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SEQUÊNCIA DIDÁTICA
GÊNERO TEXTUAL
CONTO POPULAR
Avenida Hiléia, s/n – Agrópolis do INCRA, Bairro Amapá – Marabá – Pará CEP 68500-000 Fone (94) 3322-5667/5665
CNPJ: 05.853.163/0001-30/ E-mail: semed@maraba.pa.gov.br
PREFEITURA DE MARABÁSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE ENSINO URBANO
COORDENADORIA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 1º AO 5ºANO
AULA 1
Roda de conversa
O professor organiza os alunos em semicírculo e solicita que conte sobre um
fato/acontecimento interessante que já ocorreu em sua vida. Depois que alguns alunos narrarem
suas histórias, o professor questiona aos alunos.
a) O que as pessoas contam é uma história?
b) De quantas maneiras podemos contar ou narrar as histórias?
c) Quem pode contar ou narrar as histórias?
Durante as indagações o professor registra a fala dos alunos no quadro para que percebam
que contar ou ouvir histórias faz parte do nosso dia a dia: algumas ouvimos durante conversa
com os colegas e familiares, outras lemos em livros ou assistimos em filmes...
a) Que nome recebe a pessoa que conta uma história? (narrador/ contador de história)
b) E as pessoas que escrevem histórias, como são chamadas? (escritores).
c) Será que nós também podemos escrever histórias? (sim)
d) E o que precisamos saber para escrever histórias interessantes e com uma boa organização?
e) Você gostaria de aprender a escrever boas histórias?
Atividade
Pensando na atividade que vamos realizar, qual gênero textual você escolheria para escrever sua história?
( ) Entrevista ( ) Noticias (X) Conto ( ) Receita
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Após os alunos selecionarem o gênero textual mais adequado para a situação comunicativa
que lhes foi proposta, discuta o porquê dos demais gêneros não serem adequados para essa
atividade.
Lista
a) Vocês conhecem muitos contos? Cinderela .......... conto de fadas
b) Quais os seus contos favoritos? Branca de Neve.... conto maravilhoso
c) Onde você ouviu essas histórias? A sopa de Pedra.... conto popular
d) Tem alguém na sua família que costuma contar histórias?
A Cigarra e a formiga ...... Fábula
e) Quem pode contar uma das histórias dessa lista?
O macaco e a velha .... Conto popular
Conforme os alunos vão identificando a que gênero pertence as histórias, solicite aos alunos
ir até a mesa do professor pegar uma das tarjetas que identifica a que gênero pertence o texto e fixar
a frente do nome de cada título.
Convide a turma a ouvir uma história, prestando atenção aos elementos que compõe a
história. Na sequência, o professor questiona a turma para que identifique, oralmente, as
características da narrativa:
Em seguida solicite a cada aluno que pense em uma história que conhece e preencha o
quadro a seguir:
História
Gênero
Narrador Tempo Personagens Lugar Acontecimentos
Quem conta Quando Com quem Onde O que aconteceu
a história aconteceu aconteceu aconteceu
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AULA 2 e 3
Selecione um conto popular para ser apresentado a turma. Organize em slide o conto e
realize a leitura aos alunos. Nesse momento o texto será lido na íntegra. Após a leitura questione os
alunos sobre: vocês já tinham lido ou ouvido esse tipo de conto? Conhecem outros contos
semelhantes a este? Por que vocês acham que este texto foi escrito?
Retome o texto e solicite aos alunos que identifiquem no conto popular: quem escreveu?
Onde foi publicado? Quando aconteceu? Onde? Com quem? O que aconteceu? Destaque no texto as
características apontadas pela turma. Quais dessas características foram identificadas no conto lido?
Professor, registre no quadro as falas dos alunos, ao final sistematize o que caracteriza conto
popular.
Professor reforce que o que caracteriza um conto popular é sua antiguidade, o anonimato
e a divulgação. (ABÍLIO; MATTOS, 2006)
Professor organize um varal de história na sala de aula com vários textos narrativos (contos de
fadas, fábulas e contos populares).
Apresente aos alunos o varal e a sua finalidade. Convide os alunos a conhecer os textos
expostos e realizar a leitura dos títulos para a escolha do texto a ser lido.
Ao concluir a leitura solicite aos alunos que classifiquem os textos conforme o gênero
(fábulas, conto de fadas e conto popular). A partir das características do gênero o aluno colocará o
texto em uma das caixas que se encontra na mesa do professor identificadas com características dos
gêneros
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Tarefa de casa
Oriente os alunos a pedir aos pais que lhes conte uma história/causo que ouvia na infância, anotar
ou memorizar alguns detalhes para recontar na escola.
PRODUÇÃO INICIAL
AULA 1 e 2
(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a
situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o
propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do
Habilidades texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou
digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos
os dados e as fontes pesquisadas.
(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos,
sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo,
espaço e de fala de personagens.
Objeto de Planejamento da situação comunicativa.
conhecimento Produção de texto narrativo (Reescrita);
Compartilhar com os colegas as histórias/causos contados pelos pais;
Objetivo de
Reescrever narrativas do gênero conto popular;
aprendizagem Compartilhar com os colegas a leitura do texto produzido.
Evidência de
Reescrita do conto popular
aprendizagem
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Planejamento do conto
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AULA 1
Inicie a aula convidando os alunos a conhecerem mais um conto popular. Escreva no quadro
o título da história e questione os alunos: alguém conhece essa história? Sobre o que você imagina que
o conto vai falar? Quem você acha que serão os personagens desse conto? Projete a imagem que está
no texto ou imprima em tamanho maior e volte a questionar os alunos: Observando a imagem, o que é
possível dizer sobre o lugar onde essa história aconteceu? (Chame a atenção dos alunos para o cacto,
planta típica de ambientes secos). O que você imagina que personagens estão fazendo nesse lugar? O
que a expressão dos personagens indica? (Estão tristes, alegres, satisfeitos, curiosos, admirados...). O
que você gostaria de saber sobre essa história?
“O menino e o padre”
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1. Após os questionamentos iniciais, solicite aos alunos que realizem a leitura silenciosa do texto.
O
O menino e o padre
Um padre andava pelo sertão, e certa vez com muita sede,
aproximou-se de uma cabana, e chamou por alguém de dentro. Veio
então lhe atender, um menino muito mirrado.
__ Bom dia meu filho, você não tem por aí uma aguinha aqui
pro padre?
__ Água tem não senhor, aqui só tem um pote cheio de garapa
de açúcar, se o senhor quiser... __disse o menino.
__ Serve, vá buscar por favor __ pediu-lhe o padre. E o menino trouxe a garapa dentro de uma
cabaça. O padre bebeu bastante e o menino ofereceu mais. Meio desconfiado, mas como estava com
muita sede o padre aceitou.
Depois de beber, o padre curioso perguntou ao menino:
__ Me diga uma coisa, sua mãe não vai brigar com você por causa dessa garapa?
__ Briga não senhor. Ela não quer mais essa garapa, porque tinha uma barata morta dentro do
pote.
Surpreso e revoltado, o padre atirou a cabaça no chão e esta quebrou-se em mil pedaços, e
exclamou:
__Moleque danado, por que não me avisou antes?
O menino olhou desesperado para o padre, e então disse em tom de lamento:
__Agora sim eu vou levar uma surra das grandes, o senhor acaba de quebrar a cabacinha de vovó
fazer xixi dentro!
Nota: Conto regional do Nordeste, muito conhecido em todo interior de Pernambuco ao Maranhão. Origem desconhecida
Professor, retome o texto e faça a leitura coletiva, discutindo com a turma cada parte do texto. Esclareça que cada fala
do personagem representa um parágrafo. Faça a leitura do parágrafo ressaltando a entonação que a pontuação
imprime ao texto. Mostre que cada parágrafo inicia com letra maiúscula e termina com uma pontuação.
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f) Enquanto andava pelo sertão, o padre se viu diante de um problema. Que problema foi esse?
Explique.
R: o padre sentiu muita sede e pediu ajuda em uma cabana onde foi atendido por um garoto.
g) Se o padre não tivesse sentido sede, você acha que essa história teria acontecido? Por quê?
Não teria acontecido, pois tudo que ocorre depois na história é consequência do pedido feito pelo
padre.
h) O problema surgido na história teve uma solução? O garoto conseguiu ajudar o padre?
R: Sim, foi solucionado, pois ao beber a garapa, o padre “matou” a sede que sentia.
Professor, após os alunos responderem as questões, faça a correção. Peça a um aluno que leia
sua resposta, em seguida questione quem fez diferente. Discuta com a turma as questões,
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valorize as diferentes formas de registrar a resposta correta, anote e faça intervenções para que
todos os alunos alcancem os resultados esperados.
AULA 2
Inicie a aula com a turma organizada em grupos. Fixe na parede um cartaz “Quadro
comparativo dos elementos da narrativa” (anexo). Retome o assunto trabalhado na aula anterior.
Solicite a turma que relembre a história “O menino e o padre” e preencham coletivamente o quadro.
ELEMENTOS DA NARATIVA
TÍTULO
ENREDO
DO CONTO Personagem Tempo Lugar Narrador
Apresentação Conflito gerador Desfecho
O PADRE E Padre, menino Indete Caban Um padre está Com muita sede o O padre quebra uma
rmina a no andando pelo padre pede água para cabacinha e o garoto
O MENINO do sertão sertão. um garoto, que lhe dar lamenta a surra que
água contaminada. vai levar.
Ainda com a turma organizada em grupos, selecione dois contos populares “O CASO DO
ESPELHO”, recontado por Ricardo Azevedo, “A SOPA DE PEDRA” de autoria desconhecida. Em
seguida distribua um para cada grupo, juntamente com um quadro em que os alunos registrarão os
dados referentes aos elementos da narrativa. Se necessário pode ficar grupos com textos repetidos.
Oriente os alunos a lerem o texto e ir registrando as informações no quadro. Quando todos
os grupos tiverem finalizado a atividade, organize a socialização.
Durante a socialização, cada grupo deve ler seu texto para a turma, depois registar no cartaz
fixado na sala os elementos da narrativa. A turma discute a informação registrada e faz as correções
quando necessário.
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AULA 3
Após assistirem o vídeo, converse com os alunos sobre cada momento do vídeo. Chame
atenção para o tom de voz, a expressão do contador de história ao representar os personagens, a
direção do olhar, risos... Converse com os alunos se esses movimentos contribuíram para construir
os sentidos da história.
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AULA 4
Anote no quadro uma síntese ou utilize a projeção em slide. Fale da diferença entre os tipos
de narradores de um conto e sobre as diferenças do ponto de vista de cada um. Marque bem, na sua
fala, as especificidades que diferenciam um conto de um conto popular ressaltando a linguagem
utilizada e os contextos.
AULA 1
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Depois do preenchimento do quadro acima, faça a reescrita de uma nova versão do texto na lousa.
Espera-se que com essa atividade, os alunos consigam perceber quais elementos da narrativa
faltam em seus textos para melhorá-lo e reescrevê-los.
AULA 1
(EF35LP06) Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de
substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos –pessoais, possessivos,
demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto.
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A sala será organizada em círculo para fazer a leitura compartilhada e análise dos textos.
Será selecionado um conto para ser analisado, neles os alunos deverão localizar as palavras e
expressões que indicam o narrador, a passagem do tempo e fazem referências às partes do texto.
O professor construirá um quadro junto com os alunos, no qual conste os elementos
linguísticos e sua respectiva função nos textos, conforme a atividade sugerida abaixo.
Atividade Sugerida
O CASO DO ESPELHO
Ricardo Azevedo
Era um homem que não sabia quase nada. Morava longe, numa casinha de sapé esquecida
nos cafundós da mata.
Um dia, precisando ir à cidade, passou em frente a uma loja e viu um espelho pendurado do
lado de fora. O homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois gritou, com o espelho nas mãos:
— Mas o que é que o retrato de meu pai está fazendo aqui?
— Isso é um espelho — explicou o dono da loja.
— Não sei se é espelho ou se não é, só sei que é o retrato do meu pai.
Os olhos do homem ficaram molhados.
— O senhor... conheceu meu pai? — perguntou ele ao comerciante.
O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era só um espelho comum, desses de vidro
e moldura de madeira.
— É não! — respondeu o outro. — Isso é o retrato do meu pai. É ele sim! Olha o rosto
dele. Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem jeito?
O homem quis saber o preço. O comerciante sacudiu os ombros e vendeu o espelho,
baratinho.
Naquele dia, o homem que não sabia quase nada entrou em casa todo contente. Guardou
cuidadoso o espelho embrulhado na gaveta da penteadeira.
A mulher ficou só olhando.
No outro dia, esperou o marido sair para trabalhar e correu para o quarto. Abrindo a gaveta
da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o sinal-da-cruz tapando
a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho na gaveta e saiu chorando.
— Ah, meu Deus! — gritava ela desnorteada. — É o retrato de outra mulher! Meu marido
não gosta mais de mim! A outra é linda demais! Que olhos bonitos! Que cabeleira solta! Que pele
macia! A diaba é mil vezes mais bonita e mais moça do que eu!
Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada. A mulher,
chorando sentada no chão, não tinha feito nem comida.
— Que foi isso, mulher?
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AZEVEDO, Ricardo. O caso do espelho. In: Nova Escola, Maio 1999.p. 28-9.Fonte:
https://armazemdetexto.blogspot.com/search?q=o+caso+do+espelho
1. Análise do texto
Preencha no quadro os elementos da narrativa.
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OS ELEMENTOS DA NARATIVA
TÍTULO Persona Tempo Lugar Narrador ENREDO
DO CONTO gem Apresentação Conflito gerador Desfecho
Indeter Loja, Narrador- Era um homem Um dia, A senhora abriu
minado. casa. observador que não sabia quase precisando ir à cidade, o retrato, soltou
O CASO DO O homem,
Dono da nada. Morava longe, passou em frente a uma gargalhada
ESPELHO loja, a numa casinha de uma loja e viu um e disse para a
mulher, sapé esquecida nos espelho pendurado do filha ficar
mãe da cafundós da mata. lado de fora. tranquila...
mulher.
Professor, realize a leitura do trecho abaixo e oriente os alunos a destacar a palavra “isso” no texto
que receberam, em seguida auxilie-os a responder as questões. Você poderá questionar, ouvir as
respostas deles e registrar a resposta no quadro.
Leia o trecho:
— Mas o que é que o retrato de meu pai está fazendo aqui?
— Isso é um espelho — explicou o dono da loja.
— Não sei se é espelho ou se não é, só sei que é o retrato do meu pai.
Os olhos do homem ficaram molhados.
— O senhor... conheceu meu pai? — perguntou ele ao comerciante.
O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era só um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira.
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10. No final do trecho o dono da loja faz uma explicação, copie abaixo a explicação dele.
R: Aquilo era só um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira.
Agora que você já analisou o texto, marque no texto as palavras que indicam um acontecimento no
passado, no presente e no futuro e depois registre no quadro abaixo conforme o exemplo
Expressões temporais
Professor, após a realização desta atividade comente com seus alunos que no texto há
palavras e expressões que indicam o momento de realização dos eventos, e destaque as palavras que
são verbos e indicam uma ação realizada no passado e no presente (exemplo: passou, olha).
AULA 2
Habilidades (EF03LP07) Identificar a função na leitura e usar na escrita ponto final, ponto de
interrogação, ponto de exclamação e, em diálogos (discurso direto), dois-pontos e
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travessão.
Objeto de Pontuação
Conhecimento
Objetivo de Identificar as pontuações utilizadas no texto para marcar a fala de personagens (dois
Aprendizagem pontos e travessão); e para finalizar o parágrafo ou texto.
Evidências de O aluno deve identificar no texto e registrar no quadro os sinais de pontuação e a função
Aprendizagem de cada um.
Retomar a aula anterior relembrando o texto lido e recorrendo ao quadro de análise para relembrar
os elementos da narrativa. Os alunos serão organizados em dupla e orientados a identificar
numericamente as linhas do texto e colorir as pontuações presentes no texto. Após colorir, os alunos
preencheram um quadro com a pontuação e sua função.
Atividade Sugerida
3. Preencha o quadro abaixo as com 4 pontuações que você encontrou no texto, escreva o nome e a
função do sinal de pontuação.
Quadro dos sinais de pontuação
Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada. A mulher, chorando sentada no chão, não tinha
feito nem comida.
— Que foi isso, mulher?
— Ah, seu traidor de uma figa! Quem é aquela jararaca lá no retrato?
— Que retrato? — perguntou o marido, surpreso.
— Aquele mesmo que você escondeu na gaveta da penteadeira!
O homem não estava entendendo nada.
— Mas aquilo é o retrato do meu pai!
Indignada, a mulher colocou as mãos no peito:
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— Cachorro sem-vergonha, miserável! Pensa que eu não sei a diferença entre um velho lazarento e uma jabiraca
safada e horrorosa?
7. Por que o autor usou dois pontos nesse trecho “Indignada, a mulher colocou as mãos no peito:”
R: Para indicar que vai iniciar a fala da personagem.
AULA 3
(EF03LP01) Ler e escrever palavras com correspondências regulares contextuais entre grafemas e
Habilidade fonemas – c/qu; g/gu; r/rr; s/ss; o (e não u) e (e não i) em sílaba átona em final de palavra – e com
marcas de nasalidade (til, m, n).
Objeto de Construção do sistema alfabético e da ortografia.
Conhecimento
Localizar no texto palavras com correspondências regulares, referente às consoantes r/rr.
Objetivo de
Aprendizagem
Identificar o contexto de utilização do r/rr.
Evidências de Registrar a palavras solicitadas e selecioná-las de acordo com a ocorrências das consoantes em
Aprendizagem estudo.
Professor, nesta aula você orienta que os alunos voltem ao conto popular estudado e circulem as
palavras que apresentam R ou RR, após a seleção das palavras no texto, os alunos classificam as
palavras nos quadros abaixo conforme a posição da consoante na palavra.
Atividade
Uso do R e do RR.
a) Volte ao conto “O Caso do Espelho” e sublinhe todas as palavras que têm a letra R, depois
copie no quadro.
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b) Agora organize as palavras. Coloque na primeira coluna as palavras que têm apenas um R e na
segunda coluna as palavras que têm RR.
Palavras com R e RR
Palavras com R Palavras com RR
c) Agora agrupe as palavras a partir de como o R está colocado em cada uma delas.
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(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do
Habilidades professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
Objeto de
Edição final do conto popular.
Conhecimento
Objetivo de Revisar coletivamente os textos produzidos em sala, acrescentando os sinais de pontuação que
caracterizam a fala das personagens.
Aprendizage
m Revisar e escrever a versão final
Evidências de
Aprendizage Escrita da versão final do texto.
m
Após verificar se seu texto está adequado, faça a reescrita da versão final do texto.
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PREFEITURA DE MARABÁSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE ENSINO URBANO
COORDENADORIA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 1º AO 5ºANO
Anexos
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OS ELEMENTOS DA NARATIVA
TÍTULO DO ENREDO
Personagem Tempo Lugar Narrador
CONTO Apresentação Conflito gerador Desfecho
O PADRE E O
MENINO
O CASO DO
ESPELHO
O SAPO COM
MEDO D’ÁGUA
A SOPA DE
PEDRAS
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SOPA DE PEDRAS
Pedro Malasarte era um cara danado de esperto. Um dia ele estava ouvindo a conversa do
pessoal na porta da venda. Os matutos falavam de uma velha avarenta que morava num sítio pros
lados do rio. Cada um contava um caso pior que o outro:
― A velha é unha-de-fome. Não dá comida nem pros cachorros que guardam a casa dela ―
dizia um.
― Quando chega alguém pro almoço, ela conta os grãos de feijão pra pôr no prato. Verdade!
Quem me contou foi o Chico Charreteiro, que não mente ― afirmava outro.
― Eta velha pão-dura! ― comentava um terceiro. ― Dali não sai nada. Ela não dá nem bom-
dia.
O Pedro Malasarte ouvindo. Ouvindo e matutando. Daí a pouco entrou na conversa:
― Querem apostar que pra mim ela vai dar uma porção de coisas, e de boa vontade?
― Tu tá é doido! ― disseram todos. ― Aquela velha avarenta não dá nem risada!
― Pois aposto que pra mim ela vai dar ―insistiu o Pedro. ― Quanto vocês apostam?
A turma apostou alto, na certeza de ganhar. Mas o Pedro Malasarte, muito matreiro, já tinha
um plano na cabeça. Juntou umas roupas, umas panelas, um fogãozinho, amarrou a trouxa e se
mandou pra casa da velha. Era meio longe, mas pra ganhar aposta o Malasarte não tinha preguiça.
O Pedro foi chegando, foi arranchando, ali bem perto da porteira do sítio da velha. Esperou
um tempo pra ser notado. Quando viu que a velha já tinha reparado nele, armou o fogãozinho, botou
a panela em cima, cheia de água, e acendeu o fogo. E ficou o dia inteiro cozinhando água.
A velha, lá da casa, só espiando. E a panela fumegando. E o Pedro atiçando o fogo. Não
demorou muito a velha não aguentou a curiosidade e veio dar uma espiada. Passou perto, olhou,
assuntou, e foi embora. O Pedro firme, atiçando o fogo.
No dia seguinte, panela no fogo, fervendo água, soltando fumaça. Pedro atiçando o fogo. A
velha olhando de longe, lá de dentro da casa. Até que ela não conseguiu mais se segurar de
curiosidade. Saiu e veio negaceando, olhar de perto. O Pedro pensou: “É hoje!”.
Catou umas pedras no chão, lavou bem e jogou dentro da panela. E ficou atiçando o fogo pra
ferver mais depressa.
A velha não se conteve:
― Oi, moço, tá cozinhando pedra?
― Ora, pois sim senhora, dona ― respondeu o Pedro. ― Vou fazer uma sopa.
― Sopa de pedra? ― perguntou a velha com uma careta. ― Essa não, seu moço! Onde já se
viu isso?
― Pois garanto que dá uma sopa pra lá de boa.
― Demora muito para cozinhar? ― perguntou a velha ainda duvidando.
― Demora um bocado.
― E dá para comer?
― Claro, dona! Então eu ia perder tempo à toa?
A velha olhava as pedras, olhava pro Pedro. E ele atiçando o fogo, e a panela fervendo. A
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velha meio incrédula, meio acreditando.
― É gostosa, essa sopa? ― perguntou ela depois de um tempo.
― É ― respondeu o Malasarte. ― Mas fica mais gostosa se a gente puser um temperinho.
― Por isso não ― disse a velha. ― Eu vou buscar.
Foi e trouxe cebola, cheiro-verde, sal com alho.
― Tomate a senhora não tem? ― perguntou o Pedro.
A velha foi buscar e voltou com três, bem maduros.
Pedro botou tudo dentro da panela, junto com as pedras. E atiçou o fogo.
― Vai ficar bem gostosa ― disse ele. ― Mas se a gente tivesse um courinho de porco...
― Pois eu tenho lá em casa ― disse a velha. E foi buscar.
Couro na panela, lenha no fogo, a velha sentada espiando. Daí a pouco ela perguntou:
― Não precisa pôr mais nada?
― Até que ficava mais suculenta se a gente pusesse umas batatas, um pouco de macarrão...
A velha já estava com vontade de tomar a sopa, e perguntou:
― Quando ficar pronta, posso provar um pouco?
― Claro, dona!
Aí ela foi e trouxe o macarrão e as batatas.
O Malasarte atiçou o fogo, pro macarrão cozinhar depressa. Daí a pouco a velha já estava com
água na boca!
― Hum, a sopa tá cheirando gostosa! Será que as pedras já amoleceram?
Em vez de responder, o Pedro perguntou:
― A senhora não tem uma linguicinha no fumeiro? Ia ficar tão bom...
Lá foi a velha de novo buscar a linguiça.
Cozinha que cozinha a sopa ficou pronta. Malasarte então pediu dois pratos e talheres, a velha
trouxe.
O Pedro encheu os pratos, deu um pra ela. Separou as pedras e jogou no mato.
― Ué, moço, não vai comer as pedras?
― Tá doido! ― respondeu o Malasarte. ― Eu lá tenho dente de ferro pra comer pedra?
E tratou de se mandar o mais depressa que pôde. Foi correndo pra venda, cobrar o dinheiro da
aposta.
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