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Código:41190565
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Índice
1.0 Introdução.........................................................................................................................................3
2.0Fundamentação teórica.....................................................................................................................4
Conclusão................................................................................................................................................5
6.0Bibliografia........................................................................................................................................6
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1.0 Introdução
Moçambique é um país lusófono e tem uma diversidade linguística composta por mais de vinte
Línguas Bantu que concorrem com o português como língua oficial. Há desvio à norma-padrão
causado pelo contato e interferência das Línguas Bantu. O fato importante é que “a língua se
transforma, isto é, estruturas e palavras que existiam antes não ocorrem mais ou estão deixando
de ocorrer; ou, então, ocorrem modificadas em sua forma, função e/ou significado.”
(FARACO, 2005, p.16). Sabe-se que toda língua apresenta variação, que é sempre
potencialmente um desencadeador de mudança. Como “a mudança é gradual, é necessário
passar primeiro por um período de transição em que há variação, para em seguida ocorrer a
mudança.
Este trabalho tem como foco o estudo da regência verbal no português moçambicano trazendo
exemplos comparativos com o português Europeu
1.1 Objectivos específicos:
Conceitualizar regência verbal;
Caracterizar o português falado em Moçambique;
Identificar a regência verbal existente no português falado em Moçambique
1.2 Metodologia
A pesquisa realizada neste trabalho foi classificada como descritiva, pois, se buscou para a
construção do referencial teórico explorar o tema a partir de uma pesquisa bibliográfica,
ferramenta que permitiu a exploração mais profunda sobre o tema, como também, buscou-se
realizar uma pesquisa de campo com a finalidade de recolher e registar os dados que
embaçassem mais precisamente o assunto.
O presente trabalho para uma fácil compreensão se encontra dividido em capítulos, títulos e
subtítulos e estão postos em negrito ou itálico as partes necessárias para uma boa percepção.
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2.0Fundamentação teórica
Neste capítulo apresentam-se diversas literaturas que trazem uma abordagem teórica
relacionada a este trabalho e que foram objectos de análise crítica, trazendo desta forma
algumas ideias que foram construídas por outros autores em relação ao mesmo tema.
Regência verbal é a relação que existe entre um verbo e o termo da oração que o complementa,
ou seja, a regência verbal é estabelecida entre o verbo e os complementos verbais. Ressaltar
que na regência verbal há um termo regente que estabelece uma relação com um termo regido.
O termo regente é sempre o verbo e o termo regido é o complemento verbal. Quando um termo
regido é um objecto directo , a regência verbal é estabelecida através de uma preposição.
Exemplo de regência verbal
Estudos tentam mostrar que o rumo da Língua portuguesa em Moçambique é bem diferente do
determinado pelo sistema colonial, consequentemente pela norma-europeia. Defender que
existe norma-europeia e outra moçambicana é ao mesmo tempo aceitar que “as línguas mudam
com o passar do tempo” e os contextos sociolinguísticos podem provocar variação e mudança.
Faraco (2005) e Faria (2003) mostram que as mudanças de uma língua podem afetar os
seguintes sistemas: fonético-fonológico, morfológico, sintático, semântico e pragmático, só que
o mais desmascarado é o léxico, (p. 34-43).
Garmadi (1983º) explica que o português moçambicano é uma variante diferente do português
europeu e precisa ser mais aprofundado procurando cada vez mais espaço da sua afirmação
legal- a padronização. “Falar de uma variedade é apenas reconhecer a existência de um ou de
vários conjuntos de diferenças, de uma ou de várias variedades e recusar estabelecer entre essas
variedades numa hierarquia (pág. 29).
Esses fenômenos linguísticos são causados pelo contato entre línguas, pelo surgimento de
realidades sociais, culturais, políticas e econômicas bem diferentes ou mesmo pela diferença de
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classes sociais. Entendemos por variação linguística a forma como uma determinada
comunidade linguística se diferencia de outra, sistemática e coerentemente tendo em conta os
contextos sociais. A variação se manifesta em diversos níveis:
Os verbos transitivos indiretos estabelecem regência com o objeto indireto com a presença
obrigatória de uma preposição.
O objeto indireto responde principalmente às perguntas de quê? para quê? de quem? para
quem? em quem?.
Quando indicam destino ou direção = ir a, ir de, ir para, voltar a, voltar de, voltar para, chegar
a, chegar de, chegar para.
Verbo assistir
Verbo aspirar
Verbo visar
Verbo querer
Verbo obedecer
Verbo responder
Verbo agradar
Com sentido de informar com antecedência = avisar a, comunicar a, advertir a, prevenir a,…
Verbo perdoar
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Nunca perdoarei a minha mãe por me ter abandonado.
Verbo pagar
Os verbos transitivos diretos estabelecem regência com o objeto direto sem a presença
obrigatória de uma preposição.
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Conclusão
Por meio de todos os teóricos apresentados neste estudo, entende-se que
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6.0Bibliografia
Cunha, Celso e Cintra. (1984). Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa. 13ª
Edição.: João Sá da Costa.
Mateus et al. (1990). Fonética, Fonologia e Morfologia do Português. Lisboa: Universidade
Aberta
Azeredo, J.C. (200) Fundamentos de Gramática do Português. Rio de Janeiro: Zahar.
Bagno, M.(1999) Preconceito linguístico: o que é, como faz. 37ª ed. São Paulo: Loyola.
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