Você está na página 1de 11

1

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUES

CADEIRA DE FONÉTICA E FONOLOGIA DO PORTUGUÊS

TEMA: PROCESSOS PÓS-LEXICAIS

Cremilde Pascoal Nhavotso CODIGO 41200182

Maxixe, Março, 2022


2

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUES

TEMA: PROCESSOS PÓS-LEXICAIS

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de PORTUGUES da UNISCED.

Tutorː Dr.Olga Nhacarize

Cremilde Pascoal Nhavotso CODIGO 41200182

Maxixe, Março, 2022


3

Índice
1.Introdução.....................................................................................................................................4

1.1.Objectivos..................................................................................................................................4

1.1.1.Objectivo Geral.......................................................................................................................4

1.1.2.Objectivos Especificos............................................................................................................4

1.2.Metodologia de Pesquisa...........................................................................................................4

2.Fundamentação Metodológica......................................................................................................5

2.1.Processo pós- lexical..................................................................................................................5

2.2.Os processos pόs-lexicais existentes no Português Europeu.....................................................5

2.3.Formação de novas palavras......................................................................................................6

2.4.Distinção entre regras lexicais e pós-lexicais............................................................................9

2.4.Regras depreendidas no componente pós-lexical......................................................................9

3.Considerações finais...................................................................................................................10

4.Bibliografia.................................................................................................................................11
4

1.Introdução

A fonologia Lexical(FL) ao tratar da interação fonologia/morfologia, trouxe importante contribui


cação para a ciência da linguagem especialmente no que concerne a distinção entre a regra da
lexicais e pois lexicais. com advento da teoria da intimidade (TO), entre tanto houve uma
diminuição do interesse pela fenologia lexical e aos estudos praticamente desapareceram das
revistas especialmente internacionais a partir do meado da década 90. o trabalho organiza se com
base em partes, a introdutória, o Desenvolvimento ou fundamentação teórica sobre o processo
pós lexicais e por fim as considerações finais e as devidas referencias bibliográficas.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo Geral

 Desenvolver estudo sobre o processos pós-lexicais

1.1.2.Objectivos Especificos

 Definir o processo Pos lexicais


 Conhecer os processos pόs-lexicais existentes no Português Europeu
 Distinguir entre regras lexicais e pós-lexicais
 Regras depreendidas no componente pós-lexical

1.2.Metodologia de Pesquisa

A pesquisa trata de um tema da atualidade na língua portuguesa, tendo se utilizado o método de


abordagem qualitativo e quantitativo adquiridos por meios bibliográfica do tipo e virtual e
físicos. A pesquisa e revisão a literatura baseou-se também na busca de teses, dissertações, livros
e artigos científicos.
5

2.Fundamentação Metodológica

2.1.Processo pós- lexical

Segundo Goldsmith (1996, p. 9) as regras pós-lexicais se localizam em um componente próprio,


separado das regras lexicais. Os processos pós-lexicais ocorrem, geralmente nas fronteiras das
palavras e estão fora do escopo das derivações lexicais, pois já passaram pelo léxico e não estão
dentro do componente lexical da gramática da língua e seu output não deriva regras com
identidade lexical. Bisol (2017, p. 81) afirma que no componente lexical fonologia e morfologia
interagem, enquanto que no componente pós-lexical a interação não ocorre. As regras pós-
lexicais também não têm valor na distintividade.

Os compostos pós-lexicais, de modo geral, apresentam a sequência DM + DT, contrária à


seqüência do composto lexical, e são formados no componente pós-lexical. Os compostos pós-
lexicais constituem unidades semânticas, mascada constituinte deste tipo de composto funciona
independentemente das operações morfológicas

regras pós-lexicais, que não são cíclicas (não podendo ser repetidas ao longo dos processos pós-
lexicais); ocorrem nos limites de palavras por motivos diversos (como preservação da curva
melódica, eufonia, variação da velocidade de fala, entre outros); não respeitam o SP; não são
facilmente recuperadas intuitivamente pelo falante nativo; e não obedecem a SCC, podendo atuar
em formas tanto derivadas quanto não derivadas.

Os processos que não admitem excepções ou que apresentam uma variação dependente do
registo de fala são denominados processos pόs – lexicais e a sua actuação situa-se num nível
superficial da língua.

2.2.Os processos pόs-lexicais existentes no Português Europeu

Os processo pós lexicais existentes neste estudo são os seguintes:

1. Processos fonológicos por inserção de segmentos: adição de um segmento a uma palavra

a) Prótese – que consiste na adição de um som ou segmento no início de palavra

Exemplos: speculu > espelho mostrare > mostrar > amostrar


6

b) Epêntese - que consiste na adição de um som em posição medial de palavra.

Exemplos: humile > humilde umeru > umbro

c) Paragoge – que consiste na inserção de um segmento ou som no final de palavra.

Exemplo: ante > antes.

2. Processos fonológicos por supressão de segmentos: supressão de um segmento na articulação


de uma palavra.

a) Aférese – processo fonológico que consiste na subtracção ou eluminacao de um segmento ou


som numa dada palavra.

Exemplo: atonitu > tonto inamorare > namorar.

b) Síncope - processo fonológico que consiste na supressão ou retirada de um segmento ou som


numa palavra.

Exemplo: generu > genro veritate > verdade

c) Apócope - processo fonológico que consiste na supressão ou retirada de um segmento ou som


no fim de palavra.

Exemplo: crudele > cruel cruce > cruz

2.3.Formação de novas palavras

Pode ocorrer a supressão (haplologia) quando, da junção da forma de base e do sufixo, resultam
duas sílabas contíguas, iguais ou similares:

bondad(e) + oso bondoso [em vez da forma bondadoso]

trágico + cómico tragicómico [em vez da forma tragicocómico]

Ocorre também o processo de apócope quando existe truncação: cine por cinema; prof por
professor.
7

3. Processos fonológicos por alteração de segmentos: é a mudança sofrida por alguns fonemas
em resultado da influência de outros fonemas que lhe estão próximos.

a) Assimilação –quando um som se torna igual ou assemelha-se a outro que lhe é vizinho. O
processo de assimilação pode ser: total

Exemplos: nostru > nosso - o /s/ assimilou o /t/ [chama-se assimilação progressiva porque ocorre
da esquerda para a direita]

ipse > esse [chama-se assimilação regressiva porque ocorre da direita para a esquerda]

Assimilação parcial:

Exemplo: chamam-lo > chamam-no - o /m/ tornou o /l/ também som nasal.

b) Dissimilação - quando um som se diferencia ou diferencia de outro igual ou com o qual se


assemelha:

Exemplos: liliu > lírio calamellu > caramelo

c) Nasalização - quando uma vogal oral adquire nasalidade por influência de outro som nasal seu
vizinho:

Exemplos: fine > fim manu > mãnu > mão lana > lãa > lã

d) Desnasalização - quando um som vocálico nasal perde a sua nasalidade:

Exemplos: corona > corõa > coroa bona > bõa > boa

e) Vocalização - quando um som consonântico se transforma numa vogal.

Exemplos: octo > oito regnu > reino

f) Consonantização - quando um som vocálico ou semi-vocálico se transforma num som


consonântico: Exemplos: Iesus > Jesus iam > já

g) Ditongação - quando uma vogal ou um hiato originam um ditongo:

Exemplos: arena > area > areia amant > amam


8

h) Crase ou fusão - quando duas vogais se fundem numa só:

Exemplos: legere > leger > leer > ler a+a>à

I)Sonorização - processo que consiste na transformação de uma consoante surda em sonora:

Exemplos: secretu > segredo maritu > marido.

j) Palatalização - quando há transformação de um ou mais fonemas numa consoante palatal:

Exemplos: pl > ch: pluvia > chuva

fl > ch: inflare > inchar

li > lh: filiu > filho

di > j: hodie > hoje

ni > nh: ingeniu > engenho

k) Metátese - consiste na permuta de um som ou sílaba no interior de uma palavra:

Exemplos: semper > sempre merulu > melro capiu > caibo

l) Redução vocálica - acontece quando ocorre enfraquecimento de uma vogal em posição átona:

Exemplos: bolo > bolinho medo > medroso mata > matagal

m) Velarização do /l/ dá- se no PE sempre que a consoante se encontra em fim de sílaba.


Exemplo sal [sał], salgado [sałgadu].
9

2.4.Distinção entre regras lexicais e pós-lexicais

Aplicação das regras à palavra imoralidades

2.4.Regras depreendidas no componente pós-lexical

 Harmonia vocálica nasal


 Apagamento de coda nasal
 Especificação do arquifonema /R/
 Elevação de vogal átona
 Palatalização de oclusiva [coronal]
 Alongamento compensatório de vogal.
10

3.Considerações finais

Em ficho deste trabalho cientifico foi notável que e uma matéria que ainda e desafio para muitos
pois e menos aplicada na formação académica em geral no nosso pais, mas pela vertente
gramatical e facel concluir que regras pós-lexicais, que não são cíclicas (não podendo ser
repetidas ao longo dos processos pós-lexicais); ocorrem nos limites de palavras por motivos
diversos (como preservação da curva melódica, eufonia, variação da velocidade de fala, entre
outros); não respeitam o SP; não são facilmente recuperadas intuitivamente pelo falante nativo; e
não obedecem a SCC, podendo atuar em formas tanto derivadas quanto não derivadas.

Processos pós- lexicais são os que não admitem excepções ou que apresentam uma variação
dependente do registo de fala.
11

4.Bibliografia

ANTÔNIO HOUAISS. In: HOUAISS, A. Dicionário Eletrônico HOUAISS da Língua


Portuguesa. Sâo Paulo: Objetiva, 2001, n.p.

COLLISCHON, G. O acento em português. In: BISOL, L. Introdução a estudos de fonologia do


português brasileiro. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999a, p. 125- 158.

HENRIQUES, Cláudio Cezar. Fonética, fonologia e ortografia: estudos fono-ortográficos do


Português. 3ª ed. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier. 2009.

SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e fonologia do português:roteiro de estudos e guia de


exercícios. 9. ed. rev. e atual. São Paulo. Contexto. 2009.

Você também pode gostar