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14 de Julho de 2020.

TADEL – Pib Comodoro.

Ganhando através das perdas.


Filipenses 3.7
Para pensar.
Boa noite a todos, graça e paz aos irmãos! A palavra que vou compartilhar com os irmãos hoje tem o
seguinte tema: “Ganhando através das perdas”.
No texto que lemos nesta noite Paulo faz um contraste entre perda e lucro. A passagem aqui trata de não
confiar em nossos méritos para a salvação em Cristo. Paulo fala de que abriu mão de todas as suas qualificações
humanas, sejam elas morais, cerimoniais e espirituais na busca de se auto justificar diante de Deus.
O que Paulo está dizendo aqui que ele confia apenas em Cristo e a sua obra na cruz para ser aceito e
justificado diante de Deus. E que ao invés de correr atrás destas coisas, agora o seu alvo é o seu
1
relacionamento pessoal com Cristo.
Mas, o que eu gostaria de chamar a sua atenção nesta noite é para o paradoxo que Paulo expõe
nesta passagem. Que paradoxo é esse? O paradoxo, ou seja, a contradição entre o perder para ganhar.
Realmente essa é uma realidade que foge a nossa compreensão. Como podemos ganhar algo através da
perda?
Um dos maiores dilemas da vida é exatamente o conflito entre o GANHAR e o PERDER. Somos
induzidos a ganhar sempre e jamais queremos admitir perder.
Sempre queremos estar com a razão e muitas vezes não aceitamos ser confrontados. Porém, para ganhar,
muitas vezes temos que perder.
Essa realidade é mais comum do que nos damos conta. Por exemplo: O atleta perde a sua energia para
ganhar a corrida. O comerciante muitas vezes perde o lucro planejado para ganhar a venda, e perde a
mercadoria para ganhar o lucro. O agricultor perde a semente para ganhar a arvore e depois o fruto.
Na verdade o perder para ganhar faz parte da nossa vida diária. Desde que nascemos perdemos, e isso
faz parte da vida. Porque a VIDA é uma grande surpresa de movimentos de perdas e ganhos!
Salomão em Eclesiastes 3.6 que há tempo de perder. Craig Barnes diz: “Passamos pela vida perdendo
coisas”. Útero, dentes, animal de estimação, amigos… as perdas vão se tornando mais numerosas e maiores.
Somos como flores que o vento vai despetalando.
Todo mundo perde, mas nem todo mundo lida com a perda do mesmo jeito. Uma perda não faz de você
um perdedor. Você pode lidar com as perdas como um vencedor. Costumamos separar o perder do ganhar e
qualificar como boas ou ruins essas duas ações. Mas, na verdade elas não são o final de uma equação. O que
fazemos com a perda ou o ganho é o que realmente vai nos levar ao sucesso ou ao fracasso. Como você lida
com a perda em sua vida?
Realmente, a vida é cheia de perdas e ganhos, e viver o Evangelho é estar ciente de que vamos perder
muito, para podermos ganhar muito mais. O Apóstolo Paulo disse: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por
Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo
qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo”. Fp.3.7-8 NVI
Quando servimos a Deus, entendemos que há muito lucro nas perdas! Entendemos que nem toda vitória
tem um suave sabor, e nem toda perda tem sabor amargo.
Jesus é o nosso exemplo em tudo. E com ele aprendemos que nem sempre perder significa derrota. Jesus
na cruz sofreu uma aparente derrota, mas ali, estava Ele triunfando sobre todos os Seus e nossos inimigos. Ali,
Ele estava selando para sempre a nossa redenção! Ele perdeu a Sua vida na cruz, para nos dar o direito à vida
eterna. Ele deu a Sua vida e a recuperou ao terceiro dia!
Veja algumas coisas que perdemos e compare os lucros, pois eles sempre serão maiores:
 Perdemos a velha vida = Ganhamos uma nova natureza em Cristo;
 Perdemos a vida iníqua = Ganhamos uma vida de santidade;
 Perdemos os prazeres do mundo = Ganhamos o prazer de sermos amigos de Deus;
 Perdemos uma vida de miséria = Ganhamos um lugar à mesa do Rei;
 Perdemos muitos amigos do mundo = Ganhamos uma linda família, a família de Deus.
 Perdemos as prisões e cadeias = Ganhamos uma vida de liberdade;
 Perdemos os nossos próprios sonhos = Ganhamos o privilégio de vivermos os sonhos de Deus!

Pib Comodoro/MT
14 de Julho de 2020.
TADEL – Pib Comodoro.
O nosso problema é vivemos num mundo onde “ganhar” é sucesso e “perder” é fracasso. Mas, será que
a lógica de Deus é essa?
Na vida com Deus cada escolha há ao menos uma renúncia. Para conseguirmos algo que queremos
precisamos abrir mão de alguma coisa. Jesus diz em Lucas 9.23-26: “Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser
acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas
quem perder a vida por minha causa, este a salvará. Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a
si mesmo? Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier em sua
glória e na glória do Pai e dos santos anjos”. NVI
Jesus está falando aqui da renuncia que fazemos para desfrutarmos a vida eterna com ele. Observe que
há um perder para se poder ganhar.
As perdas sempre trazem na mochila do aprendizado algum ganho. Precisamos fazer valer o
sofrimento de perder algo. Identificar o que podemos ganhar com a perda! Seja qual ela for! 2
A Bíblia nos mostra o que podemos ganhar com as perdas com lidamos com elas de maneira
correta.

Jó, através da perda ganhou intimidade com Deus.


"Tu disseste: ‘Agora escute, e eu falarei; vou fazer-lhe perguntas, e você me responderá’. Meus ouvidos já tinham ouvido a teu
respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza". Jó.42.4-6
NVI
A vida de Jó nos ensina sobre a importância do equilíbrio emocional diante das perdas, sobretudo, é uma
lição de fé para os cristãos da atualidade. Só é possível ganhar com as perdas, quando de fato confiamos no
poder de Deus de fazer nova todas as situações, principalmente àquelas que nos desequilibram emocionalmente,
fisicamente e espiritualmente, nesse olhar, essa história tem muito a nos ensinar.
A murmuração é uma barreira espiritual que nos impede de viver a fé nos momentos de dor, o silêncio
em alguns momentos nos aproxima do Pai. Deus escuta o nosso clamor mesmo quando ele não tem voz, clame,
ore e interceda e saiba que no momento oportuno você viverá o melhor de Deus, tamanha será a sua conquista
que certamente as lembranças das perdas não, mas te atormentarão, pois a sua voz será de alegria para
testemunhar sobre o milagre da restituição. É preciso compreender o quanto podemos crescer emocionalmente
e espiritualmente com as aparentes perdas da vida.

Davi, através da perda ganhou visão de sua fragilidade.


“Seus conselheiros lhe perguntaram: "Por que ages assim? Enquanto a criança estava viva, jejuaste e choraste; mas, agora
que a criança está morta, te levantas e comes!" Ele respondeu: "Enquanto a criança ainda estava viva, jejuei e chorei. Eu pensava:
‘Quem sabe? Talvez o Senhor tenha misericórdia de mim e deixe a criança viver’. Mas agora que ela morreu, por que deveria jejuar?
Poderia eu trazê-la de volta à vida? Eu irei até ela, mas ela não voltará para mim".2Sm.12.21-23 NVI
A ação de Deus em nossa vida precisa ser compreendida dentro de uma perspectiva maior. Quando
“perdemos” alguma coisa ou alguém, por trás da dor, da confusão e do orgulho, existe uma lição que por si só
vai nos curar. Por mais difícil que seja todos nós podemos e devemos aprender com as perdas.
Há duas formas de encararmos nossas perdas: como uma péssima jogada do destino ou como uma
situação a mais pela qual passar e aprender. Ninguém está preparado para as experiências difíceis de suportar.
As perdas e os fracassos nos preparam exatamente para isso. As perdas nos tornam pessoas mais completas e
mais inteiras, nos ensinando uma parte da vida, que temos dificuldade de aprendermos de outra maneira, a vida
é frágil.
Todas as pessoas vão passar por perdas de familiares, amigos, companheiros e não enfrentar ou não
querer aceitar essa situação é o verdadeiro problema. Nós sabemos que esses fatos vão acontecer e quando
acontecerem aprenderemos alguma coisa com eles, e a maior lição é a nossa fragilidade.
Alguém já disse que: “O verdadeiro meio para sair ganhando consiste em não querer ganhar sempre.”
O sofrimento é um aspecto da vida que não pode ser erradicado, como não podem ser isolados a
influência do destino que nos prega peças ou da morte. Sem eles a vida não seria completa. Por isso, a dor da
perda de familiares e de pessoas queridas é uma dor que faz parte do processo da vida, sem ela a vida não seria
vida.

Pib Comodoro/MT
14 de Julho de 2020.
TADEL – Pib Comodoro.
É com as perdas que aprendemos a lidar com as surpresas da vida. O dia de amanhã será sempre um
mistério, onde tudo pode acontecer: podemos acordar sorrindo e dormir chorando; podemos ser surpreendidos
com notícias como: houve um assalto, um acidente, um enfarto, uma separação, a morte de alguém. Diante
disso aprendemos que a vida é efêmera, que as coisas nunca podem substituir o humano; aprendemos a
importância do agora e assim extrair dele o melhor. É preciso compreender o quanto podemos evoluir não só
emocionalmente, mas também espiritualmente com as perdas da vida, porque existem algumas perdas que
teremos que transcender para poder elaborar.
Como ganhar através das perdas?
Não se apegue a sua perda permanentemente.
“... mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão 3

adiante...”. Fp.3.13 NVI


Quando você se apega as suas perdas você entra em um ciclo de lamento pela oportunidade perdida, e
não consegue enxergar o que Deus está fazendo em sua vida. O que Paulo diz em Filipenses 3.13 é que ele não
iria permitir que a sua vida fosse influenciada pelas coisas que ele considerava perda por causa de Cristo. Seus
olhos e o seu coração não estaria naquilo, mas no bem que resultaria dessas perdas. Neste caso especifico
conhecer a Cristo e o seu poder.
Se apegar as suas perdas lhe prendem no passado para sempre. É preciso deixar ir certas coisas em
nossas vidas, para recebermos o novo de Deus. É interessante que a palavra esquecer no texto significa
literalmente se desfazer, lançar fora.
Temos que aprender com a perda e saber conviver quando necessário. Deus não nos prometeu uma vida
vitoriosa sempre, mas prometeu que estaria conosco inclusive nos momentos mais difíceis. O momento de
perda precisa ser aproveitado para o crescimento pessoal e espiritual.
Portanto, se você está num processo de perda procure tirar lições disto e crescer. Não esqueça que Deus
está ao seu lado para te ajudar. Lembre-se que com Ele a perda é ganho!
Muitas vezes diante da perda a nossa tendência é fixar a nossa atenção naquilo que não podemos mudar,
e nos esquecemos que esse momento é uma oportunidade impar de Deus trabalhar algo novo em nossa vida.
Winston Churchill disse certa vez: “As dificuldades dominadas são oportunidades ganhas”.
A vontade de Deus é te abençoar em todo o tempo, mas para que isso aconteça em tempos de perdas
você vai ter que abrir mão de viver refém das perdas em sua vida.
Para ganharmos tudo àquilo que nos pertence das mãos de Deus, precisamos abrir mão de tudo que
somos e temos para que Ele possa nos abençoar e nos presentear com tudo aquilo que nos fará bem e que é
nosso realmente.
Muitas vezes, ficamos presos à pessoas, à situações e à coisas materiais e acabamos não deixando Deus
nos abençoar ou nos presentear. Dificultamos as coisas quando não entregamos tudo nas mãos de Deus, pois
tudo que conquistamos com as nossas próprias mãos mais cedo ou mais tarde nós perdemos.
É preciso perder para ganhar, ou seja, perder tudo aquilo que aos seus olhos é importante ou essencial
para você ou para sua vida, para que Deus possa te dar e te mostrar o que realmente deve ser importante,
essencial e eterno em sua vida. Mas, esse perder, na maioria das vezes é desapegar, desatar ou deixar ir, mas
permanecer confiando em Deus que o que for mesmo seu… Ele saberá como fazer para que venha até você na
hora certa e se transforme em algo eterno e extremamente valioso em sua vida.
Confie em Deus, abra mão de sua vontade, de sua rotina e dos seus sentimentos que não te fazem bem,
apenas permita que Deus te dê o que você realmente merece e/ou te pertence. Conquiste todas as suas bênçãos e
vitórias deixando Deus te guiar e te presentear grandiosamente na hora certa.
As perdas fazem parte de nossas vidas e temos que aprender a olhar para elas como um presente de
Deus, como um aprendizado, como parte dessa grande experiência chamada vida. Então, não fique se
segurando em algo, se agarrando ao passado.
Não seja como a esposa de Ló que virou uma estátua de sal ao olhar para trás e se apegar ao passado. O
profeta Isaías nos diz: “Esqueçam o que se foi; não vivam no passado. Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está
surgindo! Vocês não a reconhecem? Até no deserto vou abrir um caminho e rios no ermo”. Is.43.18-19 NVI

Pib Comodoro/MT
14 de Julho de 2020.
TADEL – Pib Comodoro.

Enxergue a sua perda não como uma maldição, mas como


oportunidades de conhecer mais a Deus.
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. Rm.8.1.

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós”. Gl.3.13.
O objetivo de Deus relativo ao seu sofrimento é derrotar a autoconfiança em nosso coração para
podermos descansar completamente nele com fé em sua gloriosa graça futura.
Os planos de Deus e os planos de Satanás para seu sofrimento não são os mesmos. Satanás deseja
destruir seu amor por Cristo. Deus planeja aprofundá-lo. O sofrimento não vencerá se você morrer,
apenas se falhar em aproximar-se de Cristo. Assim, o plano de Deus é privá-lo, por exemplo, do 4
alimento do mundo e satisfazê-lo com a suficiência de Cristo.
Isto tem o objetivo de ajudá-lo a dizer e a sentir: “tenho também como perda todas as coisas pela
excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor”. E saber, portanto, que “o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. Fp.3.8;
1.21).
O objetivo do sofrimento é acordar-nos para a realidade de Deus, colocar sensações e força no
mandamento “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Os.6.3) , acordar-nos para a verdade de Daniel
11.32: “O povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, e fará proezas” , tornar-nos carvalhos indestrutíveis e firmes:
“antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de
águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.” (Sl.1.2-3).

Veja em suas perdas não fracassos, mas oportunidades de


testemunhar da fidelidade de Deus.
Os cristãos nunca se encontram em determinado lugar ou sob determinada circunstância por acidente.
Existem razões para as quais somos levados onde estamos. Considere o que Jesus diz sobre circunstâncias
inesperadas e dolorosas: “Mas antes de todas essas coisas vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos
cárceres, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Isso vos acontecerá para que deis
testemunho”. (Lc.21.12-13).
Assim também é com o sofrimento. Essa será uma oportunidade para testemunhar. Será uma
oportunidade de ouro para mostrar que Jesus vale mais que a vida. Não a desperdice. Lembre-se de que você
não foi deixado sozinho; terá a ajuda necessária: “Meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas
riquezas na glória em Cristo Jesus” (Fl 4.19).
A glória de Cristo é ânimo para o sofredor.

Não abra mão de sua dignidade diante da perda.


A única coisa que não podemos perder somos nós mesmos. É com isso que devemos e podemos nos
ocupar em primeiro lugar.
Aqui em Gênesis 23, vemos como Abraão, um homem acostumado a ganhar, lidou com a maior perda
da sua vida: a morte de Sara. E ele emergiu dessa experiência mais vencedor do que nunca! A história de
Abraão é a história de Abraão e Sara. “Ao lado de um grande homem existe sempre uma grande mulher”.
Acreditaram juntos na promessa de uma terra e um filho, e obedeceram. Algumas vezes Abraão errou; em
outras vezes o erro foi de Sara. Mas sempre estiveram juntos.
Sara morreu com 127 anos, e Abraão lamentou e chorou (vs. 1,2). Não foi um choro de remorso. Não foi
um choro de desespero. Foi um choro de saudade. Quando sofremos perdas, é natural lamentarmos e
chorarmos. Mas que tipo de choro é o seu?
“Depois, se levantou” (v. 3). Vencedores caem, mas se levantam. Foi o que Abraão fez. Ficaríamos
lamentando uma perda e deixaríamos de reagir? Abraão tinha que fazer algo que seria, ao mesmo tempo, uma
medida prática e uma atitude de fé. Quase sempre as duas coisas andam juntas. É a nossa declaração de que não
iremos desistir!

Pib Comodoro/MT
14 de Julho de 2020.
TADEL – Pib Comodoro.
Abraão precisava providenciar uma sepultura para Sara. Sendo nômade, não tinha possessão. Comprar
uma caverna era uma medida prática e, ao mesmo tempo, uma declaração de fé de que aquela terra seria da sua
família. Se mandasse o corpo para Harã, perderia o testemunho. Se aceitasse um empréstimo de terra, perderia a
independência. Há perdas que não podemos evitar, mas também há coisas que precisamos manter!
Questão importante. Abrão agiu com extrema nobreza (v. 4-18). Se aceitasse um empréstimo, não havia
garantia de que a sepultura seria respeitada no futuro. Quase sempre o barato sai caro! O preço proposto por
Efrom foi exorbitante, mas Abraão fez questão de pagá-lo.
Na caverna de Macpela, em Hebrom, Sara foi sepultada (v. 19,20), Ali foram sepultados Abraão, Isaque,
Jacó e José. Até hoje você pode ir a Hebrom e visitar aquele túmulo (ver fotos). Ele está lá como uma prova de
que Deus é fiel, e como uma amostra de como um vencedor lida com as perdas.

Hora da decisão. 5

Falar de ganho através da perda parece um paradoxo espiritual, um contrassenso, uma opinião
fora do comum. Isto acontece por fazermos nossas avaliações e julgamentos baseados na nossa visão terrena. Se
fizermos nossa avaliação através da fé, compreenderemos o sentido de ganhos através da perda.
Somos educados a vibrar com os ganhos e a chorar as perdas; a própria história da humanidade conta a
versão de quem venceu, de quem conquistou e quase nunca daqueles que perderam ou foram conquistados. A
verdade é que todos nós, em algum momento, estaremos no lado daqueles que perderam algo, e aí o que
faremos, além de viver o momento de luto? O que ficará de positivo em nós, após termos sido afligidos por uma
perda? Essa construção positiva é trabalhosa, mas possível, é pessoal e intransferível; sou eu que tenho que
fazer a minha, e você fazer a sua. Viver bem é também aprender com as experiências amargas e saber ganhar
mesmo em meio às perdas, pois elas são necessárias ao nosso crescimento. As perdas não são apenas dolorosas,
elas também são pedagógicas, nos ensinam sempre.

Pib Comodoro/MT

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