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CiÊnCiA e proprieDADe Dos Materiais
CiÊnCiA e proprieDADe Dos Materiais
Dos mAteriAis
2012
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof. Jony Cesar Tomelin
658.7
T656cTomelin, Jony Cesar
Ciência e propriedade dos materiais / Jony Cesar Tomelin. Indaial :
Uniasselvi, 2012.
239 p. : il
1. Administração - materiais.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a)!
Bom estudo!
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS............................................. 1
VII
3 MATERIAIS POLICRISTALINOS................................................................................................... 44
4 MATERIAIS AMORFOS.................................................................................................................... 45
5 MATERIAIS SEMICRISTALINOS.................................................................................................. 46
RESUMO DO TÓPICO 4...................................................................................................................... 48
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 49
VIII
TÓPICO 2 – PROPRIEDADES ÓTICAS............................................................................................ 109
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 109
2 PRINCÍPIOS BÁSICOS...................................................................................................................... 109
3 REFRAÇÃO........................................................................................................................................... 110
4 REFLEXÃO............................................................................................................................................ 111
5 ABSORÇÃO.......................................................................................................................................... 111
6 TRANSMISSÃO.................................................................................................................................. 112
7 COR........................................................................................................................................................ 113
8 OPACIDADE E TRANSLUCIDEZ................................................................................................... 113
9 LASERS.................................................................................................................................................. 114
10 FIBRAS ÓTICAS................................................................................................................................ 116
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 117
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 118
IX
4 DUREZA................................................................................................................................................155
5 ENSAIO DE TRAÇÃO........................................................................................................................157
6 ANÁLISE QUÍMICA...........................................................................................................................160
7 ANÁLISE CRISTALOGRÁFICA (DIFRAÇÃO DE RAIOS-X)...................................................163
8 ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS.....................................................................................................165
LEITURA COMPLEMENTAR..............................................................................................................169
RESUMO DO TÓPICO 6......................................................................................................................171
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................172
X
TÓPICO 3 – RECICLAGEM DOS MATERIAIS...............................................................................225
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................225
2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS...........................................................................225
3 RECICLAGEM DE MATERIAIS METÁLICOS.............................................................................227
4 RECICLAGEM DE MATERIAIS POLIMÉRICOS........................................................................227
5 RECICLAGEM DOS MATERIAIS CERÂMICOS.........................................................................229
LEITURA COMPLEMENTAR............................................................................................................. 230
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 234
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 235
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 237
XI
XII
UNIDADE 1
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em seis tópicos que contribuirão na compreensão
dos fundamentos da ciência e propriedades dos materiais. Além disso, em
cada um dos tópicos você encontrará atividades que o ajudarão a consolidar
os conceitos apresentados.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1 INTRODUÇÃO
Para o completo entendimento das propriedades e aplicações dos diversos
materiais disponíveis comercialmente, bem como entender as ferramentas de
análise e desenvolvimento de materiais, é necessário inicialmente que possamos
compreender a real importância do estudo que estaremos desenvolvendo neste
tópico. Dessa forma, estaremos inicialmente conversando um pouco a respeito da
história do desenvolvimento dos materiais ao longo do tempo, e sua integração
com o desenvolvimento da sociedade.
2 PERSPECTIVA HISTÓRICA
A escolha de materiais adequados para determinadas aplicações, mesmo
em uma análise desprovida de conhecimentos específicos, nos remete aos mais
remotos momentos da existência da humanidade. A necessidade da caça, da pesca,
da construção de abrigos, da criação de vestimentas, e a elaboração de utensílios
para as diversas atividades do homem primitivo, podem ser tomadas como exemplo
de uma seleção de materiais com características mais adequadas para cada caso.
Convenhamos que, nesse contexto inicial, as opções de materiais disponíveis eram
de relativa escassez: madeira, barro, pedra, couro, fibras naturais. Qual material
ou combinação destes vocês utilizariam para a confecção de uma lança para caça?
3
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
Podemos concluir então que, tanto para o homem que habitava as cavernas
até o homem que habita as modernas estações espaciais, o conhecimento das
propriedades dos materiais disponíveis e a engenharia ou desenvolvimento de
novos materiais criados e constantemente aprimorados são fundamentais para
a manutenção de condições em que este possa viver de forma adequada às suas
necessidades, em um mundo moderno cada vez mais dinâmico.
4
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
5
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
TUROS
ESTUDOS FU
6
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
7
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
3.3 POLÍMEROS
Os materiais poliméricos são de base orgânica (contêm carbono, C).
Esses materiais, assim como os metais e cerâmicas, podem ser caracterizados
por um agrupamento de átomos que formam uma estrutura, que se repete
indefinidamente no material. No caso dos polímeros, essa estrutura é chamada
de mero. Um polímero pode ser definido, então, como um conjunto de meros.
8
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
9
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
3.4 COMPÓSITOS
Vimos nos itens anteriores que os diferentes tipos de materiais apresentam
características que os tornam interessantes para determinadas aplicações, porém,
apresentam também limitações. A busca de propriedades ótimas para aplicações
específicas motivou o estudo dos materiais compósitos.
10
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
3.5 SEMICONDUTORES
Os materiais semicondutores apresentam condutividade elétrica
intermediária entre metais condutores e materiais intrinsecamente isolantes, como
é o caso da maioria das cerâmicas. Normalmente o nível dessa condutividade
é afetado por variações pequenas na quantidade de determinadas impurezas,
sendo esse um ponto chave no desenvolvimento desses materiais.
3.6 BIOMATERIAIS
A função dos biomateriais, como o nome indica, é a de substituir partes do
corpo danificadas ou doentes. Podemos produzir biomateriais utilizando cerâmicas,
polímeros, metais, semicondutores ou compósitos. Uma das principais características
desses materiais é a não liberação de produtos tóxicos e biocompatibilidade, ou seja,
não devem sofrer rejeição por parte do organismo receptor.
11
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
4 ESTRUTURA ATÔMICA
A explicação para o comportamento macroscópico dos materiais tem sua
origem em suas características atômicas: tipos de átomos e arranjo entre eles, no
que chamamos de estrutura. No entanto, para compreendermos as características
de arranjo entre os átomos, é necessário relembrarmos alguns conceitos de
química e física, os quais você já estudou nas respectivas disciplinas.
sua massa (9,11 x 10-31 Kg), ou seja, os elétrons são cerca de 10000 vezes mais leves.
FIGURA 5 – O ÁTOMO
FONTE: O autor
12
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS
ATENCAO
13
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico estudamos alguns conceitos fundamentais da ciência dos
materiais. A seguir apresentamos um resumo dos principais pontos abordados:
14
AUTOATIVIDADE
15
16
UNIDADE 1
TÓPICO 2
LIGAÇÕES QUÍMICAS
1 INTRODUÇÃO
As características das ligações químicas dos materiais estão relacionadas
diretamente com as suas propriedades. Por esse motivo torna-se muito
importante conhecermos os princípios que governam essas ligações nos sólidos.
Quando analisamos o comportamento mecânico ou térmico de um material,
o conhecimento da origem do comportamento macroscópico observado é
importante para interpretarmos os resultados obtidos.
FONTE: O autor
17
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
FL = FA + FR
FA + FR = 0
∫
E = F dr
18
TÓPICO 2 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
Vamos imaginar que a curva descrita na figura funciona como uma rampa,
e que depositamos uma esfera no ponto A. A esfera está em equilíbrio no ponto
A, e não irá se movimentar, a menos que coloquemos alguma energia mecânica
que a faça se movimentar para o lado direito ou esquerdo. Ao movimentarmos
a esfera para o lado direito por um curto percurso, e ao liberarmos a esfera, a
mesma retornará ao ponto A. O mesmo acontece ao movimentarmos a esfera para
a esquerda: a esfera retorna ao ponto A, que é o de menor energia.
Repulsão
Atração
d
FONTE: O autor
19
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
ATENCAO
3 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS
20
TÓPICO 2 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
21
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
ATENCAO
22
TÓPICO 2 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
4 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
Vimos anteriormente que nas ligações iônicas, os átomos doadores e
receptores de elétrons adquirem caráter positivo e negativo. Se considerarmos
uma molécula, como, por exemplo, a do HF (fluoreto de hidrogênio), cuja
ligação é de caráter iônico, podemos constatar que a extremidade que contém
o H apresenta caráter positivo, enquanto a extremidade de F apresenta caráter
negativo. Quando aproximamos duas moléculas de HF, o H positivo de uma
das moléculas é atraído pelo F negativo da outra molécula. Temos nesse caso um
exemplo de força de ligação secundária, do tipo ponte de hidrogênio (conforme
a figura a seguir).
23
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
24
TÓPICO 2 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
UNI
25
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico estudamos as ligações químicas dos materiais. A seguir
apresentamos um resumo dos principais pontos abordados:
26
AUTOATIVIDADE
27
28
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Compreendemos no tópico anterior que o tipo de ligação dos átomos e
a energia de ligação química são características importantes para classificarmos
e entendermos o comportamento dos materiais. No entanto, essas informações
são insuficientes para entendermos completamente as suas propriedades
macroscópicas.
29
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
30
TÓPICO 3 | TIPOS DE ESTRUTURA CRISTALINA
Exemplo:
● Observe a face frontal da célula unitária do tipo CFC (figura 14, a seguir).
Podemos traçar um triângulo retângulo que compreende duas arestas;
● Se h=4r, temos:
4R a
2 2
a2
16 R 2 2a 2
a 8R 2
a = 2R 2
a 2 0 ,175 x109 2
a = 0,50 × 10 -9 m .
31
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
V a3
V ( 2 R 2 )3
V = 16 R 3 2
3
V 16 0 ,175 109 2
V = 0,125 × 10 -27 m 3
A n
Mc
NA
Onde:
32
TÓPICO 3 | TIPOS DE ESTRUTURA CRISTALINA
207,19 4
Mc
6, 023 1023
Mc 1, 376 10-21g
Mc
ρ=
V
Onde:
1,376 × 10 -21 g
ρ=
0,125 × 10 -21 cm 3
g
ρ = 11,00 cm³
ρ = 11,00 0
cm 3
A densidade do chumbo comercial é de 11,34 g/cm3. Portanto, podemos
ter uma boa aproximação da densidade do material a partir de dados de sua
estrutura cristalina e das características de seus átomos.
4 R3 × 4
FEA = 3
16 R 3 2
FEA = 0,74
33
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
O que na prática indica que 74% da célula unitária é ocupada por átomos,
e 26% são vazios.
4R
a=
3
UNI
34
TÓPICO 3 | TIPOS DE ESTRUTURA CRISTALINA
• Cada um dos dois átomos nos centros dos hexágonos contribui com ½ átomo;
35
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
UNI
36
TÓPICO 3 | TIPOS DE ESTRUTURA CRISTALINA
37
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
38
TÓPICO 3 | TIPOS DE ESTRUTURA CRISTALINA
39
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico estudamos os tipos de estrutura cristalina dos materiais. A
seguir apresentamos um resumo dos principais pontos abordados:
40
AUTOATIVIDADE
41
42
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Vimos nos tópicos anteriores que algumas propriedades dos materiais têm
relação direta com as características das ligações químicas. Constatamos também
que somente estas características não são suficientes para explicar as propriedades
macroscópicas desses materiais: o tipo de estrutura cristalina ou arranjo espacial
destes átomos está ligado às diferentes propriedades de um sólido.
2 MATERIAIS MONOCRISTALINOS
Quando falamos anteriormente sobre a estrutura dos materiais,
verificamos que alguns apresentam um arranjo atômico, os quais caracterizaram
pela célula unitária, que é a menor unidade que se repete indefinidamente no
material. Suponham que estamos em um estado inicial onde a temperatura de
um determinado material está acima da sua temperatura de fusão, e temos um
líquido de composição química homogênea. Nessa condição os átomos não estão
ligados por forças primárias.
43
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
3 MATERIAIS POLICRISTALINOS
A grande maioria dos materiais cristalinos é composta por um grande
número de cristais, sendo chamados de policristalinos.
44
TÓPICO 4 | CRISTALINIDADE DOS MATERIAIS
UNI
4 MATERIAIS AMORFOS
Um material cristalino (monocristalino ou policristalino) é aquele que
apresenta uma ordenação atômica de longo alcance. No caso dos materiais cerâmicos
e metálicos, por exemplo, essa condição é preenchida pela ordenação de células
unitárias em cristais de grande tamanho quando comparados a essas células.
45
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
5 MATERIAIS SEMICRISTALINOS
Alguns materiais apresentam características tanto de materiais cristalinos
como de materiais amorfos. É o caso de vários tipos de polímeros. Os materiais
semicristalinos são caracterizados por regiões bem definidas, contendo uma
ordenação atômica ou molecular, caracterizando uma fração cristalina, e uma
fração amorfa.
46
TÓPICO 4 | CRISTALINIDADE DOS MATERIAIS
FIGURA 24 – CRISTALITO
E
IMPORTANT
47
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico estudamos a cristalinidade dos materiais. A seguir
apresentamos um resumo dos principais pontos abordados:
48
AUTOATIVIDADE
49
50
UNIDADE 1
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Nos tópicos anteriores compreendemos que os átomos em um material
sólido tendem a se organizar em padrões que se repetem, em forma de células
unitárias ou moléculas. Os materiais apresentam, no entanto, imperfeições de
diversas naturezas, as quais podem ser originadas no processo de cristalização
ou pela deformação do componente.
2 DEFEITOS PONTUAIS
Os átomos em um material sólido encontram-se, em temperatura ambiente,
em movimento vibracional de elevada frequência (da ordem de 1013 vibrações
por segundo) e amplitude de poucos milésimos de nanômetro. O aumento da
temperatura de um material implica no aumento da vibração desses átomos. Na
temperatura de fusão essas vibrações são tão elevadas que culminam na ruptura
das ligações.
Qv
Nv Ne kT
Autointersticial
Lacuna
3 IMPUREZAS
Assim como a presença de lacunas, em materiais sólidos sempre existe uma
quantidade de impurezas ou átomos estranhos na rede cristalina. De fato, a maioria
dos metais comerciais apresenta quantidades consideráveis de átomos diferentes
de impureza, muitas vezes adicionados de forma proposital, com o intuito de se
obter propriedades específicas. Existem dois tipos de impureza: substitucional e
intersticial, que se caracterizam pela diferença entre o raio atômico do material
solvente (aquele que se apresenta em maior quantidade).
53
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
4 DISCORDÂNCIAS
Uma discordância consiste em um defeito onde localmente alguns dos
átomos estão fora de alinhamento. As discordâncias podem ser de três tipos:
linear, espiral ou mista (combinação de linear com espiral). A figura a seguir
mostra esquematicamente uma discordância do tipo linear.
Discordância
em linha
5 SISTEMAS DE ESCORREGAMENTO
Para que haja a movimentação de uma discordância dentro do material,
algumas características devem ser observadas:
55
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
Alongamento
56
TÓPICO 5 | DEFEITOS DA ESTRUTURA CRISTALINA
UNI
6 CONTORNOS DE GRÃOS
Vimos anteriormente que, em um monocristal, o movimento das
discordâncias ocorre em todo o material. No entanto, os materiais comerciais
são policristalinos, ou seja, são compostos por vários cristais que nuclearam e
cresceram a partir de um líquido resfriado. É válido então supormos que os planos
e direções compactas estão orientados de forma diferente em cada cristal. No local
onde os cristais se tocam, existem ligações químicas incompletas, consistindo em
vacâncias e discordâncias, formando o que chamamos de contorno de grão.
57
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
(a)
(b)
58
TÓPICO 5 | DEFEITOS DA ESTRUTURA CRISTALINA
Ky
σ y =σ 0 +
d
Onde:
σy = tensão de escoamento
σ0 = constante do material
Ky = constante do material
D = diâmetro médio dos grãos.
UNI
59
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico estudamos os principais defeitos da estrutura cristalina. A
seguir apresentamos um resumo dos principais pontos abordados:
60
AUTOATIVIDADE
61
62
UNIDADE 1
TÓPICO 6
DIAGRAMAS DE FASES
1 INTRODUÇÃO
O estudo dos diagramas de fases em sistemas de ligas, sobretudo para
os materiais metálicos, é bastante importante. Vimos nos tópicos anteriores que
as propriedades macroscópicas podem ser entendidas a partir das energias de
ligação de cada material, da forma como os átomos se agrupam e da presença e
tipo de imperfeições. Além da influência do que chamamos de estrutura (arranjo
atômico), as propriedades são drasticamente afetadas pela microestrutura do
material. A microestrutura final do material irá depender de alguns fatores, os
quais estarão sendo discutidos nesse tópico.
2 SOLUBILIDADE
Vimos nos tópicos anteriores que para um determinado material podem
ocorrer substituições parciais dos átomos do componente por outros, o que gera
uma liga. Vimos também que em alguns casos átomos pequenos podem ocupar os
espaços vazios entre os átomos e formam uma estrutura cristalina. A quantidade
desses átomos “estranhos” que podem substituir ou ocupar os interstícios da
estrutura é dependente da solubilidade.
3 FASES
No nosso exemplo da mistura de açúcar com água, quando esta ainda
não atingiu o limite de solubilidade, é composta por apenas uma fase. Quando se
atinge o limite de solubilidade, uma segunda fase faz parte do sistema: o açúcar
depositado no fundo. Uma fase consiste em uma porção homogênea da mistura,
que apresenta características físicas e químicas uniformes. Na mistura de açúcar
com água, a solução é líquida e o açúcar depositado no fundo é sólido.
63
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
4 EQUILÍBRIO DE FASES
Suponhamos que uma solução de água e açúcar esteja fechada em um
recipiente a 20°C e em contato com açúcar sólido, em equilíbrio. Nesse caso
temos duas fases em equilíbrio, uma sólida e outra líquida, com características
físicas e químicas distintas. Se elevarmos a temperatura rapidamente para 100°C,
podemos esperar que parte do açúcar sólido vá se dissolver na solução, até que
se atinja um novo estado de equilíbrio.
5 MICROESTRUTURA
O arranjo das fases em um material sólido é chamado de microestrutura.
As diferentes fases, que apresentam características físico-químicas distintas,
podem ser diferenciadas pela análise em microscópio ótico (MO) ou microscópio
eletrônico de varredura (MEV), por exemplo.
64
TÓPICO 6 | DIAGRAMAS DE FASES
UNI
65
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
• Existe uma região intermediada por duas linhas (linha solidus e linha liquidus)
onde coexistem a fase α, que é sólida, e uma fase líquida;
66
TÓPICO 6 | DIAGRAMAS DE FASES
67
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
• Traçar uma isoterma que passa através do ponto B e intercepta as linhas solidus
e a linha liquidus;
• Traçar uma isoterma que passa pelo ponto B e intercepta a linha solidus e a linha
liquidus;
Cs -C B
%FL = ×100
CT
C B -C L
%Fα = ×x 100
CT
68
TÓPICO 6 | DIAGRAMAS DE FASES
CT = CS – CL
2) Com o auxílio de uma régua com graduação em mm, mensurar o comprimento
das linhas no diagrama de fases, obtendo os valores de CT, CL e CS.
CT = CS – CL = 42,5 – 31,1 = 1
O percentual de fase líquida pode ser calculado da seguinte forma:
CS C B 42 , 5 35
% FL 100 100 68, 2%
CT 11
CB CL 35 31, 5
%FL 100 100 31, 8%
CT 11
69
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
70
TÓPICO 6 | DIAGRAMAS DE FASES
E
IMPORTANT
71
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
72
TÓPICO 6 | DIAGRAMAS DE FASES
73
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
74
TÓPICO 6 | DIAGRAMAS DE FASES
ATENCAO
Observem que o campo onde somente existe ferrita (α) como única fase da
microestrutura no diagrama de fases, em temperatura ambiente, consiste em uma estreitíssima
faixa próxima à composição do Fe puro. A solubilidade do C na estrutura CCC é limitada.
Ferrita
Proeutetóide
Perlita
76
TÓPICO 6 | DIAGRAMAS DE FASES
77
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
9 DIAGRAMAS TERNÁRIOS
Alguns materiais são compostos por três ou mais componentes, sendo que
muitas vezes a representação gráfica de seus diagramas de fases se torna complexa
e impraticável. Muitos dos sistemas cerâmicos são apresentados na forma de
diagramas ternários, onde são desenhados três eixos, cada um correspondendo a
percentual de 0% a 100% de cada componente. Um quarto eixo é utilizado para
incluir a variável temperatura, perpendicular ao plano do diagrama.
LEITURA COMPLEMENTAR
Edison Z. da Silva
78
TÓPICO 6 | DIAGRAMAS DE FASES
na vida de todos nós, de gerações posteriores. De fato, é difícil hoje vivermos sem
produtos que são a consequência direta dos avanços da física moderna, como
computadores, telefones celulares e lasers.
79
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
Americana de Física (APS) com o título "Há Muito Espaço Lá Embaixo" ("There's
Plenty of Room at the Bottom") e muitos acharam que ele apresentava apenas uma
brincadeira. Nessa palestra Feynman propunha que a ciência do muito pequeno, a
escala nanométrica, deveria ser surpreendente e que, se explorada, poderia oferecer
novas possibilidades de dispositivos feitos pela manipulação de átomos. O sonho
de Feynman demorou um pouco para acontecer.
80
TÓPICO 6 | DIAGRAMAS DE FASES
81
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
ela murche por perda do gás interior. Essas bolas são usadas desde 2002 como as
bolas oficiais da Copa Davis de Tênis. A empresa Nanoledge produz raquetes de
tênis com nanotubos de carbono em sua estrutura, proporcionando um material
mais leve e resistente.
82
TÓPICO 6 | DIAGRAMAS DE FASES
83
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA DOS MATERIAIS
84
RESUMO DO TÓPICO 6
85
AUTOATIVIDADE
Caro(a) acadêmico(a), para melhor fixar o conteúdo da unidade,
sugerimos que desenvolva as seguintes atividades:
1 Defina isoterma.
86
UNIDADE 2
CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES
DOS MATERIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade o(a) acadêmico(a) estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em seis tópicos que contribuirão na compreensão
da caracterização e propriedades dos materiais. Além disso, em cada um dos
tópicos você encontrará atividades que o ajudarão a consolidar os conceitos
apresentados.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
1 INTRODUÇÃO
Quando pensamos em materiais de engenharia, um dos primeiros
requisitos de projeto que julgamos importante é a resistência mecânica do
material. De fato, em componentes onde atuam tensões estáticas ou cíclicas,
as características intrínsecas dos materiais estão diretamente relacionadas ao
desempenho do componente.
2 TENSÃO E DEFORMAÇÃO
Vimos na Unidade 1 que a energia de ligação dos átomos é um fator crucial
para as características de rigidez do material. Ao analisarmos o comportamento
macroscópico de um material, é esperado que as características particulares
da sua estrutura tenham alguma relação com as suas propriedades. De fato, o
efeito da energia de ligação, tipo de arranjo cristalino, presença e quantidade
de defeitos e microestrutura explicam o comportamento que observamos no
material utilizado para a fabricação de um componente.
89
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
TUROS
ESTUDOS FU
Deformação
FONTE: O autor
3 MÓDULO DE ELASTICIDADE
O módulo de elasticidade (ou módulo de Young) é uma constante do
material, e está relacionada com a sua rigidez.
90
TÓPICO 1 | PROPRIEDADES MECÂNICAS
Frágil
Dútil
Tensão
Deformação
FONTE: O autor
E
91
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
4 TENSÃO DE ESCOAMENTO
Durante o incremento da carga (e consequentemente da tensão mecânica),
alguns fenômenos relacionados à estrutura do material começam a interferir na
relação entre a tensão e a deformação. O valor de tensão onde a razão tensão/
deformação deixa de ser linear é chamado de tensão de escoamento (σe).
E
IMPORTANT
92
TÓPICO 1 | PROPRIEDADES MECÂNICAS
5 TENSÃO DE RESISTÊNCIA
Durante a aplicação crescente de carga mecânica de tração em um
material metálico, após atingir a tensão de escoamento, o material irá se
deformar permanentemente (permanece deformado ao retirarmos a carga). O
que observamos macroscopicamente é o aumento do comprimento e diminuição
da espessura do componente. Essa condição prossegue até que o material atinja a
sua tensão de resistência (σr).
93
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
6 TENSÃO DE RUPTURA
Ao analisarmos um gráfico de tensão vs. deformação de materiais
metálicos dúcteis e polímeros, observamos que a tensão de ruptura é menor do
que a tensão de resistência. Isso acontece porque no cálculo da tensão levamos em
consideração o diâmetro inicial do componente, e não o seu diâmetro para cada
tensão aplicada. Quando o corpo de prova passa pela tensão de resistência, seu
diâmetro diminui a uma taxa maior e de forma localizada (região de estricção).
94
TÓPICO 1 | PROPRIEDADES MECÂNICAS
Tensão
Deformação
FONTE: O autor
95
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
96
TÓPICO 1 | PROPRIEDADES MECÂNICAS
97
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
Ferro Carbono
98
TÓPICO 1 | PROPRIEDADES MECÂNICAS
TUROS
ESTUDOS FU
99
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
100
TÓPICO 1 | PROPRIEDADES MECÂNICAS
12 FADIGA
A falha de um componente por fadiga acontece em aplicações onde o
componente está sujeito a cargas cíclicas (asas de aviões, componentes de máquinas
etc). De fato, a maior incidência de falhas em materiais metálicos tem como causa
a fadiga, e há um fator bastante importante que contribui para esse fato: as tensões
de falha por fadiga são substancialmente menores do que a tensão de resistência
do material. Portanto, em componentes onde o carregamento é cíclico, algumas
considerações adicionais de projeto precisam ser aplicadas.
101
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
102
TÓPICO 1 | PROPRIEDADES MECÂNICAS
103
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
13 FLUÊNCIA
Alguns componentes são utilizados em aplicações onde ocorre a aplicação
de uma tensão estática, porém aliada à utilização de elevadas temperaturas de
serviço, como em tubulações de vapor de alta pressão. Quando essa temperatura
é maior do que 40% da temperatura de fusão do material, um tipo característico
de falha pode ocorrer: a fluência.
104
TÓPICO 1 | PROPRIEDADES MECÂNICAS
105
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
106
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico estudamos as características mecânicas dos materiais. A
seguir apresentamos um resumo dos principais pontos abordados:
107
AUTOATIVIDADE
108
UNIDADE 2 TÓPICO 2
PROPRIEDADES ÓTICAS
1 INTRODUÇÃO
Ao iniciarmos nosso estudo sobre as propriedades óticas dos materiais,
é natural que a nossa visão sobre a abrangência desse tema seja limitada.
Possivelmente a primeira imagem que temos sobre o assunto está relacionada ao
desenvolvimento e aplicação de lentes. De fato, o desenvolvimento das lentes nos
possibilitou conhecermos mais sobre os materiais e sobre outras ciências com o
advento da microscopia ótica, e também dos telescópios.
2 PRINCÍPIOS BÁSICOS
Para facilitar o estudo, vamos relembrar alguns conceitos de física
relacionados às propriedades óticas:
• Fóton: O fóton é uma partícula elementar que pode se comportar como uma
partícula ou como uma onda. A luz é formada por um grande número de
fótons: quanto maior a quantidade de fótons, maior é a intensidade da luz;
109
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
c
f
3 REFRAÇÃO
Em materiais transparentes, a luz que é transmitida para o interior sofre
uma diminuição em sua velocidade. A razão entre a velocidade da luz (c) no
vácuo (3 x 108 m/s) e a velocidade da luz no material (υ) é chamada de índice de
refração (η).
c
Ao incidirmos uma luz branca sobre um prisma, notamos que a luz que
atravessa o prisma é decomposta em várias cores. De fato, a luz branca visível é
uma composição de todas as cores, e contém todos os comprimentos de onda de
luz visível.
110
TÓPICO 2 | PROPRIEDADES ÓTICAS
4 REFLEXÃO
Quando uma luz passa de um meio para outro com índice de refração
diferente (por exemplo, do ar para o vidro), parte dessa luz é dispersa, e parte da
luz atravessa o meio. A esse fenômeno damos o nome de reflexão. A refletividade
é relacionada com o índice de refração dos meios pela seguinte equação:
2
n n
R 2 1
n2 n1
2
n 1
R s
ns 1
Portanto, quanto maior for o índice de refração do sólido, maior será a sua
refletividade.
5 ABSORÇÃO
Um material não metálico pode absorver fótons de luz incidentes. Esse
fenômeno ocorre dependendo da energia desse fóton: a energia de excitação deve
ser maior do que a energia entre a banda de valência e a banda de condução dos
átomos do material. A energia do fóton de luz incidente é utilizada para promover
um elétron da banda de valência para a banda de condução, gerando assim um
elétron livre na banda de condução, e um buraco na banda de valência. A figura
a seguir ilustra esse processo.
111
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
6 TRANSMISSÃO
A quantidade de luz transmitida através de um sólido irá depender de
qual fração dessa luz é refletida e absorvida pelo material. A intensidade de
transmissão se relaciona com o coeficiente de absorção β, a intensidade do feixe
de luz incidente I0, a refletividade R e a espessura da peça l pela seguinte equação:
IT I 0 1 R e l
2
112
TÓPICO 2 | PROPRIEDADES ÓTICAS
7 COR
O fenômeno que observamos como cor está relacionado com a absorção
de luz incidente, porém de forma seletiva em relação ao comprimento de
onda. A absorção seletiva se dá pela excitação de elétrons. Quando um fóton
de determinada energia é absorvido, gerando uma excitação de um elétron, o
posterior decaimento desse elétron emite novamente um fóton. Essa emissão nem
sempre é na mesma frequência, portanto a cor irá depender da frequência de luz
transmitida, mas também da frequência reemitida pelo material.
8 OPACIDADE E TRANSLUCIDEZ
Em materiais isolantes, as características de transmitância e refletância
fazem com que estes sejam opacos ou translúcidos. Quando o feixe de luz encontra
barreiras internas, tais como cristais ou fases, ou ainda poros, a transmissão da
luz é alterada, aumentando a opacidade. Em materiais poliméricos, o grau de
cristalinidade está diretamente relacionado à translucidez: as regiões cristalinas
geram um maior espalhamento da luz incidente.
113
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
9 LASERS
Laser significa amplificação da luz por emissão estimulada de radiação
(do inglês: light amplification by stimulated emission of radiation). As transições
eletrônicas que estudamos anteriormente são espontâneas. Nos lasers, essas
transições são geradas por um estímulo externo.
• O feixe de luz viaja repetidamente para frente e para trás do bastão, e sua
intensidade vai aumentando conforme novas emissões vão sendo estimuladas.
Por fim, um feixe monocromático de alta intensidade e bastante colimado é
emitido.
114
TÓPICO 2 | PROPRIEDADES ÓTICAS
115
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
10 FIBRAS ÓTICAS
O advento das fibras óticas permitiu um avanço excepcional na área da
comunicação. As fibras óticas substituem os fios de cobre na transmissão de
informação. Essencialmente, a transmissão da informação passa de ser por um
meio eletrônico (elétrons), no cobre, para a transmissão através de fótons nas
fibras óticas.
116
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico estudamos algumas propriedades óticas dos materiais. A
seguir apresentamos um resumo dos principais pontos abordados:
• Materiais não metálicos absorvem fótons com energia maior que o intervalo
entre a banda de valência e a banda de condução.
117
AUTOATIVIDADE
4 Quais as vantagens da utilização das fibras óticas frente aos tradicionais cabos
elétricos para transmissão de informações?
118
UNIDADE 2 TÓPICO 3
PROPRIEDADES ELÉTRICAS
1 INTRODUÇÃO
Na seleção de materiais para determinadas aplicações, muitas vezes se
faz necessário considerar as suas características elétricas, seja pela necessidade de
isolamento da energia elétrica, pela condução de eletricidade com poucas perdas,
ou em componentes que conduzam eletricidade em quantidades intermediárias
ou em valores específicos.
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Do estudo dos tópicos anteriores, aprendemos que os átomos são
compostos de partículas elementares. Embora a condutividade elétrica possa
estar relacionada ao movimento de íons, ela está mais frequentemente vinculada
ao movimento das partículas com cargas elétricas negativas: os elétrons. A
eletricidade está relacionada ao movimento de elétrons.
119
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
V
R=
i
R. A
l
1
3 RIGIDEZ DIELÉTRICA
A rigidez dielétrica é uma propriedade do material que se relaciona com a
sua capacidade de manutenção das características de isolamento de eletricidade.
Ela é avaliada aplicando-se um campo elétrico crescente em um material com
espessura conhecida. A tensão onde o material passa de isolante a condutor é
identificada em ensaios específicos. A unidade de rigidez dielétrica é V/m.
120
TÓPICO 3 | PROPRIEDADES ELÉTRICAS
4 MATERIAIS CONDUTORES
Vimos anteriormente que quando aproximamos átomos, surgem forças de
repulsão e atração, causadas pela presença de carga positiva nos núcleos e pelos
elétrons nas camadas que circundam esses núcleos. Na ligação de vários átomos
nos materiais metálicos para a formação do sólido ocorrem interações entre os
átomos envolvidos: as cargas positivas e negativas de cada átomo perturbam
mutuamente as suas estruturas atômicas.
Esses materiais são muito úteis quando se faz necessário isolar energia
elétrica, por exemplo, quando queremos garantir que a energia elétrica que
flui através de um cabo metálico não seja transmitida para a estrutura de uma
rede elétrica (por exemplo, elementos do poste da rede elétrica). Nesse caso, são
utilizados isoladores (de porcelana, vidro ou materiais poliméricos) que fazem
essa função com certa margem de segurança. Mesmo um material isolante pode
vir a conduzir eletricidade, se a tensão aplicada for suficientemente alta (acima da
rigidez dielétrica) para vencer o abismo energético para condução, que nesse caso
pode ser de alguns milhares de Volts.
121
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
122
TÓPICO 3 | PROPRIEDADES ELÉTRICAS
ATENCAO
123
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
6 SUPERCONDUTIVIDADE
Metais de elevada pureza normalmente apresentam uma queda na sua
resistividade, proporcional à temperatura. Para temperaturas próximas a 0K, a
resistividade tende a um valor mínimo. Para alguns materiais, essa resistividade
cai a valores muito próximos a zero, de forma abrupta, para temperaturas
muito baixas (temperatura crítica, Tc), sendo chamados de supercondutores. Esse
fenômeno está relacionado à dispersão ineficiente dos elétrons causada pelo
movimento vibracional dos átomos: na temperatura de 0K esse movimento é
nulo, portanto, para temperaturas um pouco acima desse valor, as amplitudes
de vibração dos átomos são pequenas e influenciam pouco no espalhamento dos
elétrons, fazendo com que a condutividade líquida seja elevada.
124
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico estudamos algumas propriedades elétricas dos materiais.
A seguir apresentamos um resumo dos principais pontos abordados:
• Um material condutor apresenta elétrons que podem ser excitados para a banda
de condução, através da aplicação de um campo elétrico de baixa magnitude.
125
AUTOATIVIDADE
126
UNIDADE 2
TÓPICO 4
PROPRIEDADES MAGNÉTICAS
1 INTRODUÇÃO
As propriedades magnéticas dos materiais apresentam diversas
utilidades práticas. Desde os tempos mais remotos, as características dos
materiais magnéticos naturais foram estudadas, culminando em invenções como
a bússola, que permitiu a realização de longas expedições marítimas e uma série
de descobertas associadas.
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
127
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
NI
H=
L
B H
B0 0 H
r
0
128
TÓPICO 4 | PROPRIEDADES MAGNÉTICAS
M r 1 H
3 DIAMAGNETISMO
O diamagnetismo está presente em todos os materiais. Quando um campo
magnético externo H é aplicado, o movimento orbital dos elétrons é alterado.
Como consequência, um campo magnético B é gerado no material, em uma
direção oposta à de aplicação do campo magnético H.
4 PARAMAGNETISMO
O fenômeno denominado paramagnetismo ocorre quando no material
existem momentos de dipolo permanente, ou seja, quando existe o cancelamento
incompleto dos momentos magnéticos relacionados aos elétrons (de orbital e
spin, conforme estudamos anteriormente). Esses momentos magnéticos estão
orientados de forma aleatória no material.
129
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
5 FERROMAGNETISMO
Os materiais ferromagnéticos, ao contrário dos materiais diamagnéticos e
paramagnéticos, são considerados magnéticos. Os dipolos magnéticos presentes nos
materiais ferromagnéticos têm origem principal no cancelamento incompleto dos
spins dos elétrons. Além disso, a estrutura eletrônica desses materiais proporciona
um alinhamento desses dipolos magnéticos, culminando na presença de magnetismo
sem a necessidade de aplicarmos um campo magnético externo H.
130
TÓPICO 4 | PROPRIEDADES MAGNÉTICAS
6 ANTIFERROMAGNETISMO
Alguns tipos de materiais apresentam dipolos magnéticos alinhados,
assim como se observa para os materiais ferromagnéticos. No entanto, esse
alinhamento ocorre de forma antiparalela. Esse é o caso do óxido de manganês
(MnO), onde o O2- não apresenta dipolo magnético, e os íons Mn2+ apresentam
dipolos com direção alternada na estrutura cristalina.
Mn²⁺
O²⁻
FONTE: Callister (2007)
7 FERRIMAGNETISMO
Alguns materiais cerâmicos se apresentam magnéticos. É o caso da
magnetita mineral (Fe3O4). Nesse tipo de material, o princípio da magnetização
novamente está relacionado ao cancelamento incompleto dos dipolos
magnéticos de spin.
131
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
8 HISTERESE
Quando um campo magnético externo H é aplicado em um material
ferromagnético ou ferrimagnético, uma densidade de fluxo magnético B é gerada.
Nesses materiais, H e B não são proporcionais. O valor de B irá depender da
magnitude de H.
132
TÓPICO 4 | PROPRIEDADES MAGNÉTICAS
133
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
E
IMPORTANT
134
TÓPICO 4 | PROPRIEDADES MAGNÉTICAS
10 ARMAZENAMENTO DE INFORMAÇÕES
O desenvolvimento de formas de armazenamento de informações por
meios magnéticos vem sendo aprimorado nas últimas décadas, e podemos dizer
que estas são fundamentais para a maioria das aplicações tecnológicas na área
da eletrônica. Os princípios desse método de armazenamento de informações
envolvem a tecnologia empregada na gravação e leitura das antigas fitas cassete
e VHS, englobando os mais atuais discos rígidos dos computadores, cartões de
crédito, dentre outros.
135
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico estudamos algumas propriedades magnéticas dos
materiais. A seguir apresentamos um resumo dos principais pontos abordados:
136
AUTOATIVIDADE
137
138
UNIDADE 2
TÓPICO 5
PROPRIEDADES TÉRMICAS
1 INTRODUÇÃO
Nos tópicos anteriores vimos que as propriedades elétricas e magnéticas
têm uma forte relação com os elétrons nos átomos que compõem o material. Alguns
fenômenos estão relacionados com a quantidade de energia para “transportar” os
elétrons para a banda de condução, e com momentos magnéticos relacionados ao
orbital e spin dos elétrons.
3 CAPACIDADE CALORÍFICA
A capacidade calorífica de um sólido exprime a sua capacidade de absorver
calor. Sabemos que a temperatura é uma consequência do estado de vibração
dos átomos no retículo cristalino. A capacidade calorífica consiste na quantidade
de calor (em J ou cal) necessária para elevar a temperatura do material em uma
unidade de temperatura (°C, °F, K):
dQ
C=
dT
C = A.T³
4 EXPANSÃO TÉRMICA
A expansão térmica dos materiais sólidos é caracterizada pela variação
das dimensões do material sólido em função do aumento da sua temperatura. Um
parâmetro que é usualmente considerado para efeito de projeto é coeficiente linear
de expansão térmica (α), que indica o grau com que um determinado material se
expande à medida que aumentamos a sua temperatura. As unidades usuais são:
°C-1 e K-1. O coeficiente volumétrico de expansão térmica é, em materiais isotrópicos,
3α. O coeficiente linear de expansão térmica pode ser obtido através da equação:
140
TÓPICO 5 | PROPRIEDADES TÉRMICAS
l f l0
l0
� T f � T0
Lf = Comprimento final
L0 = Comprimento inicial
α = Coeficiente linear de expansão térmica
Tf = Temperatura final
T0 = Temperatura inicial
141
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
142
TÓPICO 5 | PROPRIEDADES TÉRMICAS
5 CONDUTIVIDADE TÉRMICA
Como vimos anteriormente, a condução de calor nos materiais consiste
na contribuição tanto do movimento dos elétrons livres como do movimento de
vibração do retículo cristalino. O fluxo de calor em um material é definido por:
dT
q k
dx
O fluxo de calor é da região mais quente para a região mais fria, o que na
expressão acima é indicado pelo sinal negativo.
k
L
T
143
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
E
IMPORTANT
144
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico estudamos algumas propriedades térmicas dos materiais.
A seguir apresentamos um resumo dos principais pontos abordados:
145
AUTOATIVIDADE
146
UNIDADE 2
TÓPICO 6
1 INTRODUÇÃO
Nos tópicos anteriores estudamos as propriedades dos materiais, as
quais devem ser consideradas na seleção destes para aplicações na fabricação de
diversos tipos de componentes e produtos. Várias dessas propriedades podem
ser obtidas através de tabelas na literatura especializada e em normas específicas,
onde usualmente são apresentados valores padronizados ou médios de materiais
comerciais. Porém, em alguns casos precisaremos desenvolver materiais para
aplicações específicas, sejam ligas com composições diferenciadas, tratamentos
térmicos e tratamentos de superfície, ou ainda compósitos. Em outras situações
precisaremos verificar se o material produzido ou em processo de produção está
de acordo com os padrões especificados. Muitas vezes é necessário descobrir de
que material é feito um determinado componente desgastado, para podermos
providenciar a sua troca por outra peça equivalente. Também podem ocorrer
falhas em componentes em serviço, e será necessário investigar as características
do material do componente para determinação da causa da falha, e evitar que
esta venha a se repetir no componente substituto.
2 MICROSCOPIA ÓTICA
O uso do microscópio ótico como ferramenta de caracterização de
materiais é bastante consolidado, sendo vastamente aplicado na área metalúrgica
para o estudo das microestruturas dos materiais metálicos. A ampliação é dada
por um conjunto de lentes (oculares e objetivas), suportadas por uma estrutura
metálica. A figura a seguir mostra um esquema de um microscópio ótico e suas
partes constituintes.
147
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
Tubo ou
canhão
Revólver
Objetivas
Braço
Mesa ou platina
Condensador
e fonte de luz
Base
FONTE: Disponível em: <http://focobiomedico.blogspot.com.
br/2011/03/microbiologia-e-afins-principais.html>. Acesso em: 31
mar. 2012.
148
TÓPICO 6 | PRINCIPAIS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS
d
2 NAobj
Onde
NA = n.sen(α)
n = índice de refração do meio percorrido pela luz entre o foco e a lente
α = semiângulo de abertura do feixe de luz que atinge a lente colocada à distância focal
do objeto.
149
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
E
IMPORTANT
151
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
152
TÓPICO 6 | PRINCIPAIS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS
153
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
• Quantificação de fases;
154
TÓPICO 6 | PRINCIPAIS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS
4 DUREZA
O ensaio de dureza é possivelmente o mais utilizado na indústria metalúrgica,
em função da resposta rápida obtida e facilidade de operação do equipamento.
Basicamente o processo de medição da dureza do material consiste em:
• Acionar o equipamento, que irá imprimir uma carga através de uma ponteira
padronizada, de forma a deformar o material localmente (identação através de
ponteira padrão);
F
HB
D( D D Di
2 2
2
155
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
T MPa 3, 45 HB
156
TÓPICO 6 | PRINCIPAIS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS
E
IMPORTANT
5 ENSAIO DE TRAÇÃO
O ensaio de tração fornece diversas informações importantes sobre o
material. Através dele é possível obter não somente valores de resistência mecânica,
mas também avaliar o comportamento do material em termos de deformação e
taxa de deformação conforme aplicamos a carga mecânica ao material.
157
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
NOTA
Qg
A
158
TÓPICO 6 | PRINCIPAIS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS
l l0
l0
159
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
E
IMPORTANT
6 ANÁLISE QUÍMICA
O ensaio de análise química é bastante utilizado na caracterização de
materiais, tanto em nível de pesquisa nas universidades, como em laboratórios
de análise e controle de qualidade nos processos de fabricação. Os métodos
mais utilizados são o de espectrometria de emissão ótica, espectrometria por
fluorescência de raios-X, e espectroscopia de infravermelho. Outros ensaios e
equipamentos específicos são usados em trabalhos de pesquisa. Os três métodos
citados são os mais usuais e práticos para a caracterização de materiais cerâmicos,
polímeros e metais.
160
TÓPICO 6 | PRINCIPAIS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS
TUROS
ESTUDOS FU
161
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
162
TÓPICO 6 | PRINCIPAIS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS
n 2d sin
Essa equação pode ser mais bem compreendida pela análise da figura a
seguir.
163
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
164
TÓPICO 6 | PRINCIPAIS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS
Inspeção visual
A inspeção visual é realizada geralmente antes de se iniciar qualquer outro
tipo de ensaio não destrutivo, pois as características da superfície da peça podem
inviabilizar os ensaios posteriores, ou evidenciar a necessidade de que algum
tratamento seja feito. Esse ensaio pode ser realizado a olho nu, posicionando a
peça a cerca de 600 mm e sob um ângulo maior do que 30°, ou através de lupas,
microscópios portáteis ou aparelhos de videoscopia.
Raios-X
O ensaio de raios-X baseia-se na diferença de absorção de raios-X pela
matéria. Uma fonte de raios-X é utilizada, e a radiação emitida é direcionada para
a amostra. A radiação emergente da amostra é registra em um filme radiográfico,
tela fluorescente ou detector de raios-X.
Regiões com maior espessura irão absorver uma parcela maior da radiação
emitida, e na radiografia, as regiões mais espessas aparecem como regiões mais
claras. Se a amostra apresentar poros ou inclusões de algum material que absorva
menos radiação, esses pontos irão aparecer mais escuros na radiografia.
165
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
NOTA
FONTE: SILVA JR., Silvério Ferreira da, MARQUES, Paulo Villani. Ensaios Não Destrutivos.
Disponível em: <http://www.demec.ufmg.br/site/cursos/arquivos/168pdf>. Acesso em: 7 abr.
2012.
NOTA
Ultrassom
V . f
166
TÓPICO 6 | PRINCIPAIS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS
Uma das técnicas mais usuais é a do tipo pulso-eco. Nessa técnica, com
a presença de imperfeições ou descontinuidades internas no material analisado,
a onda ultrassônica será parcialmente refletida. A análise da onda refletida nos
fornece informações sobre a localização, dimensão e orientação de um defeito. A
espessura do material também pode ser determinada, visto que parte da onda
será refletida ao atravessar do meio sólido para o ar. Esse efeito é particularmente
interessante para avaliarmos diferenças de espessuras em peças, como em
tubulações, e a presença de defeitos internos. O equipamento de ultrassom
também pode ser utilizado para a medição de espessuras de peças em regiões nas
quais não é possível medir com outros instrumentos de medição.
Cabeçote
Peça
Feixe
refletido
Eco referente à Eco de
descontinuidade fundo
Feixe
emitido Descontinuidade
FONTE: SILVA JR., Silvério Ferreira da, MARQUES, Paulo Villani. Ensaios Não Destrutivos.
Disponível em: <http://www.demec.ufmg.br/site/cursos/arquivos/168pdf>. Acesso em:
7 abr. 2012.
Líquidos penetrantes
167
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
• Após a avaliação da peça, essa deve ser limpa, de forma a manter as qualidades
da peça em uso.
168
TÓPICO 6 | PRINCIPAIS TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
Utilizar a luz visível - o tipo de luz captada pelo olho humano - para
observar objetos dessa escala é, de certa maneira, romper as regras da teoria da
luz. Normalmente, os menores objetos visíveis são definidos por um parâmetro
conhecido como limite da difração. Ondas leves natural e inevitavelmente se
dispersam de tal maneira a limitar o alcance do seu foco, ou o tamanho do objeto
que pode ser capturado. As ondas infinitesimais que são produzidas na superfície
dos objetos tendem a se enfraquecer com a distância - mas elas não estão sujeitas
ao limite da difração.
169
UNIDADE 2 | CARACTERIZAÇÃO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
FONTE: G1: CIÊNCIA E SAÚDE. Cientistas criam microscópio mais potente do mundo. Disponível
em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/03/cientistas-criam-microscopio-mais-
potente-do-mundo.html>. Acesso em: 9 abr. 2012.
170
RESUMO DO TÓPICO 6
Neste tópico estudamos os principais métodos de caracterização de
materiais. A seguir apresentamos um resumo dos principais pontos abordados:
171
AUTOATIVIDADE
6 Qual tipo de ensaio não destrutivo você utilizaria para verificar a presença de
trincas em uma solda? Por quê?
172
UNIDADE 3
PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
DE MATERIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos que contribuirão na compreen-
são do processamento e seleção dos materiais. Além disso, em cada um dos
tópicos você encontrará atividades que o ajudarão a consolidar os conceitos
apresentados.
173
174
UNIDADE 3
TÓPICO 1
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Na fabricação de componentes para máquinas ou de produtos para
diversos fins, utilizamos uma gama muito grande de materiais. Assim como temos
a possibilidade de fabricar um produto a partir de diversos tipos de materiais,
obtendo um resultado técnico satisfatório, também podem ser utilizadas várias
técnicas de processamento para a fabricação desse mesmo produto.
175
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
2.1 FUNDIÇÃO
A fundição é uma das técnicas precursoras na fabricação de ligas metálicas,
sendo muito utilizada até hoje. Normalmente essa técnica é escolhida quando:
176
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
177
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
NOTA
178
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
179
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
• Nos casos específicos de alguns ferros fundidos, espessuras muito finas devem
ser obtidas por usinagem. A espessura mínima admissível para uma liga é
determinada pelo teste de coquilhamento, que consiste na fundição de um
corpo de prova em forma de cunha, onde o limiar entre a formação de ferro
fundido branco e ferro fundido nodular ou cinzento é avaliado, e sua espessura
na região é determinada;
180
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
181
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
182
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
183
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
2.3 USINAGEM
O processo de usinagem de metais é comumente utilizado para ajuste de
dimensões de peças produzidas por outros processos de fabricação, ou para a
produção de peças a partir de blocos metálicos, que são postos em contato com uma
ferramenta de usinagem, gerando cavaco. Existem diversos métodos de usinagem:
torneamento, fresamento, retificação, furação, mandrilamento, brunimento,
serramento, roscamento, aplainamento, eletroerosão, laser, jateamento etc. O
detalhamento desses processos foge do escopo do nosso caderno.
• Nitreto de boro cúbico cristalino (CBN): Esse tipo de material foi introduzido
somente na década de 1950, e apresenta como vantagem a elevada dureza e
maior estabilidade contra oxidação do que o diamante. Esse tipo de material é
utilizado na usinagem de materiais extremamente duros, como ferros fundidos
coquilhados (brancos) e aços duros ou com camada endurecida.
184
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
185
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
2.4.1 Recozimento
Como vimos anteriormente, alguns processos de fabricação, sobretudo os
realizados a frio, geram tensões internas no material. O recozimento consiste em
submeter o material a uma temperatura elevada por um longo período de tempo,
com a finalidade de se obter o alívio das tensões internas, tornando o material
mais mole. O resultado do recozimento pode ser avaliado por ensaios mecânicos,
como o ensaio de dureza, ou pela avaliação da microestrutura.
186
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
2.4.2 Têmpera
A têmpera consiste no aquecimento do material acima da temperatura
onde a sua estrutura passa de ferrita (CCC) para austenita (CFC), e resfriamento
rápido até temperatura ambiente. Para os aços comuns ao carbono, a temperatura
para a completa austenitização depende do teor de carbono (veja o diagrama
de fases Fe-Fe3C, apresentado no tópico 6 da Unidade 1). Sabemos que, ao se
transformar em austenita (CFC), o aço adquire a capacidade de solubilizar
maior quantidade de carbono que, em temperaturas inferiores à temperatura de
austenitização, estava precipitado na forma de cementita.
187
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
2.4.3 Revenido
O processo de têmpera é utilizado para o endurecimento dos aços.
Como a martensita é um microconstituinte de elevada dureza e fragilidade, o
aço nesse estado apresenta pouca ductilidade e tenacidade. Além disso, como o
resfriamento é realizado de forma rápida, tensões internas são invariavelmente
inseridas no produto, que podem gerar trincas ou empenamento. Os produtos
normalmente não são utilizados diretamente após a têmpera, sendo realizado um
tratamento térmico subsequente, denominado revenido.
188
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
NOTA
189
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
191
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
192
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
• Umidade da massa;
• Consistência;
• Velocidade de extrusão;
193
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
3.3 PRENSAGEM
A prensagem de materiais cerâmicos é atualmente muito utilizada na
fabricação de revestimentos cerâmicos (pisos e azulejos, dentre outros), bem como
alguns itens de porcelana de mesa. Os tipos de prensagem mais utilizados são:
• Umidade do pó;
• Escoabilidade do pó;
• Pressão específica;
194
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
A B C
FONTE: Callister (2007)
195
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
196
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
• Polimerização por adição: Nesse processo, um centro ativo é formado pela reação
de um catalisador com um monômero. Na sequência, várias moléculas do
monômero são fixadas umas às outras, formando uma molécula polimérica
que cresce gradativamente. O processo termina quando duas cadeias se ligam
mutuamente, ou reação com outro radical, não restando extremidade reativa.
O polietileno e o polipropileno são obtidos por essa técnica;
197
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
4.2 EXTRUSÃO
Vários produtos poliméricos podem ser obtidos pelo processo de extrusão.
Os produtos que apresentam seção reta constante são mais facilmente obtidos
por esse processo, tais como barras e tubos. Tubos de PVC, por exemplo, são
produzidos em extrusoras de fuso, semelhantes às utilizadas na produção de
materiais cerâmicos, os quais já foram discutidos anteriormente.
198
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
4.3 INJEÇÃO
O processo de injeção de polímeros é certamente o mais utilizado e mais
comum nas indústrias de plástico, sendo possível, através de uma injetora, a
fabricação de uma infinidade de produtos. Tubos e forros de PVC são produzidos
por extrusão, enquanto curvas e joelhos, elementos de tubulação em PVC, são
produzidos usualmente por injeção. Além disso, diversos tipos de produtos
para uso doméstico, tais como aqueles encontrados em lojas de preço único, são
produzidos em grande escala dessa forma.
199
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
Placa móvel da
máquina injetora Pressão
200
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
201
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
UNI
202
TÓPICO 1 | PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
• Se uma fibra apresenta um defeito crítico, a ruptura dessa única fibra não irá
gerar a falha do componente.
203
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
204
RESUMO DO TÓPICO 1
205
AUTOATIVIDADE
206
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Nesse tópico vamos conversar um pouco sobre alguns critérios que podem
estar envolvidos na seleção de materiais, bem como critérios para seleção das
matérias-primas para a fabricação de materiais, como é o caso de certos tipos de
indústrias de transformação. Por fim, vamos analisar algumas situações práticas que
podem surgir na atuação do Engenheiro ou Tecnólogo, e que podem ser analisadas
e encaminhadas ao profissional com habilitação na área de Engenharia de Materiais,
ou viabilizar o tratamento técnico da problemática com os fornecedores.
207
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
2 REQUISITOS DE PROJETO
Quando um componente ou produto é idealizado e projetado, várias
características imprescindíveis ao seu correto funcionamento são enumeradas.
Na etapa de projeto, se os responsáveis por essa etapa do processo não detêm
conhecimento suficiente das possibilidades, em termos de materiais de
engenharia, que podem ser selecionados para a aplicação, existe a tendência de
utilização de materiais comuns, selecionados a partir da experiência, ou que já
foram utilizados em outros projetos.
208
TÓPICO 2 | CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE MATERIAIS
TUROS
ESTUDOS FU
209
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
Problema exemplo:
Resolução:
QL
r = 2,546 ×
D3
Onde:
2943 0,5
r = 2,546
D3
3746
r =
D3
m V
210
TÓPICO 2 | CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE MATERIAIS
D2
V = Ab L = L
4
D2
m L
4
4m
D
L
3746
r = 3
4m
1,57
3746
3 r 3
3 4m
2
1, 57
2
1 2
3 15, 53
r
2 4m
1, 57
211
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
2
241,18 241,18 1, 57 94, 665
r
3
4m 4m m
1, 57
94, 665
m 2
r 3
2
r 3
2
r 3
P
QUADRO 4 – PROPRIEDADES
FONTE: O autor
212
TÓPICO 2 | CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE MATERIAIS
ATENCAO
214
TÓPICO 2 | CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE MATERIAIS
3 ASPECTOS ECONÔMICOS
No desenvolvimento de produtos e seleção de materiais, a questão
econômica, na grande maioria dos casos, precisa ser considerada. Tanto os custos
diretos envolvidos (custo do material a ser utilizado ou insumos para a sua
fabricação) como os custos relacionados ao material na aplicação (consumo de
energia e vida útil) precisam ser calculados. Além disso, o material selecionado
deve ser possível de ser fabricado utilizando a tecnologia disponível, ou considerar
as modificações necessárias (o que inclui os custos dessas modificações) no
processo para que esse possa ser fabricado.
215
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
QL
FV = 2,546
DFV 3
2943 0,5
FV = 2,546
DFV 3
3746
σ FV =
DFV 3
3746
DFV = 3
700
DFV = 1,74m
216
TÓPICO 2 | CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE MATERIAIS
Agora, vamos calcular o diâmetro mínimo do eixo, caso este fosse produzido
em aço 4340:
3746
σ 4340 =
D4340 3
3746
D4340 = 3
1620
D4340 = 1,32m
Observe que o diâmetro do eixo em aço 4340 pode ser cerca de 24% menor
quando comparado àquele produzido em fibra de vidro, suportando os mesmos
300 kg especificados no projeto.
3746
DFoFo = 3
621
DFoFo = 1,82m
D2
m= L
4
217
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
FONTE: O autor
R$/hora de vôo
Consumo total de
Material Massa do eixo (Kg) (consumo de
combustível (R$)
combustível)
Fibra de Vidro em
2496 210 8.400 mil
Matriz Epóxi
Aço 4340 5371 451 18.040 mil
Ferro fundido nodular 9235 775 31.000 mil
FONTE: O autor
218
TÓPICO 2 | CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE MATERIAIS
ATENCAO
219
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
220
TÓPICO 2 | CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE MATERIAIS
221
RESUMO DO TÓPICO 2
222
AUTOATIVIDADE
Resistência ao
Material
cisalhamento (MPa)
Fibra de vidro em matriz epóxi 75
Aço 4340 800
Ferro fundido nodular 320
Dado
MT
t=
D3
π .
8
t = Resistência ao cisalhamento
MT= Momento de torção
D = Diâmetro
223
224
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A produção de bens de consumo passa pela extração de matérias-
primas, seu beneficiamento e transformação em produtos. A sociedade moderna
e o desenvolvimento de tecnologias que facilitam a vida das pessoas também
envolvem uma série de mudanças, com a crescente industrialização e produções
em grande escala, baseadas nos novos hábitos de consumo. Essa nova realidade
também envolve a geração de quantidades impressionantes de resíduos sólidos,
os quais precisam ser corretamente gerenciados e, quando possível, não gerados,
reutilizados ou reciclados.
225
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
Resíduo
Sim
Não
Não
Resíduo não
perigoso classe II
Possui constituintes
Não Resíduo inerte
que são solubilizados
em concentrações classe II B
superiores ao anexo G?
Sim
Resíduo não-inerte
classe II A
226
TÓPICO 3 | RECICLAGEM DOS MATERIAIS
227
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
228
TÓPICO 3 | RECICLAGEM DOS MATERIAIS
229
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
230
TÓPICO 3 | RECICLAGEM DOS MATERIAIS
de uso hospitalar, pois, dependendo do uso anterior, ele pode estar contaminado.
Então, o PET reciclado é utilizado como fibra têxtil (41%), mantas de não tecido
(16%), cordas (15%), resinas insaturadas (10%), embalagens (9%), cerdas de
vassouras e escovas (5%) e de outros produtos (4%).
231
UNIDADE 3 | PROCESSAMENTO E SELEÇÃO
232
TÓPICO 3 | RECICLAGEM DOS MATERIAIS
233
RESUMO DO TÓPICO 3
234
AUTOATIVIDADE
1 Cite três características dos polímeros que contribuem de forma negativa para
o processo de reciclagem.
3 Por que a reciclagem dos vidros é mais simples do que a reciclagem das
cerâmicas cristalinas?
235
236
REFERÊNCIAS
CALLISTER, W.D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. Rio de
Janeiro: LTC, 2002.
SILVA JR., Silvério Ferreira da, MARQUES, Paulo Villani. Ensaios Não Destrutivos.
Disponível em: <http://www.demec.ufmg.br/site/cursos/arquivos/168pdf>. Acesso
em: 7 abr. 2012.
TEIXEIRA, Rejane M. Ribeiro. Lei de Bragg e Difração: Como ondas podem revelar
a estrutura atômica de cristais. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01101/
home.html>. Acesso em: 6 abr. 2012.
VLACK, V. Princípios de Ciência dos Materiais. São Paulo: Edgard Blucher, 2000.
237
ANOTAÇÕES
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238
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