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Apostila Vivência de Bioconstrução Morada Natural
Apostila Vivência de Bioconstrução Morada Natural
Vivência de
BIOCONSTRUÇÃO
MATERIAIS
ARGILA
Confere plasticidade e elasticidade à mistura, é responsável pelo efeito
pegajoso e aderente da terra.
Possui alta capacidade de retração.
É encontrada em várias tonalidades.
AREIA
A areia é um agregado do solo que confere maior resistência à compressão.
Ajuda a diminuir fissuras e trincas provocadas pela retração da argila.
A granulometria usada varia conforme a finalidade da mistura.
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Funciona também como uma malha, realizando resistência à tração (a
exemplo do adobe e cob). A palha ou bambu no meio das paredes recebem
pouco contato com luz e ar portanto sua decomposição é mínima através
dos anos.
ESTRUME
Contribui na estabilização da massa contra entrada de água.
Para utilização de estrume animal, deixá-lo em repouso de 1-4 dias para
que haja fermentação, aumentando assim o efeito de estabilização da terra.
TIPOS DE TERRA
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As técnicas que utilizam o barro em estado mais seco, como taipa-de-pilão,
superadobe e solo-cimento, apresentam retração muito mais baixa e maior
resistência e durabilidade em relação às técnicas de misturas mais úmidas
(adobe, cob, pau-a-pique).
O primeiro passo é realizar testes de solo para identificar as características
da terra disponível no local, para então modificá-la conforme a necessidade.
TESTES DE SOLO
b. Teste da queda de bola: formar uma bola de terra a mais seca possível e
suficientemente úmida para enrolá-la num diâmetro de 4cm. Deixá-la cair
ao chão a partir da altura do peito. Se a bola ficar levemente achatada e
mostrar pouca ou nenhuma fissura, é uma terra com conteúdo de argila
elevado e alta capacidade aglutinante. De maneira geral, precisará
acréscimo de areia. Se a bola ficar completamente partida e esfarelada, é
uma terra muito arenosa e com baixo conteúdo de argila, onde sua
capacidade aglutinante será insuficiente para ser utilizada como material de
construção. Já no caso de a bola ficar relativamente partida, porém também
um tanto coesa, possui pouca capacidade aglutinante, mas uma composição
que permite utilizá-la para adobes ou taipa-de-pilão.
c. Teste da fita: este teste indica a plasticidade da terra. Tomar uma porção
de terra, umedecendo-a lentamente até que se possa enrolar um cordão
sobre uma mesa, e atingir um cilindro do tamanho de um lápis. Amassá-lo
entre os dedos formando uma fita com 3-6mm de espessura. Quanto mais
comprida ficar a fita antes de se romper, maior será a plasticidade da terra.
Menos de 4cm = muita areia; 4-7cm = argiloso.
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A silte é um componente da argila que retira sua capacidade de coesão.
Pontos brilhantes no solo podem indicar a existência de mica. A presença de
mica indica menor quantidade de silte. Este tipo de solo é bom para
fabricação de adobe, cob e taipa-de-pilão (técnicas que necessitam de
maior coesão). Podemos visualizar melhor estes pontos brilhantes do solo
quando esfregamos um pouco de terra nas mãos.
A maioria das técnicas construtivas com terra requer um solo composto
aproximadamente por 60% argila e 40% areia, mas é sempre necessário
avaliar o solo disponível, corrigí-lo se necessário, para atingir a melhor
mistura.
Toda terra pode ser corrigida e transformada em boa matéria-prima para as
técnicas, mas devemos de preferência usar solos que precisem de menos
transformações economizando energia de trabalho e recursos.
Quando o solo se apresenta argiloso de mais podemos corrigí-lo
acrescentando uma porcentagem de areia, já quando o solo é arenoso se
acrescenta uma porcentagem de cal, terra de cupinzeiro, estrume ou até
cimento, como no caso do solo-cimento.
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TÉCNICAS
ADOBE
RECEITA BÁSICA:
3 partes de massa de terra peneirada (barro+areia)
1 parte de estrume
pedaços de capim seco (picado comprido)
Podem-se acrescentar aditivos impermeabilizantes à massa. A baba de
cupim sintética pode ser usada na proporção 500:1 (água:baba) e substituir
a água da mistura
Alguns pedaços de capim seco (picado comprido) espalhados na massa vão
ajudar com que os adobes não rachem e aumentar sua resistência.
Após feita a mistura adequada com os ingredientes ainda secos, precisamos
molhar lentamente e sovar a massa com os pés até encontrar uma mistura
de boa liga, homogênea no ponto em que se consiga grandes bolas de barro
com as mãos, jogando na fôrma de madeira molhada.
Deve-se limpar o excesso de terra, tirar a fôrma com cuidado para não
deformar o adobe, onde a massa tem de estar com consistência para
permanecer no formato da fôrma. Caso ele sofra deformação aos poucos, é
devido ao excesso de água.
A fôrma pode ter tamanho variável, de preferência não muito grande para
facilitar o manuseio: 15X20X30cm é um bom tamanho, adobes muito
grandes demoram mais para secar e são de difícil manuseio, adobes
menores são mais práticos e leves. A fôrma deve ser mergulhada num
galão com água entre cada desenforma para facilitar seu deslizamento, mas
se mesmo assim estiver grudando devemos passar também um pouco de
areia na parte interna.
Cura e secagem: protegidos do sol e do vento, em local arejado, virando a
posição dos tijolos periodicamente para secagem homogênea e lenta, o que
diminui a ocorrência de fissuras de retração. O tempo é aproximadamente
15 a 30 dias, dependendo do clima. Se os adobes racharem durante a
secagem talvez seja falta de areia, se os adobes ficarem um pouco
quebradiços e farelentos talvez falte argila, podemos corrigir a mistura
usando um pouco de cal.
Os adobes podem ser assentados com massa: 1 parte de areia, 1 de terra
argilosa e ½ parte de cal.
Procure programar a produção de adobes para épocas com poucas chuvas
ou então você precisará cobrí-los com lona em dias chuvosos e seu tempo
de secagem será maior.
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Em grandes produções pode-se usar betoneira para preparar a massa, mas
precisa de menor cuidado com a quantidade de água, pois é fácil exagerar.
O terreno de secagem deve ser plano e bem pilado.
Esta é uma técnica estrutural e não precisa de pilares, de acordo com as
dimensões da obra. Colocar um pouco de amarração com vergalhão de ferro
ou mesmo com arame forte nos cantos das paredes e nas vergas sobre
portas e janelas.
COB
RECEITA BÁSICA:
3 partes de massa de terra peneirada (barro+areia)
1 parte de estrume
Palha seca picada
água para dar liga
Palha seca picada pode ser a que tiver disponível: arroz, trigo, feijão, capim
de campo, feno, taboa, fibra de bananeira, etc.
Mistura da massa: sobre uma lona resistente, misturar terra e areia,
acrescentar água aos poucos, pisotear bastante, acrescentar o capim,
pisotear mais um pouco e enrolar a massa como um rocambole, com o
auxilio da própria lona, segurando pelas extremidades e fazendo a massa
rolar sobre ela. Estará no ponto se fizermos um tijolo parecido com um pão
grande e ele estiver difícil de separar quando pegamos dos dois lados e
puxamos.
O cob é excelente para construções orgânicas, além de paredes retas pode-
se fazer paredes curvas, formas redondas, ovais, iglus, fornos, sofás,
prateleiras e o que a imaginação mandar.
Os tijolos devem ser moldados conforme o gosto, aproximadamente no
tamanho de adobes, e travados como se travam os tijolos comuns. Deve-se
dar uma apertada com as pontas dos dedos a cada tijolo colocado. Os
tijolos unem-se por si mesmos formando praticamente um único bloco,
portanto dispensa massa de assentamento.
É importante proteger a base da parede contra umidade através de
fundação saliente do chão.
Parede: Deve ser erguida com o cob ainda úmido, subindo no máximo 40-
50cm por dia em altura em função de que a massa é mole e não aguenta
muito peso. Por isso, otimizamos a obra e ganhamos tempo ao subir todas
as paredes simultaneamente.
Para maior sustentação e estabilidade, é bom fazer a base da parede numa
espessura maior que o topo (tipo 40 cm e 20 cm).
Ideal é construir o telhado antes das paredes, com estrutura independente,
que ao final pode ser reduzida (parcialmente removida) quando a parede já
estiver seca e pronta para receber o peso do telhado. Neste caso, é ideal
colocar uma peça de madeira sobre a parede para receber e distribuir a
carga unifomemente.
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TAIPA DE PILÃO
RECEITA BÁSICA:
3 partes de massa de terra peneirada (barro+areia)
geralmente acrescenta-se cal (para 4 carrinhos de terra e areia vai mais ou
menos ½ saco de 25 kg).
água
REBOCO E PINTURAS
Podem ser aplicados sobre paredes de terra ou de alvenaria convencional.
O uso de materiais naturais equaliza a umidade, gasta menos energia, é
mais barato e não é venenoso.
A composição dos Acabamentos Naturais baseia-se em:
- algo que cole (argila)
- algo que tenha certa elasticidade e resista à tração (fibras)
- algo que resista à compressão (areia)
O grau de granulação é decrescente em relação ao tipo de trabalho:
Estrutura -> Reboco -> Acabamento
O segredo é a boa mistura; testar com o material disponível para encontrar
as proporções ideais.
Pode-se adicionar:
- Fibras: esterco de vaca (gruda!) e de cavalo (gruda menos!).
- Colas: farinha de trigo, polvilho azedo, leite em pó (entra por último para
dar resistência), ovos, colas, óleos diversos (linhaça e baba de cactos, que
também impermeabilizam).
O óleo de linhaça é um ótimo impermeabilizante para pisos, tetos e paredes
de terra. Pode ser aplicado em várias demãos após a finalização da parede.
Pode-se acrescentar babas obtidas a partir das plantas (piteira, cactos,
palma) ou baba de cupim sintética, como estabilizantes para a massa e
impermeabilizantes.
Reboco: se rachar, precisa de alguma das opções abaixo:
-> mais areia
-> mais fibra
-> menos argila
-> menos água
Se esfarelar, precisa de alguma das opções abaixo:
-> mais argila
-> mais aglutinante
A secagem deve ser relativamente lenta, evitando sol, vento e chuva, para
diminuir o surgimento de rachaduras. Por isso é preferível utilizar em
ambientes internos ou proteger bem das intempéries.
O acabamento se faz depois de as paredes prontas e antes do piso.
Antes de rebocar, a parede deve estar seca. Para dar o acabamento ou
pintura natural, é preciso molhar o reboco depois de seco. A tinta pode ser
aplicada sobre superfície seca.
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Método: misturar com um pouco de água (preparar de um dia para outro,
ou até uma semana antes). Após a 1° demão, raspar a massa com um
garfo facilitando a “pega” da 2° demão, está deve ser misturada sem a
argila, somente com:
3 partes areia
1 parte pasta de cal
Obs.: Pode-se substituir a pasta de cal na primeira demão por estrume
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PREPARO DA TINTA COM COLA BRANCA (CONHECIDA COMO COLA DE
MADEIRA)
(Fonte: Cores da Terra)
Ingredientes:
Para fabricar aproximadamente dezoito litros de tinta com cola branca você
precisará de:
6 a 7 kg de terra ou 2 galões 3.6 litros (se quiser cores mais claras
substitua parte da terra por cal).
3 kg de cola branca; (pode ser substituída por baba de cactos ou palma,
porém deve-se usar cerca de 6 litros de baba e diminuir bem a quantidade
de água para não ficar ralo).
12 litros de água.
Modo de preparo:
Colocar 10 litros de água em uma lata e adicionar a terra;
Utilizar uma colher de madeira ou as próprias mãos para misturar bem até
atingir a consistência de uma vitamina de frutas, ou seja, desfazer toda a
terra na água;
Opção: A colher de madeira pode ser substituída por um agitador
manual (cabo de vassoura pregado ou parafusado a uma madeira que
será movimentado para cima e para baixo formando um turbilhão
pelas laterais da madeira com a lata, ou uma furadeira elétrica com
um misturador adaptado;
Diluir a cola em 1 litro de água em outra vasilha;
Adicionar a cola já diluída à vitamina de terra e misturar bem. Por fim,
acrescentar, aos poucos, aproximadamente 1 litro de água e misturar até
obter a consistência de tinta. Quanto mais a tinta for batida, melhor será
sua consistência.
Aplicação:
Antes de aplicar a tinta, limpe bem a superfície a ser coberta. Certifique-se
de que não há mofo, umidade, vazamentos ou infiltrações que possam
comprometer a pintura.
Em superfícies com boa porosidade e resistência a primeira demão de tinta
de terra funciona como um fundo preparador. As outras demãos completam
o cobrimento.
Em superfícies com pouca porosidade, muito lisas ou esfarelando, é
necessário aplicar uma demão de cola diluída em água com consistência de
tinta, que funciona como fundo preparador. Esperar secar e depois aplicar a
tinta de terra.
Em paredes já pintadas com cal é preciso fazer limpeza do excesso.
A tinta de solo pode ser aplicada com rolo de espuma, de lã ou brocha, de
modo similar às tintas convencionais.
Uma lata de tinta (18 litros) é suficiente para dar uma demão numa área
que varia de 70 a 90m2.
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PREPARO DA TINTA COM GRUDE DE POLVILHO AZEDO (GOMA DE
TAPIOCA) (Fonte: Cores da Terra)
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TERRA E MADEIRA
PAU-A-PIQUE
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TERRA E PLÁSTICO
SUPER-ADOBE (HIPERADOBE)
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TERRA E CIMENTO
SOLO-CIMENTO E SOLO-CAL
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TERRA E PALHA
TAIPA-LEVE
A taipa leve não é uma parede estrutural. Ela é ideal para divisórias,
vedação e paredes de segundo pavimento, visto que é um material mais
leve.
Utilizar palhas que contenham muita sílica: arroz, trigo e aveia. A palha
contribui para o conforto térmico do ambiente.
Ingredientes: (teste: fazer bolinho de terra e soltar, deve espalhar pouco)
Argila fina peneirada
Palha cortada (tamanho médio-grande)
Método: faz-se um caldo de argila, mexendo bem, e depois joga sobre o
monte de palha sobre uma lona. Mistura-se bem com um garfo, formando
uma palha melecada, que pode ser colocada diretamente dentro da fôrma e
socada (a exemplo da taipa de pilão). Os vãos de parede devem ter
armação estrutural independente.
PALHA
PAREDE DE FARDO DE PALHA
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CIMENTO E FERRO
FERROCIMENTO
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COBERTURAS
TELHADO-VIVO (TELHADO-JARDIM)
Cada região possui seus tipos próprios de palha e folhas grandes, que já são
usadas como cobertura. Obervar a técnica local e a experiência dos que
trabalham com estas técnicas.
A amarração do material acontece de diferentes maneiras.
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A palha vai sendo amarrada por nós furando os tuchos de dentro para fora,
puxando e esticando. Cada ponto tem em torno de um palmo de distância
entre o outro. A costura vai perfazendo toda a volta da construção, até
completar a primeira camada.
Tipos de Quincha: em escada e escama, vai de ripa a ripa e dura de 8 a
10anos; em escova, leva mais palha porém é mais durável dura de 15 a
20anos; e corrida, leva menos palha.
Equipamentos: agulha, pente, alicate de corte, corda de segurança, arame
de quincha ou cipó e de rabixo.
Método: escovar o feixe, costurar e bater sobre o arame.
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ENERGIA RENOVÁVEL
AQUECIMENTO SOLAR
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CICLO DA ÁGUA
ÁGUAS CINZAS
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BANHEIRO SECO (SANITÁRIO COMPOSTÁVEL)
Utilizamos aqui o sistema de rampa, que deve ter inclinação de 45º e estar
perpendicularmente posicionada em relação à latitude solar da região, de
modo que os raios aqueçam a maior área possível do sistema.
O funcionamento do banheiro seco gira em torno do aquecimento - por
calor solar - da massa orgânica (cocô) misturada com “serragem”, da
circulação do ar quente por dentro do sistema e sua saída através da
chaminé. Em função da troca de ar, o banheiro seco não apresenta odores;
se isto vier a acontecer, será em função do excesso de urina (amônia) no
sistema, onde se deve evitar o uso para urinar.
Após 6 meses de uso de um dos vasos, lacramos a tampa e colocamos em
uso a outra câmara. Durante os próximos 6 meses a matéria orgânica
continuará recebendo calor do sol até ficar completamente seca e sem vida.
(O Carbono presente na serragem que é colocada sobre o cocô cada vez
que usamos o banheiro seco, está numa proporção muito alta (500:1) em
relação ao Nitrogênio da massa orgânica. O excesso de carbono extingue a
condição de vida de qualquer microorganismo ali presente e assim a massa
orgânica seca).
As fezes humanas são ricas em fósforo e por isso devem ser repostas na
terra após saírem do banheiro seco. Primeiramente, devemos reequilibrar o
nível N/C para 1:25 através do processo de compostagem.
Antes do primeiro uso do banheiro seco, cobrir o fundo da rampa com uma
camada de 10 a 15 cm de serragem ou cinzas para que o material orgânico
já caia sobre ela.
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BIBLIOGRAFIA
Cursos:
Eco-construção: IPEMA-Instituto de Permacultura da Mata Atlântica, 2002 e
IPEP-Instituto de Permacultura e Ecovilas da Pampa, 2004 e 2005.
Bambu, 2005 com Lúcio Ventania e Guillermo Gayo.
Materiais Ecológicos e Tecnologias Sustentáveis para Arquitetura e Construção
Civil – Práticas e Aplicações: IDHEA-Instituto para o Desenvolvimento da
Habitação Ecológica, 2005.
PÁGINAS VIRTUAIS:
www.ipemabrasil.org.br
www.ipep.org.br
www.idhea.com.br
www.gaiaeducation.org
www.fdd.org.br/html/capaguas.htm
www.ecosistemas.net
www.ecooca.org.br
www.sitiovagalume.com
www.moradanatural.com
www.sumaralisboa.net
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ANEXO 1
Como fazer
1. Comece marcando um círculo de 2m de diâmetro
2. Cave um buraco com até 1m de profundidade no centro e amontoe a terra escavada ao redor do
buraco, como um anel
3. Cubra o buraco com papel molhado, papelão ou folhas de bananeira
4. Preencha o vazio com matéria orgânica grossa como galhos grossos, folhas, palha, etc.
5. Espalhe um pouco de esterco, cinza, calcário, ou composto orgânico
6. Encha o buraco até formar uma cúpula, pois com o passar do tempo o material vai compostar e vai
diminuir bastante
7. Se houver pedras, pode usá-la para marcar a borda externa
8. Plante as mudas de bananeira a cada 60cm, do lado externo do monte de terra, furando a camada
de jornal e mulche.
9. Alterne com mamoeriros e preencha os espaços no topo e no lado de fora da borda com batata
doce (dez mudas devem ser suficientes para cobrir o monte)
10. Se quiser pode usar também mamona para criar um pouco de sombra, e confrei nas bordas como
adubação verde.
11. No lado de dentro do anel, onde há sombra e umidade, inhame, gengibre, taioba e o que mais tiver
em mãos.
1
água servida sem fezes
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Figura 1 – Círculo completo Figura 2 - Instalação de água e detalhes
construtivos
Importante
Como todo sistema vivo, é importante levar em conta que a maioria absoluta dos detergentes,
sabões em pó e sabonetes de banho, e produtos de limpeza doméstico contém uma infindável quantidade
de contaminantes químicos que prejudicam o crescimento, e de fato a vida de espécies vegetais e animais
(isso inclue você!). Ao optar por usar um círculo de bananeiras esteja consciente da importância na
mudança de hábito quanto a compra e uso desses produtos, privilegiando o uso de produtos neutros e
simples, como sabão de côco, de glicerina, de banha, de cinza, etc. Sabão e água resolvem a maioria
absoluta das questões de limpeza doméstica, são muito mais baratos, e também compatíveis com a vida
em todo seu esplendor. A natureza agradece, e você ainda vai comer frutas deliciosas, experimente!
Guilherme Castagna
Referências
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ANEXO 2
ANEXO 3
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