ocorreu com sucesso. Essas
mensagens são disponibilizadas a partir do comando “Serial.println(“variavel ou texto”)”,
inseridas em trechos do código que demonstra que a conexão cliente servidor foi bem
sucedida.

Por tanto, o teste de comunicação é realizado acessando a página HTML a partir de


qualquer dispositivo com acesso a um browser, digitando no navegador o endereço
192.168.0.188:8090. Desta forma após o cliente se conectar e realizar o download da página
HTML no navegador é gerado retorno na IDE do Arduino das mensagens que validam e
demonstram que foi criada uma conexão ponto a ponto entre cliente e servidor conforme
mensagens apresentadas na figura 4.2 a seguir.
83

Figura 4.48 - Validação conexão cliente servidor. Fonte:


Autor

As mensagens de retorno demonstradas acima na figura 4.2, são disponibilizadas na


IDE do Arduino a partir do trecho de código apresentado abaixo e demonstram que a conexão
entre cliente e servidor ocorreu com sucesso.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Serial.print("Pagina HTML disponibilizado em ");


Serial.print(millis());
Serial.println(" ms ");
Serial.println(readString);
Serial.println("Conexao encerrada.");
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O trecho apresentado no código com o comando “Serial.print(millis());”, realiza a


chamada da função millis responsável por disponibilizar o tempo que o cliente levou para se
conectar ao servidor e baixar a página HTML apresentada para o usuário conforme mostrado
na figura 4.3. O trecho “Serial.print(readString)” é responsável pelo retorno de parâmetros
(string) quando é solicitado os acionamentos a partir da página HTML, mas como não houve
nenhuma solicitação de acionamento, este retornou apenas o método utilizado que no caso é o
GET e também a versão do protocolo HTTP, que no caso é a versão 1.1. O comando
“Serial.print(“Conexao Encerrada”);” é disponibilizado no código fonte após o comando
“cliente.stop(), que tem a função de garantir que após o cliente realizar o download da página,
84

o servidor fecha a conexão com este, deixando as portas de conexão livre para novas
solicitações.

Figura 4.49 - Página HTML. Fonte: Autor

Visto que a comunicação cliente e servidor ocorreu com sucesso, será apresentado no
próximo tópico o teste do bloco de acionamento dos sistemas de iluminação e abertura do
portão e dos componentes responsáveis pelo retorno dos status.

4.2. TESTE DE ACIONAMENTO DOS SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO E


PORTÃO COM RETORNO DE STATUS

Os testes apresentados neste tópico são realizados de forma semelhante ao teste de


comunicação realizado acima, ou seja, a validação é feita utilizando a interface serial da IDE
do Arduino que demonstram que o servidor foi requisitado e qual acionamento foi solicitado,
retornando as mensagens que validam a comunicação.

Porém, como se trata de um acionamento é necessário que a validação também ocorra


de forma visual, ou seja, toda vez que for solicitado que um sistema seja acionado, é
necessário verificar as mensagens apresentadas na interface serial e comparar com a
verificação visual no protótipo para confirmar se o acionamento ocorreu conforme solicitado
85

na interface web e de acordo com as mensagens apresentadas na interface serial da IDE do


Arduino.

Na figura 4.4 a seguir é apresentado fluxograma com a lógica de teste abordada.

Figura 4.50 – Fluxograma teste do bloco de acionamento. Fonte: Autor

4.2.1. PRIMEIRO CENÁRIO: TESTES E RESULTADOS DO SISTEMA DE


ILUMINAÇÃO
86

A primeira bateria de testes nesta seção, foi realizada para o acionamento do sistema
de iluminação de forma remota a partir da interface WEB pressionando os botões de ligar e
desligar, verificando se estas ações eram executadas conforme programado.

A figura 4.5 a seguir mostra os resultados dos testes, apresentando as mensagens de


retorno na interface serial da IDE do Arduino que foram comparadas de forma visual junto ao
protótipo do projeto.

Figura 4.51 - 1º Teste de validação do sistema de iluminação.


Fonte: Autor

A primeira
ação realizada na página HTML, foi a de pressionar o botão ligar para acender a lâmpada,
visto que no protótipo se encontrava desligada. Essa ação ocorreu com sucesso pois o rele foi
acionado ligando a lâmpada em seguida, comparando esse resultado com a informação
87

apresentada na interface serial é possível verificar a mensagem acionaLampada que


demonstra qual ação foi solicitada e também o retorno do status como ligado, conforme
apresentado também na página HTML apresentada para o usuário.

No segundo momento foi pressionado o botão desligar, desta forma foi verificado no
protótipo que a lâmpada desligou conforme desejado. Comparando a validação visual com as
mensagens de retorno apresentadas na figura 4.5, é possível verificar a ação que foi solicitada
a partir da mensagem desligaLampada?, que representa a string lida pelo sistema ao ser
pressionado o botão desligar, mas foi verificado que o status retornado foi o de Ligado, o que
não está de acordo pois o sistema desligou a lâmpada corretamente. Em seguida foi
pressionado novamente o botão desligar e foi verificado que a lâmpada permaneceu desligada
e o status atualizado para desligado, ou seja, o retorno do status foi validado com sucesso.

Com o intuito de verificar se a falha ocorrida persistia no sistema, foi realizado vários
testes, acionando e desativando o sistema a partir da página HTML, verificando qual o status
era apresentado tanto na interface serial do Arduino quanto na página HTML, comparando
com a verificação visual no protótipo.

Para melhor entendimento os resultados são apresentados no quadro 9 a seguir,


inclusive para o retorno do status com Defeito, que é simulado a partir da tentativa de ligar a
lâmpada, mas sem esta instalada no sistema.

Quadro 8 - Resultado dos testes sistema de iluminação. Fonte: Autor.

RESULTADO TESTE SISTEMA DE ILUMINAÇÃO


Página HTML Mensagens da interface serial Protótipo
Acionament Status Requisição Status Validação Visual
o
Ligar Ligada acionaLampada Ligada Lâmpada ligada
Desligar Ligada desligaLampada Ligada Lâmpada desligada
Desligar Desligada desligaLampada Desligada Lâmpada desligada
Ligar Desligada acionaLampada Desligada Lâmpada ligada
Ligar Defeito acionaLampada Defeito Lâmpada desligada
Ligar Defeito acionaLampada Defeito Lâmpada ligada
Ligar Ligada acionaLampada Ligada Lâmpada ligada
Desligar Ligada desligaLampada Ligada Lâmpada desligada
88

Desligar Desligada desligaLampada Desligada Lâmpada desligada


Ligar Desligada acionaLampada Desligada Lâmpada desligada
Ligar Defeito acionaLampada Desligada Lâmpada desligada

Analisando os resultados apresentados na tabela 9, é possível verificar que o primeiro


acionamento retorna o status do acionamento anterior, pois quando a mesma ação é solicitada
o acionamento permanece no mesmo estado, ou seja, se estava ligada e for pressionado
novamente o botão ligar, a lâmpada continua ligada, mas seu status é atualizado para a
condição correta.

A partir da análise acima, foi identificado que o problema se refere ao tempo de


resposta dos componentes utilizados, pois para o acionamento e desativação do sistema de
iluminação de forma remota é utilizado um modulo rele, enquanto para o retorno do status
utiliza-se um sensor LDR que tem o tempo de resposta muito mais rápido que o apresentado
pelo modulo rele. De posse dessa informação a solução foi implementada de forma simples
adicionando no código fonte dentro da função statusLDR() um delay de 50ms que foi
suficiente para que a leitura do sensor fosse realizada após a ação do modulo rele.

Com a solução implementada no código fonte, foi realizado novos testes para
validação completa do sistema de iluminação que foram realizados em conjunto com os testes
de acionamento do portão, mas para facilitar a compreensão dos dados, foram separados em
tabelas diferentes. Esses testes se deram em dois dias num período médio de 34 horas, com
intervalo de aproximadamente 1 hora entre as amostras, conforme dados apresentados no
quadro 10 a seguir.

Quadro 9 - Teste acionamento sistema iluminação. Fonte: Autor

Página HTML Interface IDE Protótipo


Amostr Validação
Acionamento Status Requisição Status Sucesso
a Visual
Lâmpada
1 Ligar Ligada acionaLampada Ligada Sim
ligada
Lâmpada
2 Desligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Lâmpada
3 Ligar Ligada acionaLâmpada Ligada Sim
ligada
Lâmpada
4 Ligar Defeito acionaLâmpada Defeito Sim
desligada
Lâmpada
5 Ligar Defeito acionaLâmpada Defeito Sim
desligada
89

Lâmpada
6 Desligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Lâmpada
7 Desligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Lâmpada
8 Ligar Ligada acionaLampada Ligada Sim
ligada
Página HTML Interface IDE Protótipo
Amostr Validação
Acionamento Status Requisição Status Sucesso
a Visual
Lâmpada
9 Ligar Ligada acionaLampada Ligada Sim
ligada
Lâmpada
10 Desligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Lâmpada
11 Ligar Ligada acionaLampada Ligada Sim
ligada
Lâmpada
12 Desligar Ligada acionaLampada Ligada Não
ligada
Lâmpada
13 Desligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Lâmpada
14 Desligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Lâmpada
15 Ligar Ligada acionaLampada Ligada Sim
ligada
Lâmpada
16 Ligar Ligada acionaLampada Ligada Sim
ligada
Lâmpada
17 Ligar Ligada acionaLampada Ligada Sim
ligada
Lâmpada
18 Desligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Lâmpada
19 Ligar Defeito acionaLâmpada Defeito Sim
desligada
Lâmpada
20 Ligar Defeito acionaLâmpada Defeito Sim
desligada
Lâmpada
21 Ligar Defeito acionaLâmpada Defeito Sim
desligada
Lâmpada
22 Ligar Ligada acionaLampada Ligada Sim
ligada
Lâmpada
23 Desligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Lâmpada
24 Ligar Ligada acionaLampada Ligada Sim
ligada
Lâmpada
25 Desligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Lâmpada
26 Ligar Ligada acionaLampada Ligada Sim
ligada
Lâmpada
27 Desligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Lâmpada
28 Ligar Ligada acionaLampada Ligada Sim
ligada
90

Lâmpada
29 Desligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Lâmpada
30 Ligar Defeito acionaLampada Defeito Sim
ligada
Lâmpada
31 Desligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Página HTML Interface IDE Protótipo
Amostr Validação
Acionamento Status Requisição Status Sucesso
a Visual
Lâmpada
32 Ligar Defeito acionaLampada Defeito Sim
ligada
Lâmpada
33 Ligar Desligada desligaLampada Desligada Sim
desligada
Lâmpada
34 Ligar Ligada acionaLampada Ligada Sim
ligada

Nos testes realizados foi encontrado apenas um erro na décima segunda amostra,
conforme destacado em vermelho no quadro 10. Esse erro ocorreu devido a desconexão do
dispositivo móvel utilizado da rede wifi no momento da requisição do acionamento. Com
todos esses dados disponibilizados foi calculado o percentual de sucesso alcançado pelo
sistema nos acionamentos, a partir da equação 4 apresentada abaixo.

(
Sucesso= 1−
Quantidade de falhas
Quantidade de amostras
x 100 ) (4)

Sucesso= 1− ( 1
34 )
x 100

Sucesso≅ 97 %

A partir do resultado apresentado acima e com a intenção de verificar qual é chance de


ocorrer falhas no sistema dentro de um determinado número de acionamentos, foi realizado
um cálculo de probabilidade, utilizando distribuição binomial, visto que cada tentativa de
acionamento realizado é independente e resulta em apenas duas possibilidades, ou seja,
sucesso ou falha. Para tanto e utilizado a equação 5 a seguir.

n! x n− x (5)
P ( x) = ( P ( 1−P ) )
x ! ( n−x ) !
91

Onde P(x) representa a função, n é o total de tentativas, x o numero de tentativas e P x


é a probabilidade de se obter um fracasso.

Considerando a taxa de sucesso de 97% é apresentado a seguir no quadro 11 o cálculo


da probabilidade para ocorrência de X sucessos dentre vários acionamentos.

Quadro 10 – Probabilidade ocorrência de sucesso/falhas de acionamento. Fonte: Autor

Probabilidade de pelo menos X


Número de sucessos
sucessos com 97% de taxa de sucesso
1 100,00%
2 100,00%
3 100,00%
4 100,00%
5 100,00%
6 100,00%
7 100,00%
8 100,00%
9 100,00%
10 100,00%
11 100,00%
12 100,00%
13 100,00%
14 100,00%
15 100,00%
16 100,00%
17 100,00%
18 100,00%
19 100,00%
20 100,00%
21 100,00%
22 100,00%
23 100,00%
24 100,00%
25 100,00%
26 100,00%
27 99,99%
28 99,95%
29 99,94%
30 99,63%
31 97,98%
32 91,31%
33 71,71%
34 34,44%
92

A seguir é apresentado figura 4.6, representado no gráfico o resultado da probabilidade


apresentado acima no quadro 11.

Probabilidade de pelo menos X sucessos com


97% de taxa de sucesso
120.00%

100.00%

80.00%

60.00%

40.00%

20.00%

0.00%
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33

Figura 4.52 - Gráfica probabilidade de X sucessos. Fonte: Autor

O quadro 11 e o gráfico da figura 4.6, ilustram o resultado para o cálculo de


probabilidade que demonstra o percentual de sucesso para um determinado número de
acionamentos, ou seja, considerando 34 acionamentos a chance de que 26 acionamentos
consecutivos tenham sucesso é de 100%, ou seja, 0% de ocorrência de falhas e para 34 de
fato, a chance de sucesso é de 34,4%. Dessa forma e demonstrado que a chance de ocorrência
de falhas este sistema é baixo.

Conforme demonstrado no capitulo 3 tópicos 3.3.1, a configuração do circuito do


sistema de iluminação permite que o acionamento da carga também seja realizado pelo
método convencional, ou seja, pelo interruptor. Desta forma, foi realizado os testes de
acionamento na configuração interruptor e acesso remoto, onde foi possível verificar que o
sistema funciona nas duas configurações ou seja, é possível ligar e desligar a lâmpada tanto
pelo interruptor quanto pelo acesso remoto, atendendo ao objetivo do projeto, mas quanto ao
retorno do status para o caso de o acionamento ocorrer pelo interruptor, seja para desligar ou
ligar a lâmpada, esta informação só é atualizada na página HTML na próxima requisição, mas
considerando que ao ocorrer o acionamento pelo método tradicional, o usuário já saberá no
mesmo momento se esta carga foi ligada ou desliga, não importando o status mostrado na
93

página HTML naquele momento, mas quando este acessar a página esta será atualizada para o
status correto.

Os resultados apresentados nos testes realizados, para o sistema de iluminação,


demonstram que o objetivo especifico para este sistema foi atendido de forma satisfatória.

4.2.2. TESTES SISTEMA ACIONAMENTO CIRCUITO PORTÃO

Conforme apresentado na figura 4.7 abaixo quando os botões Abrir e Fechar são
pressionados na página HTML, acessada pelo browser a partir de um smartphone ou outro
dispositivo, os parâmetros abrePortao e fechaPortao são passados como parametro para o
sistema e tem a função de realizar o acionamento do motor abrindo ou fechando o portão
conforme a opção pressionada no momento. Na interface serial do Arduino são apresentadas
as mensagens sobre qual acionamento foi requisitado no momento, seguido da informação de
status que também é apresentada como retorno na página HTML apresentada para o usuário,
por fim estas informações são comparadas as visualizações realizadas na maquete verificando
o portão abrindo e fechando de acordo com a opção selecionada no acionamento.

Figura 4.53 - Acionamento portão. Fonte: Autor


94

Conforme informado no tópico 4.2.1, parágrafo 3, os testes relacionados ao circuito


para acionamento do portão ocorreram em conjunto com os testes do sistema de iluminação,
ou seja, a cada intervalo de hora era realizado o acionamento do sistema de iluminação e após
o acionamento do sistema do portão, portanto todos os cálculos realizados para o sistema de
iluminação, são os mesmos para o circuito de abertura do portão. Mas para melhor
entendimento, foram geradas tabelas diferentes para cada circuito conforme apresentado no
quadro 12 abaixo.

Quadro 11 - Resultados do acionamento portão automatizado

Página HTML Interface IDE Protótipo


Amostr Validação
Acionamento Status Requisição Status Sucesso
a Visual
Portão
1 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
2 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
3 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Lâmpada
4 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
ligada
Portão
5 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
6 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
7 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
8 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
9 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
10 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
11 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
12 Abrir Fechado fechaPortao Fechado não
fechado
Portão
13 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
14 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
15 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
16 Abrir Aberto abrePortão Aberto Portão Sim
95

aberto
Portão
17 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
18 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
19 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Página HTML Interface IDE Protótipo Protótipo
Amostr Validação
Acionamento Status Requisição Status Sucesso
a Visual
Portão
20 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
21 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
22 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
23 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
24 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
25 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
26 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
27 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
28 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
29 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
30 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
31 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
32 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto
Portão
33 Fecha Fechado fechaPortão Fechado Sim
fechado
Portão
34 Abrir Aberto abrePortão Aberto Sim
aberto

De forma análoga ao que ocorreu no sistema de iluminação, o circuito para


acionamento do portão demonstrou ser estável, com baixa probabilidade de ocorrência de
falhas, desta forma, atendeu os objetivos para qual foi desenvolvido, aumentado as
96

funcionalidades do sistema do motor do portão, que apenas realizava sua abertura ou


fechamento através de seu controle remoto convencional.

4.3. SEGUNDO CENÁRIO

Este cenário apresenta o teste do bloco de medição. Ele é constituído de um sensor de


corrente responsável por aferir a corrente utilizada pelo sistema como um todo e um sensor de
tensão que funciona como voltímetro responsável por medir a tensão do sistema. No entanto a
associações desses dois sensores aliados ao código fonte desenvolvido retornam o valor de
potência aparente utilizada no sistema.

A seguir, lógica do teste abordada no fluxograma apresentado na figura 4.8 abaixo.

Figura 4.54 - Fluxograma teste sistema de medição. Fonte: Autor


97

4.3.1. TESTES SENSOR DE TENSÃO

Para testar a funcionalidade do sensor de tensão, este foi instalado em paralelo com o
disjuntor geral para medir a tensão do sistema. Portanto foi acessado a página HTML e
selecionado o botão Tensão que passa como parâmetro para o sistema a string verTensao, que
retorna tanto na interface WEB, quanto na interface serial do Arduino o valor de tensão
medido naquele momento, o que pode ser validado a partir das mensagens apresentadas na
interface IDE conforme mostrado na figura 4.9 a seguir.

Figura 4.55 - Teste medida de tensão. Fonte: Autor

O quadro 13 a seguir, apresenta os testes de medição de tensão solicitados a partir da


página HTML toda vez que é pressionado o botão tensão, sendo apresentado na interface IDE
do Arduino os valores medidos que são comparados as medidas realizada pelo multímetro.

Quadro 12 - Resultado teste do sensor de tensão. Fonte: Autor


98

Testes do sensor de tensão


Tensão Tensão medida
Número de Diferença
medida pelo pelo multímetro Diferença
teste percentual
sensor (V) (V)
1 210,79 209,7 1,09 0,52%
2 209,24 209,7 0,46 0,22%
3 210,33 209,0 1,33 0,63%
4 211,03 209,0 2,03 0,96%
5 211,23 209,0 2,23 1,06%
6 207,99 209,0 1,01 0,49%
7 211,44 209,0 2,44 1,15%
8 211,71 209,0 2,71 1,28%
9 211,84 209,0 2,84 1,34%
10 209,50 209,0 0,50 0,24%
11 210,56 209,0 1,56 0,74%
12 208,78 209,0 0,22 0,11%
13 211,02 209,0 2,02 0,96%
14 212,12 209,0 3,12 1,47%
15 208,41 209,0 0,59 0,28%
16 209,89 209,0 0,89 0,42%
17 209,69 209,0 0,69 0,33%
18 210,0 209,0 1,00 0,48%
19 212,08 209,0 3,08 1,45%
20 210,91 209,0 1,91 0,91%
21 209,68 209,0 0,68 0,32%
22 211,71 209,0 2,71 1,28%
23 209,23 209,0 0,23 0,11%
24 210,14 209,0 1,14 0,54%
25 211,50 209,0 2,50 1,18%
26 211,23 209,0 2,23 1,06%
27 208,88 209,0 0,12 0,06%
28 210,05 209,0 1,05 0,50%
29 209,31 209,0 0,31 0,15%
30 211,36 209,0 2,36 1,12%
31 208,22 209,0 0,78 0,37%
32 212,11 209,0 3,11 1,47%
Media 210,4 209,0 0,66%

Conforme mostrado acima no quadro 13, todos os testes realizados foram comparados
com o multímetro, onde foi possível perceber que as medidas realizadas por este se
mantiveram estáveis, enquanto as realizadas pelo sensor de tensão apresentaram variações.
Dessa forma, se fez necessário saber quão dispersos esses dados estão do valor médio
calculado. Por tanto é realizado o cálculo de desvio padrão.

Para medir o desvio padrão, que apresenta o quanto de variação existe em relação à
média de tensão é necessário calcular o valor da variância que é realizado por meio da soma
99

dos quadrados da diferença entre cada valor e a média aritmética dividida pela quantidade de
elementos menos um. A seguir é apresentado a equação 6 para o cálculo da variância amostral
seguida do cálculo para as amostras apresentadas no quadro 13.

n
(6)
∑ ( Xi−X )2
2 i=1
Sn−1 =
X−1

Onde, S é a variância, n é o total de amostras, i é a amostra inicial, Xi o valor medido


na amostra, X é a média dos valores medidos nas amostras.

Sn−12=1,43

De posse do valor da variância conforme apresentado acima, é calculado o valor do


desvio padrão, que basicamente é o resultado da raiz quadrada da variância, conforme abaixo
apresentado.


n (7)
∑ ( Xi−X )2
i =1
dp=
X −1

Onde, dp é o desvio padrão.

d p=√ 1,43=1,20

Conforme o cálculo o valor do desvio padrão é baixo, uma vez que, o resultado
representa a variação de tensão de 1,2 volts, para mais ou para menos em relação à média de
tensão calculada, ou seja, 210.4 volts, dessa forma fica indicado que os dados apresentados
pela medida do sensor de tensão tendem a estar próximos a média, indicando a conformidade
nas medidas do sensor de tensão desenvolvido.

Comparando o valor médio de tensão alcançado pelo sensor com o valor medido pelo
multímetro temos uma diferença percentual de 0,66% aproximadamente, concluindo que os
valores obtidos por este sensor são confiáveis atendendo aos requisitos para qual foi
desenvolvido.

4.3.2. TESTES SENSOR DE CORRENTE


100

Os testes realizados com o sensor de corrente, utilizaram os mesmos procedimentos


dos testes do sensor de tensão, a única diferença se refere a instalação do multímetro que é
realizada em série com o disjuntor geral.

Para testar a funcionalidade do sensor de corrente é acessado a página HTML, desta


forma, busca-se verificar as medições de corrente tanto na própria página HTML quanto no
monitor serial da IDE do Arduino.

Porém, para validar se os valores de corrente medidos e apresentados na interface IDE


e pagina HTML correspondem ao valor real, todas as medições são comparadas as medidas
realizadas por um multímetro comercial true RMS modelo ET-1649, fabricado pela empresa
Minipa.

Para que essa comparação seja possível o multímetro foi instalado em serie com o
disjuntor geral e sensor de corrente dando início aos testes de medição de corrente acionando
as cargas de iluminação e motor, para que fosse possível medir a variação de corrente.

A figura 4.10 a seguir, representa a medição de corrente realizada pelo sistema sendo
apresentada na interface IDE e contrastada com a medição realizada pelo multímetro, sendo
possível verificar que a diferença percentual entre as medidas foi de aproximadamente 1,3%

Figura 4.56 - Teste comparativo multímetro x interface IDE. Fonte: Autor

O quadro 14 a seguir apresenta todos os testes realizados para medir corrente, sendo
este realizado com o sistema de iluminação e motor acionado ou não, conforme teste realizado
101

na figura 4,9 acima, todos os testes apresentados na interface IDE do Arduino e apresentados
na tabela, foram comparados com o multímetro.

Quadro 13 - Resultados dos testes de medição de corrente. Fonte: Autor


Testes medição de corrente
Corrente sensor Corrente Diferença
Carga acionada Diferença (A)
interface IDE (A) multímetro (A) percentual
Roteador e sistema de
0,26 0,264 0,004 1,5%
automação
Roteador, sistema de
0,23 0,228 0,002 0,9%
automação e notebook
Roteador, sistema de
automação, notebook e 0,54 0,547 0,007 1,3%
lâmpada
Roteador, automação,
notebook, lâmpada e 1,88 1,859 0,021 1,13%
motor portão
Roteador, automação
1,57 1,548 0,022 1,42%
notebook e motor portão
Roteador, automação,
notebook, lâmpada e 2,12 2,17 0,05 2,35%
motor portão
Roteador, sistema de
0,50 0,50 0,00 0,0%
automação e notebook
Roteador, sistema de
automação, notebook e 0,79 0,794 0,004 0,5%
lâmpada
Roteador, sistema de
0,34 0,346 0,006 1,76%
automação e lâmpada
Roteador, sistema de
automação e lâmpada, 0,46 0,456 0,004 0,9%
Ferro de solda 30W
Total 8,69 8,71 0,12 0,23%
Segue o gráfico que ilustra a comparação entre as medidas do sensor de corrente
presente no sistema e o multímetro.

Comparativo Sensor vs Multímetro


2.5

1.5

0.5

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

CORRENTE SENSOR CORRENTE MULTIMETRO


102

Conforme mostrado no quadro 14 e gráfico da figura 4.11, todos os testes realizados


foram comparados com o multímetro e para quase todos os valores a diferença percentual foi
menor que 2%, mas quando comparado com a média de todas as medições a diferença
percentual é de apenas 0,23%, desta forma foi verificado que sistema de medição de corrente
não apresentou diferenças expressivas, o que conclui que este sistema atingiu seu propósito
funcional.

4.3.3. TESTE MEDIÇÃO DE POTENCIA.

A partir do acesso a página HTML, selecionando o botão Potência a requisição dessa


medida é solicitada ao servidor que passa como parâmetro para o sistema a string
verPotencia, que retorna tanto na interface WEB, quanto na interface serial do Arduino, neste
caso os valores de corrente, tensão e o valor de potência que é calculado a partir da Equação
2, referenciada no capítulo 2 deste trabalho. Como realizado nos demais testes e para fins de
validação dos valores medidos e calculados, os valores de tensão e corrente medidos a partir
do sistema serão comparadas as medidas realizadas pelo multímetro, conforme mostrado na
figura 4.12 abaixo.

Figura 4.58 - Teste para medição potência. Fonte: Autor

O quadro 15 a seguir apresenta o resultado dos testes realizados considerando os


valores apresentado na interface serial do Arduino e valores medidos no multímetro, sendo
que para o teste foi considerado o acionamento ou não das cargas presentes neste projeto,
assim como, a adição de outras cargas como por exemplo, um notebook e um celular.
103

Quadro 14 - Comparativo potência sistema e calculada com valores medidos no multímetro.


Fonte: Autor
Sistema Multímetro
Corrente Tensão Potência Corrente Tensão Potência Diferença
CARGA
(A) (V) (W) (A) (V) (W) % potência
Roteador, sistema de
0,34 213,28 72,51 0,35 213,50 74,73 3,1%
automação, lâmpada
Roteador, sistema de
0,34 209,27 71,15 0,35 207,50 72,62 2,1%
automação, lâmpada
Roteador, sistema de
207,00
automação, lâmpada, 1,82 207,44 377,54 1,74 360,18 4,6%
motor portão
Roteador, sistema de
automação, lâmpada, 1,86 208,10 387,10 1,83 205,20 375,52 4,6%
motor portão, celular
Roteador, sistema de
automação, lâmpada, 0,42 207,60 87,19 0,42 207,60 87,19 3,0%
celular
Roteador, sistema de
0,35 207,20 72,52 0,35 207,20 72,52 0,0%
automação, lâmpada
Roteador, sistema de
0,34 208,27 70,80 0,35 207,00 72,45 0,0%
automação, lâmpada
Roteador, sistema de
automação, lâmpada, 1,79 210,98 377,65 1,69 209,60 354,22 2,3%
motor portão
Roteador, sistema de
automação, lâmpada, 1,85 210,60 389,61 1,75 208,40 364,7 6,2%
motor portão, celular
Roteador, sistema de
automação, lâmpada, 0,41 209,14 85,74 0,42 208,8 87,70 6,4%
celular
Roteador, sistema de
0,13 209,10 27,18 0,13 208,00 27,04 2,3%
automação, celular
Roteador, sistema de
0,48 210,25 100,92 0,49 212,80 104,27 0,5%
automação, notebook
Roteador, sistema de
automação, notebook, 0,78 209,43 163,36 0,75 210,00 157,5 3,3%
lâmpada
Roteador, sistema de
automação, notebook, 2,08 208,86 434,43 2,05 209,00 428,45 1,4%
lâmpada, motor
Roteador, sistema de
automação, notebook, 1,93 211,56 408,31 1,80 210,90 379,62 7,0%
motor
Média 209,41 208,40 208,40 208,83 201,25 201,25 3,6%

Conforme mostrado acima no quadro 15 e gráfico da figura 4.13 a seguir, todos os


testes realizados foram comparados com o multímetro. Embora os valores de potência
comparados, em algumas tenham apresentado uma diferença percentual de aproximadamente
7%, em média essa diferença é de 3,6%, ou seja, é uma diferença aceitável para o sistema
proposto, concluindo assim que o sistema de medição de potência atingiu seu proposito
funcional, realizando a tarefa para qual foi projetado de forma eficiente.
104

Comparativo Potência
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Potência sistema Potência multímetro

Figura 4.59 – Gráfico comparativo medidas de potência. Fonte: Autor


105

5. CONCLUSÃO

Este capítulo aborda as conclusões realizadas ao longo do desenvolvimento do projeto


e realização dos testes apresentados no capítulo 4. Por fim é apresentado as sugestões de
melhorias do projeto proposto.

5.1. CONCLUSÕES

A motivação para desenvolver este projeto acadêmico, foi criar um sistema para
acionar cargas elétricas dentro de um ambiente residencial de forma remota e que esse sistema
fosse integrado aos sistemas já existes, trazendo assim, maior praticidade e conforto para o
usuário.

Dentro da ideia proposta para este projeto os objetivos pretendidos para este foram
sendo atingidos ao longo do desenvolvimento obtendo resultados promissores. Apesar dos
testes de comunicação apresentarem um erro relacionado ao retorno de status do sistema de
iluminação, este pode ser identificado de forma rápida e ser resolvido com uma solução
simples.

Em relação ao sistema de medição de tensão, corrente e potência os sensores


responsáveis por esta tarefa, apresentam um boa conformidade e precisão dos dados, tanto no
que se refere aos resultados de suas medições quanto as comparações realizadas ao
equipamento de uso comercial Minipa ET-1649.

Por fim, o objetivo geral deste projeto foi atingido uma vez que o sistema WEB
possibilita ao usuário escolher o que lhe for mais conveniente entre celulares, tablets ou
qualquer dispositivo que possua conexão com a internet para realizar as tarefas programadas
para o sistema implementado que realizou de forma satisfatória os acionamentos do sistema
de iluminação e portão automatizado retornando os status dessas cargas, além de adicionar
novas funcionalidades para os sistemas já automatizados como o caso do portão automático.

5.2. PROJETOS FUTUROS


106

Em relação aos projetos futuros encontram-se as sugestões de aperfeiçoamento deste


projeto, apresentando ideias de implementação não realizadas que foram observadas ao
decorrer do desenvolvimento deste projeto.

 Implementar no sistema a medição de consumo energético em KWh, com


enfoque eu seu uso eficiente. Porém essa solução deverá ser desenvolvida
em conjunto com uma interface de banco de dados para registro e acesso
dos dados por faixas de período solicitadas pelo usuário.

 Integrar ao sistema de controle remoto novas funcionalidades, como a


ativação e desativação de um sistema de alarme, visto que o sistema do
controle permite que sejam adicionadas mais conexões, bastando que seja
habilitado no código fonte.

 Desenvolver servidor web externo ao Arduino, seja em PHP, Java Script,


ou outra ferramenta, de forma que possa ser desenvolvido uma aplicação
para o usuário com mais recursos.

 Pesquisa e desenvolvimento de um sistema que permita a conexão do


Arduino a rede do usuário via wireless, dispensando conexão cabeada com
o roteador.
107

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BORBA, G. L.; DA CRUZ, F. N.; DINIZ DE ABREU, L. R. Ciência, Tecnologia e


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INSTITUTO NEWTON BRAGA, v. 1, 2012.

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<https://canaltech.com.br/o-que-e/hardware/O-que-e-um-SoC/>. Acesso em: 01 out. 2016.

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108

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MURATORI, J. R.; DAL BÓ, P. H. Automação Residencial Conceitos e Aplicações.


1ª. ed. Belo Horizonte: Educere, v. 1, 2014.

NERY, N. Instalações Elétricas Principios e Aplicações. 1ª. ed. São Paulo: Érica
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NISKIER, J. Instalações Elétricas. 4ª. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. 1, 2000.

RAPPAPORT, T. S. Comunicação sem fio: princípios e práticas. Tradução de Daniel


Vieira. 2ª. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

SILVA, E.; SANTIAGO, A. J.; MACHADO, A. F. Eletromagnetismo: fundamentos


e simulações. [S.l.]: PEARSON, v. 1, 2014.

SOMBRA, L. G. Repositório Uniceub. Uniceub, 20 jun. 2016. Disponivel em:


<http://www.repositorio.uniceub.br/bitstream/235/8693/1/21114229.pdf>. Acesso em: 05 ago.
2016.

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Daniel Vieira. 5ª. ed. São Paulo: Pearson Education - Br, 2011.

WIZINET. W5100, 2008. Disponivel em:


<http://www.wiznet.co.kr/product-item/w5100/>. Acesso em: 11 setembro 2016.
109

APÊNDICE

A seguir é disponibilizado código em Linguagem C e HTML, desenvolvido na IDE do


Arduino, e que promovem o funcionamento de todo o sistema apresentado neste trabalho.

//Centro universitário de Brásilia


//Curso Engenharia de Computação – FATEC
//Sistema de Monitoramento e acionamento de Cargas Elétricas via WEB
// Josihel de Andrade Silva Junior – RA20852121

#include <SPI.h>
#include <String.h>
#include <Ethernet.h>

//Declaração de variáveis de conexão

byte mac[] = { 0xDE, 0xAD, 0xBE, 0xEF, 0xFE, 0xED };


byte ip[] = { 192, 168, 0, 188 };
byte gateway[] = {192, 168, 0, 1};
byte subnet[] = {255, 255, 255, 0};

EthernetServer server(8090);

//Declaração dos pinos de entrada e saída que são utilizados

int rele = 5;
int botao1 = 6;
int portao = 7;
int sensorLDR = A2;
int SensorMag = 8;
int tensaoLampada = A1;
bool bPortaoAberto = 0;

//Constantes referentes ao Arduino

#define SENSOR_CORRENTE_PIN A3
#define SENSOR_TENSAO_PIN A0

#define QTD_LEITURAS_CORRENTE 130


#define QTD_LEITURAS_TENSAO 130

#define QTD_CHAMADAS_CORRENTE_MEDIA 20
#define QTD_CHAMADAS_TENSAO_MEDIA 8
#define QTD_CHAMADAS_POTENCIA_MEDIA 8

#define ARDUINO_TENSAO_MAX_ADC 5.00


110

#define ARDUINO_VALOR_MAX_ADC 980.0

//Constantes referentes ao sinal da rede

#define SENSOR_TENSAO_TENSAO_MAX 220.0 * 1.414

//Constantes referentes ao sensor de tensao

#define SENSOR_TENSAO_TENSAO_PICO 4.70


#define SENSOR_TENSAO_FATOR_CORRECAO 0.50

//Sensibilidades dos sensores

#define SENSIBILIDADE_SENSOR_CORRENTE 0.075 //5 A: 0.185; 20 A: 0.100; 30 A: 0.066


#define SENSIBILIDADE_SENSOR_TENSAO 1.05

float voltsporUnidade = ARDUINO_TENSAO_MAX_ADC / ARDUINO_VALOR_MAX_ADC;

float voltsPorUnidadeSensorTensao = SENSOR_TENSAO_TENSAO_MAX /


ARDUINO_VALOR_MAX_ADC;

#define VALOR_MINIMO_CONSIDERADO_ZERO 0
#define VALOR_MAXIMO_CONSIDERADO_ZERO 3

// Variáveis para status do sistema

String readString = String(30); // string para armazenar as solicitações do cliente


boolean printStaus = 1;
String statusPortao;
String statusLampada2;

void setup() {

Ethernet.begin(mac, ip, gateway, subnet); // inicializar a interface web

//Declaração das entradas e saídas

pinMode(rele, OUTPUT);
pinMode(botao1, OUTPUT);
pinMode(portao, OUTPUT);

pinMode(SensorMag, INPUT_PULLUP);

pinMode(A0, INPUT);
pinMode(sensorLDR, INPUT);
Serial.begin(9600)

void loop() {
111

// Criar a conexão com o servidor

EthernetClient client = server.available(); // iniciar criando uma conexao com o cliente

bool isVerInformacao = false;


bool isVerCorrente = false;
bool isVerTensao = false;
bool isVerPotencia = false;
float informacao = 0.0;
char unidadeMedida = ' ';

bPortaoAberto = digitalRead(SensorMag);

if (client) // verificar se possui cliente conectado


{
while (client.connected()) // perguntar se o cliente vai continuar conectado
{
if (client.available()) // se houver alguma coisa no cliente entra nesse condição
{
char c = client.read(); // equanto o cliente estiver conectado vamos obter o que ele solicitar

if (readString.length() < 30) {


readString += (c); // juntar os dados do char c
}

if (c == '\n') //veirificar se o pedido do cliente terminou

//Trecho que mostras as mensagens de validação de conexão com o servidor na interface IDE

Serial.println("Servidor Iniciado no IP: 192.168.0.188 ");


Serial.print("Pagina HTML disponibilizado em ");
Serial.print(millis());
Serial.println(" ms ");
Serial.println(readString);

// Trecho responsável pelo acionamento da lâmpada


if (readString.indexOf("acionaLampada") >= 0) {

digitalWrite(rele, (tensao() == digitalRead(rele)));


delay(50);

if (readString.indexOf("desligaLampada") >= 0) {

digitalWrite(rele, (tensao() != digitalRead(rele


delay(50);
112

//Trecho responsável pelo acionamento do sistema do portão

if (readString.indexOf("abrePortao") >= 0) {

if(bPortaoAberto == 0){
digitalWrite(portao, HIGH);

delay(500);

digitalWrite(portao, LOW);
bPortaoAberto = 1;
}

if (readString.indexOf("fechaPortao") >= 0) {

if(bPortaoAberto == 1){
digitalWrite(portao, HIGH);

delay(500);

digitalWrite(portao, LOW);
bPortaoAberto = 0;
}

//Trecho responsável pelo retorno do valor da corrente.

if (readString.indexOf( "verCorrente" ) >= 0 ){

Serial.println( "verCorrente..." );

isVerInformacao = true;

isVerCorrente = true;

informacao = lerCorrenteRMS( QTD_CHAMADAS_CORRENTE_MEDIA );

unidadeMedida = 'A';

Serial.print( "informacao: " );

Serial.println( informacao );

//Trecho responsável pelo retorno do valor de tensão


113

if (readString.indexOf( "verTensao" ) >= 0 ){

Serial.println( "verTensao..." );

isVerInformacao = true;

isVerTensao = true;

informacao = lerTensaoRMS( QTD_CHAMADAS_TENSAO_MEDIA );

unidadeMedida = 'V';

Serial.print( "informacao: " );

Serial.println( informacao );

//Trecho responsável pelo retorno do valor de potência

if (readString.indexOf( "verPotencia" ) >= 0 ){

Serial.println( "verPotencia..." );

isVerInformacao = true;

isVerPotencia = true;

informacao = lerPotenciaRMS( QTD_CHAMADAS_POTENCIA_MEDIA );

unidadeMedida = 'W';

Serial.print( "informacao: " );

Serial.println( informacao );

// trecho para status do portao.

if (bPortaoAberto) { //digitalRead(SensorMag)

statusPortao = "Aberto" ;

else{

statusPortao = "Fechado";

// Cabeçalho http padrão - cria a página HTML

client.println("HTTP/1.1 200 OK");

client.println("Content-Type: text/html");

client.println(); // finalizar cabeçalho


114

client.println( F( "<!doctype html>" ) );

client.println( F( "<html>" ) );

client.println( F( "<head>" ) );

client.println( F( "<title>Projeto</title>" ) );

client.println( F("<link rel=\"icon\" href=\"http://josihel.icon\" />"));

//client.println( F( "<meta name=\"viewport\" content=\"width=320\">" ) ); // deixar compativel


com tablet, celular

client.println( F( "<meta name='viewport' content='width=device-width, minimum-scale=0.4,


maximum-scale=4, initial-scale=0.6'>" ) );

client.println( F( "<meta charset=\"utf-8\">" ) );

//client.println( F( "<meta name=\"viewport\" content=\"initial-scale=1.0, user-scalable=no\">" )


);

client.println( F( "</head>" ) );

client.println( F( "<body BGCOLOR='FFFFFF'>" ) ); // todo o site fica entre o bod

client.println( F("<table width='80%' border='0' align='center'>") );

client.println( F("<tr>") );

client.println( F("<td width='10%' />") );

client.println( F("<td width='80%' >") );

client.println( F("<div valign='middle' align='center' style='background-color:#9BC306;


height: 75px;'><b>AUTOMAÇÃO</b></div>") );

client.println(F("<table width='70%' border='0' align='center'>"));

client.println( "<tr>");

client.println( "<td height='20px' colspan='7'></td>");

client.println( "</tr>");

client.println( "<tr>");

client.println( "<td height='47' width='10%'></td>");


115

client.println( F("<td width='20%' align='center' valign='middle'><b>Sistema</b></td>"));

client.println( F("<td width='40%' colspan='3' align='center'


valign='middle'><b>Acionamento</b></td>"));

client.println( F("<td width='20%' align='center' valign='middle'><b>Status</b></td>"));

client.println( "<td width='10%'></td>");

client.println( "</tr>");

client.println( "<tr>");

client.println( "<td></td>");

client.println( F("<td height='0' align='center'><b>L&acirc;mpada</b></td>")); //Lampada

client.println( F("<td colspan='2' align='center' valign='middle'><form


action='/acionaLampada' method='get'><input type='submit' style='width:100%'
value='Ligar'></form></td>"));

client.println( F("<td colspan='1' align='center'><form action='/desligaLampada'


method='get'><input type='submit' style='width:150px' value='Desligar'></form></td>"));

client.println( F("<td align='center'><div id='status'>"));

client.println( statusLDR()); //Função que chama o status do LDR (String)

client.println( F("</div></td>"));

client.println( "<td></td>");

client.println( " </tr>");

client.println( " <tr>");

client.println( "<td></td>");

client.println( F("<td height='0' align='center'><b>Port&atilde;o</b></td>")); //Portão

client.println( F("<td colspan='2' align='center'><form action='/abrePortao'


method='get'><input type='submit' style='width:100%' value='Abrir'></form></td>"));

client.println( F("<td colspan='1' align='center' valign='middle'><form action='/fechaPortao'


method='get'><input type='submit' style='width:150px'value='Fechar'></form></td>"));

client.println( F("<td colspan='1' align='center'><div id='status_portai'>") );

client.println( statusPortao );

client.println( "</div></td>" );
116

client.println( "<td></td>");

client.println( " </tr>");

client.println( "<tr>");

client.println( "<td></td>");

client.println( F("<td height='13' align='center' valign='middle'><b>Medidas</b></td>"));

client.print( F("<td align='left' > <form action='/verCorrente' method='get'> <input


type='submit' value='Corrente' ") );

if( isVerCorrente ){

client.print( "style='background:#0CD8F1'" );

client.println( F("> </form></td>") );

client.println( F("<td align='right'> <form action='/verTensao' method='get'> <input


type='submit' value='Tensão' ") );

if( isVerTensao ){

client.print( "style='background:#0CD8F1'" );

client.println( F("> </form> </td>"));

client.println( F("<td align='center' width='150px'> <form action='/verPotencia' method='get'>


<input type='submit' value='Potência' ") );

if( isVerPotencia ){

client.print( "style='background:#0CD8F1'" );

client.println( F("> </form> </td>"));

client.println( F("<td align='center' colspan='1'><div id='Status_medidas'>"));

if( isVerInformacao ){

client.println( informacao );

client.println( "&nbsp;" );
117

client.println( unidadeMedida );

isVerInformacao = false;

else{

client.println( "-" );

client.println( F("</div></td>"));

client.println( "<td></td>");

client.println( "</tr>");

client.println( "</table>" );

client.println( F("</td>") );

client.println( F("<td width='10%' />") );

client.println( F("</tr>") );

client.println(F("</table>"));

client.println( "<div align='center' style='position:absolute; bottom:0; width:100%;'>Tcc-


Josihel de Andrade Silva Junior- 2016.</div>");

client.println("</body>");

client.println("</html>");

readString = ""; //zerar string

client.stop(); //finalizar client.

Serial.println("Conexao encerrada.");
118

Serial.println("---------------------------------------");

Serial.println("");

// trecho que realiza a leitura de tensão no sistema de iluminação

boolean tensao() { // Faz ate 100 leituras procurando valor acima de 300

for (int i = 0; i < 100; i++) { // A partir de 550 considera-se ligada

if (analogRead(tensaoLampada) > 550) {

return 1;

// Se em 100 leituras nao leu 1, entao esta desligada

return 0;

//Trecho que retorna o valor de potência

float lerPotenciaRMS( int qtdLeituras ){

float corrente = lerCorrenteRMS( qtdLeituras );

float tensao = lerTensaoRMS( qtdLeituras );

return corrente * tensao;

// função para leitura da corrente

float lerCorrenteRMS( int qtdUltimasCorrentesLidas ){

float somatorioCorrente = 0.0;

float somatorioCorrenteRms = 0.0;

float menorCorrente = 99999;

float menorCorrenteRms = 99999;


119

float maiorCorrente = 0;

float maiorCorrenteRms = 0;

//Obtem o somatorio da corrente RMS e os valores minimo e maximo de corrente

for ( int index = 0; index < qtdUltimasCorrentesLidas; index++ ) {

Serial.println( index );

float valorCorrenteRms = lerRms( QTD_LEITURAS_CORRENTE, SENSOR_CORRENTE_PIN,


false, voltsporUnidade, SENSIBILIDADE_SENSOR_CORRENTE );

Serial.println( valorCorrenteRms );

somatorioCorrenteRms += valorCorrenteRms;

if ( valorCorrenteRms > maiorCorrenteRms )

maiorCorrenteRms = valorCorrenteRms;

if ( valorCorrenteRms < menorCorrenteRms )

menorCorrenteRms = valorCorrenteRms;

//Calcula valor da corrente excluindo os extremos

return ( somatorioCorrenteRms - maiorCorrenteRms - menorCorrenteRms ) /


( qtdUltimasCorrentesLidas - 2 );

// Trecho responsável pela leitura da tensão

float lerTensaoRMS( int qtdLeituras ){

float somatorio = 0.0;

float somatorioRms = 0.0;

float menor = 99999;

float menorRms = 99999;

float maior = 0;

float maiorRms = 0;
120

//Obtem o somatorio da corrente RMS e os valores minimo e maximo de corrente

for ( int index = 0; index < qtdLeituras; index++ ) {

float valorRms = lerRms( QTD_LEITURAS_TENSAO, SENSOR_TENSAO_PIN, true,


voltsPorUnidadeSensorTensao, SENSIBILIDADE_SENSOR_TENSAO );

somatorioRms += valorRms;

if ( valorRms > maiorRms )

maiorRms = valorRms;

if ( valorRms < menorRms )

menorRms = valorRms;

//Calcula valor excluindo os extremos

return ( somatorioRms - maiorRms - menorRms ) / ( qtdLeituras - 2 );

/**

* isMeiaOnda: informe TRUE caso o sinal seja uma maia onda; FALSE caso seja onda completa.

*/

float lerRms( int qtdLeituras, int pino, boolean isMeiaOnda, float voltsPorUnidade, float
sensibilidade ) {

//Serial.println( "lerRMS..." );

int leituras[ qtdLeituras ];

long soma = 0;

int qtdValoresProximosZero = 0;

int valorMinimo = 1024;

int valorMaximo = 0;

//Realiza leituras de corrente e as incrementa.

for (int i = qtdLeituras - 1; i >= 0; i--) {


121

int valorLido = analogRead( pino );

if( isMeiaOnda ){

if( valorLido < valorMinimo ){

valorMinimo = valorLido;

if( valorLido > valorMaximo ){

valorMaximo = valorLido;

//Serial.println( valorLido );

if( valorLido >= VALOR_MINIMO_CONSIDERADO_ZERO && valorLido <=


VALOR_MAXIMO_CONSIDERADO_ZERO ){

else{

soma += valorLido;

else{

soma += valorLido;

leituras[ i ] = valorLido;

delayMicroseconds( 5 );

if( isMeiaOnda ){

if( valorLido >= VALOR_MINIMO_CONSIDERADO_ZERO && valorLido <=


VALOR_MAXIMO_CONSIDERADO_ZERO ){

qtdValoresProximosZero++;

}
122

//Calcula valor médio da corrente.

int valorMedio = 0;

if( isMeiaOnda ){

#ifdef DEBUG

Serial.print( "Qtd Zeros: " );

Serial.println( qtdValoresProximosZero );

Serial.print( "Minimo/Maximo/Medio: " );

Serial.print( valorMinimo );

Serial.print( "/" );

Serial.print( valorMaximo );

#endif

//valorMedio = soma / (qtdLeituras - qtdValoresProximosZero);

valorMedio = 0;

else{

valorMedio = soma / qtdLeituras;

if( isMeiaOnda ){

#ifdef DEBUG

Serial.print( "/" );

Serial.println( valorMedio );

#endif

int sensorValue_aux = 0;

float valorSensor = 0;

//ValorRms = RaizQuadrada ( Somatorio[ ( valor - valorMedio )^2 ] / qtd )

//Realiza o somatorio quadrático da corrente:


123

for ( int index = 0; index < qtdLeituras; index++ ) {

int leitura = leituras[ index ];

if( isMeiaOnda && leitura >= VALOR_MINIMO_CONSIDERADO_ZERO && leitura <=


VALOR_MAXIMO_CONSIDERADO_ZERO ){

else{

sensorValue_aux = ( leitura - valorMedio );

long potencia = pow( sensorValue_aux, 2 );

valorSensor += potencia;

// finaliza o calculo da média quadrática e ajusta o valor lido para volts

if( isMeiaOnda ){

float valorSemFator = sqrt( valorSensor / (qtdLeituras - qtdValoresProximosZero) );

#ifdef DEBUG

Serial.print( "Valor sem fator: " );

Serial.println( valorSemFator );

#endif

valorSensor = ( valorSemFator ) * voltsPorUnidade;

else{

valorSensor = ( sqrt( valorSensor / qtdLeituras) ) * voltsPorUnidade;

// calcula a corrente considerando a sensibilidade do sernsor (185 mV por amper)

float valor = (valorSensor / sensibilidade);

return valor;
124

void entraLoop( long qtd ) {

for ( long index = 0; index < qtd; index++ ) {

delayMicroseconds(1);

void entraLoop() {

while (true);

// trecho com a leitura do LDR

String statusLDR(){ //Retorna string com estatos da lampada

if (analogRead(sensorLDR) <100){//se LDR <100

return "Ligado";

}else if (tensao() && (analogRead(sensorLDR) > 100)) { //se o sensor de tensão e o LDR > 100

return "Defeito";

}else{

return "Desligado";

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