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José Carlos Paliari Ubiraci Espinelli Lemes de Souza
José Carlos Paliari Ubiraci Espinelli Lemes de Souza
ISSN 0103-9830
BT/PCC/502
Conselho Editorial
Prof. Dr. Alex Abiko
Prof. Dr. Francisco Ferreira Cardoso
Prof. Dr. João da Rocha Lima Jr.
Prof. Dr. Orestes Marraccini Gonçalves
Prof. Dr. Paulo Helene
Prof. Dr. Cheng Liang Yee
Coordenador Técnico
Prof. Dr. Alex Kenya Abiko
Este texto faz parte da tese de doutorado de título "Método simplificado para prognóstico do consumo
unitário de materiais e da produtividade da mão-de-obra: sistemas prediais hidráulicos" que se
I
FICHA CATALOGRÁFICA
Paliari, José Carlos.
Método simplificado para prognóstico do consumo unitário de
materiais e da produtividade da mão-de-obra: sistemas prediais hidráulicos.
- São Paulo: EPUSP, 2008.
29 p. - (Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP,
Departamento de Engenharia de Construção Civil, BT/PCC/502)
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo apresentar um método simplificado para o prognóstico do consumo unitário de
materiais (metros de tubos/área de apartamento-tipo) utilizados nos sistemas prediais hidráulicos, assim como
um método simplificado para o prognóstico da produtividade da mão-de-obra (homens-hora/área de
apartamento-tipo) na execução destes sistemas, tendo-se como único parâmetro de entrada a área do
apartamento-tipo da edificação que se deseja projetar. Portanto, são métodos aplicáveis à etapa de viabilidade do
empreendimento de edificações residenciais de múltiplos pavimentos, momento no qual muitas definições de
concepção ainda não foram tomadas. Para tanto, foram levantados indicadores de consumo unitário de materiais
em 13 estudos de caso e indicadores de produtividade da mão-de-obra em 4 obras localizadas no Estado de São
Paulo. Com base neste levantamento, são apresentadas faixas de valores (mínimo, mediana e máximo) destes
indicadores para as partes que compõem estes sistemas prediais (consumo unitário) e para as partes inerentes à
execução destes sistemas (produtividade da mão-de-obra). Tanto o método de prognóstico do consumo unitário
de materiais quanto o de prognóstico da produtividade da mão-de-obra foram aplicados a um projeto executivo
de em edifício residencial de múltiplos pavimentos, com área de apartamento-tipo de 229,9 m2 • A diferença entre
a quantidade de tubos prognosticada utilizando-se o método simplificado e a mensurada em projeto,
considerando todos os sistemas prediais hidráulicos, foi de 16%, enquanto que a diferença entre a quantidade
total de homens-hora prognosticada utilizando-se o método simplificado e a utilizando-se a quantidade real de
serviço a ser executado, medida em projeto, foi de 11 %, indicando a aplicabilidade dos métodos desenvolvidos.
ABSTRACT
This work aims at presenting a simplified method for the prognosis of the unitary consumption of materiais
(pipes meters/area of apartment-kind) used in the hydraulic building systems, as well as a simplified method for
the prognosis of the labour productivity (man-hour/area of apartment-kind) and the production of such systems,
using as the only entrance parameter, the area of the apartment-kind of the building to be projected. They are
therefore methods which are applicable in the viability phase of the multiple-fioor residential building projects,
moment in which most ofthe definitions of conception have not been formulated yet. In order to do so, indices
of the unitary consumption of materiais from 13 case studies were obtained, along with the indices of labor
productivity from 4 building sites located in the state ofSão Paulo. Based on this survey, some leveis ofvalue of
these indices are presented (minimum, medium, maximum) to the parts that belong to those building systems
(unitary consumption) and to those inherent to the production of such systems (labor productivity). Both the
method of prognosis of unitary consumption system of material and the one of prognosis of labor productivity
were applied to a project of a multiple - fioor residential building, with an area of apartment-kind equal to 229.9
square meters. The difference between the quantity of pipes prognosticated using the simplified method and the
one measured in the project which considered all the hydraulic building systems was of 16%, whereas the
difference between the total quantity of man-hour prognosticated through the simplified method and the one
using the real amount of work to be done measured in the project was of 11 %, which indicated the applicability
of the methods deve1oped.
Key words: Building Systems. Unitary Consumption ofMaterials. Labor Productivity. Prognosis.
2
1. INTRODUÇÃO
I No que diz respeito aos materiais e componentes, não é comum utilizar o termo produtividade para expressar a eficiência na
transformação dos materiais em produtos de construção civil, e sim o termo consumo unitário, que expressa a quantidade
de material utilizada por unidade de serviço executado (kg de aço por m3 de estrutura) ou por área de construção (m3 de
concreto por m2 de pavimento-tipo).
2 Estas pesquisas tratam da questão das perdas de materiais e componentes nos canteiros de obras e não especificamente da
produtividade. No entanto, fica clara a relação entre estes dois conceitos à medida que, ao se produzir com menores perdas,
estar-se-á melhorando a produtividade.
3
2. PRINCIPAIS CONCEITOS
Este item é dedicado à apresentação dos principais conceitos relacionados à produtividade da
mão-de-obra e consumo unitário de materiais.
Esforço
Serviço
humano
EFICIÊNCIA
No caso específico dos sistemas prediais, procura-se relacionar o esforço despendido pela
mão-de-obra na execução de cada metro de tubulação. Por uma questão de postura, a produtividade da
mão-de-obra, neste trabalho, será expressa em homens-hora por área de apartamento-tipo, de tal forma
a se obter a quantidade de homens-hora demandada para a execução dos serviços tendo-se como
parâmetro a área do apartamento-tipo.
RUP= Hh (2.1)
QS
onde:
Hh Homens-hora despendidos na execução do serviço
Para o cálculo da RUP considera-se a quantidade "líquida" de serviço executado (para o caso
de um revestimento, onde a quantidade de serviço é medida em área, por exemplo, não se considera a
área das aberturas; no caso dos sistemas prediais, onde a quantidade de serviço é medida em metros de
tubulação, não se considera qualquer expectativa/percentual de perdas embutida nos orçamentos, ou
seja, são considerados os metros de tubulação efetivamente instalados na edificação) e o tempo em que
os operários estiveram disponíveis para o trabalho, ou seja, são considerados tanto os tempos
produtivos quanto improdutivos. Da mesma forma não são consideradas, neste cômputo, as horas-
prêmio recebidas pelos operários.
RUPDiária~
Hh QS Hh QS RUP Diária RUPCum RUPCum RUPPot
CUM=QMR (2.2)
QS
onde
QMR Quantidade de material empregado em determinado serviço ou produto
No caso dos sistemas prediais, é comum expressar o consumo unitário como sendo a relação
entre a quantidade realmente utilizada de material (metros de tubos) e a quantidade de serviço
executado (metros de tubos).
Por sua vez, o numerador da expressão 2.2 pode ser desmembrado em duas parcelas: consumo
unitário teórico, que se refere à quantidade de serviço medida em projeto e uma parcela relativa ao
consumo excedente de material, denominada perdas. Este raciocínio é ilustrado na expressão 2.3.
Perdas
CUM = CUMTeóricox(1 + ) (2.3)
100
onde:
CUMTeórico Consumo unitário teórico de material obtido através da medição dos projetos
específicos de sistemas prediais
A segunda parcela está relacionada à execução dos serviços nos canteiros de obras. Neste
trabalho, porém, foca-se o consumo unitário teórico, ou seja, aquele relacionado ao projeto e não ao
canteiro de obras.
7
Mais do que isto, adota-se uma postura inovadora no que diz respeito ao denominador do
consumo unitário teórico. Enquanto na postura tradicional se adota o metro de tubulação como
parâmetro, nesta tese propõe-se utilizar o metro quadrado de apartamento-tipo por ser este o parâmetro
de entrada na composição dos orçamentos (área de alvenaria pela área de piso, m3 de concreto por área
de piso etc.).
3. MÉTODO DE COLETA
Para se elaborar os métodos simplificados de prognóstico do consumo unitário de
produtividade da mão-de-obra inicialmente partiu-se para o entendimento dos projetos de sistemas
prediais. Nos casos onde se realizou o levantamento dos indicadores de produtividade, além do
entendimento dos respectivos projetos, teve-se também que entender a organização das equipes de
trabalho na execução dos sistemas prediais.
Os projetos foram codificados3 de tal forma a preservar a identidade da empresa e, dentre
estes, apenas no projeto da obra SP0401 não foi previsto o sistema predial de suprimento de água
quente. Nas Tabelas 3.1 e 3.2 são apresentadas, respectivamente, as principais características das obras
e dos sistemas prediais analisados.
Tabela 3.1 - Características gerais dos projetos/obra analisados
Número de apartamentos por Número de Área (m 2)
Obra pavimento-tipo pavimentos-tipo
Pavimento-tipo Apartamento-tipo
SPOIOI 2 16 374,09 173,83
SP0201 2 13 304,19 134,98
SP0301 1 20 231,25 200,56
SP0401 4 17 361,86 73,98
SPOSOl 4 22 391,28 82,2
SP0601 1 22 248,27 226,08
SP0701 2 13 225,79 92,66
SP0702 2 17 285,47 126,05
SP0801 4 12 418,63 92,03
SP090la 6 19 461,93 78,27
SP0901b 6 19 461,93 45,61
SPIOOl I 18 236,28 213,04
SPIOO2 2 17 355,62 165,72
3 O código de cada projeto possui 6 caracteres: os dois primeiros dizem respeito ao Estado no qual a obra foi executada; os
dois seguintes representam a empresa, enquanto que os dois últimos, a obra.
8
Tabela 3.2 - Tipos de sistemas prediais existentes nas obras analisadas e os materiais empregados
Obra Sistemas prediais
Água Fria Água Quente Águas Pluviais Esgoto Gás Incêndio
SPOIOI Cobre Cobre PVC PVC Cobre Cobre
SP0201 PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre
SP0301 Cobre Cobre PVC PVC Cobre Cobre
SP0401 PVC . PVC PVC Cobre Cobre
SP0501 PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre
SP0601 PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre
SP0701 PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre
SP0702 PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre
SP0801 PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre
SP090la PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre
SP0901b PVC Cobre PVC PVC Cobre Cobre
SPIOOI PPR PPR PVC PVC Cobre Cobre
SPIOO2 PPR PPR PVC PVC Cobre Cobre
prediais de suprimento de água fria e água quente, aplicável aos outros sistemas de acordo com suas
particularidades.
mSuttarefEllS
Figura 3.1 - Divisão da execução dos sistemas de suprimento de água fria e água quente em tarefas e
subtarefas
4. RESULTADOS
Nos itens subseqüentes são apresentados os valores relativos aos quantitativos de metros de
tubulações nos sistemas prediais, aos indicadores de consumo unitário de tubos por área de
apartamento-tipo e aos indicadores de produtividade da mão-de-obra considerando as respectivas
subtarefas.
.. d e supnmento d e a2ua
T a beIa 42 - C ompnmento d as tu b uIações - S'Istemas prediais ' f'
na e à2ua quente
Sistema predial de suprimento de água fria (m) Sistema predial de suprimento de água quente (m)
Obra Prumadas Distribuição Ramais Total Prumadas Distribuição Ramais Total
SPOIOI 10,08 34,81 40,28 85,17 1I,52 38,80 29,67 79,99
SP0201 12,60 28,90 37,65 79,15 0,00 26, II 22,66 48,77
SP0301 17,28 42,46 53,07 112,81 0,00 30,68 32,66 63,34
SP0401 2,96 15,07 23,64 41,67 - - - -
SP0501 4,13 23,88 19,31 47,32 0,00 12,56 1I,80 24,36
SP0601 17,28 29,04 43,81 90,13 0,00 16,66 20,84 37,50
SP0701 5,60 26,16 33,49 65,25 0,00 15,1I 17,12 32,23
SP0702 5,60 41,77 31,84 79,21 0,00 24,98 19,61 44,59
SP0801 3,48 18,97 23,25 45,70 0,00 16,35 13,02 29,37
SP090la 4,48 26,86 20,70 52,04 0,00 13,76 17,73 31,49
SP0901b 4,48 17,80 7,49 29,77 0,00 15,50 9,09 24,59
SP1001 12,00 60,90 48,95 121,85 0,00 77,00 35,79 112,79
SPI002 8,88 38,95 49,00 96,83 0,00 45,20 22,12 67,32
11
Tabela 4.3 - Comprimento das tubulações - Sistemas prediais de suprimento de gás e de prevenção e
combate a incêndios
Sistema predial de prevenção e
Sistema predial de suprimento de gás (m) combate a incêndios (m)
Obra Prumadas Distribuição Ramais Total Prumadas Total
SP0101 2,88 2,50 3,38 8,76 1,44 1,44
SP0201 2,80 2,94 3,30 9,04 1,40 1,40
SP0301 2,88 3,52 8,66 15,06 2,88 2,88
SP0401 0,74 6,20 1,80 8,74 0,74 0,74
SP0501 2,75 0,77 5,34 8,86 0,69 0,69
SP0601 2,88 1,18 8,50 12,56 2,88 2,88
SP0701 2,80 1,40 0,48 4,68 1,40 1,40
SP0702 1,40 11,22 3,82 16,44 1,40 1,40
SP0801 2,78 2,12 4,38 9,28 0,70 0,70
SP0901a 2,98 1,29 5,80 10,07 0,99 0,99
SP0901b 2,98 1,70 5,00 9,68 0,99 0,99
SP1001 3,00 0,60 6,62 10,22 3,00 3,00
SP1002 2,96 1,32 4,86 9,14 1,48 1,48
Tabela 4.4 - Comprimento das tubulações - Sistemas JJ rediais de coleta de esgoto e d e áIguas plUviais
Sistema predial de coleta de esgoto (m) Sistema predial de coleta de águas pluviais (m)
Tubos de queda e colunas
Obra de ventilação Ramais Total Tubos de queda Ramais Total
SP0101 42,44 31,02 73,46 14,40 6,25 20,65
SP0201 28,20 38,94 67,14 11,20 4,60 15,80
SP0301 38,56 44,90 83,46 14,40 5,98 20,38
SP0401 12,88 13,23 26,11 4,46 0,08 4,54
SP0501 25,00 11,25 36,25 4,13 0,10 4,23
SP0601 38,56 26,43 64,99 23,04 0,56 23,60
SP0701 34,30 16,38 50,68 14,00 0,60 14,60
SP0702 31,50 25,78 57,28 9,80 0,25 10,05
SP0801 23,11 9,00 32,11 8,34 0,20 8,54
SP090la 20,54 16,10 36,64 7,45 0,20 7,65
SP0901b 12,92 5,68 18,60 2,98 0,20 3,18
SP1001 37,00 39,88 76,88 21,00 1,50 22,50
SP1002 35,08 26,21 61,29 16,28 1,04 17,32
Tabela 4.6 - Metros de tubos por área de apartamento-tipo - Sistemas prediais de suprimento de água
ria e d
f" e agua
' ( uente
Sistema predial de suprimento de água fria Sistema predial de suprimento de água quente
(m/m 2 x 10.3) (m/m 2 x 10.3)
Obra Prumadas Distribuição Ramais Total Prumadas Distribuição Ramais Total
SP0101 58 200 231 489 67 223 170 460
SP0201 93 214 279 586 O 193 167 360
SP0301 85 212 265 562 O 153 163 316
SP0401 40 204 320 564 - - - -
SP0501 49 291 234 574 O 153 143 296
SP0601 77 129 193 399 O 74 92 166
SP0701 60 283 362 705 O 163 185 348
SP0702 44 331 252 627 O 198 156 354
SP0801 38 206 253 497 O 178 142 320
SP090la 56 343 265 664 O 176 226 402
SP0901b 98 390 164 652 O 340 199 539
SP1001 56 286 230 572 O 362 168 530
SP1002 54 235 297 586 O 272 134 406
13
Tabela 4.7 - Metros de tubos por área de apartamento-tipo - Sistemas prediais de suprimento de gás e de
prevençao e com bate a mcen
. d'lOS A
Tabela 4.8 - Metros de tubos por área de apartamento-tipo - Sistemas prediais de coleta de esgoto e de
.
al!uas plI uVlals
Sistema predial de coleta de esgoto Sistema predial de coleta de águas pluviais
(mIm' x 10-3) (mIm' x 10.3)
Tubos de queda e colunas
Obra de ventilação Ramais Total Tubos de queda Ramais Total
SPOIOI 245 180 425 83 36 119
SP0201 208 289 497 83 34 117
SP0301 192 223 415 72 30 102
SP0401 174 180 354 60 1 61
SP0501 303 136 439 50 1 51
SP0601 170 117 287 102 3 105
SP0701 371 176 547 150 6 156
SP0702 250 205 455 78 2 80
SP0801 250 97 347 90 2 92
SP0901a 262 205 467 95 3 98
SP0901b 282 125 407 65 4 69
SPI00l 173 188 361 98 7 105
SPI002 212 157 369 99 8 107
prediais. Os resultados parciais, ou seja, os resultados relativos a cada obra estão apresentados em
Paliari (2008). Para aquelas subtarefas analisadas em apenas urna obra são apresentados apenas os
valores da mediana da RUP calculada. Note-se que se fez uma distinção das RUP's em função do tipo
de material empregado (Cobre ou PVe) no sistema predial de suprimento de água fria.
Tabela 4.9 - Faixas de valores de RUP Potencial e ~RUP Cumulativa o Potencial para as diversas subtarefas inerentes à execução dos sistemas prediais
VALORES PARA PROGNÓSTICO (Hh/ml
RUP POTENCIAL óRUP
SERVICOS TAREFAS SUBTAREFAS MATERIAL Minimo Mediana Máximo Minimo Mediana Máximo
Shafls e passantes4 Shafls Locacão o o
0,40 o
- o
-
Abertura o
- 033 - - 009 -
Fixacão de prumadas e tubos de Queda o
- 010 - o o
-
Fechamento o o
0,50 - - o
-
Passantes Locação - 050 - - o
-
Abertura o
- 038 - - 0,28 o
Chumbamento · - 042 o
- 0,24 -
Corte e rasgos Corte e rasgos paredes Corte · 0,12 0,16 0,19 0,07 0,10 0,12
Rasgo · 0,10 0,23 0,35 0,04 0,09 0,13
Chumbamento o o
007 o
- 0,03 -
Produção kits Cobre Cobre 0,15 023 0,27 0,09 0,11 0,12
PVC PVC 006 008 0,13 0,01 0,07 0,13
AFIAQ/GáslIncêndio' Prumadas Montagem Cobre 0,15 020 0,25 0,10 012 0,13
Montagem PVC 0,12 o o o
Distribuição Fixacão dos suportes e montagem Cobre 0,10 0,17 0,24 0,03 0,08 0,12
Fixacão dos suportes e montagem PVC o
022 o o
0,07 o
5. MÉTODOS DE PROGNÓSTICO
Tabela 5.3 - Metros de tubulação por área de apartamento-tipo: sistema predial de suprimento de água
fria
Subsistema m/m 2 x 10.3 Número de casos
Mínimo Mediana Máximo
Prumadas 38 56 98 13
Ramal de distribuição 129 235 390 13
Ramais e sub-ramais 164 253 362 13
Geral 399 574 705 13
Tabela 5.4 - Metros de tubulação por área de apartamento-tipo: sistema predial de suprimento de água
quente
Subsistema mlm 2 x 10.3 Número de casos
Mínimo Mediana Máximo
Prumadas 67 67 67 1
Ramal de distribuição 74 186 362 12
Ramais e sub-ramais 92 165 226 12
Geral 166 357 539 12
16
Tabela 5.5 - Metros de tubulação por área de apartamento-tipo: sistema predial de suprimento de gás
Subsistema mIm' x 10-3 Número de casos
Minimo Mediana Máximo
Prumadas 10 18 65 13
Ramal de distribuição 3 16 89 13
Ramais e sub-ramais 5 31 109 13
Geral 48 75 211 13
Tabela 5.6 - Metros de tubulação por área de apartamento-tipo: sistema predial prevenção e combate a
incêndios
Subsistema mIm' x 10-3 Número de casos
Mínimo Mediana Máximo
Prumadas 8 11 22 13
Geral 8 11 22 13
Tabela 5.7 - Metros de tubulação por área de apartamento-tipo: sistema predial de esgoto sanitário
Subsistema mIm' x 10-3 Número de casos
Minimo Mediana Máximo
Tubos de queda 98 133 227 13
Colunas de ventilação 54 92 144 13
Ramais 97 180 289 13
Geral 287 415 547 13
Tabela 5.8 - Metros de tubulação por área de apartamento-tipo: sistema predial de escoamento de águas
pluviais
Subsistema mIm' x 10-3 Número de casos
Minimo Mediana Máximo
Tubos de queda 50 83 150 13
Ramais I 4 36 13
Geral 51 102 156 13
(b) divisão do resultado obtido em (a) pela respectiva área do apartamento-tipo (Tabela 3.1).
17
Matematicamente, tem-se:
Hh HhxQS
2
=-_....:.:::.- (5.1)
m QSxÁrea
onde:
Hh Homens-hora por m2 de apartamento-tipo despendidos na execução de determinada
subtarefa
Nas tabelas, a seguir, são apresentados os valores de homens-hora por área de apartamento
tipo para cada subtarefa inerente à execução dos sistemas prediais. Note-se que, além de se fazer uma
distinção entre valores de homens-hora por área de apartamento-tipo na execução do sistema predial
de suprimento de água fria em função do material empregado nas tubulações (cobre ou PVe), faz-se
também, para este e para os demais sistemas de suprimento de insumo (água quente e gás), a distinção
entre ramais cujo traçado da tubulação é feito somente pelas paredes ou pelas paredes e sob a laje de
piso (água quente) ou pelas paredes e embutidos no contrapiso (gás). Caso não haja a previsão de se
localizar os ramais exclusivamente nas paredes, deve-se somar ao resultado o valor do consumo de
tubos localizados sob a laje de piso (água fria e água quente) e embutidos no contrapiso (gás).
Tabela 5.9 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: shafts e passantes
Hh/m 2 x 10-3
Tarefas Subtarefas
Mínimo Mediana Máximo
Shajis Locação 22 29 45
Abertura 16 20 32
Fechamento 26 34 53
Passantes (esgoto) Locação 46 68 84
Abertura 44 65 79
Chumbamento 44 65 79
Passantes (águas pluviais) Locação 6 9 16
Abertura 5 8 15
Chumbamento 5 8 15
18
Tabela 5.10 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: corte e rasgo de paredes
Hh/m 2 x 10-3
Tarefas Subtarefas
Minimo Mediana Máximo
Rasgo 34 63 98
Rasgo 29 45 56
Rasgo 5 11 33
Rasgo 3 9 18
Tabela 5.11 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial de
suprimento de água fria (Cobre)
Hh/m 2 x 10-3
Tarefas Subtarefas
Minimo Mediana Máximo
Prumadas Montagem 12 18 31
Fixação 6 9 15
Ramais e sub-ramais paredes in loco (somente paredes) Montagem e chumbamento 97 117 139
Tabela 5.12 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial de
suprimento de água fria (PVC)
Hh/m 2 x 10-3
Tarefas Subtarefas
Minimo Mediana Máximo
Prumadas Montagem 8 13 22
Fixação 6 9 15
Tabela 5.13 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial de
suprimento de água quente (Cobre)
Hh/m 2 x 10-3
Tarefas Subtarefas
Mínimo Mediana Máximo
Prumadas Montagem 21 21 21
Fixação 10 10 10
Distribuição Fixação dos suportes e montagem 18 46 90
Ramais e sub-ramais paredes in loco (somente paredes) Montagem e chumbamento 46 72 84
Ramais e sub-ramais paredes in loco (paredes + laje) Montagem e chumbamento 53 65 87
Ramais e sub-ramais sob a laje Montagem da tubulação 25 37 50
Tabela 5.14 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial de
suprimento de gás (Cobre)
Hh/m 2 x 10-3
Tarefas Subtarefas
Mínimo Mediana Máximo
Prumadas Montagem 3 6 21
Fixação 2 3 10
Distribuição (parede) Montagem e chumbamento I 8 45
Ramais e sub-ramais paredes in loco (somente paredes) Montagem e chumbamento 3 13 24
Ramais e sub-ramais paredes in loco (paredes + contrapiso) Montagem e chumbamento 3 7 17
Ramais e sub-ramais contrapiso Montagem tubulação 4 7 23
Tabela 5.15 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial de
prevenção e combate a incêndios (Cobre)
Hh/m 2 x 10-3
Tarefas Subtarefas
Mínimo Mediana Máximo
Prumadas Montagem 2 4 7
Fixação I 2 3
Tabela 5.16 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial de coleta
de esgoto (PVC)
Hh/m 2 x )0-3
Tarefas Subtarefas
Mínimo Mediana Máximo
Tabela 5.17 - Faixas de valores de Homens-hora por área de apartamento-tipo: sistema predial de coleta
de águas pluviais (PVC)
Hh/m 2 x 10-3
Tarefas Subtarefas
Minimo Mediana Máximo
impossibilidade da determinação destes fatores, recomenda-se a adoção da mediana, tanto para a RUP
Potencial quanto para o ~RUPCumulaliva-Polencial. Este procedimento foi adotado neste trabalho.
Tabela 6.2 - Comparação entre o comprimento de corte e rasgo nas paredes levantado em projeto e o
obtido utilizando o método de prognóstico simplificado
Adotado Metros
Partes mm 2 x 10-3 Método Projeto Diferença (0/0)
Sistema predial de suprimento de água fria 198 45,52 44,22 1,30 3
Sistema predial de suprimento de água quente 140 32,19 27,34 4,85 18
Sistema predial de suprimento de gás 34 7,82 2,00 5,82 291
Sistema predial de coleta de esgoto 29 6,67 5,93 0,74 12
Tabela 6.3 - Comparação entre o comprimento de tubos levantado em projeto e o obtido utilizando o
método de prognóstico simplificado - Sistema predial de suprimento de água fria
Adotado Metros de Tubulação
Partes m/m 2 x 10-3 Método Projeto Diferença (0/0)
Prumadas 60 13,79 8,64 5,15 37
Distribuição 250 57,48 47,60 9,88 17
Ramais 253 58,16 45,22 12,94 22
Total - 129,43 101,46 27,97 22
23
Tabela 6.4 - Comparação entre o comprimento de tubos levantado em projeto e o obtido utilizando o
método de prognóstico simplificado - Sistema predial de suprimento de água quente
Tabela 6.5 - Comparação entre o comprimento de tubos levantado em projeto e o obtido utilizando o
método de prognóstico simplificado - Sistema predial de suprimento de gás
Tabela 6.6 - Comparação entre o comprimento de tubos levantado em projeto e o obtido utilizando o
método de prognóstico simplificado - Sistema predial de prevenção e combate a incêndios
Tabela 6.7 - Comparação entre o comprimento de tubos levantado em projeto e o obtido utilizando o
método de prognóstico simplificado - Sistema predial de coleta de esgoto
Tabela 6.8 - Comparação entre o comprimento de tubos levantado em projeto e o obtido utilizando o
método de prognóstico simplificado - Sistema predial de coleta de águas pluviais
Adotado Método
Tarefas Subtarefas Hh/m 2 x 10-3 Hh
Abertura 20 4,6
Fechamento 34 7,8
Passantes (esgoto) Locação 68 15,6
Abertura 65 14,9
Chumbamento 65 14,9
Passantes (águas pluviais) Locação 9 2,1
Abertura 8 1,8
Chumbamento 8 1,8
Tabela 6.10 - Homens-hora prognosticados para a obra SPllOl- Corte e rasgo de paredes
Adotado Método
Tarefas Subtarefas Hh/m 2 x 10-3 Hh
Tabela 6.11 - Homens-hora prognosticados para a obra SPllOl - Sistema predial de suprimento de água
fria
Adotado Método
Tarefas Subtarefas Hh/m 2 x 10-3 Hh
Prumadas Montagem 18 4,1
Fixação 9 2,1
Distribuição Fixação dos suportes e montagem 59 13,6
Ramais e sub-ramais paredes in loco (paredes) Montagem e chumbamento 117 26,9
25
Tabela 6.12 - Homens-hora prognosticados para a obra SPl101 - Sistema predial de suprimento de água
quente
Adotado Método
Tarefas Subtarefas Hh/m' x 10-3 Hh
Tabela 6.13 - Homens-hora prognosticados para a obra SPl101 - Sistema predial de suprimento de gás
Adotado Método
Tarefas Subtarefas Hh/m' x 10-3 Hh
Fixação 3 0,7
Distribuição (parede) Montagem e chumbamento 8 1,8
Ramais e sub-ramais paredes in loco (paredes + contrapiso) Montagem e chumbamento 7 1,6
Ramais e sub-ramais contrapiso Montagem tubulação 7 1,6
Tabela 6.14 - Homens-hora prognosticados para a obra SPl101- Sistema predial de prevenção e combate
a incêndios
Adotado Método
Tarefas Subtarefas Hh/m' x 10-3 Hh
Fixação 2 0,5
Tabela 6.15 - Homens-hora prognosticados para a obra SPl101 - Sistema predial de coleta de esgoto
Adotado Método
Tarefas Subtarefas Hh/m 2 x 10-3 Hh
Tabela 6.16 - Homens-hora prognosticados para a obra SPl101- Sistema predial de coleta de águas
pluviais
Adotado Método
Tarefas Subtarefas Hh/m' x 10-3 Hh
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Indústria da Construção Civil é carente de informações na medida em que seus produtos são
muito heterogêneos e a mão-de-obra empregada em seus processos também tem níveis de informação
diferenciados, predominando a experiência vivida ao longo de sua vida profissional nos vários
canteiros e empresas em que trabalhou, do que o conhecimento sistemático com base em pesquisa
científica.
Metros de Tubulação
Homens-hora Difereuça
6 O TCPO (2003) não traz indicadores de produtividade da mão-de-obra para o cálculo dos homens-horas demandados para a
execução dos shafts e dos passantes.
28
Embora não se possa afirmar categoricamente qual método é o mais correto em função da
grande diferença observada, pode-se afirmar que a formatação do método proposto está mais próxima
da organização da produção destes sistemas prediais. Esta dúvida pode ser sanada com a continuidade
deste trabalho em outros canteiros de obras, agregando, inclusive, outros tipos de materiais
empregados nas tubulações, como o PPR, por exemplo. Pode-se considerar também que as diferenças
observadas com a aplicação do método de prognóstico simplificado em relação ao analítico são
satisfatórias, haja vista sua simplicidade de aplicação na medida em que se tem como entrada do
processo a área do apartamento-tipo que se deseja construir.
No que diz respeito à mão-de-obra, observou-se uma grande diferença entre os valores
prognosticados utilizando-se o método proposto e os calculados utilizando os indicadores de
produtividade preconizados pelo TCPO (2003), muito utilizado no meio técnico.
Mais do que discutir os resultados em si, acredita-se que a discussão deva ser conduzida no
sentido de se ampliar o campo de estudo a respeito, agregar informações de novas obras ao banco de
dados elaborado no sentido de se perpetuar a nova postura preconizada no método proposto e se
identificar e quantificar a influência dos fatores presentes no dia-a-dia de execução dos serviços
inerentes aos sistemas prediais.
Mesmo assim, acredita-se que os métodos propostos possam ser generalizados, ou seja,
passíveis de aplicação a vários casos reais, com a obtenção de resultados muitos satisfatórios,
principalmente frente à carência de informações nesta área a respeito destes sistemas prediais.
Seguramente há ainda um campo enorme a ser explorado quanto ao tema proposto neste
trabalho e sua extrapolação a outros sistemas prediais, como o elétrico, por exemplo. Inicialmente
destaca-se a necessidade de se aumentar o número de estudos de caso para estes sistemas de forma a
contemplar novos fatores, aprimorar os métodos de prognóstico desenvolvidos e, principalmente, no
que diz respeito à produtividade da mão-de-obra.
Nesta mesma linha, o refinamento dos métodos para o prognóstico do consumo unitário pode
°
ainda contemplar percentual do comprimento total da tubulação em função do seu diâmetro. mesmo
se aplica às conexões no que diz respeito ao seu número e tipo. Este refinamento permitiria maior
precisão quanto às estimativas de custos destes sistemas.
REFERÊNCIAS
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construtoras de edifícios: execução da estrutura e da alvenaria de vedação. São Paulo, 1999.
Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica - Universidade de São Paulo.
ARAÚJO, L.O.C. Método para a previsão e controle da produtividade da mão-de-obra na
execução de fôrmas, armação concretagem e alvenaria. São Paulo, 2000. Dissertação (Mestrado)-
Escola Politécnica - Universidade de São Paulo.
CARRARO, F. Produtividade da mão-de-obra no serviço de alvenaria. São Paulo, 1998. 226p.
Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
ENSHASSI, A.; MOHAMED, S.; MAYER, P.; ABED, K. Benchmarking masonry labor productivity.
International Journal of Productivity and Performance Management. VoI. 56, nA, 2007.
29
HAN, S.Y.; TROMAS, R. Quantification ofinefficiency in labor productivity - a case study. In: 11th
Joint CID International Symposium. Proceedings..• 2003, Singapura, 2003.ne
LIDRAIS, C.F. Método prático para estudo da produtividade da mão-de-obra no serviço de
revestimento interno de paredes e pisos com placas cerâmicas. São Paulo, 2001. Dissertação
(Mestrado) - Escola Politécnica - Universidade de São Paulo.
PALIARI, José Carlos; SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes de; SALES, Almir.Produtividade nos
sistemas prediais hidráulicos e sanitários. Brasil- São Carlos, se. 2003.10 p. SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE GESTÃO E ECONOMIA DA CONSTRUÇÃO, 3., 2003, São Carlos, SP.
PICCHI, F. A. Sistema de Qualidade: uso em empresas de construção de edifícios. São Paulo, 1993.
462p. Tese (Doutorado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
SAUTCHÚK, c.A.; SOUZA, D.E.L.; REZENDE NETO, O.S. A produtividade na execução de redes
coletoras de esgotos sanitários: comparativo entre os sistemas "tradicional e 100% plástico". In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA, 21, 2001, João Pessoa. Anais ...
João Pessoa: ABES. 7p. CD-ROM.