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Trabalho: Como podemos promover uma habitação sustentável nas cidades?

Introdução: Em Portugal, os desperdícios energéticos, de matérias primas e ainda o elevado


gasto económico, ocorrem principalmente em parques habitacionais envelhecidos,
degradados, com pouco isolamento térmico e construídos com materiais de pouca qualidade,
provocando uma série de problemas que devem ser resolvidos. Segundo a OCDE, mais de
metade da população mundial vive em centros urbanos, valor que deverá chegar aos 60% até
2030 e aos 70% até 2050 e é exatamente nas cidades onde estes problemas são mais notórios,
de forma a que seja necessário trata-los urgentemente.
O nosso trabalho, consiste exatamente em apresentar soluções para resolver estes problemas
de uma forma sustentável.

Índice: O que é uma cidade sustentável?


Qual é a diferença entre uma cidade «normal» e uma cidade sustentável?
Quais os problemas presentes nas cidades?
Quais as medidas para tornar uma cidade sustentável?
Quais as vantagens e desvantagens de uma cidade sustentável?
Exemplos de cidades sustentáveis (a nível nacional e europeu)
O que é uma habitação sustentável?
Comparação a nível local, nacional, europeu de habitações sustentáveis
Quais as vantagens e desvantagens de uma habitação sustentável
De que forma o pacto ecológico contribui para a implantação de medidas
sustentáveis?

O que é uma cidade sustentável?


As cidades sustentáveis são aquelas que adotam práticas voltadas para a melhoria da
qualidade de vida da sua população, do desenvolvimento econômico local e que
promovem a preservação do meio ambiente. Em geral, são cidades organizadas e bem
planejadas. Uma cidade sustentável tem como objetivo evitar o esgotamento do meio
ambiente, visando o melhor para as gerações futuras. A maior parte da população
mundial mora em zonas urbanas, fazendo com que as cidades se tornem um ponto de
poluição, descarte impróprio de resíduos e desperdício dos recursos naturais.

Qual é a diferença entre uma cidade «normal» e uma cidade sustentável?

Quando comparamos as cidades ditas normais com as cidades sustentáveis existem


várias diferenças entre estes dois tipos de povoamentos, como por exemplo: O facto
das cidades sustentáveis terem uma pegada ecológica muito mais baixa, reduzindo
assim a quantidade de gazes poluentes libertados para o meio ambiente; promovem
energias renováveis, que fazem com que a dependência de combustíveis fósseis
baixe, diminuindo assim a dependência em recursos não renovaveis e muito mais
poluentes; promovem empregos verdes, ou seja, a população foca - se em empregos
sustentáveis e com uma maior qualificação o que consequentemente ir´tornar o
mercado mais competitivo.

Quais os problemas presentes nas cidades?


Como vimos anteriormente e como também já sabemos, as cidades ditas
normais caracterizam-se pela grande quantidade de poluição a nível ambiental,
atmosférico, pela elevada densidade populacional e também pela elvada
concentração e diversidade de serviços. Alguns dos problemas associados às
cidades são:
–Trânsito: horas de ponta, filas intermináveis e tempo perdido no meio do trânsito –
esta é a realidade das grandes cidades. Embora seja nestes locais que se encontra o
maior número de vias e estradas para circulação, é também nelas que existe uma
maior afluência por meio de carros.
-Poluição: apesar de nas grandes cidades não existirem fábricas e indústrias em pleno
centro histórico,não exclui o facto de as cidades terem índices elevados de poluição
pois, os automóveis emitem elevados níveis de carbono o que origina a poluição
atmosférica, também os ruídos industriais, máquinas, originam a poluição sonora. Não
há dúvidas de que no campo se respira de um ar mais puro.
-Custo de Vida: viver em Lisboa e no Porto é sem dúvida mais dispendioso do que
viver em Castelo Branco, por exemplo. Isto porque os preços são mais elevados em
todas as áreas, incluindo os bens e essenciais.

-Desigualdades sociais: sendo locais com custo de vida elevado, também são locais
onde as desigualdades sociais são mais acentuadas. Onde há quem seja muito pobre
e pouco informado e quem seja muito rico e erudito.

Quais as vantagens e desvantagens de uma cidade sustentável?


Vantagens:

● Eleva o grau de satisfação dos habitantes, pois permitem prestar uma melhor
atenção aos usuários de serviços e melhorar a imagem dos órgãos públicos;
● Permitem maior participação da sociedade civil organizada e dos cidadãos na
administração por meio do uso de ferramentas tecnológicas que ajudam a
monitorar os serviços públicos, identificando problemas, informando e
interagindo com a administração municipal para resolvê-los;
● Menor poluição;
● Uso de recursos de forma mais eficiente;
● Reciclagem e melhor tratamento do lixo.

Desvantagens:

● O elevado custo das obras;


● O tempo que leva a serem visíveis os resultados.
Quais as medidas para tornar uma cidade sustentável?
1. Controle de inundações e proteção de nascentes de água doce, orlas e
parques fluviais:
O primeiro passo para a sustentabilidade de um local é preservar a integridade das
águas, uma vez que a água, é o elemento principal para a existência de toda a fauna,
da flora e, principalmente, da nossa própria existência.

2. Manutenção e conservação de Áreas de Proteção Permanente,


Parques e Áreas Verdes:
Uma cidade sustentável deve investir nos cuidados com suas áreas verdes, protegendo
parques, praças, jardins públicos e, principalmente, áreas de proteção permanente. A
manutenção destes precisa estar em dia, a população deve ser instruída a proteger e cuidar
dos espaços de forma a evitar a degradação destes locais.

3. Indicadores e instrumentos econômicos e analíticos do


Planejamento Ambiental Urbano:
É essencial para o desenvolvimento sustentável de uma cidade que sejam criados
indicadores específicos, havendo um acompanhamento regular de seus resultados para
avaliar as políticas públicas. Também é importante que sejam criados instrumentos
econômicos dentro do Planejamento Ambiental Urbano para proteger o meio ambiente e
compensar possíveis danos irregulares ou recompensar empresas que protegem os
recursos naturais.

4. Políticas de melhoria de qualidade do ar visando o desenvolvimento


econômico sustentável:
A qualidade do ar também precisa ser preservada para garantir o bom desenvolvimento das
cidades. Os municípios devem estimular a produção e o uso de uma energia limpa, que não
agrida o meio ambiente, para além de oferecer um transporte público de qualidade, para que
assim as pessoas utilizem menos carros particulares.

É importante ainda incentivar a população a usar meios de transporte não poluentes, como
bicicletas.
A indústria também deve ser orientada a tratar dos seus resíduos antes de liberá-los no meio
ambiente, e multada caso descumpra a legislação ambiental.

5. Políticas de construções e mobilidade sustentáveis, e


prevenção de desastres
Construir e incentivar a construção de habitações, como prédios e vivendas sustentáveis é
claramente uma característica de uma cidade sustentável. A construção destas caracteriza-se
por ser eficiente, com janelas e paredes solares, o que faz com que, durante as horas de luz,
toda a fachada seja capaz de capturar a energia do sol.

Deste modo, as cidades devem também ser resilientes e se precaverem com planos, ações e a
implementação de medidas como: a reabilitação urbana, a renovação urbana e a
requalificação urbana estas medidas têm como objetivo promover a qualidade de vida urbana,
numa perspetiva que vise uma maior sustentabilidade ambiental, econômica e social.

A reabilitação urbana tem como objetivos: promover a melhoria da qualidade de vida de


quem trabalha e vive no local, através da reabilitação das áreas degradadas, da proteção e
valorização do património cultural e da modernização das infraestruturas básicas./ Fomentar a
integração funcional e a diversidade económica e sociocultural dos espaços./ Promover uma
intervenção em que as funções existentes são mantidas, bem como o estatuto socioeconómico
dos moradores. A reabilitação urbana está associada a programas como o Instrumento
financeiro para a reabilitação e revitalização Urbanas. Exemplo: Porto, Coimbra e Lisboa.

A requalificação urbana implica uma intervenção assente numa alteração funcional dos
edifícios e dos espaços, através de um conjunto de intervenções destinadas a valorizar as
potencialidades sociais, económicas e funcionais, de forma a melhorar a qualidade de vida da
população residente. Em Portugal, no âmbito da requalificação urbana, foi criado, no ano de
2000, o programa de requalificação urbana e valorização ambiental (POLIS). Teve como
objetivos a valorização do património, a requalificação de espaços púbicos nos centros das
cidades e a reconversão de áreas urbanas degradadas.

A renovação urbana implica a demolição total ou parcial de edifícios e estruturas de uma área
que é preocupada com outras funções e por uma classe social mais favorecida. Portanto está
associada a uma mudança:

- de estatuto socioeconomico, na medida em que se procede à reconstrução de novos e


modernos edifícios, ocupados, agora, por classes mais favorecidas.
- de estatuto funcional, pois, por exemplo, as antigas lojas são substituídas por funções
terciárias de nível superior como bancos, comércios de luxo..)

Foi responsável pela demolição dos bairros degradados de barracas, principalmente nas áreas
metropolitanas. <a

Exemplos de cidades sustentáveis (a nível nacional e europeu):

A nível nacional:
Entre as cidades portuguesas, muitas têm sido aquelas que têm feito da sustentabilidade uma
prioridade. Lisboa tem sido pioneira neste esforço e, por isso mesmo, recebeu o prémio
de Capital Verde Europeia 2020. A distinção entre Lisboa e outros cidades sustentáveis
resulta da avaliação de um conjunto de especialistas internacionais sobre os esforços de
mitigação das alterações climáticas, a adaptação às mesmas, a implementação de sistemas de
mobilidade urbana mais sustentáveis – da qual os avanços nos passes sociais são um excelente
exemplo -, a preservação dos espaços verdes e da biodiversidade, a qualidade do ar, o
combate à poluição sonora e ao desperdício, a gestão eficiente da água e da energia, o
crescimento sustentável, a eco inovação e a governança.

Portugal não é exceção. Segundo o relatório da CDP, em território nacional existem quatro
cidades energeticamente sustentáveis: Fafe (100%) predominando a energia hidroelétrica,
Braga (79%) predominando a energia eólica, Porto (75%) predominante a energia eólica e
Cascais (73%) predominando a energia eólica.

A nível europeu:
A nível europeu as cidades sustentáveis que mais se destacam são Paris e Copenhague
indicados a data de prémio (https://www.iberdrola.com/sustentabilidade/cidades-
sustentaveis )

Paris apresenta inovações como:


Uma floresta no anel viário
Este é um verdadeiro desafio arquitetónico que combina natureza e arquitetura.

O projeto designado como "Mil Árvores", localizado na altura de Porte Maillot,

irá tornar-se o “pulmão verde” no noroeste de Paris. Com as suas 3 mil árvores

plantadas em toda a área.

Paris também apresenta medidas como a proibição de carros a diesel, está

previsto que a partir de 2024, todos os carros a diesel serão banidos da cidade

e, em 2030, os carros a gasolina também serão.

(https://www.timeout.com/paris/en/things-to-do/paris-green-sustainable-city-

plan-2030 )

Copenhague pretende alcançar uma taxa de 0% de emissões de carbono até

2025. O Plano de Mudanças Climáticas de Copenhague planeja que até 2025

a cidade não emita nada de gás carbônico. Para isso existe uma integração

entre empresas privadas, universidades e organizações para que juntas

possam alcançar este objetivo. Esta cidade com o objetivo de se tornar

sustentável acarreta medidas obrigatórias como:

Telhados verdes:
Com o objetivo de gerenciar a água de chuva de forma eficiente e sustentável,

e tendo em vista que está previsto um aumento das chuvas de 30% para os

próximos 100 anos, a cidade investe nos telhados verdes. Existe inclusive uma

lei que obriga certos tipos de edifícios a implementarem este elemento de

construção. Copenhague também conta com projetos de criação de tapetes de

relva nas ruas e calçadas mais permeáveis. Acerca do fornecimento de energia

nos prédios, atualmente é feito com carvão mineral, mas está previsto que seja

alterado para biomassa.

O que é uma habitação sustentável?

Uma casa sustentável é uma moradia elaborada sem causar grandes impactos
ao meio ambiente. Isso é feito por meio da aplicação de desenvolvimento
tecnológico, reduzindo os resíduos provocados pela obra, e os gastos com a
energia. O principal objetivo desse tipo de construção é proporcionar o retorno
financeiro, gerado pela economia nas contas de luz e água.
Apesar do consumo, ela é capaz de produzir os próprios recursos, o que
engloba ações como a instalação de um sistema de energia solar fotovoltaica.

Comparação a nível local, nacional, europeu de habitações sustentáveis

Cascais- Casa godiva


Situada em Cascais esta casa foi pensada e projectada numa base de Arquitectura Racional,
onde o rigor do desenho associado ao emprego de geométricas simples (puras), utilização de
materiais nobres e novos métodos construtivos, dão origem a um objecto arquitectónico
dinâmico no qual o rigor do detalhe construtivo e a forma artística derivam de um método
assente no constante diálogo entre forma e função.

Europeu- Espanha localizada em Sant Andreu de la Barca projetada pelo estúdio de arquitetura
Arquima, possui dupla certificação em sustentabilidade e eficiencia energética.

Quais as vantagens de ter uma habitação sustentável?


1 É mais barato
Em termos comparativos, os valores da construção sustentável assemelham-se
muito aos da construção tradicional. Contudo, na construção sustentável esta
pequena diferença rapidamente é recuperada, por exemplo, em poupanças nas
faturas de iluminação ou gás. Outro fator bastante importante é que durante
todo o processo de construção existe uma diminuição de desperdícios, fazendo
com que não gaste dinheiro em materiais que depois não serão utilizados.

2 Reduz o impacto ambiental

É de conhecimento geral que o setor da construção civil é o que mais recursos


consome e que, simultaneamente, mais impacto causa no meio ambiente. O
método de construção dito tradicional absorve uma elevada quantidade de
energia – cerca de 40% daquilo que é consumido mundialmente – e, ainda,
contribui para o aumento da produção de resíduos – aproximadamente 80
milhões de toneladas de resíduos são produzidos ao ano. Por isso, não basta
apenas pensar que existe uma necessidade de adotar medidas sustentáveis,
torna-se sim fundamental colocar isso em prática.

3. É mais eficiente

Além de ser uma opção que diminui, numa grande quantidade, o desperdício
de materiais, a construção sustentável assenta em princípios de eficiência a
nível térmico, energético e acústico.

Desvantagens:
-O custo para os cuidados com as características sustentáveis da casa
também costumam elevar o preço, representando uma significativa
desvantagem para aqueles que desejam uma.
-As grandes janelas que servem para trazer boa iluminação natural para dentro do
ambiente podem trazer iluminação excessiva, se a orientação da fachada não for a
adequada, e com isso gerar calor exagerado;
.
De que forma o pacto ecológico contribui para a implantação de medidas
sustentáveis?
O pacto ecológico tem diversas medidas de como tornar a cidade um lugar mais
sustentável, de forma a que iremos agora ver algumas delas no seu site. ( pilar 4 e 7).
https://bcsdportugal.org/pacto-ecologico-europeu/

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