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Revista Boletim do Gerenciamento

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Gestão Ambiental: A importância do Gerenciamento de Risco em Resíduos


Sólidos na Construção Civil
BARTHOLO JR Reginaldo Mello
Pós-graduando em Gestão e Gerenciamento de Projetos, NPPG/POLI – UFRJ

Resumo:
Informações do Artigo
A indústria da construção civil é absolutamente um dos setores mais
Histórico: significativo e influente na política ambiental e econômica do país, para
Recebimento: 26 Jan 2019 realizar melhorias contínuas é necessário gerir com o intuito de
Revisão: 29 Jan 2019 viabilizar uma gestão de projeto eficaz. Apesar de ser o segmento
Aprovação: 19 Fev 2019 industrial que mais usufrui dos recursos naturais produzindo um volume
excessivo de resíduos sólidos, por vezes realiza de forma negligente o
descarte destes. A responsabilidade com o meio ambiente e o esforço
Palavras-chave:
pela sustentabilidade despertaram em algumas empresas uma
Gestão Ambiental preocupação com a segregação dos resíduos, como forma de diminuí-los
Construção civil e usá-los de modo racional, além de reduzir os custos do
Gestão de resíduos empreendimento. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo
evidenciar a importância da gestão dos resíduos na construção civil
considerando-se suas classificações conforme a resolução do CONAMA
n° 307 de 5 de julho de 2002 e suas alterações, gerando economia ao
empreendimento segregando corretamente os resíduos de classe A
(reaproveitáveis na própria obra), B (recicláveis por terceiros), C
(resíduos sem tecnologia para seu descarte) e D (perigosos à saúde e ao
meio ambiente) com isso, o portfólio da empresa fica com boa
visibilidade perante a sociedade por ser parceira do meio ambiente. Esse
artigo aborda todas as etapas do ciclo de separação, transporte e
destino para o descarte, visando maximizar os recursos da obra,
diminuir os custos e acima de tudo reduzir o impacto ambiental.

1. Introdução construção civil alcançou em 6,5% do produto


interno bruto (PIB) brasileiro.
A construção civil é absolutamente uma Ao iniciar o projeto, ou seja, no termo de
das atividades mais significativas e com abertura e na declaração de Escopo, devemos
grande influência na política socioambiental e verificar a possibilidade de agregar novos
socioeconômica no Brasil, integrando desde a questionamentos à organização no campo do
retirada de insumos até a edificação dos desenvolvimento sustentável, exemplificando,
projetos. Segundo Souza et. Al. [1], calcula-se em brainstormings e no alinhamento com
que a atividade de construção civil seja diretrizes estratégicas.
responsável por 3,92 milhões oportunidades A expansão significativa da construção
de trabalho, correspondendo ao segmento de civil é corroborada pelo aumento de postos de
maior empregabilidade da economia nacional. trabalho no período de 2005 a 2009, que
Segundo o IBGE [2], no ano de 2014 a foram criados 1,46 milhão de novos empregos

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cuja edificação colaborou com 73% deste 1.1 Análises do PMBOK e sobre
total, CONSTRUBUSINESS [3]. Sustentabilidade
É importante enfatizar a importância da
gestão ambiental apropriada dos resíduos, Neste trabalho tem várias práticas e
com a presença da coletividade a procura de caminhos para alcançar a sustentabilidade nas
uma resposta positiva, visando, desde já, a empresas e projetos na construção civil.
redução dos riscos inerente ao meio ambiente. Assim, a tabela busca a relação entre o
Com isso, será possível alcançar uma melhor tema abordado, as áreas do PMBOK e as
qualidade de vida e na saúde da população, e, diretrizes para tornar-se um projeto
principalmente no desenvolvimento sustentável.
sustentável, GÜNTHER [4]. Em algumas áreas é possível aplicar
Para Pinto e Gonzáles [5], em pequenas e práticas sustentáveis, em outras, por suas
grandes cidades brasileiras os resíduos da características, não há necessidade de se
construção civil representam cerca de 40 a aplicar as práticas sustentáveis. Uma análise
70% do total produzidos no município, com dessas interfaces é apresentada na tabela 1.
base em dados analisado no período de 1990 a
Tabela 1a - Análise das áreas do PMBOK e
2001. Contudo, estima-se que a construção sustentabilidade
civil é uma prática iminente de degradação do
meio ambiente. ÁREAS ATIVIDADE
Quando se descarta materiais na forma de
- Verificar os impactos ambientais e
“entulho” na construção civil ou outra
sociais do escopo.
natureza indica o desperdício de recursos - Apurar quais as oportunidades de
naturais, o que direciona este setor como o tornar o projeto mais sustentável
ápice para a melhoria da sustentabilidade em Escopo
ainda em sua definição.
toda sua proporção, SOUZA et. al. [1]. - Avaliar a responsabilidade sobre
todo ciclo de vida do produto,
Mendes et. Al. [6] destaca que a maioria
incluindo o descarte.
dos canteiros de obra no Brasil tem observado - Ressaltar os objetivos econômicos,
que existe uma abundância de entulho, ou sociais e ambientais do projeto.
seja, resíduos da construção civil. Este é um - Não fazer comunicações
indício de acúmulo irracional de material: desnecessárias
desde a matéria prima até ser utilizado na - Clareza na comunicação com a
Comunicação
sociedade e stakeholders.
obra. A responsabilidade desta irracionalidade
- Adotar meios de comunicação
é das empresas geradoras de resíduos e da menos agressivos ao meio ambiente.
sociedade como um todo, pois, além de
- Incluir os stakeholders nos
impactar diretamente no custo final das princípios de sustentabilidade.
construções influi também na retirada e - Certificar que todos stakeholders
tratamento deste resíduo. saibam sobre o caráter sustentável
Stakeholders
A construção civil tem a dificuldade de dos projetos.
adequar uma operação de grande relevância - Disseminar aos stakeholders as
vantagens de se trabalhar dentro dos
para a sociedade com a possibilidade de princípios sustentáveis
conduzir um desenvolvimento racional e
- Dar preferência a fornecedores
menos destrutivo ao meio ambiente, Pinto e locais.
Gonzáles [5]. - Priorizar itens reutilizáveis ou
Desta forma, ressalta que, no recicláveis.
gerenciamento dos projetos de produtos e - Envolver toda a cadeia de supply
serviços, deve-se ter uma atenção maior em se Aquisições chain no caráter sustentável do
projeto.
contestar o quanto tais projetos estão - Analisar se é possível e viável
colaborando para a estratégia de comprar energia de fontes
desenvolvimento sustentável da organização. renováveis.

Fonte: Adaptação de Delaroza [7].

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Tabela 1b - Análise das áreas do PMBOK e Segundo Silva [11] o esforço para a
sustentabilidade construção ser mais sustentável é observado
ÁREAS ATIVIDADE em “(...) fornecer mais valor, poluir menos,
- Buscar máxima qualidade do
ajudar o uso sustentável de recurso, responder
produto.
- Definir critérios de qualidade que efetivamente as partes interessadas e melhorar
permitam uma longa vida útil do a qualidade de vida presente sem
Qualidade mesmo. comprometer o futuro”.
– Definir métricas ligadas à Aranha [12] cita que o relatório de
sustentabilidade. Exemplo: consumo
Brundtland, concluído em 1987, tem a
de energia, consumo de água,
porcentagem de itens reciclados. finalidade de conciliar o desenvolvimento
- Promover relações justas de econômico com a preservação ambiental. Já
trabalho. nas construções civis o debate era direcionado
Pessoas - Incentivar o desenvolvimento sobre eficiência energética estabelecendo
intelectual do envolvidos. novos horizontes para uma arquitetura
- Promover a segurança no trabalho.
- Identificação e controle dos riscos ambientalmente correta, que nos anos
financeiros. seguintes, diversas organizações atenderam a
Riscos - Identificação e controle dos riscos cerca de questões relevantes consumo de
ambientais. água, resíduos, recursos naturais.
- Identificação e controle dos riscos Para Mendonça [13] a Eco-92
sociais.
(Conferência Internacional das Nações Unidas
Fonte: Adaptação de Delaroza [7].
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento)
realizado no Rio de Janeiro objetivou a
redução na concentração de gazes estufas na
1.2 Principais Conferências sobre
atmosfera restringindo a interferência do
Sustentabilidade
homem no sistema climático. Com isso, foi
Montapert [8] disse: “somos totalmente
instituída a Agenda 21 que segundo Born [14]
responsáveis pela nossa qualidade vida e pelo
foi caracterizado como um soft law, ou seja,
efeito exercido sobre os outros, construtivo ou
'um acordo que não cria vínculos legais que
destrutivo, quer pelo exemplo quer pela
tornam sua implementação mandatória para
influência direta.”.
atores (países) que assinaram”.
A construção civil, mesmo sendo
Távora [15] afirma que a Rio +20 tem o
importante para o desenvolvimento da
propósito de renovar o comprometimento
sociedade, “(...) acredita-se que ela é a vilã da
político com o desenvolvimento sustentável,
natureza” John e Agopyan [9]. O Brasil se
analisar se houve melhora até o momento e as
encontra em fase de mudanças cultural,
falhas que ainda existem para a implantação
comportamental tecnológica focando nos
dos principais resultados sobre
atendimentos das demandas da sociedade,
sustentabilidade.
ficando cada vez mais exigentes em relação à
preservação do meio ambiente John e
2. Gerenciamento de Riscos dos
Agopyan [9].
Resíduos Sólidos
A Conferência Internacional das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente realizada em
Consoante à resolução do CONAMA n°
Estocolmo na Suécia em 1972 foi o inicio das
307 de 05 de julho de 2002 [16] a gestão de
discussões sobre desenvolvimento
resíduos na construção civil (RCC) deve
sustentável, cujo principal objetivo é a
abranger o máximo de ações exercidas, direta
preservação do meio ambiente. Trata-se do
ou indiretamente, nos pontos de coleta,
processo de manutenção do equilíbrio entre a
tratamento, discriminação, transbordo,
capacidade do ambiente e as demandas por
transporte e seu destino final adequado dos
igualdade, prosperidade e qualidade de vida
rejeitos.
da população humana CIB [10].
A resolução n° 448 de 18 de janeiro de
2012 [17] incluiu o artigo 11 cujo indica que

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o gerenciamento de resíduos sólidos deverá Quando os resíduos da construção civil são


acordar com o plano municipal de gestão gerenciados de forma inadequada danifica a
integrada de resíduos sólidos ou com o plano essência da vida urbana, neste sentido, há um
de gerenciamento de resíduos sólidos na aumento de serviços de limpezas junto às
forma da lei nº 12.305 de 2 de agosto de 2010 prefeituras reforçando a desigualdade social
[18] no país, usando capital público para a
No artigo 18 da resolução citada à cima logística dos resíduos os que poderiam ser
explícita a criação de um plano municipal de utilizados para outros fins, quando, na
gestão integrada de resíduos sólidos pelas verdade esta incumbência seria dos geradores,
prefeituras para a capitação de verbas cuja segundo o Ministério das Cidades [23].
finalidade será direcionada a serviços de
limpeza. Nada obstante, o artigo 20 da 2.1. Identificação e Classificação dos
política nacional dos resíduos sólidos (PNRS) Resíduos
cita a necessidade para a preparação do plano
de gerenciamento de resíduos sólidos para Conforme a resolução do CONAMA n°
empreendimentos da qual os resíduos gerados 307 de 5 de julho de 2002 [16] em seu artigo
que não são considerados perigosos por sua segundo inciso I, os resíduos da construção
natureza, composição e volume não civil podem ser conceituados como: todo e
correspondem aos resíduos domiciliares qualquer material oriundo de construções,
conforme as empresas da construção civil reformas, reparos e demolições de obras
explícito na lei n° 12.305 de 2 de agosto de empreendedoras, e todos aqueles resultantes
2010 [18]. da preparação e escavação dos terrenos.
De acordo com Pucci [19], Temos como exemplos: tijolos, blocos,
tradicionalmente o poder público seria o cerâmicas, concreto em geral, solos, rochas,
responsável pelos resíduos das construções metais resinas, colas, tintas, madeiras,
civis (RCC) que enfrentavam grande compensados, forro, argamassa, gesso, telhas
problema para recolhê-los e acondicioná-los pavimentos asfálticos, plásticos, tubulações,
visto que eram jogados em lugares impróprios fiações elétricas etc. geralmente denominados
como rios, canteiros, ruas, praças etc. como entulhos, caliça ou metralha.
A sociedade, em sua maioria, pode Os resíduos de construção civil são
considerar os resíduos da construção civil apontados em quatro classes distintas, são
inservível, porem possui cerca de 40% de elas:
materiais recicláveis. Quando se utiliza esta Classe A: abrange resíduos que podem
parte reciclável tem uma grande vantagem ser reutilizáveis ou recicláveis como
para a economia, energia e meio ambiente, agregados, e que podem futuramente ser
Figueiredo [20]. reinseridos no processo produtivo da própria
Segundo Linhares et. al. [21], os obra. São eles derivados de:
empreendedores do ramo da construção civil
somente sairão da inatividade no momento ─ Pavimentação e infraestrutura: blocos
em que sofrerem uma fiscalização e taxações de concreto, cerâmicas, argamassas, e
resultantes de uma legislação rigorosa com o semelhantes;
pagamento de alto custo para os descartes dos ─ Edificações: tijolos, blocos, telhas,
resíduos e para a compra de matéria prima. placas de revestimentos, argamassa,
Angulo e John [22] descreve que a falta ou concretos, dentre outros;
incompetência de políticas minuciosas que ─ Processos de fabricação ou
tratam de resíduos na construção civil demolições: tubulações, fiação elétrica,
desfrutam de situações que os mesmos resinas, colas, tinturas.
expõem resultados ambientais negativos sobre
a sociedade originando terrenos clandestinos Classe B: abrange resíduos que podem ser
que são jogados os resíduos. recicláveis para outras destinações, ou seja, a
sua reutilização será possível fora do processo

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produtivo das construções. São eles: plásticos, Os resíduos de classe A deverão ser
metais, papel, papelão, vidro, madeira, gesso, separados dos demais, pois, será reutilizado
dentre outros. ou reciclado para usos futuro no próprio
Classe C: abrange resíduos para os quais canteiro de obra.
não foram desenvolvidas tecnologias ou Os resíduos de classe B deverão ser
aplicações economicamente viáveis que dispostos em armazenamento temporário para
permitam a sua reciclagem ou recuperação. uma reciclagem futura com empresas
Classe D: abrange resíduos potencialmente especializadas ou associações FIEB [28].
perigosos/nocivos não somente ao ser humano Os resíduos de classe C, lamentavelmente,
como também ao meio ambiente. São eles: de acordo com a resolução do CONAMA n°
tinta, solventes, óleos, amianto, reparos de 307 de 5 de julho de 2002 [16], não nos
clínicas radiológicas de acordo com Mendes e exemplifica alguns tipos de materiais, porém
Oliveira [24]. pressupõe-se que seja a lã de vidro, pincel
De acordo com Lima e Lima [25], o sujo com tinta, lixas usadas etc. Silva et. al.
processo de identificação e caracterização dos [29].
resíduos é de suma importância para tomar Os resíduos de classe D são de caráter
ciência da natureza do material que estamos potencialmente perigoso e devem ser
trabalhando e quantificá-los, sendo assim segregados com cautela dos demais para que
possível um planejamento adequado, não haja contaminação dos materiais que
contribuindo fortemente com a redução, futuramente poderão ser reciclados. Trata-se
reutilização, reciclagem e escolha adequada de resíduos altamente tóxicos, corrosivos,
na destinação final. inflamáveis, cancerígenos, reativos,
A Organização Mundial da Saúde em sua causadores de mutações genéticas e
Convenção n° 162 da Organização teratogênicos, ou seja, são evidentemente
Internacional do Trabalho (OIT); o Critério nocivos à saúde pública e ao meio ambiente,
Saúde Ambiental n° 203 de 1998 [26] definiu conforme a lei 305 de 2 de agosto de 2010
que a exposição ao amianto aumenta o risco [30] e NBR. 10004: 2004, ABNT [31].
de asbestose, câncer de pulmão, dentre outros
danos á saúde do trabalhador em relação à 2.3. Disposição e Armazenamento
dose, não havendo um limiar de tolerância
para os riscos de câncer. Assim, a resolução Após a segregação, os resíduos da
do CONAMA n° 348 de 2004 [27], inclui o construção civil serão acondicionados de
amianto em pó (asbesto) como resíduo de acordo com sua classe (A, B, C e D) de forma
classe D devido a sua periculosidade. adequada em recipientes compatíveis com o
material de descarte e o volume. Além do
2.2. Segregação dos Resíduos mais, o propósito é que não haja a aparência
de obra negativa, propagação de vetores e a
A segregação é fase do ponto de partida e minimização de possíveis odores, IBAM [32].
uma das mais importantes para que todo o Pinto et. al. [5] diz que o armazenamento
fluxo siga dentro das conformidades. Nela dos resíduos diferenciados no canteiro de obra
realizamos a separação dos resíduos, de deve respeitar alguns fatores, como:
acordo com as suas diferentes classificações, classificação, frequência de utilização,
atentando sempre para as suas empilhamento máximo, alinhamento das
particularidades. Recomenda-se que a pilhas, distanciamento do solo, dentre outros
segregação seja realizada preferencialmente fatores.
pelo seu gerador no ambiente onde o resíduo Assim, é aconselhável que o canteiro seja
teve sua origem, ou que seja, realizado em bem estruturado e organizado para que sejam
áreas especificas e com devida licença para tal evitados desperdícios, como por exemplo
finalidade, com o intuito de se evitar possíveis materiais em bom estado facilmente
danos para o meio ambiente e trabalhador. confundidos com resíduos.

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O armazenamento é um processo que visa Visando otimizar o espaço e realizar uma


facilitar o manuseio e transporte dos resíduos estocagem inteligente, podemos usar
para seu destino final, e que suas recipientes como big bags, baias, caçambas,
características de reciclagem sejam dentre outros.
preservadas. ─ Big bags: trata-se de sacos de tecido
Resíduos de pequena proporção poderão ou plástico, acoplados a uma estrutura
ser armazenados em bombonas ou outro metálica como suporte onde podemos
recipiente de estrutura resistente, contendo um armazenar plásticos, papéis, materiais leves
saco de ráfia proporcional ao tamanho do de EPIs como luvas, botas, fardamentos,
recipiente com as bordas dobradas para fora dentre outros. Por ser um recipiente aberto,
para facilitar o posterior manuseio desse sem vedação intencional, deve ser mantido
material. protegido da chuva.
Já os resíduos de grande proporção ─ Baias: muito usadas para
poderão ser facilmente empilhados armazenamento de resíduos pesados. Podem
respeitando os limites de empilhamento ser encontrados de vários tamanhos e
máximo, porém, não é obrigatório nem dimensões variando de acordo com a estrutura
necessário o uso de recipientes específicos. da obra. Podem ser utilizadas baias móveis,
A seguir, na Tabela 2 veja alguns dos caixotes lacrados na lateral e com alças para
principais tipos de resíduos e modo de facilitar o deslocamento desses resíduos no
descarte mais adequado: canteiro. Em casos de acondicionamento de
resíduos de classe D, é necessário uma
Tabela 2 - Principais tipos de resíduos, sua
classificação e acondicionamento cobertura e assegurar que o piso esteja
impermeabilizado a fim de impossibilitar a
Tipo de resíduo Classificação Acondicionament contaminação do solo.
o
─ Caçambas estacionárias: as caçambas
Blocos de
concreto, Empilhamento variam de acordo com o consumo de cada
cerâmicas, Classe A próximo ao local obra e geralmente possuem capacidade de
argamassa, tijolos de transporte 5m³. São comumente utilizadas para o
e similares. interno acondicionamento de resíduos de madeira,
alvenaria e concreto. As caçambas apenas
Empilhamento
podem ser removidas através de caminhões
Madeira Classe B próximo ao local poliguindastes, é importante ressaltar que há
de transporte leis municipais que proíbem a presença de
interno ou caçambas em calçadas e meios-fios.
bombonas
Plásticos e Classe B Fardos ou
papelões bombonas
2.4. Transporte Interno e Externo

Serragem e gesso Classe B Sacos de ráfia O processo de transporte é definido pela


próximos ao local retirada dos resíduos do seu ponto de origem
de geração para estações de transferências, centros de
tratamentos e reciclagem Massukado [33].
Tintas, solventes, Manuseio com os O transporte interno dos resíduos varia de
óleos, reparos de cuidados acordo com o material a ser deslocado,
clinicas observados pelo podendo ser horizontal ou vertical. No
radiológicas, fabricante do transporte horizontal podem ser usados
amianto ou Classe D produto na ficha carrinhos de mão ou até mesmo ser feito
materiais de de segurança.
classes A,B ou C Transporte manualmente. No transporte vertical
contaminados. imediato ao local normalmente utilizamos elevadores de carga,
de armazenamento gruas, guinchos e dutos colhedores de
final. entulho, Lima e Lima [25].
Fonte: Adaptação de Pinto et. al, [5].

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É indispensável que as empresas componentes cerâmicos (tijolos, blocos,


contratadas sejam devidamente licenciadas e telhas, placa de revestimento etc.),
de confiança para realizar o transporte dos argamassas e concretos que podem ser
resíduos até seu destino final. Os caminhões reciclados na própria obra ou enviados até
com caçamba basculante ou poliguindastes aterros de classe A e sua preservação de
são os principais veículos usados para o material para usos futuros de acordo com a
transporte dos resíduos. Estes deverão ser resolução n° 448 de 18 de janeiro de 2012
cobertos por uma espécie de lona para [17] e os resíduos volumosos devidamente
impedir o escape e queda em vias públicas licenciados com a identificação da área e o
podendo causar um transtorno no trânsito responsável técnico, como prediz a resolução
local, acidentes e até mesmo a contaminação do CONAMA n° 307 de 5 de julho de 2002
do solo dependendo da classificação dos [16].
resíduos, Lima e Lima [25]. Esses materiais anteriormente citados
deverão ser analisados com cautela, buscando
2.5. Destino Final dos Resíduos ao máximo a possibilidade de serem aplicados
em atividades de reciclagem e/ou reutilização,
A política nacional dos resíduos sólidos seja em pavimentações ou como material de
(PNRS) [30] conceitua o despejo final combustível para caldeiras e fornos, como é o
adequado como: “destinação de resíduos que caso das madeiras, por exemplo. As
incluem a reutilização, reciclagem, a madeiras, sem contaminantes como tintas e
compostagem, a recuperação e o vernizes ainda podem ser designadas para
reaproveitamento energético ou outras geração de energia, SINDUSCON-MG [36].
destinações permitidas, entre elas a disposição Linhares et. al. [21] afirmou que a
final”. reciclagem efetuada no próprio canteiro de
Ainda segundo a resolução do CONAMA obra, o resíduo da construção civil de classe
n° 307 de 5 de julho de 2002 [16], os A, sendo separados conforme as fases da
colaboradores na geração dos resíduos da edificação estando livre de contaminação o
construção civil devem se responsabilizar que lhe proporciona maior confiabilidade.
pelo o que produzem e os mesmos deverão ter Segundo Cunha Junior [37], caso seja
como propósito, preferencialmente, a não necessário a retirada do solo ele deverá ser
geração de resíduo, visando a sua redução, utilizado no próprio canteiro de obra não
reutilização, reciclagem e a destinação final. sendo possível reutilizá-lo em recuperação de
Uma grande parte dos profissionais de solos contaminados, aterros ou terraplanagem
canteiros de obra desconsidera a quantidade de jazidas abandonadas. Assim, mediante
de resíduos gerados oriundos da demolição e autorização, pode-se reutilizar em obras que
da construção civil, porém estão cientes dos necessitam deste tipo de resíduo ou até
danos que estes causam ao meio ambiente, e mesmo encaminhar para aterros que recebem
são instruídos como se faz a separação material desta classe.
seletiva dos resíduos para uma possível
reciclagem, FREITAS [34]. 2.5.2. Resíduos de Classe B
A destinação dos resíduos abrange Materiais como metal, plástico, papel,
operações para reduzir a quantidade e/ou seu papelão, vidro, etc. Sempre que possível
poder de poluição, tornando-os material deverão ser utilizado na obra, caso não poderá
ocioso ou biologicamente estável e ser reciclado por terceiros através de parcerias
impossibilitando que o rejeito chegue a com cooperativas de reciclagens ou
lugares impróprios, IBAM [32]. organizações de coleta seletiva, as quais a
remoção destes resíduos.
2.5.1. Resíduos de Classe A Cabe ainda ressaltar que a resolução do
Marcondes [35] disse que os resíduos de Conama n°431 de 24 de maio de 2011 [38]
construção civil de classe A representam inclui o gesso na resolução CONAMA n° 307
cerca de 90% ao todo. São caracterizados por de 5 de julho de 2002 [16] como classe B. Os

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gessos (em placas acartonadas ou de É importante os colaboradores tratarem


revestimento) podem ser reaproveitados pela diretamente com os trabalhos operacionais e
empresa fabricante ou empresas que estratégicos da obra e tenham constantemente
trabalhem com o processo de reciclagem, ou treinamentos de educação continuada. Ações
ainda encaminhados para área de transbordo e como assistir vídeos educativos, participação
triagem de acordo com cada região. Com isso, em palestra, oficinas, a abordagem sobre
através da resolução nº 469 de 29 de julho de responsabilidade socioambiental e processos
2015 [39] houve outra mudança na resolução de reutilização e reciclagem de materiais
CONAMA n° 307 de 5 de julho de 2002 [16] auxiliam muito no exercício de gerenciamento
em que altera o seu artigo 3º incluindo consciente Vieira et. al. [41].
embalagem vazias de tintas imobiliárias. Silva et. al. [29] ressalta que essa
sensibilização e mobilização educação
2.5.3. Resíduos de Classe C ambiental dos operários da construção civil,
Nesta classe ainda não existe a desencadeiam uma maior precaução do
possibilidade de reciclagem segura ou colaborador e reduzem os possíveis erros de
recuperação viável, levando a estes resíduos planejamento nas etapas do gerenciamento
serem enviados para aterros industriais de (segregação, acondicionamento, transporte e
resíduos não perigosos e não inertes. Segundo destino final dos resíduos). Além do mais,
Evangelista et. al. [40] a lã de vidro pode ser todo o aproveitamento educacional adquirido
adicionada a matriz de concreto, entretanto, não se restringe somente ao ambiente de
não é um procedimento comumente trabalho, mas é estendido ao seu dia a dia.
implementado. A sociedade tem um papel importante no
que diz respeito sobre sustentabilidade, e por
2.5.4. Resíduos de Classe D essa razão Schenini [42] disse que “o poder
A resolução CONAMA n° 307 de 5 de público deve promover o desenvolvimento de
julho de 2002 [16] diz que os resíduos de uma consciência conservacionista, através de
classe D abrangem tintas, solventes, óleos inclusão da educação ambiental como matéria
dentre outros, e todos os materiais multidisciplinar em todos os níveis de
contaminados ou prejudiciais à saúde. educação formal e estimular sua inclusão nos
Conforme o SINDUSCON [36] o resíduo cursos gerenciamento comercial e de
mais preocupante da obra é o amianto, que engenharia”.
deverá ser segregado dos demais. Sua
destinação poderá ser feito por empresas 4. Conclusão
licenciadas que recebem este tipo de material,
produtos químicos, impermeabilizantes, O gerenciamento de resíduos na construção
tintas, etc. civil é um recurso conceituado pela Política
A resolução n° 448 de 18 de janeiro de Nacional de Resíduo Sólido (PNRS) e
2012 [17] retirou a palavra “reutilizados” do assegurado pela resolução n° 307 de 5 de
inciso IV do artigo 10 da resolução n° 307 de julho de 2002 do CONAMA, tendo como
5 de julho de 2002 [16] logo materiais de principal finalidade orientar as empresas do
classe D não poderá ser reutilizados no setor da construção civil sobre o descarte
canteiro de obra. racional e adequado dos seus resíduos. Em
grande parte são produzidos em pequenas
3. Educação Ambiental Continuada quantidades que se acumulam em lugares
distintos nos canteiros de obra. Porém, se
Para se alcançar resultados satisfatórios no colocado em prática o que estabelece a
gerenciamento dos resíduos é importante que resolução 307 do CONAMA no que concerne
toda a equipe envolvida nos processos tenha à limpeza, triagem e destinação grande parte
domínio técnico e entenda quanto à dos resíduos, poderiam ser reutilizados na
necessidade de seguir os protocolos e executar própria obra, ocasionando a diminuição do
corretamente as práticas envolvidas. volume de entulho e gerando economia.

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A construção civil exerce uma função de 5. Referências


notoriedade na economia do país gerando em
torno de 1,46 milhão de novos empregos. Por [1] SOUZA U.E.L, Paliari J.C,
outro ponto de vista é também a responsável AGOPYAN V, ANDRADE A.C. -
por grande impacto sustentável revelando-se Diagnóstico e combate à geração de resíduos
como absoluta no quesito geradora de resíduo na produção de obras de construção de
na coletividade. Entretanto, os resultados edifícios: uma abordagem progressiva.
serão positivos de acordo com o grau de Ambiente construído, 2004;
comprometimento do colaborador, do
empreendedor e da direção da empresa. [2] Instituto Brasileiro de Geografia e
Os resíduos de construção civil passam por Estatística – IBGE. Contas Nacionais
um longo processo de triagem do momento da Trimestrais: Indicadores de Volume e Valores
sua geração até o seu destino final de Correntes - outubro / dezembro 2014.
descarte. É necessário inicialmente que haja a Brasília, 2015;
classificação desses resíduos em quatro [3] CONSTRUBUINESS. Congresso
classes distintas: A, B, C e D, que variam de Brasileiro da Construção, Federação das
acordo com o seu grau de periculosidade ou Indústrias do Estado de São Paulo, Ed. 9°,
com sua capacidade de reaproveitamento e 2010;
reciclagem. Na segunda etapa, esses resíduos
são segregados de acordo com a classe em [4] GÜNTHER, W.M.R. Associação
que se enquadra respeitando suas Brasileira de Geologia de Engenharia - Saúde
características particulares. Na terceira, esses Ambiental comprometida pelos resíduos
resíduos são armazenados em recipientes ou sólidos. In: Seminário Sobre Resíduos
da forma que ele melhor se portar (empilhado, Sólidos. São Paulo, 1999;
compacto, em recipientes, etc.). A seguir, [5] PINTO T.P, GONZÁLES J.L.R.
esses resíduos são transportados de acordo Manejo e gestão dos resíduos da construção
com suas características ao seu destino final, civil: Volume 1 – Manual de orientação:
fechando assim o ciclo da gestão de resíduos. como implementar um sistema de manejo e
Esse resíduo classificado, segregado, gestão nos municípios. ed. Brasília: CAIXA,
acondicionado e transportado será avaliado se 2005;
poderá ser reutilizado, reciclável ou caso não
haja possibilidade, o mesmo é desprezado em [6] MENDES, T. A., REZENDE, L.
local adequado. R., OLIVEIRA, J. C., GUIMARÃES, R. C.,
Para isso, é imprescindível que o CAMAPUM DE CARVALHO, J, VEIGA, R.
construtor estabeleça uma educação - Parâmetros de uma Pista Experimental
permanente para seus colaboradores, através Executada com Entulho Reciclado. Anais da
de métodos educacionais como palestras, 35ª Reunião Anual de Pavimentação, Rio de
oficinas, vídeos educativos instruindo-lhes Janeiro, 2004;
sobre todo o ciclo da geração de um resíduo
[7] DELLAROZA, Danilo Gomes:
até o seu descarte final. A partir disso, o
GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL DE
colaborador desenvolve um melhor
PROJETOS. Acessado em 13 de janeiro de
entendimento das suas atividades, tendo
2019. Disponível em:
consciência dos danos que pode causar ao
http://www.isaebrasil.com.br/wp-
meio ambiente e até mesmo a própria saúde,
content/uploads/2016/12/Concurso_ISAE_Ge
atendendo assim as exigências estabelecidas.
renciamento-Sustent%C3%A1vel-de-
O engajamento do trabalhador dependerá do
Projetos_Corrigido.pdf
entendimento, da capacitação e aceitação das
normas da resolução n° 307 de 5 de julho de [8] MONTAPERT, Alfredin. - The
2002 do CONAMA. Supreme Philosophy of Man: The Laws of
Life, 1970. Disponível em:
http://www.cairu.br/revista/arquivos/artigos/2

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012_2/11_Construcoes_Sustentaveis_ (Mestrado) – Escola Politécnica,


Leonardo_Simas_140_162.pdf ; Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006;
[9] JOHN, Vanderley Moacyr; [20] FIGUEIREDO, P. J. M. - A
AGOPYAN, Vahan - O desafio da Sociedade do Lixo: os Resíduos, a Questão
sustentabilidade na construção civil. Série Energética e a Crise Ambiental.
sustentabilidade, volume 5, São Paulo, Ed Piracicaba/SP, Editora UNIMEP, 1994;
Atlas, 2011;
[21] LINHARES, S. P.; FERREIRA,
[10] CIB – Conselho Internacional J. A.; RITTER, E - Avaliação da implantação
para Pesquisas e Inovação em Construção, da resolução n° 307/2002 do CONAMA sobre
2002; gerenciamento dos resíduos de construção
civil. Estudos tecnológicos em engenharia –
[11] SILVA, Vanessa Gomes – Vol. 3, n° 3, 2007;
Avaliação de Sustentabilidade de Edifícios e
Escritórios Brasileiros: Diretrizes e Bases [22] ANGULO S. C.; JOHN, V. M. -
Metodológicas, São Paulo, Escola Politécnica Variabilidade dos agregados graúdos de
da Universidade de São Paulo, 2003; resíduos de construção e demolição
reciclados. E-Mat – Revista de Ciência e
[12] ARANHA, André Correa do Tecnologia de Materiais de Construção Civil.
Lago – Estocolmo, Rio, Johanesburgo: O Vol. 1, 2004. Disponível em: <
Brasil e a Três Conferências Ambientais das http://www.emat.info/e-MAT-V1-N1/e-
nações Unidas. Brasília, Ed Thesaurus, 2007; MAT-V1-N1-p22-32.pdf>;
[13] MENDONÇA, Francisco – [23] MINISTÉRIO DAS CIDADES.
Aquecimento global e suas manifestações 2005 - Panorama dos resíduos de construção e
Regionais e locais: Alguns indicadores da demolição (RCD) no brasil. Secretaria
Região do Sul do Brasil. Revista brasileira de Nacional de saneamento ambiental. Acessado
climatologia, 2006; em 15 de outubro de 2018. Disponível em:
[14] BORN, Rubens Harry – Diálogo http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/9/doc
entre as esferas globais e locais: contribuição s/rsudoutrina_24.pdf;
de organizações não governamentais e [24] OLIVEIRA. E. G., Mendes. O -
movimentos sociais brasileiros para a Gerenciamento De Resíduos Da Construção
sustentabilidade, equidade e democracia Civil E Demolição: Estudo De Caso Da
planetária. Ed Peiropolis, 2002; Resolução 307 Do CONAMA, 2008;
[15] TÁVORA, Fernando Lagares – A [25] LIMA, Rosimeire Suzuki; LIMA,
herança do rio +20. Núcleo de estudo e Ruy Reynaldo Rosa. Guia para Elaboração de
pesquisa. Senado Federal, 2012; Projeto de Gerenciamento de Resíduos da
[16] Resolução CONAMA nº 307, de Construção Civil, CREA/PR – Conselho
5 de julho de 2002 e suas alterações; Regional de Engenharia e Arquitetura do
Paraná 2009;
[17] Resolução n° 448, de 18 de
janeiro de 2012; [26] Convenção n° 162 da OIT; o
Critério Saúde Ambiental n° 203 de 1998 da
[18] Lei N. 12.305 de 2 de agosto de OMS;
2010 - Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos; altera a Lei nº. 9605 de 12 [27] Resolução CONAMA nº 348 de
de fevereiro de 1998, e dá outras 16 de agosto de 2004;
providências, 2010; [28] Fieb -
[19] PUCCI, R. B. - Logística de http://www.fieb.org.br/Adm/Conteudo/upload
resíduos da construção civil atendendo à s/Livro-Gestao-de-
Resolução Conama 307, Dissertação Residuos_id_177__xbc2901938cc24e5fb98ef

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2d11ba92fc3_2692013165855_.pdf acessado [39] Resolução N° 469, de 29 de julho


em 17/11/2018; de 2015;
[29] SILVA, Otavio Henrique Da; [40] EVANGELISTA, N. Tenório
Umada, Murilo Keith; Polastri, Paula; Neto, JAS, Oliveira JR - Pozolanicidade dos
Generoso De Angelis; De Angelis, Bruno resíduos industriais, lã de vidro e lã cerâmica,
Luiz Domingos e Miotto, José Luiz - Etapas Escola de Minas, 2012;
do gerenciamento de resíduos da construção
civil, 2015; [41] VIEIRA, Rodolfo Fernando
Carvalho; Oliveira, Tatiane Emanuele Brito
[30] A Política Nacional de Resíduos de; Nobrega, Luana Vanessa de Carvalho;
Sólidos (PNRS) foi instituída pela Lei Federal Celestino, Joyce Elanne Mateus -
N° 12.305, de 02 de agosto de 2010; Gerenciamento De Resíduos Da Construção
Civil: Elaboração De Um Plano Para Uma
[31] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA Empresa Localizada Na Região Metropolitana
DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: De Natal-Rn, 2014.
Resíduos sólidos – Classificação. Rio de
Janeiro, 2004; [42] SCHENINI, P. C.; BAGNATI, A.
M. Z.; CARDOSO, A. C. F. - Gestão de
[32] Instituto Brasileiro de Resíduos da Construção Civil, 2004;
Administração Municipal – IBAM. Manual
de gerenciamento integrado de resíduos
sólidos. Ed. Rio de Janeiro, 2001;
[33] MASSUKADO LM.
Universidade Federal de São Carlos - Sistema
de apoio à decisão: Avaliação de cenários de
gestão integrada de resíduos sólidos urbanos
domiciliares, São Carlos, 2004;
[34] FREITAS, Isabela M. - Os
Resíduos de Construção Civil no município
de Araraquara/SP, 2009;
[35] MARCONDES, Fábia Cristina
Segatto. - Sistema logístico Reversos na
indústria da construção civil – estudo da
cadeia produtiva de chapas de gesso e
acartonado / F.C.S. Marcondes, Ed Ver, São
Paulo, 2007;
[36] Sindicato da Indústria da
Construção Civil no Estado de Minas Gerais -
SINDUSCON-MG. Alternativas para a
Destinação de Resíduos da Construção Civil.
2 nd ed. Belo Horizonte, 2008;
[37] CUNHA JÚNIOR NB (Coord.).
Cartilha de Gerenciamento de resíduos
sólidos para a construção civil. 1sted. Belo
Horizonte: SIDUSCON-MG, 2005.
[38] Resolução N° 431, de 24 de maio
de 2011;

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