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DSO hd = 4 aa SAAD ONS “A —— on QO SSNS pe i, aa Td — = pa oll fata . I at an eon A A Od Sd Sd St A campo elétrico uum campo elétrico, tende a semover de um ponto a outro, dizemos que entre esses dois pontos hé uma diferenca de ‘Uma carga positiva colocada em X tende a se deslocar para Ys ‘uma carga negativa colocada em Y tende a se deslocar para X. Entre Xe Y hé uma diferenca de potencial potencial elétrico. Em outras palavras, se entre dois pontos X eY de uma regidio—um con- dutor, por exemplo ~ houver uma diferenca de potencial elétrico, as cargas elétricas colocadas em X. tendem a se deslocar para Y ou vice-versa. Todas as aplicagGes priticas da cletricidade exigem 0 movimento de cargas elétricas em condutores. Para que as cargas elétricas se movimen- tem, é necessitio que haja uma diferenca de potencial. Por isso, ¢ ficil perceber por que esse conceito ¢ to importante. © primeiro dispositive capaz de manter uma diferenga de potencial constante durante algum tempo, possibilitando um movimento contt- uo de cargas elétricas, foi a pilha de Volta. Por essa razo, em sua ho- menagem, a unidade de diferenca de potencial é o volt, cujo simbolo é V. Também ¢ por esse motivo que se costuma chamar de voltagem a di- ferenga de porencial. Ela é chamada ainda, por outras razdes, de tensio, Potencial, voltagem e tensio sio, portanto, sindnimos. O conceito de diferenga de potencial explica o movimento de car- gas elétricas e é fundamental para o estudo da eletrodinamica. += ohms: grandeea fisica que mede a resistincia eléttica obiem® ahr pe aia sent cap a alae “meno vn eri ca Wie io & genta: \ss0. - neces pare anes caso DAS alge eee re isola nue ign? qu saree cies PO et eos OE c yee gues por onde esos ang ® pam pesson cost algo wert ren? « <1 ease, pot 88% n cOmO, 22 Sob 0 ponto de vista fisico, 0 movimento de cargas positivas num. sentido equivale ao movimento de cargas negativas no sentido oposto. Esse sentido foi mantido e entendido como convencional. Atualmente, porém, essa convengao nem sempre é adotada, sobretudo em eletrdnica, porque é muito importance saber quem sio os portadores verdadeiros da carga elétrica em movimento. ze De acordo com a Fisica Moderna, 0 movimento de elétrons num. condutor nao é ordenado, continuo, como se costuma imaginar. Princi- palmente quando a corrente elécrica é comparada com a égua que corre ‘nos encanamentos de uma casa. Existe uma corrente chamada continua, masesse continuo se referea um movimento médio dos elétrons. Na ver= dade, eles se deslocam de forma caética, chocando-se com os écomos do condutor, embora haja um sentido resultante, constante, que prevalece. Para se ter uma idéia da quantidade de choques que os elétrons sofrem, basta dizer que o seu deslocamento, resultante a0 longo do fio, é extre- mamente lento: em geral, um elétron, num condutor, gasta mais de uma hora para percorrer uma distancia de um metro! A linha tracejada mostra, esquematicamente, um elé- tron movendo-se espontancamente num condutor, indo de A a B, softendo sete colisées no caminho, Se ‘5 terminais do conducor estivessem ligados a uma diferenga de potencial, 0 caminho seria a linha cheia, terminando em B*, O elétron se desloca com enorme velocidade, mas 0 deslocamento resultante~d—, que produz a corrente elétrica, & muito pequeno. Portan- to, a velocidade resultante da eorrente elétrica é mui- to menor do que a velocidade do elétron. Na pritica, Ebilhaes de vezes menor! A corrente continua ¢ gerada por pilhas ¢ baterias, sendo utilizada quase que éxclusivamente nos aparelhos eletrdnicos e automéyeis. O tipo mais familiar de corrente, pelo qual pagamos a conta todo més, é a cor rente alternada, fornecida pelas empresas distribuidoras de cletricidade. Nela, os elgtrons no se deslocam ao longo do condutor, mas executam wento de vai-e-vem em torno de posigdes mais ou menos fixas. 95 2% Isso significa que os elétrons que se movimentam no filamento de uma Jampada incandescente comum, por exemplo, provavelmente jamais te- nham saido de la. Accortente elétrica pode ser definida a partir da quantidade de cargaqué dtfaves- sa.um condutor num intervalo de tempo. Se essa carga forum coulomb eo intervalo de tempo for um segundo, a corrente elé- trica ser de um ampére, ow um A. Am- pére, em homenagem ao fisico francés André-Marie Ampere. Se vocé lembrar que um coulomb corresponde a 6,25 quintilhoes de elétrons, vai perceber como € dificil imaginar o que de fato ocorre no mundo das particulas elementares. Mesmo que nao se saiba como as coisas realmente acontecem nesse micro- cosmo, € possivel estabelecer intimeras relagdes definindo novos conceitos. Por exemplo, o movimento dos elétrons num condutor pode set mais Ficil ow mais di- dependendo da resisténcia que esse condutor ofereca. Surgiu daf o conceito de resisténcia elétrica, que vamos conhecer em seguida. LoennnEEEEESnnesaiammemamiamatlicemssnesse ee A RESISTENCIA ELETRICA E A LEI DE OHM CE rn Quando definimos diferenga de potencial, dissemos em outras pa- lavras que, para que haja um movimento de cargas elétricas num con- dutor, € preciso que exista uma diferenca de potencial entre dois pontos desse condutor. Dissemos também que uma pilha & um dispositivo ca- paz de gerar uma diferenca de potencial entre os seus terminais. O que vai acontecer, entio, se as extremidades de um fio condutor forem liga- das aos terminais de uma pilha? Certamente 0s elétrons do fio condutor vio se movimentar, ou seja, uma corrente elétrica vai passar por esse fio. Entretanto, 0s flsicos verificaram que a intensidade dessa corrente no serd semprea mesma, Ela pode ser maior ou menor, conforme a resistén- cia elétrica do condutor. A resisténcia elétrica é uma caracteristica do fio condutore depende do comprimento desse fio, de sua espessura e do ma- terial de que é feito. Como o proprio nome sugere, quanto maior a ress téncia elétrica do fio, menor serd a corrente elétrica que passa por ele, ¢ vice-versa. E mais um par de grandezas inversamente proporcionais que aparece no estudo da eletricidade. A resisténcia elétrica é medida em ohms —cujo simbolo Q ~ea relagao matemitica entre a diferenca de potencial, corrente elkttica e resisténcia clétrica é denominada de Lei de Ohm, em homena- gemao fisico alemao, Georg Ohm, quea estabeleceu. ‘A palavra resisténcia é muito interessante porque dé bem a idéia de que sempre hé alguma dificuldade para os elétrons percorrerem o fio condutor. Se ha di- ficuldade, é preciso fornecer energia para os elétrons vencerem essa resisténcia, De onde ver essa energi Georg Simon Ohm (1787- 1854), fisico alemao, esta- beleceu, em 1827, a Lei de (Ohm, lei bisiea para o es tudo dos citcuitos elétricos, Dedicou os tiltimos anos de sua vida a0 ensino expeti- mental de Fisica na Univer’ sidade de Munique, cida de onde morreu. REESE GERADORES: TRANSFORMANDO ENERGIA EE ‘Vamos supor que uma bola esteja no alto de um pequeno escorrega- dor. Se ninguém a segurar, ela desce, anda um pouco pelo chio e pira, Se um menino pegar essa bola ¢ recolocé-la novamente é em cima do escor- regador, ela voltardacair. Ese ele fizer isso sempre, se houver ainda muitas bolas, haveré uma corrente continua de bolas, descendo 0 escorregador, até que ele se canse, ¢ claro. E mais ou menos isso 0 que ocorte quando se liga um pedago de fio aos terminais de uma pilha: 0s elétrons sio como as bolas qué descem, devido inclinacao do escortegador. A diferenga de po- tencial elétrico equivale a diferenga de altura entre 0 ponto mais alto do escorregador ¢ 0 chio. A pilha, como o menino, realiza um trabalho so- bre os elétrons. Ela fornece energia a eles, cada ver. que os tecoloca no ‘mesmo potencial inicial, para quea corrente elétrica se mantenha, Como 27 ‘© menino faz. com as bolas, cada vez. que as coloca no alto do escorrega- dot. E, como 0 menino, também se cansa, ou melhor, se desgasta. Isso responde em parte & nossa pergunta sobre a origem da energia dos elétrons. Como a energia das bolas vinha do trabalho do menino, a cenergia dos elétrons vem do trabalho realizado pela pilha, Mas, de onde a pilha tira a sua energia? Como 0 menino, que tira sua energia do ali- mento, do arroz-e-feijao que ele come, a pilha tira energia das Substan- cias quimicas nela existentes. Mas a nossa analogia da pilha com 0 meni no ainda nao terminou, Em iltima andlise, em ambos, essa energia vem de reages quimicas. No caso do menino, clas ocorrem durante a diges- tdo dos alimentos que ele comeu. Na pilha, elas ocorrem entre as subs- tincias nela contidas. Como jé dizia Lavoisier, nao se pode criar energia do nada, apenas transformé-la, de uma forma em outra. E isso, cambém, o que acontece, de maneira muito mais visivel, na produgio de energia elétrica através dos geradores, Geradotes sao dispo- sitivos ou méquinas que transformam outras formas de energia em energia létrica. As pilhas sao geradores quimicos porque transformam a ener gia quimica em energia elétrica. Hé outros geradores quimicos, como as baterias — conjuntos de pilhas — ¢ os acumuladores — baterias de auto- mével. Os acumuladores nio sio, rigorosamente, geradores. Eles acu- mulam ou armazenam quimicamente a energia produzida por outros ge- radores, como os dinamos e alternadores. Estes, sim, so auténticos ge- adores, Eles transformam a energia mecanica em energia elétrica, em geral, através da roragao de {mas dentro de bobinas, como veremos mais adiante. S20, por isso, chamados de geradores mecinicos. Mas freqtientemente ocorre o inverso, A energia elétrica se transforma ‘em outras formas de energia. Dai a sua enorme importancia no mundo atual. Uma das formas em que isso ocorre mais costumeiramente é através do efeito Joule ~a transformagao da energia elétrica em energia térmica, A ENERGIA ELETRICA E O CALOR ETNA N SENTESRNESSEEE Sten Em 1893, surgiu o primeiro eletrodoméstico: o ferro elétrico. Logo depois, surgiram intimeros outros do mesmo tipo: torradeiras, aquecedoes 28 de ambiente ¢ fogées clétricos, A idéia para construir esses cletrodomés- ticos vinha do efeio Joule. A energia elétrica se transforma em energia térmica sempre que um fio condutor € percorrido pela corrente elétrica. A limpada elétrica, aliés, a primeira aplicacio prética desse fendmeno, se baseou no desenvolvimento de filamentos que, por aquecimento, emitem luz. Miguinas a vapor Nio ¢ dificil entender a origem dessa energia térmica: os elétrons, a0 se moverem, chocam-se com os étomos do condutor, transformando sua energia de movimento em calor. E um processo parecido com a trans- formagio do movimento em calor quando esftegamos as maos num dia de frio. Se esftegarmos mais forremente ou com mais rapidez, as nossas ios se esquentarao. Nesse caso, dizemos que estamos desenvolvendo uma poténcia maior, Da mesma forma, alguns ferros elétricos esquen- tam mais, assim como algumas limpadas de filamento brilham mais do que outras. Eles tém, portanto, uma poténcia maior. 29 Embora a invengio da kimpada seja creditada a Thomas Alva Edison, que apresentou oficialmente sua limpada : — em 1879, desde o comeco do século XIX ji havia limpadas clétricas, De inicio, eram de “arco”, como as de Davy, Mais tarde, de filamento em tubo de vidro a vacuo, como as de Edison, Hoje, exis- tem muitos outros tipos de limpadas. @ Dois pequenos basttes de carvio sto, de o,encostadas. Pereorridas pela correnre elé- tric eles se aquecem. No ponto onde estio en- costados, © contato elétrico & ruim, por isso 0 aquecimento é maior. Aparece af um ponto in- candescente. Quando os carves sio afastados, devido ao aquecimento,a corrente elétrica con- tinua passando, mas agora através do ar. Forma- seentio um arco luminoso, extraordinariamen- tebrithante, Ha muito essa limpada ni é mais uusada por ser poluidora e cer um brilho muito intenso, dificil de conceolae. (eloce te. fonte delurzé um filamento de tungsténio, tum metal muito resistente, Percorrido pela cor- rente elétrica, ele se aquece tornando-se incan- descente e brilhante, Para que o filamento no sedestrua, ele éencerrado num bulbo de vidro a baixa pressdo, cheio de um gs especial, em geral o argénio, E uma kimpada de pouca durabili- dade e baixo rendimemto, gera muito mais calor do que Juz. Noentanto, ainda éa mais usada por sera mais barata © semethance &tampada comum, com wim flamento de melhor qualidade. £ bem mais eficiente e dutavel, mas € muito mais cara. Usada em projetores, holofotes e firsis de automvel, © as tumpadds empregadas nos andincios laminosos sio semelhantes is limpadas fluorescentes. Urilizam o gas io, que produz uma luz vetmelha. As outras cores sio geradas misturando-se ao nednio pequenas quanticla- des de outros gases. One Ourmiicc rage mga a ee (asp Obinpsase Limpada a vapor deere nit de feng ladles Quer: eee © © Sempre que uma comrente elética araves- sum gia baixa pressfo, ele seroma luminoso, assim que funcionam as limpadas a vapor de mercitio ou de sédio, As limpadas de sédio produzem uma luminosida- de alaranjada, enquanto as de meroirio tendem mais peng an @ As tampadas fluorescentes, semelhantes as de mer- clio, tém um revestimento de material Nuorescente na ges inaction la iorcnsa te coicsle pels ee oltre eileen fect oa Pee fine neuralgia SG 30 A POTENCIA ELETRICA ‘A poténcia de um aparelho ou maquina é relagao entre energia, ou trabalho realizado, ¢ 0 tempo gasto para realizé-lo: quanto maior a rapider com que um tra- balho ¢ realizado, maior a poténcia desenvolvida. Suponha que dois cami- nnhdes transportem a mes- mma carga num mesmo tra- jeto. Aquele que demorar menos, certamente tera desenvolvido a maior po- téncia, Um aquecedor de digua que faga ferver um li- tro de égua em um minu- to tem, em principio, o dobro da poténcia de um outro que realize amesma tarefa, nas mesmas condi- gdes, em dois minuto: Pode-se dizer, entao, que a medida do desempenho de miquinas ou aparelhos elétricos ¢ feita através de sua poténcia, uma grandeza fisica, cuja unidade é o watt (W), em homenagem ao engenheiro escocés James ‘Watt, cientista que viveu de 1736 a 1819. No exemplo do aquecedor de Agua, acrescentamos uma expresso muito importante. Dissemos que a poténcia do que esquentava na me- tade do tempo era em principio duas vezes maior. Importante porque hha mais um fator a ser considerado: 0 rendimento do aparelho. Assim como hi carros que consomem menos combustivel por quilémetro, ha aparelhos elétricos que aproveitam melhor a energia consumida: uma lampada incandescente — limpada comum —, por exemplo, tem um rendimento luminoso médio de apenas 10%, enquanto uma limpada Auorescente tem um rendimento de cerca de 40%. Isso significa que a Himpada fluorescente aproveita, em luz, quatro vezes mais energia do que a limpada incandescente, A maior parte da energia, em ambas as 3 lampadas, é transformada em calor. Como a gente quer luze nao calor, écomum se dizer que essa energia é perdi- da, Por essa razao, uma limpada fluorescente de 25 W, ilumina tanto quanto uma limpada incandescente de 100W, consumindo quatro vezes menos energia. - grandes se ers ak ae nase Pa fei Te Li em Pere ae Py ae oe Pana ieee eae eas ! Pr uae ie) ; call Phd Pe 5 cae ea een Hea a Pe cae i Fe cada ee Reta fe N r Ne ae Wa rca a Pen Dnt as | a ae Ora | are meen aa mi ie ar i ede a ceed nae Wry aoa penne Cy Wie aca eo ih ara Peed era era ee mae : Per ae Fred ae idaad Wereas Aciaoa ea Paka ra na fn Fe Peers CIRCUITOS ELETRICOS¢ et dealer aoe ict aut arp ancrencoeel I Ua, estabelecendo um pequeno circuito elé rica — con- ico: a corrente el vencional ~ sai do terminal positivo da pilha, passa pela limpada e volta ao terminal negativo da pilha, fechando o circuito. 33 CONSUMO DE ENERGIA DE ELETRODOMESTICOS. Aparelhos: Poténcia ff} Neestimado ff} Tempo médio ff Consumo elétricos média dediasde J) de utilizacso médio (Watts) uso no mes por dia mensal (kWh), A corrente elétrica s6 pode circular através de caminhos fechados, ircuitos com inicio e fim, num gerador: uma pilha, batcria ou mesmo os terminais de uma tomada comum. Esses terminais, localizados nas paredes das nossas casas, so, na verdade, os terminais de geradores, veres, a centenas de quilémettos de distin: SIMBOLOS MAIS COMUNS DE DISPOSITIVOS ELETRICOS E CIRCUITOS SIMPLES ] sh pis He Bes Ae resto em série) — Om bare (thas Q+ main continua em paralelo) a: ‘ fonte de ae motor ORs emo emits akernada chave aberta fasivel u fios ligados resistor varidvel voltimetro ae ree — a HG) fios nio-ligados chave fechada Tigagao a terra amperimetro galvandmetra Os circuitos elétricos podem ser muito simples, como o da limpada de lanterna ligada whi apilha, ou mais complicados, como numa ins- \ ei " CO ae asa era talagio elétrica residencial, ou extraordinatia- Gee eee mente complexos, como nos computadores « [RAMam Uma aaa eae ae outros aparelhos eletrénicos. O desenho ou [Baa mle projeto desses circuitos ¢ feito com a utilizacéo desimbolos, o que facilita a sua compreensio € sstudo, eer RES OM 27/pé7es (A). Se umn resistor (ressténcia por exemplo, for percorrido por un A instalagao ele cuito elétrico ~ ou circuitos, porque quase sem- Pa eae pre hé mais de um — com o qual estamos mais = 100 x 0,2 te, em geral, numa gran- de ligagao em paralelo de limpadas, chuveiros, — torneiras elétricas ear condicionado e de termi- . nais ~ tontadas onde se instalam os aparclhos elétricos ¢ eletrénicos, Os elementos fixos, como as lampadas, tém ainda o seu proprio interrup- tor, uma chave que permite fechar ou abrir 0 cireuito cada ver que sao ligados ou desligados. 35 Para proteger todo o circuito ~ ou circuiros — instalam-se fusiveis ou disjuntores que evitam que a corrente elétrica atinja valores muito altos, getando uma quantidade muito grande de calor, o que pode provocarin- Fusiveis e disjuntores Fustveis e disjuntores sao dispositivos de protecio dos circuitos elétricas, Eles se al corrente que passa ) jue da mest pode eee eer ilor def pen de fispee utilizada, Quanto mais fino 0 se 0 valor da corrente i pode atravessd-lo com Is30 po Se 0 i sua Manne ale cem maior rua a eles se esquentam, cimento, além i a que o atravessa Or sees Esler Rlemento REDON Sorat Re d 1850 0 no '— ou se derrete quando, Lpclene seat 2 ape Sa gre ete ee ites ni ee lee isto 6, ma, porém, no pode ser usado em nossas casas nem para céndios. Isso, as vezes, acontece devido 20s eurto-circuitos: poral guma razio, dois ten fies io Nigades aeMRNehins circuito torna-se mais curto, are- sisténcia elétrica toral diminui ¢ le Ohm, a corrente elétrica aumenta. Se 0 como vimos na fusivel ou os disjuntores nio fan- cionarem adequadamente, desl gando o circuito, a fiagio se aque: ce demaise pode se incendiar, Uma outra forma de dispor os elementos de um circuito elé- trico € a ligagio em série, cujo exemplo mais simples sio 0s con- juntos de limpadas decorativas para drvores-de-natal, Esse siste: igdo comercial de energia elétrica. Tem inconyenientes insuperiveis: o nimero. a Teno formeida ficial Guwvaiay, ~ -¢ ou 2207) v (a) | T)Repreenagio guava ae (ID Representa exquemaica cra ents OS de elementos do circuito ~ kimpa- das, por exemplo ~ no pode set modificado, todos devem ser ligne dos ao mesmo tempo e, quando tum deles se estraga, todo o circuito éinterrompido. Nao é 6 luze calor quea ener gia elétrica pode nos oferecer. Ela também move motores € transi te som e imagem & distancia, Mas cessas transformagoes de energia s6 se tornaram possiveis quando se descobriui 0 eletromagnetismo. 36 Até aqui, vimos aplicagdes da corrente elétrica ligadas, direta ou in- diretamente, ao aquecimento ¢ 3 luminosidade. Mas a corrente elétrica nfo produz apenas luz ¢ calor, ela também ¢ capaz de criar campos mag- - néticos. Alids, conta-se que foi demonstrando a seus alunos a capacida- de de uma corrente elétrica gerar calor que o professor Hans Christian Oersted descobriu, em 1820, que uma corrente elétrica pode também agir sobre a agulha de uma biissola e, portanto, gerar um campo magné- tico. Essa historia é, provavelmente, um pouco fantasiosa, 0 que € co- mum aacontecimentos muito marcantes. Eo caso dessa experiéncia que originou 0 aparecimento de um novo ramo da Fisica, 0 eletromagnetis- mo. Na verdade, Oersted era um fisico dinamarqués que, na época, como muitos outros pesquisadores, buscava uma re- lagao entre a eletricidade e o magnetismo e sua descoberta certamente nao foi casual. © que importa é que 0 advento do cletromag- netismo provocou 0 aparecimento de uma nova era tecnolégica, além de trazer consigo 0 ger- me da eletrdnica e da Fisica Moderna. Todas as aplicagées da ele idade que apresentamos até aqui no dependem, a rigor, das relagdes entre eletricidade e magnetismo. As lampadas, e todos os aparelhos ¢ eletrodomésticos baseados na producio do calor, poderiam funcionar sem depender de qualquer dispositivo mag- nético, No entanto isso nunca se tornou viavel porque a energia que con somem € muito grande. Sé os dinamos — geradores eletromagnéticos capazes de transformar a energia mecinica em energia clétrica — podem produvir a fantéstica quantidade de energia elétrica neces- sdria para fazer funcionar, em grande escala, os intimeros dispos vos, equipamentos e méquinas cujo aparecimento essa nova tecnolo- gia possibillzou. Depois da experiéncia de Oersted, novas relagées entre a eletrici- dade e o magnetismo foram sendo descobertas, tais como: um condu- tor, percortido por uma corrente elétrica, imerso num campo magné= tico, pode sofrer a ago de uma forca e que dois condutores paralelos, 37 38 percorridos por correntes elétricas, podem se atrair ou se repelir. Mas foi aindugio eletromagnética, descoberta pelo fisico inglés Faraday, em 1831, que ampliou definitivamente os horizontes do cletromagnetismo, De acordo com esse fenémeno, um conjunto de bobinas ¢ ims, engenhosamente combinados, tanto pode produzir um movimento de rotagio, a partir da corrente elétrica, como gerar essa corrente quando zt i Mg ana posto a girar mecanicamente. Surgiram assim os motores't getadores cle- sromagnéticos ¢, mais tarde, as grandes usinas de cletricidade. ‘Ainda no século XIX, a feoria eletromagnética se completava como extraordinrio trabalho do fisico escocés Maxwell que, além de incluira luz no campo dos fendmenos eletromagnéticos, postulava a existéncia das ondas eletromagnéticas, que iriam em pouco tempo inundar 0 nosso planeta. Curiosamente, 20 mesmo tempo em que as primeiras ondas ele- tromagnéticas eram produzidas artficialmente, descobria-se a primeira particula subatémica, o elétron, responsavel direto pela geragao e detec: fo dessas ondas, © eletromagnetismo trazia consigo, portanto, duas novas tecnologias que iriam alterar drasticamen- te a nossa forma de viver: a telecomuni cacao ea eletrénica. Mas nfo foi sé isso. Essas novas dese cobertas alteraram ainda mais profunda- ‘mente a nossa prépria concepgio do Uni- verso em que vivemos, A Fisica reviu e reformulou seus principios fandamentais com o advento de novas teorias, a Relati- vidade ea Fisica Quantica. A imagem de uum universo mecinico, funcionando como um imenso e preciso relégio, em que tudo poderia ser previsto e explica: do, deixou de existir. Hoje, ao que tudo indica, € impossivel determinar com pre- cisio todas as variaveis de um fenémeno fisico 20 mesmo tempo. Em sintese, pode- se dizer que, na Fisica Moderna, uma das poucas certezas € a incerteza, Avunidade de volagem 40 em homenagerm 20_ ‘alt (V), er Alessandro V it italiano / século XVIII fico it Set recta ole nthe en inno OS eee seo Ean eat or bet prefere encial, fisicos pr enga de pote a, epsialioeie nate leva coneeitua 221° opeannn® eu anb OM userid °P tsq.ury a? atuani9s ¢P rey S-BuuMas05 ead epra N 2mat109 3p ere. eum DPI aruayht uN abou, P zedey Noun, Nr OE Scone P Onrpin 08 Ob singh V Suey opus FURY ois oh, uw. Setou0y 9 (W) saad 0 NPP uaa. °P Deprun y, instrument de medida da dikbiencs dp Poretcial On veh Fem 0 volktmnens Os ritnetios nay a 0 Utilzados cor os mperimetrod iss ite lvoltimetrog S# muito rare Em geral, flit, uciting ne um ro due dispoe de flifecentes suas it diferenee eles elétricge ades. S30 6, Multimetnss analogicos de COM mostradon 39 Os geradores de eletricidade sao, na verdade geradores de diferenca de porencial. Os mais comuns sao os dinamos, geradores que transformam a energia mecanica da rowagio de uma turbina em energia elétrica. Essas turbinas sio movidas pela égua, nas usinas hidrelétricas; pelo vapor, nas usinas termoelétricas; por motores a explosdo, nos automsveis ou em lugares distantes, fo atingidos pela rede elétrica ou, ainda, pelo vento. A luz também pode gerar diferenca de potencial ao incidir em certos eletrénicos, como as células forovoltaicas. vende da corrente Quanto maior a ra funciona, © tamanho de uma pha dep ola deve forne’ aa que ela deve formecer. Quan ei gue um aparelho necesita Pars Ng corrente qanhho da pilha que deve $6 WoT malo egos come asco l i corre 2 relogios, funcionam com q pense isso usa quent frase Lampacias de lancer Po i has ou associacao de pilbas Brann Prjeam de correntes de gran a funcionar. i len » has muito pequenas: Moe re ered pa > exemplo, Peguenas pithie as bateriai et Sti verdade, 1° 4° automével * AHO geram eletyj €con i MPosta de seig de 1,5 Vv ic. Existers ni que, na icidade, eS ri as 0; também san cf camente S de do chamach 40 ‘Avvoltagem nao machuca nem mata ninguém. Uma régua de plistico atritada se eletriza, chegando aatingir potenciais elétricos de 10 000 V. Se voce tocar nessa régua, certamente nao vai sentir nada, Isso porque a quantidade de carga disponivel na régua é muito pequena. E, como se alguna coisa, a 10 metros de altura, lhe cafsse na cabega. Se for um palito de fésforo nao acontece nada, mas se for um tronco de drvore. A corrente elética Acedia chi i. resisténci matar, dependendo da sua inven Dh luca e p medida em ae " intensidade ¢ : ol Ma do compo que ela atravessa. Pats Por ele, Poy Milt como nao existe corrente sem Bien eet goer areiagem, a culpa €quase sempre ents. Esa ‘oltagem. Na verdad ios deser ms: voltagem deter poemates exemplo, choque elétrico poser ra P32 que um zine aetando um ¢ mas sea fonte de voltagem nan (yen eletrica, Isso fae sua resisténcia @ quantidade de carga suficiente came clétrica muito intenea, cape Corte como, ‘soca 2, capaz fo caso de uma regua de plistcn iciente para oreny Pt de gerar calor atritada, nada acontcce. /ocar um incéndion ‘A poténcia elétrica — medida em W = de uma fonte de tensio € que determina a corrente méxima que ela € capaz de fornecer. Quanto maior a poténcia de uma fonte, maior a corrente elétrica. Por isso, os aparelhos elétricos, em geral, especificam a poréncia que necessitam para funcionar. Uma pilha de relégio de 1,5 V nao ¢ capar de fazer uma limpada de lanterna de 1,5 V acender porque nao fornece a potéhcia que essa limpada exige. 41 O DIA A DIADACIENCIA 42 Voce vai tomar conhecimento, agora, de boas ¢ més noticias sobre estudos, pesquisas e conquistas na érea da eletricidade nos tltimos anos Ha uma coisa muito importante a lembrar: a eletrici- dade é um ramo da Fisica que, como toda ciéncia, esté cons- tantemente em movimento. A cada dia, novas descobertas Sao feitas. Novas teorias séo elaboradas. Algumas comple- mentam as anteriores. Outras as anulam. Nenhuma delas é absoluta ou definitiva Para serem aceitas pela comunidade cientifica, as teo- rias devem passar por varias experiéncias, varios testes que as confirmem. E, mesmo assim, o verdadeiro cientista sabe que, a qualquer momento, qualquer teoria pode ser substi- tuida por outra que explique melhor os fatos. E com esse espirito que vocé deve ler as paginas de © Dia-a-Dia da Ciéncia ESPERANCA PARA TETRAPLEGICOS Um novo sistema que funciona com impulsos elétricos, de forma parecida 4 de um marcapasso, esté permitindo a tetraplégicos 0 uso limitaclo das maos. Pesquisadores dos Es- tados Unidos e da Austdlia conclufram com éxito uma série de experimentos com o sistema. Em um ano, os cientistas es- peram conseguir autorizagao da Administracéo de Drogas Alimentos dos Estacios Unidos para comercializar 0 aparelho. © chamado “sistema neuroprotésico” é implantado no peito, soba pele. O aparelho tem cabos conectados a um sensorno ombro¢ um monitor que emite impulsos elétricos aos miscu- los. Em esséncia, 0 sistema atua como ponte entre 0 cérebroe © sistema motor. Adaptado de: Folha de S. Paulo~ 98/3/95 AS PILHAS E © MEIO AMBIENTE Os norte-americanos, apaixonados por todo tipo de apatelho eletrénico, compram 9,5 bilhdes de pilhas por ano e jogam no lixo mais de 90% delas. Essas pilhas descartaveis contém produtos téxicos como o merctrio. Devido aos problemas para recolher as pilhas, muito pouicas so recicladas. Seu contetido venenoso pode infiltrar- se 8 partir da lata-de-lixo ou, com maior probabilidade, cair dos incineradores ao solo. ‘As soluc6es para essa situagao esto gerando resultados tanto positivos como negativos. A maioria das novas pilhas escartaveis foi projetada para operar com muito pouco ou quase nada de mercuric. As pilhas em “oto”, usadas nor- malmente para fornecer energia a reldgios ¢ cameras foto- gréficas, sao fabricadas com tio ou com éxido de prata. As pilhas que podem ser recarregadas entre 300 e 1 000 vezes também redluziram o problema das lates-de-lixo. Mas a maio- ria das pilhas recarregéveis ¢ fabricada com niquel-cédmio e, quando sao finalmente jogadas fora, passam ao ambiente cen- tenas de toneladas de cédmio, altamente téxico. AdBptado de: Fotha de §. Paulo ~ 15/11/93 M4 QUEBRA DE ATOMOS PRODUZ CALOR © funcionamento de uma usina nuclear é muito parecido com o de uma usina térmica: 0 calor geradio evapora a déguade uma caldeira e 0 vapor aciona uma turbina. Dentro do reator existe uma grande quantidade de urénio 235, uma substéncia radioativa. Os nticleos dos étomos desse elemento quimico so bombardeadios com néutrons e se dividem em dois, liberando mais néutrons, que iréo quebrar outros nticleos atémicos. Essa reagao em cadeia provoca calor. Ele aquece a égua do chama- do circuito primério, que circunda o nticleo do reator. O liqui- do chega a atingir 320°C. Para que ele nao entre em ebuliggo.a0 atingir 100°C, um pressurizador mantém a pressdo elevada a cerca de 157 atmosferas (ou seja, 157 vezes maior que em um ambiente normal). Se a pressdo € maior, 0 liquido entra em ebuligdo apenas com a temperatura mais alta porque suas mo- léculas ficam mais comprimidas. A gua do sistema primério passa, por meio de tuoula- <6es, dentro de outra estrutura também cheia de égua, cha: mada gerador de vapor. Ao entrar em contato com as tubula- g6es aquecidas, © contetido do ultimo recipiente se transfor- ma em vapor. Este se expande e, por meio de outras tubula- <6es, atinge uma turbina, fazendo-a girar. A energia térmica se transforma, entéo, em energia mecénica. A energia do movi- mento de rotagéo do eixo da turbina é transferida para 0 eixo de um gerador, produzindo energia elétrica. O vapor, depois de passar para a turbina, vai para um condensador onde é resfriado, transformando-se novamente em liquide e voltan- do para o gerador para ser reutilizado. Esse ¢ 0 processo de funcionamento da maioria das usinas nucleares, incluindo a Central Nuclear de Angra, no Estado do Rio de Janeiro. ‘Adaptado de: Superinteressante — agosto/95 45 ELETRICIDADE E FRATURA DE OSS0S 46 A FDA, agéncia americana que fiscaliza remédios € alimentos, lioerou esta semana 0 uso clinico do ultra-som para © tratamento de fraturas Osseas. © métedo, que pode diminuir pela metade o tempo de regeneracao ossea, foi desenvolvido pelo brasileiro Luiz Romariz Duarte. Trabalhando no Departamento de Materiais da Faculdade de Engenharia da USP (Universidade de So Paulo), em Sao Carlos, Duarte descobriu que um tipo de ultra-som acelera a regeneracao dos ossos fraturados. Os resultados das pesquisas com 0 aparelho foram divulgados em 1976 em um Congresso da Federacao Intemacional de Engenharia Médica e Biologica em Otawa, no Canada © metodo se baseia em uma propriedade do colégeno — fibras existentes no tecido dsseo. As fibras coldgenas séo capazes de transformar vibragdes mecénicas em energia elétrica Os pulsos de ultra-som aplicados provocam uma vibragdo no osso. A eletricidade gerada faz com que as células 6sseas produzam, mais rapidamente, o material de cicatrizagao, diz Duarte. Desde 1979, 0 aparelho foi testado em voluntarios do ‘\ Hospital das Clinicas de Ribeirao Preto-SP, mostrando eficacia em 80% dos casos. Também foi aplicado em 150 voluntarios nos Estados Unidos e em 300 em Israel. ‘Adaptado de: Folha de §. Paulo ~ 19/11/94 P—O queé energia? RM. = Con: capaz de gerar trabalho. jeramos energia tudo o que € P — Quais sao as fontes de energia? RM. —As principais fontes de energia co- nhecidas sao: a 4gua em movimento (energia hi- rica); materiais orginicos combustiveis, como carvio, petréleo, lenha (energia biomassa); ven- tos (energia edlica); Sol (energia solar); a propria ‘Terra (energia georérmica); marés (energia das marés); o micleo de étomos radiativos como os do urinio ¢ plutdnio (energia nuclear). P~ Todas as formas de energia podem se transformar em energia elétrica? RM. - Sim, qualquer forma de energia pode ser transformada, direta ou indiretamente, em. energia elétr P— Como ocorre a transformagio? RM. — Depende da energia a ser transforma- da, Para se transformar energia luminosa em elé- ttica, utilizam-se células foro-voltaicas, que sio as células responsaveis por esse tipo de transforma- ‘gio de 8nergia. Para se transformar energia meci- ica em elétrica, conecta-se um gerador elétrico um motor ou a uma turbina, Para se transfor- mar energia hidrica em elétrica, é necessirio co- locar a égua, que se encontra a uma determinada ENTREVIST REYNALDO MARGARITELLI altura, em movimento porque a energia armi zenada nessa égua é, entao, transformada em ener- gia as pis das turbinas, ser. transformada em energia inética — de movimento — que, ao atingir mecanica e, finalmente, em energia elécrica no gerador. P—Como a energia elétrica permite o fun- cionamento da limpada, do liqiiidificador ou do chuveiro? R.M. ~ Esses aparelhos possuem mecanismos que integram seus circuitos e que sio responsiveis por determinados tipos de conversao. A limpada é um dispositivo que permite transformar a ener- gia elécrica em luminosa quando seu filamento é superaquecido pela passagem dos elétrons. Dessa forma, a lampada emite determinada radiagao cha- mada de energia luminosa. No ligitidificador, um pequeno motor elétrico transforma a energia elé- trica em mecanica, resultando no movimento das pas do liqiiidificador. No chuveiro, uma resistén- cia, elemento que dificulta a passagem da corren- te elétrica, transforma a energia elévrica em térmica —calor—, permitindo o aquecimento da égua que circula em seu interior. P—Como funciona o interruptor de luz? R.M.-O interruptor é um elemento in- tegrante de um circuito que permite ou nio a 47 passagem da corrente elétrica por esse circuito. Se, por exemplo, considerarmos um circuico fechado, contendo uma pilha, um interruptor e uma kim- pada, poderemos ter duas posigées do interruptor: aberto ou fechado. Quando o interruptor estiver 1a posigao fechado, permitira a passagem da cor- rente eléttica ea lampada se acender, Seestiver na posigaoaberto, impediri o fluxo de elécrons ecom isso kimpada permaneceré apagada. P— Quando um aparelho com voltagem de 110 V é ligado em 220 V, ele queima. Por qué? E por que isso no acontece quando um apare- Iho de 220 V é ligado em 110 V2 RM. ~ Utilizando como exemplo de compa ragio um circuito hidrtulico, € possivel entender por que um aparelho cuja voltagem é de 110 V queima quando é ligado a uma tomada de 220. Se, numa determinada canalizacio, introduzirmos ‘gua com uma pressio muito superior aquela que 6 cano pode suportas, a tubulagio se romperi. Agora, é necessério lembrar que a idéia de volta- gem esté relacionada com a nogio de pressio elé- trica, Portanto, da mesma forma que 0 cano se rompe com a passagem da égua, numa pressio muito maior do que a que cle pode suportar, se um aparelho de 110 V for ligado a. uma tomada de 220 V, a pressio elétrica do citcuito seritio grande que faré com que o isolamento do apare- tho se abra, Dizemos que 0 aparelho queimou. Se, 20 contrétio, um aparelho de 220 V for ligado a uma rede de 110 V, 0 nivel de resisténcia para a passagem de corrente sera tio maior que o apare- Tho funcionaré mal ou nao funcionara. Reynaldo Margarit nasceu em So Paulo, cm 1/5/40. E engenheiro industrial, praduado pela Escola Mackenzie, Atualmente, € engenheiro especilista da CESP ~ Cenerais Energéticas de Sio Paulo -, onde trabalha desde 1980. ‘Uma usina hidrelétrica destacando, no detalhe, a turbina que produz 0 movimento de rotago que gera a eletricidade, A ELETRICIDADE | | | | | | E SUAS APLICACOES Albert Gasper ca I i - | | Suplemento de anaes | | Nome: Série: | Escola: Data: | | | UNIDADES E CIENTISTAS | i | | | i | 1 | | 1 | i ‘Charles-Augustin de Coulomb] — Franga (1736 - 1806) Bl \ I , | ) | | | | | | | | | QUAL O CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA DA SUA CASA? Voce pode avaliar 0 consumo de energia elécrica da sua casa e verificar a corregao de seus céleu- los, ou da medigao da companhia, quando chegar a conta. Além disso, vocé vai poder propor & familia medidas de economia, se for 0 caso. Siga os passos: 1 Relacione rodas as Himpadas, aparelhos elétricos ¢ eletrénicos de sua casa. Anote a poténcia de cada um em quilowatts, KW, (se ela estiver em watts transforme em quilowatts, basta dividir por 1 000). Esse valor esta escrito diretamente no aparelho, como no caso das limpa- das, ou em chapinhas atrés do aparelho, ou ainda no manual de instrugGes. Caso vocé nao consiga dlescobrir esse valor, a tabela da pagina 34 dé uma boa orientacéo. Faga uma avaliagdo do tempo que cada lmpada ou aparelho fica funcionando, em média, por dia, 3 em horas. Quando 0 tempo for em minutos, transforme-os em horas. As fragées, nesse caso, so mais faceis de usar. Basta lembrar que 10 min = 1/6 h; 15 min = 1/4 h, 30 min = 1/2 h eassim por diante. I Para cada limpada ou aparelho, mulciplique a poténcia em kW pelo tempo médio de utilizagao didria, em horas. O resultado, multiplique por 30, para obter 0 consumo mensal de cada um. i Veja como fica, por exemplo, o caso de uma limpada de 100 W que, transformados em kW, dé: 100 W’ = 100 + 1 000 = 0,100 kW’ e que fica ligada, em média, cinco horas por dia. O seu consumo mensal seri dado por: eT 0,100 kW kos 5 h = 05 kWh = 30x 0,5 kWh = 15 kWh Calcule 0 prego do quilowatt-hora da sua casa. Como ele varia de acordo com 0 consumo, a melhor forma de avalié-lo ¢ dividir o total da conta pelo consumo em kWh. Agora, voce pode multiplicar 0 valor obtido pelo consumo mensal de cada aparelho e saber quanto cada um gasta. A soma de 5 todos eles deve dar, aproximadamente, o valor da conta do més. E. pouco provavel que vocé acerte exatamente 0 valor da conta, mas, sea diferenga for muito grande, alguma coisa esté errada: ou seus calculos ow a companhia... Peace eenyy FECHE Loco ag a zaicl TL ALGUNS PROBLEMAS SIMPLES ‘Um fio de resisténcia elétrica de 5,0 Q ¢ ligado aos terminais de uma pilha de 1,5 V. Qual éa corrente elétrica que atravessa esse fio? 1 Na kimpada do farol de um automével est escrito: 12 V/4 A. Isso significa que cla deve ser ligada 2 auma voltagem de 12 V e percorrida por uma corrente elétrica de 4 A. Qual a poréncia dessa limpada? 3, Um chuveiro elétrico tem uma poténcia de 4 400 W, quando ligado a uma voltagem de 220 V. ~ Qual a corrente elétrica que percorre esse chuveiro? A poténcia de uma kimpada é 60 W, quando ligada a uma voltagem de 220 V. Quais so, nessas condigées, a corrente e a resistencia elétrica dessa lampada? 4 x 5, Um feroclético vem uma resistncia elétrea de 22.2 est ligado a uma voltagem de 110V. Qual a poréncia desse ferro elétrico? SS ee ee eee ee ee ELETRICO OU ELETRONICO? 1Na sua casa existem aparelhos elétricos ¢ eletrOnicos. Nem sempre as pessoas sabem distin- gui-los muito bem, confundindo uma coisa com outra. Além disso, hoje em dia, ha muitos apare- thos que tém ambas as caracteristicas. Existem, por exemplo, muitos eletradomésticos que so acionados ou controlados eletronicamente. De qualquer forma, ¢ interesante saber o que & um aparelho “elécrico” e o que é um aparelho “elettBnico”. Uma forma simples de fazer‘essa distinggo ¢ verificar a finalidade de cada aparelho. Se ele se destina a gerar luz, calor, ou se bascia no movimen- to de um motor, é quase certo que seja um aparelho elétrico. Se ele opera com dispositivos, como diodos, transistores, chips ou circuitos integrados, ¢ se destina a receber, transmitir e reproduzir som ¢ imagem, certamente é um apareho cletrOnico. Ha muitos casos em que nao é possfvel uma classificagio definida. Uma geladeira, por exemplo, € uma méquina térmica, quase sempre aciona- da por um motor elétrico; um telefone comum tem como principio de funcionamento a propaga- ao de impulsos elétricos, mas todo relefone moderno tem componentes eletrénicos. A partir dessas consideragées, faga um inventaio dos aparelhos de sua casa, relacionando na tabela abaixo quais sao elétricos, eletrdnicos ¢ eletro-eletrénicos. TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS Suponha que voct tem uma porcio de caixas iguais, de 20 em de altura, € deve fazer uma pilha 1s ais. Das medidas dadas a seguis lgumas no poder represenvar altar dessa pi 80 cm, 145 cm, 200 cm, 60 cm e 190 cm, Assinale quais sio essas medidas e justifique a sua escolha, © que a sua resposta tem a ver com a quantizagao da carga elétrica? De quark tem uma carga létrica menor que a do elétron, mas a carga do elétron continua a ser considerada a menor carga elétrica possivel, a carga elétrica clementar. Por que’ ea todo corpo, normalmente, é eletricamente neutro? O que deve ocorrer para que ele Fique eletrizado? 14, Stoanbacve yoo tex dae corpo descr: Qe procesn vook usta park carregé-los eletri- camente? Justifique. Voce tem um bastao carregado positivamente, Qual o melhor processo para carregar eletricamente bém positivamente, S_ uma bolinha de isopor, ilizando esse bastiio? E se vocé quisesse carregar 5: P 7 8 essa bolinha negativamente? Por qué? Voltagem, tensio ¢ diferenca de potencial so sindnimos, Quando uma coisa tem muitos nomes é 6 porque ela é muito itil ou muito importante. Por que essa grandeza é to importante? ica é, em Fi A corrente gas positivas? Como? 8 0 que hé de comum entre um circuito de Férmula 1 © um circuito elétrico? Vocé pode acender uma limpada de lanterna de 1,5 V com qualquer pilha de 1,5, mesmo aquelas micropilhas de relégio? Por qué? 1 () Quando os bombiirosinspecionam as instalagses de uma empress, sempre veificam o quad de fusiveis e disjuntores. Por que eles dio tanta importincia a esses dispositivos elétricos? Vu MELVILLE, D.R.G. Elerricidade. Editora Melhoramentos/Editora da USP, 1975. GASPAR, Alberto, Experiéncias de Fica pana o 1° Grau, Editora Atica, 1990. CANBY, Edward T. Histéria da Eleericidade. Livraria Moraes Editora, 1965. RONAN, Colin A. Histria Istrada da Ciencia, Volumes I, Il, Il € TV, Citculo do Livro, 1987. 7 DICROPANI, Ottaviano De Fiori. O Mundo da Elericidade. Eletropaulo — Eletricidade de Séo Paulo, 1987. . Projecto Fisica. Unidade 4, Fundagao Calouste Gulbenkian, 1985. SERIE INVESTIGANDO - Este é€ um dos numerosos volumes da série Investigando. Uma série inovadora. Livros com linguagem clara, precisa, direta. Jornalistica. Com boxes, entrevistas, textos de jornais e revistas trazendo as tiltimas novidades sobre 0 assunto. Adaptados 4 sua realidade: Seu contetido é desenvolvido dentro de um encadeamento ldgi- co, que facilita a compreensdo. Mesmo quem nunca estudou 0 assun- to agora pode entendé-lo. E quem jé o estudou vai ficar ainda mais bem informado. E 05 livros séo muito bem produzidos. Basta dar uma olhada. Mo- dernos, atraentes... Fique de olho nesta série: ela sempre vai trazer novidades. Veja os titulos j4 publicados ou em vias de langamento: ® Baleias e golfinhos # O sangue @ Audicao e fala @ Historia da eletricidade @ Acletricidade e suas aplicagées @ Os metais ¢ o homem @ Genética ES ES ES ES ES SS ES ES PES ES ES BSS RS Ke ee ——-s KS Ke KE Ke 5-08-0b0S4-8 ) Sosloeosael / 8508 a NS MTS

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