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A planificação, segundo Chiavenato (2010), refere-se ao processo que identifica as metas e os

objectivos que se quer alcançar na organização, produzindo, para o efeito, estratégias para
conseguir o que se propõe e organizando os meios pelos quais se quer conseguir os objectivos
e, por fim, dirige e controla todos os passos na sequência apropriada.

Segundo Bento (2003) “a planificação é o elo de ligação entre as pretensões, imanentes ao


sistema de ensino e aos programas das respectivas disciplinas, e a sua realização prática”.

A planificação, no processo de planeamento, é realizada no momento em que, após a tomada


de um conjunto de decisões, definidas em face de uma realidade determina- da, inicia-se o
trabalho de sistematização das actividades e dos procedimentos necessários para o alcance dos
resultados previstos.

Um plano ou planificação de qualidade ainda garante:

 Reflexão sobre a sua vida;


 Desenvolvimento do autoconhecimento;
 Viabilização de novas alternativas;
 Redução de desperdício de tempo e esforço desnecessário;
 Comprovação do que é prioridade;
 Aumento da produtividade.

Contudo, realizar um plano de vida e carreira é fundamental para que se alcance resultados
extraordinários e encontre, verdadeiramente, a felicidade em sua trajectória, de forma
definitiva.

A importância dada a planificação não significa que se nega que “as melhores aulas surjam de
repente, por causa de uma palavra, de uma insignificância em que o professor não tinha
pensado antes”. Uma aula pode e muitas vezes deve “acontecer”, porque uma coisa é a aula
inerte no papel e outra é a aula viva, dinâmica, que a trama complexa de inter-relações
humanas, a diversidade de interesses e características dos alunos não permite ser um decalque
do que está no papel. Estes alunos, aqueles alunos, os factos que ocorrem no meio fazem as
aulas acontecer...

Mas isto não significa de modo algum que não tenha importância o tal “fio condutor”, que
existe numa planificação. Significa é que ele não pode ser um fio rígido, mas sim flexível ao
ponto de permitir ao professor inserir novos elementos, mudar de rumo, se o exigirem as
necessidades/ou interesses do momento se, de repente, se descobre uma forma mais rica, mais
original ou mais adequada de explorar determinado assunto. Isso significa, de facto, que os
planos podem tomar, na prática, no momento de execução, um sentido novo que as
circunstâncias provocarem. A planificação, que se transformou neste caso, em recurso
aparentemente não utilizado, funciona agora como um marco de referência em relação ao qual
se identifica o que de forma inesperada se atingiu, evidenciando também o que, não deixando
de ser importante, não se conseguiu atingir.

A propósito desta questão de o plano de ensino concebido nem sempre corresponder com o
que se passa realmente na sala de aula, importa salientar que este é um instrumento de acção,
devendo servir como guia de orientação, apresentar ordem sequencial, objectividade,
coerência e flexibilidade.

Como a função de planificação é orientar a prática, partindo das exigências da própria pratica,
ele não pode ser um documento rígido e absoluto, pois uma das características do processo de
ensino é que está sempre em movimento, está sempre sofrendo modificações face às
condições reais.

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