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Cinética e Reatores Químicos

Reatores Múltiplos

Profa. Adriana Paula Ferreira Palhares


Reatores em série
2
Reatores Homogêneos Contínuos CSTR em Série
3

http://3.bp.blogspot.com/_OUFKWutjciU/RtzoQZ6H_sI/AAAAAAAAAAU/331JsP00XGg/S228/H733034.jpg
Reatores Homogêneos Contínuos CSTR em Série
4

e
ν0

Onde rA1 = f(CA1) e rA2 = f(CA2), e


ν0
XA1 = conversão apenas no 1º CSTR
ν0 XA2 = conversão apenas no 2º CSTR
XAglobal = conversão global na saída
k1 do sistema em série

Lembrando que para 2 CSTRs em séries, a saída do 2º reator é a saída do


sistema global:

CA2 = CA global FA2 = FA global XA2 ≠ XA global ; então

rA2 = k . (CA2)n = k . (CAglobal)n


Reatores Homogêneos Contínuos CSTR em Série
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Para o 1º reator CSTR da série:


− + . =0
− 1− − .

Para o 2º reator CSTR da série


− + . =0
1− − + . =0
1− − 1− + . =0

=

Reatores Homogêneos Contínuos CSTR em Série
6

e
ν0

A vantagem deste arranjo é que,


ν0 para atingir a mesma conversão,
a soma dos volumes dos
ν0
reatores em série é menor que
de um único CSTR. Por
k1 exemplo, para 2 CSTR em série,
o volume total:

<
MUITA ATENÇÃO AQUI!!!
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A conversão apenas no segundo reator CSTR em série, XA2,


NÃO é a diferença entre a conversão de entrada e saída dele:

XA2 ≠ XAglobal – XA1


Onde XA1 = conversão somente no 1º CSTR
XA2 = conversão somente no 2º CSTR
XAglobal = conversão global na saída do sistema em série

Não poderia ser feito um balanço para


cada reator do sistema em série?
Sim, matematicamente é possível. Na
prática, pouco útil, pois é difícil isolar a
=

conversão em apenas um reator,
principalmente num sistema de vários
reatores em série.
Ex.1: 2-4 (Fogler), p.41
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Comparando volumes para CSTRs em série:


Para dois CSTRs em série, a conversão de 40% é
alcançada no primeiro reator. Qual é o volume necessário
de cada um dos dois reatores, para alcançar a conversão
global de 80% da espécie A alimentada a 0,4 mol/s?
Dados reais obtidos em laboratório:

Xi 0,0 0,1 0,2 0,4 0,6 0,7 0,8


(FA0 i/ 0,89 1,09 1,33 2,05 3,54 5,06 8,0
-rAi) (m3)
E se estes dados fossem obtidos do experimento feito
num único CSTR. Qual seria seu V?

Lembre-se: Não se pode chamar XA global – XA1 = XA2


Para o 1º reator CSTR da série:
ν0 − + . =0
− 1− − .
ν0
= = 2,05.(0,4) = 0,82 m3
ν0

k1 − + =0
.
Para o 2º reator
1− − + =0
CSTR da série: .

1− − 1− + . =0

= = 8,0.(0,8-0,4) = 3,2 m3
!
"#$#%& = ', )* + +, * = ,, '* -+

Único reator CSTR


de volume total: = = 8,0.(0,8) = 6,4 m3
. /
Aproximando um PFR por um
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grande número de CSTRs em série

Na medida em que fazemos o volume de cada


CSTR menor e aumentamos o número de
CSTRs, o volume total dos CSTRs em série e
o volume do PFR irão se igualar.

Isto é, nós podemos modelar um PFR como


um conjunto de CSTRs em série.
Colocando-se vários reatores
CSTRs de menores volumes
em série, após cada um,
atinge-se um grau de
V5
conversão, do qual parte a
entrada do próximo e, assim,
V4
o volume total para a V1 V2 V3
conversão global se
aproxima de um PFR.
Reatores CSTR em paralelo
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Nos reatores de mesmo


tamanho são conectados
em paralelo e a
alimentação distribuída
igualmente entre cada um
dos reatores (mesmo
tempo espacial), um
balanço de qualquer um
deles dá o seu volume
individual e a conversão
será igual em cada um:
Ou seja, a conversão alcançada em qualquer um
dos reatores em paralelo, Vi, é idêntica à que se
teria usando um único reator de volume total VT
Ex.3: 4-2 (Fogler – 4ª edição), p.130
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Para produzir 200 milhões de libras de etileno glicol (EG = 62


lb/mol) por ano, uma solução de 1 lbmol/ft3 de óxido de etileno
(OE) em água é misturada com uma vazão volumétrica igual de
uma solução aquosa contendo 0,9% em peso do catalisador
H2SO4 e alimentada em um reator, operado isotermicamente. A
velocidade específica de reação é 0,311 min-1.
Determine o volume do CSTR necessário para alcançar 80% de
conversão
Se dois reatores de 800 galões forem arranjados em paralelo com
alimentação dividida igualmente entre os dois reatores, qual será a
conversão correspondente?
Se dois reatores de 800 galões forem arranjados em série, qual será a
conversão correspondente?
Reatores Homogêneos Contínuos Tubulares em Série

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Quando vários reatores tubulares são colocados em série, a


equação de projeto para cada um deles é idêntica e, portanto, é
indiferente usar vários deles em série ou um único reator com o
volume total para se obter a conversão desejada (será a mesma).
XA2 é a conversão apenas no
segundo reator;
Observem que o fluxo de
alimentação do 2º PFR, FA1,
já considera o que converteu
de A no 1º, XA1.

Para VT= V1 + V2, onde XA = XA global, se V1 = V2:


Reatores Homogêneos Contínuos Tubulares em Série
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Para calcular o fluxo molar de saída de A após o segundo reator


(FA2), por exemplo:
pode-se fazer o produto do fluxo molar de entrada de A no 2º
reator (FA1) pela quantidade não reagida de A (1 – XA2) neste
reator

Ou o produto do fluxo molar de entrada de A no primeiro reator


da série (FA0) pela quantidade não reagida de A até aquele ponto
(1 – XA acumulado)
Ex.5: Tubos em série
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Um conjunto de 100 tubos cada um com 3,5 metros de


comprimento e 50 cm de diâmetro interno, todos eles operando a
550°C, será testado para funcionar em série. Uma mistura gasosa
de 200 m3/hora (80% molar de A - 20% molar de inerte) é
introduzida neste conjunto de reatores a 550°C e 20 atm (P cte). A
reação a ser utilizada é a de polimerização do acetileno, conforme
demonstrado a seguir :
4 C2H2 → (C2H2)4 , onde -rC2H2 = 0,6.[C2H2]2 (mol/L.s)
a) Com todos estes tubos operando em série, qual será a conversão
final do processo?
b) Se operamos na ausência de inertes, mas com todas as demais
condições constantes, qual será a conversão final do processo?
Houve ganho nesta conversão ? Por quê?
c) Encontre o número de tubos necessários para que se atinja 60%
de conversão operando com e sem inertes.
Ex. 4:
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Têm-se disponíveis dois reatores de mistura de mesmo volume


que devem ser conectados em série, para processar uma reação
de 1º ordem irreversível em fase líquida: A → B. Considere que na
entrada do 1º reator o reagente esteja puro, que a vazão
volumétrica seja de 500 l/h e que a constante de velocidade da
reação seja 1,5 h-1.
a) Qual deverá ser o volume de cada reator para que a
conversão global seja de 75%? E se fosse um único reator?

b) Qual o valor de XA1 e XA2?


c) Refaça o exercício considerando a reação reversível, com
conversão global de 65%, Kc = 3,0 e k1 = 1,5 h-1

R: a) 333 l; 999 l; b) XA1 = XA2 =0,5; c) 444 litros; XA1 = 0,48


Ex. 4:
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Têm-se disponíveis dois reatores de mistura de mesmo volume


que devem ser conectados em série, para processar uma reação
de 1º ordem irreversível em fase líquida: A → B. Considere que na
entrada do 1º reator o reagente esteja puro, que a vazão
volumétrica seja de 500 l/h e que a constante de velocidade da
reação seja 1,5 h-1.
a) Qual deverá ser o volume de cada reator para que a conversão
global seja de 75%?
R: 225 litros; XA1 = 0,4
b) Qual deverá ser o volume de cada reator para que a conversão
seja de 65%, se a reação for reversível de 1º ordem nos dois
sentidos, com kd = 1,5 h-1 e Kc = 3,0 ?
R: 418 litros; XA1 = 0,47
Exercício conferido – foi resolvido corretamente
Reatores PFR em paralelo
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Nos reatores de mesmo


tamanho conectados em
paralelo e a alimentação
distribuída igualmente entre
cada um dos reatores
(mesmo tempo espacial),
um balanço de qualquer um
deles dá o seu volume
individual e a conversão
será igual em cada um:

Ou seja, a conversão alcançada em


qualquer um dos reatores em paralelo,
Vi, é idêntica à que se teria usando um
único reator de volume total VT
Reatores PFR em paralelo
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Para se obter uma conexão ótima de reatores


pistonados ligados em paralelo ou em qualquer
combinação série-paralelo, podemos tratar o sistema
inteiro como um único reator pistonado.
O volume deste único reator será igual ao volume total
das unidades individuais, se a alimentação for
distribuída de tal maneira que correntes fluidas que se
encontram tiverem a mesma composição.
Assim, para reatores em paralelo, V/F ou “τ” têm de ser
os mesmos para cada linha paralela. Qualquer outra
maneira de alimentação é menos eficiente.
http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAAS9AAF-14.jpg
Referências Bibliográficas
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1. FOGLER, H. S. "Elements of Chemical Reaction Engineering", 2a Ed.,


Prentice Hall, 1992
2. SCHMAL, M. Cinética e Reatores. Aplicação na Engenharia Química.
Rio de Janeiro: Synergia Editora. COPPE/UFRJ: FAPERJ, 2010.
3. CIOLA, R. Fundamentos de Catálise. 1a edição. São Paulo: Editora
Moderna, EDUSP, 1981.
4. USP – EEL - Escola de Engenharia de Lorena Reatores – Notas de
Aula – Introdução a Engenharia de Reatores. Prof Marco Antonio
Pereira. http://www.marco.eng.br/reatores/notasdeaula/aula1.pdf

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