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Código: omabalane@isced.ac.mz
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 3
Objectivos do Trabalho ................................................................................................................... 3
Metodologias ................................................................................................................................... 3
Regência verbal ............................................................................................................................... 4
Regência verbal e padrões oracionais .............................................................................................. 5
Regência verbal no português de Moçambique ............................................................................... 5
Conclusão ........................................................................................................................................ 8
Bibliografia ...................................................................................................................................... 9
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Introdução
Objectivos do Trabalho
Metodologias
Ao longo da pesquisa recorremos também à pesquisa bibliográfica, pois, de acordo com KOCHE
(1997:122) “se desenvolve, tentando explicar um problema, utilizando o conhecimento
disponível a partir de teorias publicadas em livros ou obras congéneres”.
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Regência verbal
LUFT, C. (2010:5) afirma que sendo o termo regência derivado de reger, „governar, comandar,
dirigir‟ é natural que regência signifique „governo, comando, direcção‟.
Ainda segundo LUFT, os artigos, pronomes, adjectivos e numerais são regidos pelos
substantivos, que lhes comandam a forma pelo processo da concordância nominal. Quando
sujeito, o substantivo (nome ou pronome) rege ainda o número e a pessoa do verbo pelo processo
da concordância verbal.
Para LUFT (2010:5), regência serve para designar a subordinação peculiar de certas estruturas
por palavras que as requerem ou prevêem na sua significação ou nos traços semânticos. Essas
estruturas compõem com as palavras que as requerem um complexo significativo – estruturas
regidas “completam” com os núcleos regentes um todo semântico, motivo por que se denominam
“complementos”.
Ora, o verbo colocar exige, prevê ou pressupõe, na sua significação, além do agente, objecto (s) a
movimentar e um lugar – meta. Por exemplo:
Ao facto de o verbo reger complementos chama-se “regência verbal”; outros casos de palavras
substantivas ou adjectivas que regem complementos constituem o que se denomina “regência
nominal”. Exemplos:
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Como se sabe, o verbo é a palavra cuja presença caracteriza a frase. Na acepção de regência, o
verbo (não sendo de “ligação”: ser, estar e semelhantes) rege todos os termos da oração; na
acepção restrita, rege os complementos. Para clarear esta ideia, é importante recorrer à noção de
padrões oracionais. Regência verbal é a relação que existe entre os verbos e os termos da oração
que os complementam (objecto directo, objecto indirecto e oblíquo), bem como os termos
acessórios da oração que os caracterizam (adjunto adverbial). O objecto directo, o objecto
indirecto e oblíquo fazem parte dos complementos verbais das frases, completando o sentido de
verbos transitivos directos e indirectos que, sozinhos, possuem significado incompleto.
Segundo LUFT, a língua prevê moldes sintácticos segundo os quais se constrói toda e qualquer
frase efectiva. Tais moldes, são constituídos por quatro posições básicas correspondentes às
funções primárias da oração: 1. Sujeito (S), 2. Verbo (V), 3. Objecto (O) verbais ou predicativos
(Pvo), 4. Adjuntos (A) Adverbiais. Complementos verbais são o objecto directo (OD) e o objecto
indirecto (OI) e oblíquo, distinção devida a ausência/presença de preposição na ligação
directa/indirecta do complemento ao verbo: amar alguém/ gostar de alguém. Predicativo é o
ocupante da posição 3 quando o verbo é de ligação (ser, estar e semelhantes). Adjuntos
adverbiais são os elementos que exprimem circunstâncias – modo, tempo, lugar, meio, etc.
De uma forma geral, os falantes do português de Moçambique (PM) também usam os verbos
incluídos neste dicionário de acordo com a norma padrão europeia. Essas ocorrências não foram
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aqui incluídas, uma vez que apenas se pretende registar os casos em que a variedade
moçambicana se distingue dessa norma.
Neste dicionário, estão incluídas as frases em que houve alterações na categoria sintáctica dos
complementos verbais ou na escolha da preposição que introduz complementos preposicionados.
Estão no primeiro caso os exemplos (6a) e (6b), em que o complemento nominal do verbo no PE
padrão está realizado como um SP (6a), ou o complemento preposicionado está realizado como
um SN (6b). Está no segundo caso o exemplo (6c), em que é usada a preposição de, e não a
preposição em, requerida pelo verbo no padrão europeu.
(1) a. convidou [SP aos órgãos de comunicação social] (PE = convidou [SN os órgãos de
comunicação social])
b. não pode conversar [SN coisas íntimas] [SP connosco] (PE = não pode conversar [SP sobre
coisas íntimas] connosco)
(8) a. [o meu irmão] foi oferecido [SN um livro] [SP pelo meu pai]
PM: frase na voz activa = o meu pai ofereceu [SN o meu irmão] [SN um livro] (PE = o meu pai
ofereceu um livro [SP ao meu irmão])
PM: frase na voz activa = padres abusaram sexualmente [SN os rapazes] (PE = os padres
abusaram sexualmente [SP dos rapazes])
Nos casos em que o agente da passiva não está presente, optou-se por colocar um pronome
genérico, alguém na posição de sujeito da frase activa (exemplos (4)). Nos casos em que a
posição de sujeito da frase passiva está vazia, colocou-se uma forma átona do pronome pessoal
na contraparte activa (cf. nos em (4b), “equivalente” ao pronome nós da frase passiva, se a
posição de sujeito estivesse preenchida lexicalmente). Exemplos:
PM: frase na voz activa = [alguém] dá [SN os jovens] [SN responsabilidades de família] (PE =
alguém dá responsabilidades de família [SP aos jovens])
Estes foram, por exemplo, os objectivos de Gonçalves & Justino (2020), em que se propõe um
conjunto diversificado de exercícios de descrição do comportamento sintáctico dos verbos nas
variedades moçambicana e europeia do Português.
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Conclusão
Bibliografia
GONÇALVES, Perpétua & JUSTINO, Víctor (orgs.). 2020. Caderno de Pesquisa nº 3: Regência
Verbal no Português de Moçambique: Exercícios. Maputo: Imprensa Universitária.
LUFT, C. (2010) Dicionário Prático de Regência Verbal, 9a Ed., Editora Ática, São Paulo.