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Entenda como acontecem os Processos de Formação das Palavras no Idioma Português. É importante para você
mandar bem na Interpretação de Textos e questões com ênfase na gramática. Veja as Formações dos tipos Primitiva;
Derivada; Simples; e Composta.
Para darmos início ao estudo dos processos de formação das palavras, cabe esclarecer alguns conceitos sobre
palavras primitiva, derivada, simples e composta. Veja:
Se enumerássemos quantas novas palavras criamos e importamos nos últimos anos, talvez pudéssemos preencher
algumas folhas de papel. Alguns neologismos (novas palavras) são criados por necessidades do momento e
incorporam-se à nossa língua, como “apagão”, “pistolão” (proteção) e “mensalão”.
Já os empréstimos ou estrangeirismos justificam-se quando não temos em nossa língua uma palavra
correspondente, por exemplo, cartum (cartoon), joystick, hacker.
Entretanto, algumas são pura moda, mais notada nos setores da informática, do comércio, dos negócios. Eles podem
perfeitamente serem substituídos por palavras portuguesas, são os casos workshop (oficina), teen (adolescente) quiz
(advinhas), delivery (entrega).
Nosso estudo será direcionado aos processos de formação das palavras. Investigaremos as maneiras mais comuns
para construção de vocábulo. A língua portuguesa possui dois tipos de processos básicos para a formação de
palavras: a derivação e a composição.
A palavra pelada constitui-se de apenas um radical (pel-), que tem sua origem em pela (palavra primitiva) e significa
bola, esfera. A esse radical acrescentamos o sufixo –ada. Quando juntamos à palavra primitiva sufixos ou prefixos,
temos a derivação.
Nunca haverá derivação com palavras que apresentem mais do que um radical. Esse fato configura-se na palavra
hexacampeão, o qual se formou a partir de dois radicais hexa + campeão. Nessa situação, temos a composição, que
forma palavras por meio da junção de dois ou mais radicais.
Além desses processos, temos muitos outros que passaremos a analisar individualmente alguns casos de formação
das palavras.
1.Derivação
A derivação é o processo pelo qual formamos novas palavras a partir de uma primitiva, pode ser realizado pelo
acréscimo de afixos, pela troca de classe gramatical ou, ainda, pela supressão de fonemas. Classifica-se em derivação
prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria.
1.1.Derivação prefixal
Quando acrescentamos à palavra primitiva um prefixo, temos a derivação prefixal, como podemos constatar em
compor, reanimar, superdotado, infeliz e inútil.
1.2.Derivação sufixal
Quando acrescentamos à palavra primitiva um sufixo, temos a derivação sufixal, como podemos constatar em tolice,
estomatite, cabeleira, crueldade e bananal.
1.3.Derivação parassintética
Atenção: Ao formamos a palavra imoralidade, usamos também o prefixo -i e o sufixo -dade, entretanto o uso deles
não é obrigatoriamente simultâneo, porque podemos dizer imoral e moralidade, ou melhor, a palavra pode ser
decomposta gradativamente: imoralidade vem de moralidade que vem de moral. Ao contrário da palavra
empobrecer que não vem de pobrecer.
Quando acrescentamos à palavra primitiva um prefixo e um sufixo não-simultâneos, temos a derivação prefixal e
sufixal, como podemos constatar em infelizmente e revendedor.
Quando subtraímos uma parte da palavra primitiva a fim de obter por meio dessa subtração uma palavra derivada,
temos o processo da derivação regressiva, a qual forma substantivos a partir de verbos.
A esses substantivos derivados chamamos de deverbais. Assinalam, sem exceção, o nome de uma ação, assim, a
palavra “beijo” é derivada porque indica uma ação do verbo beijar. Veja:
Será que as palavras alfinete e perfume são também derivadas dos verbos alfinetar e perfumar? Não, porque não
denotam ação. Esses nomes são objetos, portanto não são derivados e sim primitivos, a partir deles é que
formamos os verbos alfinetar e perfumar.
1.6.Derivação imprópria
No verso “Está escrito no meu olhar”, a palavra em negrito, analisada isoladamente, classificamo-na de verbo, no
entanto foi usada no contexto como substantivo. Quando empregamos uma palavra fora de sua classe normal,
temos a derivação imprópria. Esse tipo de derivação é percebido sempre quando tivermos um contexto
determinado, como visto no verso exemplificativo.
2. Composição
O processo da composição consiste em criar uma nova palavra a partir de dois ou mais radicais. Veja, por exemplo,
as palavras couve, que representa um radical, e flor, outro radical, cujos sentidos são autônomos.
Entretanto, ao se juntarem, formam a palavra couve-flor, que possui um significado totalmente novo. Consideramos
dois tipos de composição: justaposição e aglutinação.
2.1.Composição por justaposição
Ocorre a composição por justaposição quando há a união dos radicais sem que haja mudança fonética. Nesse tipo de
processo, pode aparecer ou não o uso do hífen.
Em todos os exemplos acima a integridade fonética foi mantida, inclusive da palavra girassol, o que caracteriza a
justaposição não é a grafia, mas a preservação do som dos vocábulos.
Ocorre a composição por aglutinação quando há união dos radicais com algum tipo de alteração fonética. Veja, a
seguir, alguns exemplos:
3. Hibridismo
Ocorre quando misturamos elementos de outros idiomas para formar uma palavra. É comum encontrarmos a
combinação de radicais gregos com latinos e vice-versa, como “decímetro” (latino e grego); “televisão” (grego e
latim). Essas combinações são mais prosaicas, existem outras como, “burocracia” (francês e grego) e “autoacusação”
(grego e português).
Consideramos também palavra híbrida quando há a junção de radicais com sufixos de línguas diferentes, como nos
exemplos que seguem: “goiabeira” (tupi e português) e “bananal” (africano e português).
Não são hibridismos palavras do tipo xenofobia (grego e grego) e biologia (grego e grego), pois apresentam radicais
de uma mesma língua, chamamos essa formação de compostos eruditos.
4. Abreviação
Ocorre abreviação de um vocábulo quando eliminamos uma parte da estrutura da palavra a fim de se adquirir uma
forma menor. Embora forme, graficamente, um novo vocábulo, a significação da palavra é a mesma da original. Esse
tipo de construção caracteriza o uso coloquial da linguagem no dia a dia das pessoas. Algumas abreviações já se
incorporaram também à escrita e outras ainda estão em curso na oralidade.
• Otorrinolaringologista = otorrino
• Fotografia = foto
• Motocicleta = moto
• Pneumático = pneu
• Metropolitano = metrô
• Cinematográfico = cine
• Abreviações em curso na oralidade
• vestibular = vestiba
• professor = fessor
• japonês = japa
• Florianópolis = Floripa
5. Siglonimização
Damos o nome de sigla ao conjunto de letras iniciais dos termos que compõem o nome de uma empresa, uma
instituição, um programa. Quando as siglas são formadas por mais letras e combinadas de tal forma que formam
sílabas e podem ser lidas como uma palavra, teremos uma palavra criada pelo processo de formação
chamado Siglonimização, processo esse que pode dar origem a derivados:
• USP– Universidade de São Paulo – é uma sigla que já consideramos substantivo próprio, do qual deriva o
termo uspiano, dado ao aluno daquela instituição (como esta que lhes escreve) ou a qualquer elemento
ligado àquela universidade.
Deve-se empregar apenas siglas já existentes ou consagradas, de acordo com a convenção ou designação oficial
(consulte um dicionário ou o site da organização em questão):
Siglas com até três letras são grafadas com todas as letras maiúsculas:
Siglas com quatro letras ou mais devem ser grafadas com todas as letras maiúsculas quando cada uma de suas letras
ou parte delas é pronunciada separadamente, ou somente com a inicial maiúscula, quando formam uma palavra
pronunciável (formada por siglonimização):
Mantêm-se com maiúsculas e minúsculas as siglas que originalmente foram criadas desse modo para se
diferenciarem de outras:
• CNPq – Conselho Nacional de Pesquisa (para diferenciá-lo de CNP – Conselho Nacional do Petróleo).
6.Onomatopeia
Na onomatopeia ocorre a repetição de vogais ou consoantes na formação de uma palavra imitativa. Neste tipo de
formação de palavras também estão incluídas as palavras onomatopaicas. A onomatopeia é também chamada de
reduplicação.
• pingue-pongue
• tique-taque
• bombom
• zum-zum
• pipilar
• o avanço tecnológico;
• a crescente globalização;
Os estrangeirismos podem ser usados na sua forma original ou pode ocorrer um processo de aportuguesamento
da palavra.
São usados na sua forma original quando não têm ainda um tempo de permanência suficiente na língua que permita
a sua adequação ao português ou quando a sua forma original tem plena aceitação no português. Várias palavras
estrangeiras mantêm a sua escrita original, mas são pronunciadas conforme os padrões fonéticos portugueses.
Exemplos:
Quando ocorre o aportuguesamento da palavra, este é feito com base na pronúncia e nas regras ortográficas e
fonológicas da língua portuguesa.
Exemplos: