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Índice
1.0. Introdução ............................................................................................................................ 4
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1.0. Introdução
Neste trabalho sobre a Formação de Palavras em Português destacamos os dois processos gerais
de formação dos vocábulos em português: a derivação e a composição. Nesse processo
examinamos os tipos de derivação, apontando a necessidade de se recorrer ao estudo diacrónico o
levantamento histórico do vocabulário para elucidar certas ocorrências. No que se refere à
composição, a formação das palavras compostas caracteriza-se por apresentar uma estrutura
sintática, analisando minuciosamente a flexão de número dos compostos, que em muitas vezes
estão em desacordo com as regras estabelecidas.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
O presente trabalho de campo foi feito mediante pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica
é um procedimento exclusivamente teórico, compreendida como a junção, ou reunião, do que se
tem falado sobre determinado tema.
Como ensina Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de
referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros,
artigos científicos, páginas de web sites.
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2.0. Processos de formação de palavras
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a língua um fenómeno vivo
que acompanha o homem. Por isso alguns vocábulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto
outros nascem (neologismos) e outros mudam de significado com o passar do tempo.
Composição é um dos processos de formação das palavras. Ocorre por justaposição e por
aglutinação e pode ter ou não o auxílio do hífen.
A composição consiste em formar uma nova palavra pela união de dois ou mais radicais. A
palavra composta representa sempre uma ideia única e autónoma, muitas vezes dissociada das
noções expressas pelos seus componentes. Assim, pé de galinha (sem hífen após o Acordo
Ortográfico) é o nome de uma ruga no canto externo dos olhos; mil-folhas, o de um doce;
victória-régia, o de uma planta.
Assim como a derivação, a composição é um dos processos de formação de palavras, as quais são
unidas a partir de duas ou mais palavras simples ou radicais. Essa composição dá origem a novas
palavras que possuem significado próprio.
A palavra couve-flor, por exemplo, é composta pelos substantivos couve e flor. Essa nova
palavra, que também é um substantivo, tem significado próprio e diferente dos significados das
duas palavras que a compuseram.
Segundo Ribeiro (2000), há três condições para a hifenização nas palavras compostas:
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A principal função dos processos de composição é a criação de novas palavras para denominar
novos objectos, conceitos, práticas, ocupações etc. As palavras podem ser compostas de modo
descritivo, ou seja, o nome criado está diretamente relacionado com as suas características mais
relevantes (lava-louças, bicho-da-seda). Também podem ser compostas de modo metafórico, ou
seja, aquelas que remetem ao sentido figurado (louva-a-deus, arranha-céu). A composição das
palavras pode ocorrer com ou sem o auxílio do hífen e de duas formas:
Justaposição é o processo que ocorre quando os elementos ou palavras estão lado a lado. Estar
lado a lado significa que, quando são unidas duas ou mais palavras ou radicais, nenhuma delas é
alterada sonora ou ortograficamente. Apesar de não haver alteração nas palavras que participaram
da composição, o significado da nova palavra formada é próprio.
Exemplos:
Arco-íris
Passatempo
Pé de moleque
Quinta-feira
Guarda-volume
Micro-ondas
Papel-alumínio
Cachorro-quente
b) Composição por Aglutinação
A aglutinação é o processo que ocorre quando os elementos ou palavras que formam as novas
palavras unem-se e fazem com que pelo menos uma de suas partes perca sua integridade sonora
ou ortográfica (Kehdi, 1985).
Exemplos:
Derivação é o processo pelo qual se forma uma palavra a partir de outra já existente na língua. A
palavra que pode dar origem a outra e que não provém de nenhuma outra dentro da própria língua
chama-se primitiva. A palavra que provém de outra da própria chama-se derivada.
a) Derivação Prefixal
b) Derivação Sufixal
A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra
primitiva de forma independente, ou seja, mesmo sem a presença de um dos afixos a palavra
continua tendo significado.
d) Derivação Parassintética
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Ex.: anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer,
pois os afixos não podem se separar.
e) Derivação Regressiva
f) Derivação Imprópria
Exemplos:
coelho - substantivo comum, usado como substantivo próprio - Daniel Coelho da Silva.
verde, geralmente usado como adjectivo - Comprei uma camisa verde-, é usado como
substantivo: O verde do parque comoveu a todos.
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros processos de formação de
palavras, como:
i. Hibridismo
Pelo facto de assim se constituírem, sobretudo pela não uniformidade revelada por tais elementos
(uma vez que os compostos são na maioria provenientes do grego e do latim), muitos gramáticos
condenam o uso dessa ocorrência linguística. Contudo, tal facto parece não ganhar tanta
notoriedade, justamente porque os hibridismos são palavras, como antes dito, que já se
incorporaram ao nosso léxico, tornando-se aportuguesadas.
Exemplos:
A Onomatopeia é uma figura de linguagem que reproduz fonemas ou palavras que imitam os
sons naturais, quer sejam de objectos, de pessoas ou de animais.
Exemplos
Ratimbum: som de instrumentos musicais (Ra = caixa, tim = pratos, bum = bombo)
Tic-tac: som do relógio
Toc-toc: som de bater na porta
Sniff sniff: som de pessoa triste, chorando
Buááá: ruído de choro
iii. Abreviação
A abreviação vocabular consiste na redução da palavra até ao limite da sua compreensão (metró,
moto, pneu, extra, dr., obs.).
iv. Sigla
A sigla é uma forma de abreviatura a partir de letras iniciais de uma sequência de palavras
(Academia brasileira de letras-ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras também.
v. Neologismo
O neologismo é o nome dado ao processo de criação de novas palavras, ou para palavras que
adquirem um novo significado. Neologismo é como chamamos uma palavra recém-criada ou uma
palavra que já existe na língua, mas que passa a ter um novo significado.
a) Formal ou lexical
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É uma palavra completamente nova introduzida em uma língua. Assim, a criação desse novo
termo ocorre de diferentes maneiras, o que nos permite subclassificar esse neologismo em:
Fonológico
Palavra com característica onomatopeica, isto é, que imita o som de seres ou objetos, mas
também palavra já existente que tem o seu som original alterado.
Exemplos: tchurma, tique-taque, miau, capritcho, zunzum, todxs, cocoricó, clique etc.
Sintáctico
Por empréstimo
Palavra tomada de empréstimo de outra língua. Tal palavra pode ser escrita como na língua
original, traduzida ao pé da letra ou adaptada à língua que se apropriou dela.
Exemplos: deletar, on-line, skinhead, estressado, kit, fashion, hip-hop, arranha-céu, laser,
escanear, blogue, fast-food, pole position, turnê, caviar etc.
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3.0. Conclusão
Ao longo deste trabalho é possível expor os aspectos mais importantes do processos formadores
de palavras na língua aportuguesa, que é muito extenso e impossível de limitarmos os vários tipos
de derivação e composição.
Com relação à derivação, percebemos que embora seja variável o número de afixos presos a uma
determinada base, há uma regularidade subjacente, vista pela análise em constituintes imediatos:
o vocabulário é sempre constituído de camadas binárias de mesma estrutura, pois não há
coincidência entre a ordem linear dos morfemas na cadeia da fala e a sua ordem estrutural.
Sobre os tipos de derivação – parassíntese, regressão e conversão -, é preciso lembrar que não se
trata apenas de subdivisões de um mesmo processo básico. Um bom exemplo é no estudo da
parassíntese, onde destacamos não só o traço da simultaneidade dos afixos, como também a
importância do exame de subsistemas, sem o qual muitos parassintéticos passariam
despercebidos.
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4.0. Referências
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