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O polo Trombetas e a albras/Alunorte

Na década de 1960 foram encontradas as jazidas de bauxita no rio Trombetas, no município de


Oriximiná, estado do Pará, pela empresa canadense Aluminium Limited of Canada (ALCAN).

Bauxita: Minério utilizado na fabricação de alumínio. O Brasil é um dos grandes produtores


mundiais de bauxita.

Em junho de 1974, foi assinado o acordo de acionistas da Mineração Rio do Norte, atualmente
composto pelas seguintes empresas: VALE (40%), BHP Billiton Metais (14,8%), Rio Tinto ALCAN
(12%), Campanha Brasil Alumínio CBA (10%), ALCOA Brasil (8,58%), (5%), Norsk Hydro, ALCOA
World Alumina (5%) e Abalco (4,62%).

Em 1979, a Mineração Rio do Norte Realizou o Primeiro embarque de bauxita para ALCAN, no
Canadá, A partir daquela data aumentou a capacidade de produção da bauxita chegando
atualmente a um valor superior a dezesseis milhões de toneladas por ano.

Paralelamente à exploração de bauxita o governo criou estratégias para transformar esse


minério em alumina e alumínio na própria região. Dessa forma, em 1978 implantou-se a
empresa Alumínio Brasileiro S.A. (ALBRAS), criada como associação entre Companhia Vale do
Rio Doce (CVRD) e a Nippon Amazon Aluminum Corporation (NAAC), um consórcio de
empresas japonesas que participou com 49% do empreendimento, cabendo o restante à
CVRD. E para produção da alumina, criou-se a Alumina do Norte do Brasil S.A. (ALUNORTE),
ambas no município de Barcarena, estado do Pará.
Albras
O alumínio de alta pureza que produzimos na Barcarena abastece mercados
exigentes dentro e fora do Brasil.
A Albras é a maior produtora de alumínio primário no Brasil e desde 1985
alimenta os mercados interno e externo com lingotes de alta pureza. A Hydro é
a principal acionista da empresa, com 51% das ações dessa joint venture. O
outro acionista é a NAAC - Nippon Amazon Aluminium Co. Ltd., formada por
um consórcio de empresas japonesas, tradings, consumidores e fabricantes de
produtos de alumínio.

Reconhecida como uma das três maiores empresas dos setores de metalurgia
e siderurgia por dois anos consecutivos no ranking
"Empresas Mais" do jornal "O Estado de São Paulo",
a Albras se orgulha de seu excelente clima organizacional,
responsabilidade social, gestão ambiental e
retenção de talentos.

Alunorte
A Alunorte é a maior refinaria de alumina do mundo fora da China e está localizada
na cidade de Barcarena, no estado do Pará. A alumina é a matéria-prima do
alumínio e é produzida a partir da bauxita, através do processo denominado Bayer.

A bauxita utilizada na Alunorte vem da Mineração Paragominas, através de um


mineroduto, e da Mineração Rio do Norte (MRN), através do porto de Vila do
Conde. Parte da alumina produzida é exportada e a outra parte é fornecida
para a planta da Albras, também localizada em Barcarena, e que produz
lingotes de alumínio.
Em 1970 a atividade extrativa foi iniciada porém, em 1972, a ALCAN interrompeu o projeto
justificando a queda do preço do alumínio no mercado internacional.

A partir de junho de 1972, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), nesta época uma empresa
estatal, e a ALCAN iniciaram entendimentos para construir uma foint-venture, visando a
retomada da implantação do projeto

Como essas empresas precisavam de energia elétrica para transformar a alumina em alumínio,
o Governo Federal investiu na produção de energia construindo a Usina Hidrelétrica de
Tucuruí. Os subsídios no preço da energia elétrica durante os anos de 1985 e 2004, foram
superiores a 1 bilhão de dólares.

O papel da ALUNORTE é receber a matéria-prima, ou seja, a bauxita, e transformá-la em


alumina conforme o esquema abaixo. A ALUNORTE recebe a bauxita de duas fontes: da
Mineração Rio Norte (MRN), originada em Oriximiná, escoada por grandes navios até o porto
de Vila do Conde, em Barcarena. A outra fonte está localizada no município de Paragominas,
também no estado do Pará. Neste caso a bauxita é transportada por mineroduto de 244 km de
extensão.
A implantação dessas empresas configurou novas relações de poder no município, entre os
atores que estavam envolvidos com as mudanças provocadas pelas empresas e os outros que
ficaram excluídos da mesma. Os investimentos em infraestrutura urbana, sistema de
escoamento portuário e transporte rodoviário, provocaram a migração regional. Varias foram
as ocupações realizadas pela população que não conseguiu se fixar nas áreas valorizadas pelo
projeto especialmente em torno da PA 481.

A deterioração das condições de moradia no município de Barcarena é hoje, em nossa opinião,


uma das mais desastrosas consequências da implantação do projeto ALBRAS/ALUNORTE sob
vários pontos de vista: a estética, as comodidades da população, o saneamento e a densidade
demográfica. Para Barcarena vieram trabalhadores de todas as partes, em busca de empregos,
de salários, devido à propaganda do governo que apregoava as ótimas condições para a
melhoria de vida.

Camila Silva, Estefany das Mercês, Gustavo Nunes, João Vitor trindade e William Aragão

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