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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

CENTRO DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
ENGENHARIA DAS REAÇÕES QUÍMICAS
PROFESSOR DANIEL TOSS

ROTEIRO EXPERIMENTAL: REATOR TUBULAR - PFR


1. OBJETIVOS
1.1 Geral
Determinar a conversão em um reator de mistura da reação entre o composto verde de malaquita
e hidróxido de sódio.
1.2 Específico:
(a) Avaliar a influência do volume do reator na conversão.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
O composto colorido verde malaquita (formado com Cl-) reage com hidróxido de sódio tornando-se
incolor (na forma de OH-).

Ou simplesmente:

No reator de tubular, comumente chamado PFR (plug flow reactor), uma mistura de reagentes é
alimentada numa das extremidades de um tubo e a reação ocorre ao longo dele, na direção axial. Desta
forma a composição num determinado ponto não varia com o tempo, porém esta varia com a posição no
interior do tubo. Uma das vantagens de se utilizar um reator PFR é a facilidade de poder introduzir uma
troca térmica mais eficiente, esta aplicada ao longo do tubo.
Podemos determinar a conversão de reagentes em produtos (xA) no interior do CSTR através da
expressão (2).

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O valore de CA (concentração do reagente A) pode ser obtido submetendo à mistura a
espectrofotometria, pela transmitância no comprimento de onda de 620 nm e ( é a concentração
inicial do mesmo reagente.
Outra forma de se obter a conversão de um determinado reagente é conhecendo sua cinética de
reação e as condições de operação do reator PFR. Os dados cinéticos podem ser obtidos através de uma
reação batelada. As condições operacionais são: volume do reator, concentrações iniciais dos reagentes e
vazão de alimentação. A equação (3) descreve o projeto de um reator PFR.

Onde:
= tempo espacial;
= conversão;
= taxa da reação.

O tempo espacial é o tempo necessário para se processar um volume do reator, obtido pela
equação (4).

Onde:
= volume do reator;
= taxa volumétrica de alimentação.
Para reação de primeira ordem em A e sem compressão ou expansão:

3. METODOLOGIA
3.1 Preparação das soluções
Procedimento:
Solução 1: verde de malaquita (componente A da reação). Prepara-se 1000 mL de uma solução
contendo verde de malaquita na concentração de 1,75x10-5 mol/L.
Solução 2: hidróxido de sódio (componente B da reação). Prepara-se 1000 mL de uma solução
contendo hidróxido de sódio na concentração de 1,5x10-2 mol/L.

3.2 Montagem do sistema


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3.3 Calibração do espectrofotômetro
Para se relacionar a transmitância (no comprimento de onda de 620 nm) com a conversão da reação,
inicialmente é necessário calibrar o equipamento que vai ler a transmitância. Em outras palavras, é
necessário informar para o espectrofotômetro qual é o máximo de transmitância que pode passar pela
amostra.
Procedimento: preencher com água destilada o reator batelada, acionando a bomba de circulação.
Com o espectrofotômetro na posição de leitura de transmitância, informa-se que este é o ponto inicial.
Também se torna necessário determinar a transmitância inicial da reação (To), ou seja, a transmitância
quando XA é igual a zero.
Procedimento: elabora-se uma solução de verde de malaquita na concentração inicial que vai ser
utilizada na reação (CAo). Essa solução é preparada diluindo-se a solução 1 em 50%, ou seja, 100 mL da
solução 1 e 100 mL de água destilada. Anotar a transmitância.
Como a informação fornecida pelo espectrofotômetro é a transmitância, torna-se necessário
relacioná-la com a concentração de A. Essa relação é obtida pela curva de calibração, onde é relacionada a
transmitância em função da concentração do reagente A.
Procedimento: fazem-se diferentes concentrações do reagente A, sendo a primeira CAo, outras
podem ser obtidas da diluição de CAo, obtendo uma equação da curva.
O resultado obtido da curva de calibração é expresso pela equação (6):

(6)
Onde:
= transmitância
= concentração de A
Assim:

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(7)

3.4 Calibração das vazões de alimentação


A alimentação é fornecida por duas bombas peristálticas que permitem diferentes vazões, pelo ajuste
da rotação.
Procedimento: definir uma rotação para a bomba da solução 1, com vazão de, aproximadamente, 20
mL/min ( ). Para a bomba da solução 2 definir a rotação que forneça uma vazão, também de 20
mL/min ( ).

3.5 Reação contínua entre A e B


Procedimento:
 Inicialmente deve-se conhecer o volume dos reatores a serem utilizados. Para isso devem-se
preencher os reatores tubulares (mangueiras de silicone) com água e após medir o volume da água com
o auxílio de uma proveta.
 Montar o sistema de reator tubular, iniciando pelo reator de maior volume.
 Alimenta-se, através das bombas, as soluções 1 e 2.
 Aguardar o sistema estabilizar e anotar a transmitância.
 Alterar para o reator de menor volume e anotar a nova transmitância.
OBS: medir a temperatura de operação dos reatores.

4. CÁLCULOS
Com o valor da transmitância de cada condição de operação é possível obter a conversão pelas
equações (2) e (7). As mesmas conversões devem ser calculadas utilizando a equação de projeto para
reator PFR e conhecendo a cinética da reação. Comparar os valores obtidos.

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