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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

Engenharia Química

Gabriel Augusto Teixeira da Silveira

Jacqueline Amarinho dos Santos

Rafael Mendes Coelho

REATOR FLASH

Diamantina
2016
Gabriel Augusto Teixeira da Silveira

Jacqueline Amarinho dos Santos

Rafael Mendes Coelho

REATOR FLASH

Relatório apresentado a disciplina de Modelagem e


Simulação de Processos Químicos da Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, como
parte dos requisitos para a conclusão da disciplina.

Professora responsável: Anamaria de Oliveira


Cardoso

Diamantina

2016
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4

2 METODOLOGIA.................................................................................................................6

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................14

4 CONCLUSÃO.....................................................................................................................33

ANEXO I.................................................................................................................................35
4

1 INTRODUÇÃO

Considere o sistema composto por um reator CSTR seguido de um flash como


representado pela Figura 1. Neste esquema, os reagentes puros A e B são adicionados ao
reator pelas correntes mássicas F A e F B, respectivamente. Além destas alimentações, uma
vazão mássica de refluxo, F D, proveniente da saída de topo do flash, é inserida no CSTR de
volume constante. O fluido reacional resultante é operado em condições isotérmicas e as
reações que ocorrem são representadas pelas equações Eq. 1 – Eq. 3.
A corrente de saída do reator, F R , é encaminhada para uma unidade flash, também
de volume constante, no qual o fluido reacional é separado em uma corrente gasosa, F D , e
uma corrente líquida, L. É nesta etapa que ocorre a separação do produto de interesse, P .

Figura 1 – Representação esquemática do sistema original


F D(kg/s) XDA, XDB, XDC
F A(kg/s)
XDE, XDG , XDP

XA, XB, XC
XE, XG , XP
F B(kg/s)
L(kg/s)
F R(kg/s)
Temperatura
XLA, XLB, XLC
TR(ºC)
XLE, XLG , XLP
Fonte: Autores.
A+ B k 1 C r 1=k 1 C A C B Eq .1

C+ B k 2 P+ E r 2=k 2 C C C B Eq .2

P+C k 3 G r 3=k 3 C P C C Eq .3

Admite-se que as reações propostas são irreversíveis e que as suas constantes de


reação direta podem ser definidas como proposto pelas equações Eq. 4 – Eq. 6, no qual a
variável T R representa a temperatura de operação do reator. Alguns parâmetros deste processo
são conhecidos e são mostrados pela Tabela 1.
5

−6666,7
T R +273,15
k 1=1,6599× 106 ∙ e Eq .4
−8333,33
T R +273,15
k 2=27,2117 ×108 ∙ e Eq .5
−11111
12 T R + 273,15
k 3=2,6745 ×10 ∙ e Eq.6

Tabela 1 – Parâmetros conhecidos do sistema original


Massa do tanque (kg) Vazão Mássica (kg/s) Z
ZA 10,0
FA 1
Reator 2105 ZB 20,0
ZC 5,0
FB 6
ZE 0,5

Flash 2105 ZG 0,3


FD 24
ZP 0,1
Fonte: Autores.

Em um novo sistema, para evitar a decomposição do produto P , utilizou-se uma


temperatura acima de 70ºC e abaixo de 90ºC. Nesta faixa de operação, o subproduto G se
torna praticamente insolúvel na mistura formada pelos demais componentes. Diante desta
informação, o estagiário sugeriu que se colocasse um decantador de volume constante antes
de se alimentar o flash, como mostrado pela Figura 2. Este decantador seria projetado de
forma a possuir 95% de eficiência na remoção do subproduto G que deixa o reator. Vale
ressaltar ainda, que os demais produtos não são decantados pois são solúveis e, por isso,
continuam na mistura.

Figura 2 – Representação esquemática do sistema sugerido pelo estagiário


F D(kg/s) XDA, XDB, XDC
F A(kg/s)
XDE, XDG , XDP

XAH, XBH, XCH


F B(kg/s) F R(kg/s) XEH, XGH, XPH

F H(kg/s) L(kg/s)

Temperatura
XLA, XLB, XLC
TR(ºC)
XLE, XLG , XLP
F M(kg/s)
6

Fonte: Edraw Max 7.7

2 METODOLOGIA

O desenvolvimento dos modelos matemáticos que descrevem os sistemas


propostos pela Figura 1 foram realizados para cada volume de controle avaliado. Desta forma,
as equações do modelo foram apresentadas separadamente para o reator e o tanque flash deste
sistema.

Volume de controle: Reator


De forma a realizar o desenvolvimento de forma genérica, será considerado um
balanço para a espécie “i” dentro do reator. As etapas para este desenvolvimento são descritas
a seguir:
I. Variáveis Dependentes Fundamentais: Para investigar este processo foi
considerado que não há variações de quantidade de movimento e que o reator não
ganha ou cede calor para o meio externo, além de operar isotermicamente. Desta
forma, deve-se investigar o comportamento da massa neste sistema.
II. Variáveis Auxiliares de Estado: Como as variáveis conhecidas deste sistema já
estão relacionadas a termos mássicos, como as vazões, não é necessário qualquer
variável auxiliar de estado.
III. Volume de Controle: O reator apresentado pela Figura 3.

Figura 3 – Representação do volume de controle – Reator

Fonte: Edraw Max 7.7


7

IV. Princípios básicos: O princípio básico neste sistema é a equação de conservação


de massa descrita pela Eq. 7, no qual “i” representa o componente químico
avaliado, α i é o coeficiente estequiométrico deste elemento e assume valores
negativos para reagentes e positivos para produtos, r j é a taxa de reação molar
para o volume de controle da j-éssima reação e M M i é a massa molecular da
espécie”i”. Como ocorrem as reações múltiplas, elementares e irreversíveis
apresentadas em Eq. 1 – Eq. 3, pode-se definir que n=3.

d Mi
=∑ M ientra −∑ M isai + ∑ M i gerada−∑ M iconsumida Eq .7
dt
d Mi j=n
=F ientra−F isai + ∑ α i r j M M i Eq.8
dt j=1

Além disso, sabe-se que a massa total de um elemento “i” pode ser reescrita
como função da massa total, W , e sua fração mássica, X i , como mostra a Eq. 9. Sendo assim,
assumindo que a massa dentro do reator não seja alterada ao longo do tempo, a Eq. 8 pode
ser reescrita como apresentado pela Eq. 10.
M i=W × X i Eq .9
j=3

d X i F ientra Fisai j=1


∑ α ir j M M i
= − + Eq .10
dt W W W

A partir desta equação genérica obtida por Eq. 10 é possível obter o balanço
mássico de cada componente “i”.
 Balanço do componente A :
Para obter o termo de geração/consumo de Eq. 10 para o componente A , deve-se
observar que a espécie A reage apenas na primeira reação, como pode-se observar em Eq. 1 –
Eq. 3, e pode ter sua taxa de reação molar de consumo escrita como descrito pela Eq. 1. Esta
equação pode ser redefinida para termos mássicos a partir da multiplicação com a massa
molecular deste componente, M M A .
'
r A =−k 1 C A C B Eq .11
' '
r A =−r A M M A=−k 1 C A C B M M A Eq .12
8

Para se obter o balanço da espécie A em termos de sua fração mássica, deve-se


dividir Eq. 12 pela massa total no reator, W , e realizar algumas manipulações algébricas como
mostrado em Eq. 13 – Eq. 14, onde N T é o número de mols total.

( )
' ' 2
r A −k 1 C A C B M M A N T
= Eq . 13
W W N 2T

r 'A k '1 M M A N 2T
=−k 1 X A X B , onde k 1= Eq . 14
W W

Desta forma, o balaço genérico da Eq. 10 pode ser reescrito com o termo da
Eq. 14 para representar o balanço do componente A , como mostrado pela Eq. 15.
d X A FA FD FR
= + X DA − X −k X X Eq .15
dt W W W A 1 A B

 Balanço do componente B:
Como se pode observar em Eq. 1 – Eq. 3, o componente B é consumido tanto na
primeira quanto na segunda reação. Desta forma, deve-se obter as parcelas de contribuição de
ambas as reações.
o Primeira Reação
Neste caso, a taxa de consumo de B pode ser obtida a partir do
conhecimento da taxa de consumo do composto A , visto que k '1 foi baseado em
A . Portanto, pode-se relacionar o que é definido por Eq. 16 e Eq. 17. Se
M M A =100 g/mol e M M B=100 g/mol , a parcela desta reação é apresentada
pela Eq. 18.
'
rB
( 1 A B)
−k X X W
= Eq .16
M MA M MB
'
rB M MB
=(−k 1 X A X B ) Eq.17
W M MA

r 'B 100
=(−k 1 X A X B ) =−k 1 X A X B Eq .18
W 100

o Segunda Reação
Para esta reação, pode-se realizar os desenvolvimentos apresentados
pela Eq. 19 – Eq. 22.
9

'
r B=−k 2 C C C B Eq . 19
r 'B=−r B M M B =−k '2 CC C B M M B Eq .20

W
=
W NT ( )
r 'B −k '2 CC C B M M B N 2T
2
Eq .21

' ' 2
rB k2 M M B NT
=−k 2 X C X B , onde k 2= Eq . 22
W W

Desta forma, o balaço genérico da Eq. 10 pode ser reescrito com os


termos da Eq. 18 e Eq. 22 para representar o balanço do componente B, como
mostrado pela Eq. 23.

d XB FB FD FR
= + X DB− X −k X X −k X X Eq .23
dt W W W B 1 A B 2 C B

 Balanço do componente C :
Como se pode observar em Eq. 1 – Eq. 3, o componente C participa das três
equações. Desta forma, deve-se obter todas estas parcelas de contribuição.
o Primeira Reação
Neste caso, a taxa de produção de C pode ser obtida a partir do
conhecimento da taxa de consumo do composto A , visto que k '1 foi baseado em
A . Portanto, pode-se escrever o que é definido por Eq. 24 e Eq. 25. Se
M M A =100 g/mol e M M C =200 g /mol, a parcela desta reação é apresentada
pela Eq. 26.
'
−r C
( 1 A B)
−k X X W
= Eq .24
M MA M MC
'
rC M MC
=( k 1 X A X B ) Eq .25
W M MA
r 'B 200
=( k 1 X A X B ) =2 k 1 X A X B Eq .26
W 100
o Segunda Reação
O mesmo raciocínio anterior deve ser realizado para determinar a taxa
de consumo de C pela segunda reação, visto que k '2 foi escrito em termos do
componente B. O desenvolvimento é mostrado pelas equações Eq. 27 – Eq. 29.
10

r 'C
(−k 2 X C X B ) W
= Eq .27
M MB M MC
'
rC M MC
=(−k 2 X C X B ) Eq .28
W M MB

r 'C 200
=(−k 2 X C X B ) =−2 k 2 X C X B Eq .29
W 100
o Terceira Reação
Para esta reação, pode-se realizar os desenvolvimentos apresentados
pela Eq. 30 – Eq. 33.
r C =−k '3 C P C C Eq .30
' '
r C =−r C M M C =−k 3 C P C C M M C Eq .31

W
=
W ( )
r 'C −k '3 C P C C M M C N 2T
NT
2
Eq . 32

' ' 2
rC k 3 M MC N T
=−k 3 X P X C , onde k 3 = Eq .33
W W

Desta forma, o balaço genérico da Eq. 10 pode ser reescrito com os


termos da Eq. 26, Eq. 29 e Eq. 33 para representar o balanço do componente C ,
como mostrado pela Eq. 34.

d XC FD FR
= X DC − X + 2k 1 X A X B −2 k 2 X C X B −k 3 X P X C Eq .34
dt W W C

 Balanço do componente E :
Neste caso, a taxa de produção de E pode ser obtida a partir do
conhecimento da taxa de consumo do composto B, visto que k '2 foi baseado em B.
Portanto, pode-se escrever o que é definido por Eq. 35 e Eq. 36. Se
M M A =100 g/mol e M M E=200 g /mol , a parcela desta reação é apresentada pela
Eq. 37.
'
−r E
( 2 C B)
−k X X W
= Eq.35
M MB M ME
'
rE M ME
=( k 2 X C X B ) Eq .36
W M MB
11

r 'E 200
=( k 2 X C X B ) =2 k 2 X C X B Eq .37
W 100

Assim, o balanço para o componente E pode ser representado como definido pela
Eq. 38.
d XE FD FR
= X DE− X +2 k 2 X C X B Eq .38
dt W W E

 Balanço do componente G :
A taxa de produção de G pode ser obtida a partir do conhecimento da taxa de
'
consumo do composto C , visto que k 3 foi baseado em C . Portanto, pode-se escrever o que é
definido por Eq. 39 e Eq. 40. Se M M C =200 g /mol e M M G =300 g /mol , a parcela desta
reação é apresentada pela Eq. 41.
'
−r G
( 3 P C)
−k X X W
= Eq .39
M MC M MG
r 'G M MG
=( k 3 X P X C ) Eq .40
W M MC
r 'G 300
=( k 3 X P X C ) =1,5 k 3 X P X C Eq .41
W 200

Assim, o balanço para o componente E pode ser representado como definido pela
Eq. 42.
d XG F D FR
= X DG − X +1,5 k 3 X P X C Eq .42
dt W W G

 Balanço do componente P :
o Segunda Reação
A taxa de produção de P para esta reação pode ser obtida a partir do
conhecimento da taxa de consumo do composto B, visto que k '2 foi baseado em B. Portanto,
pode-se escrever o que é definido por Eq. 39 e Eq. 40. Se M M B=100 g/mol e
M M P=100 g/mol , a parcela desta reação é apresentada pela Eq. 41.

−r 'P
(−k 2 X C X B ) W
= Eq .39
M MB M MP
12

'
rP M MP
=( k 2 X C X B ) Eq .40
W M MB
'
rP 100
=( k 2 X C X B ) =k 2 X C X B Eq .41
W 100

o Terceira Reação
A taxa de consumo de P para esta reação pode ser obtida a partir do conhecimento
da taxa de consumo do composto C , visto que k '3 foi baseado em C . Portanto, pode-se
escrever o que é definido por Eq. 42 e Eq. 43. Se M M C =200 g /mol e M M P=100 g/mol , a
parcela desta reação é apresentada pela Eq. 44.
r 'P
(−k 3 X P X C ) W
= Eq.42
M MC M MP
r 'P M MP
=(−k 3 X P X C ) Eq .43
W M MC
r 'P 100
=(−k 3 X P X C ) =−0,5 k 3 X P X C Eq .44
W 200

Assim, o balanço para o componente P pode ser representado como definido pela
Eq. 45.
d XP FD FR
= − + k 2 X C X B −0,5 k 3 X P X C Eq .45
dt W W

Volume de controle: Tanque de destilação Flash


As etapas para o desenvolvimento do modelo no tanque flash segue os mesmos
procedimentos realizados para o reator. Estas etapas estão descritas a seguir:
I. Variáveis Dependentes Fundamentais: Considera-se que não há variações de
quantidade de movimento e de energia no tanque flash. Desta forma, deve-se
investigar somente o comportamento da massa neste sistema.
II. Variáveis Auxiliares de Estado: Como as variáveis conhecidas deste sistema já
estão relacionadas a termos mássicos, como as vazões, não é necessário qualquer
variável auxiliar de estado.
III. Volume de Controle: O tanque flash apresentado pela Figura 4.
13

Figura 4 – Representação do volume de controle – Tanque Flash

Fonte: Edraw Max 7.7

IV. Princípios básicos: O princípio básico neste sistema é a equação de conservação


de massa descrita pela Eq. 7. Como não há consumo nem produção das espécies
que presentes no sistema, Eq. 7 pode ser simplificada em Eq. 46.

d Mi
=F ientra−F isai Eq .46
dt

Assumindo que o tanque flash tenha uma massa total, constante e igual a W F , pela
Eq. 9 pode se reescrever Eq. 46 como apresentado por Eq. 47. Além disso, se considerado a
hipótese de mistura perfeita neste tanque, então a fração mássica dentro do tanque, X i , é
assumida ser igual à fração mássica líquida de fundo da saída do tanque, X Li, e a Eq. 47 pode
ser modificada a Eq. 48.

d X i F ientra Fisai
= − Eq .47
dt WF WF
d X Li F ientra F isai
= − Eq .48
dt WF WF

A determinação da variável X Li pode ser obtida a partir de uma ponderação com


os valores de volatilidade,  Z , dos componentes avaliados. A Eq. 49 mostra a relação
matemática utilizada para se estudar a fração mássica de cada componente ao longo do tempo.

Z i X Li
X Di = Eq . 49
Z A X LA +Z B X LB +Z C X LC + ZG X LG + Z P X LP + Z E X ¿
14

Desta forma, os balanços para cada componente podem ser obtidos a partir de
adequações em Eq. 48. Os resultados são apresentados em Eq. 50 – Eq. 55.
Componente A:
d X LA F R
= X −F D X DA −L X LA Eq. 50
dt WF A
Componente B:
d X LB F R
= X −F D X DB−L X LB Eq . 51
dt WF B
Componente C:
d X LC F R
= X −F D X DC −L X LC Eq .52
dt WF C
Componente E:
d X¿ FR
= X −F D X DE−L X ¿ Eq . 53
dt WF E
Componente G:
d X LG F R
= X −F D X DG−L X LG Eq .54
dt WF G
Componente P:
d X LP F R
= X −F D X DP−L X LP Eq .55
dt WF P

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para avaliar a influência da proporção F A / F B no comportamento do sistema e na


eficiência de separação do flash, realizou-se várias modificações sobre os valores de F A e FB.
Os resultados das frações de produto obtidos nas simulações são apresentados na Tabela 2 e o
comportamento pode ser observado nos gráficos apresentados pela Figura 5 – Figura 22.

Tabela 2 – Frações de produto na saída do reator e do flash


Simulação FA FB FA/FB X P Reator X P Flash
1 8,0 1,0 8,000 0,004 0,016
2 1,0 0,2 5,000 0,004 0,098
3 4,0 1,0 4,000 0,008 0,046
4 1,0 0,5 2,000 0,010 0,135
5 2,0 1,0 2,000 0,013 0,105
6 1,0 1,0 1,000 0,023 0,195
7 1,0 2,0 0,500 0,050 0,275
8 0,5 1,0 0,500 0,053 0,271
15

9 1,0 4,0 0,250 0,020 0,113


10 0,2 1,0 0,200 0,020 0,239
11 1,0 8,0 0,125 0,012 0,043
Fonte: Scilab 5.5.2.

A partir da Tabela 2, observou-se que, no reator, uma redução na proporção FA/FB


aumenta, até certo ponto, a fração do produto P obtida, X P Reator. Esta melhora foi verificada
pelas simulações 1 – 8. No entanto, quando esta razão atingiu valores muito baixos, isto é,
quando FA << FB, pela avaliação dos resultados das simulações 8 – 11, observou-se uma
queda na fração mássica do produto de interesse.
Para verificar o comportamento destas alterações da razão F A/FB, no reator,
inicialmente se plotou os gráficos apresentados por Figura 5 – Figura 7. Estes gráficos
apresentados dizem respeito às simulações 4, 7 e 11 e foram escolhidas para representarem
uma razão relativamente alta, uma média e uma baixa. Para um valor fixo de F A = 1 kg/s,
variou-se F B em valores de 0,5, 2,0 e 8,0 kg/s.
16

Figura 5 – Reator: FA = 1,0 kg/s e FB = 0,5 kg/s

Fonte: Scilab 5.5.2.


17

Figura 6 – Reator: FA = 1,0 kg/s e FB = 2,0 kg/s


18

Fonte: Scilab 5.5.2.

Figura 7 – Reator: FA = 1,0 kg/s e FB = 8,0 kg/s


19

Fonte: Scilab 5.5.2.


20

Pela Figura 5, no qual FA > FB, observou-se que as frações mássicas do


componente A e de B reduziram no início do processo. No entanto, em um certo intervalo de
tempo, A tem sua fração aumentada continuamente ao longo do tempo avaliado. Por outro
lado, o componente B teve sua fração reduzida durante todo o intervalo de tempo estudado.
Pela Figura 6, FA se torna menor que FB e o comportamento muda
consideravelmente. Neste gráfico, as frações mássicas de ambos os componentes reduzem no
início. No entanto, em um certo intervalo de tempo, a fração mássica de B começa a crescer
na corrente de saída do reator.
Por fim, pela Figura 7, no qual FA < FB, a fração mássica de A cai
consideravelmente ao longo do tempo até atingir um valor estacionário, ao passo que B tem
sua fração aumentada e também se estabiliza.
Para o flash, ao fixar a vazão mássica de A novamente em FA = 1,0 kg/s e realizar
as mesmas modificações anteriores para FB, obteve-se os gráficos mostrado na Figura 8 –
Figura 10. Estes gráficos revelam que, quanto menor é a concentração de entrada no tanque
flash dos reagentes A e B, menor é a sua representação na corrente líquida de saída do flash.
Além disso, o melhor resultado obtido para a fração mássica do produto P na corrente de saída
do flash foi àquele simulado para uma razão FA/FB igual a 0,500.
21

Figura 8 – Flash: FA = 1,0 kg/s e FB = 0,5 kg/s

Fonte: Scilab 5.5.2.


22

Figura 9 – Flash: FA = 1,0 kg/s e FB = 2,0 kg/s


23

Fonte: Scilab 5.5.2.

Figura 10 – Flash: FA = 1,0 kg/s e FB = 8,0 kg/s


24

Fonte: Scilab 5.5.2.


25

Para o sistema onde as vazões FA e FB são 1 kg/s e 6 kg/s respectivamente, variou-


se a temperatura original de 70 °C para valores superiores e inferiores e simulou-se os
resultados. Os valores encontrados estão dispostos na Tabela 3.

Tabela 3 – Variação da fração de produto com a temperatura


T reator [°C] X P Reator X P Flash
25 0,0001 0,0008
50 0,0043 0,0187
70 0,0149 0,0644
90 0,0240 0,1034
100 0,0263 0,1134
150 0,0277 0,1191
Fonte: Scilab 5.5.2.

Como se pode observar pela Tabela 3, à medida que a temperatura aumenta, a


fração de produto na saída do reator aumenta e o consumo dos reagentes, A e B, passa a
acontecer mais rapidamente. É possível observar nos gráficos apresentados na Figura 11 –
Figura 13 que, à medida que a temperatura sobe, a fração de A diminui mais acentuadamente
na corrente de saída do reator.
Os gráficos apresentados na Figura 14 – Figura 16 mostram a influência da
temperatura no flash sobre X P Flash. Os resultados mostraram que a fração de P no produto de
fundo aumenta com o aumento da temperatura, assim como a fração de B. No entanto, a
fração de A tende a diminuir com o aumento de temperatura.

Por fim, avaliou-se os impactos de se instalar um decantador para remoção de


95% do componente G na corrente de saída do reator, operado a T R = 80 °C. Foi possível
observar um leve declínio na fração mássica do componente indesejado G no corpo de fundo
da torre e também no reator. Também ocorre um leve aumento na fração mássica do produto
P em ambos os equipamentos. Na Figura 17 – Figura 18 estão apresentadas a pequena
melhora que o uso do decantador proporcionou à saída do reator e na Figura 19 – Figura 20
estão apresentadas as simulações para o tanque flash.
26

Figura 11 – Perfil das frações no reator a T= 25 °C

Fonte: Scilab 5.5.2.


27

Figura 12 – Perfil das frações no reator a T= 70 °C

Fonte: Scilab 5.5.2.


28

Figura 13 – Perfil das frações no reator a T= 100 °C

Fonte: Scilab 5.5.2.


29

Figura 14 – Perfil das frações no flash a T= 25 °C

Fonte: Scilab 5.5.2.


30

Figura 15 – Perfil das frações no flash a T= 70 °C

Fonte: Scilab 5.5.2.


31

Figura 16 – Perfil das frações no flash a T= 100°C

Fonte: Scilab 5.5.2.


32

Figura 17 – Perfil das frações no reator a T= 80°C sem o decantador

Fonte: Scilab 5.5.2.


33

Figura 18 – Perfil das frações no reator a T = 80°C com o decantador

Fonte: Scilab 5.5.2.


34

Figura 19 – Perfil das frações no tanque Flash a T= 80°C sem o decantador

Fonte: Scilab 5.5.2.


35

Figura 20 – Perfil das frações no tanque Flash a T= 80°C com o decantador

Fonte: Scilab 5.5.2.


36

4 CONCLUSÃO

A partir das simulações realizadas, observou-se que quando a vazão mássica de A é


fixada em 1 kg/s e se variou FB para valores inferiores e superiores à FA, houve um acúmulo
de massa do componente B para proporções FA/FB menores que 0,5. Neste caso, A atua como
um reagente limitante na primeira reação e, consequentemente, acaba retardando as outras
taxas de reações. O resultado deste efeito é uma redução na produção de P, que tem sua fração
mássica reduzida com a diminuição da razão FA/FB.
Por outro lado, para razões FA/FB maiores que um, ocorre um acúmulo apreciável do
componente A. Tal fato pode ser explicado analisando as reações que ocorrem no reator. O
componente B participa em duas reações paralelas enquanto A é reagente de apenas uma.
Desta forma, A deixa de limitar a primeira reação e permite a produção de C ocorrer
livremente. A presença de C e B no sistema reacional permite a ocorrência da segunda reação
e, consequentemente, produção do produto desejável P. No entanto, quanto maior for esta
razão, FA/FB, menor é a disponibilidade do reagente B no sistema, que acaba limitando a
produção do componente P. A condição ideal ocorre quando esta razão se aproxima de 0,500
que satisfaz adequadamente as razões estequiométricas das reações múltiplas, já que se
assumiu uma mesma massa molecular para estes dois componentes.
Quanto à fração mássica de produto tanto no reator quanto na coluna flash, uma
proporção inadequada entre os reagente A e B impacta em um decréscimo na fração mássica
do produto P e perda de eficiência no processo de destilação. Um excesso de reagente, seja de
A ou B, fará o produto de fundo ser composto de uma maior fração mássica de tais reagente,
mesmo estes sendo mais voláteis com relação ao produto P. Este excesso de reagente na saída
do reator promove um aumento na vazão processada pelo tanque flash e, consequentemente,
um acréscimo destes reagentes na corrente líquida de saída deste tanque.
Ademais, foi observado um aumento em todas as leis de velocidade com o aumento da
temperatura. Isto se deve ao fato de que a taxa específica de reação foi modelada pela equação
de Arrhenius que prevê um aumento exponencial da taxa de reação com o aumento da
temperatura. Embora houve um aumento em todas as velocidades de reação, as taxas não
variaram na mesma proporção, devido aos diferentes parâmetros característicos de cada taxa,
como a energia de ativação e o fator de frequência. Além disso, o aumento de temperatura
pode acarretar em algumas interferências no sistema, como a degradação do produto P e
outros componentes, diminuindo a eficiência.
37

A implantação de um decantador não se mostrou eficiente de forma a ser vantajosa a


mudança do sistema. Isso pode ser explicado baseado no efeito de concentração que ocorre no
sistema. Ao remover grande parte do composto G, há um aumento na fração mássica dos
outros componentes na corrente de alimentação do flash. Este aumento é refletido na corrente
de refluxo que alimenta o reator. Consequentemente, o uso de um decantador promove um
efeito, mesmo que pequeno, sobre a fração mássica dos reagentes e isto acarreta um pequeno
aumento na fração de produto.
Por fim, é válido salientar que, embora se tenha realizado um estudo da eficiência
baseado na fração mássica de P, X P, é importante a análise da vazão mássica total da corrente
líquida de saída do tanque flash, L X LP. Mesmo o produto P estando mais concentrado, a
quantidade total obtida deste depende da vazão L.
38

ANEXO I

Esse anexo possui o código original fornecido pela professora e o código adaptado
para resolução do relatório.

 Código original fornecido pela professora que ministra a disciplina. O Exercício 1 faz
alterações apenas em FA e FB, já o Exercício 2 faz alterações na temperatura do reator
(Tr)

 //========================================================
 // UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
 // MODELAGEM E SIMULAÇÃO DE PROCESSOS QUÍMICOS
 // COMPORTAMENTO DINÂMICO DO SISTEMA REATOR+FLASH
 //========================================================
 clear;
 clc; mode(-1);
 stacksize('max') ;
 //---------------------------------------------------

 function [dxdt]=dinamico(t, x, Fa, Fb, Fd, w, wf, Za, Zb, Zc, Ze, Zg, Zp)
 Xa=x(1);// fração mássica de A no reator
 Xb=x(2);// fração mássica de B no reator
 Xc=x(3);// fração mássica de C no reator
 Xe=x(4);// fração mássica de E no reator
 Xg=x(5);// fração mássica de G no reator
 Xp=x(6);// fração mássica de P no reator

 ///---------------------------------------------
 Xla=x(7);// temperatura nos tubos do trocador de calor
 Xlb=x(8);// temperatura no casco do trocador de calor
 Xlc=x(9);// fração mássica de A no trocador de calor
 Xle=x(10);// fração mássica de B no trocador de calor
 Xlg=x(11);// fração mássica de C no trocador de calor
 Xlp=x(12);// fração mássica de E no trocador de calor
 //----------------------------
 Xda=(Za*Xla)/(Za*Xla+Zb*Xlb+Zc*Xlc+Ze*Xle+Zg*Xlg+Zp*Xlp);
 Xdb=(Zb*Xlb)/(Za*Xla+Zb*Xlb+Zc*Xlc+Ze*Xle+Zg*Xlg+Zp*Xlp);
 Xdc=(Zc*Xlc)/(Za*Xla+Zb*Xlb+Zc*Xlc+Ze*Xle+Zg*Xlg+Zp*Xlp);
 Xde=(Ze*Xle)/(Za*Xla+Zb*Xlb+Zc*Xlc+Ze*Xle+Zg*Xlg+Zp*Xlp);
 Xdg=(Zg*Xlg)/(Za*Xla+Zb*Xlb+Zc*Xlc+Ze*Xle+Zg*Xlg+Zp*Xlp);
 Xdp=(Zp*Xlp)/(Za*Xla+Zb*Xlb+Zc*Xlc+Ze*Xle+Zg*Xlg+Zp*Xlp);
 Tr=70;
 k1=1.6599*10^(6)*exp(-6666.7/(Tr+273.15));
 k2=7.2117*10^(8)*exp(-8333.3/(Tr+273.15));
 k3=2.6745*10^(12)*exp(-11111/(Tr+273.15));
 L=Fa+Fb;
 Fr=Fa+Fb+Fd;
 // Equações para o reator
 dxdt(1)=(Fa/w)-(Fr)*(Xa/w)-k1*Xa*Xb+Fd*(Xda/w);// Balanço de massa para A
 dxdt(2)=(Fb/w)-(Fr)*(Xb/w)-(k1*Xa*Xb+k2*Xb*Xc)+Fd*(Xdb/w);// Balanço de massa para B
 dxdt(3)=-(Fr)*(Xc/w)+(2*k1*Xa*Xb-2*k2*Xb*Xc-k3*Xc*Xp)+Fd*(Xdc/w);// Balanço de massa para C
 dxdt(4)=-(Fr)*(Xe/w)+(2*k2*Xb*Xc)+Fd*(Xde/w);// Balanço de massa para E
 dxdt(5)=-(Fr)*(Xg/w)+(1.5*k3*Xc*Xp)+Fd*(Xdg/w);// Balanço de massa para G
 dxdt(6)=-(Fr)*(Xp/w)+(k2*Xb*Xc-0.5*k3*Xc*Xp)+Fd*(Xdp/w);// Balanço de massa para P


 // Equações do flash
 dxdt(7)=(1/wf)*((Fr)*Xa-Fd*Xda-L*Xla);
 dxdt(8)=(1/wf)*((Fr)*Xb-Fd*Xdb-L*Xlb);
 dxdt(9)=(1/wf)*((Fr)*Xc-Fd*Xdc-L*Xlc);
39

 dxdt(10)=(1/wf)*((Fr)*Xe-Fd*Xde-L*Xle);
 dxdt(11)=(1/wf)*((Fr)*Xg-Fd*Xdg-L*Xlg);
 dxdt(12)=(1/wf)*((Fr)*Xp-Fd*Xdp-L*Xlp);

 endfunction
 ///================================================================
 //
 // PROGRAMA PRINCIPAL
 //
 //==================================================================

 //--------------------------------------------------------------------
 // PARÂMETROS
 //--------------------------------------------------------------------
 w=2105; //kg
 wf=2105;//kg
 Za=10;
 Zb=20;
 Zc=5;
 Ze=0.5;
 Zg=0.3;
 Zp=0.1;
 Fb=6;//kg/s
 Fa=1;//kg/s
 Fd=24;//kg/s
 //--------------------------------------------------------------------
 // CONDIÇÕES INICIAIS
 //--------------------------------------------------------------------
 Xa0=0.4;
 Xb0=0.55;
 Xc0=0.04;
 Xe0=0.01;
 Xg0=0.0;
 Xp0=0.0;
 Xla0=0.02;
 Xlb0=0.06;
 Xlc0=0.01;
 Xle0=0.7;
 Xlg0=0.01;
 Xlp0=0.2;
 x0=[Xa0;Xb0;Xc0;Xe0;Xg0;Xp0;Xla0;Xlb0;Xlc0;Xle0;Xlg0;Xlp0];
 //--------------------------------------------------------------------
 // SIMULAÇÃO DINÂMICA
 //--------------------------------------------------------------------
 //--------------------------------------------------------------------
 // Tempo de simulação
 //--------------------------------------------------------------------
 t0=0;
 tfim=3600
 delta_t=0.1;
 t=[t0:delta_t:tfim];// definição do intervalo de tempo e incremento
 //--------------------------------------------------------------------
 //--------------------------------------------------------------------
 lista=list(dinamico,Fa,Fb,Fd,w,wf,Za,Zb,Zc,Ze,Zg,Zp);
 xsai=ode(x0,0,t,lista);
 printf("Os valores encontrados para o estado estacionário são:\n")
 printf(" Xa=%f,\n Xb=%f,\n Xc=%f,\n Xe=%f,\n Xg=%f,\n Xp=%f \n\n",xsai(1,$),
xsai(2,$),xsai(3,$),xsai(4,$),xsai(5,$),xsai(6,$));
 printf(" Xla=%f,\n Xlb=%f,\n Xlc=%f,\n Xle=%f,\n Xlg=%f,\n Xlp=%f \n\n",xsai(7,$),
xsai(8,$),xsai(9,$),xsai(10,$),xsai(11,$),xsai(12,$));

 printf("===============================================\n \n");

 //----------------------------------------------------------------------------//
 // GRÁFICOS
 //----------------------------------------------------------------------------//
 scf(1); clf();
40

 plot(t/3600,xsai(1,:),'b');//Xa
 plot(t/3600,xsai(2,:),'r');//Xb
 plot(t/3600,xsai(3,:),'g');//Xc
 plot(t/3600,xsai(4,:),'m');//Xe
 plot(t/3600,xsai(5,:),'k');//Xg
 plot(t/3600,xsai(6,:),'c');//Xp
 xtitle('Concentração na saída do reator','Tempo[h]','Xp');
 hl=legend(['Xa';'Xb';'Xc';'Xe';'Xg';'Xp']);
 scf(2); clf();
 plot(t/3600,xsai(7,:),'b');
 plot(t/3600,xsai(8,:),'r');
 plot(t/3600,xsai(9,:),'g');
 plot(t/3600,xsai(10,:),'m');
 plot(t/3600,xsai(11,:),'k');
 plot(t/3600,xsai(12,:),'c');
 xtitle('Concentração na saída do flash','Tempo [h]','Xlp');
 hl=legend(['Xla';'Xlb';'Xlc';'Xle';'Xlg';'Xlp']);

 Código adaptado para a resolução d Exercício 3

//========================================================
// UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
// MODELAGEM E SIMULAÇÃO DE PROCESSOS QUÍMICOS
// COMPORTAMENTO DINÂMICO DO SISTEMA REATOR+FLASH
//========================================================
clear;
clc; mode(-1);
stacksize('max') ;
//---------------------------------------------------

function [dxdt]=dinamico(t, x, Fa, Fb, Fd, w, wf, Za, Zb, Zc, Ze, Zg, Zp)
Xa=x(1);// fração mássica de A no reator
Xb=x(2);// fração mássica de B no reator
Xc=x(3);// fração mássica de C no reator
Xe=x(4);// fração mássica de E no reator
Xg=x(5);// fração mássica de G no reator
Xp=x(6);// fração mássica de P no reator

///---------------------------------------------
Xla=x(7);// temperatura nos tubos do trocador de calor
Xlb=x(8);// temperatura no casco do trocador de calor
Xlc=x(9);// fração mássica de A no trocador de calor
Xle=x(10);// fração mássica de B no trocador de calor
Xlg=x(11);// fração mássica de C no trocador de calor
Xlp=x(12);// fração mássica de E no trocador de calor
//----------------------------
Xda=(Za*Xla)/(Za*Xla+Zb*Xlb+Zc*Xlc+Ze*Xle+Zg*Xlg+Zp*Xlp);
Xdb=(Zb*Xlb)/(Za*Xla+Zb*Xlb+Zc*Xlc+Ze*Xle+Zg*Xlg+Zp*Xlp);
Xdc=(Zc*Xlc)/(Za*Xla+Zb*Xlb+Zc*Xlc+Ze*Xle+Zg*Xlg+Zp*Xlp);
Xde=(Ze*Xle)/(Za*Xla+Zb*Xlb+Zc*Xlc+Ze*Xle+Zg*Xlg+Zp*Xlp);
Xdg=(Zg*Xlg)/(Za*Xla+Zb*Xlb+Zc*Xlc+Ze*Xle+Zg*Xlg+Zp*Xlp);
Xdp=(Zp*Xlp)/(Za*Xla+Zb*Xlb+Zc*Xlc+Ze*Xle+Zg*Xlg+Zp*Xlp);

Tr=80;
k1=1.6599*10^(6)*exp(-6666.7/(Tr+273.15));
k2=7.2117*10^(8)*exp(-8333.3/(Tr+273.15));
k3=2.6745*10^(12)*exp(-11111/(Tr+273.15));
L=Fa+Fb;
Fr=Fa+Fb+Fd;
Xah=Xa*Fr/(Fr-0.95*Xg*Fr);
Xbh=Xb*Fr/(Fr-0.95*Xg*Fr);
Xch=Xc*Fr/(Fr-0.95*Xg*Fr);
Xeh=Xe*Fr/(Fr-0.95*Xg*Fr);
Xph=Xp*Fr/(Fr-0.95*Xg*Fr);
41

Xgh=0.05*Xg*Fr/(Fr-0.95*Xg*Fr);

// Equações para o reator


dxdt(1)=(Fa/w)-(Fr)*(Xa/w)-k1*Xa*Xb+Fd*(Xda/w);// Balanço de massa para A
dxdt(2)=(Fb/w)-(Fr)*(Xb/w)-(k1*Xa*Xb+k2*Xb*Xc)+Fd*(Xdb/w);// Balanço de massa para B
dxdt(3)=-(Fr)*(Xc/w)+(2*k1*Xa*Xb-2*k2*Xb*Xc-k3*Xc*Xp)+Fd*(Xdc/w);// Balanço de massa para C
dxdt(4)=-(Fr)*(Xe/w)+(2*k2*Xb*Xc)+Fd*(Xde/w);// Balanço de massa para E
dxdt(5)=-(Fr)*(Xg/w)+(1.5*k3*Xc*Xp)+Fd*(Xdg/w);// Balanço de massa para G
dxdt(6)=-(Fr)*(Xp/w)+(k2*Xb*Xc-0.5*k3*Xc*Xp)+Fd*(Xdp/w);// Balanço de massa para P

// Equações do flash
dxdt(7)=(1/wf)*((Fr)*Xah-Fd*Xda-L*Xla);
dxdt(8)=(1/wf)*((Fr)*Xbh-Fd*Xdb-L*Xlb);
dxdt(9)=(1/wf)*((Fr)*Xch-Fd*Xdc-L*Xlc);
dxdt(10)=(1/wf)*((Fr)*Xeh-Fd*Xde-L*Xle);
dxdt(11)=(1/wf)*((Fr)*Xgh-Fd*Xdg-L*Xlg);
dxdt(12)=(1/wf)*((Fr)*Xph-Fd*Xdp-L*Xlp);

endfunction
///================================================================
//
// PROGRAMA PRINCIPAL
//
//==================================================================

//--------------------------------------------------------------------
// PARÂMETROS
//--------------------------------------------------------------------
w=2105; //kg
wf=2105;//kg
Za=10;
Zb=20;
Zc=5;
Ze=0.5;
Zg=0.3;
Zp=0.1;
Fb=6;//kg/s
Fa=1;//kg/s
Fd=24;//kg/s
//--------------------------------------------------------------------
// CONDIÇÕES INICIAIS
//--------------------------------------------------------------------
Xa0=0.4;
Xb0=0.55;
Xc0=0.04;
Xe0=0.01;
Xg0=0.0;
Xp0=0.0;
Xla0=0.02;
Xlb0=0.06;
Xlc0=0.01;
Xle0=0.7;
Xlg0=0.01;
Xlp0=0.2;
x0=[Xa0;Xb0;Xc0;Xe0;Xg0;Xp0;Xla0;Xlb0;Xlc0;Xle0;Xlg0;Xlp0];
//--------------------------------------------------------------------
// SIMULAÇÃO DINÂMICA
//--------------------------------------------------------------------
//--------------------------------------------------------------------
// Tempo de simulação
//--------------------------------------------------------------------
t0=0;
tfim=3600
delta_t=0.1;
t=[t0:delta_t:tfim];// definição do intervalo de tempo e incremento
//--------------------------------------------------------------------
//--------------------------------------------------------------------
42

lista=list(dinamico,Fa,Fb,Fd,w,wf,Za,Zb,Zc,Ze,Zg,Zp);
xsai=ode(x0,0,t,lista);
printf("Os valores encontrados para o estado estacionário são:\n")
printf(" Xa=%f,\n Xb=%f,\n Xc=%f,\n Xe=%f,\n Xg=%f,\n Xp=%f \n\n",xsai(1,$), xsai(2,$),xsai(3,$),xsai(4,$),xsai(5,$),xsai(6,$));
printf(" Xla=%f,\n Xlb=%f,\n Xlc=%f,\n Xle=%f,\n Xlg=%f,\n Xlp=%f \n\n",xsai(7,$),
xsai(8,$),xsai(9,$),xsai(10,$),xsai(11,$),xsai(12,$));

printf("===============================================\n \n");

//----------------------------------------------------------------------------//
// GRÁFICOS
//----------------------------------------------------------------------------//
scf(1); clf();
plot(t/3600,xsai(1,:),'b');//Xa
plot(t/3600,xsai(2,:),'r');//Xb
plot(t/3600,xsai(3,:),'g');//Xc
plot(t/3600,xsai(4,:),'m');//Xe
plot(t/3600,xsai(5,:),'k');//Xg
plot(t/3600,xsai(6,:),'c');//Xp
xtitle('Concentração na saída do reator','Tempo[h]','Xp');
hl=legend(['Xa';'Xb';'Xc';'Xe';'Xg';'Xp']);
scf(2); clf();
plot(t/3600,xsai(7,:),'b');
plot(t/3600,xsai(8,:),'r');
plot(t/3600,xsai(9,:),'g');
plot(t/3600,xsai(10,:),'m');
plot(t/3600,xsai(11,:),'k');
plot(t/3600,xsai(12,:),'c');
xtitle('Concentração na saída do flash','Tempo [h]','Xlp');
hl=legend(['Xla';'Xlb';'Xlc';'Xle';'Xlg';'Xlp']);

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