Você está na página 1de 24

FACULDADE DE ARQUITETURA E

ARTES
CUL - NORTE . VLN

RELATÓRIO
Resiliência/Sustentabilidade | Atores

no âmbito do trabalho:
“Cidades amigas das Pessoas: acessíveis, saudáveis e vibrantes.”

PROJETO I
Docentes: Professor Doutor Peixoto Alves, Assistente Mestre Rui Bianchi
Discentes: Elodie Costa, Vanda Veloso
PARTE I PARTE II

1. INTRODUÇÃO ……………………………………………..pag.1 5. ATORES EMPRESARIAIS .....


2. A RELEVÂNCIA DA RESILIÊNCIA E …………………................pag.11
SUSTENTABILIDADE ....pag.2 5.1.INQUÉRITO - ATORES EMPRESARIAIS
3. PARÂMETROS EM ANÁLISE ………………………………pag.3 ……………...pag.12
3.1. NATUREZA E BIODIVERSIDADE ………………………...pag.3 6.2. INQUÉRITO REALIZADO ...
3.2. QUALIDADE ATMOSFÉRICA …………………………….pag.3 ………………………….pag.13
3.3. RESÍDUOS ………………………………………………pag.4 6.3. SWOT ………………………………………………pag.14
3.4. RECURSOS ENERGÉTICOS ……………………………...pag.4 7. ATORES INSTITUCIONAIS ………...……………….…
3.4. RECURSOS HÍDRICOS …………………………………..pag.5 pag.15
3.5. DESASTRES NATURAIS …………………………………pag.5 7.1. A ZONA ANALISADA SEGUNDO O PDM
4. AMOSTRA SOCIODEMOGRÁFICA DE VILA DO …………...pag.16
CONDE .......pag.6 7.2. INQUÉRITO REALIZADO ………..………………..…
4.1. INQUÉRITO - RESILIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE pag.17
……...pag.7 7. PAINEIS DE APRESENTAÇÃO .…….….………
4.2. INQUÉRITO REALIZADO ………………………………... pag.8 ……...pag.18
PARTE I
INTRODUÇÃO

O tema a que visa dar resposta este trabalho alude de forma poder ou estatuto para intervir no movimento da cidade e dos seus
geral a uma cidade que coopere com as necessidades de vida dos seus fenómenos sociais e urbanísticos. Também para este tema, foram
usuários nos termos da acessibilidade, da salubridade e da própria estruturados inquéritos que tinham como objetivo a extração de
dinâmica urbana. Uma ‘friendly city’ é acima de tudo uma cidade informações específicas que se coadunavam com o papel social e
humanizada, que oferece mais soluções do que problemas à vida de urbano destas entidades.
cada um, independentemente das diferenças. Esta primeira fase do processo arquitetónico utiliza como ferramentas
O presente trabalho académico contempla a primeira fase do de metodologia científica:
processo projetual urbanístico para a cidade de Vila do Conde na zona - pesquisa dos temas na literatura científica disponível;
de Cimo da Vila, nomeadamente a análise do território. Para o efeito, - observação direta do território e dos elementos a analisar;
a metodologia científica que sustenta o trabalho é a postulada pelo - leitura crítica do local;
Modelo Nórdico, seguindo as premissas da observação urbana de Jan - aplicação de inquéritos e tratamento dos dados;
Gehl, conjugada com o Modelo Estratégico. Dos sete critérios - extração de conclusões;
estipulados pelo autor dinamarquês, foi observado o de resiliência e - realização do diagnóstico
sustentabilidade. Desta forma, foram desenvolvidos inquéritos que
por sua vez foram aplicados à amostra populacional, para que Após este primeiro momento de trabalho, terá lugar a tomada de
pudéssemos extrair conclusões acerca da percepção dos usuários decisões estratégico-projetuais que resultarão na formalização da
sobre a situação da cidade segundo os temas a citados e também estratégia de intervenção que vá de encontro a uma “cidade amiga das
perceber as suas necessidades em termos urbanísticos. pessoas: acessível, saudável e vibrante.”
Outro critério estudado no âmbito deste trabalho foi o dos Atores
termo que designa aqueles que criam dinâmica na cidade, possuem
recursos, 1
RELEVÂNCIA DA RESILIÊNCIA E DA SUSTENTABILIDADE

Numa perspetiva urbana, as ações sustentáveis aplicadas à


A sustentabilidade é um termo cada vez mais utilizado e
cidade vão além da criação de espaços verdes, que embora importantes
presente na vida de todos. A aplicação de estratégias e ações
para a manutenção da qualidade do ar, são insuficientes face aos
sustentáveis é de extrema importância para garantir uma melhor
prejuízos que muitos outros elementos presentes numa cidade criam.
qualidade de vida da população. Sabe-se que a Sustentabilidade possui
Assim, embora não seja uma fórmula-tipo, existem linhas gerais da
3 grandes áreas de aplicação: a ambiental, a económica e a social. Para
abordagem sustentável à cidade:
o presente trabalho iremos estudar a área ambiental, e mais
- priorizar os tipos de mobilidade suave
concretamente a parte que se refere ao urbanismo. E embora não sejam
- interditar automóveis no centro da cidade
pertinentes ao nosso foco de estudo, é importante reter que as outras
- criar ciclovias conectadas
duas grandes dimensões da sustentabilidade, coexistem e relacionam-
- disponibilização de bicicletas de aluguer para residentes
se com a arquitetura, em maior ou menor escala.
- criar pedovias generosas e conectadas
Em arquitetura e no urbanismo, o papel da sustentabilidade não é
- consciência no uso de recursos naturais
pequeno e não é gratuito: ele é essencial. É-o na medida em que
- apostar em fontes de energias renováveis
preserva, sustenta e mantém tudo aquilo que é bom e positivo para a
- preservação de espaços verdes e habitats naturais
sociedade numa linha basilar.
- apoio à reciclagem e coleta seletiva de resíduos
Ao longo dos tempos, as comunidades foram percebendo que aquilo
- apoio à compostagem
que não é sustentável também não é resiliente. E esta interconexão
Estas ações minimizam os índices de diversos tipos de poluição,
entre estes dois termos, aparentemente distintos, leva-nos a
contribuem para o arrefecimento da cidade, para menor possibilidade de
compreender que para tornar uma cidade forte, temos em primeira
seca, enquanto mantêm um equilíbrio homeostático na cidade.
mão de a tornar sustentável.
2
PARÂMETROS EM ANÁLISE:
NATUREZA E BIODIVERSIDADE QUALIDADE ATMOSFÉRICA

A natureza urbana designa os espaços verdes inscritos numa cidade e A qualidade atmosférica é um índice avaliado pelo tipo de partículas
esta possui diversos papeis. O primeiro e o mais comum de ser que compõem o ar. Numa cidade há uma quantidade massiva de
reconhecido é a necessidade básica que temos dela no sentido de nos emissores de partículas toxicas: todos os veículos movidos a partir de
oferecer oxigénio puro e transformar parte das emissões de Co2 que combustíveis fosseis, todas as indústrias de todos os ramos, incêndios
produzimos. No entanto, para além desta necessidade, cientistas, e queimadas, entre outras razões de escala menor mas que têm o seu
ambientalistas e outros pesquisadores defendem a importância da impacto. Ao aglomerar todo o tipo de emissores numa cidade, esta
natureza para o bem-estar físico e mental das populações. Outra razão aumenta fortemente o seu índice de poluição, que por sua vez afeta
é a preservação de habitats de espécies animais, que de outra forma diretamente a saúde e bem-estar da comunidade. Para que uma cidade
diminuiriam consideravelmente ou entrariam em extinção, levando a seja sustentável, a qualidade do ar deve ser gerida de uma forma que
consequências sistémicas que afetariam todo o ecossistema. Também assegure o bem-estar dos usuários. Para isso, implementam-se
se percebe que uma cidade com um equilibrado índice de soluções que aumentem a área verde em lugares estratégicos e
permeabilidade do solo tem impacto positivo face às inundações, o que estabelecem-se políticas que orientem a diminuição da mobilidade e o
dá à cidade resiliência. As cortinas verdes têm a capacidade de afastamento das indústrias para áreas pouco povoadas.
absorver as ondas sonoras originadas pelo tráfego e outros emissores,
o que diminui a poluição sonora e por consequência o stress aos
usuários. Espaços verdes para estar, caminhar e socializar são
importantes peças no jogo da urbanidade, pois humanizam e
harmonizam a cidade.

3
REDÍDUOS RECURSOS ENERGÉTICOS

O tratamento de resíduos urbanos é hoje em dia um dos elementos Os recursos energéticos são de dois tipos: fósseis e renováveis. O
presentes em qualquer cidade considerada desenvolvida. As primeiro gera libertação de partículas tóxicas para a atmosfera e é uma
tecnologias para o efeito são muitas e estão sempre em evolução, na fonte finita, já o segundo é uma energia limpa e infinita. A transição
tentativa de dar respostas cada vez mais adequadas e satisfatórias ao energética é algo no qual todas as cidades têm de apostar de modo a
problema do lixo urbano. A reciclagem é uma das respostas que tem assegurar um futuro saudável para as populações.
tido bastante adesão, no entanto em termos urbanísticos, o Entretanto, há uma tomada de consciência no uso dos recursos, sejam
posicionamento e o espaçamento dos ecopontos pode tornar difícil o eles fósseis ou renováveis, e que implica uma gestão mais eficiente no
uso dos mesmos pela população, o que nos diz que não só é importante seu uso público. No caso da iluminação:
disponibilizar os meios, como importa também o modo de aplicação
dos mesmos junto da comunidade. Uma cidade com uma excelente - assegurar um espaçamento adequado de candeeiros públicos
gestão de resíduos, tem um índice maior em termos de salubridade, o - assegurar uma janela de funcionamento da iluminação adequada
que de forma direta afeta positivamente a saúde e bem-estar de todos - utilização de lâmpadas económicas/ecológicas
os residentes e visitantes. A saúde pública é pois salvaguardada com - implementação de novas possibilidades de iluminação económica
medidas estratégicas de gestão residual, ao mesmo tempo em que se - iluminação em lugares estratégicos
protege o ambiente e se trabalha no sentido de uma maior ecologia
global.

4
RECURSOS HÍDRICOS DESASTRES NATURAIS

A água é um bem essencial que precisa urgentemente de ser utilizado Com as alterações climáticas, os desastres naturais são um fator
com consciência de valor. As cidades têm um peso considerável na desafiante cada vez mais presente nas cidades. Se por um lado, é
gestão da água mundial, e nesse sentido, implementar formas de ação necessário travar as alterações climáticas, por outro, é necessário
que evitem o desperdício, orientem à reutilização de águas públicas, protegermo-nos das suas consequências. A resiliência no âmbito
recolham as águas pluviais, evitem a contaminação de cursos de água, urbanístico, designa a capacidade que uma cidade possui para se
realizem o tratamento eficaz de águas residuais, é já um grande passo. manter coesa apesar das ações desafiantes do meio sobre ela, sejam
Para uma cidade, a forma mais simples de todas é evitar o desperdício elas de ordem natural ou derivada da intervenção humana. No presente
de águas públicas através de um sistema de rega eficiente, que seja estudo, a ação da natureza sobre a cidade foi o foco, nomeadamente
utilizado fora de horas de calor extremo, usando um mecanismo ‘gota inundações, quedas de árvores e prejuízo a edifícios.
a gota’ e que utilize águas pluviais recolhidas ou águas residuais já É de extrema importância ter em conta o clima e o tipo de intempéries
tratadas. que a cidade tem de enfrentar, para proceder a uma intervenção ou
requalificação urbanística, visto que sem esse conhecimento, não se
assegura uma resiliência positiva.

5
AMOSTRA SÓCIODEMOGRÁFICA DE VILA DO CONDE

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, apresenta-se a


amostra populacional de Vila de Conde para o efeito de inquérito:

IDADE GENERO ESCOLARIDADE QUANT.

15-24 masculino 3º ciclo 1

15-24 feminino superior 1

25-64 masculino 1º ciclo 1

25-64 masculino 3º ciclo 1

25-64 masculino superior 1

25-64 feminino 1º ciclo 1

25-64 feminino 3º ciclo 1

25-64 feminino superior 1

+65 masculino 1º ciclo 1

+65 feminino 1º ciclo 1

6
INQUÉRITO - RESILIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE

O objetivo da formalização do presente inquérito é a recolha da


percepção dos usuários acerca dos tópicos que compõem o critério de
Resiliência e Sustentabilidade proposto por Jan Gehl. Para o Modelo
Nórdico, a opinião da comunidade é de extrema importância e é uma
das formas de ajustar a cidade às necessidades dos seus utilizadores.
É pois um urbanismo sob uma perspetiva humanista.

7
INQUÉRITO - RESILIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE

GESTÃO ENERGÉTICA
Segundo a percepção dos usuários, todas as zonas revelam boas práticas
de utilização da iluminação. As lâmpadas são LED e são ligadas em
janelas de tempo adequadas.

QUALIDADE DO AR GESTÃO HÍDRICA


A zona 1 ao possuir conexão direta com a polaridade marítima e algum
Esta foi a questão onde mais se verificou o uso consciente de recursos
capital arbóreo ao longo do seu eixo, revela uma qualidade do ar
naturais. Os residentes foram educados pelo município para a
superior às demais, mesmo contemplando uma via estruturante de fluxo necessidade de uma correta gestão e reaproveitamento da água, tanto no
médio. Embora haja alguma diferenciação ao nível da percepção da
espaço público, como no privado. No espaço público, os usuários
qualidade do ar, em relação às outras zonas, ela não é muito díspar.
afirmam que a autarquia se preocupa e que as regas são controladas ao
máximo.
GESTÃO DE RESÍDUOS
A zona 1 revela uma melhor apreciação no que toca à gestão de resíduos. DESASTRES NATURAIS
Que se compreende devido à frequência de recolha e não da
Inundações e prejuízos a edifícios são as consequências de intempéries
disponibilização de ecopontos e dispositivos de lixo próximos das
mais frequentes no território, referidas pelos residentes, sendo que a
habitações. O asseio do espaço público não é tão positivo nas zonas 2, 3
zona 1 e a zona 4 são das que mais sofre deste problema, o que nos leva
e 4.
a questionar a eficiência das infraestruturas de drenagem de águas 8
pluviais.
ANÁLISE SWOT
A presente análise visa a interpretação dos dados extraídos do
inquérito aplicado junto da comunidade, bem como da observação
direta do território.

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

- Uso consciente de recursos hídricos no espaço público - Zona propensa a túneis de vento e média/elevada ventosidade no
- Uso consciente de recursos energéticos (iluminação) no espaço geral
público - Infraestruturas de drenagem de águas pluviais insuficiente em
- Boa qualidade do ar e da atmosfera em geral algumas zonas
- Boa gestão de resíduos, quer na seleção quer na recolha - Fraca conceção paisagista dos jardins públicos
- Bom índice de área do solo permeável - Priorização da mobilidade pesada em detrimento de outros tipos
- Espaços comerciais possuem toldos e sombreamento no geral mais leves
- Espaços verdes públicos quantitativamente suficientes e - Insuficiência de ciclovias/desconexão das mesmas
qualitativamente bons nas imediações - Ausência de bicicletas públicas de aluguer
- Proximidade da orla costeira - Estacionamento/suporte de bicicletas ausente/degradado
- Clima temperado pela presença de humidade atmosférica - Insuficientes dispensadores de sacos para animais de estimação
- Ausência de papeleiras inteligentes ou seletivas de lixo
- Ausência de ecopontas e papachicletes

9
PARTE II
ATORES EMPRESARIAIS

Uma cidade evolui a partir da ação das pessoas. Estas ações são
determinadas por pessoas com um determinado poder na hierarquia
social, tais como os atores empresariais. Estes, são órgãos
importantíssimos para a dinamização das cidades, pois oferecem
serviços, atraem movimento e vivificam a área onde estão
implementados. Os atores empresariais distinguem-se pela
capacidade que têm de oferecer novidade, atração à população,
incremento de atividades na cidade e oferta laboral. A eles se deve o
comércio, os serviços, a restauração e empresas no geral.

11
INQUÉRITO - ATORES EMPRESARIAIS

O objetivo da formalização do presente inquérito é a recolha da


percepção dos atores empresariais presentes na zona alargada
estudada, acerca das condicionantes arquitetónicas/urbanísticas e da
relação que estas mantêm com a sua atividade. Pretende-se assim
compreender de que forma a atual disposição do espaço urbano
impacta as empresas, mas também de que forma as empresas
percecionam o impacto da sua atividade na arquitetura urbana.

12
PONTOS NEGATIVOS
INQUÉRITO – ATORES EMPRESARIAIS
Os atores empresariais de praticamente todas as zonas revelam não
conseguir apontar nenhum ponto negativo na zona em que estão
situados. O que revela que o espaço urbano vai de encontro ás
necessidades das suas atividades.

PONTOS POSITIVOS
Tal como a anterior questão, os atores confirmam que a maioria das
zonas têm muitos pontos positivos, o que nos fala da sua satisfação com
o espaço público.

ARQUITETURA DO ESPAÇO URBANO


PROJETOS DE FUTURO
Os atores da zona 1 e da zona 4 revelam um índice mais elevado de
80% dos atores não possui projetos de futuro para a sua atividade.
satisfação com a arquitetura urbana e a classificam como tendo mais
Apenas 20 % têm projetos de futuro, nomeadamente os que estão
qualidade, embora todas as zonas tenham um resultado positivo.
localizados na zona 1 e 2, que nos leva a refletir sobre o impacto que as
zonas privilegiadas têm na expansão das empresas. No entanto, estes
ARQUITETURA DO ESPAÇO INTERIOR
consideram que o impacto do seu negócio pouco ou nada afeta a
As zonas 3 e 4 são as que apresentam menor satisfação no que concerne
arquitetura do espaço urbano.
ao estado da arquitetura interior da atividade dos utilizadores inquiridos.
Estas zonas coincidem com o edificado mais antigo e com maior
IMPACTO DO PLANO URBANÍSTICO MUNICIPAL
necessidade de reabilitação.
Os atores localizados na zona 1 consideram mais elevado o impacto do
projeto camarário para a zona e para a cidade, em relação aos atores das
demais zonas.
13
ANÁLISE SWOT
A presente análise visa a interpretação dos dados extraídos do
inquérito aplicado junto da comunidade de atores empresariais em
presença, bem como da observação direta do território.

PONTOS FORTES
PONTOS FRACOS

- Localização privilegiada
- Estado do edificado no interior
- Ótima mobilidade
- Fachadas antigas/degradadas
- Excelente acessibilidade
- Insuficiência de espaços de estar
- Centralidade
- Insuficiência de mobiliário urbano
- Zonas de mix funcional (serviços/comércio/habitação/educação)
- Boa dinâmica do comércio local
- Pontos industriais afastados
- Proximidade ao mar

14
ATORES INSTITUCIONAIS

Por atores institucionais entendem-se os ‘players’ das instituições - Reperfilamento e Requalificação da Frente Atlântica – Obra
governamentais que dinamizam o jogo social na cidade. A câmara concluída em 2006;
municipal é um órgão em que o ator máximo é o presidente da - Ciclovia e percursos pedonais associados – Obra concluída em
câmara, incluindo secretários e associados. Os partidos políticos, 2006;
incluindo os de oposição ao atual partido eleito, são também tidos em - Construção do Parque Atlântico – Contruído apenas o Bar,
relevância. Toda e qualquer instituição que regulamente, defina, inaugurado em 2009;
oriente, organize, no todo ou parcialmente a área da cidade é tido - Reordenamento da Foz do Rio Ave – Atualmente não existe
como um ator institucional e nesse caso, relevante para o estudo de qualquer equipamento no local;
como a arquitetura e o planeamento urbanístico se desenvolve na
zona. Quer-se assim compreender que a intervenção global do Programa
Polis evidencia uma relação de equilíbrio entre as várias áreas
Para a zona relevante no presente estudo, a Câmara de Vila do Conde mencionadas, sintetizando um conjunto de elementos e valores
realizou a implementação de diversos projetos urbanísticos ao longo arquitetónicos, influenciando os níveis de dignidade da imagem da
do tempo ao abrigo do Programa Polis. Tais como: cidade e do espaço público. ”

- Beneficiação de Espaços Públicos nas Margens do Rio Ave – (Dissertação de Sara Mafalda Monteiro Oliveira, O Impacto do
Concluído totalmente em 2004; Programa Polis na Frente Marítima de Vila do Conde, 2020)
- Construção do Parque Urbano e Ligação à Frente Atlântica –
Obra concluída e inaugurada em 2005;
- Centro de Interpretação e Monotorização Ambiental – Obra
concluída em 2005 (CMVC); 15
A ZONA ANALISADA SEGUNDO O PLANO DIRETOR MUNICIPAL

ZONAS DE CONSTRUÇÃO DO TIPO I ZONA DE EQUIPAMENTOS


“Estas zonas destinam-se preferencialmente à construção de edifícios
multifamiliares, não obstando, no entanto, à construção de habitação “Nas plantas de ordenamento do PDM indicam -se as áreas de
unifamiliar, comércio e serviços, ou, quando devidamente justificada, equipamento existentes e previstas, de dimensão relevante,
à construção ou utilização para outros usos. destinadas à construção ou ampliação de infraestruturas
Nesta zona, as cérceas serão definidas através de planos de desportivas, de ensino, de saúde, culturais, de segurança e proteção
pormenor ou planos de urbanização. Enquanto não forem elaborados civil, zonas verdes, cemitérios e outros serviços de interesse público
e aprovados os planos referidos no número anterior, adotar-se-ão as e utilização coletiva. Incluem-se no conceito de equipamentos os
cérceas e alinhamentos predominantes nos respetivos arruamentos.” empreendimentos de caráter hoteleiro e turístico, bem como os
parques de campismo. A viabilização de instalação de equipamentos,
ZONA DE CONSTRUÇÃO DO TIPO II de iniciativa pública ou privada, estará sujeita a uma análise
“Estas zonas destinam-se preferencialmente à construção de edifícios individualizada, atendendo à sua adequação funcional, integração
de habitação isolada, geminada e em banda contínua, com cércea urbana, arquitetónica, ambiental e paisagística na envolvente, e à
máxima correspondente a dois pisos acima do solo, permitindo -se, legislação específica aplicável.”
no entanto, quando devidamente justificada, a construção ou
utilização para outros usos. Poderão ainda ser licenciados edifícios (Diário da República, 2.ª série — N.º 165 — 28 de agosto de 2018)
com outras tipologias, nomeadamente de habitação multifamiliar,
com cércea máxima correspondente a três pisos acima do solo, desde
que não resulte prejuízo para a área envolvente, quer do ponto de
vista paisagístico quer funcional.”
16
INQUÉRITO - ATORES INSTITUCIONAIS

O objetivo da realização do presente inquérito é a extração de dados


acerca das intenções camarárias sob o ponde de vista urbanístico para
a zona analisada, mas também para a cidade de Vila do Conde de
forma global.

17
18
18
CONCLUSÃO

RESILIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE ATORES


Após a devida análise e interpretação dos dados recolhidos, A presente análise orienta-nos a concluir que devem ser melhorados
concluímos que devem ser potencializados os seguintes pontos: os espaços de estar públicos naturais e a integração destes nas vias de
priorização de mobilidade pedonal e/ciclável; maior eficácia no mobilidade pedonal e/ciclável. Devem ser reforçados os aspetos de
sistema de drenagem de águas pluviais do espaço público; mobilidade leve e a presença de mix funcional.
melhoramento das condições de mobiliário urbano existente. Para
além dos pontos enumerados, devem ser devidamente reforçados os
aspetos da utilização consciente de recursos. Outro ponto é o reforço
da presença do capital arbóreo na zona.

19
BIBLIOGRAFIA

Ghel, Jan - Cidades para pessoas, São Paulo, Perspetiva, 2014

Nações Unidas (2012) - Como Construir Cidades Mais Resilientes


Um Guia para Gestores Públicos Locais

European Commission (2020) – European Green Capital 2020

Melo, Larissa - Resiliência urbana nos conjuntos habitacionais


modernos

Gomes, Rita (2009) - Cidades sustentáveis o contexto europeu,


Lisboa: Dissertação de Mestrado

Oliveira, Sara (2020) - O Impacto do Programa Polis na Frente


Marítima de Vila do Conde, Portugal: Dissertação de Mestrado

Diário da República, 2.ª série — N.º 165 — 28 de agosto de 2018

Papersu (2015) Vila do Conde

20

Você também pode gostar