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Cinética e Reatores Químicos

Reatores Ideais Contínuos


Tubulares (PFR)

Profa. Adriana Paula Ferreira Palhares


Classificação
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Reator Homogêneo Contínuo Tubular - PFR

Homogêneo
Contínuo
Escoamento uniforme
Regime estacionário
Isotérmico
Tubo longo ou feixe de
tubos

Nos sistemas de escoamento altamente turbulento, não há variação


radial na concentração, os reagentes são consumidos continuamente na
direção axial. Assim, num escoamento uniforme, a concentração e a
velocidade de reação para qualquer ordem de reação diferente de zero,
só variarão axialmente, desprezando-se os efeitos de transporte difusivo
de massa e quantidade de movimento.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3b/Pipe-PFR.svg/380px-Pipe-PFR.svg.png
Reator Homogêneo Contínuo Tubular

PFR: Plug flow reactor (Tubular)


Reações homogêneas em fase gasosa
Vantagens: maior conversão por unidade de volume dentre os
reatores contínuos; manutenção relativamente fácil
Desvantagens: difícil controle de temperatura podendo ocorrer
pontos quentes num sistema isotérmico
Podem ser usados isoladamente, em série ou paralelo.
CSTR & PFR
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http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/images/stories/idealfund2.jpg
BALANÇO DE MASSA GERAL:

Entrada + Geração – Saída = Acúmulo


Fjo Gj dNj
Fj
dt
Velocidade
Vazão molar Vazão molar
de geração Velocidade
de entrada de saída
da espécie j de acúmulo
da espécie j da espécie j
no reator por da espécie j
no reator do reator
reação química no reator
+ _ =
[mols/tempo] [mols/tempo]
[mols/tempo] [mols/tempo]

Gj = .V
BALANÇO DE MASSA GERAL:
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Entrada + Geração – Saída = Acúmulo


Balanço Molar para Reator Homogêneo
Contínuo Tubular
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Reações homogêneas gasosas


Escoamento (em)pistonado: sem gradientes de concentração,
temperatura ou velocidade (ideal)
Estado estacionário: contínua entrada e saída de reagentes ou
produtos durante o processo da reação: a composição não varia
com o tempo
A composição e velocidade de reação, rj, variam axialmente,
ponto a ponto, ao longo do escoamento
B. M. PFR para um componente da reação deve ser feito em um
elemento diferencial de volume, onde rj pode ser considerada
uniforme em cada um deles (∆V muito pequeno).
Balanço Molar para Reator Homogêneo
Contínuo Tubular
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Contínua entrada e saída de reagentes ou produtos durante o


processo da reação: a composição não varia com o tempo
A composição e velocidade de reação, rj, variam axialmente
B. M. PFR para um subvolume do reator, ∆V:

Como ∆V = A. ∆y, dividindo tudo por ∆y e


aplicando o limite quando ∆y tende a zero: ou
∆V = subvolume do PFR
Equação de projeto
∆y = subdistância axial do PFR
do reator tubular na
A = área transversal do reator forma diferencial
Fj0 = vazão molar de alimentação de j (mol/tempo)
Fj = Vazão molar de j na saída
- rj = velocidade de consumo de j
∆ .∆ 0

Dividindo ambos os lados da equação por ∆ , sendo ∆ .∆


∆ .∆


lim .
∆ → ∆

.∆

pois ∆V é muito pequeno


Balanço Molar para Reator Tubular

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Numa reação elementar, simples, de primeira ordem:

Sendo a vazão volumétrica em L/s e = 0

Na entrada, V = 0 e CA = CA0, integrando:


Equação de projeto do reator
tubular na forma integral
Reator Homogêneo Contínuo
Tubular - PFR
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Em termos do grau de conversão, XA:

Por unidade de tempo

Integrando em todo V:
Equação de projeto do reator
tubular na forma integral

Pelos dados experimentais na forma


Área x FA0 = V 1/(-rA) plotados em relação a XA, a área
sob a curva formada na conversão
desejada, multiplicada por FA0, fornece
o volume do PFR necessário.
Reator Homogêneo Contínuo
Tubular - PFR
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Em termos do tempo espacial, τ:

Ou em termos de concentração
onde 0:

p/ XA = 0, CA = CA0
XA = XA,CA = CA
Reator Homogêneo Contínuo
Tubular - PFR
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Para uma reação irreversível de 1ª ordem, onde 0


O volume em termos de concentração:

O tempo espacial, τ, relaciona-se ao volume:

O volume em termos do grau de conversão:

p/ XA = 0, CA = CA0
XA = XA,CA = CA
Reator Homogêneo Contínuo
Tubular: ≠ 0
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Sendo a vazão volumétrica em L/s


Exemplo 1 (E4.1.11, Schmal, p.265)
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A cloração do propeno:

C3H6 + Cl2 → CH2=CH-CH2Cl + HCl

Se dá em fase gasosa num reator PFR de 5 m3, a 300oC e 20 atm.


Introduzem-se 30% de C3H6, 40% de Cl2 balanceados com 30% de
N2 e um fluxo molar total de 0,45 kmol/h. A constante cinética é
dada:
k = 2,02 (m3/kmoles x h)

Calcule a conversão final, o tempo espacial e o tempo de


residência médio
Exemplo 2 (E4.1.10, Schmal, p.264)
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Uma reação A → R + S se dá em fase gás num reator PFR.


Introduz-se o reagente A com 30% de inerte (molar),
operando isotermicamente a 300oC e a pressão ambiente. O
tempo espacial é de 6,7 segundos. A reação é de 1ª ordem e
a constante cinética é dada:

k = [110 +0,8(T-200)]x10-3 s-1 e T(K)

Calcule a conversão e o tempo de residência médio


Se a reação fosse feita num CSTR nas mesmas condições,
qual seria a conversão?
Referências Bibliográficas
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1. FOGLER, H. S. "Elements of Chemical Reaction Engineering", 2a Ed.,


Prentice Hall, 1992
2. SCHMAL, M. Cinética e Reatores. Aplicação na Engenharia Química.
Rio de Janeiro: Synergia Editora. COPPE/UFRJ: FAPERJ, 2010.
3. CIOLA, R. Fundamentos de Catálise. 1a edição. São Paulo: Editora
Moderna, EDUSP, 1981.
4. USP – EEL - Escola de Engenharia de Lorena Reatores – Notas de
Aula – Introdução a Engenharia de Reatores. Prof Marco Antonio
Pereira. http://www.marco.eng.br/reatores/notasdeaula/aula1.pdf

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