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P
p
 <* SUMÁRIO

Língua Portuguesa

^ Compreensão e Interpretação de Textos de Gêneros Variados 8

Reconhecimento de Tipos e Gêneros Textuais 13

W^lí^—Domínio da Ortografia Oficial 25

r^ Emprego das Letras 25

) í£mU* Emprego daAcentuação Gráfica 27

0^ Domínio dos Mecanismos de Coesão Textual 9

P1 Emprego de Elementos de Referenciação, Substituição e Repetição, de Conectores e Outros Elementos de
p^ Sequenciação Textual 10
f^ Emprego/Correlação de Tempos e Modos Verbais 31

v Domínio da Estrutura Morfossintática do Período 40

Relaçõesde Coordenação entre Orações e entre Termos da Oração 45

^s Relações deSubordinação entre Orações e entre Termos da Oração 45

r* Emprego dos Sinais de Pontuação 51

Concordância Verbal e Nominal 57

ms Emprego do Sinal Indicativo de Crase 65

P* Colocação dos Pronomes Átonos 69

Reescritura de Frases e Parágrafos do Texto 11

^ Substituição de Palavras ou de Trechos de Texto 12

^ Retextualização de Diferentes Gêneros e Níveis de Formalidade 14

* Redaçãode CorrespondênciaOficial (Conforme Manual de Redaçãoda Presidência da República) 72

_ Adequação da Linguagem ao Tipo de Documento 75

^PN Adequação do Formato doTexto aoGênero 75

0S\
0$s
língua portuguesa
Emani Pimentel / Ronaldo Silva / José Almir Fontella Domelles / Everardo Leitão
Emani Pimentel
TEORIA DA COMUNICAÇÃO
Texto
Textum, em latim, particípio do verbo tecer, significa
tecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em
português, "texto". Portanto, está-se falando de "tecido" de
frases, orações, períodos, parágrafos... Uma "tessitura" de
idéias, de argumentos, de fatos, de relatos...
0$S
Intelecção (ou Compreensão)
Ms
Intelecção significa entendimento, compreensão. Os
testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito
voltada para o que realmente está escrito.
Comandos para Questão de Compreensão
O narrador do texto diz que...
O texto informa que...
Segundo o texto, é correto ou errado dizer que...
Questão
1. Assinale a opção correta em relação ao texto.
O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur
sos Hídricos - PROÁGUA Nacional é um programa do
Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O
Programa originou-se da exitosa experiência do PRO-
5 ÁGUA / Semiáridoe mantém sua missão estruturante,
com ênfase no fortalecimento institucional de todos os
atores envolvidos com a gestão dos recursos hídricos
0Ê\ no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas
viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico,
10 ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional
ÉÊS dos recursos hídricos.
(http://proagua.ana.gov.br/proagua)
a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de
rivados do PROÁGUA/Nacional.
b) Aexpressão "sua missão estruturante" (6.5) refere-
-se a "Banco Mundial" (6.3).
c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os
atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos
é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido.
0S d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/
Nacional promovem o uso racional dos recursos
hídricos.
e) Aimplantação de infraestruturas hídricas viáveis do
ponto de vista técnico, financeiro, econômico, am
biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional.
Gabarito: d
Interpretação
Interpretação significa dedução, inferência, conclusão,
ilação. As questões de interpretação não querem saber o
que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou
deduzir do que está escrito.
Comandos para Questão de Interpretação
Da leitura do texto, infere-se que...
O texto permite deduzir que...
Da fala do articulista pode-se concluir que...
Depreende-se do texto que...
Qual a intenção do narrador quando afirma que...
Subentende-se das idéias e informações do texto que...
Questão
1. Observe a tirinha a seguir, da cartunista Rose Araújo:
KftoutfL m fttit»8 Gusa crtnaaa
aotscnnur
TATTOOKOWO,,^
tHKFOfKÇAr
AMTUT
EUtESSMMK? /"" ""N
*z± iST
(www.fotolog.com/rosearaujocartum)
Infere-se que o humor da tirinha se constrói:
a) pois a imagem resgata o valor original do radical que
compõe a gíria bombar.
b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente
no sentido de "bombear".
c) pois reflete o problema da educação no país, em
que os alunos só se comunicam por gírias, como é
o caso de fessor.
d) porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na
norma culta o regionalismo fessô.
e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado.
Gabarito: a
Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar.
Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode
"deduzir" ou "inferir", que ele está de cabeça baixa, porque
isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con
cluir que, por exemplo, ele esteja preocupado, ou tímido, em
função de estar de cabeça baixa.
Comandos para Medir Conhecimentos Gerais
Tendo o texto como referência inicial...
Considerando a amplitude do tema abordado no texto...
Enfocando o assunto abordado no texto...
Nesses casos, o examinador não se apega ao ponto de
vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o
conhecimento do candidato a respeito daquela matéria. ^_J
 Ronaldo Silva
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
O Que é Texto?
Consideramos que a noção de texto na acepção da pro
fessora Dr. Elisa Guimarães no livro A articulação do texto,
da série princípios, é o mais claro e preciso:
Em sentido amplo, a palavra texto designa um
enunciado qualquer, oral ou escrito, longo ou breve,
antigo ou moderno. Concretiza-se, pois, numa cadeia
sintagmática de extensão muito variável, podendo
circunscrever-se tanto a um enunciado único ou a
uma lexia quanto a um segmento de grandes pro
porções.
Não nos podemos esquecer, porém, de que existem
textos verbais e não verbais. Aqueles são os textos orais ou
escritos, estes são os textos visuais, os ícones e símbolos;
podendo, obviamente, serem misturados. Em prova é co
mum ocorrerem textos com imagens e mensagens escritas.
O Que é Interpretar?
Éconseguir abstrair tanto as idéias explícita quanto as
idéias implícitas do texto. Alguns defendem que a compre
ensão é o entendimento das idéias superficiais enquanto a
interpretação é a apreensão de todas as idéias.
Aqui vamos tratar de interpretação em sentido amplo,
englobando a compreensão, já que as provas não estão preo
cupadas com os conceitos de interpretação e compreensão,
mas procuram extrair conhecimentos do candidato sobre o
entendimento do texto.
Éimportantenãoapenasentender as idéias explícitas do
texto, mas também as idéias implícitas. Dentro dos implícitos,
alguns autores separam dois conceitos:
a) Pressupostos: idéias implícitas, mas existe um termo
para indicar o significado oculto, por exemplo: não
sou mais servidor público.
A utilização da palavra "mais" indica claramente que
já se foi servidor público.
b) Subentendidos: idéias implícitas e só o contexto pode
indicar o significado oculto, por exemplo: que calor!
Essa mensagem só pode ser traduzida pelo contexto,
nem se pode dizer se a exclamação é boa ou ruim,
já que depende do contexto, em casa ou na rua não
deve ser uma exclamação agradável, mas na praia
até pode ser.
Mas como conseguir esse feito, já que as provas estão a
cada dia mais complexas na interpretação?
Defendemos uma linha de interpretação vinculada a
Analise do Discurso, pois temos percebido que as bancas
têm a cada dia mais vinculado essa ciência à interpretação
de provas de concursos.
Segundo a Análise do Discurso - O professor Dr. Sírio
Possenti é um dos maiores ícones sobre o assunto Sujeito -,
não existe sujeito fora do Arquivo, isso significa dizer que
não existe texto desprovido de ideologia, não existe texto
desprovido de contexto e de várias implicações - socio
lógicas, antropológicas, políticas, acadêmicas, filosóficas,
psicológicas, entre outras.
Defendemos- E consideramos que essa é uma das pre
missas para se interpretar bem um texto de concursos - Que
o candidato tem de levar em consideração as atualidades,
8
pois todos os textos de provas de concursos são de algum
modo vinculados às atualidades, não se pode mais imagi
nar que interpretação de texto para concursos deve tomar
como base somente o texto. Temos afirmado em sala de
aula que o texto é o ponto de partida, mas deve-se avaliar
o contexto e as atualidades.
Vamos exemplificar por meio de uma questão de prova.
AFC/2005
Em novembro do ano passado, a Revolta da Vacina fez
cem anos. A obrigatoriedade da vacinação obrigatória anti-
variólica foi estabelecida por lei em 31 de outubro de 1904,
e cercava o cidadão por todos os lados. Exigia atestado de
vacinação para matrícula em escola, emprego, hospedagem,
viagem, casamento, e previa multas para os recalcitrantes.
A reação começara desde a aprovação do projeto. Oradores
operários argumentavam que era grave ofensa à honra do
chefe de família ter seu lar,em sua ausência, invadido por mé
dicos, perante os quais sua mulher e filhas seriam obrigadas
a se desvendarem para receberem a vacina no braço. Finda
a resistência, a polícia varreu a área conflagrada, prendendo
os suspeitos de sempre. O saldo final de vítimas foi de 30
mortos, 110 feridos e 945 presos.
Analisando essa revolta popular, José Murilo de Carvalho
afirma que ela "é emblemática da dificuldade de relaciona
mento entre governo e povo no Brasil. Seu aspecto mais
interessante é que não teve um lado errado e um lado certo,
bons e maus."
Assinale a opção que analisa a revolta da vacina com
a mesma interpretação que lhe dá José Murilo de
Carvalho.
a) Quando o drástico, posto que necessário, projeto de
regulamentação da lei de obrigatoriedade da vacina
contra a varíola vazou para a imprensa, os políticos
da oposição cerraram fileira contra a vacina, na ânsia
de enfraquecer o presidente Rodrigues Alves.
b) Arevolta foi um trágico desencontro entre a política
bem intencionada e esclarecida de Oswaldo Cruz,
Diretor Geral da Saúde Pública, e valores populares
que tinham a ver com a dignidade pessoal e a invio
labilidade do lar.
c) A assim chamada "Revolta da Vacina" colocou em
confronto, cada qual em sua trincheira, militares
e políticos da oposição que queriam derrubar o
governo, de um lado; de outro, jornais governistas
e autoridades que apoiavam Rodrigues Alves.
d) Os positivistas tratavam a obrigatoriedade da vaci
na como despotismo sanitário e estigmatizavam a
vacina como sendo o túmulo da liberdade.
e) A revolta foi conseqüência do obscurantismo po
pular, da ação ensandecida de uma "turba-multa
irresponsávelde analfabetos",segundo palavras de
Olavo Bilac.
Já descobriu qual é a resposta correta?
Sem dúvida é a letra b. Tenho certeza de que a maioria
de nossos alunos - mesmo sem saber nada sobre Oswaldo
Cruz ou sobre História do Brasil de 1900 para cá - conse
guiram acertar essa questão, pois se chega à resposta por
eliminação.
Porém, com a mesma certeza, afirmo que a dificuldade
se impõe quando não se sabe absolutamente nada de Atua
lidades -tratamos atualidades aqui como sendo de 1900 aos
dias atuais e, até, como tendência para o futuro, pós 2008.
/P\
Asprovas de interpretação estão a cada dia mais cobran
do Atualidades e até História.
Dizerque interpretação de texto está baseada apenas
no próprio texto é, de acordo com a Análise do Discurso,
uma análise bem equivocada - considero, pelo menos,
inocência dos candidatos, talvez por má orientação.
Obterá sucesso na prova de interpretação de textos,
admitindo que o texto está inserto em um contexto, uma
época, uma economia, um país, uma história, entre outros.
Então, quais as ferramentas para se ter uma boa inter
pretação?
a) tenha uma boa noção de História dos principaisfatos
ocorridos no mundo nos últimos anos;
b) tenha uma boa noção de Atualidades - leia livros de
Atualidadese procure alguma mídia para se atualizar (alguns
sítios de notícias na internet são melhores que a mídia im
pressa ou televisiva);
0&S
c) tenha concentração na leitura do texto;
d) tenha o texto como a fonte mais importante, se o texto
contrariar as atualidades, siga o texto - nunca se esqueça de
que estamos ressaltando as noções de Atualidades e História
porque alguns deixam-nas de lado, mas o texto é a fonte
primária e principal;
e) tenha em mente que todo entendimento de texto é de
alguma forma limitado-do mesmo modo como eu entende
ria e iria mais a fundo no entendimento do texto se o assunto
fosse Semiótica, um professor de Direito Constitucional com
/Pt. certeza entenderia mais sobre o assunto se o texto tratasse
de Direito Simbólico (apesar de nós dois entendermos o
texto da área do outro, mas é um entendimento de alguma
forma limitado).
Para fechar o conceito de interpretação
Temos plena convicção de que interpretação depende
de muitos pré-requisitos, entre eles bom conhecimento de
Atualidades e de História. Imagine-se desprovido de qualquer
entendimento sobre Renascimento para entender o que diz
o texto cobrado em um concurso público da FCC:
"Os mitólogos costumam chamar de imagens de
mundo certas estruturas simbólicas pelas quais, em
todas as épocas, as diferentes sociedades humanas
fundamentaram, tanto coletiva quanto individual
mente, a experiência do existir. Ao longo da história,
essas constelações de idéias foram geradas quer
pelas tradições étnicas, locais, de cada povo, quer
pelos grandes sistemas religiosos. No Ocidente,
contudo, desde os últimos três séculos outra prática
de pensamento veio se acrescentar a estes modos
/Pn tradicionais na função de elaborar as bases de nossas
experiências concretas devida: a ciência. Com efeito,
a partir da revolução científica do Renascimento as
ciências naturais passaram a contribuir de modo cada
vez mais decisivo para a formulação das categorias
que a cultura ocidental empregará para compreender
a realidade e agir sobre ela.
Mas os saberes científicos têm uma característica
inescapável: os enunciados que produzem são ne
cessariamente provisórios, estão sempre sujeitos
à superação e à renovação. Outros exercícios do
espírito humano, como a cogitação filosófica, a ins
piração poética ou a exaltação mística poderão talvez
aspirar a pronunciar verdades últimas; as ciências só
podem pretender formular verdades transitórias,
sempre inacabadas. Ernesto Sábato assinala com
precisão que todas as vezes que se pretendeu ele
jpPN
var um enunciado científico à condição de dogma,
de verdade final e cabal, um pouco mais à frente a
própria continuidade da aplicação do método cientí
ficoinvariavelmente acabou por demonstrar que tal
dogma não passava senão... de um equívoco. Não
há exemplo melhor deste tipo de superstição que o
estatuto da noção de raça no nazismo."
(OLIVEIRA, Luiz Alberto. "Valores deslizantes: esboçode um
ensaio sobre técnica e poder".In:O avesso da liberdade.
Adauto Novaes (Org).São Paulo: Companhia das Letras,
2002. p. 191) Grifo nosso.
O que é Coesão
Éa ligação entreas partesmínimas dotexto, está dentro
da microestrutura do texto, vem do francês cohésion,o qual
significa conexão.
Para a análise de provas, é a ligação entre as partes do
texto, sem nos esquecermos de que um bom texto dever
prezar pela coesão entre orações períodos e, principalmente,
parágrafos. Esta quase ninguém faz.
Um texto nota dez na coesão deve observar:
a) não cometer nenhum erro de coesão no que se refere
a elementos de conexão - preposições, conjunções,
pronomes, certos advérbios, certas locuções;
b) usar a coesão por sequenciação e (re)ativação - sem
se esquecer na reativação de usar tanto a anáfora
quanto a dêixis;
c) usar os quatro tipos de coesão que serão apresentados
a seguir; e
d) fazer a coesão entre orações, períodos e parágrafos.
Tarefa não tão fácil, por essa razão é que um texto com
essas características garante cerca de 30% da nota de con
teúdo (NC) de uma redação. Sabendo-se que geralmente as
bancas exigem um mínimo de 50% da nota máxima, com isso
o candidato já galgou 60% do que precisa para ser aprovado
no concurso.
Sequenciação
É o correto uso dos elementos de conexão, como con
junções, preposições, pronomes e certos advérbios e locu
ções. Esse nome - sequenciação - se deve porque cria uma
expectativa no leitor, a qual deve ser confirmada para que o
leitor não se frustre com o dito no texto - Lembre-se de que
o seu leitor é muito exigente, é um examinador muito bem
formado, geralmente um mestre ou doutor em lingüística.
Por exemplo, quando alguém começa uma oração com
"embora", cria uma expectativa no leitor de que virá uma
idéia de concessão - admissão de uma situação oposta -
em relação ao que foi dito em uma oração posterior ou em
relação ao que se verá na oração posterior-caso de período
invertido, oração adverbial antes da oração principal. Se essa
expectativa se frustra seja por as idéias não serem de certo
modo opostas seja por não vir oração alguma antes nem
depois - caso de falta de atenção do redator na feitura da
redação e na revisão do texto -, o leitor- examinador-dará
uma nota baixa a esse texto e não pode esquecer ainda que
o texto contenha erro tanto de coesão quanto de coerência.
Certa vez, corrigi a redação de um candidato que escre
veu: Se o Brasil diminuir suas taxas de juros e estimular as
exportações, (ponto final). Até agora estamos esperando o
que vai acontecer. Perceba que o candidato que me escreve
isso não possui problemas de raciocínio lógico como muitos
poderiam pensar, ele simplesmente se esqueceu, dever ter
voltado à leitura do texto, sei lá. Isso pode acontecer com
qualquer um, mas será fator de reprovação, sem dúvida.
VVestcon/
(Re)Ativação
Assim como na fala, na escrita, as mensagens distantes
se perdem. Quando alguém escreve um termo no início do
texto e se esquece de ativar (ou reativar) essa informação,
o texto perde em coesão, não se sabendo mais sobre qual
termo se está a falar, vejamos um exemplo:
A responsabilidade dos sócios e administradores da
sociedade limitada resultante da cessão de quotas não será
distinta de outras sociedades limitadas.
Percebamos que o termo "responsabilidade" aparece no
início do texto e, se não for ativado (a primeira vez em que se
repete um termo) e, posteriormente, reativado (demais vezes
em que o termo é repetido), ficará perdido. O texto ficou
ambíguo porque não se sabe a respeito de que a respon
sabilidade dos sócios não será distinta. Por essa razão, uma
opção para correção do texto, que é um item de uma prova da
Esaf (AFC/STN 2005), seria repetir o termo responsabilidade
por meio de um pronome demonstrativo, aí a frase ficaria
assim: a responsabilidade dos sócios e administradores da
sociedade limitada resultante da cessão de quotas não será
distinta da de outras sociedades limitadas.
Os termos lingüísticos ficam perdidos se não nos forem
lembrados, por essa razão, deve-se ativá-los. Essa ativação
se dá de diferentes formas, explicadas a partir de agora
minuciosamente.
Anáfora
Muitas divergências existem sobre o que seria realmente
a anáfora e, principalmente, quais fenômenos engloba
ria - veja-se a respeito disso em O texto e a construção dos
sentidos de uma de nossas mentoras no decorrer dessa cami
nhada como profissional de língua portuguesa, a professora
e lingüista Ingedore Villaça Koch.
Após bastantes leituras sobre o assunto e, principal
mente, muitas análises de provas que cobraram o assunto,
chegamos a um conceito que busca a precisão.
Anáfora inicialmente será tratada como expressão ge
nérica para dois termos específicos - anáfora e catáfora,
aqui tratadas a partir de agora apenas como anafóricos e
catafóricos justamente para fazer essa distinção.
Anáfora nesse sentido lato é, então, sempre termo endo-
fórico- remete a algo que esteja dentro dos limites do texto,
não se considerando texto qualquer entendimento vago fora
doslimites dotextonemo rodapédeste. É, pois, a lembrança
de enunciados já ditos ou a serem ditos e, buscando essa
precisão na definição, anáfora é a construção coesiva em
que um termo sem significado retoma outro termo com
ou sem significado.
Alguns termos têm significado claro, mesmo podendo
diferenciar-se na contextualização, como ano, faz; outros
existem sem significado - são aqueles que, em uma análise
que remonta a Saussure, não completam o signo lingüístico,
uniãode significadoe significante;possuindoapenas o primei
ro se avaliados isoladamente -, como isto, esse, aqui, ali, lá.
Partindo dessa separação mais didática para prova do
que com o objetivo de esgotar o conteúdo, em frases como
Digo-te isto: estuda, o termo negritado materializa a ANÁ
FORA, pois é um termo sem significado - isto - e retoma
3
outro com significado - estuda. Ou A arrogância (Hibris) era
o maiorde todos os pecados, aquele que não tinharemissão,
t-
tc
os deuses não o perdoavam, porque, para eles, escondia o
O
o. mais nefasto dos desejos, o termo negritado - a despeito
<
de outros que poderiam ser analisados da mesma forma -
não possui significado sozinho, desprovido de contexto e
z
retoma outro também sem significado-aquele. Nesses dois
simples exemplos alcançamos o pretendido: exemplificar a
10
ANÁFORA tanto por meio de exemplo que lembre termos
ditos anteriormente, como exemplo que lembre termos
que ainda serão ditos. Isso pela lembrança de termos com
significado e outro sem significado para que a exemplificação
da ANÁFORA seja completa.
Anafóricos
Aseparação anterior entre ANÁFORA e ANAFÓRICO -
puramente didática, sempre pensando em uma facilidade
para que resolva provas de concursos e vestibulares - servirá
para a determinação clara do que sejam esses anafóricos.
São termos sem significado que retomam outros termos
com ou sem significado ditos anteriormente.
Dentrodo genéricoANÁFORA, os termos anafóricossão
bem mais comuns nos textos do que os termos catafóricos.
Essa é, inclusive, a regra para a produção dos textos. Dê
preferência ao uso dos termos anafóricos por indicarem
maisclarezaaos textos. Émelhor dizer e depois retomar do
que o fazer uma referência genérica e, só depois, expor o
termo com significado. Não estamos aqui defendendo que o
seu texto não poderá conter termo catafórico, estamos que
rendo dar maior relevo, prioridade aos termos anafóricos,
indicamos que use sim algumas vezes os termos catafóricos
para enriquecer seu texto pelo domínio completo da Coesão.
Catafóricos
São termos sem significado que se referem a outros com
ou sem significados enunciados em seguida, referem-se a
termos que ainda não foram ditos.
São termos que antecipam a mensagem, seguram a
informação para, só depois, clarear o que foi dito.
Malgrado o que dissemos anteriormente a respeito de
os anafóricos serem preferencialmente usados nas redações
de concursos públicos, não queremos cercear o uso dos
catafóricos, têm sim um função estilística fenomenal para
a produção de um bom texto. Prendem a atenção do leitor,
este quererá descobrir qual é a informação a respeito desse
termo, até aquele ponto, desconhecido.
Nossa indicação,em redações, é pelo uso dos catafóricos
em especial do meio para o final do texto justamente porque
vários elementos que indicaram clareza imediata - anafóri
cos-já foram utilizados. Estes garantem a clareza imediata
enquanto aqueles prendem a atenção do leitor.
Isso, sim, garante uma produção textual mais rica, e não
o uso de palavras de uso incomum como temos defendido
essa não utilização em todos os cursos de redação. Evite o
uso de palavras rebuscadas, só podem piorar o seu texto. rffàk
Os examinadores não estão preocupados com palavras de
uso incomum, mas com coerência, coesão, profundidade
argumentativa, clareza, concisão, entre outros.
Dêixis
É um dos conceitos mais controversos em lingüística
textual. Quando é objeto de prova de concursos do tema
interpretação de textos, geralmente muitos recursos são
impetrados contra a banca examinadora.
Aquioptamos por uma separação didática, admitindo de
antemão que muitas divergências sobre o assunto existem.
Optamos por uma conceituação que é quase a da professora
Ingedore VillaçaKoche de Ehlich,que a professora cita várias
vezes em seu livro O texto e a construção dos sentidos.
Dêixisé, então, a coesão em que um termo com signifi
cado se refere a outro também com significado.
0SS
Além da distinção entre Dêixis e Anáfora se dar por in
termédio de que na Anáfora o termo que se refere a outros
não tem significado; na Dêixis, a referência pode ser endo-
fórica - dentro do texto - ou exofórica - fora do texto. Esta
é considerada por muitos a única forma de Dêixis existente.
Entretanto, a bancado NCE/UFRJ aceitaapenas a DÊIXIS
exofórica, cobrou isso na questão 20 da prova de nível supe
rior da ANAC, muitos recursos surgiram, mas não aceitou.
^s A questão, especificamente, perguntava qual alternativa ex
punha um dêitico, duas questões foram controversas - o ano
passado e o problema - este se referia a algo dentro do texto
e aquele se referia ao rodapé do texto - como apresentei
anteriormente, rodapé do texto não é texto. Já que a banca
0fS considera que só existe Dêixis se for termo exofórico, consi
derou que a resposta correta era o ano passado já que era o
termo com significado que retomava outro com significado,
mas para fora do texto. Divergências à parte e apesar de a
banca utilizar uma conceituação diferente da adotada neste
livroa respeito de Dêixis e Anáfora, a questão foi bem feita e
coerente, cobrou uma visão possível para o assunto, mesmo
que estejamos tentando aqui dar um conceito diferente.
Resumindo, então, para questão de prova, tanto de
redação quanto de interpretação de textos, excetuando-se
o NCE, Dêixis é termo com significado que se refere a outro
também com significado, seja dentro do texto ou fora dele.
Não podemos admitir para prova, apesar de alguns
teóricos dizerem o contrário, que não exista dêitico que
se refira a termo dentro do texto, pois um dos principais
exemplos encontrados em diversos livros é o que admite
o verbo fazer como verbo vicário - dêitico nesta acepção -
éÊ\
como no exemplo
Se você estuda seis horas por dia, você o faz porque quer
ser aprovado
0Ê\
Percebemos nesse exemplo que faz é termo com signifi
cado, mas retoma outro termo com significado, significando,
então, estuda; obviamente para não repetir estuda, aí sim
seu texto ficaria horroroso - Se você estuda seis horas por
dia, você estuda porque quer ser aprovado.
Não nos podemos esquecer de que o exemplo traz um
termo anafóricoo, que se refere a seis horas por dia. Étermo
anafórico, dentro do que conceituamos aqui anáfora.
Por fim, ressaltamos dois aspectos: o primeiro é que a
Dêixis Textual é aquela em que um termo com significado
ípN
retoma outro também com significado dentro do texto, en
quanto a Dêixis Tradicional - também chamada apenas de
Dêixis- é aquela em que um termo com significado retoma
outro também com significado fora do texto; o segundo é
que, em concursos, dêitico e díctico são a mesma coisa, esta
palavra raramente cai em prova, mas era uma das opções de
uma questão da FGV, prova da FNDE.
Formas comuns de coesão como ensina Garcez (2004,
pp. 113 e 114):
a) Por referência: uma palavra retoma outra dentro do
texto, por exemplo: Temos de nos preocupar com
isto: Democracia - perceba que a palavra isto retoma
a palavra Democracia;
b) Por léxico: ocorre coesão por meio de sinônimos -
mesmo sentido -, hipônimos - termos específicos - e
hiperônimos - termos genéricos, por exemplo: "A
Revolução Industrial provocou a dissociação entre
dois pensamentos: o científico e o tecnológico e o
humanista... Essa ruptura..." - perceba que o termo
áP\
"ruptura" é sinônimo de "dissociação";
c) Por elipse: deixar um elemento oculto dentro do tex
to, por exemplo: Os turistas vêm ao Brasile buscam,
/ps
infelizmente, o turismo sexual (perceba que o sujeito
de "buscam" está elíptico eles, mas pode ser retomado
e se refere ao sujeito semântico "Os turistas");
d) Por substituição: um termo ou palavra retomam um
trecho do texto, por exemplo: Diante do que foi ex
posto... (muito comum nas conclusões para retomar
as idéias de todos os parágrafos anteriores, apesar de
nós não indicarmos isso no parágrafo de conclusão
especificamente, pois consideramos que deixa o texto
um pouco infantil, como se dissesse ao examinador
aqui está a minha conclusão).
Exemplo de um bom texto em coesão por utilizar os
vários tipos:
Não se pode negar que o advento dos regimes liberais
em 1989-1990, em todos os grandes Estados da América do
Sul, criou uma ilusão de modernidade.
Por que ilusão de modernidade? Porque o Brasil e seus
vizinhos provocaram, com as novas orientações da condução
política, dois efeitos perversos.
Primeiro, a modernidade não agregou ao mundo do
bem-estar a população pobre; ao contrário, em países que
não conheciam graves desigualdades, como a Argentina e
o Uruguai, a desigualdade floresceu, aproximando-os de
Brasil e Venezuela.
Segundo, porque a modernidade, ao invés de aumentar
a riqueza bruta dessas nações, induziu enormes transferên
cias para fora com o movimento de capitais externos que
sugavam a renda regional.
A partir de 1995, a ilusão começou a desfazer-se e a dura
vida real transformou sonhos em pesadelos.
Amado L.Cervo. Sob o domínio do pensamento
único. In:UnB Revista, ano III, n9 7 (com adaptações).
Comentários do texto: percebemos que o texto utiliza a
coesão por substituição "vizinhos", linha 5, retoma "grandes
estados da Américado Sul",linha 2 e 3; coesão por referência
"os", linha 10, retoma "países", linha 6; coesão por léxico:
"nações", linha 13 no contexto é sinônimo de "países", linha
8; e coesão por elipse nas palavras "Primeiro" e "Segundo",
início do terceiro e quarto parágrafos respectivamente re
tomam Primeiro efeito perverso e Segundo efeito perverso.
Alguns textos para serem analisados a respeito de
coesão:
1) FRANGO COM AZEITONAS PRETAS
1 kg de sobras de frango assado;
100 g de azeitonas pretas;
4 filés de anchova;
3 dentes de alho;
34 copo de sobra de vinho branco seco;
3 colheres (sopa) de azeite;
2 colheres (sopa) de vinagre;
sal e pimenta.
Coloque numa frigideira o azeite e os dentes de alho
espremidos e leve ao fogo. Quando começar a dourar,
junte o frango em pedaços. Deixe fritar até conseguir um
dourado escuro. Molhe com o vinho e o vinagre e acres
cente as anchovas picadas, metade das azeitonas picadas e
as restantes inteiras, sem caroços. Espere até que o vinho
evapore totalmente e junte um copo e meio de água. Deixe
ferver novamente até a água evaporar e engrossar o molho
e sirva em seguida.
PICCHETO, Mariella e CATTANI, Roberto.
Reciclar é gostoso. São Paulo,Átfca, 1994, p.98
11
VVestcon/
Um aspecto importante sobre coesão nesse texto é que,
na primeira vez em que foi enunciado, o termo azeite foi
posto sem artigo, ainda na parte dos ingredientes, já no modo
de preparo, na primeira linha, os autores expõem Coloque
numafrigídeira o azeite - com artigo para mostrar por meio
de coesão que o termo já foi dito.
2) Uma noite destas, (...) encontrei no trem da Central um
rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu.
Assis, Machado de. Dom Casmurro.
Não nos podemos esquecer de que a COESÃO se rela
ciona com a COERÊNCIA, não sendo a mesma coisa. Mas,
às vezes, uma determina a outra ou garante a outra. No
exemplo do livro mais conhecido do Bruxodo Cosme Velho,
percebemos que a palavra que em uma análise superficial
poderia retomar tanto bairro quanto rapaz. Sabiamente,
Machado de Assis determina posteriormente que o prono
me relativo em comento só pode retomar rapaz, já que não
posso conhecer o bairro de chapéu. Mais uma vez aparece a
ironia de Machado, característica do gênio, para significar que
o conhecia apenas de cumprimentá-lo retirando o chapéu
como era comum à época.
3) Pedro censurou o colega de seu primo, que freqüenta
a mesma faculdade que ele.
Agora sim existe uma ambigüidade desastrosa em seu
texto e o prejudicará infinitamente. Não se sabe se quem
freqüenta a mesma faculdade é o primo ou o colega; ocasio
nando outra ambigüidade, não se sabe quem é ele.
Tenha concentração e faça uma revisão cuidadosa de seu
texto, nessa caminhada de cerca de dez anos trabalhando
com concursos públicos, já vi muitas redações serem repro
vadas porque o candidato cometeu um deslize como esse.
Coerência
Éa lógica argumentativa.
É a relação entre as partes do texto em uma análise
vinculada ao mundo, ou seja, só existe coerência, pensando
linguisticamente, quando a analisamos vinculada aos acon
tecimentos do mundo que nos rodeia.
Segundo a professora Ingedore Villaça Koch, a qual temos
reiteradamente citado neste livro, "a coerência está direta
mente ligada à possibilidade de estabelecer um sentido para
o texto, ou seja, ela é o que faz com que o texto faça sentido
para os usuários, devendo, portanto, ser entendida como um
princípio de interpretatividade, ligada à inteligibilidade do
texto numa situação de comunicação e à capacidade que o
receptor tem para calcular o sentido deste texto."
Em uma busca incessante pela conceituação precisa -
apesar de ser por vezes uma busca utópica -, vinculada à
prática de provas, é a lógica argumentativa, o uso correto do
interlocutor, do contexto, das atualidades, dos silogismos-
argumentação lógica baseada em uma estrutura lingüística
formada por premissa maior, premissa menor e conclusão-,
dos pressupostos e subentendidos, da intertextualidade -
intertexto, intratexto e interdiscursividade.
Perceba que, enquanto a coesão se refere aos aspectos
microestruturais, a coerência está nos aspectos macroes-
truturais.
Erro de coerência como bem ilustram Savioli e Fiorin
(1995, p. 157):
A todo ser humano foi dado o direito de opção entre
a mediocridade de uma vida que se acomoda e a
12
grandeza de uma vida voltada para o aprimoramento
intelectual.
A adolescência é uma fase tão difícil que todos
enfrentam. De repente vejo que não sou mais uma
"criancinha" dependente do "papai". Chegou a hora
de me decidir! Tenho que escolher uma profissão
para me realizar e ser independente financeiramente.
No país em que vivemos, que predomina o capitalis
mo, o mais rico sempre é quem vence!
Redação apresentada no vestibular da Unicamp
Comentários sobre o texto: perceba no texto acima
que a relação lógica entre os parágrafos é nada ou muito
tênue, pois o primeiro parágrafo se refere a "direito de op
ção", o segundo se refere a "adolescência ...escolher uma
profissão" - relação lógica muito tênue se considerarmos
o primeiro parágrafo - já o terceiro parágrafo se refere a
"capitalismo" - relação lógica inexistente em relação aos
parágrafos anteriores. O texto em questão é uma verdadeira
"pérola".
Alguns Elementos Vinculados à Coerência com
seus Conceitos
Lógica Argumentativa
Diferentemente da lógica matemática, a lógica argumen
tativa é o entendimento do texto vinculado ao mundo, dentro
dessa relação, muito cuidado com as mensagens presentes
nos textos, perceba:
CHEGARAM MINHAS TIAS QUE MORAM EM RECIFE.
Pergunta-se sempre em provas: quantas tias possuo no
mínimo?
Aresposta correta é TRÊS.
Perceba que o termo em destaque na frase - que - reto
ma "MINHAS TIAS", sendo a oração que possui esse termo
uma oração adjetiva restritiva, deve-se entender que existem
algumas tias minhas que não moram em Recife. O texto
indicaque pelo menos uma tia não mora em Recife, essa é
a interpretação correta de uma oração adjetiva restritiva.
Se puséssemos uma vírgula antes da palavra "QUE",
a oração se tornaria adjetiva explicativa, aí sim passaria a
informar que todas as tias que eu tenho moram em Recife e,
consequentemente, possuiria no mínimo duas tias, não três.
Intertextualidade
Uma análise superficial e direta afirma que é a relação
ideológica entre textos. Queremos aqui aprofundar esse
conceito pela separação em três termos inter-relacionados-
intertexto, intratexto e interdiscursividade.
Intertexto
Éa citaçãode texto de autor diverso.Citação ipsis litteris
de algum texto, seja jornalístico, técnico, de lei etc. Desde
que seja um texto publicado em alguma fonte de grande
repercussão - livros técnicos, jornais, revistas, imprensa
oficial -, pode ser citado em seu texto.
Além disso, é importante frisar que a citação deve ser
acompanhada da fonte, de onde saiu o texto para que a men
sagem realmente ganhe sustentação e possa ser consultada
pelo examinador se assim desejar.
/Pn
Seu texto ficará mais consistente e aprofundará a argu-
$$s
v mentatividade se possuir uma citação, é o que chamamos
de argumento de autoridade ou testemunho autorizado.
Intratexto
Éa citação de texto de mesmo autor. Éo que acontece
por vezes em livros técnicos ou não, um livro faz referência
a outro. Esse tipo de citação, nos textos em geral, serve para
/WS que o autor de um livro possa demonstrar que continua com
as mesmas idéias expostas no livro anterior também de sua
autoria. Mas seria inocência nossa não perceber que a es
tratégia de marketing é o motivo mais evidente para se citar
trechos de um texto anterior de autoria do mesmo autor,
isso para vender o outro livro.
Essaestratégia não deve ser utilizada em sua redação
paraconcursos, mesmo que você tenha feito um livro, publi
cado um texto em uma revista científica e bem conceituada,
não deve citar texto seu, cite de uma coleta, seu nunca.
/0&\
Interdiscursividade
Referênciaa idéias de outras pessoas é o que o jornalismo
chama de citação indireta.
Por exemplo, em um texto que caiu na prova de Papilos-
copista Policial Federal, certo trecho dizia assim:
...Josué, sem ninguém a recorrer na megalópole sem
{fpV rosto, sob o jugo do Estado Mínimo, vê em Dora a única
pessoa que poderá levá-lo até seu pai no interior do sertão
nordestino...
Percebemos na leitura desse texto que o autor fez uma
crítica ao Neoliberalismo, mas sem citá-lo. O texto fica mais
rico por não expor que o estado mínimo é uma característica
do Neoliberalismo, é uma crítica velada.
Seu texto ficará muito bom com interdiscursividade, mas
não deve ficar preocupado com isso, pois a interdiscursivi
dade será usada naturalmente em seu texto, pois temos em
nossas mentes muitas idéias vinculadas a outras pessoas.
<fPv
Por exemplo, um dia desses, eu estava conversando com
um candidato que me disse que considerava ideologia como
a teoria da classe dominante, eu disse para ele que, sem
saber direito, estava utilizando um conceito de ideologia na
acepção ainda de KarlMax, foi, inclusive, à época uma revo
lução na conceituaçlo de ideologia.
Resumindo os três conceitos relativos ao que chamamos
de intertextualidade:
Não deve utilizar de forma alguma o intratexto; deve-se
preocupar excessivamente com o intertexto, deve utilizar
sim; e deve utilizar a interdiscursividade, mas esta será
<
utilizada automaticamente, não precisa ficar preocupado
excessivamente, pois utilizará sem dúvida alguma.
Lembramos que o intratexto deve ser idêntico ao texto
original, sob pena de incorrer em erro, além de citar a fonte
correta. Já pensou escreverem sua redação que Penso, logo
existoé uma frase de Aristóteles, será uma verdadeira pérola.
Contexto
Momento textual e momento social em que se encontra
a mensagem.
O contexto é fundamental para que entenda em pro
fundidade o texto, por essa razão, muito cuidado com ele,
pode estar a seu favor ou contra você. Pode evitar uma am
bigüidade ou incluir uma. Por essa razão, ao revisar o texto,
perceba se realmente está transmitindo a mensagem como
deve e com as idéias que, verdadeiramente, expressam seu
pensamento.
Momento textual é o lugar em que se encontra certa
e a relação dela com o que foi dito e com o que será dito,
ou seja, a mensagem se vincula ao momento dela mesma,
dependendo de qual parte esteja no texto, pode significar
até o contrário. Mensagens descontextualizadas não indicam
verdadeiramente o sentido do texto. Por exemplo, certa vez
uma banca perguntou se a palavra alguma poderia ser troca
da por nenhuma sem que se altere o sentido nem a correção
gramatical, muitos alunos não voltaram ao texto e marcaram
que o item estava errado, porém a mensagem do texto era
Osestados e a União não têm recursos para coisa alguma,
perceba que, nesse contexto, a palavra alguma é sinônima
da palavra nenhuma, podem, assim, ser intercambiadas sem
nenhuma alteração semântica.
Já momento social é a época que o texto foi escrito, em
Teoria Literária, chamamos a isso de Estética da Recepção.
0 que significa uma coisa hoje não mais significará daqui a al
guns anos, a língua evolui, o candidato ao serviço público, na
hora da redação, deve perceber essas alterações e construir
o seu texto vinculado ao momento, ao que está ocorrendo
no Brasil e no Mundo neste exato momento.
Emani Pimentel
TIPOLOGIA TEXTUAL
Narração ou história: texto que conta uma história, cur
tíssima ou longa, tendo personagem, ação, espaço e tempo,
mas o tempo tem de estar em desenvolvimento.
Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim. (As
ações acontecem em seqüência)
Descrição ou retrato:
1. Texto que mostra um ambiente.
O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas
escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados,
os galhos das árvores e o capim absolutamente para
dos.
2. Texto que mostra ações simultâneas.
Enquantoela falava, o cachorro latia, a criança cho
rava, o vizinho aplaudia. (As ações acontecem no
mesmo momento, o tempo está parado)
Dissertação ou idéias: texto construído não para con
tar história ou fazer um retrato, mas para desenvolver um
raciocínio.
Ésábio dizer-se queo limite de umhomem é o limite de
seu próprio medo.
Obs.: Na prática, um texto pode misturar as tipologias,
por isso é comum classificá-lo com base em qual tipologia
predomina, ou seja, para atender a qual tipologia o texto
foi feito.
Gêneros Literários (e Componentes)
Crônica: texto curto dissertativo, comentando fato ou
situação do momento.
Parábola: história, em prosa ou verso, para transmitir
ensinamento. Cristo falava por parábolas, como a do Filho
Pródigo, a do Joio e do Trigo.
Fábula: parábola curta que apresenta animais como per
sonagens. Famosas são as fábulas de Fedro, como A raposa e
as uvas, O lobo e cordeiro...
13

VVestcoci/
Apólogo: narrativa didática, em prosa ou verso, em que
se animam e dialogam seres inanimados. Um bom exemplo
é o texto de Machado de Assis intitulado AAgulha e a Linha.
Lenda: história com base em informações imaginárias.
São lendários o saci-pererê, a boiuna, a mula sem cabeça...
Anedota: história curta engraçada ou picante.
Paródia: reescritura cômica de um texto:
Texto motivador: Jingle bells, jingle bells, jingle ali the
way!
Paródia: Dingo Bel, Dingo Bel, acabou o papel,
Não faz mal, não faz mal, use o jornal...
Paráfrase: texto sinônimo, de sentido semelhante a
outro.
Texto motivador: Teresa, mãe de João, comprou em
Brasília agasalhos para frio.
Paráfrase: A mãe de João ampliou seu guarda-roupa de
inverno na capital do Brasil.
Conto: história curta com poucos personagens em torno
de um núcleo de ação.
Novela: história mais longa que o conto e que também
envolve só um núcleo de ação.
Romance: história longa e complexa em que os persona
gens atuam em torno de vários núcleos de ação. Aschamadas
novelas de televisão literariamente são romances porque
revezam vários núcleos temáticos, revezando também como
protagonistas grupos diferentes de personagens.
Epígrafe: inscrição que antecede um texto (no frontispí-
cio de um livro, no início de um capítulo, de um poema, de
uma crônica...).
Título: EPICÉDIOIII
Epígrafe: Àmorte apressada de um amigo
Texto: Comigo falas; eu te escuto; eu vejo
Quanto apesar de meu letargo, e pejo,
Me intentas persuadir, ó sombra muda,
Que tudo ignora quem te não estuda.
(Cláudio Manuel da Costa)
Níveis de Fala (Tipos de Norma)
Nível formal ou adloquial: as circunstâncias exigem do
emissor postura concentrada e adequada a um grupo sofis
ticado de falantes. Tende ao uso da norma culta (também
chamada de padrão, ou erudita), que se estuda nas gramá
ticas normativas.
Porfavor, entenda que seria importante para nós sua
presença.
Nível informal ou coloquial: o ambiente permite ao
emissor uma postura mais à vontade, sem preocupações
gramaticais.
14
í^rpy
Vem, que sua presença é importante. (Agramática orien
ta: Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...)
Na informalidade, a língua é usada na forma de cada
região, profissão, esporte, gíria, internet...
/^v
Nível vulgar: normalmente envolve uso de calão ou gíria.
Oi, cara, pinta lá no pedaço.
Baixo calão: é o nível das gírias pesadas e dos palavrões.
Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra.
Funções da Linguagem
Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala,
atribui, consciente ou inconscientemente, maior importância
a um dos seis elementos da comunicação (emissor, recep
tor, referente, canal, código ou mensagem). Descobrir qual
elemento está em destaque é definir a função da linguagem.
Função Emotiva (ou Expressiva): predomina em impor
tância o emissor e é muito usada em textos líricos, amorosos,
autobiográficos, testemunhais... Constitui uma característica
de subjetividade.
Emissor: aquele que fala, representado por eu, nós, a
gente (no sentido de "nós").
São índices desta função:
1. sujeito emissor - Eu vi Mariana chegar. A gente viu
Mariana chegar. Nós vimos Mariana chegar.
2. uso de exclamação - Mariana chegou!
3. uso de interjeição - Ih! Mariana chegou.
Função Conativa (ou Apelativa): predomina em impor
tância o receptor e é freqüente em linguagem de publicidade
e de oratória.
Receptor: com quem se fala, representado por tu, vós,
você(s), Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa...
São índices desta função:
fffl*k
1. sujeito receptor - Você sabia que Mariana chegou?
2. vocativo - Paulo, tu estás correto.
3. imperativo - Por favor, venha cá. Beba guaraná.
Função Referencial (ou Informativa): predomina em
importância o referente e é empregada nos textos científicos,
jornalísticos, profissionais-correspondências oficiais, atas...
Éuma característica de objetividade.
Referente: de que ou de quem se fala, representado por
ele(s), ela(s), Sua Excelência, Sua Majestade, Sua..., ou por
qualquer substantivo ou pronome substantivo de terceira
pessoa.
Éíndicedesta função:
1. sujeito referente - Mariana chegou. Ele chegou. Sua
Senhoria chegou. Quem chegou?
Função Fática: predomina em importância o canal e
normalmente aparece em trechos pequenos, dentro de
outras funções.
/ps
Canal: meio físico (ar, luz, telefone...) e psicológico (a
atenção) que interliga emissor e receptor.
Usa-se a função fática para:
0H\ 1. testar o funcionamento do canal - Um, dois, três...
Alô, alô...
2. prender a atenção do receptor- Bom dia. Como vai?
Até logo. Certo ou errado?
/fPS
3. distrair a atenção do receptor-
/ps Ele: Onde você estava até esta hora?
Ela: Por favor, ligue agora para o José e lhe deseje
(ÍPS sorte. (Ela desviou a atenção do assunto dele)
/SN
Função Metalinguística: predomina o assunto "língua",
é o uso da língua para falar da própria língua.
Língua: tipo de código usado na comunicação.
/f§S
Os dicionários, as gramáticas, os livros de texto, de re
dação, as críticas literárias são exemplos de metalinguagem.
Função Poética (ou Estética): predomina em importância
a elaboração da mensagem.
Mensagem, fala ou discurso: é o como se diz e não o
que se diz.
As frases "Você roubou minha caneta" e "Você achou
/fH\ minha caneta antes de eu a perder", embora tenham o mes
mo assunto ou referente, são mensagens, falas ou discursos
diferentes, tanto é que provocam sensações diferentes no
receptor.
Afunção poética valoriza a escolha das palavras, ora pela
sonoridade, ora pelo ritmo {Quem casa quer casa. Quem tudo
quer tudo perde. Quem com ferro fere com ferro será ferido),
ora pelo significado inusitado (Penso, logo desisto), ora por
mais de uma dessas ou outras características.
Obs.: todas essas funções podem interpenetrar-se no
texto, mas uma (qualquer uma) tenderá a ser predominante.
No caso de um texto poético ou estético, as demais funções
ocupam o segundo plano.
(fPN
Ronaldo Silva
Polissemia e Ambigüidade
Polissemia: ocorrência de palavras ou expressões que
podem possuir variados sentidos.
Ex.:"Brasília está ficando legal" (UnB).
Obs.: palavras homônimas não são palavras polissêmicas;
pois na polissemia há um traço semântico comum, já na
homonímia não há nenhum traço semântico em comum.
Ex.:deste; manga.
Ambigüidade (ou anfibología): ocorrência de uma estru
tura que deixa entrever mais de um sentido, ou seja, não se
sabe qual é a verdadeira idéia.
Ex.:As mulheres se mataram (uma matou a outra ou cada
uma matou a si mesma).
Tipos de Discurso
Discurso Direto: reprodução exata da fala do persona
gem.
Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
Pode vir entre aspas: "Estousatisfeita com sua resposta."
/PS* Pode vir após travessão: - Estou satisfeita com sua
resposta.
iffS
Discurso Indireto: o narrador traduz a fala do persona
gem.
Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta
dele.
Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele.
Discurso Indireto Livre:a fala do personagem se confun
de com a do narrador.
Mariana sentou-se em frente ao guri, o que se passava
naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto...
Discurso do Narrador: é a fala de quem conta a história.
Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
Monólogo: fala de um personagem consigo mesmo.
Paulo atravessou o bar, resmungando: "Não acredito no
que acabei de ver".
Diálogo: conversa entre dois ou mais personagens.
- Você devia ser mais suave na sua fala.
- Vou tentar.
EXERCÍCIOS
Cespe/Anatel
Sem Espelho Falante
Avida em Estouros, povoado a 290km de Belo Horizonte,
segue um ritmo que parece terno. Não é necessário relógio.
Acorda-se com o raiar do Sol e dorme-se quando as estrelas
começam a surgir. Os homens trabalham a terra e as mulhe
res cuidam da casa e dos filhos. Nas refeições, as famílias se
alimentam daquilo que a terra lhes devolve. Os jornais só
aparecem para embrulhar encomenda. Estouros é um lugar
sem aquele eletrodoméstico que ocupa o lugar central na
residência da maioria dos brasileiros - um aparelho de TV.
O que é a TV?
O menino Carlos, 10 anos, sete irmãos criados por um
lavrador, que todos os dias caminha 12km para ir à escola
e voltar, explica: "É uma caixa de som com um espelho na
frente". O irmão mais velho, Wilson, já viu TVnas redondezas.
Mas, se pudesse, Wilson não compraria um aparelho. Uma
égua de 3 anos teria maior utilidade: "Eu descansaria das
pernas. Agente anda sempre a pé ou no caminhão do leite."
Wilson assistiu à exibição de um programa de reportagens
ao vivo e ficou de olhos esbugalhados. Não se conforma até
hoje: "Agente vê batida de carro, roubo", espanta-se. "Aqui
não tem nada disso. Tem bandido que mata a pessoa à toa.
Aqui a gente mata porco. E para comer."
Émesmo estranha a vida sem o espelho falante do pe
queno morador. Serra Velha, em Santa Catarina, com 300
habitantes e 60 casas, é um povoado encravado em uma
montanha e seu acesso é restrito a uma única estrada. Ali
nunca se ouviu falar do pacote do ministro da Fazenda. Tam
pouco de Roberto Carlos ou Pele. O ídolo naquelas paragens
é o professor Santanor, único na região, proprietário de uma
caminhonete que faz 30 km por hora como velocidade máxi
ma. Pessoa mais bem informada da cidade, o professor não
sabe o nome do cidadão que exerce o cargo de presidente
da República.
—y~—
15
VVestcon/
Esse país indiferente à passagem do tempo, mais pobre
e menos confortável, mas pacífico, integra uma das mais
bem-sucedidas utopias nacionais. A do Brasil rural, de pes
soas simples e valores estabelecidos, de pequenos heróis
e pequenos vilões naturais em qualquer parte. É um país
delicioso de ver e explorar, como descobriram as novelas
rurais que a TV produz e eles não vêem. Mas é uma utopia
urbana achar que o povo desses lugares quer ficar assim. TVé
eletricidade, eletricidade é progresso e não há como preferir
um lampião de querosene a uma lâmpada, nem é possível
achar que o cidadão que não sabe o nome do presidente é
mais feliz do que aquele capaz de recitar a lista de todos os
ocupantes do Planalto de 1964 para cá.
Há seis meses, em Lagoa do Oscar, lugarejo do interior
de Minas, correu o boato de que, enfim, os postes de luz
chegariam ao local. Foi um alvoroço. O roceiro Domingos,
um senhor já de meia-idade, percorreu 110 km apenas para
fazer uma troca. Entregou uma espingarda nova para um
muambeiro, que lhe deu uma TVportátil trazida do Paraguai.
O roceiro aguardou quatro meses pela luz. Como ela não veio,
vendeu a TV para um caminhoneiro. Mas não desistiu. "As
crianças só falam do dia em que terão uma TVem casa", diz.
Com 3.000 moradores, a 700km de Salvador, Muquém é
outro exemplo. Alinão existe luz elétrica, água encanada nem
rede de esgoto. Mas tem TV. Um aparelho, de propriedade da
prefeitura, ligado a um gerador a óleo dísel. Todos os dias, um
funcionário pega o televisor de 20 polegadas em um barraco
onde ele fica trancado e o transporta até a praça da cidade.
Ali, cercada com arames farpados, a TVfica ligada das 6 da
tarde até as 11 da noite. Atéo prefeito acha um absurdo. "É
um luxo gastar dinheiro com isso", reconhece. Mas não há
alternativa. Desde que a TV foi instalada, no final de 1991,
é sucesso absoluto. Nos dias normais, reúne 30 pessoas na
praça. Em grandes momentos, passa de 80.
Veja, 5/1/1994 (com adaptações).
Os itens seguintes apresentam adaptações de passagens dos
parágrafos do texto, na ordem em que estes se apresentam.
Julgue-os quanto à correção gramatical.
1. Em Estouros, um povoado há 290 quilômetros de Belo
Horizonte, não é necessário relógio, por que as pessoas
acordam com o raiar do Sol e dormem quando as
estrelas começam a surgir.
2. O menino Carlos e seus irmãos, criados por um lavra
dor, todos os dias caminham doze quilômetros para ir
à escola e de lá voltar; Wilson - um dos irmãos - que
já tinha assistido à televisão nas redondezas afirmou
que preferiria adquirir uma égua a um aparelho de TV.
3. A pessoa mais bem informada e ídolo na região, o pro
fessor Santanor é proprietário de uma camionete com
carroceria de madeira e motor de barco que alcança a
velocidade máxima de trinta quilômetros por hora.
4. O país rural, de pessoas simples e valores sólidos, é bom
de ser visto nas novelas rurais da televisão, mas é parte
da utopia urbana julgar que às pessoas desses lugares
é agradável ficar assim.
5. Quando correu o boato de que os postes de luz che
gariam ao interior de Minas, foi um alvoroço: houve
quem percorresse cento e dez quilômetros apenas para
adquirir, por troca, uma TVportátil trazida do Paraguai,
só afim de satisfazerem as crianças.
6. Apesar de o prefeito de Muquém, na Bahia, achar um
absurdo gastar dinheiro público com distração, em um
16
lugar onde não existe luz elétrica, água encanada nem
rede de esgoto, todos os dias um funcionário leva um
aparelho de TVaté a praça da cidade para a população
se divertir das 18 às 23 horas.
Cespe/Anatel/Médio
Durante muitos anos discutiu-se apaixonadamente
se as empresas multinacionais (EMNs) iam dominar o
mundo, ou se serviam aos interesses imperialistas de
seus países-sede, mas esses debates foram murchando,
* seja porque não fazia sentido econômico hostilizar as
EMNs,seja porque elas pareciam, ao menos nas grandes
questões, alheias e inofensivas ao mundo da política.
Raramente uma EMN era encontrada se envolvendo
indevidamente em política, ou seja, o crescimento da
io civilização das EMNsparece ter lugar em um outro plano.
Na verdade, o crescimento das EMNs - espontâneo,
cumulativo, não planejado, freqüentemente afetado por
fusões, aquisições - encontra certa semelhança com o
crescimento da Internet, o agregado de inúmeras redes
15 que foram se conectando e formando um todo imensa
mente maior que a soma das partes.
O crescimento das EMNs, como o da Internet, ser
viu-se da internacionalização de padrões, o principal dos
quais é o mercado como instrumento de coordenação
20 de atividades e alocação de recursos.
Gustavo Franco. Globalização e poder. In: Veja, 9/6/2004
(com adaptações).
A partir do texto acima, julgue os seguintes itens.
7. A substituição das formas verbais "iam" (/. 2) e "ser
viam" (/. 3) por iriam e serviriam preserva a coerência
e a correção textual.
8. Nas linhas de 5 e 6 a correção gramatical do texto e o
sentido das duas orações conectadas por "seja [...] seja"
ficam mantidos se esses conectores forem substituídos
por ou (...) ou.
Fazem de tudo. Até ligação
Pelo Telefone, de Donga, foi o primeiro samba
gravado no Brasil, 88 anos atrás. Hoje, é o telefone, de
tipo móvel, que toca samba - e qualquer outro gênero
musical -, captado por ondas de rádio ou reproduzido em
5 formato MP3. Mas não fica nisso. Os celulares de nova
geração exibem vídeos baixados da Internet, enviam S9\
e recebem mensagens de texto e e-mails, organizam
a agenda pessoal, fotografam e filmam digitalmente,
entre outras proezas. Muitos operam fora do país sem
10 prejuízo de qualidade das ligações. O que, por enquanto,
é privilégio de não mais que 1% dos usuários de celular
no Brasil será padrão daqui a dois ou três anos.
Em pouco tempo, o celular poderá substituir o cartão
de crédito em compras eletrônicas, servir para confirmar
is a reserva de passagens aéreas no balcão das companhias
aéreas e controlar o movimento da conta corrente no
banco. Em resumo, ajudará o usuário a economizar tem
po - como nenhuma outra máquina fez antes - e a usar
o excedente criado para seu prazer pessoal.
ÉPOCA Tecnologia, 31/5/2004 (com adaptações).
Com base nas idéias e estruturas lingüísticas do texto acima,
julgue os itens subsequentes.
9. A retirada das vírgulas que isolam a expressão "de tipo
móvel" (Is. 2-3) desrespeitaria a coerência das idéias do
texto e as regras de pontuação da língua portuguesa.
/ffíS
10. O emprego da flexão de masculino singular nos termos
"captado" (/. 4) e "reproduzido" (/. 4) deve-se ao res
peito às regras de concordância com "telefone" (1.2).
11. A relação de sentidos que o período sintático iniciado
por "Os celulares" (/. 3) mantém com a oração anterior
permite que o ponto final que o antecede seja substituí
do pela conjunção enquanto, sem prejuízo da correção
gramatical.
12. Seriam preservadas a coerência textual e a correção
/(Ps
gramatical se a expressão nominal "sem prejuízo de
(SUS qualidade" (/s. 9-10) fosse substituída por uma das
seguintes orações: sem prejudicar a qualidade ou sem
/ps que seja prejudicada a qualidade.
13. Na linha 14, se fosse empregado artigo imediatamente
iPs
antes de "compras eletrônicas", as regras do padrão
culto da língua exigiriam a substituição da preposição
"em" por nas.
14. Pela organização das idéias no segundo parágrafo do
texto, depreende-se que o sujeito das orações que têm
seu predicado iniciado por verbos no futuro é o mesmo.
/$PS
Cespe/CNPq/Analista
JPS
Asociedade humana organizou-se sobre alguns eixos
que, ao longo da história da civilização, revelaram-se
constantes, mas em permanente rotação: o manejo da
técnica desde o domínio do fogo; a regulação das trocas
5 desde a proibiçãodo incesto; a ordenação do mundo pela
/Ps nomeação do verbo; o controle das massas pela tomada
do poder. Entre eles, girando igualmente ao sabor de
forças intercondicionadas, estava o homem - assim,
grafado no singular e significando o coletivo. O homem,
io então, era os homens.
/ÜS A primeira notícia que se tem desta noção delineia
/SUS
este ser humano, menos como espécie e mais como
gênero, sem qualquer traço de individualidade que o
retirasse do todo em que se perdia anônimo. Nomes
is tinham apenas os que simbolizavam este coletivo: os
reis - legisladores - profetas, cuja vontade e cuja pala
vra determinavam as fronteiras em que se moviam os
demais, que, morrendo anonimamente em seu nome,
paradoxalmente lhe permitiam dar vida a este nome e
»> perpetuar-se na memória.
Mesmo quando doutrinas menos monolíticas passa
ram a criar dissabores para estas estruturas aqui e acolá,
o homem, imaginando-se como um outro, em uma his
tória de lugares marcados, desenvolveu uma percepção
25 míope de sua condição pessoal, a não ser quando do
"chamado" divino.
Das histórias de seres imaginários e coisas anímicas
às narrativas de confissões e memórias, passam-se alguns
milênios e muitos conflitos em que as vitórias no campo
ao de batalha nem sempre significaram, para os nomeados,
êxito na manipulação das massas. Esta gente ignara, de
difícil compreensão e muita perplexidade, antes compro
/•s metia que servia, pela ignorância, os rumos que o poder
estatuía, como o da história.
<íPs 35 A noção de indivíduo nos chega com o Romantismo,
quando o herói, não mais místico ou legendário, mas
navegador ou mascate, começa a fazer um nome, tirando
do anonimato um Cristóvão Colombo, um Romeu, um
Quixote, um Rousseau. Das confissões de Rousseau,
/Sn
4o podem-se puxar dois fios que, de perto, tocam o tema
/SUN de que se está a tratar: o da noção de individualidade
e o da relevância da educação. A revolução mercantil e
0*\
marinheira, que sustentou economicamente o Renasci
mento e o Absolutismo, já fortalecera as corporações de
45 ofícios e as pequenas escolas monacais para tornar útil
a gente miúda, despreparada para garantir seu sustento
e o dos reinos.
A noção de indivíduo, todavia, se circunscreve so
ciologicamente para distinguir o homem na multidão e,
só mesmo quando ao cabo da revolução burguesa, o nome
próprio ganhou foro (enquanto se vendiam títulos de
nobreza), a educação se manteve como instrumento de
domesticação e adaptação dos indivíduos aos papéis
sociais que lhes foram reservados pelo novo sistema.
ss Educar, no entanto, apontava para outros procedi
mentos. De ex-ducere- conduzir para fora, trazer à tona,
à expressão, o que vive dentro do homem -, educação,
pelo próprio étimo, solicitava estratégias diversas das
que então se punham em marcha no processo de es
só colarização que, lentamente, se expandia. Educação
presumia acompanhamento, companhia, diálogo, troca
de olhares e de experiências, manifestação da relação
homem versus mundo que a percepção colhia, ensaio
de especulações, construção de conhecimento.
es Ao contrário, um rol sistemático de conteúdos e de
valores, tendo por base ideologias subliminares, dese
nhou o educando educável e o homem educado que a
sociedade almejava conformar. Primeiro, a prevalência
do caráter instrumental; depois, o adestramento de
7o habilidades; em seguida, a assimilação da tradição e do
conhecimento acumulados e, por fim, o treinamento
técnico. Ea sociedade, dessa forma, distancia-se cada vez
mais dos sonhos de cidadania responsável e de qualidade
de vida com direitos garantidos.
Eliana Yunes. Função do leitor: a construção da singularidade.
In:Pensar a leitura: complexidades. Rio de Janeiro: PUC-Rio,
2002, p. 115 (com adaptações).
Julgue os itens seguintes quanto à preservação das idéias do
texto e à correção gramatical.
15. As relações sociais e, portanto, os homens, foram
organizados, desde o domínio do fogo, em função de
alguns eixos, a saber: o manejo da técnica, a regulação
das trocas, e a ordenação do mundo, pelo controle das
massas.
16. Os grupos de pessoas que simbolizava este estado co
letivo tinham nomes, entre eles os reis, os legisladores
e os profetas, cujas vontade e palavra terminavam na
fronteira em que se movia os humildes que morriam
anonimamente.
17. A fim de distinguir o homem singular do coletivo,
o nome próprio ganhou força (a venda dos títulos de
nobreza isso o demonstra); a educação, por seu turno,
manteve-se como instrumento de dominação e de
ajuste dos indivíduos às funções sociais que lhes foram
reservadas.
18. Os ideais de acompanhamento do processo educati
vo, de permanência do adulto junto ao aprendiz, de
diálogo explicativo, de permuta de pontos de vista e
de experiência - manifestações da relação harmônica
entre os homens no mundo - para a construção de
conhecimento estão implícitos na educação.
19. A sociedade está cada vez mais distantes dos sonhos de
responsabilidade cidadã e de qualidade vital, porque,
com direitos garantidos, há a prevalência do caráter ins
trumental; depois, dá-se o adensamento de habilidades
para, em seguida, acontecer à assimilação da tradição
e do conhecimento; por fim, acontece o treinamento
técnico.
17
VVestcon/
Considerando o emprego das classes de palavras e as estru
turas sintáticas no texto, julgue os itens a seguir.
20. O vocábulo "sobre" (/.l) está empregado como conjun
ção e com o sentido de acerca de.
21. Nas linhas de 3 a 7, há paralelismo sintático entre:
"manejo da técnica" - "domínio do fogo";
"regulação das trocas" - "proibição do incesto";
"ordenação do mundo" - "nomeação do verbo";
"controle das massas" - "tomada do poder".
22. Depreende-se, pelo que está expresso na linha 8, que o
coletivo do substantivo comum "homem" é "homens".
23. Está empregada como artigo definido, masculino e
plural a partícula "os" nas ocorrências da linha 8 e 10.
24. Em "desenvolveu uma percepção míope de sua condi
ção pessoal" (/.25), a substituição da parte sublinhada
por pronome oblíquo gera a seguinte construção:
desenvolveu-lhe uma percepção míope.
25. Apreposição é dispensável em "o tema de que se está
a tratar" (/s. 40-41), e a frase fica sintaticamente correta
com a seguinte reescritura: o tema que se está a tratar.
26. No contexto do quinto parágrafo, em "Arevolução mer
cantil e marinheira, que sustentou economicamente
o Renascimento e o Absolutismo," as concordâncias
nominal e verbal estão corretas, uma vez que são em
pregados como sinônimos os adjetivos "mercantil" e
"marinheira".
27. O período "Educação presumia (...) de conhecimento"
(sétimo parágrafo) apresenta mais de cinco comple
mentos diretos, representados por substantivos abs
tratos, para a forma verbal "presumia".
28. Coma construção "educando educável e o homem edu
cado" (oitavo parágrafo), os dois adjuntos adnominais
sublinhados denotam atributos relacionados, respec
tivamente, ao processo e ao produto da educação.
TCU/Médio
Num país territorialmente gigante, em que a censura
restringe o acesso à rede para milhões de usuários, a
Internet tende a se tornar a ferramenta de maior integra
ção nacional ao aproximar moradores urbanos e rurais,
s que falam dialetos variados, mas que têm apenas um
tipo de escrita. A China ganha 100 novos internautas
por minuto. Éo segundo paíscom mais usuários online
no mundo - cerca de 162 milhões -, atrás apenas dos
Estados Unidos da América (EUA), onde há quase 200
io milhões.
Jornal do Brasil, 22/7/2007, p. A25 (com adaptações).
A respeito das estruturas e das idéias do texto acima, e con
siderando a atual fase de modernização econômica da China,
que busca acompanhar a evolução tecnológica mundial em
marcha, julgue os itens seguintes.
29. Apalavra "têm" (/.5) é acentuada porque está no plural
para concordar com "moradores" (/.4).
30. Na linha 7, preservam-se a correção gramatical e a
coerência textual ao se retirarem os sinais de travessão,
inserindo-se uma vírgula logo após "mundo".
31. Infere-se do texto que, hoje, a população urbana da
China supera em muito o número de habitantes no
campo.
32. O vocábulo inicial do texto, "Num" (/. 1), corresponde,
no padrão culto da língua, à contração entre Nem e um.
18
O avanço da publicidade na Internet
usuários de gastos pubãcitários
Internei na Internet
470
milhões
33
da reais
mithões
23 164
milhões H| milhões
• I
2003 2007
de reais
2003 2007
aumento: 43% aumento: 187%
1'SSÍtV
gráfico I gráfico II
Desde 2003, os gastos em publicidade na Internet
quase triplicaram no Brasil. A expansão se deve à ele
vação do número de usuários, das conexões em banda
larga e do tempo de conexão. Por mês, os brasileiros
s passam, em média, 22 horas e 43 minutos na rede. Ape
sar do crescimento, a Internet só detém 2% do mercado
publicitário do país.
Veja, 4/7/2007 (com adaptações).
Considere o texto acima, composto de informações verbais
e visuais, para julgar os seguintes itens.
33. Asinformações do gráfico II correspondem às informa
ções do primeiro período sintático do texto verbal.
34. Preservam-se a coerência textual e a correção grama
tical da oração ao se substituir "elevação" (Is. 2-3) por
aumento.
35. O fato de os termos "do número" (/. 4), "das conexões"
(/.5) e "do tempo" (/. 3) iniciarem-se com a mesma pre
posição indica que esses termos são complementos de
"elevação" (Is. 2-3). /^v
36. Respeita as regras gramaticais e a coerência das infor
mações entre o gráfico I e o texto verbal a seguinte
afirmação: Os43%dos usuários de banda largadetém os
maiores gastos publicitários no período de 2003 à 2007.
Os catastrofistas avisam: acabou a era da comida
barata. O boom dos biocombustíveis e o enriquecimen
to dos chineses estão por trás do mais recente bicho
papão dos economistas, a agflação, termo que descreve
s a inflação de produtos agrícolas. Historicamente, a ten
dência dos preços dos alimentos é de queda, por causa
dos ganhos em produtividade provenientes de avanços
tecnológicos. Porém, o aumento da demanda por grãos
para produzir biocombustíveis e o crescimento do con
io sumo de proteínas na China podem ter acabado com
essa fase de pechinchas. Os preços dos alimentos estão
subindo em ritmo preocupante na Europa, na China, na
índia e nos EUA.
O Estado de S.Paulo, 1/7/2007. p. B21 (com adaptações).
Com referência às idéias e às estruturas do texto acima,
e considerando a amplitude do tema por ele abordado,
julgue os itens de 37 a 40.
37. Pelos sentidos da oração em que ocorre, o conectivo
"por causa dos" [Is. 6-7) admite a substituição por de
vido aos, sem que seja prejudicada a coerência textual
ou a correção gramatical.
/Ps
38. Na linha 10, o uso da flexão de plural em "podem" é
obrigatório para que seja mantida a concordância com
"proteínas".
39. Por manter a vinculação sintática entre os termos da
oração, a retirada de "nos" (/.13) provocaria erro gra
^PN matical e incoerência textual, por ser obrigatório na
vinculação sintática entre os termos da enumeração.
40. Segundo o texto, a alta dos preços dos alimentos en
volve tanto regiões e países reconhecidamente ricos
0fà\
quanto os denominados emergentes.
TCU
Breve histórico
/P*S
A idéia de criação de um Tribunal de Contas surgiu,
pela primeira vez no Brasil, em 23 de junho de 1826, com
a iniciativa de Felisberto Caldeira Brandt, Visconde de
Barbacena, e de José Inácio Borges, que apresentaram
s projeto de lei nesse sentido ao Senado do Império. As dis
/P?N
cussões em torno da criação de um Tribunal de Contas
durariam quase um século, polarizadas entre aqueles
que defendiam a sua necessidade-para quem as contas
públicas deviam ser examinadas por órgão independen
io te - e aqueles que a combatiam, por entenderem que
as contas públicas podiam continuar sendo controladas
áPN por aqueles mesmos que as realizavam.
Originariamente o Tribunal teve competência para
exame, revisão e julgamento de todas as operações
is relacionadas com a receita e a despesa da União.
A fiscalização fazia-se pelo sistema de registro prévio.
/pS
A Constituição de 1891 institucionalizou o Tribunal e
conferiu-lhe competências para liquidar as contas da
receita e da despesa e verificar a sua legalidade, antes
20 de serem prestadas ao Congresso Nacional.
Pela Constituição de 1934, o Tribunal recebeu, entre
outras, as seguintes atribuições: proceder ao acompa
nhamento da execução orçamentária, registrar previa
mente as despesas e os contratos, julgar as contas dos
2s responsáveis por bens e dinheiro públicos, assim como
/Ps apresentar parecer prévio sobre as contas do Presidente
da República, para posterior encaminhamento à Câmara
dos Deputados. Com exceção do parecer prévio sobre as
contas presidenciais, todas as demais atribuições do Tri
3o bunal foram mantidas pela Carta de 1937. AConstituição
de 1946 acresceu um novo encargo às competências da
Corte de Contas: julgar a legalidade das concessões de
/PS
aposentadorias, reformas e pensões.
A Constituição de 1967, ratificada pela Emenda
35 Constitucional ns 1, de 1969, retirou do Tribunal o exame
e o julgamento prévio dos atos e dos contratos geradores
de despesas, sem prejuízo da competência para apontar
falhas e irregularidades que, se não sanadas, seriam,
então, objeto de representação ao Congresso Nacional.
4o Eliminou-se, também, o julgamento da legalidade
/fiSS
de concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
/PN ficando a cargo do Tribunal, tão somente, a apreciação
da legalidade para fins de registro. O processo de fisca
(íPS
lização financeira e orçamentária passou por completa
45 reforma nessa etapa. Como inovação, deu-se incum
bência à Corte de Contas para o exercício de auditoria
/^S
financeira e orçamentária sobre as contas das unidades
/íps dos três poderes da União, instituindo-se, desde então,
os sistemas de controle externo, a cargo do Congresso
so Nacional, com auxilio da Corte de Contas, e de controle
interno, este exercido pelo Poder Executivo e destinado
a criar condições para um controle externo eficaz.
Finalmente, com a Constituição de 1988, o Tribunal
de Contas da União (TCU) teve a sua jurisdição e a sua
ss competência substancialmente ampliadas. Recebeu po
deres para, no auxílio ao Congresso Nacional, exercer a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacio
nal e patrimonial da União e das entidades da administra
ção direta e indireta, quanto à legalidade, à legitimidade
6o e à economicidade, e a fiscalização da aplicação das
subvenções e da renúncia de receitas. Qualquer pessoa
físicaou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em
es nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária
tem o dever de prestar contas ao TCU.
Conheça o TCU. lntemet:<http://www.tcu.gov.br>. Acesso
em 10/4/2005 (com adaptações).
Com base na recuperação precisa da informação do texto e
no que se prescreve em elação à modalidade escrita formal
da Língua Portuguesa, julgue os itens a seguir.
41. Em relação às atribuições do Tribunal de Contas, da
Constituição de 1934 à de 1946, houve somente uma
inclusão e uma exclusão.
42. Segundo o texto, a partir de 1967, apenas o Tribunal tem
competência para julgar a legalidade de concessões.
43. A etapa a que o texto se refere, na linha 23, é período
posterior à entrada em vigor da Constituição de 1967.
44. O emprego da vírgula antes de "que" (/.4) justifica-se
pelo valor restritivo da oração adjetiva que esse pro
nome introduz.
45. Écorreta a forma variante de grafiado vocábulo "pro
jeto de lei" (/.5) com hífen.
46. O vocábulo de que se derivaram formas como polar,
polarizar, "polarizadas" (1.7) tem acento diferencial.
47. Tem-se modalizador em "deviam ser" (/.9), que imprime
sentido diverso do sentido de obrigatoriedade.
48. O objeto direto em "aqueles que a combatiam" (/.10)
refere-se à necessidade de criação de um Tribunal de
Contas.
49. Nas linhas 14 e 15, caso não houvesse flexão de número
em "todas as operações relacionadas", o significado da
informação seria alterado.
50. Sem alteração do sentido do texto, a preposição em
"parecer prévio sobre as contas" (/.26) poderia ser
substituída pela preposição ante.
51. Em "ratificada pela Emenda" (/. 34), o verbo significa
validada.
52. Os vocábulos "prejuízo" (/. 37) e atraí acentuam-se
atendendo à mesma regra.
53. O vocábulo "eficaz" (/.52) tem nuanças significativas
que o diferenciam do vocábulo efetivo.
54. Na linha 53, "Finalmente" é conector que poderia ser
substituído - conservando-se o mesmo significado do
texto - por Destarte. (9
55. Notexto, o vocábulo "jurisdição" (/.54) é termo técnico
que significa poder legal de aplicar o direito. o
a.
56. É também correto flexionar em número o verbo no <
3
infinitivo, nas linhas 62 e 63. O
z
57. Aexpressão "de natureza pecuniária" (/.65) poderia ser _I
substituída corretamente por relativas a dinheiro. u
19
VVestcon/
Quem São esses Senhores
Para entender os senhores de Davos, temos de
recorrer à história da filosofia e ao filósofo Pitágoras,
o homem que, primeiro, conseguiu esta proeza extra
ordinária do pensamento humano: dissociou o número
5 da coisa numerada.
Antes de Pitágoras, era necessário que duas vacas e
dois bois se apresentassem diante do comerciante para
que ele pudesse concluir que duas vacas mais dois bois
perfaziam um total de quatro animais. Se vacas e bois,
10 cansados de ser contados, resolvessem pastar no campo,
as aritméticas dos comerciantes desmaiariam.
Pitágoras veio e disse: "Façamos abstração dos nú
meros, pensemos números abstratamente." O filósofo
separou os números das vacas numeradas e deu certo:
is as contas podiam ser feitas, mesmo na ausência dos
animais, pouco dispostos. Foi um extraordinário avanço
para o ser humano... e para as vacas, que puderam
pastar em paz.
Hoje, neste mesmo instante em que estamos aqui
io reunidos discutindo os malefícios da globalização, o que
estarão fazendo os Senhores de Davos? Estão fazendo
exatamente o contrário de Pitágoras - estão reificando,
coisificando os números... e fazendo abstração dos seres
humanos.
25 Os Senhores de Davos pensam no lucro abstrato e
esquecem a fome concreta. Os números passam a ser o
sujeito da História: alíquotas, juros, índices DowJones e
Nasdaq, dividendos... Não a saúde, a educação, o traba
lho, a habitação e o lazer, porque estas são preocupações
30 humanitárias e não econômicas.
Essa visão de Economia Abstrata opera tremenda
divisão da Humanidade, que se torna tríade: a Primeira
Humanidade, que controla o Deus-Mercado, verdadei
ra senhora do mundo; a Segunda Humanidade, que,
3s a qualquer título, está dentro do Mercado; e a Terceira
Humanidade, descartável, inútil, encontre-se ela nos
extremos da África ou no ventre dos Estados Unidos.
Não quero parodiar filósofos, não quero imitar Des
cartes, mas creio que hoje devemos dizer: "Eu estou no
4o mercado, logo existo". Aide quem não puder pronunciar
essa frase terrível: será condenado à Terceira Humanida
de e será, com ela, descartado!
Nós queremos a Paz, não a Guerra! Queremos Paz,
sim, mas nunca a Passividade! Queremos conter a
45 metástase da globalização.
Augusto Boal. Revista Caros Amigos, n$ 47, fev./2001, p.10
(com adaptações).
Julgue as seguintes reescrituras quanto à fidedignidade às
prescrições gramaticais e às idéias desenvolvidas no texto.
58. Para o entendimento dos senhores de Davos, urge a
recorrência da filosofia e em especial, de Pitágoras,
filósofo que distinguiu, primeiramente coisas contáveis
e número.
59. Na Antigüidade, os comerciantes eram capazes só de
fazer somas e, para isso, era necessário que os animais
se apresentassem diante deles, antes de Pitágoras.
60. Pitágoras inovou ao propor que se pensassem os
números abstratamente, ou seja, que, por exemplo,
se prescindisse, para contar, da presença do que seria
contado.
20
61. Hoje, é adequado parodiar Descartes afirmando que as
nações e o indivíduo tem de dizer "Estou no mercado,
logo existo". O não pronunciar esta frase eqüivale à
condenação de não integrar-se a Primeira Humanidade
e de, junto com ela, sermos marginalizados.
Acerca das idéias desenvolvidas no texto e de aspectos gra
maticais, julgue os itens subsequentes.
62. No texto, são exemplos de expressões de sentido
conotativo, as quais seriam inadequadas para compor
um texto técnico: "as aritméticas dos comerciantes
desmaiariam" (1.11); "Queremos conter a metástase
da globalização" (Is. 44-45).
63. Na expressão interrogativa "o que" (/.20), pode-se
suprimir "o", sem prejuízo para a correção gramatical.
64. Um dos recursos enfáticos utilizado pelo autor é a si-
nonímia, como se verifica em "reificando, coisificando
os números" (/.23).
65. Notrecho "porque estas são preocupações humanitárias
e não econômicas" (/s.29-30), atenderia às recomenda
ções gramaticais a substituição de "estas" por essas.
66. Uma outra forma de parodiar Descartes, sem subverter
o sentido original do enunciado destacado nas linhas
39 e 40, é: Estou no mercado, posto que existo.
A Montanha Mágica
No início de 2005, muito ouvimos falar de Davos - um
lugar na Suíça onde se reuniram os luminares de todo o
mundo para discutir as ansiedades que nos paralisam e
as perplexidades que nos mobilizam.
s Por coincidência, Davos é também o cenário onde se
monta a ação de um famoso romance escrito por Thomas
Mann, A Montanha Mágica. O romance é de 1924 e
descreve a vida de um grupo de personagens doentes
que, no princípio do século, se instalaram no Sanatório
io Berghof, procurando recuperar a saúde.
Um mundo enfermo foi de novo a Davos procurando
diagnosticar seus males e ali, em sucessivos e variados
seminários, se indagou onde estaria a cura dos males
de nossa civilização. Lá estavam Tony Blair, Lula e os
is presidentes de dezenas de países desimportantes. Láes
tavam Bill Gates e os gerentes de agências financiadoras
de todo o mundo. Lá estava até Sharon Stone recolhendo
US$1 milhão para as desgraças na Tanzânia. Enfim, lá
estava uma amostra da sociedade atual, ou melhor, lá
2o estavam os pajés das diversas tribos de nossa sociedade
eletrônica tentando exorcizar as doenças da comunidade.
A Montanha Mágica é um romance muito antigo.
Mas, sendo antigo, de repente, é atual, por causa da
metáfora viva que contém e que os sábios do Fórum
25 Econômico Mundial ressuscitaram. Que mágica se pode
fazer na montanha de dinheiro acumulado pelo hiperca-
pitalismo para sanar os males que corroem as vísceras de
nossa comunidade? Penso se o mundo não foi sempre
um sanatório em Davos.
Affonso Romano de Sanfanna, Correio Brazíliense,
6/2/2005 (com adaptações).
Com base nas idéias e nos aspectos morfossintáticos do texto,
julgue os seguintes itens.
67. Infere-se do texto que, em Davos, está sendo filmada
a adaptação cinematográfica de uma obra literária do
início do século passado.

68. Subtende-se, da leitura do primeiro parágrafo, que o
autor julga haver vários tipos de ansiedade e que todos
eles paralisam o ser humano.
69. Ovocábulo "os luminares" (1.2), sem contrariar o sentido
original do texto, poderia ser substituído por as pessoas
preeminentes.
70. Sem comprometer a correção gramatical do texto,
as formas verbais "discutir" (/.3) e "instalaram" (/.9)
poderiam ser substituídas, respectivamente, por dis
cutirem e instalou.
71. Na linha 15, na ordem dos elementos coordenados, que
atende à hierarquia de riqueza dos países e de impor
tância dos representantes políticos no cenário mundial,
o Brasil inclui-se no grupo de "países desimportantes".
72. Éfacultativo o empregoda vírgula imediatamente após
"Mas" (/.23).
73. No texto, o vocábulo "pajés" (/.20), empregado em
sentido denotativo, significa presidentes de países.
74. A correção gramatical do texto seria mantida caso a
conjunção condicional "se" (/.28) fosse substituída por
"em que".
75. De acordo com a linha argumentativa do texto III,
o vocábulo "sanatório" (/.29) poderia corretamente ser
substituído pelo sinônimo hospício.
/fSPS Com relação à correção gramatical e à pertinência às idéias
desenvolvidas nos textos "Quem são esses senhores" e "A
montanha mágica", julgue os próximos itens.
JBS 76. Ao se estabelecer relação entre os textos, é adequado
afirmar que a reificação dos números e a abstração
dos seres humanos constituem um mal que corro e as
vísceras da humanidade.
77. Augusto Boal escreveu a respeito dos problemas da
economia mundial e do Fórum Econômico Mundial
fazem quatro anos, no entanto o texto desse autor
permanece atual.
78. O texto "Amontanha mágica", publicado em 2005, vai
de encontro à linha argumentativa do texto Quem são
esses senhores, apesar deste ter sido escrito há quatro
/PS anos atrás.
79. No texto "A montanha mágica", o autor ressalta que a
á*s
questão principal do mundo atual trata-se da enfermi
/ps dade causada pelo hipercapitalismo. Enfermidade esta
que pode ser comparada à dos personagens enfermos
/Hs
do romance de Thomas Mann, publicado em 1924.
A exaltação do indivíduo, como representante dos
mais elevados valores humanos que esta sociedade
produziu, combinada ao achatamento subjetivo sofrido
pelos sujeitos sob os apelos monolíticos da sociedade de
5 consumo, produz este estranho fenômeno em que as pes
soas, despojadas ou empobrecidas em sua subjetividade,
dedicam-se a cultuar a imagem de outras, destacadas
pelos meios de comunicação como representantes de
dimensões de humanidade que o homem comum não
io reconhece em si mesmo. Consome-se a imagem espeta-
cularizada de atores, cantores, esportistas e alguns (raros)
políticos, em busca do que se perdeu exatamente como
efeito da espetacularização da imagem: a dimensão,
humana e singular, do que pode vir a ser uma pessoa,
is a partir do singelo ponto de vista de sua história de vida.
Maria Rita Kehl. O fetichismo. In: Emir Sader (Org.). Sete
pecados do capital. Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 1999.
VVestccn/
Com base nas idéias e nos aspectos morfossintáticos do texto,
julgue os seguintes itens.
80. A autora do texto defende a idéia de que a sociedade
de consumo produz indivíduos insensíveis aos mais
elevados valores construídos ao longo da história da
humanidade.
81. Os meios de comunicação, por intermédio da técnica
do espetáculo, transformam em marca registrada de
alguns características, valores e modos de viver que
são comuns a todos os indivíduos da espécie humana.
82. O destaque dado à palavra "indivíduo" (1.1) confere-lhe
o sentido de ser único, especial, distinguível dos demais
do grupo, referidos, no texto, como "sujeitos" (/.4) e
"pessoas" (/s.5-6).
83. O emprego do pronome "esta" (/.2) tem o efeito de
marcar a atualidade do texto.
84. Na expressão "os apelos monolíticos da sociedade
de consumo" (/s.4-5), o adjetivo foi empregado com
sentido figurado.
85. De acordo com as regras sintáticas de construção do
período, garante-se a correção gramatical do texto,
ao se substituir a oração "em que as pessoas, despoja
das ou empobrecidas em sua subjetividade, dedicam-se
a cultuar a imagem de outras" (/.5-7) por: de as pessoas,
despojadas ou empobrecidas de sua subjetividade,
dedicarem-se a cultuar a imagem de outras.
O dinheiro, mercadoria universal por excelência, pro
duz uma nova metafísica da vida humana: alguns salários
são irrecusáveis. Portanto certas ofertas, partindo de
multinacionais capazes de concentrar capital suficiente
5 para efetuá-las, selam o destino da vítima, assim como
os desígnios de Deus determinaram o sacrifício do filho
de Abraão.
Idem, ibidem.
Considerando as idéias e as estruturas morfossintáticas do
texto, julgue os itens a seguir.
86. Aexpressão "mercadoria universal por excelência" (1.1)
exerce a mesma função sintática que "irrecusáveis" (1.3).
87. Dado o seu sentido explicativo, a conjunção "Portanto"
(/.3) poderia ser substituída pelo conector Porquanto,
sem prejuízo da coerência do texto.
88. A consideração inicial da autora confere ao dinheiro um
caráter de transcendência da materialidade dele.
89. Aautora do texto vale-se de um aparente paradoxo para
apresentar uma reflexão crítica acerca da sociedade
capitalista.
90. A referência à passagem bíblica atenua a idéia do do
mínio que os bens materiais poderiam exercer sobre
os seres humanos.
TST/Médio
Pesquisas constatam doses crescentes de pessimis
mo diante do que o futuro esteja reservando aos que
habitam este mundo, com a globalização exacerbando
a competitividade e colocando os Estados de bem-estar
s social nos corredores de espera de cumprimento da
pena de morte.
~Y~"
21
VVestcon/
É preciso "investir no povo", recomenda o Per Ca
pita - um centro pensante, criado recentemente na
Austrália -, com seus dons progressistas. Configurar um
10 mercado no qual as empresas levem em consideração o
interesse público, sejam ampliados os compromissos de
proteção ao meio ambiente e tenham como objetivo o
bem-estar dos indivíduos. A questão maior é saber como
colocar em prática essas belezas, num momento em que
is as lutas sociais sofrem o assédio cada vez mais agressivo
da globalização e as próprias barreiras ideológicas caem
por terra.
Newton Carlos. Má hora das esquerdas.
In:Correio Braziliense, 20/11/2007 (com adaptações).
A partir do texto acima, julgue os itens subsequentes.
91. O desenvolvimento da argumentação do segundo
parágrafo do texto propõe algumas soluções para se
combaterem as "doses crescentes de pessimismo",
citadas no primeiro parágrafo.
92. Preserva-se a correção gramatical e a coerência textual
ao se substituir "esteja" (1.2) por está, mas perde-se a
idéia de hipótese, de possibilidade que o modo subjun-
tivo confere ao verbo.
93. A preposição "com" (/.3) apresenta, no texto, sentido
semelhante à da expressão de modo que, e, por isso, ela
pode ser substituída por essa expressão, sem prejuízo
da correção gramatical do texto.
94. A argumentação do texto leva a concluir que um dos
problemas dos "Estados de bem-estar social" (/s.4-5),
em um mundo globalizado, é o cumprimento da pena
de morte.
95. No segundo parágrafo do texto, os dois travessões
demarcam a inserção de uma informação que define
o que é "Per Capita" (/s.7-8).
96. O período sintático iniciado por "Configurar" (/.9) dá
continuidade argumentativa a "É preciso" (/.7), no
período anterior.
97. De acordo com o desenvolvimento das idéias do texto,
a "proteção ao meio ambiente" (/.12) e o "bem-estar
dos indivíduos" (/.13) são duas das "belezas" (/.14)
referidas no texto.
98. O adjetivo "agressivo" (/.15) está empregado com valor
de advérbio e corresponde, dessa forma, a agressiva
mente.
Trabalho demais, agenda cheia, Internet, celular e
carros que chegam a mais de 200 km/h transformam o
homem moderno numa espécie de Coelho Branco de
Alice no País das Maravilhas. Sempre apressado, eterna
s mente atrasado. E doente. Literalmente. A velocidade,
símbolo do desenvolvimento tecnológico e de um modo
de produção e consumo cada vez mais vorazes, criou
um sentimento de urgência que poucos conseguem
administrar. Se é que conseguem mesmo. O resultado é
io um novo mal que é a cara do nosso tempo: a doença da
correria, uma espécie de superestresse que foi descrito
pelo médico americano Larry Dossey como uma resposta
ao fato de o nosso relógio interno ter virado o relógio de
pulso e o despertador.
is Iniciativas que privilegiam o bem-estar, a simplicida
de, a tradição local, o resgate da história e a hospitalidade
começam a pipocar pelo globo. Esse é o começo de uma
22
revolução cultural, uma mudança radical na forma como
vemos o tempo e como lidamos com a velocidade e a
2o lentidão.
In: Galileu, out./2005, p.43 (com adaptações).
Com relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem.
99. Se o trecho "e carros que chegam a mais de 200km/h"
(Is.2-3) fosse retirado do texto, a forma verbal "trans
formam" (1.2) deveria ser substituída por transforma.
100. Pela organização das idéias do texto, a frase nominal
"Sempre apressado, eternamente atrasado" (/s.4-5)
qualifica o comportamento do "Coelho Branco" (/.3) e
do "homem moderno" (/.3).
101. O desenvolvimento das idéias do texto permite concluir
que o adjetivo "vorazes" (/.7) está flexionado no plural
porque qualifica dois substantivos: "produção" (/.7) e
"consumo" (/.7).
102. A inserção de administrarem depois de "mesmo" (/.9)
tornaria explícita uma idéia subentendida do texto e
preservaria sua correção gramatical.
103. Conclui-se do desenvolvimento das idéias do texto que,
nos tempos atuais, "o relógio de pulso e o desperta
dor" (te.13-14) foram substituídos pelo "nosso relógio
interno" (/.13).
104. A expressão "Esse é o começo" (/.17) refere-se à idéia
inicialdo texto, expressa por "Trabalho demais, agenda
cheia" (1.1).
105. No último período do texto, por causa da função expli
cativa que o trecho "uma mudança radical (...) lentidão"
apresenta, seriam respeitadas as regras de pontuação
se a vírgula depois de "cultural" fosse substituída pelo
sinal de dois pontos.
Os trabalhadores cada vez mais precisam assumir
novos papéis para atender às exigências das empresas.
Muitos países já estão revendo seus conceitos comerciais
e os profissionais familiarizados com políticas e práticas
5 sociais terão cada vez mais destaque no mercado de
trabalho. Gente boa em inclusão social é o que se quer.
Trocando em miúdos, o desenvolvimento econômico
e social de um país depende do compromisso ético de
empresas e governos.
In: Escola, jan./fev., 2004 (com adaptações).
A respeito das estruturas lingüísticas do texto acima e dos
sentidos por ele produzidos, julgue os itens seguintes.
106. Por constituir uma expressão adverbial deslocada para
depois do sujeito, seria correto que a expressão "cada
vez mais" (1.1) estivesse, no texto, escrita entre vírgulas.
107. Preservam-se a coerência textual e a correção grama
tical do texto, ao se substituir a expressão verbal "para
atender" (/.2)pela equivalente nominal em atendimen
to, desde que seja retirado o sinal indicativo de crase
em "às exigências" (/.2).
108. A flexão de plural em "terão" (/.5) deve-se ao fato de
que "políticas e práticas sociais" (/.4-5), que é o sujeito
dessa forma verbal, está no plural.
109. Na linha 6, o pronome "se", indicativo de sujeito inde
terminado, refere-se a "Gente boa".
110. Noúltimo parágrafo do texto, o termo "governos",assim
como a expressão "de empresas", complementa "com-
#ís
#SS
/ps
/Sf^
promisso ético" e, por isso, poderia vir precedido pela
preposição de.
/ff\ 111. 0 texto, como está redigido, respeita as normas de
clareza, objetividade, correção gramatical e formalidade
da redação de documentos oficiais, e, por isso, poderia
corretamente ser incluído em textos de ofícios ou rela
tórios.
/(PS
/ps O cenário econômico otimista levou os empresários
brasileiros a aumentarem a formalização do mercado de
trabalho nos últimos cinco anos. As contratações com
carteira assinada cresceram 19,5% entre 2003 e 2007,
s enquanto a geração de emprego seguiu ritmo mais
/(Ps
lento e aumentou 11,9%, segundo estudo comparativo
divulgado pelo IBGE.
In: Correio Braziliense, 25/1/2008 (com adaptações).
Considerando o texto acima, julgue os itens de 112 a 115.
112. No primeiro período do texto, a partícula "a" ocorre
tanto como preposição quanto como artigo: a primeira
ocorrência é uma preposição exigida pelo emprego do
verbo "levou"; a segunda ocorrência é um artigo que
determina "formalização".
113. Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se
deslocar o trecho "nos últimos cinco anos" (/.3) para
depois de "brasileiros" (1.2), desde que esse trecho seja
(fPs seguido de vírgula.
114. Depreende-se do emprego de "enquanto" (/.5) que
/(PS
o período em que ocorreu o aumento de 11,9% na
^fts geração de empregos referido no texto foi entre 2003
e 2007.
/fps
115. Haveria coerência com as idéias do texto e respeitaria
as normas de redação de documentos oficiais se o texto
apresentado fosse incluído como parágrafo inicial em
um ofício complementado pelo parágrafo final e o fecho
apresentados a seguir.
Solicita-se, portanto, a divulgação desses dados junto
aos órgãos competentes.
Atenciosamente,
$9\
Pedro Santos
íPs Pedro Santos
#&S
Secretário do Conselho
/Ps TJDFT/Médio
/ps
Observando-se o Brasil de hoje, o que salta à vista
/PS é um organismo em franca e ativa transformação e que
não se sedimentou ainda em linhas definidas; que não
tomou forma. Éverdade que em algunssetores aquela
transformação já é profunda e é diante de elementos pró
pria e positivamente novos que nos encontramos. Mas
isto, apesar de tudo, é excepcional. Na maior parte dos
exemplos, e no conjunto, em todo caso, atrás daquelas
transformações que às vezes podem iludir, sente-se a
presença de uma realidade já muito antiga que até nos
admira de achar aí e que não é senão aquele passado
colonial. (...) Se vamos à essência de nossa formação,
veremos que na realidade nos constituímos para fornecer
açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde ouro
is e diamantes; depois algodão, e em seguida café, para o
comércio europeu. Nada mais que isto. Écom tal obje
tivo, objetivo exterior, voltado para fora do país e sem
atenção às considerações que não fossem o interesse
daquele comércio, que se organizarão a sociedade e a
20 economia brasileiras. (...) Este início se gravará profunda
e totalmente nas feições e na vida do país. (...) Para o
economista, reconhecer o terreno nessa complexidade
tremenda, destacar e isolar formas, classificá-las conve
nientemente, descobrir suas relações e entrosá-las num
25 sistema geral em que se configurem os problemas reais
da economia brasileira, fazer ciência em suma, tudo isso
se torna extremamente difícil, e mesmo impraticável
sem uma perspectiva de conjunto e que não é outra
senão a história.
Caio Prado Júnior. Caio Prado Júnior: história. São Paulo:
Ática, 1982, p. 78,94,95 e 182 (comadaptações).
Julgue os itens a seguir, acerca das idéias e estruturas lin
güísticas do texto do historiador, economista e filósofo Caio
Prado Júnior apresentado acima.
116. De acordo com o texto, o Brasil, apesar de estar em
"franca e ativa transformação" (1.2), mantém elementos
antigos na contemporaneidade.
117. Infere-se do texto que os elementos positivos de trans
formação da sociedade brasileira são ilusórios, pois não
são efetivamente novos.
118. Em relação ao conjunto do texto, as expressões "mais
tarde" (/.14), "depois" (/.15) e "em seguida" (/.15) são
marcas temporais que evidenciam a mudança dos ciclos
econômicos do Brasil e, simultânea e contraditoriamen-
te, a permanência da lógica que justifica a existência de
cada um deles.
119. No trecho "Este iníciose gravará profunda e totalmente"
(Is. 20-21), o emprego do verbo no futuro do presente
do indicativo indica que o autor faz uma previsão a ser
ainda consumada.
120. De acordo com o texto, as "feições" (/.21) do país,
embora não estejam ainda definidas, têm como traço
principal a essência da formação nacional, isto é, o fato
de o país ter vindo à existência não para si mesmo, mas
para o mercado europeu.
121. Segundo o autor, uma análise científica do Brasil atual,
que não perca de vista a realidade brasileira, deve eli
minar voluntariamente as complicações que desfiguram
a formação do país e separar, classificar e isolar cada
um dos elementos formadores da nacionalidade, para,
assim, chegar a uma concepção histórica e linear do
modo de ser brasileiro.
O interesse de todos é o desenvolvimento do Brasil
e a oportunidade de se posicionar como líder em um
momento de transição global, em que se apresentam
oportunidades indiscutíveis nas áreas de agricultura,
s aeronáutica, mineração e petróleo. O que precisamos é
manter o que está sendo construído e focar na solução
dos problemas que entravem um crescimento ainda
maior, com base em diagnósticos claros e profissionais-
sem preconceitos.
Fábio C. Barbosa. O desenvolvimento passa pelo crédito.
In: Correio Braziliense, 13/1/2008 (com adaptações).
23
VVestcon/

A partir do fragmento de texto acima, julgue os itens sub GABARITOS

sequentes.
122. O desenvolvimento da argumentação do texto permite
articular os dois períodos sintáticos que constituem o l.E 66. E
texto com o conectivo Por isso; dessa forma, o segun 2.C 67. E
do período sintático começaria como: Por isso, o que 3.C 68. E
precisamos (...). 4.C 69. C
123. A expressão "ainda maior" (Is. 7-8) sugere que já está 5.E 70. C
ocorrendo um grande desenvolvimento no Brasil. 6.C 71. E
124. Se o teor do fragmento de texto acima apresentado fos 7.C 72. E

se parte integrante de um parecer, atenderia às normas 8.C 73. E

9. E 74. E
de redação oficial um parágrafo final assim redigido:
10. E 75. E
11. E 76. E
Considerando-se as necessidades mencionadas,
12. C 77. E
recomenda-se:
13. C 78. E
a) objetividade e clareza nos diagnósticos; 14. C 79. E
b) aprimoramento das soluções apresentadas. 15. E 80. E
Éo parecer. 16. E 81. C
17. C 82. C
Por 500 anos mentiram para nós. Esconderam um 18. C 83. C
dado muito importante sobre o Brasil. Disseram-nos que 19. E 84. C
éramos brasileiros. Esconderam todo esse tempo o fato 20. E 85. C
de que o termo brasileiro não é sinônimo de cidadania, 21. C 86. E
s e sim o nome de uma profissão. Brasileiro rima com 22. E 87. E
padeiro, pedreiro, ferreiro. Brasileiro era a profissão da 23. E 88. C
queles portugueses que viajavam para o Brasil, ficavam 24. E 89. C
alguns meses e voltavam com ouro, prata e pau-brasil, 25. E 90. E

tiravam tudo o que podiam, sem nada deixar em troca. 26. E 91. C

io Brasileiros não vêem o Brasil como uma nação, mas uma 27. C 92. C
28. C 93. E
terra a ser explorada, o mais rápido possível. Investir no
29. C 94. E
país é considerado uma burrice; constituir uma família
30. C 95. C
e mantê-la saudável, um atraso de vida. Só que você,
31. E 96. C
caro leitor, é um brasiliano. Brasiliano rima com italiano,
32. E 97. C
15 indiano, australiano. Brasiliano não é profissão, mas
33. C 98. E
uma declaração de cidadania. São 500 anos de cultura 34. E 99. E
brasileira que precisamos mudar, a começar pela nossa 35. C 100. C
própria identidade, pelo nosso nome, pela nossa própria 36. E 101. C
definição. 37. C 102. E
Stephen Kanitz. Brasileiros e brasilianos. In: Veja, 26/12/2007 38. E 103. E
(com adaptações). 39. E 104. E
40. C 105. C
A respeito da organização do texto acima, julgue os seguintes 41. C 106. C

itens. 42. E 107. E

43. C 108. E
125. Aargumentação do texto faz a distinção entre brasilei
44. E 109. E
ros a brasilianos: os primeiros visam à mera exploração 45. E 110. C
da terra; os segundos são os verdadeiros cidadãos do 46. C 111. E
Brasil.
47. C 112. C
126. O desenvolvimento das idéias do texto mostra que o 48. C 113. E
sujeito subentendido dos verbos "mentiram (1.1), "Es 49. C 114. C
conderam" (1.1) e "Disseram" (/.2) são os "portugueses 50. E 115. C
que viajavam para o Brasil" (1.7). 51. C 116. C
127. Mantêm-se a coerência da argumentação e a correção 52. C 117. E
gramatical do texto ao se empregar Um brasileiro não 53. C 118. C
54. E
vê em lugar de "Brasileiros não vêem" (1.10). 119. E
55. C 120. C
128. Avírgula depois da oração "e mantê-la saudável" (/.13)
56. E 121. E
indica que essa oração constitui um aposto explicativo 57. C 122. C
para a oração anterior. 58. E 123. C
129. Para que as regras de formalidade do português fossem 59. E 124. C
plenamente respeitadas, na inserção do trecho "São 60. C 125. C
500 anos de cultura brasileira que precisamos mudar" 61. E 126. E
(Is. 16-17) em um documento oficial, como um relató 62. C 127. C
rio ou parecer, por exemplo, deveria ser empregada 63. C 128. E
a preposição de antes do pronome relativo em "que 64. C 129. E
precisamos mudar". 65. C

/HSs
24
f9!s
 José Almir Fontella Domelles
JfSN
DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL
/PS
EMPREGO DA LETRAS
/•S
Emprego das Letras
O Alfabeto
0&\
Atualmente, o alfabeto tem 26 letras: a, b, c, d, e, f, g, h,
i, j, k, I, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.
Emprego da Letra Z (Fonema /z/)
/Ps 1) Substantivos abstratos derivados de adjetivos: pobre
za, beleza, altivez, acidez...
/pN
2) Aumentativos ou diminutivos: copázio, balázio, pa-
pelzinho, homenzarrão, manzorra...
3) Verbos terminados em zer e zir: fazer, trazer, dizer,
aprazer, aduzir, franzir, conduzir, produzir, reduzir...
IPS (exceções: coser e transir).
4) Sufixo izar (em nomes sem s): finalizar, realizar, cen
tralizar, idealizar, moralizar...
5) Desinênciatriz (formadora de feminino): embaixatriz,
imperatriz, atriz, geratriz...
ífPS Emprego da Letra S (Fonema /z/)
1) Adjetivos que indicam origem: burguês, francês,
inglês, camponês, montes...
2) Desinênciasde feminino esa / isa:baronesa, marque
sa, japonesa, poetisa, sacerdotisa, profetísa...
/Ps
3) Em todas as formas dos verbos pôr (pus, pusemos,
pusera, puseste...) e querer (quis, quisemos, quisera,
quisesse...).
4) Adjetivosterminados em oso(a):aquoso(a), meloso(a),
jeitoso(a), gostoso(a), seboso(a), vaidoso(a)...
5) Depois de ditongos: causa, coisa, lousa, náusea,
aplauso, clausura, Sousa, Neusa...
/Ps
Empregos das Letras S e SS (Fonemas /z/ e /s/)
/Ps
Substantivos derivados dos verbos terminados em:
ender- defender (defesa), empreender (empresa), sur
preender (surpresa),despender (despesa), compreender
(compreensão), repreender (repreensão)...
ergir- imergir (imersão), submergir (submersão)...
erter- inverter (inversão), perverter (perversão)...
pelir- repelir (repulsa), compelir (compulsão)...
correr - discorrer (discurso), percorrer (percurso)...
ceder- ceder (cessão), conceder (concessão)...
gredir- agredir(agressão), regredir(regresso)...
primir- exprimir (expressão), comprimir (compressa)...
tir- permitir (permissão), discutir (discussão)...
Emprego da Letra X (Fonema /x/)
1) Depois de ditongos: caixa, trouxa, deixar, queixo,
ameixa, baixo, paixão... (exceção: recauchutar e
derivadas).
4ps
0Ê\
2) Depois das sílabas iniciais: - me: mexer, mexerico,
mexicano, mexilhão... (exceção: mecha) - Ia: laxan
te... - li:lixa, lixo...-\u: luxo, luxaria, luxação... -gra:
graxa, graxeira, engraxate... - bru: bruxa, bruxelês...
Emprego do G (Fonema /j/)
1) Nas terminações: - ágio: estágio, adágio... - égio:
privilégio, sacrilégio, egrégio... - ígio: prestígio, ves
tígio... - ógio: hagiológio, relógio... - úgio: refúgio,
subterfúgio... -agem: viagem, paisagem... (exceção:
pajem) - ege: herege, bege, sege... - igem: origem,
vertigem... - oge: doge, metagoge... - ugem: ferru
gem, penugem... (exceção: lambujem).
2) Nos verbos terminados em ger: reger, proteger, ele
ger... e gir: agir, frigir, fingir...
Emprego do J (fonema /j/)
1) Em palavras de origem tupi-guarani: jerivá, jibóia,
jirau, pajé, jerimum... ou africana: canjica, acarajé,
lambujem...
2) Nos verbos terminados em jar: viajar, arranjar, are-
jar... e em jear: gorjear, pajear...
3) Na terminação aje: laje, ultraje, traje...
Emprego do C ou Ç (Fonema /s/)
1) Em palavras de origem tupi-guarani: açaí, araçá,
babaçi ou africana: paçoca, troça, caçula...
2) Emsufixos: barcaça, armação, criança,carniça,caniço,
dentuço...
3) Depois de ditongos: foice, louça, beiço...
4) Nos derivados do verbo ter: abstenção, detenção,
atenção, retenção...
Emprego das Letras K, W e Y
1) para escrever símbolos: km (quilômetro), kg (quilogra-
ma), W(watt), yd(yard=jarda), TWA (Trans World Airlines),
K (kalium = potássio), kw (kilowatt), W (West = oeste)...
2) para escrever palavras e nomes estrangeiros (e seus
derivados): Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin,
darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, byroniano;
Taylor, taylorista; Kwanza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi,
malawiano...
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Certo/Errado
Julgue se todas as palavras foram escritas corretamente.
1. ) sarjeta, pajem, monje, argila.
2. ) tigela, rijeza, rabugento, gesto.
3. ) ascenção, obscessão, massiço, sucinto.
4. ) pixe, fiexa, xispa, xucro.
5. ) cachumba, esguixo, lagarticha, toxa.
6. ) azoto, ozônio, atrasado, exotérico.
7. ) Izabel, Neuza, Souza, Isidoro.
8. ) passoca, ajiota, cafuso, enchurrada.
9. ) albatroz, permição, interceção, puz.
10. ) logista, gerimum, giboia, pajem.
11. ) ananás, loquaz, vorás, lilaz.
25
VVestcon/

12. freguês, pequenez, duquesa, rijeza. GABARITO COMENTADO

13. encapusado, cuscus, pirezinho, atroz,
14. azia, asilado, azinhavre, azedo,
1.E Correção: monge.
15. guiso, aviso, riso, graniso.
2.C Todas corretas.
16. retrós, algoz, atroz, ilhós.
17. pretencioso, êxodo, baliza, aziago. 3.E Correções: ascensão, obsessão, maciço.
18. embaixatriz, sacerdotisa, coriza, az. 4.E Correções: piche, flecha, chispa.
19. enxarcado, enxotar, enxova, enxido. 5.E Correções: caxumba, esguicho, lagartixa, tocha.
20. discussão, aversão, ajeitar, gorjear.
6.C Todas corretas.
21. extaziar, gase, ojeriza, deslisar.
22. valize, deslize, varize, garnizé. 7.E Correções: Isabel, Neusa, Sousa.
23. batizar, catequizar, balizar, bisar. 8.E Correções: paçoca, agiota, cafuzo, enxurrada.
24. papisa, balásio, ginásio, episcopisa. 9.E Correções: permissão, intercessão, pus.
25. maisena, deslizar, revezar, pequinês. 10. E Correções: lojista, jerimum, jibóia.
11. E Correções: voraz, lilás.
Múltipla escolha
12. C Todas corretas.

26. Preencha com x ou ch: _ingar, jste, en_aqueca, mojla, 13. E Correções: encapuzado, cuscuz, piresinho.
ca_umba, fl e_a. 14. C Todas corretas.
15. E Correções: guizo, granizo.
A seqüência correta há de ser:
16. C Todas corretas.
a) ch-ch-ch-x-x-x.
b) x-x-x-x-x-x. 17. E Correção: pretensioso.
c) x-ch-x-ch-ch-ch. 18. C Todas corretas.
d) x - ch - x - ch - x - ch. 19. E Correções: encharcado, enchido.
e) x-x-x-ch-x-x. 20. C Todas corretas.
21. E Correções: extasiar, gaze.
27. Assinale a única série inteiramente correta quanto ao
emprego de s ou z. 22. E Correções: valise, variz, garnisé.
a) pesquisar - escravizar - paralizar. 23. C Todas corretas.
b) enfatizar -exorcisar- deslizar. 24. E Correção: balázio.
c) extravazar - amenizar - batizar. 25. C Todas corretas.
d) eletrolizar - propolizar - simpatizar.
26. d xingar, chiste, enxaqueca, mochila, caxumba,
e) hipnotizar - catequizar - improvisar.
flecha.
28. Indique a alternativa em que todos os pontilhados 27. e hipnotizar-catequizar- improvisar. Correções: a)
devem ser preenchidos com a letra j. paralisar; b) exorcizar; c) extravasar; d) eletrolisar,
propolisar.
a) o...eriza - cafa...este - ...ente - gara...em.
b) gor...eta - ultra...e - la...e - laran...eira. 28. b gorjeta, ultraje, laje, laranjeira. Obs.: a) gente,
c) man...ericão - ...eito - here...e - verti...em. garagem; c) herege, vertigem; d) tigela, virgem;
d) ti...ela - en...eitar - ma...estade - vir...em. e) monge, bobagem.
e) mon...e - lambu...em - boba...em - can...ica. 29. d escasso- descanso- paçoca. Correções: a) muçul
mano; b) miçangas, farsante; c) suíço, maçarico; e)
29. Assinale a opção em que todos os vocábulos estão pretensioso, hortênsia.
corretamente grafados, em relação a c, ç, s e ss. 30. e Correções: Homem pretensioso, o ministro não
a) mussulmano-sossego-remorso. conseguia disfarçar sua inesgotável presunção.
b) missangas - farçante - ascensão.
c) suísso-diversão-massarico.
d) escasso-descanso-paçoca. QUESTÕES DE CONCURSOS
e) pretencioso - fracasso - hortência.
Ortografia Oficial
30. Que frase apresenta um ou mais vocábulos escritos - Ortografia e Acentuação Gráfica
incorretamente?
a) Aos dezessete anos de idade, Aluísiojá era um rapaz Para responder a estas questões, considere, sob aspectos
gramaticais e semânticos, os fragmentos de textos que as
extremamente extravagante.
antecedem; depois, assinale C ou E, respectivamente, para
b) Ao marquês e a toda sua comitiva foi oferecido um
o que julgar certo ou errado.
esplêndido banquete.
c) Atualmente, as línguas estrangeiras são ensinadas 1. (Cespe/FUB) "(...) O professor Fontella solicitou que
por processos audiovisuais. alterasse todos a vida banal, as realidades quotidianas
d) A dispensa de alguns funcionários da seção de pes constituíam para mim uma fonte constante de terror."
soal causou dissensão entre os diretores. ( ) Para a palavra "quotidianas", está também previs
e) Homem pretencioso, o ministro não conseguia dis ta, nos dicionários da língua portuguesa, a grafia
farçar sua inexgotável presunção. cotidianas.

26
0*\
/Ps
/ps
2. (Cespe/Ministério da Saúde) "fm ií/fí'ma análise: isso
JÜS
quer dizer que há um descompasso entre as decisões
pessoais...".
( ) 0 uso do acento agudo em "análise" é obrigatório
/PS para distinguir esse substantivo do possível uso da
flexão do verbo analisar, analise, nessa estrutura
sintática.
3. (Cespe/Anac) "Ele percorria o interior paulista vendendo
vôos panorâmicos. Eraum dos pioneiros nessa ativida
de, que tornaria a aviação acessível ao grande público
e motivaria muitos a seguirem a carreira da aviação".
( ) No trecho, as palavras "acessível" e "público" são
acentuadas de acordo com diferentes regras de
/ps
acentuação.
4. (Cespe/TRT) "Ora, se o campo se encontra mais perto
/ps do natural, pode ser associado à paz, à inocência, à vir
tude, a cidade, então, por sua vez, seria a expressão de
/Ps
"barbárie". (...) No século XIX, o Brasilfoi representado
/S^ como um verdadeiro caleidoscópio.
( ) O emprego de acento gráfico no vocábulo "bar
/ÍPs bárie" deve-se à mesma regra que se observa no
emprego de acento em "caleidoscópio".
/^N 5. (Cespe/lbama) "Chico Mendes se tornaria mundial
mente conhecido por comandar uma campanha contra
/Ps
os responsáveis pela destruição da floresta e pela es-
cravização do caboclo amazônico. (...) A viúva do líder
/f^
seringueiro vai receber uma pensão vitalícia de 3 mil
{IpS reais mensais...".
áPS
( ) As palavras "amazônico" e "viúva" acentuam-se de
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
/ps
6. (Cespe/TRE) "É rara, nadocumentação, referência tão
explícita à convivência interétnica no nível privado. (...)
A palavra negro foi utilizada na linguagem coloquial,
por quase todo o século XIX, como uma espécie de
/Ps sinônimo de escravo ou ex-escravo".
( ) Nas palavras "referência" e "espécie", o emprego
do acento atende à mesma regra de acentuação
gráfica.
/ps 7. (Cespe/ANA)"Quarenta e quatro reuniõespúblicasfo
ram programadas para o corrente ano para apresentar
o plano e discuti-lo com a sociedade".
Disponível de: www.envolverde.com.br {comadaptações).
( ) Grafam-se como "discuti-lo" as seguintes formas
pronominais de verbos da terceira conjugação:
persegui-lo, instrui-lo, destrui-lo.
8. (Cespe/Polícia Civil) "Quero dizer que agora estou
estreando como contista, digo microcontista, uma vez
/JflS que se trata de um livro com miniestórias chamadas
por mim (talvez exageradamente) de microcontos".
/Ps ( ) A palavra "microcontista" também poderia ter sido
grafada corretamente com hífen (micro-contista).
/Ps
9. (Cespe/MPE) "Críticos mais recentes dos biocombustí
veis [...] apoiam-se no argumento de que a produção
/^* contribuipara a redução crescente da oferta de alimen
J^s
tos e para a conseqüente elevação dos preços".
( ) Otexto permanece correto ao se substituir a forma
(pS verbal "contribui" por contribue, já que ambas são
variantes aceitáveis da mesma palavra.
/P?s
/!PS
10. {Cespe/TRT)"E hoje acredito que as grandes mudanças
no cotidiano dos empregados nada tiveram a ver com
teorias revolucionárias ou com as novas técnicas de
administração de pessoal."
( ) 0 vocábulo "cotidiano" admite também a grafia
quotidiano, assim como cota ou quota e cincoenta
ou cinqüenta.
GABARITO COMENTADO
l.C Constam no VOLP/2009 "quotidiano" e "cotidia
no", ambas c/ o signif. de "comum a todos os dias,
diário".
2. E Obrigatório p/ regra das proparox. (a-ná-li-se).
3.C Sim, "acessível" (parox. c/ term. 1); "público"
(proparox.).
4.C Sim, regra das proparox. aparentes.
5.E Não, "amazônico" (proparox.) e "viúva" (hiato).
6. C Sim, regra das proparox. aparentes.
7.E Correção: instruí-lo e destruí-lo (hiatos).
8.E Correção: apenas microcontista (hífen só antes
dehe o).
9.E Correção: só contribui (verbo term. em uir).
10. E Correção: são corretas as grafias: cotidiano e quo
tidiano; cota e quota; porém somente cinqüenta.
EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA
(Conforme o novo Acordo Ortográfico)
Regra das Oxítonas
Acentuam-se as oxítonas:
1) terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens): sofá, ananás,
comprá-lo; pajé, vocês, vendê-la; porém, parabéns, pá, fé,
chás, dó, pó...
Observações:
a) Não mais se faz distinção, para fins de acentuação,
entre monossílaba tônica e oxítona.
b) Incluem-se nesta regra as formas verbais com os pro
nomes lo(s), la(s), lhe(s): adorá-lo, dá-las, dá-lhe, fá-los-ás,
habitá-la-íamos, trá-los-á,detê-lo, fazê-las, vê-las, compô-la,
repô-los, pô-la...
c) Não se acentuam as oxítonas monossílabas com as
terminações em ou ens: bem, quem, cem, trens...
2) terminadas nos ditongos abertos éi(s), éu(s) e ói(s):
anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s);
corrói, herói(s), remói, sóis...
Regra das Paroxítonas
Acentuam-se as paroxítonas
1) terminadas em I, n, r, x, ps: útil, fóssil, ágil, hífen,
pólen, próton, mártir, caráter, açúcar, tórax, látex, ônix,
fórceps, bíceps...
2) terminadas em um(uns), i(s), us, ã(s), ão(s), ei(s):/d-
rum, álbuns,júri, táxis, oásis, ônus, vírus,ímã, órfãs, órgão,
bênçãos, pônei, jóqueis...
Observações:
a) não se acentua o plural das paroxítonas terminadas
em en: hifens, liquens, regimens...
b) acentua-se o plural das paroxítonas terminadas em
on: prótons, nêutrons, íons...
27
 Regra das Proparoxítonas
1) Acentuam-se todas as proparoxítonas: lâmpada,
ínterim, período, álibi, bávaro...
2) Acentuam-se também as proparoxítonas aparentes
(nova classificação das paroxítonas terminadas em diton
gos crescentes): náusea, etéreo, glória, série, lírio, mágoa,
língua, vácuo...
Outras Regras de Acentuação
1) Acentuam-se o i e o u dos hiatos quando sozinhos ou
seguidos de s, desde que nãoestejam precedidosde ditongos
ou seguidos de nh:caí,saída, faísca, baú, gaúcho, balaústre...
Exceções:
a) acentuam-se quando precedidos de ditongos, em
palavras oxítonas: Piauí, teiú, teiús, tuiuiú, tuiuiús...
b) não se acentuam os hiatos naturais i-í e u-u: vadiice
(va-di-i-ce), xüta (xi-i-ta), juuna (ju-u-na), paracuuba (pa-
-ra-cu-u-ba)...
Observação:
Embora tenha sido abolida pelo novo AOLP*, será
aceita até 31/12/2012 (Decreto ne 6.583, de 29/9/2008) a
acentuação dos hiatos precedidos de ditongos em palavras
paroxítonas. Portanto, até aquela data, ainda será aceita a
acentuação de palavras como feiúra, baiúca...
5) Não mais se usa trema
0 trema será usado apenas em nomes estrangeiros e
seus derivados: Müller, mülleriano; Hübner, hübneriano...
Observações:
Embora tenham sido abolidos pelo novo AOLP, serão
aceitos até 31/12/2012 (Dec. n*6.583, de 29/9/2008):
1) a acentuaçãoem idéia, geléia, heróico, esferoide...
2) a acentuação em enjôo, vôo, zôo, abotôo, caçoo,
corôo, dôo...
3) a acentuação das formas verbais crêem, descrêem; /"üütk
dêem, desdêem; lêem, relêem; vêem, revêem, anteveem,
prevêem, provêem...
4) a acentuação das formas verbaisargúi, argúis, argúem;
averigue, averigues, averiguem...
5) o uso do trema em palavras, como, lingüiça, tranqüilo,
agüentar, conseqüência...
Palavras de Dupla Prosódia S9\
Podem ser grafadas com ou sem acento: acróbata
(acróbata), autópsia (autópsia), amnésia (amnésia), alopata
(alópata), biopsia (biópsia), boêmia (boêmia), crisantemo
(crisântemo), hieroglifo (hieróglifo), homília (homília), Oce /$$\
ania (Oceania), ortoepia (ortoepia), projétil (projétil), soror
(sóror), réptil (réptil), esfincter (esfíncter), xerox (xerox),
zangão (zôngão)...

2) Ocorre o acento diferencial:

a) Obrigatório em pôr (verbo) para diferençar de por
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO i/SÇ\

(preposição) e em pôde (pretérito de poder) paradiferençar

Certo / Errado
de pode (presente de poder).
Julgue se as palavras das séries foram acentuadas correta
b) Facultativo em fôrma(s) = modelo(s) para diferençar
mente (conforme o novo AOLP).
deforma(s) = aspecto(s).
1. ( ) pus, por, cru, noz.
2. ( ) Bauru, gari, item, tatu.
Observação: 3. ( ) réfem, têxtil, ônibus, bênção.
Embora tenha sido abolida pelo novo AOLP, será aceita /^51s
até 31/12/2012 (Dec. n^6.583, de 29/9/2008) a acentuação 4.( ) poluído, gratuito, poluindo, Suíça.
diferencial em palavrascomo pêlo, pêlos (substantivo), pela, 5.( ) canoa, coco, caju, feri-los.
pelas (substantivo e verbo), pêra (substantivo), pêlo (verbo), 6.( ) ônix, látex, fênix, tórax.
pólo, pólos (substantivo), pólo, pólos (substantivo), pára 7.( ) abdômen, dúplex, sanduíche, biquíni.
(verbo), côa, côas (verbo), ás (substantivo). 8.( ) fóssil, ágeis, barbárie, maquinaria.
c) Ocorre acento circunflexo para diferençar a 32 pessoa 9.( ) vês, chuchu, caju, trás.
do plural dos verbos ter, vir e derivados: tem / têm; vem 10. ( ) chassi, angu, urutu, biquíni.
/ vêm; contém / contêm; retém / retêm; advém / advêm; 11. ( ) batavo, bávaro, recorde, rubrica.
intervém / intervém... 12. ( ) graúdo, conteúdo, heroísmo, aldeínha.
13. ( ) fácil, ânsia, cuíca, heroína.
Outras Modificações (novo AOLP) 14. ( ) possuías, querías, graúdo, baía. /Ws
1) Não mais se acentuam os ditongos abertos ei e oi 15. ( ) mantém, revêem, obtêm, vêm.
em palavras paroxítonas: idéia, geleia, heróico, esferoide...
2) Não mais se acentua o penúltimo o fechado do hiato Múltipla escolha
oo(s) em palavras paroxítonas:
a) em substantivos: o enjôo, o voo, o revoo, o sobrevôo, 16. "Quando a abelhinha voltou à colmeia, disse ao zôngão <<ilS
o meio-voo, o zoo... que não pode colher o néctar da azálea, porque os
b) em formas verbais:abotoo, caçoo, coroo,doo, enjôo, estames estavam ainda sem pôlens". /Sçs

leiloo, magoo, perdôo, voo, moo, remoo... Segundo as regras de acentuação gráfica pode-se
afirmar que
3) Não mais se acentua o e fechado da 33 pessoa do a) não houve erro.
pluraldos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados: crêem, b) houve apenas um erro.
descrêem; dêem, desdeem; lêem, releem; vêem, revêem, c) houve apenas dois erros. /W\
anteveem, prevêem, proveem... d) houve apenas três erros.
4) Não mais se acentua o u tônico precedido de g ou q e) houve mais de três erros.
e seguido de e ou i de formas verbais, como, argui, arguis,
arguem; averigue, averigues, averigue, averiguem... 17. Assinale a série em que todas as palavras estão acen
tuadas corretamente. /S?S

(*) Acordo Ortográfico da Lfngua Portuguesa. a) idéia - urubu - suíno - ênclise.

—y-
28
/3h
/pis

/ps
Wes
/ps
b) bíceps - heróico - item - fóssil. 13. C Todas corretas.
c) tênis - fósseis - caíste -japonesa.
14. E Correção: querias (que-ri-as, sem acento: parox.
d) fútil - hifen - ânsia - decaído.
term. em as).
e) apoia - tapete - órfã - ruína.
15. C Todas corretas. Obs.: revêem (pelo novo AOLP, não
/ps
18. Observe os períodos abaixo quanto à acentuação. mais se acentua o hiato ee).
1. A cabala é um tratado filosófico-religioso hebraico, 16. c Dois erros. Correções: "Quando a abelhinha voltou
que pretende resumir uma religião secreta que se à colmeia, disse ao zângão (parox. c/ term. ão ou
supõe haver coexistido com a religião popular dos zangão, oxítona) que não pôde (acento diferencial:
hebreus. pôde - pretérito, pode - presente) colher o néctar
2. O conteúdo desse tratado, particularmente a deci- (parox. c/term. r) da azálea (proparox. aparente - é
/ps fração de um sentido secreto da Bíblia,é uma teoria o mesmo que "azaleia")porque os estames estavam
e um simbolismo de números e de letras.
/lis ainda sem polens (s/acento: parox. c/term ens)".
3. Cabala foi, também, a designação européia dos
movimentos místicos e esotéricos do século XII em 17. b bíceps (parox. c/ term. ps), heróico (não mais se
diante.
acentua dit. aberto em pai. parox.), item (s/acen
4. Na linguagem plebéia significa o conluio secreto to: parox. c/ term. em), fóssil (parox. c/ term. 1).
entre indivíduos ou facções que trabalham para um Correções: a) urubu (s/acento: oxítona c/term. u);
mesmo fim (maquinação, trama, conspiração). c) japonesa (s/ acento: parox. c/ term. a); d) hífen
J^s
(parox. c/ term. n), Decaído (hiato); e) tapete (s/
a) Não há erro(s) de acentuação. acento: parox. c/ term. e).
b) Houve apenas 1 erro. 18. b Apenas um erro: hebraico (he-brai-co: s/ acento:
c) Houve apenas 2 erros. parox. com term. o).
d) Houve apenas 3 erros.
19. b ... pôde (acento diferencial: pôde (pret.) - pode
e) Houve mais de 3 erros.
(pres.)... assembléia (pelo novo AOLP, não mais é
acentuada) - "pólos" (pelo novo AOLP, não mais é
19. Marque a alternativa correta, quanto à acentuação
acentuado). Correções: a) férteis (parox. term. em
gráfica.
eis), prósperos (proparox.); c) tivéssemos (propa
a) Os pólos agrícolas do sul são férteis e prósperos.
rox.); d) contribuintes (s/acento: con-tri-bu-in-tes:
b) O parlamentar pôde participar da assembléia ante
rior e vai emitir agora um juízo sobre o tema. hiato seguido de n), distribuí-la (hiato).
c) Louvaríamos a iniciativa se tivéssemos participado 20. a 1. ... melhor lhe convém (convir: 33 p. sing.). 2.
democraticamente de sua formulação. 0 que contêm (conter: 3Qp. pi.) estes frascos? 3....
d) O País tem muitos contribuintes e, portanto, muita os teóricos revêem (rever:39 p. pi.) os conceitos. 4.
renda, mas é preciso distribui-la. Eles proveem (prover: 3* p. pi.) a casa... Obs.: pelo
novo AOLP, não mais se acentua o hiato ee.
/pSs
20. Assinale a alternativa que completa corretamente.
/PS
1. Cada qual faz como melhor lhe EMPREGO DO PORQUE
2. O que estes frascos?
^S 3. Neste momento os teóricos os conceitos. Normas Práticas para o Emprego do Porquê
4. Eles a casa do necessário.

a) convém - contêm - revêem - proveem Porque = por que motivo ou pelo qual (flexões).
Não sei por quefaltaste ontem.
b) convém - contém - revêem - provém
Esse é o ideal por que lutas?
c) convém - contém - revém - provém
d) convém - contém - revêem - provêem Porquê = por que motivo (final de oração).
e) convém - contêm - revêem - provêem Reclamam sem saber porquê...
Porquê = substantivo.
GABARITO COMENTADO Você é o porquê da minha vida!
Porque = pois, visto que, para que, pergunta com resposta
áPs 1.C Todas corretas. implícita.
Estudem, porque a provaserá difícil.
2.E Correção: item (s/ac: parox. c/term. em). Eleestá tristeporque não passou no concurso ?
3. E Correção: refém (oxítona c/term. em).
4.C Todas corretas. Outros Exemplos
5.C Todas corretas.
1) Já sei por que não és mais nosso candidato.
6.E Correção: látex (parox. term. em x). 2) Por que as pessoas não são sinceras?
7.C Todas corretas. 3) Não deves trairos princípiospor que lutaste.
/f^
8.E Correção: maquinaria (s/acento:parox. com term.a). 4) Tantoestudo, tanto trabalho, porquê?
/pN
9.C Todas corretas.
5) Os políticos reclamam sem saber por quê.
6) Paratudo, sempre há um porquê.
10. C Todas corretas.
7) Sejamperspicazes, porque a vida é luta renhida.
0»\
11. E Correções: recorde, rubrica (s/acento: parox. term. 8) A questão é mais difícil porque não tem solução.
e/a). 9) Estudem porque possam fazer excelente prova.
12. E Correção: aldeinha (s/acento: hiato i + nh). 10) Elesnão viajaram porque não tinham dinheiro?

/PS 29
 /°fek

VVestcon/

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 13. c (1) Porque (=porque motivo) - (2) Porque (=pois,
vistoque)- (3) por que (=pelo qual) (4) porque (=
Certo / Errado pois, vistoque)
Julgue nas frases abaixo o correto emprego da palavra 14. b porque = pois. Obs.: a) por que = pelos quais; c)
porquê.
por que = pela qual; d) porquê = substantivo; e)
1. Eles me disseram porque quiseram. Porque = visto que.
2. Ele fugiu não sei por quê...
3. Os amigos, não sei por quê, foram sumindo. 15. d Correção: Por que (motivo) ela fugiu (...)?
4. Ela ri e não sabe o por quê.
5. Cada um ri por que gosta de rir.
6. Todos estão corretos, por que são livres. QUESTÕES DE CONCURSOS
7. Volta logo, porque te amol rWs

8. Veja o abismo por que passamos. Ortografia Oficial

9. Não vejo nenhum porquê em saíres sozinha.
10. Os motivos porque ela ri são esdrúxulos.
11. Você sabe por que ela ri?
12. Disseram-me porque chegaste cedo.
13. Qual a opção que completa corretamente as lacunas?
(1) o povo brasileiro não sabe votar? Dizem
os apressados: "(2) escolhe mal seus repre
sentantes". Contudo, se considerarmos o processo (3)
se realizam os pleitos, verificar-se-á que a
culpanão é do povo e, sim,dospartidos, (4)m
o povo elege um candidato que não foi, realmente,
escolhido por ele...
a) Por que-Porque-por quê-porque
b) Por que - Por que - por que - porque
c) Por que-Porque-por que-porque
rWs
S Ortografia
S Acentuação gráfica
Para responder a estas questões, considere, sob aspectos
/íüs
gramaticais e semânticos, os fragmentos de textos que as
antecedem; depois, assinale C ou E, respectivamente, para
o que julgar certo ou errado.
1. (Cespe/Polícia Civil-ES) Considerando que o fragmento
apresentado é um trecho adaptado de um texto publi
cado na Folha de S. Paulo em 11/11/2008, julgue-os
quanto à correção gramatical.
( ) O grupo levou armas, drogas e destruiu arquivos. /9\
Artefatos esplosivos foram detonados no interior
do prédio. Pouco antes, vizinhos contam, que ou /Ws

d) Porque - Porque - por que - porque viram o barulho de um carro saindo.

e) Por que - Porque - por que - por que
14. Assinale o item inteiramente correto.
a) São esses os objetivos porque trabalhamos.
b) Trabalhou-se até de madrugada porque o documen
to era urgente.
c) Édifícil a situação porque passamos.
d) Cada ato administrativodeve ter um porque muito
claro.
e) Por que os administradores têm sido negligentes,
chegou-se a este ponto.
15. Assinale a frase incorreta.
a) Se soubéssemos por que razão ela nos abandonou,
poderíamos justificar aquele gesto.
b) Por que não vieste à hora aprazada?
c) Ninguémrealmente conhece o porquê de sua ausência.
d) Porquê ela fugiu, se não era culpada?
e) Expulsaram-no da assembléia, porque sua presença
era incompatível.
GABARITO COMENTADO
2. (Cespe/PC-TO) O Sindicato dos Profissionais da Ciência /üSs
da Papiloscopia realiza amanhã palestras de conscien
tização sobre o trabalho...
( ) A palavra "Ciência"é acentuada pelo mesmo mo
tivo que a palavra "perícias".
3. (Cespe/Seplag-MG) ASubsecretária de Administração
Prisional informou que não há ocorrência de maus-
-tratos aos detentos da Penitenciária Dutra Ladeira.
( ) A expressão "maus-tratos" estaria igualmente
correta se fosse grafada como maltratos.
4. (Cespe/Agente Penitenciário)
I- (...) matriculados nas escolas de ensino fundamental
do sistema público brasileiro.
II - [...] já há secretarias questionando os números.
III - [...] livrodidático,transporte escolar e outros pro
gramas poderão, agora, ser mais bem utilizados.
( ) As palavras "público", "números" e "didático" são
acentuadas por terminarem em vogai, seguida ou /§S
não de s.
/-Rs

5. (Cespe/MTE) Nós, chefes de Estado e de Governo dos 21

/9k
1.C porque = visto que. países ibero-americanos, reunidos na XIII Conferência
2.C por quê = por que motivo (finalde oração). Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de Ia Sierra,
Bolívia...
3.C por quê = por que motivo (final de oração).
( ) De acordo com as regras de acentuação gráfica da
4. E Correção: o porquê = substantivo. Língua Portuguesa, a palavra "ibero-americanos"
/í?\
5. E Correção: porque = pois, visto que. também poderia ser corretamente escrita da se
6.E Correção: porque = pois, visto que. guinte forma: iberoamericanos.
7.C porque = pois.
6. (Cespe/MPE-RR)Críticos mais recentes dos biocombus
8.C por que = pelo qual. tíveis [...] apoiam-se no argumento de que a produção
9.C porquê = substantivo. contribui para a redução crescente da oferta de alimen /9s

10. E Correção: por que = pelos quais. tos e para a conseqüente elevação dos preços.
11. C por que = por que motivo. ( ) O texto permanece correto ao se substituir a forma
verbal "contribui" por contribue, já que ambas são
12. E Correção: por que = por que motivo.
l_; variantes aceitáveis da mesma palavra.

"Y"
f9\
30
' 7. (Cespe/MRE)
v I- (...) absorver importações crescentes sem ameaçar
m\ o equilíbrio externo.
II - O nível do câmbio, entretanto, também produz
f** efeitos adversos...
^ ( ) As palavras "equilíbrio" e "câmbio" recebem acento
v gráfico com base na mesma regra gramatical.
/SUN
8. (Cespe/TCE-TO)
^ I- Há também o homem da luz...
II-... o Moisés das prestações...
* III - Dr.Gouveia só se ocupa com o temporal...
0s ( ) Obedecem à mesma regra de acentuação gráfica
os vocábulos "também", "Moisés" e "só".
0^
9. (Cespe/Polícia Civil-TO) Quero dizer que agora estou
estreando como contista, digo microcontista, uma vez
que se trata de um livro com miniestórias chamadas
por mim (talvez exageradamente) de microcontos.
( ) Apalavra"microcontista"também poderia ter sido
grafada corretamente com hífen (micro-contista).
10. (Cespe/Serpro) Julgue o item a seguir.
( ) As palavras "saúde", "uísque" e "traíra" recebem
acento gráfico com base em regras gramaticais
diferentes.
GABARITO COMENTADO
l.E Correções: explosivos e prédio.
2.C Ambas são proparoxítonas aparentes (= parox.
term. em dit. cresc).
3.E Correção: Não estaria correta, pois maus-tratos
(adj.+subst.) é um substantivo composto no plural.
Obs.: mau >bom (adjetivos);mal >bem (advérbios).
4.E Correção: Acentuadas por serem proparoxítonas.
5.E Correção: Hífen obrigatório: ibero-americanos
(adjetivo composto por justaposição).
($è\
6. E Correção: A única forma correta é contribui (pres.
indic. de contribuir).
7.C São palavras proparoxítonas aparentes (= parox.
term. em dit. cresc).
8. E Correção: As palavras também e Moisés (regra das
oxítonas), só (monossílaba tônica). Obs.: o Cespe
não considerou o novo AOLP, que, quanto à acentua
ção, não fazdistinção entre mon. tônicase oxítonas.
/ps 9.E Correção:Com o pseudorradical "micro",só haverá
hífen se o 22 elemento iniciar-se por h ou o.
10. E Correção: São acentuadas pela mesma regra: a
dos hiatos.
EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS
Verbo
(fPS
Éa palavra empregada para exprimir ações (Os alunos
{PIS estudam muito.), estados (Opovo está cansado.) e fenôme
nos (Nevou e choveu no Sul.).
Verbos Auxiliares
Verbos que indicam a flexão de um verbo principal e
acrescentam novo matiz à ação:
0b.
Amanhã poderá chover em Brasília.
(39 pess. sing., fut. pres. do indic, realização possível)
Principais Verbos Auxiliares
1) Ser, estar, ficar... + participio (voz passiva analítica):
A cidade foi/esteve/ficou... cercada pelos inimigos.
2) Ter e haver + participio (tempos compostos):
Nós tínhamos/havíamos falado.
3) Ir, vir, estar, poder, dever, querer, parecer... +gerúndio
ou infinitivo (locuções verbais):
O dia vinha chegando, (ação progressiva)
Os alunos estavam estudando, (ação continuada)
O tempo parecia voar. (ação aparente)
Todosqueriam estudar muito, (ação pretendida)
A prova poderia serfácil, (ação possível)
Verbos Regulares
São os verbos que não modificam seus radicais e seguem
integralmente o modelo de sua conjugação.
Verbos Irregulares
São os que, em algumas flexões, apresentam modifica
ções nos radicais e não seguem integralmente o paradigma
da conjugação.
Verbos Anômalos
São os que, quando são conjugados, apresentam mais
de um radical (por serem derivados de diferentes verbos
latinos). São anômalos: ser e ir.
0 verbo ser (originário das formas latinas "sedere" e
"esse"): sou, és, é, somos, sois, são.
Verbo ir (originário das formas latinas "ire", "vadere" e
"fugere"): vou, vais, vá... irei, irás, irá...fui,foste,foi...
Os verbos ser e ir são iguais nos pret. perf. (fui, foste,
foi, fomos, fostes, foram) e no mais-que-perf. (fora, foras,
fora,fôramos, fôreis,foram); no imperf. (fosse,fosses, fos
se, fôssemos, fósseis, fossem) e no fut. subj. (for, fores, for,
formos, fordes, forem).
Emprego dos Tempos e Modos Verbais
1- Emprego dos Modos Verbais
Modo
Indica a relação entre o falante e a ação.
Modo indicativo (fato real, certo):
Amanhã estudarei verbos.
Modo subjuntivo (fato duvidoso, possível):
Quando estudares verbo.
Se estudares verbos.
<
Ui
Modo imperativo (ordem, proibição, pedido):
O
Não façam isso, estudem mais!
H
ec
O
II- Emprego dos Tempos Verbais o.
<
3
Tempo
z
Posiciona o fato em relação ao momento efetivo da
comunicação: presente, passado, futuro.
31
VVestcon/
Modo Indicativo
Presente (fato atual, habitual, verdades científicas):
Os concursandos estudam cuidadosamente.
Elasempre vai ao cinema.
O átomo é uma partícula da matéria.
Pretérito perfeito (fato totalmente concluído):
0 deputado terminou sua árdua tarefa.
Pretérito imperfeito (fato não concluído):
Ela descia as escadas quando cheguei ali.
Pretérito mais-que-perfeito (fato concluído e anterior a
outro, também concluído):
Ofilme já começara quando cheguei.
Futuro do presente (fato que ainda irá realizar-se):
Os bons alunos passarão neste concurso.
Futuro do pretérito (futuro vinculado ao passado):
Se estudássemos, teríamos sucesso.
Modo Subjuntivo
Presente (o que pode ocorrer no presente):
Épreciso quete dediquescom seriedade.
Imperfeito (expressa uma hipótese):
Se fizesse sua parte, teria mais facilidade.
Futuro (o que pode ocorrer no futuro):
Quando você vier a Brasília e vir suas obras...
Modo Imperativo
Imperativo afirmativo (ordens, pedidos):
Estuda e não te arrependerás.
Imperativo negativo (proibições):
Não faças a outrem o que não queres para ti.
Correlação entre Tempos e Modos
Correlações verbais necessárias:
1) pres. indic. > pres. subj.:
Exijoque você peça desculpas.
2) pret. perf. indic. > pret. imperf. subj.:
Exigi que ele pedisse desculpas.
3) pres. indic. > pret. perf. composto subj.:
Espero que ele tenha devolvido os livros.
4) pret. imperf. indic. >pret. m.-q.-perf. composto subj.:
Esperava que ela tivesse voltado para casa.
5) fut. subj. > fut. pres. indic:
Se você voltar para casa, eu ficarei feliz.
6) pret. imperf. subj. > fut. pret. indic:
Se você estivesse presente, eu leria seus poemas.
7) pret. m.-q.-perf. composto subj. >fut. pret. composto
indic:
Se você tivesse lido seus poemas, eu teria conhecido
sua obra.
8) fut. subj. > fut. pres. indic:
Quando você vier a Brasília, eu lhe mostrarei a cidade.
9) fut. subj. >fut. pres. composto indic:
Quando você terminara pesquisa, eu já terei concluí
u do minha tese.
—y-
32
Flexão Verbal /üls
Conjugação dos Verbos Auxiliares
/9s
Modo Indicativo
í^Hs
Presente
Ser: sou, és, é, somos, sois, são.
Estar: estou, estás, está, estamos, estais, estão.
/$ls
Ter: tenho, tens, tem, temos, tendes, têm.
Haver: hei, hás, há, havemos, haveis, hão.
Pretérito perfeito
Ser: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram.
Estar: estive, estiveste, esteve, estivemos, estivestes,
estiveram.
Ter: tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram.
Haver: houve, houveste, houve, houvemos, houvestes,
houveram.
Pretérito imperfeito
Ser: era, eras, era, éramos, éreis, eram.
Estar: estava, estavas, estava, estávamos, estáveis,
estavam.
Ter: tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham.
Haver: havia, havias, havia, havíamos, havíeis, haviam.
Pretérito mais-que-perfeito
Ser: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram.
/Wfa
Estar: estivera, estiveras, estivera, estiváramos, estivé-
reis, estiveram.
Ter: tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram.
Haver: houvera, houveras, houvera, houvéramos, hou-
véreis, houveram.
Futuro do presente
Ser: serei, serás, será, seremos, sereis, serão.
Estar: estarei, estarás, estará, estaremos, estareis, es
tarão.
Ter: terei, terás, terá, teremos, tereis, terão.
Haver: haverei, haverás, haverá, haveremos, havereis,
haverão.
Futuro do pretérito
Ser: seria, serias, seria, seríamos, serieis, seriam.
Estar: estaria, estarias, estaria, estaríamos, estaríeis,
estariam.
^\
Ter: teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam.
Haver: haveria, haverias, haveria, haveríamos, haveríeis,
haveriam.
Modo Subjuntivo
Presente
/<Í5s
Ser: seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam.
Estar: esteja, estejas, esteja, estejamos, estejais, estejam.
Ter: tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham.
Haver: haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam.
Imperfeito
Ser: fosse, fosses, fosse, fôssemos, fósseis, fossem.
Estar: estivesse, estivesses, estivesse, estivéssemos,
estivésseis, estivessem.
Ter: tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis,
tivessem.
Haver: houvesse, houvesses, houvesse, houvéssemos,
houvésseis, houvessem.
/^
 Futuro Futuro do pretérito
Ser: for, fores, for, formos, fordes, forem. Amar: amaria, amarias, amaria, amaríamos, amaríeis,
0f\ Estar: estiver, estiveres, estiver, estivermos, estiverdes, amariam.
estiverem. Ceder: cederia, cederias, cederia, cederíamos, cederíeis,
0\
Ter: tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem. cederiam.
Haver: houver, houveres, houver, houvermos, houverdes, Partir: partiria, partirias, partiria, partiríamos, partiríeis,
houverem. partiriam.

Modo Imperativo Modo Subjuntivo

Imperativo afirmativo Presente

Ser: sê, seja, sejamos, sede, sejam. Amar: ame, ames, ame, amemos, ameis, amem.
/f*\ Ceder: ceda, cedas, ceda, cedamos, cedais, cedam.
Estar: está, esteja, estejamos, estai, estejam.
Ter: tem, tenha, tenhamos, tende, tenham. Partir: parta, partas, parta, partamos, partais, partam.
/pS
Haver: há, haja, hajamos, havei, hajam.
/rtB\ Imperfeito
Imperativo negativo
Amar: amasse, amasses, amasse, amássemos, amasseis,
amassem.
Ser: (não) sejas, seja, sejamos, sejais, sejam.
Ceder: cedesse, cedesses, cedesse, cedêssemos, cedês-
Estar: (não) estejas, esteja, estejamos, estejais, estejam.
seis, cedessem.
Ter: (não) tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham.
Partir: partisse, partisses, partisse, partíssemos, partís-
Haver: (não) hajas, haja, hajamos, hajais, hajam.
seis, partissem.
Formas Nominais
Futuro
Amar: amar, amares, amar, amarmos, amardes, amarem.
Infinitivo
Ceder: ceder, cederes, ceder, cedermos, cederdes, ce
Ser, estar, ter, haver.
derem.
Gerúndio
Partir: partir, partires, partir, partirmos, partirdes, par
Sendo, estando, tendo, havendo.
tirem.
Participio
Sido, estado, havido, tido. Modo Imperativo

Conjugação dos Verbos Regulares Imperativo afirmativo

/ps
Amar: ama, ame, amemos, amai, amem.
Modo Indicativo Ceder: cede, ceda, cedamos, cedei, cedam.
Partir: parte, parta, partamos, parti, partam.
Presente
Amar: amo, amas, ama, amamos, amais, amam. Imperativo negativo
Ceder: cedo, cedes, cede, cedemos, cedeis, cedem. Amar: (não) ames, ame, amemos, ameis, amem.
Partir: parto, partes, parte, partimos, partis, partem. Ceder: (não) cedas, ceda, cedamos, cedais, cedam.
Partir: (não) partas, parta, partamos, partais, partam.
Pretérito perfeito
Amar: amei, amaste, amou, amamos, amastes, amaram. Formas Nominais
Ceder: cedi, cedeste, cedeu, cedemos, cedestes, cederam.
/PS
Partir: parti, partiste, partiu, partimos, partistes, partiram. Infinitivo
(flS Amar, ceder, partir
Pretérito imperfeito Gerúndio
/Ws
Amar: amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, Amando, cedendo, partindo
amavam. Participio
Ceder: cedia, cedias, cedia, cedíamos, cedíeis, cediam. Amado, cedido, partido
Partir: partia, partias, partia, partíamos, partíeis, partiam.
Conjugação dos Verbos Irregulares
Pretérito mais-que-perfeito
Amar: amara, amaras, amara, amáramos, amáreis, Modo Indicativo
amaram.
/ps Ceder: cedera, cederas, cedera, cedêramos, cedêreis, Presente
cederam. Ver: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem.
JPs
Partir: partira, partiras, partira, partíramos, partíreis, Vir: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.
partiram. Pôr: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem.
3
(3
Futuro do presente Pretérito perfeito 3
I-
Amar: amarei, amarás, amará, amaremos, amareis, Ver: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram. 0£
O
amarão. Vir: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram.
Ceder: cederei, cederás, cederá, cederemos, cedêreis, Pôr: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram. <
3
19
cederão. Z
Partir: partirei, partiras, partirá, partiremos, partíreis, Pretérito imperfeito
partirão. Ver: via, vias, via, víamos, víeis, viam.

33
 Vir: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham. Derivadosdo verbo yjr: advir,convir, desavir-se, intervir,
Pôr: punha,punhas,punha,púnhamos, púnheis, punham. provir.

Pretérito mais-que-perfeito Derivadosdo verbo fiêr.: antepor, apor, compor, contra

Ver: vira, viras, vira, víramos, vireis, viram.
Vir: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram.
Pôr: pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis,
puseram.
Futuro do presente
Ver: verei, verás, verá, veremos, vereis, verão.
Vir: virei, virás, virá, viremos, vireis, virão.
Pôr: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão.
Futuro do pretérito
Ver: veria, verias, veria, veríamos, veríeis, veriam.
Vir: viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam.
Pôr: poria, porias, poria, poríamos,poríeis, poriam.
Modo Subjuntivo
Presente
Ver: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam.
Vir:venha, venhas, venha, venhamos, venhais,venham.
Pôr: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham.
por, decompor, depor, dispor, expor, impor, propor, repor,
supor, transpor... /Sus
Os Verbos Terminados em eojr e \sl
a) os verbos terminados em gar
São irregulares nas formas rizotônicas do presente
do indicativo e tempos derivados, pois recebem o
acréscimo de I ao radical.
Verbo pentear
Pres. indic: pente/o, pente/as, pente/a, penteamos,
penteais, penteiam.
Pres. subj.: pente/e, pente/es, pente/e, penteemos,
penteeis, pente/em.
Imper. afirm.:pente/a (tu), pente/e (você), penteemos
(nós), penteai (vós), pente/em (vocês).
Imper.neg.: (não) pente/es (tu), pente/e (você), pen /Sftk
teemos (nós), penteeis (vós), pente/em (vocês).
Nos demais tempos, são regulares; portanto, sem i
no radical.

Imperfeito Observação:
Ver: visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem. Forma rizotônica: vogai tônica dentro do radical
Vir: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem. (pente/io).
Pôr: pusesse,pusesses,pusesse,puséssemos, pusésseis, Forma arrizotônica: vogaitônica fora do radical(pen /8S

pusessem.
te/amos).

Futuro
Verbofreaj (formas que apresentam problemas)
Ver: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem. Pret. perf. indic: freei, freaste, freou, freamos, fre-
astes, frearam.
Vir: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.
Pret. m.-q.-perf. indic: freara, frearas, freara, freára-
Pôr: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem. mos, freáreis, frearam.
Fut. subj.: frear, freares, frear, frearmos, freardes,
Modo Imperativo
frearem.
imperf. subj.: freasse, freasses, freasse, freássemos,
Imperativo afirmativo freásseis, freassem.
Ver: vê, veja, vejamos, vede, vejam.
Vir: vem, venha, venhamos, vinde, venham. b) os verbos terminados em laj
Pôr: põe, ponha, ponhamos, ponde, ponham. São regulares, não sofrem alterações em seus radicais,
exceto os seguintes, cujas iniciais formam o nome
Imperativo negativo "MÁRIO":
Ver: (não) vejas, veja, vejamos, vejais,vejam.
Vir: (não) venhas, venha, venhamos, venhais, venham.
Mediar
Pôr: (não)ponhas,ponha, ponhamos, ponhais, ponham. São irregulares nas formas rizotô /*S
Ansiar
nicas do presente do indicativo e
Remediar /5BS
Formas Nominais tempos derivados, em que o radi
Incendiar
cal é acrescido de e.
Odiar
Infinitivo
Ver, vir, pôr
1) o verbo ansiar
Gerúndio
Pres. indic: anseio, anseias, anseia, ansiámos, ansiais,
Vendo, vindo (*), pondo anseiam.
Participio Pres.subj.: anseie, anseies, anseie, ansiemos, ansieis, /9\
Visto, vindo (*), posto anseiem.
Imper. afirm.: anseia (tu), anseie (você), ansiemos
Verbos Derivados (nós), ansiai (vós), anseiem (vocês).
Imper. neg.: (não) anseies, anseie, ansiemos, ansieis,
Osverbos derivadosseguem a conjugação das respecti anseiem.
vas formas primitivas.
2) o verbo mobiliar
Derivadosdo verbo y_§r.: antever, entrever, prevere rever. Pres. indic: mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, f^S
mobiliais, mobíliam.
Pres. subj.: mobílie, mobílies, mobílie, mobiliemos,
[') Observeque o gerúndioe o participio sãoiguais. mobilieis, mobíliem.

~Y"
34

Imper. afirm.: mobília (tu), mobílie, mobiliemos,
mobiliai (vós), mobíliem.
Imper. neg.: (não) mobílies, mobílie, mobiliemos,
mobilieis, mobíliem.
Observação: este verbo também se escreve mobi-
0&S Ihar (VOLP) e mobilar (forma preferida em Portugal);
ambas de conjugação regular.
Os Verbos Terminados em uar
Alguns verbos, como, aguar, apaniguar, apaziguar,
apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar e
afins admitem duas pronúncias em algumas formas do pres.
indic. e do pres. subj.
Exemplos:
Pres. indic: águo/aguo, águas/aguas, água/agua ...
águam/aguam
Pres. subj águe/ague, águes/agues, águe/ague
águem/aguem.
Pres. indic: averíguo/averiguo, averíguas/averiguas,
averigua/averigua... averiguam/averiguam.
Pres. subj.: averígue/averigue, averígues/averigues,
éís
averígue/averigue... averíguem/averiguem.
áiS
Obs.: no Brasil,a pronúncia corrente é com a ou i tônicos.
O verbo requerer
Semelhante ao verbo querer, só não segue a conjugação
dele nos seguintes casos:
Pres. indic: requeiro, requeres, requer, requeremos,
requereis, requerem.
Pret. perf. indic: requeri, requereste, requereu, reque
remos, requerestes, requereram.
Pret. m-q-perf. indic: requererá, requereras, requererá,
requerêramos, requerêreis, requereram.
Fut. subj.: requerer, requereres, requerer, requerermos,
/Ps requererdes, requererem.
Imperf. subj.: requeresse, requeresses, requeresse,
requerêssemos, requerêsseis, requeressem.
Os Verbos Irregulares da 3B Conjugação
a) Modelo: cair-perdem o i na 3a pess. pi. do pres. indic.
Pres. indic: caio, cais, cai, caímos, caís, caem.
Seguem o modelo: atrair, contrair, distrair, extrair,
retrair, sair etc.
b) Modelo: ferir - trocam o e por i na Ia pess. sing. do
pres. indic. e em todo o pres. subj.
Pres. indic: firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem.
Pres. subj.: fira, firas, fira, firamos, firais, firam.
Seguem o modelo: aderir, advertir, aferir, assentir,
auferir, competir, conferir, conseguir, consentir,
convergir, deferir, desferir, despir, diferir, discernir,
divergir, divertir, expelir, gerir, impelir, inferir, ingerir,
inserir, investir, mentir, perseguir, preferir, preterir,
proferir, referir-se, refletir, repelir, repetir, revestir,
seguir, sentir, servir, sugerir, transferir, vestir e outros
(esses verbos, portanto, não são defectivos).
c) Modelo: agredir - trocam o e por i nas formas rizo-
JPs
tônicas do pres. indic. e em todo o pres. subj.
Pres. indic: agrido, agrides, agride, agredimos, agre-
dis, agridem.
Pres. subj.: agrida, agridas, agrida, agridamos, agri-
dais, agridam.
Seguem o modelo: regredir, progredir, transgredir,
prevenir, cerzir e denegrir.
d) Modelo: cobrir - trocam o o por u na 1- pess. sing.
do pres. indic. e em todo o pres. subj.
VVestcon/
Pres. indic: cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris,
cobrem.
Pres. subj.: cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais,
cubram.
Seguem o modelo: encobrir, engolir, descobrir, reco
brir, dormir, tossir.
e) Modelo: subir - trocam o u por o nas formas rizotô-
nicas do pres. indic. (exceto na Ia pess. sing.)
Pres. indic: subo, sobes, sobe, subimos, subis, sobem.
Seguem o modelo: acudir, bulir, consumir, cuspir,
entupir, escapulir, fugir, sumir.
f) Modelo: polir - trocam o o por u nas formas rizotô-
nicas do pres. indic. e em todo o pres. subj.
Pres. indic: pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem.
Pres. subj.: pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam.
Seguem o modelo: sortir e despolir.
g) O verbo frigir- troca o i por e nas formas rizotônicas
do pres. indic. (exceto na Ia pess. sing., em que troca
o g por j), o mesmo ocorre em todo o pres. do subj.
Pres. indic: frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem.
Pres. subj.: frija, frijas, frija, frijamos, frijais, frijam.
Os Verbos Defectivos
Aqueles que não são conjugados integralmente, faltam
pessoas ou tempos inteiros.
Principais Verbos Defectivos
a) Reaver e Precaver-se
Conjugados apenas nas formas arrizotônicas do pre
sente do indicativo e tempos derivados.
(1) Pres. indic
Reaver Precaver-se
nos reavemos nos nos precavemos
vós reaveis vós vos precaveis
Pres. subj.:-não há.
Imper. negativo: - não há.
Imper. afirm.: (Reaver) - reavei (vós). (Precaver-se)
- Precavei-vos (vós).
(2) Nos demais tempos:
Reaver - conjuga-se como o verbo haver.
Precaver-se - conjuga-se como verbo regular
(mod. vender).
b) Grupo do El
Conjugados apenas nas formas com E ou I depois do
radical: abolir, aturdir, banir, brandir, carpir, colorir,
demolir, delinquir,esculpir, explodir,fulgir,feder, soer.
c) Grupo do I
Conjugados apenas nas formas com I depois do radi
cal: falir, adir, remir, ressarcir, vagir, espavorir.
d) O verbo viger só é conjugado nas formas com Edepois
do radical.
Particípios Abundantes
Aceitar: aceitado, aceito; acender: acendido, aceso;
benzer: benzido, bento; eleger: elegido, eleito; entregar:
35
 entregado, entregue;enxugar: enxugado,enxuto; expressar: Observações:
expressado, expresso; expulsar: expulsado, expulso; extin 1) A voz reflexiva se faz com os pronomes me, te, se,
guir: extinguido, extinto; matar: matado, morto; prender: nos, vos:
prendido, preso; romper: rompido, roto; salvar: salvado, Nós nos afogamos no rio.
salvo; soltar:soltado, solto;suspender: suspendido, suspen 2) Uma variante da voz reflexiva no plural denota reci
so; tingir: tingido, tinto. procidade (ação mútua):
Asformas regulares (terminadas em "ado" ou "ido) são Elesabraçaram-se e cumprimentaram-se.
empregadas na voz ativa (tempos compostos) com os auxilia
res "ter" ou "haver"; as formas irregulares(semterminações Passagem da Voz Ativa para a Voz Passiva
Condição: verbo transitivo direto.
definidas) são usadas na voz passiva com os auxiliares "ser"
ou "estar":
Passagem para a Voz Passiva
O diretor havia aceitado a proposta.
(voz ativa - tempo composto) Voz ativa:
A tarefa foi aceita por nós, (voz passiva) Ofogo destruía o jardim.
O professor tinha suspendido a aula. sujeito v.t.d. objeto direto
(voz ativa - tempo composto) ^5Ss

Ojogo foi suspenso pelo árbitro, (voz passiva) Voz passiva analítica:
Ojardim era destruído pelo fogo. í<^S

sujeito paciente participio ag. da passiva

Observação: essa regra, no entanto, com determinados
Verbo ser no mesmo tempo e modo do verbo da voz
verbos, não vem sendo seguida: alguns particípios regulares ativa.
são usados também para a voz passiva, porque o participio
irregular, na linguagem hodierna, passou a ter conotação Passagem de Locução Verbal para a Voz Passiva
adjetiva, exclusivamente.
Voz ativa: i*S§S
Particípios Especiais Os alunos estavam assinalando a resposta.
sujeito v. aux. v. princ. objeto direto
Somente Particípios Irregulares: v.td.

abrir: aberto; cobrir: coberto; dizer: dito;

escrever: escrito; fazer: feito; ver: visto; Voz passiva:
vir: vindo; pôr: posto. A resposta estava sendo assinalada pelos alunos.
sujeito v. aux. participio ag. da passiva
Particípios Regulares que se Tornam Obsoletos: Verbo ser no mesmo tempo e modo do verbo da voz
ativa.
Na linguagem contemporânea, em lugardos particípios
O verbo auxiliar concorda com o sujeito.
"ganhado", "gastado" e "pagado", prefere-se ganho, gasto
e pago.
Passagem da Voz Passiva para a Voz Ativa
Éo processo inverso.
Tempos Compostos
Voz passiva:
Auxiliares (ter ou haver) + Participio (regular) A prova seria corrigida pela professora. /^\

sujeito paciente ag. da passiva

Quadro (resumo) da Conjugação de Tempos Compostos
Voz ativa:
Exemplo: verbo vender A professora corrigiria a prova.
sujeito agente (1) fut. pret. (3) objeto direto (2)
Modos indicativo subjuntivo
Observações:
Tempos compostos
1) O agente da passivavoltou a ser o sujeito agente.
Pret. perf. tenho vendido tenha vendido 2) O sujeito paciente voltou a ser o objeto direto.
Pret. m-q-perf. tinha vendido tivesse vendido 3) Eliminou-se overbo ser,conjugando-se overbo principal /f$?\
Futuro pres. terei vendido tiver vendido no mesmo tempo em que se encontrava o verbo ser.
Futuro pret. teria vendido
Morfossintaxe
Formas nominais compostas
Infinitivo ter vendido
O verbo exerce as funções sintáticas de núcl. do predi
Gerúndio tendo vendido cado (nos pred. verbal e verbo-nominal) e de v. de ligação
(no pred. nominal):
Observação: presente, pretérito imperfeito, imperativo Ela apareceu (um dos núcls. do pred. verbo-nominal)
e participio compostos não existem. sorridente, sentou-se (núcl. do pred. verbal) tranqüilamente,
mas parecia (v. ligação) nervosa.
Vozes do Verbo

Ativa (o sujeito pratica a ação):

O deputado apresentou um novoprojeto.
Passiva (o sujeito sofre a ação):
O muro foi derrubadopela liberdade.
Reflexiva (o sujeito pratica e sofre a ação):
A menina via-se no espelho.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Certo / Errado
Julgue as frases quanto à flexão e ao emprego dos verbos.
1. ( ) Vi, mas não intervim; o guarda não interveio; dois
policiais também não intervieram. Se tivéssemos
intervindo, talvez tivéssemos evitado tantas mortes.

—y
36
0Ü^
2. ( ) Quando ela pule o carro, ele parece novo, uma jóia.
Queres que ela pula também o teu.
3. ( ) Neste momento, ela frege um ovo para o lanche.
Não queres que ela frija um para ti também?
4. { ) "O fogo destruía os documentos"; na voz passiva:
"Os documentos foram destruídos pelo fogo".
5. ( ) Elasempre freia o carro antes da faixa de pedestres,
mas ontem não freiou: mesmo que freasse não
evitaria o acidente.
6. ( ) No ano passado, os alunos requiseram aumento
do efetivo de servidores: imediatamente o diretor
proviu todos os cargos vagos.
7. ( ) Querem que você demula todas as instalações da
loja e, com isso, fale; o que a concorrência não sabe
0$tès
é que a lei que vigia em 1980, já não vige mais.
/PS
8. ( ) "Alugou-se uma casa para veraneio"; na voz ativa:
"Uma casa foi alugada para veraneio".
9. ( ) Elaanseia por dias melhores, mas não há bem que
sempre dure, nem mal que não se remedeie.
10. ( ) Desejo que você reaveja seus documentos e que
doravante se precavenha contra novas e eventuais
perdas.
11. ( ) Embora tenham suspenso as aulas, os recursos dos
candidatos foram imprimidos a tempo.
^PS
12. ( ) Viemos, agora, avisá-lo de que se ela ver o conteúdo
Éfls da mensagem, todos veriam quais são nossos planos.
13. ( ) Se ainda hoje ela cerze tuas rotas meias e, mesmo
assim, denegres seu passado: gratidão há, mas não
tua.
14. ( ) Todos trabalhando: Ana água as flores, Andréa mo
JI?S bília a sala e eu averíguo quem irá pagar as contas.
15. ( ) Todos têm ganhado, gastado, mas têm pagado suas
dívidas. Os inadimplentes são pegados pelo SPC.
Múltipla escolha
16. Assinale o período com incorreta flexão verbal.
a) "Carregávamos destinos diferentes, mas respeitáva-
mo-nos tanto que, se divergíamos, nenhuma de nós
saía mais forte dessa divergência."
b) "É importante o evento: estreemos vestido e chapéu
novos!"
c) "Na véspera do dia em que ele devia ser queimado,
os juizes proporam-lhe o perdão a troco do simples
depoimento de que não era legítima a sua mulher."
d) "Quem com muitas pedras bole, uma na cabeça lhe
cai."
e) "Como querem que o exército português expila os
franceses da ilha do Maranhão sem que construa
forte posição no rio das Amazonas."
17. "Embora os exames já tenham sido devolvidos pelos
professores,a escola ainda não divulgou os resultados."
#N Nas vozes ativa e passiva, respectivamente, as formas
verbais seriam:
a) tivessem devolvido - foram divulgados.
b) tenham devolvido-foram divulgados.
c) tenham devolvido - tivessem divulgado.
d) devolvessem - foram divulgados.
e) devolvem - são divulgados.
18. A frase negativa que corresponde a "Põe nela todo o
incêndio das auroras" é:
a) Não põe nela todo o incêndio das auroras.
b) Não ponhas nela todo o incêndio das auroras.
c) Não põem nela todo o incêndio das auroras.
/f^v
d) Não ponha nela todo o incêndio das auroras.
e) Não pondes nela todo o incêndio das auroras.
19. Assinale a opção com erro de flexão verbal.
a) "Todos os povos soem ser ingratos para com seus
homens públicos."
b) "A atividade agrícola, subordinada às estações do
ano, dificultava evidentemente a regulamentação
das horas de trabalho diário de maneira tão estrita
como a que vigia na indústria."
c) "Praza a Deus que o noivado não seqüestre ao nosso
afeto o carinhoso mestre."
d) "Trezentos e sessenta e seis mil braços erigem as
pirâmides do Egito."
e) "Ardeo sol. Nem gota de água escassa chora impie
doso o céu. Exaurem-se as correntes."
20. Transpondo para a voz ativa a frase: "Solicita-se a
atenção de V.Sa. para um dado importante", obtém-se
a forma verbal:
a) é solicitado. d) solicitaram.
b) solicitam. e) solicitou-se.
c) foi solicitada.
21. "Os infantes não chegariam lá, ou, se chegassem, seria
a duras penas...".
As formas verbais compostas correspondentes às for
mas simples destacadas são, respectivamente
a) tinham chegado-tivessem chegado.
b) não há -tinham chegado.
c) teriam chegado - têm chegado.
d) terão chegado - tivessem chegado.
e) teriam chegado - não há.
22. Assinale a opção com voz passiva correta.
a) Otempo consumia até colunas de bronze. Até colu
nas de bronze foram consumidas pelo tempo.
b) Pouquíssimos torcedores do Flamengo assistiam ao
jogo. O jogo era assistido por pouquíssimos torce
dores do Flamengo.
c) Venderiam todos os cavalos e os búfalos ao alcaide.
O alcaide iria vender todos os cavalos e os búfalos.
d) Umdia poderíamos vir a comprar novos tratores. Um
dia novos tratores poderiam vir a serem comprados
por nós.
e) Todos conhecem a verdade: roubam o dinheiro dos
contribuintes. A verdade é conhecida de todos:
rouba-se o dinheiro dos contribuintes.
23. Assinale a correta transposição do trecho para a voz
passiva, respeitando o emprego dos tempos e modos
verbais.
"Talvez essas duas idéias nos possam levar a uma es
pécie de neo-humanismo não triunfalista."
(Carlos Diegues)
a) Talvez poderemos ser levados por essas duas idéias...
b) Talvez sejamos levados por essas duas idéias...
c) Talvez estejamos sendo levados por essas duas
idéias...
d) Talvez podemos ser levados por essas duas idéias...
e) Talvez possamos ser levados por essas duas idéias...
24. Assinale a opção que se apresente de acordo com a
norma culta.
a) Se era primário e tivera bons antecedentes, não
tinha sido preso e sua pena tinha sido simplesmente
prestar serviços comunitários.
37
 b) Se fosse primário e tivesse bons antecedentes, não
seria preso, e sua pena seria simplesmente prestar
serviços comunitários.
c) Se fosse primário e tivesse bons antecedentes, não
era preso, e sua pena teria sido simplesmente pres
tar serviços comunitários.
d) Se era primário e tinha bons antecedentes, não ti
nha sido preso e sua pena tinha sido simplesmente
prestar serviços comunitários.
25. Transpondo para a voz ativa a oração: "O vaso de
samambaias está sendo regado diariamente pelas
crianças", obtém-se a forma verbal:
a) estão regando. d) é regado.
b) regam. e) regarão.
c) têm regado.
GABARITO COMENTADO
1.C Obs.: ... intervlm (= vir)... interveio (= vir) ... in
tervieram (= vir). Se tivéssemos intervindo ... (o
participio é igual ao gerúndio). Obs.: não existe a
forma "intervido".
2.C Obs.: polir- pres. indic: pule; pres. subj.: pula.
3.C frigir, pres. indic: frijo, freges, frege... pres. subj.:
frija,frijas, frija...
4.E Correção: voz ativa: destruía terei, imperf.) - voz
passiva: "eram (pret. imperf.) destruídos".
5.E Correção:... mas ontem não freou...
6.E Correções: ... os alunos requereram (...) diretor
proveu...
7. E Correções:... que você derrube (demolir: v. defecti-
vo)... e, com isso, vá a falência (falirv. defectivo)...
que a lei que estava em vigor (viger v. defectivo)...
8.E Correção: Alugaram uma casa... Obs.: "Alugou-se
uma casa..." (voz passiva sintética); "Uma casa foi
alugada..." (voz passiva analítica).
9.C Obs.: mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar
recebem um e no radical: Ela anseia... não se re-
medeie.
10. E Correções:... você recupere (reaver é defectivo)...
doravante se previna (precaveré defectivo)...
11. E Correções: ... tenham suspendido (ter/ haver
+ part. regular)... foram impressos (ser/estar +
part. irregular).
12. E Correções: Vimos, agora, (...) se ela vir... todos
verão...
13. E Correções:... ela clrze... denigres...
14. E Correções: Andréa mobília (...) eu averigue..
15. C Obs.: Embora, na linguagem moderna, haja pre-
ferênçia por "qanho", "qasto" e "pago", não se
podem considerar incorretas as formas regulares
"ganhado", "gastado"e "pagado", quando usadas
c/ os v. aux. ter e haver.
16. c Correção:... os juizes propuseram-lhe o perdão...
17. b "Embora os exames já tenham sido (part.) devolvi
dos pelos professores, a escola ainda não divulgou
(pret. perf.) os resultados.":-"Embora os professo
res tenham devolvido (part.)... os resultados não
foram (pret. perf.) divulgados...".
18. b Põe. (tu) nela todo o incêndio das auroras: Não
ponhas (imper. negativo = pres. subj.) nela todo o
incêndio das auroras.
38
19. b Obs.: "vigia" é forma não aceita p/ norma culta /SIS
das gramáticas; consta, no entanto, nos dicionários
Aurélio e Houaiss.
20. b Solicita-se (part.apassiv.)a atenção de V.S2. para um
dado importante (voz passiva sintética): Solicitam
a atenção de V. Sa. para um dado importante (voz
ativa: verbo na 3* p. pi. p/indeterm. o sujeito).
21. e Os infantes não chegariam (fut. pret.) / teriam
chegado (fut. pret. composto) lá, ou, se chegassem
(imperf.subj. -não há forma composta correspon
dente), seria a duras penas...
22. e Correções: a) eram consumidas; b) "assistir": v.t.i.
não admite voz passiva; c) Todos (...) seriam vendi /*Ss
dos ao alcaide; d) Um dia tratores novos poderiam
vir a ser comprados por nós.
23. e Obs.: Voz ativa: "Talvez essas duas idéias nos pos
sam levar (infinitivo)... -voz passiva: "Talvezpossa
mos ser (infinitivo)levados por essas duas idéias...".
24. b "Se fosse primário e tivesse (imperf. subj.) bons
antecedentes, não seria preso, e sua pena seria
(fut.pret.)...". Obs.: or. condicionaisno imperf. subj.
exigem or.princ. no fut. do pret.
25. a 0 vaso de samambaias (suj.) está sendo (gerúndio)
regado diariamente Delas crianças (aa. da passiva):
As crianças (sui.) estão reaando (gerúndio) diaria
mente o vaso de samambaias (o.d.).
fW\
QUESTÕES DE CONCURSOS
Emprego das Classes de Palavras
- Verbo (flexão, tempos, modos e vozes)
Para responder a estas questões, considere, sob aspectos
gramaticais e semânticos, os fragmentos de textos que as
antecedem; depois, assinale C ou E, respectivamente, para
o que julgar certo ou errado
1. (Cespe/Seplag-DF) "Em 1517, o explorador espanhol
Francisco Hernández de Córdoba chegou à península /^S
de Yucatán, perto da atual cidade mexicana de Cancun.
Ascomunidadespelas quais passou a expedição de Her /9\
nándezfaziam parte do que restava de uma complexa
sociedade que, durante 700 anos, dominara a América
Central: os maias".
( ) O uso do tempo verbal em "dominara" indica que
o período de 700 anos de domínio dos maias na
América Central já havia terminado quando a ex
pedição de Hernández passou por essa região.
2. (Cespe/STM) "O debate voltou à tona após policiaisda
Delegacia Antipirataria apreenderem, no mês passado,
mais de duzentos pastas com textos para serem repro
duzidos em uma universidade do Rio de Janeiro...".
( ) A forma verbal "apreenderem" poderia ser corre
tamente substituída pela forma verbal composta
terem apreendido.
3. (Cespe/Embasa) "Fazia tempo que se especulava sobre
a existência de água emforma de gelo sob o pedregoso
solo lunar, principalmente por causa da presença de
hidrogênio nas regiões dos pólos, mas nunca se havia
obtido uma prova concreta.
( ) O trecho "nunca se havia obtido uma prova con
creta" preservaria sua correção gramatical se fosse

reescrito, flexionando-se o substantivo no plural,
do modo seguinte: nunca se haviam obtido provas
concretas.
(Cespe/Agente de Polícia Federal) "As iniciativas são
louváveis. Caso a população, porém, se sinta apenas
punida ou obrigada a umaatitude, e não parte da co
#SS munidade, os benefícios não se tornarão duradouros".
( ) A substituição de "Caso" pela conjunção Se pre
servaria a correção gramatical da oração em que
se insere, não demandaria outras modificações
^S
no trecho e respeitaria a função condicional dessa
oração.
(Cespe/Anatel) "Noentanto, o simplesfato de que uma
0S
coisa possua um nome e de que a chamemos montanha
indicaque ela é, pelo menos, uma coisa-para-nós, isto
é, que possui umsentido em nossa experiência".
( ) O desenvolvimento das idéias no texto mostra
que o uso do modo subjuntivo em "possua" é
obrigatório para que as regras gramaticais sejam
respeitadas; sua substituição pelo modo indicativo,
possui, provocaria incoerência textual e desrespei
to às regras gramaticais.
/ps
(Cespe/STM) "Uma alternativalegal, porém, existe há
quatro anos, mas só agora começa a ser efetivada em
algumas universidades: a venda de capítulosavulsos".
( ) Acorreção gramatical do texto seria mantida caso
^s o trecho "Uma alternativa (...) algumas universida
des" fosse reescrito da seguinte maneira: Fazem
quatro anos que existe uma alternativa legal, mas
só agora ela começa a ser efetivada em algumas
universidades".
jfÜS
7. (Cespe/Anac) "Ele percorria o interiorpaulista vendendo
vôos panorâmicos. Era um dos pioneiros nessa ativida
de, que tornaria a aviação acessível ao grandepúblico
e motivaria muitos a seguirem a carreira da aviação.
Fritzfazia decolaro biplanocom o passageiro,davauma
volta sobre a cidade, recebia o dinheiro e chamava o
próximo da fila".
(PS
( ) Peloemprego das formas verbais "percorria", "fazia
decolar", "dava", "recebia", "chamava", infere-se
que tais ações foram realizadas por Fritz espora
dicamente.
(Cespe/TRT) "No século XIX, enfatizou-se, nos mais
diversos domínios, a busca de explicações sobre as
origens - dos homens, das sociedades, das nações".
/p*s ( ) Atenderia à prescrição gramatical o emprego da
forma verbal foi enfatizada, em vez de "enfatizou-
jíP^S -se".
(Cespe/TRE) "Obrigado. Até breve, segundo me anun
cias, e oxalá concluas a viagem sem as contrariedades
a que aludes. Abraça-te o velho amigo".
( ) Asformas verbais "anuncias", "concluas" e "aludes"
estão conjugadas na segunda pessoa do singular
do mesmo tempo e do mesmo modo verbal.
/PS
10. (Cespe/MPOG) "Especialmente quando se trata do
planejamento municipal, é preciso que os indicadores
expressem a capacidade do município em oferecer tal
qualidade de vida a seus moradores. Em outras pala
vras, é fundamental que avaliem também a oferta de
serviços...".
VVestoon/
( ) O uso do modo subjuntivo em "expressem" e "ava
liem" é exigido pela estrutura gramatical em que
ocorrem esses verbos; ao mesmo tempo, também
indica,juntamente com "é preciso", uma avaliação
do autor a respeito do que ele afirma.
GABARITO COMENTADO
1.C O pret. m.-q.-perf. indic. expressa fato ocorrido no
passado, mas anterior a outro.. Veia: "As comuni
dades pelas quais passou (pret. perf. indic. >fato
passado) a expedição de Hernández (...) dominara
(pret. m.-q.-perf. indic. >fato passado anterior a ou
tro: "apassagem da expedição de Hernández")...".
2.C Veja: "0 debate voltou à tona após policiais da
Delegacia Antipirataria terem apreendido...".
Ambas corretas: em "nunca se havia obtido (=
3.C
tinha obtido; pret. m.-q.-perf. composto; cone. c/
"prova", núcl. do suj.) uma prova"; em "nunca se
haviam obtido (= tinham obtido; pret. m.-q.-perf.
composto; cone. c/ "provas", núcl. do suj.) provas".
4. E A substituição alteraria a flexão verbal, mas não
desrespeitaria a função hipotética da oração. Veja:
a conj. "Caso" introduz or. c/ idéia de hipótese; por
isso, verbo no pres. subj. (=fato/ação presente, mas
apenas possível ou desejada); a conj. "Se",também
introduz idéia de hipótese, mas indica fato ainda
por realizar-se, isso exige fut. subj. (= fato/ação
possível ou desejada, mas ainda oor realizar-se).
5.E A subst. não provocaria incoerência nem desres
peito às regras gramaticais. 0 modo subj. indica
ação/fato incerto, hipotético ou apenas possível;
o modo indic. denota ação/fato certo ou real. No
texto, não é obrigatório o uso do modo subj. Veja:
"[...) de queumacoisapossua(pres. subi.)/possui
(pres. indic.) um nome...".
6. E Correção: Faz auatro anos ("fazer" indic. tempo, v.
impess., or. s/suj.: v. na 33pess. sing.) que existe..."
7.E Os verbos estão do pret. imperf. indic, indicam fatos
já ocorridos, descritos com a idéia de prosseguimen
to, isto é, fatos passados, mas ainda não concluídos
(imperfeitos). Obs.: o pret. imperf. não indica ações
esporádicas e, sim, habituais, costumeiras: "Ele
percorriao interior paulista(...). Fritz fazia decolar
o biplano..., dava uma volta..., recebia o dinheiro
e chamava o próximo da fila".
8.C Atenderia às prescr. gramaticais:"... enfatizou-se (se,
partíc. apassiv.: vozpass. sintética; cone. c/osuj.)...
a buscade explicações (sui.)...". aue correspondea "...
foi enfatizada (ser+partic: vozpass. analítica;cone.
c/o sui.)... a busca de explicações (sul.)...".
9.E Todas na 2a pess. sing. (tu), mas não no mesmo
modo verbal: anuncias (pres. indic.) / concluas
(pres. subj.) 1 aludes (pres. indic).
10. C Modo subj.: expressa fatos incertos ou possibilida
des (no caso, avaliação do autor feita em tempo
presente = o momento da fala). 0 ores. subi.
decorre também das or. princ. "é preciso" e "è
fundamental", c/ verbos no pres. indic.
39

DOMÍNIO DA ESTRUTURA
MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO
l - Sintaxe da Oração
Termos da Oração
I-Termos Essenciais
Os termos essenciais são: sujeito e predicado.
Sujeito é o termo que identificao ser do qual se declara
alguma coisa.
Predicado é a declaraçãoque se faza respeitodo sujeito:
Oavião (suj.) decolouno horário (pred.).
Acabaram-se (pred.) as férias (suj.).
Classificação do Sujeito
Simples (um núcleo):
Os concursos tornam-se difíceis.
Paulo da Silva iá assumiu o cargo.
Épreciso aue todos seiam perspicazes.
Observação: no último exemplo, a oração sublinhada é
o sujeito da anterior.
Composto (mais de um núcleo):
O avião e o helicóptero iá decolaram.
Convém que estudem e aue seiam felizes.
Observação: no segundo exemplo, as orações sublinha
das são o sujeito composto da oração anterior.
Elíptico ou Oculto (sujeito simples ou composto suben
tendido na oração):
A coordenadora e o professor chegaram ao curso (suj.
composto) e esclareceram as dúvidas dos alunos (suj.
elíptico).
Defenderemos a natureza, (suj. elíptico)
Observação: essa classificaçãonão está prevista na N.G.B.
Indeterminado (quando não se pode ou quer identifi
car), ocorre:
a) com verbos na 3^ pessoa do plural:
Retiraram seu carro do estacionamento.
b) com verbos na 32 pessoa do singular + se (índicede
indeterminação do sujeito):
Confia-sena atuação da polícia.
Oração sem sujeito (verbos impessoais), ocorre:
a) em fenômenos da natureza:
Troveiou muito, mas não choveu.
Poderánevar em São Joaquim.
Observação: haverá sujeito, se houver conotação:
Choveram pedras no árbitro, (suj. "pedras")
b) na indicação de tempo:
Há muitos séculos, não vou ao cinema.
No Sul, faz dias muitofrios.
Está muito quente hoje.
c) com o verbo haver significando existir, ocorrer:
Ontem houve muitos acidentes.
d) com o verbo ser indicando distâncias, datas e horas:
Daqui ao centro, são 10 km.
São exatamente 10h45min.
Hoje são 27 de maio.
Hoje é dia 27 de maio.
40
/8Ss
Classificação do Predicado
Para estudar este tópico, é necessário saber predicação
verbal.
Predicação Verbal
Verbos Intransitivos
São verbos que não necessitam de complementação,
poisjá possuem sentido completo:
Rei Hussein, da Jordânia, morreu aos 63.
Há verbos intransitivos que vêm acompanhados de um
termo acessório, exprimindo circunstâncias, como lugar,
s%$\
tempo, modo, causa etc:
Governador diz que irá a Brasília oara reunião.
Todos os verbos que indicam destino ou procedência
são normalmente verbos intransitivos acompanhados de
circunstância de lugar (adjunto adverbial de lugar): ir, vir,
voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-se...
Verbos Transitivos fSSSk
São verbos que necessitam de complementação, pois
têm sentido incompleto:
O Palmeiras derrotou o Corinthians.
0 povo reclama de tantos impostos.
O Governo não dá assistência médica aos trabalhadores.
Osverbos dos exemplos necessitaram dos complementos
sublinhados, pois "quem derrota, derrota alguém": "quem
reclama, reclama de aleo" e "quem dá, dá aleo o alguém".
A complementação ocorre de três maneiras:
1) verbo não exige preposição: transitivo direto;
2) verbo exige preposição: transitivo indireto;
3) verbo com dois complementos (com e sem preposi /SSs
ção): transitivo direto e indireto.
Transitivos diretos: exigem complemento sem preposi
ção obrigatória.
0 complemento é objeto direto:
O treinador escalará os reservas.
A chuva causou os atrasos.
Transitivos indiretos: exigem complemento com prepo
sição obrigatória.
0 complemento é objeto indireto:
Osjogadores não obedeceram à convocação da CBF. /S|S
Pouca gente ainda acredita em políticos.
Transitivos diretos e indiretos: com dois complementos
(objeto direto e objeto indireto):
Opai perdoou ao fíihoo comportamentoinadequado.
Kaká doa prêmios à instituição filantrópica.
Junto aos verbos transitivos e intransitivos pode surgir
nomes indicando qualidades do sujeito ou do objeto. Trata-se
predicativo do sujeito ou do objeto:
Opromotorchegou revoltado naquela tarde,(predicativo
do sujeito)
O professor considerou fáceis as questões da prova,
(predicativo do objeto direto)
Chamavam aos vereadores de oportunistas, (predicativo /^s
do objeto indireto)
Predicado Nominal
No predicado nominal, verifica-se:
a) declaração de estado, qualidade ou característica do
sujeito;
/ISS
 b) núcleo nominal: o predicativo;
c) verbos de ligação (ligam o sujeitoao predicativo): ser,
/Ps estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, andar,
viver(estado permanente),tornar-se e os verbosque
0h
indicam transformação (acabar, cair, fazer-se, virar,
converter-se, meter-se, eleger-se...):
Os alunos parecem cansados.
Os concursandos vivem preocupados.
O deputado, de repente, virou patriota.
(ps Observação: o predicativo do sujeito é o núcleo do
/ÉÜS predicado nominal:
0 promotorficou nervoso (predicativo).
Predicado Verbal
No predicado verbal, verifica-se:
{PS a) declaração de ação ou fenômeno;
b) núcleo verbal: o próprio verbo;
c) verbos intransitivos:
A águia voava perigosamente.
d) verbos transitivos diretos:
Opedreiroconstruiu a própria casa.
<PN
e) verbos transitivos indiretos:
Sempreos pais perdoarão aos filhos
f) verbos transitivos diretos e indiretos:
Ela ofereceu seu coração ao namorado.
Predicado Verbo-nominal
No predicado verbo-nominal, verifica-se:
a) declaração de ação e de estado;
b) núcleo verbal (o verbo) e nominal (o predicativo);
c) verbos intransitivos:
Elessaíram do cinema decepcionados.
d) verbos transitivos diretos:
Ojuiz achou válidas as provas.
e) verbos transitivos indiretos:
Os alunos lhe chamavam de sábio.
f) verbos transitivos diretos e indiretos:
Comunicou-me feliz o resultado obtido.
Observação: o predicativo pode ser do sujeito ou do
objeto (direto ou indireto).
II - Termos Integrantes
Ostermos integrantes são: objeto direto, objeto indireto,
agente da passiva e complemento nominal.
{^
Objeto Direto
/ps Éo complemento dos verbos transitivos diretos.
Chama-se objeto direto por ligar-se diretamente ao
verbo:
Os bons cidadãos cumprem as leis.
(ÇíS Objeto Direto Preposicionado
Éo objeto direto regido de preposição não exigida pelo
l*BS
verbo, o que ocorre nos seguintes casos:
#!s a) com verbos que exprimem sentimento e objeto direto
"pessoa":
Amemos a nossos pais.
Os romanos adoravam a falsos deuses.
b) com pronomes oblíquos tônicos:
áffls
Convidaramçrti, não gele.
{ps c) com pronomes substantivos:
Ofendeu a todos indistintamente.
0f\
d) com o numerai "ambos":
Quero aplaudir a ambas.
e) para evitar ambigüidade:
Elogiou ao aluno o professor.
f) em construções paralelas (pronome e substantivo):
Conheço-os e aos leais ao rei.
g) em construções enfáticas:
Puxou/arrancou da arma.
Cumprir com os deveres.
Comer do pão.
Beber do vinho.
Objeto Direto Pleonástico
É a função do pronome que substitui o objeto direto;
quando esse, enfaticamente, vem anteposto:
Esse capricho tolo, não o satisfarei jamais.
Objeto Direto Interno
É a função sintática decorrente da transformação de
verbo intransitivo em transitivo direto:
Morrerás infame. - Morrerás morte infame.
Dorme tranqüilo. - Dorme teu sono tranqüilo.
Objeto Indireto
Éo complemento dos verbos transitivos indiretos (ligado
ao verbo por preposição):
Os bons cidadãos obedecem às leis.
Objeto Indireto Pleonástico
Também, para enfatizar, pode-se antepor o objeto e, a
seguir, repeti-lo na forma de pronome:
Aos políticos de Brasília, nada lhes devo.
Agente da Passiva
É o complemento dos verbos na voz passiva, indica o
agente da ação:
Ajogado foi executada pelo zagueiro.
Observação: o agente da passiva corresponde ao sujeito
da voz ativa:
O zagueiro executou a jogada.
Complemento Nominal
Éo complemento, sempre preposicionado, de adjetivos,
advérbios e substantivos abstratos que, em determinadas
circunstâncias, pedem complemento à semelhança dos
verbos transitivos indiretos:
Ofilme era impróprio para crianças.
Ojuiz decidiu favoravelmente ao réu.
Finalizou-se a construção do prédio.
Elaainda tem medo de assombração.
Observações:
1) substantivo concreto + com pi. prepos. = adj. adno-
minal:
Há muitos políticos sem escrúpulos, (adj. adn.)
2) substantivo abstrato +compl. agente / prep. de = adj.
adnominal:
Esta não é a declaração do ministro, (adj. adn.)
3) substantivo abstrato + compl. paciente / prep. de =
compl. nominal:
Em Minas, houve a descoberta de muitos fósseis.
(compl. nominal)
III -Termos Acessórios
Os termos acessórios são: aposto, adjunto adnominal e
adjunto adverbial.
41
VVestcon/
Aposto
Éo termoque esclarece outro(s):
Joana, esposa de João, é muito bela.
Tipos de Aposto
1) explicativo:
Alencar, escritor romântico, tem méritos.
2) resumitivo:
Estudo, esporte, cinema, tudo o chateava.
3) enumerativo:
Preciso de duas coisas: saúde e dinheiro.
4) especificativo:
A notíciafoi publicada na revista Veja.
Adjunto Adnominal
Éo termo que determina umnome.
Podem ser adjuntos adnominais:
a) os artigos:
As alunas serão aprovadas.
b) os pronomes adjetivos:
Aquela aluna será aprovada.
c) os numerais adjetivos:
Duas alunas serão aprovadas.
d) os adjetivos:
Aluno estudioso é aprovado.
e) as locuções adjetivas:
Aluno de verdade é aprovado.
Observação:
0 adjetivo tanto pode ser adjunto adnominal quanto
predicativo, observe as diferenças:
1) adjunto adnominal: ligado ao nome, indica estado
próprio do nome a que se refere:
O rapaz esperto saiu da sala. (um rapaz sempre es
perto)
2) predicativo: separado do nome, indica estado aciden
tal, atribuído ao nome a que se refere:
O rapaz, esperto, saiu da sala. (esperto quando ou
por que saiu)
Adjunto Adverbial
Éotermoqueexprime circunstância aoverbo e,àsvezes,
ao adjetivo e ao advérbio.
Serão adjuntos adverbiais:
a) os advérbios:
Os povos antigos trabalhavam mais.
b) as locuções adverbiais:
Li vários livros durante as férias.
Alguns Tipos de Adjunto Adverbial
Acréscimo: Além de pobre, é muito azarado.
Afirmação: Ela, certamente, estáfeliz.
Assunto: Falávamos de futebol.
Causa: Os mendigos morriam de frio.
Companhia: Amanhã sairás comigo.
Condição: Sem estudo, não pássaras.
Concessão: Apesar de tudo, não se salvou.
Conformidade: Fiza prova conforme o tempo.
Direção: O carro convergiu para a esquerda.
Dúvida: Talvezpassemos neste concurso.
Interesse: Daria minha vida por você.
Fim: Algumas mães vivem para a família.
Freqüência: Assistia às aulas todos os dias.
42
Instrumento: Abriu a porta com uma aazua.
Intensidade: Trabalhávamos demais.
Limite:Essaestrada vai até ao bosque.
Lugar: Os beduínos vivem no deserto.
Matéria: A casa foi construída com concreto.
Meio: Os políticos viajam de avião.
Negação: Nunca esqueças os amigos.
Modo: A mocinha saiu de mansinho.
Preço: Vendiaos picolés a um real.
Tempo: Durante o verão, tireiférias.
Observação:
Embora o adjunto adverbial seja termo ligado ao
verbo, o de intensidade modifica, também, adjetivos
e advérbios:
Os concursandos estudam muito.
Os meninos falam muito alto.
Aquela mulher era muito bonita.
Vocativo
O vocativo é um termo à parte, é um chamamento;
normalmente, indica o ser com quem se fala:
Ómar, porquenãomelevas contigo?
Vem, meu amigo, abraçar um vitorioso.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Certo / Errado
Julgue se as funções sintáticas dos termos sublinhados e
numerados foram indicadas com acerto.
1. "O artistaapareceu (1)sorridentee saudou (2) o público
com uma reverência: a platéia ficou (3) agitadissima".
( ) 0 predicado das orações, correspondentes aos
verbos numerados, classifica-se como (1) verbo-
•nominal, (2) verbale (3) nominal.
2. "O ladrão, muito inteligente, ontem, à noite, abriu a
porta com um pé de cabra".
( ) Os cinco termos sublinhados exercem a mesma
função sintática, isto é, são todos adjuntos adver
biais.
3. "Os justos não temem ao Senhor (1), pois obedecem a
sua lei (2) e veem-na (3) como inspiração de um Deus
(4) que vive no coração deles (5)."
( ) A função dos termos numerados é (1) objeto
indireto, (2) objeto indireto, (3) objeto direto, (4)
complemento nominal e (5) objeto indireto.
4. "Embora tivesse aversão aos estudos (1), a exigência
de mais aulas (2)foi feita pelo aluno (3) Almir(4), um
dos piores da turma (5)".
( ) A função sintática dos termos numerados é (1)
complemento nominal, (2) complemento nominal,
(3) agente da passiva, (4) aposto e (5) aposto.
5. "Pedaços de dore de saudade povoam (1) minha alma;
quando penso (2) em ti, chamam-me (3) louco; se há
(4) loucurano amor, que se viva (5) nesse enlevo".
( ) Osujeito das orações, cujos verbos estão numera
dos, classifica-se como (1) composto, (2) elíptico,
(3) elíptico, (4) simples e (5) indeterminado.
6. "Os nossos dois piores alunos passaram numa prova
difícil".
( ) Os cinco termos sublinhados não exercem a mesma
função sintática na oração.
 Múltipla escolha 13. "Usando do direito que lhe confere a Constituição."
/f^
As palavras destacadas exercem a função de
7. "Dependendo da autoridade de trânsito, o motorista a) objeto direto e objeto indireto.
pode perdersua carteirapor um a doze meses. Reinci b) sujeito e objeto indireto.
dente, terá sua carteirapermanentemente cassada na c) objeto direto e sujeito.
terceira vez." d) sujeito e sujeito.
e) objeto indireto e objeto direto.
ÚÊÊS Quanto ao sujeito do verbo ter é correto afirmar que
a) é indeterminado. 14. Falhou a análise sintática em:
b) está expresso pela palavra reincidente. a) A construção de novas estradas requer vultosos
c) é reconhecido pela desinência verbal e remete à recursos, (complemento nominal)
motorista. b) A bela construção do engenheiro mereceu muitos
d) está posposto ao verbo e apresenta como núcleo a elogios, (adjunto adnominal)
palavra carteira. c) Ocombateàs doençasdeviaser prioridadede todos
0Ê\
os governos, (complemento nominal)
8. "O idealismo supõe a imaginação entusiasta que se d) Inúmeras são as riquezas do Brasil, (adjunto adno
adianta à realidade no encalço da perfeição". minal)
e) Adisputa pela presidência da República está mobi
0 sujeito de supõe é lizando o Brasil, (adjunto adverbial)
a) a imaginação entusiasta.
b) o idealismo. 15. "Convém lembrar que o adolescente Newton demons
c) imaginação. trou já nessa idade, 15 anos, o seu gosto pelas impro
d) entusiasta. visaçõesmecânicase invenções curiosas".
e) que. Assinale a opção com análise incorreta.
a) Convém lembrar: locução verbal.
9. Assinale a análise incorreta. b) adolescente: núcleo do sujeito.
a) Vão-se os anéis, fiquem os dedos. - sujeito simples c) Newton: aposto.
(respectivamente, anéis e dedos). d) 15 anos: aposto.
b) No muro de tijolos vermelhos, passeavam lagartixas- e) pelas improvisações: complemento nominal.
e calangos. - sujeito composto (lagartixas e calan
gos). 16. Os termos destacados são, respectivamente,
c) Falava-se de Jesus Cristo naquela pequena cidade, 1. "Decorreram sem novidade dias e dias, uns após
durante todo o tempo e nas ocasiões mais inespe outros."
áPs radas. - sujeito simples (Jesus Cristo). 2. "Meyer aumentando cada vezmaisa bela coleção
d) Nosilêncio comprido, só se ouviu o ruído dos passos entomológica."
/Ps 3. "Esperava queporissonão nos quisessem mal."
e o rangido das dobradiças enferrujadas. - sujeito
<ps composto (ruído e rangido).
a) objeto indireto - objeto direto - objeto direto.
10. "Épossível chegarmos cansados, masissonãoimpedirá b) todos objetos diretos.
a realização do encontro." c) todos objetos indiretos.
{P?S d) objeto direto - objeto direto - objeto indireto.
Nastrês orações do período acima, os predicados são,
respectivamente e) sujeito - objeto direto - objeto indireto.
a) nominal - verbal e verbal.
b) nominal - verbo-nominal e verbal. 17. Falhou a análise do pronome relativo em:
c) verbal - verbo-nominal e nominal. a) O homem que luta merece vencer, (sujeito)
0B\
d) nominal - nominal e verbal. b) Acidadeque visitei é uma metrópole,(objetodireto)
e) verbo-nominal - verbo-nominal e verbal. c) O colégio em que estudei era dirigido por padres,
(agente da passiva)
11. Éincorretaa análise do pronome oblíquoem: d) O autor a que fizeste referência está consagrado
a) Isso não me convém, (objeto indireto) pelos críticos,(complemento nominal)
b) Convidaram-te para a festa? (objeto direto) e) As leis a que obedecemos nem sempre são justas,
c) Telefonei-lhe no sábado, (objeto indireto) (objeto indireto)
d) Saudaram-te pela vitória, (objeto indireto)
e) A verdade os constrangeu, (objeto direto) 18. Em qual das opções está incorretaa análise do pronome
relativo?
12. Assinale a frase em que o pronome oblíquo não foi a) Os povos que têm bons governantes, com certeza,
analisado corretamente. progridem mais facilmente, (sujeito)
a) Os que te caluniam, por certo têm inveja, (objeto b) Ninguém jamais percebeu o filantropo que sempre
indireto) foste. (predicativo do sujeito)
b) Era-lhe muito importante aquela data. (complemen c) A arrogância com que falaste aos alunos espantou
to nominal) a todos, (objeto indireto)
c) Ninguém o veria sair ou entrar, (sujeito) d) Ao assumir a presidência, nomeou para cargos im
ifpS d) Alguns oficiais nos obedeceriam sem restrições, portantes alguns políticos por quem já fora traído,
(objeto indireto) (agente da passiva)
#ís e) É facílimo para mim trabalhar e estudar à noite, e) As flores que me mandaste, murcharam ao serem
(complemento nominal) colocadas no vaso. (objeto direto)

43
/P^s
VVestcon/
19. Observe as construções.
I - Cabem a ele todas as decisões.
II - Éindispensável a elea leitura do processo.
Os termos grifados são, respectivamente
a) objeto indireto e objeto indireto.
b) complemento nominale complemento nominal.
c) objeto indireto e complemento nominal.
d) complemento nominal e objeto indireto.
e) objeto direto preposicionado e objeto indireto.
20. Assinale a alternativa em que o termo destacado não
está corretamente classificado.
a) Mozartnasceu compositor, (predicativo do sujeito)
b) Não duvides dasverdadesdivinas, (objeto indireto)
c) Foi demorado o desembaraço da bagagem, (com
plemento nominal)
d) Vives cercado por perigos, (agente da passiva)
e) Caíram bombas sobre a cidade, (sujeito)
GABARITO COMENTADO
l.C "0 artistaapareceu (1)sorridente(v.i. +predic:pred.
verbo-nominal) II e saudou (2) o públicocom uma
reverência (v.td. s/predic: pred. verbal): a platéia
ficou (3)agitadíssima (v. lig. +predic: pred.nominal)".
2. E Correção: "0 ladrão, muito (adj. adv.) inteligente
(predic). ontem (adj. adv.). à noite (adi. adv.). abriu
a porta com um oé de cabra (adj. adv.)".
3.E Correções: "Os justos não temem (v.td.) ao Senhor
(o.d. prep.), pois obedecem (v.ti.) a sua lei (o.i.) e
vêem (v.td.)-na (o.d.) como inspiração de um Deus
(adj. adn.)que vive (v.i.) nocoraçãodeles(adj. adv.)."
4.C "[...] aversãoaos estudos (compl. nom.)t a exigência
de mais aulas (compl. nom.) foi feita pelo aluno (aa.
da passiva) Almir (aposto especificativo). um dos
piores da turma (aposto explicativo)".
5.E Correções: "Pedaços de dor e de saudade povoam
(suj. simples, núcl. "Pedaços") minhaalma;quando
(eu) penso (suj. elíptico "eu") em ti, chamam-me(v.
na 35p. pi.-suj. indeterminado) louco;se há (haver
=existir: or. s/sujeito)loucura no amor,que se (i.i.s.)
viva (suj.indeterminado) nesse enlevo."
6.E Correção: Os nossos dois piores (adi. adn. de "alu
nos") alunos passaram numa provadifícil (adj.adn.
de "prova").
7.c "... terá sua carteira... cassada... Obs.: quem terá
sua carteira cassada? Resposta: Ele(o motorista).
8.b "0 idealismo (sui.) supõe a imaginação(o.d.)entu
siasta (ady. adn.)gue (suj. de "seadianta") se adianta
à realidade no encalço da perfeição".
9.C Correção: c) Falava-se de Jesus Cristo... sujeito
indeterminado (se = índice de indeterm. sujeito).
10. b nominal-verbo-nominal e verbal: Obs.: "É possível
(v. lig. + predic: pred. nominal)// chegarmos çarv
sados (v.i. + predic: pred. verbo-nominal), // mas
isso não imoedirá (v.td. s/predic: pred. verbal) a
realização do encontro (o.d.)."
11. d Correção: d) Saudaram-te (v.t.d.L: obj. direto) pela
vitória (obj. indireto).
12. a Correção: a) Os que te (obi. direto) caluniam
(v.td.).... Obs.: b) pron.oblíquoc/ verbolig.: compl.
nominal (Aquela data era muitoimportante para
ele); c) pron. oblíquo c/ verbo causativo: sujeito
(Ninguém veria "ele" sair ou entrar); d) pron. oblí
quo c/ v.t.i.: obj. indireto; e)... facílimo para mim
(adjetivo +pron. oblíquo prepos.: compl.nominal).
44
13. c "Usando do direito // que (obj. direto) lhe confere
a Constituição (sujeito)". Obs.:A Constituição (suj.)
lhe (o.i) confereo direito(o.d.)".
14. e Correção: e) Adisputa pela presidênciada Repúbli
ca está mobilizando o Brasil, (subst. abstr. + termo
prepos.: compl. nominal).
15. a Correção: são duas orações: "Convém(or. principal)
//jejTjbrar...(or. subord. subst.subjetiva).
16. e 1. "Decorreram (v.i.)... dias e dias (sujeito); 2.
"Meyer aumentando (v.td.)... a coleção entomo-
lógica (obj. direto)"; 3. "... não nos (obj. indireto)
quisessem (v.ti.) mal".
17. c Correção: c) O colégio em que estudei era dirigido
por padres, (estudeino colégio;em que =no colégio:
adj. adv. lugar). Obs.: a) que luta = o homem luta:
sujeito: b) que visitei=visiteia cidade: obi. direto: d)
a que fizeste referência =fizeste referênciaà cidade:
compl. nom: e) a que obedecemos = obedecemos
à lei: obi. indireto.
18. c Correção: c) ... com que falaste... (tu falaste com
arrogância: adj. adv. modo). Obs.: a) ... que têm
bons governantes... (os povos têm bons governan
tes:sujeito); b)... que sempre foste (tusemprefoste /S?s
filantropo: predic. do sujeito); d)... por quem já fora
traído (elejáfora traído porpolíticos: ag. dapassiva);
e)... que mandaste... (tumandasteflores: obj. direto).
19. c obj. ind. e compl. nom. Obs.: I- Cabem a ele (o.i.).
II - Éindispensável a ele... (cn.). /^S
20. d Correção: d) Vivescercado por perigos, (adjetivo +
termo prepos.: compl. nominal).
II-Sintaxe do Período
Frase, Oração, Período
Frase
Frase é qualquer expressão falada ou escrita que esta
beleça comunicação completa:
Pare!
Fogo!
Socorro!
Muito riso, pouco siso.
Oestudo garante a aprovação.
Frase Verbal
Éa frase comverbo: Estou muito feliz.
Frase Nominal
Éa frase sem verbo: Quebela manhã!
Oração
A oração é uma expressão com verbo.
Quando tiver sentido completo, será uma frase verbal:
O povo merece mais atenção.
0 porteiro chamou o elevador.
Considerações sobre frase e oração
1) Nem toda frase é oração:
Que dia maravilhoso!
Éfrase porque tem sentido, mas não é oração porque
não tem verbo.
/ps

{P^>

VVestc

2) Nem toda oração é frase: Conjunções: portanto, logo, por isso, por conseguinte,
Espero que vença o melhor. pois (depois do verbo)...
{ÉSS Cada verbo formou uma oração: O carro está ruim, portanto não viaie nele.
13 oração - Espero Vivesmentido, logo não mereces crédito.
23 oração - aue vença o melhor. Eleé forte; tem, pois, condição de vencer.
No entanto, cada oração, isoladamente, não tem sentido 5) Explicativas (explicação, argumentação):
completo; para formar a frase, foi preciso juntar as orações. Conjunções: porque, que, porquanto, pois (antes do
(PS verbo)...
Período Não a abandone, porque te arrependerás.
(PS Osusto foi grande, ooraue você está pálido.
Período é a estrutura verbal de sentido completo, pode Vai, Maria; pois só tenho rancor e mágoas.
conter uma ou várias orações.
Portanto, toda frase verbal é um período. Relaçãoes de Subordinação entre Orações

Período Simples A Subordinação

/ps Éformado por apenas uma oração:
Moro em Brasília desde sua fundação. Éo processo de ligação entre orações em que uma de
pende sintática e semanticamente da outra.
/PS
Período composto
Éformado por mais de uma oração: Relações de Coordenação entre Termos da Oração
/ÜS Quem mora em Brasília//vive tranqüilo.
As relações de coordenação entre termos da oração não
Processos de Coordenação e Subordinação recebem muito realce da gramática, porque tais relações se
restringem, basicamente, aos termos compostos da oração:
Há dois processos sintáticos para interligar as orações O advogado e o réu (núcleos do sujeito) pareciam ner
tfi^ vosos.
do período composto: a coordenação e a subordinação.
Nem ouro nem diamante (núcleos do sujeito) teria mais
valor.
Relações de Subordinação entre Orações Visitei amigos, porentes e amigos (núcleos do objeto
direto).
A Coordenação Ospois não só vivem apreensivos, como também preo
cupados e tristes (núcleos do predicativo).
/PS É o processo de ligação entre orações sintaticamente 0 burrinho seguia lentamente e com pesados fardos,
independentes: uma não é função sintática da outra. (núcleos de adjuntos adverbiais).

/PS
As orações coordenadas vêm ligadas por conjunções
coordenativas, claras ou subentendidas.
{|Ps
Assindéticas (conjunção subentendida)
Cheguei, vi. venci.
Não fale alto: estou pensando.
Sindéticas (conjunção clara)
Chore, pois lágrimas lavam a alma.
{fft
Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas
/PS
1) Aditivas (soma, acrescentamento):
Conjunções: e, nem, mas também, que, mas ainda,
como também, bem como...
Fui a São Paulo e assisti aos jogos.
Ignoreios fatos, nem auis conhecê-los.
Fala que fala...
Vivona roça, mas ainda estudo na cidade.
2) Adversativas (contraste, oposição):
Conjunções: mas, porém, contudo, todavia, entretan
to, no entanto, e...
O som não era alto, mas ouvia-se bem.
Há vagas, contudo poucos são os alunos.
3) Alternativas (exclusão, alternância):
Conjunções: ou, ou... ou..., ora... ora..., quer... quer...,
seja... seja...
Irei à praia, ou viajarei para as montanhas.
Ora pesava demais, ora não tinha peso.
Iremos, auer chova, quer faca sol.
Seia domingo, seja segunda, cá estou.
4) Conclusivas (conclusão de uma idéia):
/pis
1- Orações Subordinadas Substantivas
São introduzidas pelas conjunções subordinativas in
tegrantes que e se; e, também, por pronomes e advérbios
interrogativos:
Posso afirmarque a estória é verdadeira.
Osfiscais virgm se a nota estava correta.
Não posso dizer quem é o mais rico.
Só ela sabia onde se escondera o marido.
Método prático para identificar e analisar orações su
bordinadas substantivas:
1) Toda oração que possa ser substituída por pronome
é substantiva (pode-se usar o pronome isso).
2) Otipo da oração subordinada substantivacorresponde
à função sintática do pronome.
Não sabia que chegara sua hora.
Não sabia isso (objeto direto).
Portanto:
Não sabia gue chegarg sua hora (or. subord. subst. ob
jetiva direta).
Classificação das Orações Subordinadas Substantivas
Subjetivas:
Épossível que o livro valha muito.
Seria mais correto se todos votassem.
Não se sabe como chegou até aqui.
Predicativas:
Meu objetivo é que me deixem estudar.
A Pátria era onde me sentia bem.

/ffs
45
 Objetivas Diretas:
0 técnico exige aue todos treinem muito.
Não posso dizer se amanhã poderei vir.
Perguntei aos alunos guando ela cheaou.
Objetivas Indiretas:
Nunca te esqueças de aue o vidg é breve.
0 filme convido pgrg aue o veios de novo.
A escola abriu vagas a auem as quisesse.
Completivas Nominais:
Tenho certeza de aue há vaaas para todos.
Passarsó é fácil para quem estuda muito.
Sou favorável a aue decidam loao.
Apositivas:
Imponhouma condição: aue seia à vista.
Confesso uma verdade: ainda sou viraem.
A notícia veio de supetão: iria para casa.
Observação:
AN.G.B. nãofazmençãoàs oraçõesque exercem a função
de agente da passiva:
A obrafoi comprada por auem a fez.
O prefeito está rodeado de auem não o apoia.
II- Orações Subordinadas Adverbiais
Introduzidas pelas conjunções subordinativas. exceto
as integrantes (das or. subord. substantivas). Asor. subord.
adverbiais ligam-se ao verboda or. principal, comoumadj.
adverbial, para indicar a circunstância em que ocorrea ação
verbal.
Classificação das Orações Subordinadas Adverbiais
Causais (a causa pela qual ocorre a ação verbal da
oração principal).
Conjunções: porque, visto que, que, como...
O prisioneiro morreu ooraue tomou veneno.
Faltou às aulas, visto que andava doente.
Comparativas (o segundo termo de uma comparação
iniciada na oração principal).
Conjunções: como,(mais) que, (menos)que, assimcomo,
tal qual...
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o
ferro.
A cidade está tal aual você a deixou.
A luz é mais veloz aue o som.
Concessivas (concedem ou aceitam ação contrária à
oração principal).
Conjunções: embora, ainda que, se bem que, conquanto,
mesmo que...
Sairei agora embora ainda seia cedo.
Ainda que viva cem anos, nãolheperdoarei a traição.
3
O 2) Estandoseparada por vírgula, é adjetivaexplicativa;
D
h-
Condicionais (condição, hipótese sob a qualse realizará
OS
O
ou não a oração principal).
o. Conjunções: se, caso, desde que, salvo se, sem que, a
<
3 menos que, contanto que...
z
Seria diferente se tivessem cheaado antes.
Casa saibas a causa, aceitarás a falta.
Passará na prova, desde que estude mais.
46
Conformativas(adequação, equivalênciacom a oração
principal).
Conjunções: conforme, segundo, consoante, como...
Relatei a ocorrência conforme a presenciei.
Como diz o ditado, a História se repete.
Devemos escrever seaundo as normas da iinauaaem
culta.
Consecutivas (conseqüência ou resultado do que se
prolata na oração principal).
Conjunções: (tão) que, (tal) que, (tanto) que, de modo
que, de forma que...
A chuva era tão forte aue não se via a rua.
Já estudei de modo que aaora posso sair.
Finais (finalidade,objetivo da ação verbal constante da
oração principal).
Conjunções: para que, a fim de que, de sorte que, de
modo que, porque...
Fiz um sinal oara aue o táxi parasse.
Saída sala a fim de que ficassem a sós.
Ora muito ooraue não caias em tentação.
Proporcionais (ações simultâneas ou proporcionais à /8!S
oração principal).
Conjunções: à medida que, à proporção que, quanto
mais, quanto menos...
À medida que andava pelas veredas, via a natureza
preservada.
Quanto mais se vive, mais se aprende.
Temporais (o tempo em que se realiza a oração prin /SSs
cipal).
Conjunções: quando, mal, enquanto, logo que, assim
que, sempre que, depois que...
A gente vive enquanto ama de verdade.
Todos, mal soou o sinal, saíram correndo. /H!S
Quando o dólar cai, o turismo se levanta.
Locativas (equivalentes a um adjunto adverbial de
lugar).
Introduzidas pelo advérbio onde.
Não há consenso onde todos são radicais.
/SS|\
Modais(equivalentes a um adjuntoadverbialde modo)
Introduzidas pela locução sem que.
Todos saíram da sala sem aue o anfitrião visse.
III - Orações Subordinadas Adjetivas
São as orações introduzidas pelos pronomes relativos
que, quem, o(a) qual, os(as) quais, onde, quanto, cujo(a),
cujos(as).
Método prático para identificar e analisar orações su
bordinadas adjetivas
1) Toda oração introduzida por pronome relativo (que,
quem, o qual, onde, quanto, cujo) é adjetiva.
caso contrário, restritiva.
/SS
Não analisamos a proposta com que concordaste.
or. subord. adj. restritiva
Osjogadores do Grêmio, que são pernas de pau, só
pensam em dinheiro. or.subord. adj.explicativa
/ps
0ÊS
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
Restritivas:
{PS Os técnicos preferem jogadores que obedecem a es
quemas.
Nem todos os jogadores obedecem a esquemas.
A oração está restringindo um subconjunto.
Oração subordinada adjetiva restritiva nãovem separada
por vírgula.
(WS Explicativas:
Vozes dAfrica, que é um poema épico, é um raro mo
/ps
mento da poesia.
/ps Aoraçãoexplicativa traz uma qualidadeou característica
inerente ao ser ou ao conjunto a que se refere.
/PS A oraçãoexplicativa vem separada por vírgula(s).
/PN
Funções Sintáticas do Que (e dos demais pronomes
(PS relativos)
Método prático para analisar o pronome relativo.
Li a proposta com que concordaram.
1) Desenvolver a oração adjetiva a partirdo verbo:
Eles concordaram com...
2) Substituir o pronome relativo por seu antecedente:
Eles concordaram com a proposta.
3) Analisaro termo que substituiu o pronome:
Eles concordaram com a proposta.
objeto indireto
4) Aplicaresse resultado ao pronome relativo:
{PS Li a proposta com que concordaram.
"que": objeto indireto
Relações de Subordinação entre Termos da
Oração
Sãoas preposiçõesque, preferencialmente, estabelecem
as relações de subordinação entre os termos da oração:
f$h Umhomem sem vícios (adjunto adnominal) necessita de
ocupações espirituais(objeto indireto).
Aconstrução de novos estádios (complemento nominal)
é a maior preocupação de nossas autoridades (complemento
nominal).
Tivea impressão de umacidente (complemento nominal),
mas assisti a um desastre (objeto indireto).
0&\
IV - Orações Reduzidas
/pS
São aquelas que não se iniciam por conjunção e apre
sentam seus verbos em formas nominais: infinitivo, gerúndio
ou participio:
Eles dizem acreditar na sorte.
Estudando, conseguirei boas notas.
Terminado o jogo, fomos para a piscina.
Método prático para analisar orações reduzidas
1) desenvolve-se a oração reduzida:
Eles dizem acreditar na sorte.
Eles dizem que acreditam na sorte.
<PS
2) analisa-se a oração desenvolvida:
Eles dizem aue acreditam na sorte.
or. subord. subst. objetiva direta
3) aplica-se esse resultado, acrescentando-se "reduzida
de...":
0b\
Eles dizem acreditar na sorte.
or. subord. subst. obj. direta,
reduzida de infinitivo.
Tipos de Orações Reduzidas
De Infinitivo:
Énecessário terem paciência.
or. subord. subst. subjetiva,
reduzida de infinitivo
(=que tenham paciência)
O essencial é salvar tua alma.
or. subord. subst. predicativa,
reduzida de infinitivo
(= que salves tua alma)
De Participio:
Abertas as portas, entramos.
or. subord. adv. temporal, reduzida de participio
(= quando as portas foram abertas)
Atingidos pela chuva, fugimos rápido.
or. subord. adv. causai, reduzida de participio
(= porque fomos atingidos)
De Gerúndio:
Havia ali crianças pedindo esmolas.
or. subord. adjetiva restritiva,
reduzida de gerúndio
(= que pediam esmolas)
O vaso caiu da mesa, desoedacando-se.
or. coord. assindética,
reduzida de gerúndio
(= e despedaçou-se)
Estando doente, não saiu de casa.
or. subord. adv. causai, reduzida de gerúndio
(= porque estava doente)
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Certo / Errado
Julgue se as classificações inseridas entre parênteses estão
corretas.
1. ( ) O menino deve estar doente, porque chora muito.
(or. coord. sindética explicativa)
2. ( ) Os jogadores do Grêmio que são pernas de pau só
pensam no bicho. (or. subord. adjetiva explicativa)
3. ( ) Logo chegaremos ao vilarejo onde morei como
criança pobre. (or. subord. adv. locativa)
4. ( ) Porque tinha fé, nada temia, (período composto por
coordenação)
5. ( ) Considero-me pessoa sensata, portanto não reagirei
à provocação, (or. coord. sindética conclusiva)
6. ( ) Vou mudar de atividade, porque não me sinto rea
lizado, (or. subord. adv. causai)
7. ( ) Ao entrar,deparou com a chocante cena. (or. subord.
adverbial temporal, reduzida de infinitivo)
8. ( ) Terminarei o curso, ainda que tenha de estudar à
noite, (período composto por subordinação)
9. ( ) Aconteceu que a missão não pôde ser cumprida, (or.
principal)
10. ( ) A verdade, que não é dita por todos, sempre inco
moda, (or. subord. subst. apositiva)
11. ( ) Vive mentindo: logo, não merece crédito, (or. su
bord. adv. temporal)
47
 12. { ) O espetáculo acabou bem: foram, pois, infundadas c) subordinação.
as críticas e as incertezas, (or. coord. assindética) d) justaposição.
13. ( ) Que não é atitude legal, issoeu já sabia. (or. subord. e) correlação.
substantiva subjetiva)
14. ( ) Era tanta sua dor, que pensava não resistir, (or. 20. "O pai, depoisde contaro dinheiro que discretamente
subord. adv. causai) retirou do bolso, aborda o garçom[...]".
15. ( ) Estude toda a matéria, que a prova será hoje. (or. A oração destacada é
subord. adv. causai) a) subordinada adjetiva explicativa.
b) subordinada substantiva apositiva.
Múltipla escolha c) subordinada substantiva completiva nominal.
d) subordinada adjetiva restritiva.
16. "Maria Berlini não mentira quando dissera que não e) subordinada substantiva objetiva direta.
trabalhava, nem estudava."
Esse período é constituído por 21. Classifique as orações subordinadas substantivas.
a) quatro orações coordenadas, somente. Use o código:
b) quatro orações subordinadas, somente. 1. Subjetiva.
c) três orações, sendo duas subordinadas e uma coor 2. Predicativa.
denada e subordinada.
3. Objetiva Direta.
d) três orações, sendo duas coordenadas e uma subor 4. Objetiva Indireta.
dinada.
5. Completiva Nominal.
e) quatro orações: duas subordinadas e uma coorde
nada e subordinada ao mesmo tempo. ( ) Minha esperança era que chegasse socorro ime
diato.
17. Em "Jejuo o materialismo, logo amo", é incorreta a
( ) Notava-se que havia sinceridade em seus propó
seguinte análise:
sitos.
a) O período é composto por coordenação.
b) A segunda oração possui adjunto adverbial. ( ) Éinútil uma biblioteca aquem não mais podeler.
c) A primeira oração é coordenada assindética. ( ) Perguntei quem era o verdadeiro dono de estância.
d) O predicado das duas orações é verbal. ( ) Abriu-se o templo a quem quer que cresse em
Deus.
e) O verbo da segunda oração é intransitivo.
( ) Está decidido que haveráeleições no próximoano.
18. Dê a classificação das orações coordenadas destacadas
nos períodos abaixo. a) 2-3-5-3-4-1.
Use o código: b) 5-1-4-3-5-1.
I - assindética.
c) 2-1-5-3-4-1. /^S

II - sindética aditiva. d) 1-3-5-3-4-3.

III- sindética adversativa. e) 2-1-4-3-5-3.
IV - sindética alternativa.
f*^S
V - sindética conclusiva. 22. Em que período não ocorre oração subordinada subs
VI- sindética explicativa. tantiva completiva nominal?
a) Afinal, convenceram-me de que tudo lá eram tolices.
( ) "Não só fez a sua parte, mas também auxiliou os b) Aquintaestá bem cultivada, estou certo de que não
companheiros." a deixarás ficar mal no fim do ano.
( ) "Não conheço senão fatos sem causas, nem pro c) Todosestamos concordes em que a boa-educação
curei conhecê-las." falta entre nós.
( ) "Asvozes não subiam do tom médio, no entanto d) Nenhum orador fez qualquer referência a que situ
ouviam-se bem." ação era merecedora de um estudo mais acurado.
( ) "O hipopótamo não me entendeu, ou não me e) Tinha a esperança de que tudo voltaria ao normal.
ouviu, se é que não fingiu uma dessas coisas."
( ) "Talvez o tenham agredido, porque seu rosto tem 23. Aponte a alternativa em que a oração destacada estiver
hematomas." analisada incorretamente.
( ) "Matamos o tempo; o tempo nos enterra." a) O homem não é uma ilha que possa viver isolado,
( ) "A Humanidade depende da natureza, por conse (principal)
/^s
guinte deve procurar preservá-la." b) O homem que não comete erros geralmente nada
fez. (subordinada adjetiva) fl|s
a) III —III —li —IV —VI —III —VI. c) Tremo pela minha pátria quando penso que Deus é
b) II —II —III —IV—VI —I—V. justo, (adverbial temporal e principal)
f—>v
c) III —II —III —IV—VI—I—V. d) Eduquem-se os meninose não será precisocastigar
<£
d) II —II —III —IV—VI —III —V. os homens, (subordinada subjetiva reduzida de
\f\
ui
e) II —II —III —IV—VI —I—VI. infinitivo)
3
O
e) A máscara é tão bonita que sinto medo do rosto.
3 19. "Venho de longe e vouparalonge:mas procurei pelo (subordinada adverbial causai)
H
tc chão os sinais do meu caminho e não vi nada,porque
O
o. as ervas cresceram e as serpentes andaram." (Cecília 24. Classifique a oração subordinada adverbialdos períodos
<
3
Meireles). abaixo.
O Pode-seafirmarque é um período composto por Use o código:
a) coordenação e subordinação. 1. Causai. /^ts
b) coordenação. 2. Concessiva.

48
0&S
0ÊS
3. Conformativa.
4. Final.
5. Temporal.
) Muitos insistiram comigo para que não deixasse o
magistério.
) Ainda que não tivesse informações seguras, arris
cou um palpite.
) Conto essas coisas, segundo as ouvi anos antes.
) Uma vez que o governo não se mexe, temos de agir
0ÊS nós, os cidadãos.
) Elaacalentou o bebê, manteve-o apertado contra o
peito, ao mesmo tempo que lhe afagava os cabelos.
) O analfabeto, ainda que seja hábil, não consegue
desenvolver todo seu potencial.
a) 4-5-2-1-3-2.
b)4-2-3-l-5-2.
c) 1-2-3-5-5-4.
d)4-3-5-4-3-2.
/iÜS
e) 4-2-3-1-3-1.
/PS
25. "Sabe-seque Jacó propôs a Labãoque lhe desse todos
JPS os filhos das cabras."
Assinale a alternativa que contém, na seqüência, a aná
lise correta das orações.
a) coordenação assindética - subordinada substantiva
subjetiva - subordinada substantiva objetiva direta.
b) principal - subordinada substantiva subjetiva - su
bordinada substantiva objetiva indireta.
c) principal - subordinada substantiva subjetiva - su
MS bordinada substantiva objetiva direta.
d) coordenada sindética aditiva - subordinada subs
^SS tantiva objetiva direta - subordinada substantiva
apositiva.
e) absoluta - subordinada substantiva objetiva direta -
subordinada substantiva objetiva direta.
26. Em "Imagina afigura que fiz...", a palavra que é
a) uma conjunção integrante e introduz oração subs
tantiva.
b) uma conjunção integrante e introduz oração adjetiva.
c) um pronome relativo, com função de objeto em
oração adjetiva.
d) um pronome relativo, com função de sujeito em
oração adjetiva.
e) um mero expletivo, sem qualquer função na frase.
27. Em qual dos períodos não há erro de classificação da
oração assinalada?
a) O homem nasceu para ser livre como o condor tem
por pátria a imensidade. -or. subor. adv. comparativa.
b) O despenseiro desapareceu mesmo, pois não o
encontramos em parte alguma. - or. subord. adv.
causai.
c) O bêbado só repetia uma coisa: que se casaria com
a filha do coronel. - or. coord. sindética explicativa.
d) O deputado populista era reconhecido por todos
quantos o viam na rua. - or. subord. subst. compl.
nominal.
e) Averdade é uma senhora inconveniente que produz
escândalo toda vez que aparece na rua. - or. subord.
adv. temporal.
28. "Quem não a conhece não pode mais ver pra crer."
(Chico Buarque)
A classificação da oração destacada é
/fPS
a) subordinada substantiva subjetiva.
b) subordinada adverbial final.
c) subordinada substantiva objetiva direta.
d) principal.
e) subordinada adjetiva explicativa.
29. Aoração em destaque não se classifica como subordi
nada substantiva em uma das opções. Aponte-a.
a) Épreciso que o autor receba com igual modéstiaos
elogios e as críticas que se fazem de suas obras.
b) O verdadeiro heroísmo consiste em persistir por
mais um momento quando tudo parece perdido.
c) Agrande falha da República é suprimir a corte man
tendo os cortesãos.
d) Não tenho mérito em ser humorista quando todo o
Governo trabalha para mim.
e) Mesmo as montanhas mais altas sabem quanto
estão distantes das estrelas.
30. Assinale a opção que não contenha oração subordinada
adverbial.
a) Visto que a vida é uma curta viagem que temos de
fazer no mundo, procuremos fazê-la em alto estilo.
b) A candura tem seus pedantismos, assim como os
pedantes, às vezes, têm canduras irrisórias.
c) Aspaixõessão como os ventos que são necessários
a dar movimento a tudo, conquanto muitas vezes
causem temporais.
d) Esqueceste que tenho quase sessenta anos e que
não gosto de que me chamem de senhor?
e) Um eclipseda Lua pode ser total ou parcial, confor
me a Lua fique ou não completamente mergulhada
no cone de sombra da Terra.
GABARITO COMENTADO
l.C ... porque (conj. coord. explic.) chora muito. (or.
coord. sind. explicativa).
2.E Correção: Os jogadores do Grêmio que são pernas
de pau... Obs.: "só os que são pernasde pau..." or.
subord. adjetiva restritiva.
3.E Correção:... onde (pron. rei.) morei como criança
pobre. (or. subord. adj. restritiva).
4. E Correção: Porque tinha fé (or. subord.), II nada temia
(or. princ): per. comp. p/subord.
5.C ... portanto (conj. coord. concl.) não reagirei à pro
vocação, (or. coord. sindética conclusiva)
6.C ... porque (conj. subord. causai) não me sinto reali
zado, (or. subord. adv. causai).
7.C Ao entrar (= quando entrou: or. subord. adv. tem
poral, red. de infinitivo).
8.C Terminareio curso (or. princ), II ainda que tenha de
estudar à noite (or. subord.): per. comp. p/ subord.
9.C Aconteceu (or. principal) II que a missão não pôde
ser cumprida (or. subord. subst subj.).
10. E Correção: Averdade, que (pron. rei.) não é dita por
todos (or.subord. adj. explicativa)...
11. E Correção:... logo (conj. coord. concl.), não merece
crédito, (or. coord. sindética conclusiva).
12. C 0 espetáculo acabou bem (or. coord. assindética):
II foram, pois, infundadas as críticas e as incertezas.
(or. coord. sindética).
49
 13. E Correção: Que não é atitude legal(or. subord. subst
apositiva), isso eu já sabia (or. princ). Obs.: Ordem
djreta: Eu já sabia isso: que não é atitude legal.
14. E Correção: Era tanta sua dor, que (conj. subord.
consecutiva) pensava não resistir, (or. subord. adv.
consecutiva).
15. E Correção: Estude toda a matéria, que (conj. coord.
explic.) a prova será hoje. (or. coord. sindética ex
plicativa).
16. e "ia or.: Maria Berlini não mentira (or. princ,em rei.
à 2* or.)H 2â or.: quando dissera (or. subord. adv.
temporal, em rei.àl*-or. princ, em rei. à 3*)// 3a
or.:que não trabalhava (or. subord. subst.obj. direta,
em rei. à 2^), II42 or.: nem estudava (or. subord.
subst obj. direta, em rei. à 2g - e or. coord. sind.
aditiva, em rei. à 3B)". Portanto: e) 4 or.: 2 subord.
e 1 coord. e subord.
17. b Jejuo o materialismo, logo (conj. coord. conclusiva)
amo (v. i. - núcl.pred. verbal).
18. b (II)... mas também auxiliou os companheiros (conj.
coord. aditiva); (II) ... nem procurei conhecê-las
(conj. coord. aditiva); (III)... no entanto ou viam-se
bem (conj. coord. adversativa); (IV)... ou não me
ouviu...(cony. coord. alternativa); (VI)... porque seu
rosto tem hematomas (conj. coord. explicativa); (I)
... (mas)o tempo nos enterra (conj. "mas"subenten
dida: or. assindética); (V)... por conseguinte deve
procurar preservá-la (conj. coord. conclusiva).
19. a "Venho de longe // e vou para longe: // mas pro
curei pelo chão os sinais do meu caminho // e não
vi nada (4 or. coord.) II porque as ervas cresceram
(or. subord. adv. causai)II e as serpentes andaram
(or. coord).": período composto por coordenaçãoe
subordinação.
20. d O pai, depois de contar o dinheiro que discretamen
te retirou do bolso, aborda o garçom... (que=o qual,
pron. rei.:or. subord. adjetiva restritiva).
21. c (2)Minha esperança era (v. lig.) isso(=quechegasse
socorro imediato): or. predicativo; (1) Notava-se
(part. apassiv.)isso (=que haviasinceridadeem seus
propósitos:or. subjetiva); (5) Uma biblioteca é inútil
a isso (=a quemnão mais pode ler:or. completiva
nominal); (3) Perguntei (v.td.) isso (= quem era o
verdadeiro dono de estância: or. obj. direta); (4)
Abriu-se (v.t.d.i.) o templo a isso (= a quem quer
que cresse em Deus:or. obj. indireta); (1) Está(v.lig.)
decidido (predic) isso (= que haverá eleições no
próximoano: or. subjetiva).
22. a ... convenceram-me (o.d.) de que tudo lá eram toli
ces (or.subord. subst. obj. indireta). Obs.: convence-
se alguém (o.d.) de alguma coisa (o.i.).
23. e Correção: A máscara é tão bonita que sinto medo
do rosto. (tão... que: subordinada adverbial con
secutiva).
24. b (4)... para que não deixasse o magistério (conj. su
bord.final); (2) Ainda que não tivesse informações
seguras... (conj.subord. concessiva); (3)... segundo
as ouvi anos antes (conj.subord. conformativa); (1)
Uma vez que o governo não se mexe... (conj. subord.
causai); (S)... ao mesmo tempo que lhe afagavaos
cabelos (conj. subord. temporal); (2)... ainda que
seja hábil... (conj.subord. concessiva).
—y-
50
25. c "Sabe-se (or. princ.) 1/ aue Jacó propôs a Labão(or.
subord. subst. subjetiva) II que lhe desse todos os
filhos das cabras (or. subord. subst. obj. direta)."
26. c Imagina a figura que fiz... (que = a qual: pronome
relativo: or.subord. adj. restritiva//que fiz =fiza
figum: obj. direto).
27. e ... toda vez que aparece na rua (cony. subord. tem
poral).Correções: a) or. principal; b) or. coord. sind.
explicativa; c) or. subord. subst. apositiva; d) or.
subord. subst. ag.da passiva.
28. a "Quem não a conhece (or. subord. subst.subjetiva)
II não pode mais ver pra crer (or. princ)".
29. a ... os elogios e as críticas que se fazem de suas obras.
(que=osquais, pron. rei.: or.subord.adjetiva).Obs.:
b)subst. obj. indireta; c)subst. predicativa;d) subst.
compl. nominal; e) subst. obj. direta.
30. d 18 or.: Esqueceste (princ)//2& or.: que tenho quase
sessenta anos (subord. subst obj. direta da 12) //
32 or.: e que não gosto (coord. sind. aditiva da 2^,
subord. subst obj. direta da is e principal da 4?)//
48or.: de que me chamem de senhor? (subord. subst.
obj. indireta da 33).
QUESTÕES DE CONCURSOS
Sintaxe da Oração e do Período
- Termos da Oração
- O Período e as Orações
Para responder a estas questões, considere, sob aspectos
gramaticais e semânticos, os fragmentos de textos que as
antecedem; depois, assinale Cou E, respectivamente, para
o que julgar certo ou errado.
1. (Cespe/Agente de Polícia Federal) "O temadaigualdade
atravessou, com maior ou menorforça, as chamadas
sociedades ocidentais".
( ) Em textos de normatização mais rígida do que o
texto jornalístico, como os textos de documentos
oficiais,a contração de preposição com artigo, com
em "da igualdade", deve ser desfeita, devendo-se
escrever de a igualdade, para que o sujeito da
oração seja claramente identificado.
2. (Cespe/Anatel) "O real não é constituídopor coisas".
( ) Tanto o emprego da preposição "por" quanto, em
lugar desta o da preposição de atendem às regras
gramaticais, mas a preposição usada no texto re
alça a idéia de passividade na oração.
3. (Cespe/MPU) "Inovaré recriardemodoa agregar valor
e incrementar a eficiência, a produtividade e a com
petitividade nos processos gerenciais e nos produtos
e serviços das organizações. Ouseja, é o fermento do
crescimento econômico e social de um país".
( ) A forma verbal "é" (em negrito) está flexionada
no singular porque, na oração em que ocorre,
subentende-se "Inovar" como sujeito.
4. (Cespe/MPU) "Finalmente, considero que, embora
a formação de novos sujeitos sociais e políticos e de
arenas de participação da sociedade na formulação e
gestão das políticaspúblicas traga as marcas de nossa
trajetória histórica, constitui, ao mesmo tempo, possi-
 bilidadeaberta para outra equação entre universalismo
(ÜSS e particularismo na sociedade brasileira".
( ) Pormeioda conjunção"e",nas ocorrênciaem negri
jiSSS
to, é estabelecida a seguinte organização de idéias:
a primeira ocorrência liga duas características de
"novos sujeitos"; a segunda ligadois complementos
(SN de "formação"; a terceira, dois complementos de
"arenas de participação da sociedade".
/flS 5. (Cespe/lbama) "Antes, porém, realizou-se uma sessão
de julgamento da Comissãode Anistia, cujo resultado
foi o reconhecimento, por unanimidade, da perseguição
políticasofridapor Chico Mendes no iníciodos anos 80
do século passado".
/((BS ( ) No período transcrito acima, o sujeito da oração
principal está posposto ao verbo.
6. (Cespe/INSS) "O episódio transformou, no período de
10 a 16 de novembro de 1904, a recém-reconstruída
((PUS
cidade do Rio de Janeiro em uma praça de guerra, onde
foram erguidas barricadas e ocorrerom confrontos
/SpS
generalizados".
^^ ( ) A expressão "confrontos generalizados" desem
penha a função sintática de complemento de
{P*S
"ocorreram".
7. (Cespe/lnmetro) "Dentro das possibilidades humanas,
o tempo é sempre infinito e, no cálculo da eternidade,
não pode o efêmero servirde unidade a avaliações".
( ) Os predicados "é sempre infinito" e "não pode o
efêmero" têm como sujeito o substantivo "tempo".
8. (Cespe/STM) "Felizmente, não é preciso trabalhar com
esses temas, ou sequer saber que existem, para ganhar
a vida".
( ) Entre as orações que compõem o período "não é
preciso trabalhar com esses temas, ou sequer saber
£PS
que existem" estabelece-se uma relação sintático-
-semântica de alternância.
9. (Cespe/TJ) "Tião, filho da xepeira", uma referência à
xepa, prática de pegar os restos de feiras para levar
para casa".
( ) O trecho "prática de pegar os restos de feiras para
levar para casa" é uma expressão apositiva empre
gada para explicar o termo "xepa".
10. (Cespe/FUB) As expressões Confissão de Allan Poe
(que é o título de um texto) e construção de Brasília
têm estruturas semelhantes sintaticamente, pois são
formadas por substantivo abstrato mais preposição de
seguida de outro substantivo, o qual, na 1§ expressão,
desempenha papel de agente - pelo qual se entende
que Allan Poe fez uma confissão - e, na 2a (construção
de Brasília), desempenha papel de paciente.
0ts
GABARITO COMENTADO
l.E A contr. não deve ser desfeita. Veja: "O tema (núcl.
do suj.) da igualdade (loc adj. = adj. adn.) atraves
sou, com maior...".
2.C "O real não é (v. de lig.) constituído (predic.do suj.)
de coisas (compl. nom.)".Veja: "O real não é consti
tuído (v.ser + partic: voz pass. analítica) por coisas
{pN
(ag. da passiva)".
3.C Qual é "ofermento do crescimento...": Resp. (suj.):
"Inovar". Veja: "Ou seja. (inovar: sui. elíptico) é o
fermento do crescimento...".
4.C 13) "(...), embora a formação de novos sujeitos so;
ciaise políticos" (adi. adn.: características de "novos
sujeitos"); 2&) "(...)r embora a formação de novos
suieitos sociais e políticos e de arenas de participa
ção da sociedade" (compl. nom. de "formação"); 32)
"(...) e de arenas de participação da sociedade na.
formulação e eestão das políticas públicas" (comol.
nom. de "arenas de participação da sociedade").
5.C "Antes, porém, realizou-se (v.td. +se, partic apas-
siv. = voz oass. sintética) uma sessão de julgamento
da Comissão de Anistia... (suieito)".
Veja:"(...) e ocorreram (v. intrans.= s/compl.) con-
6.E
frontos generalizados (suieito)".
7.E Veja:o que "èsempre infinito"'*. Resp. (suj.): "o tem
po"; o que "não pode servir de unidade..."? Resp.
(suj.): "oefêmero".
8. E Relação de adição. Obs.: "sequer" (emfrase nega
tiva) = "ao menos / nem mesmo".
9.C Veja: "0 que significa xepa? "prática de pegar os
restos de feiras para levar para casa". Portanto,
aposto explicativo de "xepa".
10. C Em "confissão de Allan Poe" (adi. adn.) = "Allan Poe
fez uma confissão" (suj. agente) - em "construção
de Brasília"(compl.nom.) - "Brasíliafoi construída"
(suj. paciente).
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
A Vírgula
Emprega-se a vírgula nos seguintes casos:
1) separando enumerações (termos de mesma função
sintática):
Era uma rapariga bonita, corada. forte.
Dispensava festas, visitas, passeios e bailes.
Ana. Andréa e Adriana foram estudar.
Observação: normalmente, não se separam palavras
ligadas com as conjunções e, nem e ou:
Tragam cadernos, lápis e borracha.
Não trouxeram caderno nem borracha.
Tragam lápis ou caneta.
2) separando aposto explicativo:
Nós, brasileiros, consideramo-nos espertos.
3) separando vocativo:
Roda, meu carro, que é curto o caminho.
4) separando palavras ou expressões explicativas, con
clusivas, retificativas, repetidas etc:
Jogueifutebol, isto é. completei o time.
As meninas, aliás, não gostavam de sair.
Portanto, tudo tem seus limites.
O mar estava calmo, calmo.
5) separando locuções adverbiais antepostas ao verbo:
No aeroporto, esperavam-se as autoridades.
Opovo, no ano passado, elegeu seus deputados.
Observações:
A vírgula será facultativa:
a) se a locução estiver posposta ao verbo:
Opovo elegeuf,) noanooassadof,) seus deputados.
b) em locuções adverbiais de pequena extencão *:
Conhecil) na vila, muitos amigos.
51
VVestcon/
c) em relação aos advérbios:
Amanhãf.) visitaremos várias comunidades.
VisitaremosU amanhai.) várias comunidades.
6) separando termos antepostos desde que repetidos
(pleonásticos):
Osalunos, elogio-ossemprequemereçam.
Aos amigos, ofereci-lhesmeu endereço.
Poderoso, há muitojá não o é móis.
7) separando conjunções deslocadas:
Aluguei o carro; viajei, todavia, de ônibus.
Eleé o chefe; obedeça, pois,suas ordens.
8) separando o predicativo do suieito:
Carlos, entusiasmado, corria e gritava...
9) separando datas:
Brasília, 31 de maio de 2003.
A Lei 314, de 18 de maio de 1987.
10) indicando zeugma (do verbo):
A vidaé efêmera;o amor, fugaz.
11) separando as antíteses dos provérbios:
Pai ganhador, filho gastador.
12) separando orações coordenadas assindéticas e
sindéticas,exceto as aditivasligadas pela conjunção
"e":
Estudas muito, logo tua aprovação é certa.
Estavaperplexo, ora mexia-se na cadeira, ora olhava
para a janela.
O dia estava quente e fora muito cansativo.
Observações:
Usa-se a vírgula com a conjunção e:
a) em orações com sujeitos diferentes:
Chegaram os livros, e me senti melhor.
Veio o verão, e as chuvas minguaram.
b) com conjunção adversativa (e = mas):
Comprou passagens, e desistiu da viaaem.
c) no polissíndeto:
Passaram os anos, e os amores, e a vida, e a feli
cidade...
d) para dar realce estilístico:
Procurou emprego, trabalho, e o achou.
13) separando orações adverbiais
a) obrigatoriamente, quando deslocadas:
Quando os tiranos caem, os povos se levantam.
Os povos, guando os tiranos caem, se levantam.
b) facultativamente, para dar ênfase, quando pos-
postas:
Farei meu trabalhof,) conforme prometi.
14) separando orações interferentes:
Idéias, como dizia Silveira Martins, não são metais
que se fundem.
15) separando orações adjetivas explicativas:
OsLusíadas, aue é um poema épico, narra as gran
des navegações portuguesas.
16) separando orações adverbiais reduzidas:
Pegados pela chuva, corremospara casa.
Os Erros de Pontuação
(Os "sete pecados capitais")
1) separar sujeito e verbo:
Osdeputados amanhã votarão o projeto.
Convém aue se confie nas pessoas de bem.
Observação:
Uma vírgula separa; vírgulas intercalam:
Os deputados, amanhã, votarão o projeto.
52
2) separar verbo e objeto direto:
Algunsanalistas não conferiram todos os dados.
Os brasileiros esperam que a vida melhore.
3) separar verbo e objeto indireto:
Os eleitores já desconfiam de tantas promessas.
Eles desconfiam de aue foram enganados.
4) separar verbo e agente da passiva:
Os animais foram afugentados pelo vento.
A óperafora composta porquem iá esteve inspirado.
5) separar verbo de ligação e predicativo:
Ninguém mais parece entusiasmado com o ioao.
O essencial é aue as pessoas tenham emoreao.
6) separar nome e adjunto adnominal:
A economia brasileira é muito vulnerável.
Pedra que muito rola não cria limo.
7) separar nome e complemento nominal:
Há os alunos que têm aversão aos estudos.
Tenho esperança de aue tudo volte ao normal.
O Ponto e Vírgula
Assinala uma pausa maior que a da vírgula. 0 seu em
prego varia muito de autor para autor.
Emprega-se ponto e vírgula nos seguintes casos:
1) separar as partes principais de um período, cujas
secundárias já tenham vírgula(s):
À noite, aoós o jantar, saímos ambos a caminhar: a
lua, quase cheia, iluminava nossos passos.
2) separando os termos de uma enumeração:
A gramática da língua portuguesa estuda:
a) fonética: b) morfoloaia: c) sintaxe.
3) separando orações com conjunção deslocada:
Ojogo terminou; vamos, portanto, sair logo.
4) separando orações com conjunção adversativas su
bentendida:
Há muitos modos de afirmar;há um só de neaar.
Os Dois-Pontos
Assinalam uma pausa suspensiva para indicar que a frase
não está concluída.
Empregam-se os dois-pontos nos seguintes casos:
1) antes de citações, conseqüências, transcrições e ex
plicações:
Dizum velho provérbio: "A agulha veste os outros, e
anda nua".
Trabalhou muito: cansou demais.
Comprou uma casa: era uma tapera.
2) antes do aposto enumerativo:
Ohomem, para ver a si mesmo, precisa de três coisas:
olhos, luz e espelho.
3) explicações (ou causas) com a conjunção subenten
dida:
Vocêfez tudo errado: gritou guando não podia e calou
quando não devia.
4) nas orações apositivas:
Só te peço uma coisa: honra tua palavra.
Ponto-Final
1) Empregado para fechar períodos:
Faz muitos anos que moramos aqui.
JBS
2) Usado também nas abreviaturas:
Sr., Mfx0.,póg. (página), ex. (exemplo)...
Ponto de Interrogação
/fUS
1) Usado para indicar pergunta direta:
^IHs Aonde penas que vais?
Não estás farto de tantas promessas?
Que tem você com isso?
2) Aparece em perguntas intercaladas:
A imprenso (quem o contesta?) é o mais poderoso
meio de comunicação.
Às vezes, combina-se com ponto de exclamação ou
(ÜPS com reticências:
A mim?! Que idéia mais tola!
Raimundo? Então, era ela a tal pessoa misteriosa... ?
Ponto de Exclamação
1) Usa-se depois das interjeições, locuções ou frases
exclamativas para exprimir surpresa, espanto, susto,
indignação...
Céus! Que injustiça!
Nunca! exclamou o deputado.
Coitado dos alunos!
Suspendam a prova!
2) Substitui a vírgula depois de um vocativo enfático:
"Colombo! fecha a porta dos teus mares!" (Castro
Alves)
Reticências
As reticências (...) são usadas:
iüS 1) para indicar suspensão ou interrupção do pensamen
to, ou ainda, corte da frase de um personagem pelo
Sis interlocutor, nos diálogos:
Mas essa cruz, observei eu, não me disseste que era
teu pai que...
Para quem se habitua aos livros...
2) no meio do período, para indicar certa hesitação ou
breve interrupção do pensamento:
Porque... não sei porque... porque é a minha sina...
"Ao contrário, se é amigo dele... peço-lhe que o dis
traia... que...".
JBS
3) no fim de um período gramaticalmente completo,
para sugerir certo prolongamento da idéia:
Na terra os homens sonham, os homens vivem so
nhando...
Ninguém... a estrada, ampla e silente, sem caminhan-
tes adormece...
4) para sugerir movimento ou a continuação de um fato:
Ea vida passa... efêmera e vazia...
Erafeio, feio...
O Emprego do Travessão (—)
O travessão é usado para indicar:
1) a fala das personagens nos diálogos:
"A caixinha de costura continha de tudo um pouco:
tesoura, botões, fita métrica e, logicamente, agulha
e linha.
0&\
JPs
Odiálogo começou quandoa linha disse para a agu
lha:
- Então, você veste os outros e anda nua?".
2) uma curta intervenção do narrador para, por exemplo,
esclarecer qual é a personagem que fala:
- Estou muito apressado - diz Tonhão - Deixem-me
entrar!
3) para isolar palavras ou frases, como se as colocasse
entre parênteses (nesse caso usa-se travessão duplo):
Oseu mundo não ia além dos muros que a enclausu
ravam. Eninguém via — ninguém mesmo —aqueles
meigos olhos azuis.
Um dos policiais — solteiro e jovem — começou a se
insinuarpara afilha mais velha do delegado.
Atenção!
Os travessões podem substituir vírgulas e parênteses.
Aspas ("...")
Normas para emprego das aspas:
1) indicam citação textual;
Como disse Cecília Meirelles: "Uma bomba não tem
endereço".
2) indicam serem estrangeiras ou de gíria certas palavras.
0 "jazz" revolucionou a música.
O seu maior sonho era ser um "tira" respeitável.
3) indicam vários motivos, mas o principal é indicar o
uso de palavras e expressões fora do sentido habitual:
Hojeestudaremos o "que".
O povo "guerreava" a corrupção.
Parênteses()
Afunção básica dos parênteses é delimitar intercalações
dentro de um período. Por exemplo:
Brasília (a capital do Brasil) é uma cidade moderna.
Delimitar as referências de uma citação.
"Ao vencedor, as batatas!" (Quincas Borba - Machado
de Assis.)
Indicar o período de vida de uma pessoa.
Carlos Drummondde Andrade (1902 -1986).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Certo / Errado
Julgue se a pontuação foi feita corretamente.
1. ( ) Ganhamos pouco; devemos portanto economizar.
2. ( ) Anoite não acabava, e a insônia a encompridou mais
ainda.
3. ( )
Unsdiziam que se matou; outros que fora para Goiás.
4. ( )
Possuía lavouras, de trigo, linho, arroz e soja.
5. ( )
O dinheiro, nós o trazíamos preso ao corpo.
6. ( )
Embora estivesse agitado resolveu calmamente o
problema.
7. ( ) No congresso, serão analisados os seguintes temas:
a) maior participação da comunidade.
b) descentralização econômico-cultural.
c) eleição de dirigentes comunitários.
d) cessão de lotes às famílias carentes.
53
 8.( ) Bem-vindo sejas aos campos dos tabajaras, senhores
da aldeia.
9. ) Amanhã de manhão Presidenteviajará paraa Bósnia.
10 ) A riqueza que é flor belíssima causa luto e tristeza.
11, ) Duas coisas lhe davam superioridade, o saber e o
prestígio.
12. ( ) Oalunoenlouquecido queriadecorartodasas regras.
13. ( ) A mocinha sorriu, piscou os olhinhos e entrou, mas
não gostou do que viu.
14. ( ) Convinha a todos, que você partisse.
15. ( ) Acasa não caíra do céu por descuido fora construída
pelo major.
Múltipla escolha
16. Assinalea opção em que a explicação para o emprego
das vírgulas está errada.
a) Zilda, a dona da casa, arrumara a mesa desde cedo.
(isolam aposto)
b) E, para adiantar o expediente, vestira a aniversa
riante logo depois do almoço, (destacam oração
adverbial)
c) Tratava-sede uma velha grande, magra, imponente
e morena, (separam predicativos)
d) O ponche foi servido, Zilda suava, nenhuma cunha
da ajudava propriamente, (separam orações coor
denadas assindéticas)
e) e de costas para a aniversariante, que não podia
comer frituras, eles riam inquietos, (isolam oração
adjetiva explicativa)
17. "Durante muitos anos o TUCA o Teatro da Universidade
Catóiicafoiem São Pauloo templo da músicabrasileira."
Nesse período, corretamente pontuado, há
a) 1 vírgula. d) 4 vírgulas.
b) 2 vírgulas. e) 5 vírgulas.
c) 3 vírgulas.
18. Em qual dos períodos é incorreta a justificativa para o
emprego da vírgula?
a) Sabugosa já se havia preparado para apresentar sua
abalizada proposta, no entanto teve de mudar seus
planos, (separando or. coord. sindética)
b) Almir, que até então estava desanimado, aos poucos
começou a participar das brincadeiras, (vírgulas para
separar aposto)
c) A pobreza enrijecera-lhe o coração, e os amigos
já não o procuravam mais. (separando or. coord.
sindética aditiva com sujeitos diferentes)
d) Àmedida queosguerreiros se aproximavam dovale,
os cavalos eram instigados com gritos e esporas,
(separando or. subord. adverbial anteposta)
e) A Torre Eiffel, que fica em Paris, é usada como
estação radiotransmissora. (separando or. subord.
adjetiva explicativa)
19. No texto "NumaCopa do Mundo, que envolve interesses
promocionais e comerciais cada vez mais gigantescos,
a FIFA fez tudo para que seus árbitros só tenham uma
preocupação quando entrarem em campo para apitar
o jogo", a correta aplicação das leis:
a) a pontuação está correta.
b) a pontuação está incorreta.
c) a segunda vírgula deve ser omitida.
d) os dois-pontos foram empregados incorretamente.
e) a vírguladepois da palavra preocupação é obrigató
ria.
54
20. Pode-se atribuir o emprego de dois-pontos em "Um
poeta é sempre irmão do vento e da água: deixa seu
ritmo por onde passa." (in Discurso, Cecília Meireles),
à intenção de anunciar
a) uma citação.
b) uma explicação.
c) um esclarecimento.
d) um vocativo.
e) uma separação, em um período, de orações com a
mesma natureza.
21. Em qual dos períodos houve falha de pontuação?
a) Finalmente será lançada a primeira ameaça séria ao
reinado do Aurélio.
b) Portentosa obra de catalogação do português falado
no Brasil, o Aurélio pode deixar de ser sinônimo de
dicionário.
c) Desde sua primeira edição, há 26 anos, o livrão
do professor Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
vendeu um total de 45 milhões de cópias em suas
três versões.
d) Talveznão deixe de ser sinônimo de dicionário, mas,
terá de dividiro título com o Houaiss (pronuncia-se
"uáis").
e) "Uáis", assim, certamente, ficará conhecido pelos
brasileiros o novíssimo Dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa, cujos primeiros exemplares começam
a ser vendidos no Rio e em São Paulo a partir desta
semana.
22. Em "Estes os meus verdadeiros rendimentos, (I)senhor;
(II) salários e dividendos não computados na decla
ração. (III) Agora estou confortado porque confessei;
(IV) invente depressa uma rubrica para incluir esses
lucrose taxe-me sem piedade. (V)Multe, se for o caso;
pagareifeliz. Atenciosas saudações", estão numerados
cinco sinais de pontuação. Assinale a opção contendo
o número do sinal que permite, gramaticalmente, sua
substituição por dois-pontos.
a) (I).
b) (II).
c) (III).
d) (IV).
e) (V).
23. Marque o item em que o uso incorreto da vírgula pre
judica a coesão frasal.
a) No ano passado, 35.000 turistas estrangeiros esco
lheram a Amazônia como roteiro de férias e injeta
ram no complexo turístico da região 90 milhões de
dólares.
b) O filão turístico da Amazônia foi impulsionado por
um estrangeiro, o suíço naturalizado brasileiro Heinz
Gerth.
c) Em 1984, ele inaugurou o hotel Amazon Lodge, uma
casa rústica flutuante, com capacidade para dezoito
pessoas, situado no Lago Juma, 80 quilômetros ao
sul de Manaus.
d) ATransamazon,organizaas excursões e recepciona os
turistas estrangeiros no Aeroporto Eduardo Gomes.
e) Com o sucesso de seu primeiro empreendimento,
o suíço construiu em 1986 um hotel de porte maior,
às margens do Lago Poraquequara, a 30 quilômetros
de Manaus.
24. Em qual dos períodos não se fez a correta pontuação?
a) Nocaminho, encontrou um velho amigo e perguntou
a ele aonde ia; o amigo disse-lhe que ia ao céu.
0ÊS
/P?S
b) Não fizo artigo, a revista não saiu, a literatura fran
/PS
cesa não perdeu nada com isso; a brasileira, muito
menos.
c) O céu, à tarde, cada vez se tornava mais vermelho,
/S^S
\ os ventos mais quentes, mais forte a claridade.
d) Afável e comunicativo, o técnico chegou a brincar
com os repórteres que o procuraram.
0!6\ e) Aquelas veemências quem não as ouviu de voz ou
não as viu de letra?
25. Em "Seucomportamento é avaliado em relação a um
{(PS modelo, que é o comportamento das classes dominan
/íflP**
tes...", empregou-se a vírgula para
a) separar oração intercalada.
/PS b) separar oração subordinada substantiva apositiva.
c) separar oração subordinada adverbial consecutiva.
d) separar oração subordinada adjetiva restritiva.
/üs.
e) separar oração subordinada adjetiva explicativa.
26. Marque a alternativa em que a vírgula indica antepo-
sição da oração adverbial à oração principal.
a) Pandeiros e atabaques, já não há quem os toque.
b) Énecessário ter calma, poisnão há perigo iminente.
c) Em todas as atitudes, notava-se grande determina
ção.
d) Que ambos já não se amavam, os pais já sabiam.
e) Ao ver-se sozinha, começou a temer por seu destino.
27. Aponte o período em que haja erro de pontuação.
a) De fato, se nos perguntassem qual o aspecto mais
alto, mais edificante e significativo da civilização
brasileira, não teríamos a menor dúvida em indicar
a quase inexistência de problemas raciais intranspo
s"
níveis.
b) Quando eu te trazia biscoitos, tu os guardavas, e eu
/PS
te censurava porque me parecias avara pois nem os
/Ps
comia, nem os repartias com outrem.
c) Por mais distraído que fosses, leitor, terias notado
#!S que ele ficara sinceramente alegre, posto que con
s
tivesse a alegria, segundo convinha a um filósofo.
d) Sou pobre, como bem sabes, contudo tenho a certe
za de que, se fosse rico, não seria mais feliz do que
sou agora.
áis e) Nos dias festivos, havia jantares suntuosos; à tarde,
passeios no jardim e pescarias no tanque em es-
/ps caleres dourados; à noite, bailes e representações
teatrais.
>$PS
28. Assinale a alternativa com a pontuação que substitua
corretamente os espaços pontilhados entre parênteses,
em "Quando se trata de trabalho científico(...) duas
coisas devem ser consideradas(...) uma é a contribuição
teórica que o trabalho oferecef...) a outra é o valor
prático que possa ter".
íPS
a) dois-pontos - ponto e vírgula - ponto e vírgula.
b) dois-pontos -vírgula - ponto e vírgula.
/ps
c) vírgula - dois-pontos - ponto e vírgula.
/$ÜS d) ponto e vírgula - dois-pontos - ponto e vírgula.
e) ponto e vírgula - vírgula - vírgula.
<?ss
29. A respeito da pontuação do texto, assinale a proposição
incorreta.
"Abaixo do Equador(*ondenão existe pecado1), a fusão
da tradição européia com a batucada africana libertou
o carnaval na plenitude. Emnenhum lugar, ele adquiriu
a dimensão que alcançou no Brasil? durante quatro
dias, o pais fica fechado para balanço-3Ou melhor, fica
ops aberto só para balançar,4 e se entrega ao espetáculo
que seduz e deslumbra os estrangeiros."
a) O emprego cumulativo de parêntese e vírgula (em
1) está correto.
b) Poder-se-ia substituir os parênteses (em 1) por tra
vessão duplo.
c) O emprego de dois-pontos (em 2) justifica-se por
anunciarem eles um esclarecimento ou explicação.
d) O ponto (em 3) pode ser substituído por vírgula,sem
desrespeitar as regras de pontuação.
e) Avírgulaantes da conjunção (em 4) justifica-sepelo
fato de as orações terem sujeitos diferentes.
30. Assinale a frase de pontuação incorreta.
a) Andousob inclemente céu, vagou por áridocaminho,
perambulou entre abrolhos e pó, mas não se perdeu
sozinho.
b) A castanheira, em seus grossos frutos lenhosos,
encerra cerca de doze castanhas com gomos duros.
c) Ouvindo a cigarra, entre o rumor silencioso da mata
virgem,achei-a harmoniosa com a imensidade som
bria, pesada, de espessura impenetrável.
d) De repente, estrugiam palmadas enérgicas nas ná
degas de algum menino que levava um tombo, ou
entrava em casa sujo de lama.
e) Nãose contenta, a gente portuguesa, que seguindo
a vitória, destrói e mata a povoação sem muro e sem
defesa, bombardeia, acende e desbarata.
GABARITO COMENTADO
1.E Correção: Ganhamos pouco; devemos, portanto,
economizar. Obs.: sep. conj. deslocada.
2.C A noite não acabava, e a insônia a encompridou
mais ainda. Obs.: sep. or. coord. sind. aditiva c/
sujeito diferente do da or. anterior.
3.E Correção: Unsdiziamque se matou; outros, que fora
para Goiás. Obs.:p/indic. zeugma (elipse do verbo).
4.E Correção: Possuía lavouras de trigo, linho, arroz e
soja. Obs.:não se separa o adj. adn.
5.C O dinheiro, nós o trazíamos... Obs.: sep. obj. direto
antepostodo obj. diretopleonástico.
6.E Correção: Embora estivesse agitado, resolveu..
Obs.: sep. or. subord. adv. anteposta.
7.E Correção:"... seguintes temas: a)... da comunidade;
b)... econômico-cultural; c)... comunitários; d)...
famílias carentes. Obs.: ponto e vírgula sep. itens
de citação. ^^
8.C Bem-vindosejas aos campos dos tabajaras, senho
res da aldeia. Obs.: sep. apostoexplic.
9.E Correção: Amanhã de manhã, o Presidente viajará
para a Bósnia. Obs.: sep. loc adv. anteposta.
10. E Correção: A riqueza, que é flor belíssima, causa.
Obs.:sep. or. subord. adj. explicativa.
11. E Correção: Duas coisas lhe davam superioridade: o
saber e o prestigio. Obs.: dois-pontos para introduzir
enumeração.
Correção: O aluno, enlouquecido, queria. Obs.:
12. E
3
sep. predicativo. (9
3
13. C Amocinha sorriu. // piscou os olhinhos // e entrou, ec
// mas não gostou do // que viu. Obs.: sep. orações O
a.
coordenadas. <
3
14. E Correção: Convinha a todos que você partisse (or.
subord. subst. subjetiva). Obs.: não se separa or. z
subord. substantiva.
55
 15. E Correção: ... por descuido: fora construída pelo
maior. Obs.:dois-pontosp/introd. or. coord. explic.
com a conj. subentendida.
16. c Correção: "Tratava-se de uma velha
grande, magra, imponente e morena", (vírgulas p/
sep. adj. adn.).
17. e 5 vírgulas: Obs.: "Durante muitos anos, (sep. loc.
adv. anteposta) o TUCA, o Teatro da Universidade
Católica, (sep. aposto explic.) foi, em São Paulo.
(ênfase à loc. adv.) o templo da..."
18. b Correção: b) Almir, que (pron. relativo) até então
estava desanimado, aos poucos começou a partici
par das brincadeiras (vírgulas paraoração adjetiva
explicativa).
19. a "NumaCopado Mundo,que envolveinteresses pro
mocionais e comerciais cada vez mais gigantescos.
(vírgulas sep. or. adj. explicativa) a FIFA fez tudo
para que seus árbitros só tenham uma preocupação
quando entrarem em campo para apitar o jogo: a
correta aplicação das lejs (dois-pontosp/citação)".
20. b "... da água: deixa seu ritmo por onde passa." Obs.
or.coord.explicativa, c/conj. elíptica.
21. d Correção: d) Talvez não deixe de ser sinônimo
de dicionário, mas terá de dividir o título com o
Houaiss... (a vírgulaapós "mas"separa a conj. da
respectiva oração).
22. b Estes os meus verdadeiros rendimentos, (I- voca
tivo) senhor: (II - aposto enumerativo) salários e
dividendos não computados na declaração. (III-fim
de período) Agora estou confortado porque con
fessei; (IV- uma das partes principais do período,
poderia ser vírgula) invente depressa uma rubrica
para incluir esses lucros e taxe-me sem piedade.
(V-fim de período) Multe, se for o caso; pagarei
feliz. Atenciosas saudações".
23. d ATransamazon* organiza as. Obs.: (*) vírgulasep.
sujeito e verbo.
24. e Correção: e) Aquelas veemências. (obj. direto
anteposto, repetido pelonasticamente) quem não
as ouviu de voz, ou não as viu de letra? (or. coord.
sindética).
25. e Seu comportamento é avaliado em relação a um
modelo, que é o comportamento das classes domi
nantes..." (vírgula sep. or.subord. adj. explicativa).
26. e Aover-se sozinha, (or.subord. adv. red.de infinitivo)
começou a temer por seu destino.
27. b Correção: b) Quando eu te trazia biscoitos, tu os
guardavas e eu te censurava (or. coord. sind. aditi
va) porque me parecias avara, pois nem os comia
(vírgula p/sep. or. coord.sind.explicativa), nem os
repartias com outrem.
28. c "Quando se trata de trabalho científico, (or. subord.
adverbial. anteposta) duas coisas devem ser consi
deradas: (enumeração) uma é a contribuição teórica
que o trabalho oferece: (itens de citação) a outra é
o valor prático que possa ter".
29. e Correção: "... o país fica fechado para balanço.3Ou
melhor, fica aberto só para balançar(,) 4e se entrega
ao espetáculo...". Obs.: (4): sem víraula: o suj. dos
verbos é o mesmo "opaís".
30. e Correções: e) Não se contenta (vírgula sep. verbo
e sujeito) a gente portuguesa (vírgula sep. or. adj.
restritiva)que, seguindo a vitória, (vírgulap/inter
calar or. adv.) destrói e mata a povoacão sem muro
e sem defesa, bombardeia, acende e desbarata.
56
QUESTÕES DE CONCURSOS
- Pontuação
Para responder a estas questões, considere, sob aspectos
gramaticais e semânticos, os fragmentos de textos que as
antecedem; depois, assinale Cou E, respectivamente, para
o que julgar certo ou errado.
1. (Cespe/Agente de Polícia Federal) "A sociologia trabalha
com a concepção dessa relação entre o que é 'meu' e
o que é 'nosso'. A pergunta que propõe é: como nos
fazemos e nos refazemos em nossas relações com as
instituições e nas relações que estabelecemos com os
outros".
( ) O emprego do sinal de dois-pontos anuncia que
uma conseqüência do que foi dito é explicitar a
pergunta proposta pela sociologia.
2. (Cespe/Anatel) "O real não é constituído por coisas.
Nossa experiência direta e imediata da realidade leva-
-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam
elas naturais ou humanas), isto é, de objetos físicos,
psíquicos, culturaisoferecidos à nossa percepção e às
nossas vivências".
( ) No texto, os parênteses demarcam a inserção de
uma informação, a sua substituição por duplo
travessão preservaria a coerência e a correção do
texto.
«SN
3. (Cespe/Anac) "O responsável pela algazarra dessa
manhã em Piracicaba era um alsaciano de nome Fritz
Roesles".
( ) Haveria prejuízo para a correção gramatical, se a
primeira oração fosse pontuada da seguinte forma:
O responsável pela algazarra dessa manhã, em
Piracicaba era um alsaciano de nome Fritz Roesles.
4. (Cespe/MPU) "Nós, seres humanos, somos seres sociais:
vivemosnosso cotidianoem contínuaimbricação com o
ser de outros. Isso, em geral, admitimos sem reservas.
Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos:
vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir
de experiências individuais intransferíveis".
( ) O sinal de dois-pontos, depois de "indivíduos",
tem a função de introduzir uma explicação para as
orações anteriores; por isso, em seu lugar, poderia
ser escrito porque - sem prejuízo para a correção
gramatical do texto ou para sua coerência.
5. (Cespe/TRE) "[...]consubstanciadas no sentidopejora
tivo que a qualificação negro, dada por Isabel ao seu
convidado, tinha para os que conviviam com eles, ou
seja, nãofoi o convitede Lisboae Isabelpara que Ramos
jantasse em sua casa".
( ) Por ser explicativa, a expressão "ou seja" está entre
vírgulas.
6. (Cespe/Abin) "No projeto Segurança Pública para o
Brasil, da Secretaria Nacional de Segurança Pública,
aponta-se como principal causa do aumento da crimi
nalidade o tráfico de drogas e de armas".
( ) Asupressão das vírgulas que isolam a expressão "da
Secretaria Nacional de Segurança Pública" alteraria
o sentido do texto, visto que estaria subentendida
a existência de, pelo menos, mais um projeto de
nominado Segurança Pública para o Brasil.
 7. (Cespe/INSS) "Para assumir a frente das reformas,
nomeou Francisco Pereira Passos para o governo
municipal. Este, por sua vez, chamou os engenheiros
Francisco Bicalho para a reformado porto e Paulo de
Frontin para as reformasno centro".
( ) Mantém-se a correção gramatical caso se retire a
vírgula que vem logo depois de "Este".
8. (Cespe/TRT) "Umfato que me alegrou imensamente.
Eu dancei, cantei e pulei. E agradeci ao rei dos juizes,
que é Deus. Foiem janeiro quando as águas invadiram
os armazéns e estragaram os alimentos. Bemfeito".
( ) 0 ponto final logo após as orações coordenadas
"dancei, cantei e pulei" pode ser substituído por
vírgula sem prejuízo gramatical ou de sentido, des
de que a conjunção "E"seja escrita em minúscula.
9. (Cespe/MPOG) "Quando Nova Iorque vivia seu boom
imobiliário e financeiro,fruto do crescimento econômico
que consolidou os Estados Unidos da América como
potência mundial, Gordon Matta-Clarkformava-seem
arquitetura".
( ) Preserva-se a correção gramatical do texto ao se
deslocar a vírgula que segue "financeiro" para
depois de "econômico"; mas, para que as relações
de coerência entre os argumentos também sejam
preservadas, é necessário retirar a vírgula logo
depois de "mundial".
10. (Cespe/Delegado da Polícia Federal) "Fazendofrente a
essg crise, a Cultura da Paz surge como uma proposta
da ONUque tem por objetivo conscientizar a todos -
(IPS governos e sociedades civis - para que se unam em
<ps busca da superação da falência...".
( ) A inserção de uma vírgula logo depois de "ONU"
respeitaria as regras gramaticais, mas provocaria
ambigüidade de interpretação sobre quem teria
"por objetivo conscientizar".
GABARITO COMENTADO
l.C A pergunta vem como conseqüência do período
anterior; os dois-pontos indicam que seguirá a ex-
Ms plicitação daquela pergunta. Veja:"(...) A pergunta
que propõe é: como nos fazemos e nos refazemos
em nossas relaçõescom as instituiçõese nas relações
que estabelecemos com os outros?".
0h
2.C A subst. preservaria a coerência e a correção. Veja:
"(...) que o real é feito de coisas - seiam elas natu
rais ou humanas -, isto é, de objetos físicos...". (O
duplo travessão deu mais visibilidade, isto é, ênfase
à informaçãoque estava entre parênteses).
3.C Haveria erro de pontuação (vírgulaentre o suj. e o
/fPS verbo). Veja: "O responsável pela algazarra dessa
manhã (suj.) (,) em Piracicabaera (verbo) um alsa
ciano de nome Fritz Roesles".
4.E Prejuízo p/ a correção: faltaria vírgula p/ sep. or.
coord. sind. explicativa. Veja: "(...), somos indivídu
os, ooraue vivemos nosso ser cotidiano como... (or.
coord. sind. explicativa)".
5.C Veja:"(...) para os que conviviam com eles, ou seja,
(= "isto è": vírgulas p/sep. expres. explicativa) não
foi o convite de Lisboa e (...)".
6.C Alteraria o sentido. Sem vírgula, o termo explicativo
/PS passaria a restritivo. Veja: "No projeto Segurança
Pública para o Brasil da Secretaria Nacional de
Segurança Pública (subentende-se a existência de
mais de um projeto)...".
7.E Aretirada gera incorreção (a outraseparariasuieito
e verbo). Veja: "Este (suj.) por sua vez(,)chamou os
engenheiros..."
8.C "Eu dancei, cantei, pulei (vírgulas sep. or. coord.
assindéticas) e agradeci... (conj. e lig. or. coord.
sind. aditiva)".
9.E Haveriaincorreção.Veja:"(...) viviaseu "boom imo
biliário e financeiro", fruto do crescimento econô
mico aue consolidou os Estados Unidos da América
como potência mundial, (as vírgulas não podem
ser deslocadas nem retiradas porque intercalam o
apostosublinhado) Gordon Matta-Clark formava-se
em arquitetura".
10. C Correta, mas c/ ambigüidade. Veja:"[...], a Cultura
da Pazsurge como uma proposta da ONU. (<vírgula
p/sep. or. adj. explicativa >) que tem por objetivo
conscientizar a todos..." (Quem tem o "objetivode
conscientizar..."? Resp.:a ONUou a Cultura da Paz).
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
I - Concordância Verbal
Concordância com o Sujeito Simples
Regra: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em
número e pessoa:
Os alunos estudaram muito.
Nós somos bons alunos.
Concordância com o Sujeito Composto
Regra: verbo no plural, na pessoa gramatical do núcleo
de número mais baixo:
3^ pess. + 3a pess.: verbo na 39 pess. pi. (eles):
O diretor e a secretária iá saíram.
Ia pess. + 22 pess.: verbo na 13 pess. pi. (nós):
Euetu iremos passar no concurso.
13 pess. + 33 pess.: verbo na le pess. pi. (nós):
Eu e Raimundo estaremos na cidade.
23 pess. + 33 pess.: verbo na 23 pess. pi. (vós) ou na 33
pess. pi. (vocês / eles):
Tu e alguns colegas saireis mais cedo.
Tu e alguns colegas sairão mais cedo.
Casos Particulares (sujeito composto):
1) núcleos pospostos: verbo no plural ou concordando
com o núcleo mais próximo:
Na igreja, choraram / chorou mãe e filha.
2) núcleos sinônimos: verbo no plural ou concordando
com o núcleo mais próximo:
A dor e o sofrimento sempre me acompanham /
acompanha.
3) núcleos em gradação: verbo no plural ou concordando
com o núcleo mais próximo:
Umano, um mês, um dia pouco importam / importa.
4) núcleos ligados pela conjunção ou
a) com exclusão: o verbo concorda com o núcleo mais
próximo:
João ou José casará com Raimundo.
Os gaúchos ou nós venceremos a corrida.
57
VVestcon/
b) sem exclusão: verbo no plural:
O riço ou o pobre morrerão um dia.
5) núcleos infinitívos (sujeito oracional): verbo na 33
pessoa do singular:
Caminhar e correrfaz bem à saúde.
Atenção!
O verbo irá para a 32 pes. pi. se os infinitívos forem
antônimos, ou se estiverem determinados:
Amar e odiar fazem parte do ser humano.
O falar e o escrever bem revelam cultura.
6) núcleos ligados pela preposição "com" - o verbo de
preferência no plural, podendo concordar com o 12
núcleo para realçá-lo:
O professor com seus alunos realizaram / realizou a
pesquisa.
Observação: se o núcleo preposicionadoviersepara
do por vírgulas, o verbo deverá concordar com o 18
núcleo (suj. simples):
Oprofessor, com seus alunos, realizará a pesquisa.
7) núcleos ligados por conjunção comparativa
a) o verbo concorda com o ls núcleo, se quisermos
destacá-lo (o 29 núcleo vem separado por vírgulas):
Na realidade, a felicidade, como o paraíso, não
existe.
b) o verbo concorda com os dois núcleos, isto é, no
plural (nesse caso não há vírgulas):
O homem como todos os seres humanos são mor
tais.
8) seguido do aposto resumitívo: o verbo concorda com
o aposto.
Vinho, dinheiro, mulheres, nada o alegrava mais.
sujeito composto aposto
Casos Especiais de Concordância
1) Com as locuções um e outro (...), nem um nem
outro (...) e nem (...) nem (...), verbo no singular
ou no plural:
Um e outro assunto será/serão visto(s).
Nem um nem outro aluno saiu / saíram.
Nem livro nem apostila basta / bastam.
Observações:
a) havendo reciprocidade, verbo no plural:
Nem um nem outro se olham mais.
b) havendo exclusão, verbo no singular:
Nem Paulo nem José casará com ela.
2) Com a locução um ou outro (...), verbo no singular:
Um ou outro assessor viajará a serviço.
3) Com a locução mais de um (...), verbo no singular:
Mais de um ioaadorserá convocado.
Observação: havendo reciprocidade ou repetição.
verbo no plural:
Mais de um carro se chocaram na pista.
Mais de um carro, mais de um caminhão derrapa-
ram na pista.
4) Sujeito locução pronominal com pronome pessoal
preposicionado.
a) núcleo no singular: verbo na 3a pess. sing.:
Qual de nós sobreviverá ?
b) núcleo no plural: verbo na 33 pess. plural ou
concorda com o pronome pessoal:
Quais de nós vencerão / venceremos?
58
5) Sujeitoque, da locução "um dos [...J que":
a) verbo no singular(para enfatizaro indivíduo):
Vieirafoi um dos escritores gue me fascinou.
b)verbo no plural (para enfatizaro conjunto):
Vieira foi umdos escritores gjje me fascinaram.
6) Sujeito coletivo, partitivo ou percentual
a) concordância com o núcleo:
A maioria dos alunos passará.
Um bando de pássaros pousou.
Um por cento dos alunos já saiu.
b) concordância com o determinante:
A maioria dos alunos passarão.
Um bando de pássaros pousaram.
Um por cento dos alunos já saíram.
7) Sujeito nome pluralício
a) com artigo no plural, verbo no plural:
Os EstadosUnidosinvadiram o Iraque.
b) sem artigo, verbo no singular:
Alagoas nos deu políticos ilustres.
8) Sujeito quem
a) pronome indefinido (sem ênfase) - verbo na
33 pess. do singular:
Não serei eu auem pagará a conta.
b) pronome relativo (com ênfase) -verbo concorda
com o antecedente:
Não serei eu auem pagarei a conta.
9) Sujeito que
Sujeito sintático (pron. relativo que), concordância
com o antecedente (= sujeito semântico):
Sou eu aue faço as contas.
Veja: que (suj. sintático) faço as contas = eu (suj.
semântico) faço as contas.
10) Oração sem sujeito, verbo na 33 pess. singular
(verbos impessoais)
a) indicando tempo (fazer, haver, estar):
Faz anos que estudo Português.
Fez muito frio neste inverno.
Há séculos não vou ao cinema.
Hoje está muito quente.
b) indicando fenômenos da natureza:
Trovejou no norte, mos choveu no sul.
c) verbo haver significando existir, ocorrer:
Houve muitasfaltas às aulas.
Observação: o verbo auxiliar ficará na 39 pessoa
do singular, se houver locução verbal:
Pode fazer dez anos que não a vejo.
Deve fazer dias frios no Sul.
Amanhã poderá haver problemas sérios.
11) Com a partícula apassivadora (v.t.d. + se), o verbo
concorda com o sujeito:
A/esta oficina, consertam-se televisores.
12) Com o índice de indeterminação do sujeito (outros
verbos +se), verbo sempre na 33 pessoa do singular:
Precisa-se de calma, (v.ti.)
Vive-se calmamente, (v.i.)
Nunca se está satisfeito.(v.lig.)
Quando se empregar o objeto direto preposi
cionado, o verbo ficará, também, na 32 pessoa do
singular, o sujeito será indeterminado:
Louva-se a Deus, porque se teme ao demônio.
Método prático para determinar as funções básicas
do se (em duas perguntas):
ia) o "se" é equivalente a "a si mesmo" ou a
"entre si"?
{íPS
Sim - pronome pessoal reflexivo (PPR).
Não-faça a 23 pergunta.
29) O verbo da oração é V.T.D.?
/Ps
Sim - partícula apassivadora (PA)
Não - índice de indeterminação do sujeito (IIS).
Exemplo: Condordar-se-ia (IIS) com o projeto,
desde que não se (PA) violassem direitos de
pessoas que se (PPR) machuquem em serviço.
13) Verbo "parecer" seguido de infinitivo
Flexiona-seo verbo parecer ou o outro verbo, nunca
os dois:
As crianças parecem estar felizes.
/SJ\
As crianças parece estarem felizes.
/Ps 14) Concordância do verbo ser
Concordância com o predicativo
1) predicativo pessoa:
Os zelos do pai era Maria.
2) predicativo quantidade:
Dez mil reais seria muito.
(liÜS
3) predicativo pronome o:
Problemas é o que não falta.
4) predicativo horas, distâncias, datas:
/SUS
São exatamente 10h45min.
Daqui ao centro, é lKm apenas.
Observação: com datas, concorda com o nume
rai ou com a palavra dia clara ou subentendida:
Hoje são 15 de moio.
Hoje é dia 15 de maio.
<fPS Hoje é 15 de maio.
5) o sujeito é pronome interrogativo ou nome parti-
tivo:
Quem são os melhores alunos?
A maioria eram pobres ou desempregados.
Concordância facultativa
1) sujeito tudo, nada, isto, isso, aquilo:
Na juventude, tudo é / são flores.
2) sujeito título pluralício de obras:
/P* Os Lusíadas são/é uma epopéia.
3) sujeito singular e predicativo "coisas":
A cama era / eram só palhas velhas.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
/Ps Certo / Errado
Julgue a concordância verbal utilizada nas frases.
/$PS
1. ( ) A nossa aluna só interessava duas coisas: aulas e
exercícios.
(fps
2. ( ) Uma palavra, um gesto, um olhar bastava para se
{PS entenderem.
3. ( ) A noite ou o dia traz a presença da natureza.
4. ( ) As nações parecia ficarem felizes, haja visto que os
/Pu Estados Unidos apoiou o projeto de desarmamento.
5. ( ) Deve fazer muitos anos que não chovem dólares lá
/fps em casa, mas há de haver outras ocasiões para que
chova novamente.
6. ( ) 0 herói és tu. Nós somos a Pátria. Eu não sou vocês.
7. ( ) Comparecestes tu, um amigo e também eu.
8. ( ) Namorar e casar significa a mesma coisa.
9. ( ) Não serei eu um dos que cruzaremos os braços.
10. ( ) Preste atenção, ainda faltam resolver teus proble
/ps
mas.
/íPN 11. ( ) Hoje é dia vinte; ontem, foi dezenove.
12. ( ) Para nossa aula, trabalhou professor e diretor.
/(Ps
/PN
13. ( ) Vinho, dinheiro, mulheres, nada maislhe interessa.
14. ( ) Mais de um atleta completou a maratona.
15. { ) Foi eu quem escreveu este belo poema.
16. ( ) Dezmil reais é muito, embora a maioria seja peças
raras.
17. ( ) V. Exa., tu e ela sois os interessados.
18. ( ) Alibertinagem e a devassidão corrompeu Roma.
19. ( ) Nem o dinheiro nem a ciência pode curar o avaro.
20 ( ) Sabeis S. Exa. que se fala de sessões em que se as
sistem a palestras?
21. ( ) Tua irmã é as alegriasdo bairro:na juventude, tudo
é flores.
22. ( ) Mentiras era o que não faltava, mas a vida são as
verdades.
Múltipla escolha
23. Observe a concordância verbal nas frases abaixo.
I- Nema lisonja, nem a razão, nem o exemplo bastava
para moderar-lhe as ânsias...
II- Nem um nem outro menino usava sapatos; a maio
ria andava de tamancos ou descalça.
III - Um e outro vício negam os foros da natureza e
inclinam para tudo que é torpe.
IV- Uma ou outra pessoa apareciam por lá de vez em
quando.
a) Todas as frases estão corretas.
b) Há apenas uma incorreta.
c) Há incorreção somente em duas.
d) Emtrês frases há erro de concordância.
e) Todas as frases estão incorretas.
24. Assinale a oração em que o verbo não concordou em
número e pessoa com o sujeito.
a) Faltam ainda alguns passos seguros para a aquisição
de uma vida pacífica.
b) Existem criaturas sensatas, capazes de superar até
as mais espantosas maldades.
c) As desilusões que a perturbam hoje já passaram
alguns dias comigo.
d) De sinceras intenções, as pessoas estão saturadas.
e) Exaltadamente irreais, suas palavras só contém
valores supérfluos.
25. Assinale a frase com erro de concordância.
a) Diríamosque há importantes distinções a fazer entre
discurso e história.
b) Haveremos de refletir sobre o lugar particular do
índio na cultura.
c) Os missionários já haviam amansado o índio e o
tornado submisso.
d) Há vários séculos as línguas indígenas têm tradição
apenas oral.
e) Devem haver vantagens para o índio no contato com
a civilização...
26. Indique a opção correta para completar as lacunas.
"Alguns sócios deixaram a firma alguns meses,
mas ainda resolver alguns pontos, antes que se
a partilha das propriedades".
a) faz - faltam - definam
b) faz - falta - defina
c) fazem - faltam - defina
d) fazem - falta - defina
e) fazem - faltam - definam
59
 27. Assinale a opçãoem que a lacunapode ser preenchida
por qualquer uma das duas formas verbais indicadas
entre parênteses.
a) Um dos seus sonhos morrer na terra natal.
(era, eram)
b) Aqui não ossítios ondeeu brincava, (existe,
existem)
c) Uma porçãode sabiás na laranjeira, (can
tava, cantavam)
d) Não em minha terra belezas naturais.
(falta, faltam)
e) Sou eu que morrer ouvindo o canto
do sabiá, (quero, quer)
28. Assinale o período incorreto.
a) Um vereador, um deputado, um senador vive em
função dos seus eleitores.
b) Destruir e construir novos prédios viabiliza a moder
nização das metrópoles.
c) Depois de construída a balsa, nela embarca tu, tua
mulher e teus filhos e, por favor, fugi para longe!
d) Eu comoutros companheiroschegávamoscansados,
mas esperançosos.
e) Àmesma casa, de ondesaíra o ancião com a filha,
chegavam outros imigrantes.
29. Num dos provérbios abaixo, não se observa a concor
dância prescrita pela gramática. Indique-o.
a) Não se apanham moscas com vinagre.
b) Casamento e mortalha no céu se talha.
c) Quem ama o feio, bonito lhe parece.
d) De boas ceias, as sepulturas estão cheias.
e) Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum
lugar lhe vêm.
30. Qual a concordância inaceitável pela norma culta?
a) Um bando de desordeiros infiltrou-se entre os
operários; mas, assim que chegou a polícia, desa
pareceram.
b) Não foram somente Jerônimo Soares e Diez quem
ousou averbar de senões o vate d'Os Lusíadas.
c) A ira, a raiva, o ódio lhe mudou, por momentos,
a fisionomia.
d) Mas permite Deus que a maldade e a malícia ande
encoberta.
e) Disse-me um vizinho que mais de um ladrão já an
daram rondando a firma para roubar-nos.
31. Assinale a opção em que um dos pares fere as regras
da norma culta.
a) N. Elias é um dos autores que opõe o conceito de
civilização ao de cultura para definir o que é nação
ocidental.
N. Elias é um dos autores que opõem o conceito de
civilizaçãoao de culturapara definiro que é nação
ocidental.
b) A catequese, a pacificação torna o índio assimilável
e oportuniza o avanço branco.
A catequese, a pacificação tornam o índio assimilável
e oportunizam o avanço branco.
c) Na literatura missionária, mais de um relato faz
distinção entre índio "civilizado" e índio "selvagem".
Na literaturamissionária, mais de um relatofazem
distinçãoentre índio "civilizado"e índio "selvagem".
d) Nem o mulato nem o caboclo perde sua identidade
frente ao branco, como acontece com o indígena.
Nem o mulato nem o caboclo perdem sua identidade
frente ao branco, como acontece com o indígena.
60
e) Muitos de nósbrasileiros reconhecem que a concep
ção de nossa identidade vem do branco europeu.
Muitos de nós brasileiros reconhecemos que a con
cepção denossaidentidade vem dobranco europeu.
32. Assinale a concordância incorreta.
a) O bando dos guerreiros tabajaras fugia numa nuvem
negra de pó.
b) Já em 1922, um grupo de meninos praticavam esse
esporte com uma pelota de meias.
c) A maioria dos acidentes nas rodovias ocorrem à
noite.
d) Talvez10% dos trabalhadores adiram ao movimento
grevista.
e) Mas sempre há um ou outro que vão dando vinténs
e patacas para os moleques...
33. Em uma das frases apresentadas nas opções seria cor
reta a variação da concordância verbal. Assinale-a.
a) Apresença do Capitão-general causou grande rebu
liço na sala.
b) Bastavam-lhe a paz, a promessa.
c) De nada valeram as lágrimas de Mariana, os gritos
da mãe, os ataques do pai.
d) As coisas eram tristes, frias e silenciosas, opacas e
duras.
e) Meu Deus, agora trouxeram flores, grandes vasos
de flores.
34. Assinale o período construído com incorreção.
a) De amigos dele, restastes tu, alguns colegas e, logi
camente, eu.
b) O amor e a admiração nas crianças compraz-se dos
extremos.
c) Aqui é que reina a paz e a alegria nas boas consci
ências.
d) Assustam-nas, talvez, o ar tranqüilo e a modéstia da
casa.
e) Por aqui, todas as tardes passava o menino das
cocadas e o vendedor de roletes de cana.
35. Indique a opção correta para completar.
"Não meios de avisá-los de que já fazer
anos que em nosso estoque esses livros".
a) houve - deve - faltam
b) houve - devem - falta
c) houve - devem - faltam
d) houveram - devem - faltam
e) houveram - deve - falta
GABARITO COMENTADO
l.E Correção: "...interessavam duas coisas..." (cone c/
o suj. sublinhado).
2.C "Uma palavra, um gesto, um olhar bastava..." Obs.:
suj. composto, núcl. em gradação: verbo no pi.
(bastavam) ou cone c/o núcl.mais próx.(bastava).
3.E Correção: "A noite ou o dia trazem..." Obs.: suj.
composto, núcl. lig. p/ conj. ou, s/exclusão: verbo
no plural (trazem).
4.E Correções: "... haia vista que os Estados Unidos
apoiaram..." Obs.: suj. "pluralício"determ. p/art. no
pi.: verbo na 32 p. pi.
5.E Correções: "... para que chovam..." Obs.: "chover
dólares": sentido conotativo, o verbo cone c/ o
sujeito elíptico.

6.C O herói és tu. Nós somos a Pátria. Eu não sou vocês.
Obs.:o v. ser cone sempre c/pron. pess.
7.E Correção: "Comparecemos / Compareceste
tu, um amigo e também eu." Obs.: suj. composto
posposto: v. no pi. (comparecemos) ou cone c/ o
núcleo mais
próx. (compareceste).
8.C "Namorar e casar significa...". Obs.: suj. composto,
núcl. infinitívos: verbo na 3Bp. sing.
9.E Correção: Não serei eu um dos que cruzará / cru
zarão... Obs.: suj. "que", da loc. "um dos (...) que":
verbo na 3g p. sing. ou do pi.
10. E Correções: Presta atenção, ainda falta // resolver
teus problemas. Obs.: a) imper. afirm. 22 p. = pres.
indic. sem s (tu prestas: presta tu); b) suj. "oracio
nal": verbo na 3* p. sing. (falta).
11. C Hoje é dia vinte; ontem, foi dezenove. Obs.: em
datas, o v. ser pode cone c/ a pai. "dia", clara ou
elíptíca.
12. C "... trabalhou professor e diretor. Obs.: suj. composto
posposto: verbo no pi. ou cone c/o núcleo mais próx.
13. C "Vinho, dinheiro, mulheres (suj. composto), nada
(aposto) mais lhe interessa". Obs.: suj. composto +
apostoresumidor: o verbo cone c/o aposto.
14. C "Mais de um atleta completou..." Obs.: suj. c/a loc.
"mais de um"[...): verbo na 33 p. sing.
15. E Correção: Fui eu... Obs.: o verbo ser cone sempre
c/ pron. pessoal.
16. E Correção: "... embora a maioria sejam peças raras"
Obs.: c/suj. "partitivo", o v. ser cone c/o predic.
17. C "V. Exa. (32 p.), tu (22 p.) e eja (32 p.) sois..." Obs.
suj. composto (22p. + 32p.: v. na 22 p. pi.).
18. C "Alibertinagem e a devassidão corrompeu..." Obs.:
suj. composto, núcl.sinônimos: verbo no pi. (corrom-
peram) ou cone c/o núcl. mais próx. (corrompeu).
19. C "Nem o dinheiro nem a ciência pode curar...". Obs.:
suj. c/ a loc. "nem [...] nem [...]": verbo no sing.
(pode) ou no plural (podem).
20. E Correções: Sabe V. Exa. [...] em que se assiste a
palestras? Obs.: 1) suj. "pron. tratamento": verbo
na 32 pess.; p/falar com: "V. Ex2.". 2) "se", c/ v.ti.
é i.i.s.: verbo na 32p. sing.
21. C Tua irmã é [...] tudo é flores. Obs.: a) o v.ser
cone c/suj. "pessoa"; b)o v. sercone c/osuj. "tudo'
(é)ouc/o predic. "flores" (são).
22. C Mentiras era o que não faltava, mas a vida é / são
as verdades. Obs.: a) o v. ser cone c/o predic. "o"
(pron.demonst); b) c/suj. e predic. "coisas", o v. ser
cone ou c/o suj. ou c/o predic.
23. b I. (C) Nem a lisonja, nem a razão, nem o exemplo
bastava (ou bastavam) para (com a loc. "nem...
nem...":v. no sing. ou pi.); II. (C) Nem um nem ou
tro menino usava (ou usavam) sapatos (com a loc.
"nem um nem outro...": v. no sing. ou pi.);a maioria
andava (suj. partitivo: v. no sing.) de tamancos ou
descalça; III. ÍC) Ume outro vícionegam (ou nega)...
e inclinam (ou inclina) para ... (com a loc. "um e
outro...: v.no sing. ou pi.); IV. (E) Correção: Uma ou
outra pessoa aparecia por lá ... (com a loc. "um ou
outro...":v. no sing.).
24. e Correção:... suas palavras só contêm valores supér-
fluos. (suj. pi: v. no pi.).
VVâstcon/
25. e Correção: Deve haver vantagens... Obs.: nas loc. ver
bais c/haver = existir,o v. aux. fica na 32 pess. sing.
26. b Alguns sócios deixaram a firma faz (indic. tempo: v.
impess.: 32 p. sing.) alguns meses, mas ainda falta
(suj. oracional subi.:v. na3Bp. sina.) resolver alguns
pontos, antes que se defina a partilha... (voz pass.
sintética: v. cone c/suj. "partilha").
27. c Umaporçãode sabiáscantava/ cantavam... (suj. "par
titivo"+ determinante:v.cone c/suj. ou c/determ.).
28. b Correção: b) Destruir e construir... viabilizam (núcl.
antônimos: v. no plural). Obs.: a) Um vereador, um
deputado, um senador vive (ou vivem)... (núcl. em
gradação: v. nopi.ou cone c/mais próx.); c) embarca
(ou embarcaiou embarquem)tu, tua mulher e teus
filhos (núcl. pospostos: v. na 22 ou 32 p. pi. ou cone
com maispróx.), por favor, fugi (oufujam) para longe!
d) Eu com outros companheiros chegávamos (ou
cheguei)cansado(s) (nucl. lig. p/prep. com: v. cone
c/o l9 núcl. ou vaip/pi.); e)... saíra (ou saíram) o
ancião com a filha (idem).
29. b Correção: Casamento e mortalha no céu se talham.
(suj. comp.: v. no plural).
30. e Correção:... que mais de um ladrão já andou ron
dando... (com a loc. "mais de um...": v. 3g p. sing.).
Obs.: a) Um bando de desordeiros infiltrou-se (ou
infiltraram-se)... (suj. coletivo + determ.: v. cone c/
núcl. ou c/ determ.); b) ... quem ousou (ou ousa
ram) averbar... (suj. "quem": v. 3g p. sing. ou cone
c/ antee); c) A jra, a raiva, o ódio lhe mudou (ou
mudaram)... (núcl. em gradação: v. no pi. ou cone
c/mais próx.); d)... que a maldade e a malícia ande
(ou andem) encoberta (núcl. sinônimos: v. no pi. ou
cone c/mais próx.).
31. c Correção:"...mais de um relato faz distinção...". Obs.
suj. c/a loc. "mais de um", verbona 39pess. sing.
32. e Correção: e) Mas sempre há um ou outro que vai
dando... (com a loc. "um ou outro...": v. no sing.).
Obs.: a) O bando dos guerreiros tabajaras fugia (ou
fugiam)... (suj. coletivo +determ.: v.cone c/núcl. ou
c/determ.); b)... um grupo de meninos praticavam
(ou praticava)... (suj. coletivo + determ.: v. cone c/
núcl. ou c/determ.); c) A maioria dos acidentes nas
rodovias ocorrem (ou ocorre) à noite (suj. partitivo
+ determ.: v. cone c/núcl. ou c/determ.); d) Talvez
10% dos trabalhadores adiram... (suj. percentual +
determ.: v.cone c/percentual ou c/determ.).
33. b Bastavam-lhe / bastava-lhe a paz, a promessa, (suj.
comp. c/núcl. pospostos: v. no pi. ou cone c/mais
próx.).
34. a Correção:... restaste (ou restamos) tu, alguns cole
gas e, logicamente, eu (núcleos pospostos: v. na 12
p. pi. ou cone c/ mais próx.). Obs.: b) O amor e a
admiração nas crianças compraz-se (ou comprazem-
-se) dos extremos (núcl. sinônimos: v. no pi. ou cone
c/mais próx.); c)... reina (ou reinam)a paz e a alegria
(núcl. pospostos: v. no pi. ou cone c/mais próx.); d)
Assustam-nas (ou assusta-as), talvez, o ar tranqüilo
e a modéstia da casa (núcl. pospostos: v. no pi. ou
cone c/mais próx.);e)... passava (ou passavam) o
menino das cocadas e o vendedor... (núcl.pospostos:
v. nopi. ou cone c/mais próx.).
35. a Não houve (= existir: v. impess.: 35 p. sing.) meios
de avisá-los de que já deve fazer (loc. c/v. impess.:
v. aux. 32p. sing.) anos que faltam (cone c/osuj.
"esses livros")em nosso estoque esses livros.
61
VVestcoo/
II - Concordância Nominal
Adjetivos, pronomes, numerais e artigos concordam
em gênero e número com o substantivo que determinam.
Isto é, os adjuntos adnominais concordam com o nome a
que se referem:
Os nossos dois maiores rios estão morrendo.
0 adjetivo na função de predicativo concorda com o
sujeito ou com o objeto.
Predicativo do sujeito:
As reservas serão preservadas.
Predicativo do objeto:
0 promotorjulgou válidas as provas.
Concordância do Adjetivo
1) O adjetivo concorda em gênero e número com o
substantivo:
0 alto igê cobre-se de flores amarelas.
2) Um adjetivo posposto a mais de um substantivo:
a) adjetivo no plural, no gênero predominante, o
masculino:
Carroe moto importados.
b) adjetivo concorda com o mais próximo:
Carroe moto importada.
3) Um adjetivo anteposto a mais de um substantivo:
a) adjunto adnominal: concorda apenas com o mais
próximo:
Compramos aromáticas ervas e flores.
b) predicativo: no plural (de preferência) ou concorda
com o mais próximo:
Julgo satisfatórios a pesquisa e o estudo.
Julgo satisfatória a pesquisa e o estudo.
Outros Casos de Concordância
1) alerta / menos (advérbios) - invariáveis
Tenhomenos fãs na TV que no teatro.
Por precaução, vivemos alerta.
2) bastante / bastantes
a) pronome indefinido (variável):
Tenham bastante dinheiro.
Façam bastantes exercícios
b) advérbio (invariável):
Temos estudado bastante.
Todos pareciam bastante felizes.
O Palmeiras tem jogado bastante mal.
c) adjetivo (variável):
Já temos os livros bastantes.
3) quite / quites (adjetivo)
a) predicativo - concorda com o sujeito:
Ao votar, tu ficarás quite com o TRE.
Nós estamos quites com o IRPF.
b) adj. adnominal - concorda com o nome:
Prova de alunos quites com a tesouraria.
4) só /sós /a sós
a) só = sozinho, adjetivo (variável):
Mesmo na multidão, eles vivem sós.
b) só = somente, advérbio (invariável):
Ojogador estava só testando a sorte.
c) a sós, locução adverbial (invariável):
Quero uma conversa a sós contigo.
5) meio(s) / meia(s) / meio
a) meio = metade, numerai (variável):
Tomara meia tigela de leite.
b) meio = um pouco, advérbio (invariável):
Âs vezes, mocinhasficam meioconfusas.
62
6) mesmo(s) / mesma(s) / mesmo
a) pron. demonstrativo (variável):
Elamesma confessou sua farsa.
Os mesmos alunos saíram da sala.
b) advérbio (invariável):
Ele faz mesmo muitas promessas.
c) palavra denotativa (invariável):
Mesmo os espertos se enganam.
7) anexo, incluso, apenso, separado
a) adjetivos (concordam com substantivos):
Remeto anexas / inclusas / apensas / separadas
/ as fotos solicitadas.
b) em anexo e em separado (locuções adverbiais),
ficam invariáveis:
Seguem em anexo/em separado os documentos
solicitados.
8) o mais possível / os mais possíveis
a) locução adverbial (invariável):
Vipeças o mais belas possível.
Vidramas o mais belos possível.
b) locução adjetiva (variável):
Vinações as mais ricas possíveis.
Vipaíses os mais ricos possíveis.
9) é bom, é proibido, é necessário, é justo etc.
a) com sujeito (no singular) sem artigo ou pronome,
o predicativo fica invariável:
Paciência é necessário.
b) com sujeito com artigo ou pronome, o predicativo
concorda com o sujeito:
A paciência é necessária.
10) leso (elemento de composição) concorda em gênero
e número com o 22 vocábulo:
leso-caráter - lesos-caracteres
lesa-pátria - lesas-pátrias
11) Com as locuções um e outro, nem um nem outro, um
ou outro, substantivo no singular, adjetivo no plural: /^\
Um e outro jovem estudiosos passarão.
12) tal qual
a) com verbos de ligação, são predicativos e concor
dam com os respectivos sujeitos:
O filho será tal quais os pais.
Ofilho será tal//quais os pais (são).
b) com outros verbos, conjunção comparativa, inva
riável:
Os filhos falam tal qual os pais.
Osfilhosfalam //tal qual os pais (falam).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Certo / Errado
Julgue a concordância nominal praticada nas frases.
1. Víamos os carneiros e o roseiral floridos.
2. Tivemos bastante cuidados na viagem.
3. Anexas à carta, seguirão as listas de preço.
4. O juiz declarou inocentes o réu e sua cúmplice.
5. Crimes de lesos-patriotismos não são comuns.
6. Conheci escritores o mais brilhantes possíveis.
7. Os torcedores do Flamengo são tais qual o time.
8. Ofereci-lhe perfumados rosas e lírios.
9. Há vinte anos, já estava quite de suas obrigações.
10. Dedicação é necessário ao sucesso.
11. Nas noites frias, usava meias e casaco grossos.
12. Os alunos mesmo pediram repetição da aula.
13. Admiro-os: são rapazes que se fizeram por si só.
14. Um e outro político demagogo votou a emenda.
15. Todos ficarão alertas, embora haja menos greves.
 Múltipla escolha 22. "Osprivilégios e interesses ilegítimos estão arraigados."
Em qual das alterações feitas, a concordância nominal
/(PS 16. Qual a opção correta para completar as lacunas? fica em desacordo com a norma culta?
- "Queremos bem nossa opinião e nossos argu a) Estãoarraigadas as vantagens e os privilégios ilegí
mentos, deixando , sem possibilidadede ou timos.
trasinterpretações, as palavrasque expressam." b) Os privilégios e as vantagens ilegítimas estão arrai
a) clara - escritas - as. gados.
b) claro - escrito - o. c) Estão arraigadas a vantagem e o privilégioilegítimos.
c) claros - escrito - o. d) Avantagem e o privilégio ilegítimo estão arraigados.
d) claros - escritas - os. e) O privilégioe a vantagem ilegítima estão arraigados.
e) claros - escritos - os.
23. Julgue a concordância nas frases abaixo.
0fh 17. Assinale a frase com incorreção gramatical. I- Para uma colação de grau é necessário roupa azul-
-marinho.
a) As incertezas sobre o projeto foram desfeitas com
/ps II - Quando o relógio bateu meio-dia e meia, empurrei
o parecer e a modificação apresentados pelo enge
a porta que estava meio fechada e a vi meio envergo
nheiro.
nhada bebendo vinho.
b) Aincerteza sobre o projeto foi desfeita com o parecer
III - Nem um nem outro cidadão pacatos compareceu
e a modificação apresentada pelo engenheiro.
à passeata.
c) As incertezas sobre o projeto foram desfeitas com
IV- Com muitos anos de magistério, afirmava já ter
o parecer e as modificações apresentados pelo en
visto alunos os mais inteligentes possíveis.
0f\
genheiro.
d) As incertezas sobre o projeto foram desfeitas com
a) Todas as frases estão corretas.
as modificações e o parecer apresentado pelo en
b) Há apenas uma incorreta.
genheiro. c) Há incorreção somente em duas.
{ffíS e) Foi desfeito a incerteza sobre o projeto com o pare
d) Em três frases há erro de concordância.
cer e as modificações apresentadas pelo engenheiro.
e) Todas as frases estão incorretas.
18. Assinale a alternativa que completa corretamente as 24. Assinale a alternativa que completa corretamente as
lacunas.
lacunas.
"Os seus projetos são os elaborados, por "Vai na pasta minhafotografia. Essaspessoas
isso garantem verbas para sua exe cometeram crime de -patriotismo.
cução e evitam -entendidos". Elas não quiseram colaborar".
a) melhor-suficientes-mau a) incluso-leso-mesmo
b) mais bem-suficientes-mal b) inclusa - leso - mesmas
c) mais bem - suficiente - mal c) inclusa - lesa - mesmas
d) melhor - suficientes - mau d) incluso-leso-mesmas
e) melhor - suficiente - mau e) inclusa - lesa - mesmo
/P*v
19. Assinale a opção sem erro de concordância. 25. Todos os períodos abaixo estão corretos. Existem, po
a) Já estão incluso no processo as investigações a res rém, dentre eles alguns que admitem outra forma de
peito das manifestações lingüísticas das abelhas. concordância, correta também.
b) Não há nenhuma probabilidade de aprofundar as Indique a alternativa que abrange esses períodos.
pesquisas sobre comunicação dos chimpanzés. 1. Eram agastamentos e ameaças fingidos.
c) Foidesnecessária discussão sobre a possibilidade da 2. Pai e mãe extremosos não pouparam sacrifícios para
||PS existência de uma comunicação lingüística animal. educar os filhos.
d) Éperigosoa afirmaçãoa respeito da emissãofônica 3. Tinha por ele alta admiração e respeito.
(fp!\ dos vertebrados como um conjunto de símbolos 4. Leu atentamente os poemas camoniano e virgiliano.
lingüísticos. 5. Vivia em tranqüilos bosques e montanhas.
/ífÜS
e) Muito obrigado, disse-me a juíza sorridente.
#PS a) 1, 2 e 3.
20. Em qual das frases há erro de concordância? b) 1, 2 e 4.
a) Nesta obra, temos tecnologia e material nacionais. c) 2,3e5.
b) Viníciusfoi poeta de inspiração e estilo duvidoso. d) 1, 2 e 5.
c) A platéia manisfestava profundo respeito e admira e) 3 e 5.
ção pelo ator.
d) Falou às filhas com cuidado e sabedoria venerandos. GABARITO COMENTADO
0^\ e) Dentre seus pertences surgiram uma cartucheira e
uma adaga afiadíssimos.
1.E Correção: "... os carneiros e o roseiral florido. Obs.:
21. Marque a alternativa cuja seqüência preencha adequa nesse caso, cone só c/mais próx.
damente as lacunas do seguinte período: 2.E Correção:"... bastantes cuidados...". Obs.: "bastan
"Nós socorremos o rapaze a moça te" = muito + subst: pron. indef. (adj. adn.): cone
/ps c/o subst.
a) mesmos - bastante machucados
3.C "Anexas à carta, seguirão as listas..." Obs.: "anexo":
/PN
b) mesmo - bastantes machucados
c) mesmos - bastantes machucados cone c/o nome a que se refere.
{jflBs d) mesmo - bastante machucada 4.C "... declarou inocentes o réu e sua cúmplice". Obs.:
e) mesmos - bastantes machucada predic anteposto: no pi. ou cone c/o mais próx.

/|P\
63
 5.C "... leSOS-Patriotismos..." Obs.: "Ipsn" nn<: rnmpnc.
tos, cone c/o2s termo, "eles", oculto.
6.E Correção: "... os mais brilhantes possíveis", ou "...
o mais brilhantes possível."
7.C OS torcedores do Flampngn <iãn tale qual n tíirm
Obs.: "tal" "qual" + v. lig.: cone c/os sujeitos (tais:
os torcedores, qual: o time).
8.E Correção: "... perfumadasrosas e lírios. Obs.: adj.
adn. anteposto: cone só c/o mais próx.
9.C "... (eje) já estava quite...". Obs.: "quite" (predic.)
cone c/osuj. "ele", elíptico.
10. C "Dedicação é necessário..." Obs.: suj s/nrt nnpmn •
predic. invariável.
11. C "... meias e casaco grossos". Obs.: subst. + suhst +
adj. = adj. pi. ou cone c/mais próx.
12. E Correção: "Os alunos mesmos..." Obs. "mesmo" =
próprio: pron. demonst. (adj. adn.): cone c/o nome.
13. E Correção:"... que se fizeram por si sós. Obs.: "só" =
sozinho:adj.:cone c/o suj.
14. E Correção: "Um e outro político demagogos...".
Obs.: coma loc. "um e outro", subst. no sina., gdj.
no plural.
15. E Correção: Todos ficarão alerta... Obs.: "alerta"=em
estado de alerta:advérbio (invariávei).
16. d claros - escritas - os - Obs.: "Queremos bem cla
ros (ou clara) nossa opinião e nossosargumentos,
deixando escritas (aspalavras)... aspalavras que os
expressam (nossaopinião e nossosargumentos)".
17. e Correção: e) Foi desfeita a incerteza (predic: cone
c/suj. subi.)sobre o projeto...
18. b Os seus projetos são os mais bem elaborados, (ref.
a participio: maisbem;ref. a subst.: melhor) por isso
garantem verbas suficientes (cone c/ nome subi.)
para sua exe cução e evitam mal-entendidos (mal>
bem;mau > bom).
19. b Correções: a) ...inclusas... as investiaacões c) Foi des
necessário discussão... d)Éperigosaa afirmação...
e) Muito obrigada... a juíza...
20. e Correção: e)... cartucheira e uma adaaa afiadíssima
(qualifica só "adaga").
21. a Nós mesmos (cone c/ nome subi.) socorremos o
rapaz e a moça bastante machucados (bastante +
adj. = adv. - invariávei).
22. c Correção: c) Estão arraigadosa vantaaem e o pri
vilégio ilegítimos.
23. a 1. (C) Para uma colação de grau,é necessário roupa
azul-marinho (invariável); II. (C) Quandoo relógio
bateu meio-dia e meia (hora), empurreia porta que
estava meio (advérbio) fechada e a vi meio (advér
bio)envergonhada bebendo vinho: III. (C) Nem um
nem outro cidadão pacatos compareceu à passpata
(com a loc. "nem um nem outro, subst:singular -
adj.: plural); IV. (C) Com muitosanos de magistério,
afirmava já ter visto alunos os mais inteligentes
possíveis (locuçãoindicando quantidade).
24. b Vai inclusa (cone c/ nome subi.) na pasta minha
fotografia. Essas pessoas cometeram erimp dp Ipso-
-patriotismo (cone c/ "patriotismo"). EJas mesmas
(cone c/nome subi.) não quiseram colaborar.
64
25. b 1, 2 e 4 - Obs.:1. ...agastamentose ameaçasfingi
das ou fingidos. 2. Pai e mãe extremosa ou extre-
mosos... 3. ...alta admiração e respeito (adj. adn.
cone só c/mais próx.). 4. ...os poemas camoniano
e virgiliano, ou o poema camoniano e o virgiliano.
5. ...tranqüilos bosques e montanhas.
QUESTÕES DE CONCURSOS /9\
- Concordância Verbal e Nominal
Para responder a estas questões, considere, sob aspectos
gramaticais e semânticos, os fragmentos de textos que as
antecedem; depois, assinale Cou E, respectivamente, para
o que julgar certo ou errado.
1. (Cespe/FUB) "Uma e outroaspiravam ò morte e, simul
taneamente, receavam-na".
( ) Naconstruçãoacima,ao se substituir a conjunção ^\
"e" por ou, flexionando-se o verbo na terceira pes
rm^
soa do singular, mantém-se a correção gramatical.
/Ss
2. (Cespe/Seplag-DF) "O materialismo antirracista de
Morgan é fruto de sua concepção de que inato no ho
mem é o geral e não o particular. Inata no homem é a
capacidade intelectual de reconhecer a maior utilidade
de certasformas de organizaçãosocial graças aos 'ger
mes elementares do pensamento' que se transmitem
biologicamente".
( ) 0 emprego da forma masculina "inato" deve-se à
concordância desse adjetivo com "o geral"; por sua Ms
vez, o emprego do feminino em "Inata" deve-se à
concordância com "capacidade".
3. (Cespe/MPS) "Antes disso, várias conquistas trabalhis
tas, alcançadas por diversas categorias profissionais, /^s
desde 1888, já tomavam necessária a criação de uma
legislação previdenciària". /Ws
( ) A forma verbal "tornavam" está no plural para
concordar com a expressão "diversas categorias /ís
profissionais".
/$ls
4. (Cespe/Agente de Polícia Federal) "Para mim, não se
<^?s
tratade um regimecom característicasfixas, mas de um
processo que, apesar de constituirformas institucionais,
não se esgota nelas".
( ) A flexão de singular em "não se trata" deve-se ao /Ws
emprego do singular em "um regime".
5. (Cespe/Anatel)"No entanto,o simplesfato de que uma
coisa possua um nome e de que a chamemos montanha
indicaque ela é, pelo menos, uma coisa-para-nós, isto /%)
é, que possui um sentido em nossa experiência".
( ) Se, em lugar de "uma coisa possua",fosse empre
gado o plural correspondente, coisas possuam,
a forma verbal "indica" deveria, necessariamente,
ser substituída pela forma no plural: indicam.
6. (Cespe/Basa) "O autor defende que, na economia e nas
ciências sociais em geral, não há consenso sobre a ver
dadeira qualidade da informação teórica incorporada
ao conhecimento recente na área".
( ) Otrecho "Não existem,segundo o autor, uniformi
dade de opiniões, nas ciências sociais, às quais se
englobariam a ciência econômica, quanto à verda
deiraqualidadeda informaçãoteóricaincorporada
ao conhecimento recente na área." apresenta uma
proposta de reescrita do texto-base com correção /^s
gramatical.
/Ws

7. (Cespe/TRT) "Não é admissível que grupos privados
transnacionais sejam, na verdade, o verdadeiro go
(SPs verno do mundo, hegemonizando governos e nações,
derrubando restrições alfandegárias, impondo seus
/ps interesses particulares".
( ) Acorreção gramatical do texto seria mantida caso
o trecho "Não é admissível" fosse substituído por
/PS
Não se admitem.
8. (Cespe/MPU) "Além disso, cada uma das ideologias
em que se fundamentam essas teorias políticas e
/f^ econômicas constitui uma visão dos fenômenos
sociais e individuais que pretende firmar-se em uma
descrição verdadeirada naturezabiológica, psicológica
ou espiritual do humano".
( ) Na concordância com "cada uma das ideologias",
a flexão de plural em "fundamentam" reforça a
idéia de pluralidade de "ideologias"; mas estaria
gramaticalmente correto e textualmente coerente
enfatizar "cada uma", empregando-se o referido
/Ps
verbo no singular.
/$fr\
9. (Cespe/TRE) "Obrigado pelas tuas palavras e pelo teu
abraço. Ainda que de longe, senti-lhes o afeto antigo,
tão necessário nesta minha desgraça".
#ís ( ) A palavra "Obrigado", que inicia este fragmento
de uma carta redigida por Machado de Assis, está
JÜS flexionada no masculino e no singular para con
cordar, em gênero e número, com o signatário da
{pS
correspondência.
/SUS
10. (Cespe/Abin) "A Agência Brasileira de Inteligência
(Abin), órgão centrai do Sistema Brasileiro de Inteli
gência (Sisbin), deve assumir a missão de centralizar,
processar e distribuirdados e informações estratégicas
para municiar os órgãos policiais".
( ) Asubstituição do termo "estratégicas" por estraté
gicos não causaria prejuízo à correção gramatical
nem ao sentido do texto.
GABARITO COMENTADO
/Ps i.c Com a loc. "um e outro (...)", cone. na 3a pess. sing.
ou na 3a pess. pi. - com a loc. "um ou outro [...]",
{$P\
apenas 3a pess. sing. Veja: "Uma ou outro aspirava
à morte e...".
2.C O adjetivo cone. em gên. e núm. c/ o referente. (O
que "é inato" no homem? Resposta: "o geral..."; o
que é "Inata" no homem? Resposta: "a capacidade
intelectual...").
í^S 3.E Plural p/ cone. c/ "conquistas". Veja: "Antesdisso,
várias conquistastrabalhistas (suj.), (...), já torna
vam (cone c/ "conquistas", núcldo suj.) necessária
a criação..."
4.E Deve-se ao suj. indeterminado; "um regime", obj.
indireto, não influi na cone. Veja: "... não se (i.i.s.)
trata (suj. indeterminado: v. na 32 pess. sing.) de
um regime... (obj. ind.)".
5.E Não alteraria a cone, porque o núcl. do suj. de
"indica"é "fato".Veja:"(...) o simples fato (suj.) de
que coisas possuam (cone c/"coisas", núcl. do suj.)
um nome e (...)indica (cone c/"fato", núcl. dosuj.)
que ela é..."
/Ps
6.E Correções: "Não existe (cone c/ "uniformidade",
/ps núcl. do suj.), segundo a autora, uniformidade de
opiniões (s/ vírgula: compl. nom.>) nas ciências
/Ps sociais, às quais se englobaria (cone c/ "ciência",
núcl. dosuj.} a ciência econômica..."
0f\
VVestcon/
7.E Não se manteria. Veja: "Não se admite (32pess. sing.-
cone c/osuj. oracional. or. s. s. subi.) que grupos pri
vados transnacionais sejam, na verdade, overdadeiro
governo do mundo (<or. subord. subst. subjetiva).
8. E Não estaria correta nem coerente. Veja: "Além
disso, cada uma das ideologias // em que se fun-
damentam (se, partic aoassiv.: cone c/ "teorias",
núcl. do suj.) essas teorias políticas e econômicas...".
9.C "Obrigado" = "agradecido, grato": cone. em gên.
e núm. c/ o emissor (o signatário, Machado de
Assis).
10. C Não causaria. "(...) processar e distribuir dados
e informações estratégicas (adn. adn. posposto:
cone c/o núcl. mais próx.)/ estratégicos (ou cone
c/ambos) para municiar...".
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
Crase
Éa fusão da preposição a com o artigo a(s) ou com os
pronomes demonstrativos a(s), aquele(s), aquela(s) e aquilo.
Regras Práticas
Método prático para verificar a ocorrência da crase:
trocar a palavra feminina por masculina, se dessa troca, sem
alterara regência, resultar a transformação de a em ao, ou
de as em aos, é porque ocorre a crase.
Principais Casos em que Ocorre a Crase
1) Antes de palavra feminina
Método pratico: trocar a palavra feminina por mas
culina,
se a —>ao = à:
Chegando a(?) cidade, procurei os amigos.
Chegando ao clube... Logo,
Chegando à cidade, procurei os amigos.
2) Antes dos pronomes relativos que, a qual, as quais
Método prático: trocar o antecedente por palavra
masculina,
se a -> ao = à:
Conheço a estória a(?) qual se referem.
Conheço o caso ao qual se referem. Portanto,
Conheço a estória à qual se referem.
3) Com os pronomes aquele (e fiexões) e aquilo
Método prático: trocar por este ou isto.
se aquele = a este -» àquele,
se aquilo = a isto-> àquilo:
Respondeste aquele (?) telegrama?
Respondeste a este telegrama? Então,
Respondeste àquele telegrama?
4) Com nomes de lugares
O principal problema é o artigo.
Método prático para verificar se há artigo:
"Se estou na ou volto da, pode haver crase no a;
se estou em ou volto de, crase pra quê?"
Ainda voltarei a(?) Itália.
(Estouna Itália, volto da Itália): há artigo, pode.
dependendo do verbo, haver crase, (verbo voltar:
quem volta, volta a...) Portanto,
Ainda voltarei à Itália.
65
 /1ÉS

VVestcony

0 deputado foi a (?) Paris. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

(Estou em Paris, volto de Paris): não há artigo, portanto
não pode haver crase. Logo, Certo / Errado
O deputado foi a Paris. Julgue as frases quanto ao emprego ou não do sinal indica
Observação: os nomes de lugares, se qualificados, tivo de crase.
exigem artigo. 1. A novela nem se compara a que assistimos. /$ts
2. Os turistas foram à terra comprar flores.
Irei brevemente à Curitiba dos pinheirais.
3. Esta rua vai até à chácara de meu pai.
5) Casos particulares 4. A assistência às aulas é indispensável.
a) casa e terra 5. Chegou a casa e logo se jogou na cama.
Se significarem,respectivamente, lare terra firme, 6. Ela fez alusões a sua classe e não a minha.
não haverá crase, porque não há artigo: 7. O professor foi a Taguatinga comprar pinga.
Não chegue tarde a casa,filhoI (= lar) 8. Digaa Adriana que a estamos esperando.
Os turistasnão voltarama terra. (= terrafirme) 9. Eles andavam à toa, sempre à procura de dinheiro,
vivendo e comendo à medida que podiam.
b) distância 10. Obedecerei àquilo que me for determinado.
1) indeterminada, sem crase: 11. Via-se, a distância de cem metros, uma luz.
Osbombeirosficarama distância dofogo. 12. Os meninos cheiravam a cola.
2) determinada, pode haver crase:
0 bombeiroficou à distância de cem metros. Múltipla escolha
Mantenha (v.t.d.) a distância de cem metros.
13. "O homem já foi Lua, pretende ir Marte e
c) crase facultativa Vênus; a nave americana Vovager chegou Saturno
1) antes de nomes personativos femininos: e isso já satisfez Nasa, responsável pelos projetos
Refiro-mea(à) Maristela. espaciais perante comunidade americana."
(Refiro-me a (ao) José). a) à-à-à-à-à-à
b) a-a-a-a-a-a
2) antes de pronome possessivo adjetivo:
c) à-à-à-a-à-a
Assisti a(à) sua formatura.
d) à-a-a-a-à-a
(Assisti a (ao) seu batismo).
e) à-a-a-a-à-à
3) com a locução até a:
A estrada vai até a(à) fazenda. 14. "O progresso chegou inesperadamente su
(Aestrada vai até a(ao) sítio). búrbio. Daquj poucos anos, nenhum dos seus mo
radores se lembrará mais das casinhas que, tão
6) A crase nas locuções com palavras femininas
pouco tempo, marcavam a paisagem familiar".
Acentua-se o a das locuções adverbiais, prepositivas
a) aquele - a - a d) àquele - a - há
e conjuntivas formadas com palavras femininas. b) àquele-à-há e) aquele-à-há
a) Locuções adverbiais: c) àquele-à-à
À primeira vista, o trabalho pareceu-nos bem ($Êb

simples. 15. "A infeliz anda toa percorrer ruas.

Sempreestudei ò noite, nem por issofiquei obscuro. Todas vezes que vejo, cumprimento-a, mas, ve
b) Locuções prepositivas: zes, ela não responde".
Quem vive à espera de facilidades, encontrafalsi a) à-à-as-as-a-a
dades.
b) à-a-as-as-a-às
c) a-a-às-as-a-às
Triunfaremos à custa de nossos méritos.
d) à-à-as-as-a-às
c) Locuções conjuntivas: e) a-à-as-as-à-as
O flagelo aumentava à medida que as chuvas
continuavam. 16. Qual o período em que não é admissível a crase?
À proporção quesubíamos, o artornava-se mais a) Disse Rui Barbosa, a propósito de Machado de Assis,
leve. que poetava à Camões e que sua prosa se assemelha
à de Frei Luís de Sousa.
Observações: b) Os turistas ficaram expostos à chuva, à neve e ao
1) Segundo alguns autores, às vezes, o acento grave frio rigoroso peculiar àquelas montanhas. /^ls

no "a" (à) representa a pura preposição que rege
substantivo feminino, formando locução adverbial.
(Bechara, Rocha Lima, Adriano Kury e outros)
Se tal procedimento não fosse adotado, teríamos,
então, muitas frases ambíguas:
O rapaz cheirava a bebida.
17. Assinale a alternativa em que o acento indicativo da
(aspirava o cheiro da bebida)
O rapaz cheirava à bebida.
(exalava o cheiro da bebida)
2) Em relação à crase nas locuções adverbiais, há diver
gência entre alguns gramáticos; porém há consenso
nos casos em que possa haver ambigüidade:
Fique a vontade na saia.
("vontade" é sujeito ou adj. adv. modo?)
c) Durante as férias de inverno pretendo conhecer a
Argentina e ir até à Patagônia. /Hs
d) Fazendo às vezes do diretor, houve-se muito bem.
e) Vestiu-se às pressas e foi falar a alguém que não
cheguei a ver.
crase é obrigatório nas duas ocorrências.
a) Uma lei sempre está ligada a alguma outra. As leis
estão subordinadas a Lei-Mãe.
b) Obedecer aquelesprincípios é necessário. Édireito
que assiste a autora rever a emenda.
c) Alguns parlamentares anuíram a proposta de emen
da. Agiram contra a lei.
d) Estamos sujeitos a muitas leis. São contrários a lei.

66
jffWS

\Vestcotv
{PS\
e) O Presidente atendeu a reivindicação do ministro. b) Às - a - a - àquela - há
Procurou-se assistir as populações atingidas pela c) Às-a-à-aquela-há
seca. d) Às-a-à-aquela-a
e) As - à - a - aquela - há
18. "Trouxe mensagem VossaSenhoriae aguardo
resposta, fim de levar pessoa que me enviou". 25. Em qual das frases seria inadmissível crase?
a) a-a-à-a-a a) Disse Jesus as mulheres: "Deixai vir a mim as crian
b) a-à-a-à-a cinhas".
c) à-à-à-à-a b) As duas horas, encontra-me a porta do clube para
d) a-a-a-a-à assistirmos a uma boa partida de futebol.
e) à-a-a-a-a c) Não cedo meus discos a nenhuma pessoa, nem
0t\ mesmo a alguma amiga ou parenta.
19. Em qual dos períodos seria facultativo o acento? d) Adistância, barcos a vela singravam as águas turvas
a) Motoristas, por favor, mantenham a distância de 50 da Conceição, a luz do sol primaveril de setembro.
metros entre as viaturas. e) Os avaros são inúteis a si mesmos e as pessoas
b) Meus pais eram pessoas carinhosas. Aquem puxas- com quem convivem; os filantropos, úteis a toda a
te, a tua mãe? sociedade.
c) Embora famoso, sempre me mantive fi ei a minhas
/$ÍN velhas amizades.
GABARITO COMENTADO
d) O cachorro Biguá sempre acompanhava a dona as
caçadas.
e) Os corredores mantiveram a distância prevista para 1.E Correção: A novela nem se compara à que assisti
o rali. mos (0 filme nem se compara a + o = ao que assis
timos: A novela nem se compara a + a = à que...).
20. "Assustada família com os versos em que o viasempre 2.E Correção: Os turistas foram a terra (antes de "terra"
ocupado, foi reclamar ao grande mestre que não o via = terrafirme não há artigo, portanto não há crase).
estudar em casa, ao que lhefoi respondido que sua
assiduidade e aplicação aulas nada deixavam 3.C Esta rua vai até (a) à chácara... (com a locução "até
desejar. Era o que bastavg e daí por diante continuou a" pode-se usar a crase para enfatizar a idéia de
tranqüilo a ler e fazer versos...". (Francisco Venâncio limite).
Filho) 4.C A assistência às aulas (assistência a + os = aos tra-
a) à-a-as-à balhos: assistência a + as = às aulas).
b) a - à - às - a Chegou a casa (antes de "casa"=lar não há artigo,
5.C
c) a-a-às-a
portanto não há crase).
d) à-a-as-à
e) à-à-às-a 6.E Correção: Ela fez alusões a (à) sua classe e não à
minha, (antes de pron. poss. adj.:crase facultativa;
21. "_ poucos quilômetros da capital uma vila que antes de pron. poss. subst: crase obrigatória).
quintas-feiras promove uma festa folclórica em home 7.C 0 professor foi a Taguatinga (estou em Taauatinqq:
nagem seus artesãos". não há ortigo, não há crase).
a) A- há - às - a d) A- a - as - a
8.C Diga a (à) Adriana... (antes de nomes personativos
b) Há - há - às - à e) À- há - as - à
c) Há-há-as-à femininos: crase facultativa).
9.C ... "à toa"... "à procura de"... "à medida oue": (locu
22. "Como um cavaleiro deslumbrado, cruz santificar ções adverbial, prepositiva e conjuntivaformadas
armadura altiva, conduzi minha insígnia de ca com palavras femininas: crase).
valeiro pelejas do mistério, e de lá voltei desolado, 10. C Obedecerei àquilo... (obedecerei a isto: obedecerei
porque não se colhem estrelas como se rosas fos a + aquilo = àquilo. )
sem".
a) a-a-à-a-às-as 11. E Correção: Via-se. à distância de cem metros...
b) a-a-a-a-às-as ("distância" determinada: crase).
c) à-a-a-a-às-as 12. C Os meninos cheiravam a cola ("cola": obj. direto)
d)a-a-à-a-as-as /... cheiravam à cola ("àcola":palavra feminina em
e) a-a-à-à-às-as locução adverbial).
13. d 0 homem já foi à Lua (topônimo determ. p/artigo),
jjIpN 23. "Daqui vinte quilômetros, o viajante encontrará,
pretende ir a Marte e a Vênus (tooônimoss/artiao):
logo entrada do grande bosque, uma estátua que
a nave ... chegou a Saturno (tooônimo s/artíao) e
séculosfoi erigida em homenagem deusa da
mata." isso já satisfez (ao País) à Nasa, responsável... pe
a)a-à-há-à d)a-à-à-à rante (o povo) a comunidade americana.
b) há - a - à - a e) há - a - há - a 14. d àquele - a - há: 0 progresso chegou inesperada
c) à-há-à-à mente (a este) àquele subúrbio. Daqui a poucos
anos (masculino plural), nenhum dos seus mora o
24. " vezes, não considero como amiga, mas, dores se lembrará mais das casinhas que, (faz) há (D
=>
esta hora, sua ausência traz-me tão grande saudade! tão pouco tempo, marcavam a paisagem familiar. I-
os
Habituei-me boa vida de regalias mais de quinze
anos".
15. b A infeliz anda à toa (loc. adv. c/ núcl.feminino) a O
Q.

percorrer (verbo:s/art.) as ruas (os bairros). Todas <

Aponte a alternativa que completa adequadamente os as vezes (os dias) que a veio (a = ela: pron. pess.),
z
á!fts vazios do período acima, cumprimento-a. mas, às vezes. (loc. adv. c/ núcl.
a) As - a - à - aquela - há feminino) ela não responde.
/sPK

67

16. d Fazendo (os deveres) as vezes do diretor... Obs.:
a) ... (a respeito de) a propósito de... poetava (ò
moda de) à Camões e que sua prosa se assemelha
(ao texto) à (prosaide Frei Luís... b)... expostos (ao
vento) à chuva, (ao sol) à neve... peculiar(a estas)
àquelas montanhas, c) ... ir (até o /ao Chile) até
a / à Patagônia (crase facultativa), e) Vestiu-se às
pressas (loc. adv. c/núcl. fem.)...
17. b Obedecer (a estes)àqueles princípios é necessário.
Édireito que assiste (ao autor) à autora rever (o
proieto) a emenda. Obs.: a) ... a alaum outro: ...
a alguma outra /... subordinadas ao decreto: ...
à Lei-Mãe: c)... anuíram ao proieto:... à proposta
/ ... contra o povo:... a jei; d)... sujeitos a muitos
códigos:... a muitas leis /... contrários ao poder:
... à jej; e)... atendeu o pleito:... a reivindicação /
... assistir os/aos lugares:... as / às populações...
18. d Trouxe a mensagem (o recado) a Vossa Senhoria
(pron.: s/ art.)e aguardo a resposta (o resultado).
a fim de (loc. prep. c/ núcl. mase) levar à pessoa
(ao indivíduo) aue me enviou.
19. b ... A quem puxaste, (a /ao teu pai) a / à tua mãe?
Obs.: a)... mantenham (v.td.)a distância... c)... fiel
(a meus velhos amiaos) a minhas velhas amizades,
d)... acompanhava (o dono)a dona (aos trabalhos)
às caçadas,e)... mantiveram a distância (não espe-
cificada: sem artigo, sem crase) prevista...
20. c a - a - às - a "(Assustado o pai) Assustada a fa:
mília... que (o seu empenho) a sua assiduidade e
aplicação (aos estudos) às aulas nada deixavam a
desejar (verbo)..'.'.
21. a A poucos (mase pi.) quilômetros da capital há (=
existe) uma vila que (aossábados) às quintas-feiras
promove uma festa folclórica em homenagem a
seus artesãos (mase pi.).
22. b Como um cavaleiro deslumbrado, (o crucifixo) a cruz
a (antes de verbo não há artigo) santificar (o cava
leiro) a armadura altiva, conduzi (o meu brasão) a
minha insígnia de cavaleiro (aos combates) às pelejas
do mistério, e de lá voltei desolado, porque não se
colhem (os astros) as estrelas como se rosas fossem
23. a a - à - há - à: Daqui a vinte quilômetros (masculino
plural), o viajante encontrará, logo (ao centro) à
entrada do grande bosque, uma estátua que há (=
faz) séculos foi erigida em homenagem (ao deus)
à deusa da mata
24. b Às vezes (loc adv. c/núcl.fem.), não a(a=ela: pron.
pess.) considero como amiga, mas, a esta hora (a
este dia),sua ausência traz-me tão grande saudade!
Habítuei-me(a esta)àquela boa vidade regalias há
(=faz) mais de quinze anos.
25. c c) Não cedo meus discos (a nenhum amiao) a
nenhuma pessoa, nem mesmo (a algum amiao) a
algumaamiga ou parenta. Obs.: a) Disse Jesus (aos
homens) às mulheres... b) (Ao meio-dia) Às duas
horas, encontra-me à porta do clube (loc. adv. c/núcl.
fem.) para assistirmos (a um bom ioao) a uma boa
partida...d)... à {uz do sol(loc. adv. c/núcl.fem.)... e)
, inúteis a si mesmos e (aos indivíduos) às pessoas...
QUESTÕES DE CONCURSOS
- Emprego do Sinal Indicativo de Crase
Para responder a estas questões, considere, sob aspectos
L_J gramaticais e semânticos, os fragmentos de textos que as
68
í^k
antecedem; depois, assinale C ou E, respectivamente, para
o que julgar certo ou errado.
1. (Cespe/MPS) "Quando controlamos essesdoisfatores-
ocupação e rendimento-, observa-se que a cobertura
previdenciária das mulheres chega a sersuperior à dos
homens".
( ) O emprego do sinal indicativo de crase em "à dos
homens" é exigidopelo vocábulo "superior" e está
vinculado à expressão "cobertura previdenciária", /SÉk
que antecede elipticamente a expressão "dos ho
mens".
2. (Cespe/Agente de Polícia Federal) "Masnão há como
pensar que existimos previamente a nossas relações /3h
sociais: nós nosfazemos em teias e tensões relacionais
que conformarão nossas capacidades...". ÍÍSS
( ) A inserção do sinal indicativo de crase em "exis
timos previamente a nossas relações sociais"
preservaria a correção gramatical e a coerência do
texto, tornando determinado o termo "relações".
3. (Cespe/TRT) "Os preços aumentam igual as ondas do
mar. Cada qual mais forte. Quem luta com as ondas?
Só os tubarões. Mas o tubarão maisferoz é o racional.
É o terrestre".
( ) O emprego do sinal indicativo de crase em "as ondas
do mar" é facultativo, uma vezque a palavra"igual",
que eqüivale a como, dispensa a preposição.
4. (Cespe/Delegado da PF) "O resultadomaisremoto- mas
nem por isso desprezível - é deixar toda a população
indefesafrente a aventuras políticas inconseqüentes".
( ) Por ser opcional o emprego do sinal indicativo de
crase no termo regido por "frente", sua inserção
preservaria a correção gramatical do texto.
5. (Cespe/CNPq) "Foi muito além de seus antecessores e
rejeitou, na construção da imagem do homem natural,
f^llS
todas as determinações atribuíveis à vidasocial, incluída
a capacidade intelectual necessária para conceber as /8S
normas adequadas à vida coletiva".
( ) O emprego do sinal indicativo de crase em "à vida
social" e "à vida coletiva" é exigido por "atribu
íveis", no primeiro caso, e por "adequadas", no
/^s
segundo, e pela presença do artigo feminino, que,
nos dois casos, restringe o substantivo "vida".
6. (Cespe/TRE) "A cada cinco pessoas aptas a votarnas
eleições de 2010, uma era analfabeta ou nunca havia
freqüentado uma escola".
( ) Em"aptas a votar", a substituição do verbo "votar"
pelo substantivo votação tornaria obrigatório, para
a manutenção do sentido do texto, o emprego do
acento grave: aptas à votação.
7. (Cespe/TJ) "No dia seguinte ao da entrevista, chegou
à sala de aula e viu escrito na lousa: "Tião, filho da /5SS
xepeira", uma referência à xepa, prática de pegar os
restos de feiras para levar para casa. /S?\
( ) Nos trechos "chegou à sala de aula" e "uma refe
rência à xepa", o emprego do sinal indicativo de
crase, opcional em ambos os casos, justifica-se
pela regência, respectivamente, da forma verbal
"chegou" e do substantivo "referência". ($h
8. (Cespe/Anatel) "(...) leva-nos a imaginar que o real é
feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), isto
é, de objetos físicos, psíquicos, culturais oferecidos à
nossa percepção e às nossas vivências".
jfSS
ips
( ) O sinal de crase em "oferecidos à nossa percepção
e às nossas vivências" indica que "oferecidos" tem
complemento regido pela preposição a.
9. (Cespe/MPOG) "Tais indicadores, muitas vezes deno
minados populacionais ou sociodemográficos, captam
^s
o efeito do acesso da população a bens e serviços, ou
IPs seja, o acesso social".
( ) A ausência do sinal indicativo de crase no a, em "a
jPSS
bens e serviços", indica que esse termo deve ser
interpretado como complemento de "população"
e não de "acesso".
10. (Cespe/Seplag-DF) "Seassim não fosse, os grupos hu
manos estariam condenados às suas particularidades".
( ) Considerando-se que, no segmento apresentado,
o assunto pode ser tratado de maneira abrangente,
sem determinação de artigo feminino, é opcional o
uso do sinal indicativo de crase em "às suas", que
pode ser omitido sem prejudicar a coerência e a
correção gramatical do texto.
GABARITO COMENTADO
0 sinal de crase deve-se à regência de "superior" e
ao pron. dem. a. Ve|a:"(...) cobertura previdenciária
"
das mulheres chega a ser superior à (prep. a. da rea.
de "superior"+pron.a = "coberturaprevidenciária")
dos homens".
2.E Não poderia haver sinal de crase. "(...) existimos
previamente a (sem crase: prep. a. da req. de "pre
0&\
viamente" - sem art.) nossas relações sociais". Obs.:
para haver crase:"(...)existimospreviamente às (crase:
prep. a, da reg. de "previamente" + art. as, determ.
facultativodo pron.adj.poss.) nossas relações sociais".
3.E É obrigatório. Veja: "Os preços aumentam igual
às (crase: prep. a, da reg. - "o que é igual é igual
a..."-+art. as, adj. adn. de "ondas")ondas do mar".
4.E A inserção provocaria erro. Veja: "(...) é deixar a
população indefesa frente a aventuras políticas...
(sem crase: prep. a. da loc. "frente a" + nomes no
plural:sem art. as).
5.C Veia:"(...) todas as determinações atribuíveis (rea.
nom.: atribuível a...) à (crase: prep. a. da rea. de
"atribuíveis"+art. a, adj. adn. de "vida") vida social.
(...) normas adequadas (rea. nom.: adeauado a...)
à (crase: prep. a, da reg. de "adequadas" + art. a,
adj. adn. de "vida") vida coletiva".
/Ps 6.C Veja: "A cada cinco pessoas aptas (ao voto: prep.
a, da reg. de "aptas"+ art. o, adj. adn. de "voto")à
votação (crase:prep. a, da reg. de "aptas"+ art. a,
adj. adn. de "votação") nas eleições de 2010...".
7.E Emprego obrigatório. Veia: em "chegou à (crase: orep.
a, da reg. de "chegou"+art.a, adj.adn. de "sala") sa|a
de aula...", em "uma referência à (crase: prep. a. da
reg.de "referência"+art. a, adj.adn.de "xepa")xepa...
8.C 0 sinal de crase deve-se à prep. a (da reg.: algo é
oferecido a...) e aos art. a e as (dos termos "a nos
sa percepção" e "as nossas vivências"). Veja: "(...)
oferecidos ò (prep. a + art. a) nossa percepção e às
(prep. a + art. as) nossas vivências".
9.E A ausência do sinal de crase deve-se à inexistência
do art. as antes de "bens". Obs.: A expressão "a
bens e serviços" é comol. nom. de "acesso": "(...)
captam o efeito do acesso da população a bens e
serviços (compl. nom.)".
10. E Sem o art. fem., não haveria crase. Veja: "(...) es
tariam condenados a suas particularidades" (sem
crase: prep. a + nomes no plural sem art.).
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS
Na oração, os pronomes átonos podem ficar em três
posições:
1) Próclise (antes do verbo):
Nunca o criticarei por isso.
2) Inclise (depois do verbo):
Ofereceram-me tentadores cargos.
3) Mesóclise (intercalado ao verbo):
Informar-te-eido andamento do processo.
Princípios Básicos
Desde que não inicie oração, a colocação do pronome
antes do verbo estará, quase sempre, correta:
As competições se iniciaram na hora marcada.
Observações:
1) O pronome átono, no entanto, pode iniciar orações
interferentes:
As férias de julho, me diziam as crianças, foram as
melhores.
2) Depois dos infinitívos invariáveis, a colocação será
correta, mas não obrigatória:
Não dizer-lhe a verdade, será pior.
Não lhe dizer a verdade, será pior.
3) Éproibida a colocação do pronome depois de verbos
no participio, futuro do presente ou futuro do preté
rito:
Tenho dedicado-me ao trabalho.(incorreto)
Tenho-mededicado ao trabalho, (correto)
Avisarei-te assim que chegarem, (incorreto)
Avisar-te-eiassim que chegarem, (correto)
Próclise Obrigatória
1) Com advérbios (aqui, não, jamais, ali, já, amanhã,
ontem, hoje, nunca, quando etc.):
Aqui se trabalha.
Não o chame de tolo.
Jamais me ensinaram isso.
Quando lhe chamarem de feia, não lhes responda com
mais feiúra.
2) Com pronomes indefinidos (alguém, ninguém, ne
nhum, pouco, tudo, muito etc):
Alguém se esqueceu do chopéu.
Ninguém me uma de verdade.
Poucos o esperavam no aeroporto.
3) Com pronomes relativos (que, quem, o qual, onde,
cujo etc):
Aquele aue se esforça, vence.
Foiela auem nos preveniu do perigo.
Eramaulas nas quais se aprendia muito.
Vejao local onde se verificou o crime.
4) Com conjunções subordinatívas (que, se, porque,
embora, conforme, visto que, como, caso, quando,
conquanto, pois etc):
Irei agora, porque se esqueceram de mim.
Viajarei se me for possível.
Tudodirei, embora me cause problemas.
69
vVestcon/
Fizeram o trabalho, segundo se combinou.
Espero que nos ofereçom os convites.
5) Com gerúndio preposicionado (em + gerúndio):
Emse tratando de política, tudo é possível.
6) Com verbos no infinitivo flexionado:
Não serás criticado por me dizeres a verdade.
7) Em orações negativas, interrogatívas, exclamativas
e optativas (desejos):
Ninguém nos convidou para o jogo.
Quanto te custará essa reforma?
Como se estuda nessa vida!
Deus me perdoe.
Próclise Facultativa
1) Com sujeito expresso:
As provas me deixaram louco.
As provas deixaram-me louco.
A aula se iniciará em breve.
A aula iniciar-se-á em breve.
2) Com conjunções coordenatívas:
Estudara, porém me confundi na prova.
Estudara, porém confundi-me na prova.
3) Com infinitívos invariáveis:
O meu propósito era não lhe obedecer/obedecer-lhe
mais.
Ênclise Obrigatória
1) Com verbos iniciando orações:
Obriaaram-me a votar com a maioria.
Comprei livros, Ij-os atentamente...
Observação: com verbos no futuro do presente, no
futuro do pretérito e no participio. não pode ocorrer
ênclise.
2) Comos pronomes o, a, os, as- nos infinitívos regidos
das preposições a e por:
Sabe ele se tomará g_ vê-los algum dia?
Encontrei a madrasta g maltratá-las.
Ansiava gor encontrá-lo.
3) Com verbos no imperativo afirmativo:
Localiza os processos e analisa-os hoje.
Mesóclise
A mesóclise só pode ocorrer com verbos no futuro do
presente e futuro do pretérito, no entanto somente será
obrigatória se não houver caso(s) de próclise:
Eloaiar-te-emos sempre.
Sempre te elogiaremos, (próclise obrigatória)
Seja merecedor eelogiar-te-emos.
Seja merecedor e te elogiaremos, (próclise facultativa)
Colocação nas Locuções Verbais
1) Livre colocação (não havendo caso de próclise obri
gatória):
Os servidores lhe devem fazer um pedido.
Os servidores devem-lhe fazer um pedido.
Os servidores devem fazer-lhe um pedido.
2) Antes ou depois da locução (havendo caso de próclise
obrigatória):
0 diretor íamais nos oôde neaar tal direito.
O diretor jamais pôde neaar-nos tal direito.
Os alunos se haviam comprometido comigo.
Os alunos haviam-se comprometido comigo.
70
Observação:
A "sintaxe brasileira", isto é, a colocação do pronome
oblíquo "solto" entre os verbos, mesmo havendo fatores
de próclise, vem sendo consagrada por escritores e gra
máticos de renome, mas ainda não foi definitivamente
aceita pelos padrões clássicos da língua:
Os alunos ainda ogo tinham nos informado a data.
O concursando, numa prova, deve optar pela colocação
tradicional:
Os alunos ainda não nos tinham informado a data.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Certo / Errado
Julgue se a colocação pronominal foi feita corretamente.
1. ( ) Ninguém socorreu-nos naqueles momentos.
2. ( ) Quem te falou a respeito do caso?
3. ( ) Vamos, amigos, cheguem-se aos bons.
4. ( ) Os amigos chegaram e me esperam lá fora.
5. ( ) Oferecida-ihes as explicações, saíram felizes.
6. ( ) Ninguém podia ajudar-nos naquela hora.
7. ( ) Macacos me mordam!
8. ( ) As informações que se obtiveram, chocam-se. /füs
9. ( ) Não foi viajar porque machucara-se na véspera.
10. ( ) A turma quer-lhe fazer uma surpresa. /^Ss
11. ( ) O curso concluiria-se depois de cumprida a carga
/ss
horária.
12. ( ) O torneio iniciar-se-á no próximo domingo. /Ws_
Múltipla escolha /fis
13. Assinale a alternativa que contenha um período com
um caso de colocação pronominal semelhante ao da
frase "Já se não destacavam vozes dissonantes".
i9h
a) A venda fechou-se mais cedo que de costume.
b) Àmedida que lia as cartas,iaenchendo-se de ódio.
c) Um traiçoeiro quebranto afrouxou-lhe a energia.
d) Lia livrinhos com a convicção de que se instruía.
e) Viam-nos como chefe, embora nos não obedeces
sem.
/Süs
14. Assinale a única alternativa que não se coaduna com a
norma culta da colocação pronominal.
a) Quem o trouxe sem convite que se encarregue de
acompanhá-lo.
b) Os meninos corriam por todos os cômodos da casa,
impedindo-me de pensar.
c) Quando meninote, eu devorava livros com este
tema: O que se não deve dizer. (9^
d) Se nos procurarem arrependidas, daremos-lhes
novas oportunidades.
e) Jamais te daria tantas atenções, se não te amasse /SlS
como amo ainda.
/SN
15. Nas frases abaixo:
/Ss
I - Os policiais andavam abaixados, se protegendo das
balas que se espalhavam em saraivada.
II - Falavam coisas sem nexo, movimentando-se na
esteira dos colegas.
III - Procuravam um ponto onde abrigar-se-iam para
cumprir a missão.
IV- Quando se sentiram seguros, puxaram as armas
e bradaram a uníssono: "Rende-te, pois te pegamos!"
Os pronomes foram colocados corretamente nas
opções: /ms
a) I e II.
b) III e IV.
c) I e III.
(9k

d) II e IV.
e) em todas.
16. Assinale a alternativa correta.
0^ a) Não te julgo, nem te quero julgar. Conheço-te de
ontem.
b) Elajá contou-me tudo isso, respondi com impaciên
cia.
c) Lúcia estava atirada a um sofá, de bruços nas almo-
jiPs fadas que escondiam-lhe o rosto.
d) Foi quando o meu coração estava ainda cheio de
saudade, que ampliava-se cada vez mais.
e) Me acompanhara de longe com os olhos através do
/PS
mundo que fechara-lhe as suas portas.
17. Assinale a alternativa em que a colocação pronominal
praticada contrariou preceitos gramaticais da linguagem
escrita.
jps
a) Até agora, o desempenho da Pioneertem sido quase
milagroso para os cientistas que a acompanham.
b) A Nasa usa um gigantesco radiotelescópio, que é
capaz de distinguir o sinal da nave entre o turbilhão
de ruídos produzidos pelas estrelas distantes e ao
/flN distingui-lo o faz com perfeita nitidez.
c) A nave Pioneer se transformará, em breve, no maior
/ps
laboratório espacial.
d) Nada se compara aos avanços tecnológicos das
pesquisas espaciais neste século.
e) A Nasa, que se comprometeu a desvendar os in-
sondáveis mistérios, tem-se portado com eficácia
indiscutível.
18. Em qual das frases não se colocou corretamente o
áPs
pronome átono?
a) Nada nos foi absolutamente novidade.
b) Alguém teria-me lembrado de comprar os ingressos.
c) Você não me permitiu esconder meus sentimentos.
d) Esta eleição, neste clima, não deveria realizar-se.
e) Alegrávamo-nos com a notícia, como se o sucesso
fosse mesmo nosso.
19. Assinale a alternativa incorreta.
a) Efetuem-se sucessivamente as reduções do estímulo
fiscal em várias etapas.
b) Aplica-se a presente instrução aos desembarques
aduaneiros efetivados a partir de lô de janeiro de
2000.
c) Não mais justifica-se tanto atraso.
d) Taisverbas devem sujeitar-se ao imposto de renda.
20. Qual o período de colocação pronominal incorreta?
/ps a) "Divide-se a noite para que me apareças e prolon
gues tua presença entre sonhos cortados".
J8s
b) "Perdoai-me se eu choro! perdoai-me as lágrimas
que me estão brotando".
c) "Um gênio carinhoso e amigo, o fantasma talvez
•/SPS do amor materno, tomou-me as mãos e caminhou
comigo...".
0^ d) "Falo-te daqui, da montanha, ouvindo os cepos a
estalar na chaminé, ouvindo as vagas do vento".
e) "Pode a teus pés curvar-se o mundo inteiro; po
dem render-te os homens vassalagem, mas nada
compara-se à saudade e à solidão".
GABARITO COMENTADO
l.E Correção: Ninguém nos socorreu... (pron. indef:
próclise).
2.C Quem te falou... (frase interrog.: próclise).
\ Vestcon/
3.C ... cheguem-se... (iníciode oração: ênclise).
4.C ... e me esperam, ou... e esperam-me... (conj. co
ord.: próclise ou ênclise).
5. E Correção: Oferecida as explicações a eles... (parti
cipio:ênclise proibida).
6.C "Ninguém podia aiudar-nos..." ou "Ninguém nos
podia ajudar..." (loc. verbal c/ pai. atrativa: pron.
antes ou depois da loc).
7.C Macacos me mordam! (frase exclamativa:próclise).
8.C ...gue se obtiveram (pron. rei.:próclise), chocam-se
(iníciode oração: ênclise).
9.E Correção:... porque se machucara... (coni.subord.:
próclise).
10. C "A turma quer-lhe fazer...", ou "A turma lhe quer
fazer...", ou "A turma quer fazer-lhe..." (loc. verbal:
colocação facultativa).
11. E Correção: "O curso se concluiria..." ou "O curso
concluir-se-ia..." (suj. expresso + verbo no futuro
pretérito: próclise ou mesóclise).
12. C O torneio iniciar-se-á, ou... se iniciará... (sui. ex
presso + verbo no futuro presente: mesóclise ou
próclise).
13. e "Já se não destacavam vozes dispersas" (pronome
colocado antes da pai. atrativa: apossinclise,fig. de
linguagem) = "Viam-nos como chefe, embora nos
não obedecessem".
14. d Correção: "(...) arrependidas ... dar-lhes-emos
novas oportunidades, (verbo no futuro presente,
iníciode oração: mesóclise).
15. d 1. (E) Correção:... protegendo-se das balas (início
or.:ênclise) que se espalhavam... (pron. rei.: prócli
se). II. ÍC)... movimentando-se... (início or.:ênclise).
III. (E)Correção:... onde se abrigariam... (pron.rei.:
ênclise). IV. (C) Quando se sentiram (coni. subord.:
próclise)... Rende-te (início or.: ênclise). pois te
pegamos (conj. coord.: próclise facultativa).
16. a Não te julgo (adv.: próclise), nem te quero julgar
(conj. coord.: próclise facultativa). Conheco-te de
ontem, (início de oração: ênclise). Correções: b)
Ela já me contou... (adv.: próclise); c) ... gue lhe
escondiam o rosto (pron. rei.: próclise); d)... que
se ampliava cada vez mais. (pron. rei.: próclise);
e) ... acomoanhara-me (início de oração: ênclise)
de longe com os olhos através do mundo gue lhe
fechara as suas portas, (pron. rei.: próclise).
17. b Correção: ... e ao distingui-lo (a colocação está
correta, mas com erro de acentuação).
18. b Correção: b) Alguém me teria lembrado (pron. in
def: próclise). Obs.: a) Nada nos foi... (pron. indef:
próclise); c) Você não me permitiu... (adv.:próclise);
d)... não (se) deveria realizar-se (loc. verbalcom pai.
atrativa: pron. antes do v.aux. ou depois do princ);
e) Alegrávamo-nos (início or.: ênclise).
19. c Correção: Não mais se justifica tanto atraso, (adv.:
próclise).
20. e Correção: e)... mas nada se compara... (pron.indef:
próclise). Obs.: a) Divide-se (inícioor.:ênclise) a noi
te para aue me apareças (coni. subord.: próclise): b)
Perdoai-me... perdoai-me... (imperativos: ênclise);
c)... tomou-me as mãos (início or.:ênclise): d) Falo-
-te daqui (início or.: ênclise).
"V"
71
Ivestcon/

Everardo Leitão Nos Concursos

REDAÇÃO OFICIAL As questões de reda Situação específica em que

ção oficial nos concursos
avaliam o domínio do can-^
Introdução
didato sobre emprego
e padrão dos textos emitidos
A publicação do Manual de Redação da Presidência da por órgão público.
República"', em 1991, representou um marcoparaa redação
oficial nos concursos. Éque, com ele, passou a existir um
cada tipo de texto é utilizado.
Por exemplo, a pergunta pode
ser: "De um ministro para o
presidente da República, qual
a modalidade de texto ade
quada?'"
Forma. Por exemplo: "Memo
rando tem vocativo?"1

conjunto de normas amplamente adotado para o emprego

e o padrão dos textos oficiais.
Mesmo sendo obrigatório apenas no Poder Executivo
federal, observa-se que estados, municípios e mesmo outros
poderes vêm se espelhando no Manual para as próprias
normas, o que faz dele um modelo cada vez mais adotado
Brasil afora.
Em 2002, publicou-se uma segunda edição da
obra, que pode ser encontrada no endereço eletrônico www.
planalto.gov.br, versão que utilizamos como referência.
Definição
Diz o Manual:
Quando não há menção específica no edital a que con
teúdo estaria incluído como redação oficial, a prática indica
que a cobrança nas provas abrange as correspondências
oficiais, modalidades utilizadas mais disseminadamente no
Serviço Público.
Importante comentar que, mesmo nos casos em que o
Manualé citado no edital, costumam cair na prova perguntas
sobre tipos de texto não incluídos no normativo. É o caso,
por exemplo, de requerimento e ata. Por essa razão, vamos
enfocar, além do que está no Manual, outros conteúdos que
costumam ser cobrados em concursos.
PRINCÍPIOS EATRIBUTOS DA REDAÇÃO
OFICIAL

redação oficial é a maneirapela qual o PoderPúblico

0 art. 37 da Constituição Federal estabelece:
redige atos normativos e comunicações.
Aadministração pública direta, indireta ou fundacio-
A partir da definição, pode-se representar assim o pro nal, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
cesso de comunicação oficial: do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralida
de, publicidade e eficiência [...].

Como todo ato da administração pública, as corres

pondências e textos normativos estão subordinados aos
princípios constitucionais. Ainda que todos se apliquem à
redação oficial, dois são mais especificamente relacionados
Emissor Receptor
com ela: impessoalidade e publicidade.
• Cidadão Sinteticamente, podemos dizer que o princípio constitu
Poder • Empresa particular cional da impessoalidade busca preservar os atos realizados
Público Instituição particular pela administração pública de privilégio, favorecimento ou
• Poder Público tratamento discriminatório.
Já o princípio da publicidade defende a transparência:
Quer dizer, somente se classifica como redação oficial o todos temos que poder acompanhar o que fazem os admi
texto emitido pelo Poder Público. Quando um órgão público nistradores públicos.
escreve para cidadão, empresa ou instituição particular ou Os dois têm aplicação óbvia à escrita, como se pode
ainda para outro órgão público, emite um texto enquadrado acompanhar nos atributos ou características da redação ofi
no gênero. Já se a correspondência é escrita por uma empresa cial deles derivados: impessoalidade, uso do padrão culto de
particular, não é redação oficial, mesmo que trate de assunto linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
oficial.
Atributos ou Características da Redação Oficial
Dentro do gênero, es- [Textos que tratam de normas,
tão os atos normativos eas.-''Tlcomo lei- medida provisória e Impessoalidade
decreto.
comunicações. Os dois as-,
suntos aparecem em par Segundo o Manual, a característica decorre:
1 Correspondências, como oficio
tes separadas do Manual: e memorando.
Parte I -As comunicações a) da ausência de impressões individuais de quem
oficiais e Parte II - Os atos comunica: embora se trate, por exemplo, de um
normativos. expediente assinado por Chefe de determinada
Seção, é sempre em nome do Serviço Público que

Aqui mencionado, a partir deste ponto, abreviadamente como Manual. Ver Resposta: exposição de motivos.
Bibliografia. Resposta: não.

T
72
 é feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma dese
jável padronização, que permite que comunicações
elaboradas em diferentes setores da Administração
guardem entre si certa uniformidade;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunica
ção, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a
um cidadão, sempre concebido como público, ou a
áüs outro órgão público. Nos dois casos, temos um desti
natário concebido de forma homogênea e impessoal;
/pis
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado:
se o universo temático das comunicações oficiais se
restringe a questões que dizem respeito ao interesse
público, é natural que não cabe qualquer tom parti
cular ou pessoal.
Como se vê, a impessoalidade aplica-se, em primeiro
lugar, a quem escreve o texto, ao signatário. Aquele que
assina não é o remetente, não é o dono da correspondên
cia - o emissor na redação oficial é sempre o Serviço Público.
O redator não pode, portanto, deixar que sua visão, seus
JSS interesses ou sua vontade se reflitam no texto.
Da mesma maneira, aplica-se ao destinatário, que não
jBs
pode também influenciar a maneira como o texto é escrito.
Jis Não pode haver discriminação nem favorecimento.
Por fim, aplica-se ao assunto. Independentemente da
importância ou relevância social, por exemplo, todos os con
teúdos devem merecer igual tratamento num texto oficial.
Esta é uma ilustração de texto inadequado quanto ao
atributo da impessoalidade:
Defendo que o projeto seja implantado sem al-
terações.
Quem escreve em nome do Serviço Público não pode
manifestar sua posição pessoal. O projeto deve ou não ser
implantado sem alterações, de acordo com critérios obje
tivos e relacionados apenas ao interesse público? Essa é a
questão que interessa analisar no caso de nossa ilustração.
áÊS
Mais apropriado, portanto, seria dizer:
O projeto deve ser implantado sem alterações.
/ps
Observe:
a) a primeira pessoa do plural (nós) é utilizada nos ex
pedientes oficiais;
b) o uso da primeira pessoa do singular (eu) não caracte
0Ê\ riza, por si só, um desrespeito à impessoalidade. Veja
a diferença entre estas frases:
Avalio a proposta como brilhante.
/p^
Solicito a compra de duas impressoras para o Setor.
Apenas a primeira infringe a norma da impessoalidade,
por adotar tom subjetivo. Já a segunda é impessoal: o texto
é escrito em nome do setor, sem interferência subjetiva do
signatário.
#!S>
Uso do padrão culto de linguagem
Este atributo é traduzido nos dois mandamentos a seguir
comentados.
Obediência à gramáticaformal
O texto oficial não pode incorrer em erros contra a gra
mática: ortografia, pontuação, concordância, regência, etc.
Afrase a seguir, por exemplo, não é adequada:
Em resposta ao Memorando 25-ZXde 29 de julho
de 2009, informamos que...
Falta a vírgula depois de "25-ZX". Uma vez que o memo
rando vem identificado pelos dois elementos, número e data,
o segundo deve vir intercalado:
Em resposta ao Memorando 25-ZX,de 29 de julho
de 2009, informamos que...
Utilização de vocabuláriosimples
As palavras e expressões utilizadas devem ser entendidas
por todos os usuários da língua. Para isso, há duas categorias
de orientação:
c) não utilizar (inclusão proibida): gíria, jargão técnico,
regionalismo, linguagem rebuscada, construções
próprias da literatura;
d) evitar(inclusãosomente quando indispensável): termo
técnico, neologismo e estrangeirismo.
Exemplo de vocabulário inadequado:
Infenso à loquacidade, nada falou.
A construção "Infenso à loquacidade" é de difícil enten
dimento, em razão das palavras pouco usuais, rebuscadas.
Possível correção:
Contrário à tagarelice, nada falou.
Clareza
Para que o texto possa ser considerado claro, tem que
ser entendido:
a) por todos os leitores: a redação deve permitir o en
tendimento pelo conjunto dos usuários da língua;
b) da mesma maneira: se todos entendem, mas o en
tendimento não é único, o texto não é claro;
c) imediatamente: a compreensão da mensagem não
pode tomar muito tempo do leitor.
O texto claro evita principalmente:
a) ambigüidade ou anfibologia: não deve haver a possi
bilidade de duplo entendimento. Por exemplo, a frase
Quando me encontrei com você e seu irmão, eu
lhe entreguei a fotografia.
não é clara. Entregou a fotografia a quem? O "lhe"
tanto pode estar se referindo a "você", como a "seu
irmão". Exemplo de possível correção:
Entreguei a você a fotografia, quando o encontrei
juntamente com seu irmão.
b) obscuridade: deve-se eliminar a complexidade, a re
dação difícil de acompanhar. Veja:
73
VVestcon/
Ao prefeito, fez questão o contibuinte de, sem
demora, em resposta pronta ao que considerara,
com razão, falta de respeito do atendente que o
houvera destratado, entregar, em público,apesar
da recusa inicial da autoridade, uma nota de pro
testo, redigida de próprio punho, em que, com
vigor, exigia punição para o faltoso.
Afrase tende a dar trabalho para ser entendida pelo
leitor. O tamanho exagerado e a grande quantidade
de intercalações explicam essa maior dificuldade de
compreensão. Agora veja um exemplo de possível
correção:
O contribuinte apresentou ao prefeito uma nota
de protesto contra atendimento desrespeitoso
que havia recebido numa repartição municipal.
A entrega foi em público, apesar da recusa inicial
da autoridade.
pedantismo: é melhor não procurar impressionar o
leitor com um texto rebuscado. Alémde, na maioriadas
vezes, soar falsa, a redação cheia de palavras difíceise
expressões pouco usuais costuma despertar a antipatia
do leitor. Sem contar que não é entendida. Veja um
exemplo de texto pedante e, por isso, inadequado:
0 pândego irrompeu pelo recinto fazendo alarido,
não obstante sua permanência ter sido assaz fugaz.
Exemplo de possível correção:
O brincalhão apareceu de repente gritando no
local, embora sua permanência tenha sido muito
rápida.
Concisão
Otexto conciso é aquele que economiza palavras: "máxi
mo de informações com um mínimo de palavras".O Manual
explicao que deve ser feito para conseguir concisão: "cortar
palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acres
centem ao que já foi dito." Éa qualidade do texto enxuto.
Aconcisão é muitas vezes confundida com objetividade.
Noentanto, objetivo é o texto que vai direto ao ponto. Oque
tem que ser dito é dito sem rodeios. Significaeconomia na
quantidade de informações ou idéias. Já a concisão, que
tem a ver com a maneira de dizer, significa economia na
quantidade de palavras.
Mas atenção: recomendar concisão e objetividade
não eqüivale a defender o laconismo, que é a característica
de ser incompleto, com lacunas, truncado. O texto lacônico
elimina indevidamente o que é essencial para o entendimen
to e tem, portanto, um defeito. Não se deve cortar o que é
necessário para o entendimento da mensagem.
Confira alguns exemplos clássicos de falta de concisão:
Em vez de Prefira %}
Venho, por meio desta, informar Informamos
O objetivo deste é convidar Convidamos
Temos a enorme honra de comunicar Comunicamos
fssas expressões, geralmente utilizadas na introdução das
correspondências, são dispensáveis.Não é precisoanunciar
o que vai serfeito - basta fazer.
74
Anexo à presente o documento Anexo o documen-
Anexa segue a cópia to
i^3\
Anexa a cópia
Se é anexo,é "à presente"e "segue". Anexojá diztudoisso.
Em seu memorando datado de 8 de Em seu memoran-
julho jdo de 8de julho
O datado é redundante.
A reunião ocorrerá no próximo dia 5 A reunião ocorrerá /SS,
de maio do corrente ano em 5 de maio
Se o texto diz "5de maio", não há dúvidade que é o próxi- r$%k
mo e do corrente ano. Caso contrário, o texto informaria.
Aproveitamos a oportunidade para |
A expressão até poderia caber, se o texto fosse mudar de
assunto. Mas mudar de assunto numa correspondência é
inadequado: assuntos diferentes podem ter responsáveis
diferentes no destino e arquivo diferente na origem, o que
levaria a aumento de custos administrativos com cópias e
manipulação.
Sem mais para o momento
Colocamo-nos à disposição para diri
mir eventuais dúvidas
Expressões dispensáveis: se houvesse mais para o mo
mento, estaria no texto; se houver alguma dúvida, é óbvio
que o autor deverá estar à disposição para dirimi-las.Sem
contar que "dirimir" é palavra pouco usual e, portanto,
inadequada.
Asolução definitiva para o problema | Asolução
Se não é definitiva, não é solução. E,se é solução, é para
o problema.
Formalidade
Formalidade é distância de respeito em relação ao des
tinatário do texto. O comportamento formal é cerimonioso,
regido por regras. Assim deve agir quem escreve em nome
do Serviço Público.
O Manual inclui na característica:
a) uso correto do pronome de tratamento: o pronome é
utilizado de acordo com o cargo do destinatário. Veja
exemplo de trecho inadequado de correspondência
endereçada a um governador: /®S
Vossa Senhoria receberá o equipamento no pró
ximo mês. /S??S
Correção:
Vossa Excelência receberá o equipamento no
próximo mês.
O erro é que o pronome de tratamento para o gover
nador é Vossa Excelência;
b) polidez, civilidade: o texto deve ser educado, respeito
so. O trecho a seguir não é polido e, assim, não pode
estar num texto oficial:
O comportamento de Vossa Excelência foi uma
palhaçada.
Palhaçada é um desaforo, o que é inaceitável nos
textos do gênero. Preferível:
O comportamento de Vossa Excelência foi ina
dequado
MS
Uniformidade ou Padronização
Os textos oficiais seguem um padrão. Não cabe ao reda
tor escolher como vai formatar suas mensagens. A maneira
como deve ser escrito o vocativo, por exemplo, não depende
da vontade do usuário. Para ilustrar, podemos dizer que,
numa correspondência dirigida a um secretário de prefeitura,
é inadequado o seguinte vocativo:
(Ps
C^ Exm3 Sr. Secretário,
ijfBs
Correção:
%} Senhor Secretário,
Como se verá a seguir em As Comunicações Oficiais,
o secretário deve receber o vocativo comum.
AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS
O capítulo abrange os diversos tipos de correspondência
ou expediente utilizados no Serviço Público.
Regras Gerais
Começamos falando das regras que valem para todos os
|PS expedientes oficiais.
áPS
Pronomes de tratamento
O pronome de tratamento eqüivale a um pronome pes
soal e é utilizado em referência ao interlocutor, como Vossa
Excelência e Vossa Senhoria (formas de cerimônia), mas tam
bém o senhor,a senhora,a senhorita e você(menos formais).
Vamos tratar aqui das formas de cerimônia, que são as
utilizadas nas correspondências.
Este tipo de pronome é uma marca de formalidade no
tratamento com os interlocutores do Serviço Público. Em
vez dos usuais o senhor ou a senhora, o redator dos textos
oficiais deve utilizaro pronome de tratamento adequado ao
cargo a quem for dirigida a comunicação.
Assim,é inadequado escrever, porque não está de acordo
com o nível de formalidade exigido para uma correspon
dência oficial:
<^ Convidamos oSenhor para uma reunião (...].
O correto é, por exemplo:
Convidamos Vossa Excelência para uma reunião
O pronome de tratamento pode aparecer de duas formas,
conforme a situação:
áPs
Vossa
Quando em referência ao destinatário da correspon
dência, àquele com quem se fala. Exemplos: Vossa
Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Eminência.
Sua
Quando em referência a um terceiro, àquele em
QUEM SE FALA.
Exemplos: Sua Excelência, Sua Senhoria, Sua Emi
nência.
VVestcon/
Embora as formasde tratamento iniciadas por Vossa sejam
da segunda pessoa da comunicação ou do discurso,porque se
referem ao receptor, a concordância verbal e pronominal é com
a terceira pessoa. Assim:
O VERBO VAI PARA A TERCEIRA PESSOA:
Vossa Excelência informou.
Vossa Senhoria conhece.
O PRONOME POSSESSIVO VAI PARA A TERCEIRA
PESSOA:
Vossa Excelência dará seu despacho.
Vossa Senhoria manifestou sua posição.
Já a concordância nominal depende do gênero do desti
natário da correspondência:
Vossa Excelência está certo. (Gênero masculino)
Vossa Excelência está certa. (Gênero feminino)
O emprego do pronome de tratamento ajusta-se ao des
tinatário, como especificado nas tabelas a seguir.
Vossa Excelência
a) Poder Executivo: Presidente da República;Vice-Pre-
sidente da República; Ministros de Estado (Nos ter
mos do Decreto ne4.118, de 7 de fevereiro de 2002,
art. 28, parágrafo único,são Ministros de Estado, além
dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da
Presidência da República, o Chefe do Gabinete de
Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral
da Presidência da República, o Advogado-Geral da
União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União);
Governadores e Vice-Governadores de Estado e
do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças
Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de
Ministériose demais ocupantes de cargos de natu
reza especial; Secretários de Estado dos Governos
Estaduais; Prefeitos Municipais.
b) Poder Legislativo:Deputados Federais e Senadores;
Ministros do Tribunal de Contas da União; Deputa
dos Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais
de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legis
lativas Municipais.
c) PoderJudiciário: Ministros dos TribunaisSuperiores;
Membros de Tribunais; Juizes; Auditores da Justiça
Militar.
Outros pronomes de tratamento
Reitor - Vossa Magnificência; Papa - Vossa Santidade;
Cardeal - Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendís-
sima;Arcebispo e Bispo- vosso Excelência Reverendíssima;
Monsenhor, Cônego e superiores religiosos - Vossa Reve
rendíssima ou Vossa SenhoriaReverendíssima; sacerdotes,
clérigos e demais religiosos: Vossa Reverência.
Vossa Senhoria
Por exclusão, as demais autoridades e particulares. Quer
dizer, quem não estiver nas listagens de Vossa Excelência
ou Outros pronomes de tratamento acima, recebe Vossa
Senhoria.
Observe um exemplo de como utilizar as tabelas: a lista
de cargos do Poder Legislativo que recebem o tratamento
Vossa Excelência termina com "Presidentes das Câmaras
Legislativas Municipais". Assim, o Presidente da Câmara é
VossaExcelência, mas o Vereador, que não aparece na lista,
é Vossa Senhoria. Convém relembrar que estamos nos re
ferindo ao tratamento dado nas correspondências emitidas
pelo Poder Executivo federal.
75
\Vestcon)

Vocativo Como se pode verificar nos exemplos do Manual, no

O vocativo é a expressão que é utilizada para chamar a endereçamento para senador ou deputado, o cargo vem
atenção do destinatário da correspondência ou invocá-lo. antes do nome, já na segunda linha, como a seguir6:
Éa partedo expediente que aparece imediatamente antes A Sua Excelência o Senhor
do corpo:
Senador Fulano de Tal
Senado Federal
Senhor Secretário, Vocativo 70165-900-Brasília. DF

Em resposta ao Memorando 456-XX, de Para os que recebem o tratamento de Vossa Senhoria,

20 de julho de 2009, enviamos a cópia Corpo subscrita-se o envelope assim: <^S

solicitada. • na primeira linha, a expressão AoSenhor ouÀSenhora;

(...) • na segunda linha, o nome;
• na terceira linha, o cargo, quando for o caso;
Vocativosespeciais
• a seguir, o endereço completo.
Os chefes de poder federal recebem, no vocativo, a ex
pressão Excelentíssimo Senhor seguidado cargo: Este é o exemplo do Manual: S$$\

Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Ao Senhor

Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Fulano de Tal
Nacional, Rua ABC, ns 123
Excelentíssimo Senhor Presidente do SupremoTribu 12345-000-Curitiba. PR
nal Federal,
Para esses três cargos, todas as expressões devem vir Doutor
sempre por extenso: Vossa Excelência, Excelentíssimo Senhor.
Doutor é título acadêmico reservado a quem concluiu
Outros vocativos especiais: curso universitário de doutorado. O Manual admite, porém,
reitor: que seja utilizado também para bacharéis, especialmente em
Magnífico Reitor, Direito e Medicina, por força do costume.
papa: Fechos
Santíssimo Padre, São dois os fechos utilizados nas correspondências oficiais:
cardeal:
Respeitosamente,
Eminentíssimo Senhor Cardeal,
ou
• para superiores hierárquicos, incluído o presiden
/$!s
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, te da República.
Regra geral Atenciosamente, /*ls

Para as autoridades não enquadradas nos casos anteriores • para os demais casos: mesma hierarquia, hierar
fíí|S
e para os particulares, o vocativo é formado pela expressão quia inferior ou para as situações em que não há
Senhorou Senhora seguida do cargo ou do nome, conforme o relação hierárquica entre destinatário e signatário. /Bis
caso. Algunsexemplos:
Identificação do signatário fSSS
Senhor Ministro,
Senhora Governadora, Identifica-se a pessoa que assina a correspondência da
Senhora Senadora, seguinte maneira, logo abaixo da assinatura:
Senhor Secretário, • na primeira linha, o nome;
Senhor Juiz, • na segunda linha, o cargo.
Senhora Diretora,
Senhor Coordenador, Exemplos do Manual:
Senhora Fulana de Tal, (espaço para assinatura)
Endereçamento no envelope NOME
Chefe da Secretaria-Geral da
Para os cargos que recebem o tratamento de Vossa Exce
lência, o endereçamento é assim: Presidência da República
• na primeira linha, a expressão ASua Excelência o Senhor (espaço para assinatura)
ou A Sua Excelência a Senhora; NOME
• na segunda linha, o nome; Ministro de Estado da Justiça
• na terceira linha, o cargo;
• a partir da quarta linha, o endereço completo. Padrão ofício
Exemplos4: Éo conjunto de regras aplicáveis a ofício, aviso e me
morando.
A Sua Excelência o Senhor ríÜS
Estrutura
Fulano de Tal
/5^S
Ministro de Estado da Justiça As partes comuns a esses três tipos de correspondência
sao'
70064-900-Brasília. DF Observe como não há
a) número: tipo da correspondência + número + sigla
crase antes das formas
A Sua Excelência o Senhor de tratamento de ceri
do órgão remetente. Exemplos:
Fulano de Tal mônia*. Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME
Juiz de Direito da 10a Vara Cível
Rua ABC,n° 123 Aliás,as formas de tratamento que admitem o acento Indicativode crase são
01010-000-São Paulo. SP senhora e senhorita. Alguns gramáticos registram também o acento antes de
dona e madame.
Manual.
Manual. Os exemplos são do Manual.

76
 O ano, que aparece nesses exemplos, não é citado
na norma do Manual sobre a formação do número.
Como não aparece em outros exemplos, pode-se
entender que, para o Manual, não seria obrigatório.
Dessa forma, os exemplos poderiam ser reescritos
/ps
da seguinte maneira:
Mem. 123-MF Aviso 123-SG Of. 123-MME
b) local e data: mês por extenso, alinhamento à direita.
#ÍS
Exemplo:
Brasília, 15 de março de 1991.
Observe: o ponto depois da data é obrigatório.
c) destinatário: identificação do receptor. Aparece em
ofício, aviso e memorando, mas com formas distintas,
0ÊS
como especificado em Ofício, Aviso e Memorando.
d) assunto: tema da correspondência. Exemplo do
Manual:
JiK
Assunto: Produtividade do órgão em 2002.
Observe: alinhado à esquerda, o assunto vem em
negrito. Como o ponto não é utilizado em todos os
exemplos do Manual, pode-se entender que não
seria obrigatório.
O assunto é genérico, e sua inclusão tem a finalidade
de facilitar a distribuição da correspondência no
destino e o arquivamento na origem.
e) texto: corpo da correspondência. A organização do
texto depende do gênero do expediente, se infor
mativo ou argumentativo.
Para classificar quanto ao gênero, é necessário iden
tificar o tipo do objetivo da correspondência.
Objetivoé a razão de ser da correspondência, aquilo
para o que ela é escrita. Por exemplo, o objetivo pode
ser convidar para uma reunião, fazer uma solicitação,
responder a um expediente, propor alguma coisa.
Dizemos, então, que a correspondência é argumen
tativa quando o objetivo é do tipo que exige defesa,
fundamentação (solicitação ou proposta, por exem
plo). Nos demais casos (convite, envio de documen
to, comunicação), dizemos que é informativa.
Correspondência argumentativa
Estrutura:
Introdução: apresentação do objetivo. Lembra o Ma
nual que deve ser evitado o uso de expressões como:
Tenho a honra de...
Tenhoo prazer de...
Cumpre-me informar que.
Deve-se ir direto ao objetivo, como no exemplo:
Informamos que...
Desenvolvimento: fundamentação, defesa do objeti
vo. Cada argumento em seu próprio parágrafo.
/!PS
Conclusão: reafirmação do objetivo.
Numeração de parágrafos:
A correspondência argumentativa tem todos os pa
rágrafos numerados, da introdução até a conclusão,
"exceto nos casos em que estes estejam organizados
em itens ou títulos e subtítulos"8.
Correspondência informativa
Estrutura:
Introdução: apresentação do objetivo.Éa únicaparte
estrutural obrigatória na correspondência informativa.
Desenvolvimento: aparece apenas quando existe a
necessidade de acrescentar algum comentário.
Lembra o Manual que, no caso de encaminhamento
de documento ou cópia em razão de solicitação do
destinatário, deve-se iniciar a resposta pela referência
à correspondência que está sendo respondida.
Exemplo:
Em resposta ao Mem. 182-DA,de is de junho de 2009,
encaminho cópia do Ofício 859-AD, de 29 de maio de
2009, do Departamento Geral de Administração, que
trata da requisição do servidor Fulano de Tal.
Já quando o encaminhamento é por iniciativa do
remetente, deve começar dizendo qual é a razão do
envio. Exemplo:
Encaminho, para pronunciamento, o Ofício 859-AD,
de 29 de maio de 2009, do Departamento Geral de
Administração, que trata da requisição do servidor
Fulano de Tal.
f) fecho;
g) assinatura;
h) IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO.
Diagramação
A diagramação dos expedientes do padrão ofício deve
obedecer às seguintes orientações9:
a) deve ser utilizada fonte do tipo TimesNew Roman
de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10
nas notas de rodapé;
b) para símbolos não existentes na fonte Times
New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e
Wingdings;
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o
número da página;
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão
ser impressos em ambas as faces do papel. Neste
caso, as margens esquerda e direita terão as distân
cias invertidas nas páginas pares ("margemespelho");
e) o iníciode cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm
de distância da margem esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
no mínimo, 3,0 cm de largura;
g) o campo destinado à margem lateral direita terá
1,5 cm;
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as
linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o
editor de texto utilizado não comportar tal recurso,
de uma linha em branco;
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itá
lico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado,
sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de
Manual.
Manual.
—Y-—-
77
VVèstconJ

formatação que afete a elegância e a sobriedade do Ex.: "Of. 123 - relatório produtividade ano 2002'
documento;
j) a impressão dos textosdeveser feita na cor preta /*s
em papel branco. A impressão colorida deve ser COMUNICAÇÃO
usada apenas para gráficos e ilustrações;
k) todos os tipos de documentos do Padrão Oficio
devem ser impressos em papelde tamanho A-4, ou
Ofício
< EXTERNA

seja, 29,7 x 21,0 cm; Definição

I) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
arquivo Rich Text nos documentos de texto;
m) dentro do possível, todos os documentos elabo
rados devem ter o arquivo de textopreservado para
consulta posterior ou aproveitamento de trechos
para casos análogos;
n)parafacilitar a localização, os nomes dosarquivos
devem ser formados da seguinte maneira:
tipo do documento + número do documento +
palavras-chaves do conteúdo
E a modalidade de texto oficial utilizada para comuni
cação externa. Querdizer, é o expediente que saí do órgão
de onde emitido, excetuados os casos de aviso, exposição
de motivos e mensagem (ver itens Avulso, Exposição de
motivos e Mensagem).
Forma /ss
Adota o padrão ofício, com a particularidade de que é o
único dos três textos que traz identificação completa do desti
natário, com nome,cargoe endereço. í<§$N

Exemplo10:

Ms

[Ministério]
/Sn
ISecretaria/Departamemo/Setor/EntidadeJ
5 cm IEndereço para correspondência|.
[Endereço - continuação]
[Telefone c Endereçode CorreioElciTÔnico]

Ofício n- 524/1991/SG-PR
Brasília, 27 de maio de 1991.

/9\

A Sua Excelência o Senhor

Deputado [Nome]
Câmara dos Deputados
70.160-900 - Brasília - DF

Assunto: Demarcação de terras indígenas

Senhor Deputado,
2.5 cm
r. Em complemento às observaçõestransmitidas pelo telegramana 154, de 24
de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas cm sua carta na (^S

3 cm
6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento
administrativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto n° 22, de 4 de
fevereiro de 1991 (cópia anexa).
2. Em suacomunicação. Vossa Excelência ressalva a necessidade de que - na
definição c demarcação das terras indígenas - fossem levadas cm consideração as
característicassocioeconômicas regionais.
3- Nos termosdo Decreto nu22, a demarcação tlc terras indígenas deveráser
precedida de estudos c levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art.231, § Ia, da
Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos. sociológicos,
cartográficos c fundiários. Oexame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com*^*
o órgão federal ou estadualcompetente. ^
4- Os órgãos públicos federais, estaduais c municipais deverão encaminhar as
informações que julgarem pertinentes sobre a área cm estudo. É igualmente assegurada a 0S\
manifestação de entidades representativas da sociedade civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio
serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das
entidades civis acima mencionadas.

(297x210mm)

Manual.

78
iPs

3,5 cm

6. T Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido

assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a
demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive
daquelesassinaladosem sua carta, com a necessáriatransparência e agilidade.

Atenciosamente,

[Nome]
[cargo]
fflPs

áPs

jíflíS

/ps

MINISTRO PARA
Aviso "<CL MINISTRO

Definição
Éa modalidade de texto oficial utilizada por ministros de Estado para comunicaçãocom outro ministro.

Forma
Adota o padrão ofício, com a particularidade de que traz o destinatário identificado por nome e cargo.

•~r~
79
 Exemplo":

5 cm

Aviso n245/SCT-PR
Brasília, 27 de fevereiro de 1991.

A Sua Excelência o Senhor

[Nome e cargo]

Assunto: Seminário sobreusode energia no setor público.

Senhor Ministro,
2,5 cm
< •Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro
-»• Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser realizado em 5
3,0 cm de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional de Administração Pública -
ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas Sul, nesta capital. 8
•/-)
O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional ~
das Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgão Públicos, instituído pelo*-*
Decreto nu99.656, de 26 de outubro de 1990.

Atenciosamente,

[nome do signatário]
[cargo do signatário]

COMUNICAÇÃO
Memorando

< INTERNA
/9lS

Definição
Éa modalidade de texto oficial utilizada para comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão. Em
oposição ao ofício, portanto, podemosdizer que é utilizado paracomunicação interna.

/*Ü!S
11 Manual.

80

fSUfy
 Forma
Adota o padrão ofício, com duas diferenças específicas em relação a oficio e aviso:

a) traz o destinatário identificado apenas pelo cargo:

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

jfp* Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

b) não tem vocativo.

0S
Tramitação
O Manual destaca a agilidade como a principalcaracterística do memorando. Por isso, recomenda que o tratamento
dado pelo receptor seja o menos burocrático possível, devendo o documento ser considerado ele próprio um processo
simplificado. Quer dizer, os despachos, os encaminhamentos, devem ficar registrados no papel do memorando, sem ne
cessidade de ir anexando novos documentos a cada trâmite.

0b
Exemplo":

5 cm

Mem. 118/DJ
Em 12 de abril de 1991

ms
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

0b Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores

JÜN
1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria
jPíV verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste
Departamento.
{PS
2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal
fPK
seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a
programas, haveria necessidade de doistipos: um processador de textos,e outro gerenciador
de banco de dados. g
Mb 3 cm
o

3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo —"
(PS da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu*-*
acordo a respeito.
(fP^i 4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste
Departamento ensejará racionul dislribuição de tarefas entreos servidores e, sobretudo, unia
{SUN melhoria na qualidadedos serviços prestados.

/ps Atenciosamente,

0S
[nome do signatário]
[cargo do signatário]

0b

0&\

(297x2IOmm)

" Manual.

0b
81
0b
 /SSSk

Í^S
Outras comunicações oficiais República ou o vice-presidente da República. Quando
assinada por mais de um ministro, chama-se interminis-
Tratamos aqui das modalidades que não são abrangidas terial.
pelo padrão ofício.
Forma
Adota parcialmente o padrão ofício, com a particulari
MINISTRO PARA rf$b
Exposição de motivos dade de que não traz destinatário nem assunto. Quando
PRESIDENTE
é argumentativa, além de o corpo do texto ser organizado
normalmente em introdução, desenvolvimento e conclusão
Definição (ver Estrutura "e"), ainda deve ser acompanhada de for /S?N

É a modalidade de texto oficial utilizada para comu mulário anexo, com o resumo do raciocínio que embasa a
nicação entre um ministro de Estado e o presidente da proposta encaminhada ao Presidente da República.

Exemplo13:

5 cm

EMnfl00146/1991-MRE
Brasília, 24 de maio de 1991.

<s\
5 cm

ExcelentíssimoSenhor Presidente da República.

1.5 cm

O Presidente George Busli anunciou, no último dia 13, significativa

mudança da posição norte-americana nas negociações que se realizam - na Conferênciado
3 cm Desarmamento, em Genebra - de umaconvenção multilateral de proscrição total das armas
^químicas. Aorenunciarà manutenção de cercade dois por centode seu arsenal químico até a
adesão à convenção de todos os países emcondições de produzir armas químicas, os Estados § í^s

Unidosrcaproximaram sua posturada maioria dos quarenta paísesparticipantes do processo |2*

negociador, inclusive o Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o tratado venhaa ser*-»
concluídoe assinadoem prazo de cerca de um ano. (...)

1 cm

Respeitosamente,

2,5cm

[Nome]
[cargo] fW^

(297x2IOmm)
s$Ê\
13 Manual.

82
 Modelo do anexo14:

Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério ou

órgão equivalente) nc , de de de 200 .

1. Síntese do problema ou da situação que reclama providências

(SSs
2. Soluções e providências contidas no ato normativo ou na medida proposta

3. Alternativas existentes às medidas propostas

Mencionar:
0b,
• se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
0b • se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
• outras possibilidades de resolução do problema.
á/b

4. Custos

Mencionar:
• se a despesa decorrente da medida está prevista na lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para custeá-la;
• se é o caso de solicitar-se abertura de crédito extraordinário, especial ou suplementar;
• valor a ser despendido em moeda corrente.

5. Razões que justificam a urgência (a ser preenchido somente se o ato proposto for medida provisória ou projeto de lei
que deva tramitar em regime de urgência)
Mencionar:
• se o problema configura calamidade pública;
• por que é indispensável a vigência imediata:
• se se trata de problema cuja causa ou agravamento não tenham sido previstos;
• se se trata de desenvolvimento extraordinário de situação já prevista.

6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato ou medida proposta possa vir a tê-lo)

7. Alterações propostas
Texto atual Texto proposto

8. Síntese do parecer do órgão jurídico

• Com base em avaliação do ato normativo ou da medida proposta.

ENTRE CHEFES
Mensagem

Definição
-í DE PODER

Éa modalidade de texto oficial utilizada para comunicação entre os chefes de Poder.

Forma
São estas as partes do documento:
a) Número do expediente, primeira linha, alinhamento à esquerda, formado pela expressão Mensagem seguida do
número.
b) Vocativo: a expressão Excelentíssimo Senhor seguida do cargo.
c) Texto.
d) Local e data, alinhamento à direita.
e) Assinatura, sem identificação do signatário.

u Manual.

83

áÊb
 Exemplo15:

5 cm

Mensagem nu 118

4 cm

Excelentíssimo SenhorPresidentedo Senado Federal,

2 cm

3 cm Comunico a Vossa Excelência o recebimento das Mensagens SM na 106 a §

110, de 1991, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos n3* 93 a 97, de |2-
N ^1991, relativosà exploração de serviços de radiodifusão. ♦_#

2 cm

Brasília, 28 de março de 1991.

<
VI
UJ

z>
I-
cc
O
CL (297x210mm) /^k
<
3

IS Manual.

84 /sls
 Mensagens urgentes Forma
0b
Não tem estrutura definida.
O Manual apresenta três modalidades de envio de
mensagens urgentes no Serviço Público: telegrama, fax e
correio eletrônico.

<
ENVIO
Fax (fac-símile)
ANTECIPADO

/PS

0!b
Telegrama
< URGÊNCIA E
CONCISÃO Definição
É o meio de transmissão para mensagens urgentes e
para antecipação do envio de documentos, quando não for
0b Definição possívelutilizarcorreio eletrônico, modalidade pela qual vem
É o meio de transmissão de mensagens urgentes que sendo gradativamente substituída.
utiliza o telégrafo ou o telex.
Tecnologicamente ultrapassada, é também a forma Forma e arquivamento
mais cara dentre as modalidades oficiais para mensagens Não tem estrutura definida: o documento enviado man
urgentes. Por isso, só deve ser utilizada se não for possível tém sua forma.
o uso de correio eletrônico ou fax. Assim mesmo, deve ser O fax recebido deve ser arquivado em cópia, para pre
(ÊOb dada uma atenção especial à concisão: o texto precisa ser o servar o texto de deterioração.
mais enxuto possível. O fax tem geralmente uma folha de rosto:

[Órgão Expedidor]
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]
$PN

Destinatário:
N2 do fax de destino: Data: / /
Remetente:
Tei. d/ contato: Fax/correio eletrônico:
N2 de pá&inas: esta + N2 do documento:
Observações:
/ps

/ps*

Correio eletrônico tram no Manual. Entre eles, aparece o requerimento, que

/ps nem se enquadra na definição de redação oficial (ver Defini

<
MEIO URGENTE ção, p. 72), já que não pode originar-se num órgão público.
[e-mail) PREFERENCIAL Trataremos dos que mais comumente caem em con
0h
cursos. Como não há norma oficial para tais documentos,
as orientações são baseadas no consenso observado na
Definição
prática.
Comunicação via internet é o meio de transmissão
preferencial para mensagens urgentes no Serviço Público.
VÁRIOS
Forma
Flexível por natureza, não tem estrutura definida. Mes
mo assim, a linguagem utilizada deve seguir o padrão das
Circular
< DESTINATÁRIOS

comunicações oficiais.
Quando não for possível utilizar o recurso automático
de confirmação de leitura, deve-se pedir essa confirmação
no texto do correio.
Como determina a lei, deve haver certificação digital
quando houver a necessidade de valor documental para o
correio eletrônico.
Outros textos administrativos
As questões de redação oficial nas provas de concursos
costumam incluir textos administrativos que não se encon
Definição
Correspondência remetida ao mesmo tempo a vários
destinatários. Exemplos: memorando circular, enviado a
vários destinatários internos; oficio circular,enviado a vários
destinatários externos.
Em oposição à circular, a correspondência endereçada
para um só destinatário denomina-se singular.
Forma
Adota a forma do documento original. Exemplo: se me
morando, forma de memorando; se ofício, forma de ofício.

85

<
RELATO DE
Ata
REUNIÃO
Definição
Documento que faz o relato circunstanciado de uma
reunião.
Traz cada registro com as particularidades necessárias
para caracterizá-lo. Não se trata de detalhar exaustivamente
o que ocorre na reunião, mas de anotar o que seja suficiente
para entender as decisões e os comunicados registrados.
Forma
Tem as seguintes partes:
a) Título, primeiralinha,coma identificação da reunião.
Exemplo: Ata da reunião de tal data; Ata da reunião
ordinária de tal data; Ata da reunião N^ tal.
b) Corpo: texto, dividido em:
• Introdução: caracterização da reunião - quem
esteve reunido, onde, quando, para tratar de qual
assunto.
• Desenvolvimento: relato propriamente dito da
reunião. Costuma começar com alguma observação
relativa a quorum.Exemplos: Constatada a presença
do número regimental de associados; Constatada
a presença de tantos por cento dos associados;
Constatada a presença de tantos associados; etc.
• Fecho: fórmula que encerra o relato. Exemplo: Nada
maishavendo a tratar, o Senhor Presidentedeu por
encerrada a sessão, da qual eu, Fulanode Tal, lavrei
a presente ata, que vai assinada por mim e pelos
demais presentes.
Observe: no corpo, datas, valores, números e per
centuais são escritos por extenso.
c) Local e data, centralizados. Esta data refere-se não ao
diada reunião(quejá aparece na introdução), masao
da assinatura ou aprovação da ata.
d) Assinaturas dos participantes, uma ao lada da outra
ou uma abaixo da outra. Em qualquer caso, deve-se
inutilizar com um traço eventual espaço em branco.
Medidas de segurança
Como é um documento, a ata obedece a algumas me
didas de segurança:
• o corpo tem apenas um parágrafo, com a eliminação
de espaços em branco;
• nãopode haverrasuras. Eventuais errossãocorrigidos
de duas maneiras:
- digo, paraerrosidentificados nomomento emque
cometidos:
O projetoserá coordenado pelo SenhorSecretário,
digo, Tesoureiro;
- em tempo, para erros identificadosposteriormente:
Onde se lê "Oprojeto será coordenado peloSenhor
Secretário" leia-se: "O projeto será coordenado pelo
Senhor Tesoureiro".
• no caso de atas escritas à mão, os livros onde são
registradas trazem páginas numeradas e rubricadas
por quem assina o termo de abertura do livro.
86
Exemplo:
ATA DA REUNIÃO...
i.
Título
Aos seis diasde abril de dois mil e nove, às quinze
Introdução horas, na sala da Diretoria, reuniu-se a Assem
bléia ... para deliberar acerca de ... Constatada a
presença de número regimental de associados,
o Sr. Presidente deu por aberta a sessão. Inicial
Desenvolvimento
mente, foi dada a palavra ao Sr. ..., que ... Nada
4. mais havendo a tratar, o Sr. Presidente declarou
Fecho encerrada a sessão,da qualeu,..., Secretario, lavrei
a presente ata, que vai assinada por mim e pelos
presentes.
5.
Local c data /
Brasília, 6 de abril de 2009. Fulano de TalBeltrano
assinaturas das Anzóis Pereira Sicrana Etc.
PEDIDO
Requerimento
Definição
< PESSOAL
Solicitação de providência relacionada a direitopessoal.
Étexto argumentativo, que fundamenta opedido (tese)
pela apresentação dodispositivo da norma emquese baseia
(argumento).
Forma
Tem as seguintes partes:
a) Título: centralizado. Exemplo:
REQUERIMENTO
b) Vocativo/Destinatário: geralmente um dos dois.
Exemplos:
Senhor Chefe do Departamento Tal, (vocativo)
ou
AoSr. Chefedo Departamento Tal (destinatário)
c) Corpo: texto dividido em:
• Identificação: caracterização do requerente - civil
(nome, nacionalidade, estado civil, ocupação,
identidade, CPF, endereço) ou funcional (nome,
matrícula, função, localização).
• Solicitação: pedido relacionado a direito pessoal.
• Enquadramento: citação do dispositivo de norma
que dá origem ao direito reclamado.
d) Fecho: pode aparecer em diversas formas:
• tradicional:
Nestes Termos
Pede Deferimento
Observação: embora arcaico, o fecho ainda é utili
zado. Note que o correto é Nestes (nestes termos
eqüivalea nos termosdeste documento), da mesma
maneira que se diz "este ofício", "este memorando".
• outras formas:
- Atenciosamente,
- Respeitosamente,
e) Assinatura, não seguidada identificação do signatá
rio, que já aparece no corpo.
{PN
fÊÜ\

Exemplo: baseado em conhecimento técnico (particular) ou funcional

0^
(oficial) do signatário. Exemplos:
fí§N 1. Título REQUERIMENTO

Sr. Diretor da..., ATESTO que Fulano de Talnecessita de sete dias de

2. Vocativo/ repouso [...].
Destinatário
(PS (Base: conhecimento técnico; emissão: particular)
3. Campo FULANA DETAL, brasileira, soltei
- Identificação ra , comerciaria, Cl,CPF, residente
- solicitação ATESTO que Fulano de Talexerce a função tal, neste
na ..., nesta cidade, requer...,
- enquadramento Departamento, desde 10 de julho de 2009. (Base:
com base no disposto no art.
conhecimento funcional; emissão: oficial)
<#^> 12 do...

(S^ 4, Fecho Devem ser evitados inícios como "ATESTO para os devi
N. TERMOS
dos fins", porque são pouco concisos. A afirmação deve ser
P. DEFERIMENTO direta: "ATESTO que".
5. Local e data
Brasília, 6 de abril de 2009.
6. Assinatura Fulana de Tal

<
DOCUMENTO
(IPS Certidão
ARQUIVADO
Declarações

São os documentos que contêm afirmação baseada em Definição

conhecimento pessoal, técnico ou funcional do signatário.
Documento emitido no Serviço Público, traz afirmação
<Pn O gênero de texto inclui os seguintes tipos principais:
sobre o conteúdo de documento arquivado sob a responsa
declaração, atestado e certidão.
bilidade do signatário. Exemplos:
Declaração não é correspondência. Por isso, não tem
destinatário. Seus elementos são:
a) Interessado: sobre quem se faz a afirmação. CERTIFICO que, sob os números e na data acima, foi
b) Afirmação: o que se diz sobre o interessado. registrado o nascimento de Fulana de Tal, do sexo
c) Declarante: aquele que faz a afirmação. feminino, nascida aos tantos dias do mês tal do ano
Embora o nome das diversas declarações seja adotado tal, às tantas horas, no Hospital Tal,filha de Sicrano
de maneira mais ou menos arbitrária, não se costuma utilizar de Tale de Beltrano de Tal.[...]
o título "declaração" para documentos emitidos no Serviço (Base: conhecimento funcional; emissão: oficial)
Público.
CERTIFICO que, às folhas tais do processo tal, encon
tra-se o despacho a seguir transcrito:"[...]".
(Base: conhecimento funcional; emissão: oficial)

<
AFIRMAÇÃO
Declaração
PARTICULAR

Definição

Ms
Documento emitido por particular, traz afirmação sobre
situação ou fato baseada em conhecimento pessoal do sig
natário. Exemplo:
Certificado
< HABILITAÇÃO

DECLARO que conheço Fulano de Talhá cinco anos e Definição

nada sei que o desabone.
(Base: conhecimento pessoal; emissão: particular)
Este tipo de declaração não é oficial e é abordada aqui
apenas com o objetivo de caracterizar melhor, por diferen
ciação, os demais documentos. Em situação semelhante
(afirmação sobre situação ou fato) e para atender à distinção
técnica que há entre os diversos tipos de declaração, o órgão
público emite um atestado (ver Atestado)16.
f0tS
SITUAÇÃO
Atestado
< OU FATO
Éa declaração sobre a habilitação de alguém ou de um
estabelecimento, produto ou serviço em relação ao cumpri
mento de uma exigência. Exemplos de certificado:
• emitido em nome de uma pessoa pela conclusão de
curso ou participação em evento de treinamento;
• emitido em nome de uma empresa pelo cumprimento
de exigências de qualidade.
Exemplos de conteúdo:
CERTIFICO que Fulano de Talparticipou do CursoX,
com 120 horas de duração, realizado na Instituição
Tal, em Brasília (DF), no período de tanto a tanto.

Forma da declaração
Definição
Documento emitido por particular ou representante
A declaração tem as seguintes partes:
do Serviço Público; traz afirmação sobre situação ou fato
a) Título, primeira linha e geralmente centralizado, com
a identificação do tipo da declaração: DECLARAÇÃO,
* Apesar dessa distinção técnica, alguns órgãos públicos utilizam o nome de
declaração. ATESTADO, CERTIDÃO ou CERTIFICADO.

0h
87
 b) Corpo: texto com a afirmação sobre o interessado. com os candidatos, o currículo de cada um deles e um
c) Local e data: geralmente centralizados. parecer propondoo aproveitamentode AlbertoXis,
d) Assinatura: geralmente centralizada. Aline Zê e Augusta Erre, aprovado peloCoordenador
e) Identificação do signatário: geralmente centralizada; da Comissão de Recrutamento e Seleção, Deocrácio
traz nome numa linha e cargo na outra. Eme, em 10 de setembro de 2009.
b) Análise: início do conteúdo argumentativo, traz o
Exemplo: confronto entre o dadoda realidade e a norma apli
cável -trata-se de verificar se o que ocorreou ocorreu
1. Título DECLARAÇÃO/ATESTATO/CERTIDÃO/
CERTIFICADO
estádeacordo com a lei, o regulamento, o regimento,
o orçamento, a portaria etc. Exemplo18:
DECLARO/ATESTO/CERTIFICO que...
2. Corpo Segundo a Norma 2007/312, de 7 de maio de
2007, a contratação de funcionários para o Insti
tuto só pode dar-se por meio de concurso público.
Ao ignorar essa determinação, o Coordenador da
3. Local e data Brasília, 6 de abril de 2009. Comissão de Recrutamentoe Seleçãoagiu de forma
4. Assinatura
irregular e tornou anulável a contratação dosfuncio
Fulana de Tal nários admitidos em 10 de setembro de 2009.
5. Identificação NOME
do signatário Cargo c) Conclusão: segunda parte argumentativa, traz ava
liação da situação [normal ou anormal, regular ou
irregular) e sugestão de providências. Exemplo19:

àrio
Relatório -<r'POSIÇÃO SOBRE
SITUAÇÃO
Definição
Étexto administrativo escrito para prestar conta de
trabalho realizado.
O relatório subsidia decisão a ser tomada pelo destina
tário. Por isso, é sempre conclusivo: apresenta sugestão de
caminho a sertomadopelosuperior, a quemdirigido, a partir
do exame direto da situação feito pelo autor.
O relatório não é simplesrelato do ocorridoou presen
ciado (narração). Deve trazer a posição do signatário sobre
a situação examinada, o que significa dizer que é um texto
argumentativo.
Tipos
No âmbito administrativo, pode ser de:
a) Função: escrito emrazão defunção desempenhada.
Exemplo: documentomensal emitido peloresponsá
vel por órgão regional, para dar conta do ali ocorrido
no período.
b) Missão: escrito em razão de trabalho específico atri
buído a pessoa ou equipe, a ser realizado durante
período de tempo definido.
Composição
O relatórioserve para apoiara decisãodosuperiorsobre
o assunto. Por essa razão, inclui necessariamentetrês tipos
de conteúdo:
<
tf»
a) Registro: parte expositiva; traz os dados da realidade
u
obtidos porobservação direta dasituação, exame de
(9
3
documento ou entrevista. Exemplo17:
H
oe
O
o. OprocessoRH-2009/203 trata da contrataçãode
< três funcionários para a Secretaria de Informática do
z
Instituto. No dossiê, estão os relatórios de entrevista
Adaptadode Argumentação e Relatório.
Assim, a equipe entende que a situação quanto
à contratação de pessoal no Instituto é irregular e
propõe as seguintes providências:
a) determinar que sejam anulados os contratos dos
funcionários admitidos sem concurso em 10 de
setembro de 2009, processo RH-2009/203;
b) multar o responsável,comfundamento no art. 59
da Norma 2001/15,de 6 de janeirode 2001,em
RS 3.500,00.
Forma
O relatório pode adotar a forma de um memorando co
mum (verMemorando). Podetambém aparecer em forma
específica, por exemplo:
a) TÍTULO;
b) Vocativo;
c) Corpo;
d) Local e data;
e) Assinatura;
f) Identificação do(s) signatário(s).
Ocorpooutexto propriamentedito vemorganizado em:
a) Introdução: geralmente contém identificação do
trabalho - quem fez esse trabalho, quando, onde,
determinação(quemou que documento determinou
a missão), objetivoe abrangência (foco) - e metodo
logiaadotada na missão. Exemplo20:
1. Atendendo a determinação do Memorando
115-YY, de 23 de março de 2009, a equipe for
mada pelos auditores Pedro Branco e Eunice
Azul esteve no Instituto Alfa, no período de 10
a 31 de julho de 2009, para apurar denúncia de
irregularidade na contrataçãode pessoaldurante
o primeiro semestre de 2009.
'* Adaptado de Argumentação e Relatório.
" Adaptado de Argumentaçõo e Relatório.
w Adaptado de Argumentaçõo e Relatório.

88
0&\

2. Aequipe analisou todos os documentos de con d) Parecer: início da parte argumentativa do parecer,
/PS
tratação do período de abrangência da missão, apresenta a análise (confronto entre os dados do
além de ter entrevistado os responsáveis pela processo analisado e a norma correspondente).
área de recursos humanos do Instituto. e) Conclusão: posição sobre o assunto.
f) Local e data: geralmente centralizados.
b) Desenvolvimento: pode vir organizado de duas ma g) Assinatura: geralmente centralizada.
neiras:
h) Identificação do signatário: nome e cargo, geral
mente centralizados.
• Estrutura tradicional: primeiro são apresentados
todos os registros, num único bloco de texto, e de
Este é um exemplo de estrutura para o parecer:
pois toda a análise, também num único bloco.
r
• Estrutura de revezamento: "cada registro éseguido PARECER
da correspondenteanálise. Há, neste caso, alternân
cia entre exposição e argumentação"21.
Processo
456/2009-SAV.
Ver exemplos de parágrafos de registro e análise no subtítulo
Contrato de
Composição.
manutenção para
impressoras.
c) Conclusão: fecho do relatório. Ver subtítulo Compo
sição. Sr. Chefe do Departamento ...,

I - Relatório

POSIÇÃO NUM
Parecer

< PROCESSO
1.

Definição
Textoadministrativo que defende posição, principalmen II-Parecer

te técnica, sobre alguma proposta, de forma a subsidiar o

3.
destinatário na tomada de decisão.
O parecer apresenta sugestão ao destinatário, com 4.
base em análise feita do ponto de vista específico da área
de atuação do autor. Por exemplo, um parecer jurídico faz
a análise da proposta em estudo do ponto de vista jurídico.
Conclusão

Parecer x relatório 5.
Os dois documentos têm natureza similar:
a) são conclusivos: são escritos para ajudar o destinatário
a decidir e, por isso, trazem sempre uma sugestão; Brasília, 7 de agosto de 2009.
b) são argumentativos: defendem uma posição, apre
sentada na conclusão; Assinatura

c) têm composição idêntica: exposição, análise e con NOME

/Ps clusão e, portanto, estrutura igualmente idêntica (ver Cargo
Declarações).

Oque distingue os dois documentos é o objeto: enquanto

o relatório traz posição sobre uma situação que é examinada
diretamente, o parecer traz posição sobre um processo ou
proposta.
Despacho
< DECISÃO

Forma
O parecer pode ser organizado da mesma maneira que
fü^
o relatório (ver Declarações), mas pode assumir uma sub
divisão diferente, por exemplo:
a) Título: identificação do documento. Exemplo: "PARE
CER ..."
b) Ementa: resumo do teor do documento.
c) Relatório: parte expositiva do parecer. O conteúdo
informativo [registros sobre o processo) aparece
muitas vezes com este subtítulo.
Argumentação e Relatório.
Definição
Éo texto que traz a decisão da autoridade sobre o assunto
de que trata documento ou processo.
Quanto ao caráter da decisão, o despacho pode ser de:
• encaminhamento: dá andamento ao assunto;
• solução: resolve de vez a questão.
Quanto ao conteúdo, pode ser:
• sintético: traz apenas a decisão, em uma ou poucas
palavras ("De acordo", "Aprovo", "Defiro" "De acordo,
exceto quanto a..." etc). Exemplo:

89
 DESPACHO O trecho seguinte poderia ser adequadamente parte
Em 18 de janeiro de 2012. de um memorando:

De acordo. A principal dificuldade é técnica. Não temos

/®\
equipamento adequado parafazer o processamento.
NOME
Cargo Oexpediente informativo pode conter desenvolvimento
e conclusão, embora essas partes não sejam obrigató
• analítico: apresenta considerações para fundamentar rias.
a decisão, em texto de extensão variável. Exemplo 10. Quando houver a necessidade de que a correspon
(completo):
dência tenha valor documental, não se pode utilizaro
correio eletrônico.
DESPACHO
11. 0 ministro escreveu uma exposiçãode motivosao pre
Em 18 de janeiro de 2012.
sidente da República propondo o envio de mensagem
ao Congresso Nacional. As duas modalidades de texto
Considerando que o pedido não está respaldado pela
documentação necessária, segundo define a Lei..., de ..., sublinhadasestão corretamente empregadas.
indefiro.
12. Aexposiçãode motivos obedece, na forma, ao padrão
ofício.
13.
NOME
Cargo (Assunto: Orçamento. ~1
Forma I Encaminhamos proposta para o orçamento|
do próximo período [...]
Tem, em geral, as seguintes partes: | Respeitosamente, |
a) TÍTULO: a palavra DESPACHO, em maiúsculas; FULANO
b) Data: precedida de "Em", mês por extenso, termi i^_ Diretor _J
nada por ponto;
c) Corpo: texto da decisão; Desconsideradas as normas sobre margens e espa
d) Assinatura e identificação do signatário (nome çamentos, o trecho acima poderia ser considerado
numa linha e cargo na outra). como sendo parte adequada de um ofício ou de um
memorando.

EXERCÍCIOS
Deacordocomas normasda redaçãooficial, julgue os itens
seguintes.
1. "Não me parececorretaa solução proposta porVossa
Senhoria" é fraseinadequada paraumtextooficial por
não estar de acordo com o atributo da formalidade.
2. O trecho "A solução implica em treinar os atendentes
para utilizar o novo sistema" vai contra o atributo de
uso do padrão culto de linguagem.
3. Vocativo correto em memorando dirigido a um chefe
de setor:"Senhor Chefe de Setor" seguido de vírgula.
4. O tratamento devido para um reitor de universidade é
"Magnífico Reitor".
5. "É plausível que, ao contrário do que se acredita, até por
desconhecimento, a solução mais apropriada não seja a
defendida noprojeto" é inadequado primeiro parágrafo
de ofício de resposta.
6. O trecho seguinte poderia ser adequadamente parte
de um relatório:
14.
[ Dessa forma, entendemos que o contrato não)
deva ser firmado.
I I
Brasília, 14 de setembro de 2009.
FULANO
Assessor Jurídico
L J f^$\
O trecho é parte de um parecer.
15. Julgue os itens.
a) A linguagem do correio eletrônico é menos formal
que a do ofício, em razão da flexibilidade caracterís
tica daquele meio.
b) A primeira linha de identificação do destinatário,
num ofício, pode ser adequadamente preenchida
com a expressão "A Sua Senhoria a Senhora".
c) Ovocativo para um senador é "Senhor Senador,".

O servidorinformou à equipe que o Setornunca Julgue os itensa seguirquanto à identificação da modalidade

fez conferência do estoque. de texto adequada à situação.
16. Presidente da República envia a subordinados mensa
7. O trecho seguinte poderia ser adequadamente parte gem de final de ano. (Mensagem) /TãiK
de uma ata: 17. Ministro propõe ao presidente da República a edição
19 de medida provisória. (Aviso)
Z
Apropostafoi aprovada comdez votosfavoráveis 18. Analista encaminha ao superior prestação de contas de
e três contrários. missão realizada. (Relatório)
/^\

90
â9\ Com base nas normas da redação oficial, julgue os itens
seguintes.
19. O tratamento adequado para um Almirante é Vossa
Senhoria.
20. Ofício, aviso e memorando são modalidades de texto
parcialmente distintos quanto à forma.
Cespe/Detran-DF/Auxiliar de Trânsito/2009
Texto para os itens de 21 a 31.
Considere a hipótese de que o documento a seguir tenha
jffflSS
sido redigido para ser encaminhado ao diretor de segurança
no trânsito do DETRAN/DF.
Memorando ne 3/NUCET
Em 5 de fevereiro de 2009.
AoD.D. Diretor de Segurança no Trânsito do DETRAN/
/pis
DF
Assunto:
(flPS
Tem ocorrido, em anos anteriores, excessos de
motoristas quanto à perigosa mistura bebida + dire
/PS ção, nos dias de folia carnavalesca, onde a ingestão
de bebidas alcoólicas se eleva, em nome da descon-
/|9^
tração e da alegria próprios dos brasileiros.
2. Nessa época, desaparecem as diferenças entre
pobre e rico, jovem e velho, mulheres e homens,
e todos se lançam à folia, como se o mundo fosse
acabar amanhã.
3. Por causa disso, solicito à Vossa Senhoria a
presença do Grupo de Teatro do DETRAN na Praça
do Dl,reduto dos foliões mais intempestivos, onde se
verificam muitas ocorrências de trânsito irresponsá
vel, no intuito de intensificar as atividades educativas
em Taguatinga, neste ano.
4. Certo de contar com vossa atenção, já demons
/p\ trada em preitos anteriores, coloco-me à disposição
para o que for de seu desejo.
Atenciosamente,
FSFilho
/ps Chefe do Núcleo de
Campanhas Educativas de Trânsito
/fSS
Combase no texto apresentado e no que estabelece o Manual
de Redação da Presidência da República acerca da comunica
ção oficial, julgue os itens a seguir.
21. Não é indicada a forma de memorando para transmitir
mensagens de solicitação, como a contida no texto apre
sentado; a modalidade correta de expediente oficial, nesse
caso, seria o requerimento, uma vez que o signatário do
texto solicita algo que o destinatário pode ou não conce
der ou deferir.
Por ser expedido por um chefe de núcleo a um dire
22.
tor-cargos situados em níveis hierarquicamente dife
ijjlP* rentes -, o texto em questão deve ser substituído pela
modalidade ofício, mesmo se tratando de comunicação
interna.
/Ps 23. Está correto o emprego do tratamento "Vossa Senho
ria", no terceiro parágrafo do documento em questão,
pis
mas incorreto o uso do pronome possessivo de segunda
0^>
pessoa do plural no quarto parágrafo: "vossa atenção".
24. A designação do destinatário foi expressa de acordo
com o estabelecido nas normas de comunicação oficial
acerca do memorando.
25. O destinatário do memorando apresentado ocupa car
go hierarquicamente superior (diretor) ao do emissor
(chefe de núcleo). Emvista disso, o fecho correto para
esse documento deveria ser: Respeitosamente.
Com relação à correção gramatical e à adequação da lin
guagem do texto apresentado às necessidades da redação
oficial, julgue os itens seguintes.
26. Por tratar-se de expediente oficial, não cabem, no me
morando, comentários e impressões pessoais, como
os que se verificam no segundo parágrafo do texto em
apreço.
27. Considerando-se concisão e uniformização - dois dos
princípios que regem a comunicação oficial -, o quar
to parágrafo é inteiramente suprimível, sem que haja
prejuízo para o entendimento, pelo destinatário, do que
solicita o emissor no memorando.
28. Considerando-se as duas ocorrências do advérbio
"onde", primeiro e terceiro parágrafos do documento,
apenas na primeira respeitam-se as normas do padrão
escrito formal da língua portuguesa para o emprego
desse advérbio.
29. Considerando-se as normas gramaticais do padrão es
crito da língua portuguesa, constitui erro o emprego do
acento indicativo de crase antes de "Vossa Senhoria",
no terceiro parágrafo.
30. Alterando-se a ordem dos enunciados do terceiro pará
grafo, uma forma estruturalmente correta de reescrever
o início do parágrafo é: "No intuito de intensificar as
atividades educativas em Taguatinga, neste ano, soli
cito...".
31. No quarto parágrafo do documento em questão,
emprega-se erroneamente "preitos" em vez do seu
parônimo pleitos.
No que se refere à correção gramatical e adequação da
redação oficial, julgue os próximos itens.
32. Expediente que seja emitido em qualquer repartição
do Detran/DF e se destine ao diretor-geral desse ór
gão deverá apresentar, no texto, o tratamento "Vossa
Excelência".
33. Emofícioencaminhado pelo diretor-geral do Detran/DF
a ministro de Estado, o emprego do vocativo "Senhor
Ministro," é considerado correto, de acordo com as
normas estabelecidas para a redação oficial.
34. Em expediente que se origine em qualquer diretoria do
Detran/DF e se dirija a uma deputada, estarão corretos
o emprego do vocativo "Senhora Deputada," e o trata
mento "Vossa Excelência".
35. Utilizado para o envio antecipado de documentos, o fax
pode ser arquivado tal como recebido, desde que subs
tituído pelo documento original no prazo de 3 meses.
r—s.
36. A troca de mensagens por correio eletrônico adquire
<
valor documental, em órgãos do Poder Executivo, tf>
UJ
a partir do momento em que o destinatário confirma 3
o recebimento da mensagem. 3
I-
37. Nas repartições públicas, estão aptos a fornecer ates tc
O
tados os ocupantes de cargo de diretoria ou os de nível a.
superior a esse, sob pena de invalidade do documento. <
3
38. Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa, 19
Z
a concisão é regra fundamental na redação oficial do -j
telegrama.
91
 Cespe/Detran-DF/Analista de Trânsito/2009
Texto para os itens de 39 a 47.
Considere que Juarez Alencar Cabral, candidato ao cargo
de Analista de Trânsito do Detran/DF, desejando dedicar-se
integralmenteao estudo dos conteúdosque seriamexigidos
nas provas do respectivo concurso, tenha redigido,em tom
gracioso, a seguinte carta para sua noiva.
BSB, 8/3/2009.
Excelentíssima Senhorita:
1. Oabaixo-assinado, aluno compulsivode cursos
preparatórios para concursos públicos, dotado da es
perança férrea de se tornar brevemente um eminente
funcionário público, vem, muirespeitosamente, por
meio desta informar a Vossa Senhoria que se inscre
veu para o provimento de vaga no cargo de Analista
de Trânsito do Detran/DF,e, por esse relevante mo
tivo, suspende por tempo indeterminado o noivado
que mantém com a Excelentíssima Senhorita, para
se dedicar integralmente ao estudo das matérias
constantes do respectivo edital.
2. Aproveito o ensejo para manifestar-lhe tam
bém, outrossim, a intenção de retomar, tão logo
seja aprovado, minhas funções de noivo junto a
Vossa Excelentíssima, haja visto o grande amor que
te devoto.
3. Reitero protestos de estimaè consideração.
L-A_._C_a__b_r_a_l
JUAREZ ALENCAR CABRAL
Com relação à carta apresentada na situação hipotética
acima e com base no que dispõe o Manual de Redação da
Presidência da República acerca de comunicações oficiais,
julgue os itens.
39. Aformade identificação do signatário da cartacoincide
coma recomendadapara as comunicações oficiais, que
deve conter os seguintes elementos: a assinatura do
remetente, a linhacontínua para se apor a assinatura,
o nome da autoridade que expede a comunicação
grafado em maiúsculas e o alinhamento centralizado.
40 Ofecho queconsta nacarta- empregado durante muito
tempo em expedientes oficiais de variada natureza - é
permitido, atualmente, somente em mensagens cujo
signatário seja servidor que se dirija a ocupante de
cargo imediatamente superior.
41 Avariedade de tratamento verificada na carta,tanto no
empregode pronomes pessoais quanto no de prono
mes de tratamento, não deve ocorrer em documentos
oficiais, pois compromete a modalidade de linguagem
que deve ser empregadaem redaçãooficial.
42 Acarta,apesarde escrita emtomjocoso, seguea norma
de numeração que deve ser aplicada aos parágrafos
3 contidos no texto do padrão ofício, princípio que tem
3
H-
o objetivo de facilitar a alusão a qualquer informação
C£ do documento.
O
Q. 43 Caso se tratassede ofício expedido emrepartição públi
<
3 ca, a carta teria de sofrer várias alterações. Umadelas
é a necessidade de fazer constar, à margem esquerda
superior, o tipo e o número do expediente,seguidos da
siglado órgão que o expede.
92
44. A indicação de "local e data" da carta está em confor
midade com as normas do padrão ofício expostas no
Manual de Redação da Presidência da República.
Em relação a expressões e palavras empregadas na carta,
julgue os itens seguintes.
45. Nosegundo parágrafo, seria adequado substituir"haja
visto" por qualquer uma das seguintes expressões:
dado, tendo em vista, haja vista.
46. No segundo parágrafo, o advérbio "outrossim", fre
qüente em expedientes oficiais, está empregado de
forma redundante por estar antecedido do advérbio
"também".
47. Aexpressão "vem[...] por meiodesta" utilizada no pri
meiro parágrafo, apesar de ser considerada redundante
em comunicações oficiais,tem seu emprego recomen
dado quando se quer assegurar o entendimento correto
do texto.
Cespe/Detran-DF/Analista de Trânsito/2009 -
com adaptações
Julgue os itens de 48 a 51 quanto ao emprego da norma
escrita formal em comunicações oficiais.
48. Ambas as construções serão tidas como corretas, se
/$ls
figurarem em um expediente oficial:
1. Essessão os recursos de que o Estadodispõe.
2. O Governo insiste que a negociação é importante.
r$!\
49. Foram empregadas com correção semântica todas as
palavras sublinhadas nosseguintesperíodos: Optou-se
por uma dissensão lenta e gradual ao se reintroduzir o
país ao Estadode Direito.Trataro públicocom distinção
é obrigação de todo atendente de repartição pública.
Adiscussão do projeto de leitornou-se acirrada quando
afloraram as distensões nas hostes oposicionistas.
50. Na elaboração detextooficial, como norma geral, deve
ser evitada a repetição de palavras, buscando-se sinô
nimo ou termo mais preciso para substituir a palavra
repetida. No entanto, se a substituiçãocomprometer
a inteligibilidade e a coesão do texto, recomenda-se
manter a repetição.
51. Estão corretamente empregadosos parônimosdestaca
dosemnegrito noseguinte período: Aadministração de
um medicamento raramente prescritono Brasil acabou
de ser proscrita nos EUA.
A respeito da redação de expediente, julgue os próximos
itens. 0S\
52. Em ofício dirigido a uma senadora e cujo signatá
rio seja um diretor de um órgão público, deverão
ser empregados o vocativo "Senhora Senadora," e o
pronome de tratamento "Vossa Excelência", devendo
estar flexionados no feminino os adjetivos que se
refiram à destinatária, como se verifica no seguinte
enunciado: "Vossa Excelência ficará satisfeita ao saber
que foi indicada para presidir a sessão."
53. O envio de documentos, quando urgente, pode ser
antecipado por fax ou por correio eletrônico, sendo
recomendados o preenchimentode formulário apro
priado (folha de rosto), no casodo fax, e a certificação
digital, no caso do e-mail.
fwH\
54. Nocasode relatórioque requeira providências a serem
tomadas, um dos fechos recomendados é o seguinte:
Esperando que o relatório expressefielmente osfatos,
pede deferimento.
/P?\

Considere que um servidor do Detran/DF tenha redigido um GABARITO

documento oficial para convidar um embaixador a proferir
palestra no órgão e que o trecho a seguir componha tal 1. E 21. E 41. C
documento. 2. C 22. E 42. E
3. E 23. C 43. C
Memo n8 6/DIR 4. E 24. E 44. E

(ÜS Em 8 de março de 2009. 5. C 25. C 45. C

Excelentíssimo Senhor MARKJERTRUTZ, 6. C 26. C 46. C
7. C 27. c 47. E
8. C 28. E 48. E
Convido Vossa Excelência para proferir palestra
9. E 29. C 49. E
na sede do Detran/DF sobre as medidas tomadas em
10. E 30. C 50. C
vosso país para melhorar as condições de trânsito 31. C 51. C
11. C
/SN nas grandes cidades. 12. E 32. E 52. C
13. E 33. C 53. C
Considerando essa situação hipotética, julgue os próximos 14. C 34. C 54. E
itens. 15. E,E,C 35. E 55. E
55. Foiadequada a escolha da forma memorando, visto que o 16. E 36. E 56. E
convite, geralmente, constitui uma comunicação curta. 17. E 37. E 57. E
56 Atende às normas de elaboração do memorando o 18. C 38. C 58. C

emprego do vocativo com o nome do embaixador. 19. E 39. E 59. C

20. C 40. E 60. C
57 Atende à prescrição gramatical o emprego do prono
me possessivo "vosso" no corpo do texto, dado que o
tratamento empregado foi Vossa Excelência.
REFERENCIAS
Cesgranrio/EPE/Assistente Administrativo Jr./2009
BRASIL. Presidência da República. Manual de Redação da
58. No quadro abaixo, indique a forma de tratamento e sua Presidência da República / Gilmar Ferreira Mendes e Nestor
José Forster Júnior. - 2. ed. rev. e atual. Brasília: Presidência
respectiva abreviatura, no singular, que estão incorre
da República, 2002. www.planalto.gov.br
tamente relacionadas ao título.
FORMA DE ABREVIA
TÍTULO LEITÃO, Everardo. Argumentaçãoe Relatório. Brasília: Texto,
tratamento TURA (singular)
1998.
a) Altas autoridades Vossa Excelência V.Exa

b) Reitores de Vossa V. Mag»

Universidades Magnificência
c) Príncipes, duques Vossa Majestade V.M«

d) Cardeais Vossa Eminência V.Emü

e) Sacerdotes Vossa V.Rev™

Reverendíssima

Cespe/M MA/Agente Administrativo/2009

Julgue o item, acerca de redação oficial e correção gramatical.

59. Na oração "Segue anexa a nota editorial", foi atendida
regra de concordância nominal, visto que o adjetivo
"anexa" está no feminino para concordar com a expres
são no feminino "a nota editorial", que exerce a função
de sujeito da oração.

Cespe/TST/Analista/2008

"O mundo do trabalho tem mudado numa velocidade verti

ginosa e, se os empregos diminuem, isso não quer dizer que
o trabalho também.
Só que ele está mudando de cara. Como também está mu
dando o perfil de quem acaba de sair da universidade, da
mesma forma que as exigências da sociedade e - por que
não? - do mercado, cada vez mais globalizado e competitivo."

60. A interpretação coerente das idéias do texto permite as

sociar "ele" tanto com "trabalho" quanto com "mundo
do trabalho". Ambigüidades assim devem ser evitadas
na redação de textos oficiais.

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