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Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina.

MECÂNICA DOS FLUIDOS

Capítulo 1 - CONCEITOS FUNDAMENTAIS

1) Definições:

Fenômenos de Transferência – Um processo de transferência é caracterizado pela tendência ao


equilíbrio, que é uma condição em que não ocorre nenhuma variação. Uma força motriz, o movimento no
sentido do equilíbrio e o transporte de alguma quantidade são fatos comuns a todos os processos de
transferência. A massa do material através da qual as variações ocorrem afeta a velocidade do transporte e
a geometria do material afeta a direção do processo. A força motriz nada mais é do que uma diferença de
velocidade, de temperatura ou de concentração.

Mecânica dos Fluidos - Ciência que estuda o transporte de energia pelos fluidos e a resistência ao
movimento ocasionada pelo movimento do fluido.

Transferência de calor -Ciência que estuda a transferência de energia associada à diferença de


temperatura.

Transferência de massa -Ciência que estuda a transferência de massa associada à diferença de


concentração de uma substância.

2) Dimensões e sistemas de unidades:

Dimensões fundamentais:
M - massa
L - comprimento
T - tempo
θ - temperatura

Dimensões derivadas:
Força - MLT-2
Pressão - ML-1T-2
Potência - ML2T-3

Sistemas de unidades:Internacional, Inglês, Métrico, CGS


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M L T θ F Pressão Energia
SI kg m s K N Pa J
CGS g cm s K dina dina/cm² erg
Métrico kg m s K kgf Kgf/m² Kgf.m
Inglês Engenharia lbm ft s R lbf lbf/ft2 lbf.ft
Inglês Técnico slug ft s R lbf lbf/ft2 lbf.ft

Lembre-se que:
Força= massa x aceleração
Pressão = força /área
Energia = força x distância
Potência = trabalho/tempo

Os sistemas métrico e inglês de engenharia são sistemas não coerentes de unidades. Um sistema
coerente de unidades é aquele em que uma força unitária é capaz de acelerar uma massa unitária de uma
aceleração unitária, ou seja, uma força de 1 N é a força necessária para acelerar uma massa de 1 kg de 1
metro por segundo em cada segundo.
1 N = 1 kg. 1 m/s²

Sistemas não coerentes são aqueles em que a força unitária não corresponde à força necessária para
acelerar uma massa unitária de uma aceleração unitária. Por exemplo:
1 kgf≠ 1kg. 1m/s²
1 lbf≠ 1 lbm.1ft/s²

Em ambos os casos acima, as forças são definidas como as forças que aceleram massas unitárias a uma
aceleração padrão da gravidade: 9,8 m/s² ou 32,174 ft/s².

Existem também outras unidades muito comuns de uso prático, mas que não pertencem ao sistema
internacional de unidades.
Volume → litro - L
Temperatura →ºC ou ºF
Comprimento → polegada (inche, in)
Energia → caloria, Btu (British Thermal Unit)
Potência → HP (horse-power), CV (cavalo-vapor), Btu/h, kcal/h
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Pressão → kgf/cm², psi (lbf/in²), atm, bar, torr, mca (metros de coluna d'água), mm Hg (milímetros de
mercúrio)

Escalas de temperatura

Celsius Kelvin Rankine Fahrenheit

100 373,15 671,67 212 ponto de vapor

0 273,15 491,67 32 ponto de gelo

-273,15 0 0 -459,67

Observe que as escalas Kelvin e Rankine são escalas absolutas e as escalas Celsius e Fahrenheit são
escalas relativas. Ou seja, as duas primeiras não possuem valores negativos, elas partem do zero.
Observe ainda que as escalas Celsius e Kelvin sejam escalas centígradas, ou seja, entre o ponto de vapor
e o ponto de gelo, há 100 graus (ou 100 divisões) em ambas as escalas. Isto significa que o tamanho de
um grau Celsius é idêntico ao tamanho de um grau Kelvin. Por isso, variações de temperatura em ºC ou K
não precisam ser convertidas, porque são iguais. Outra situação que ocorre é quanto temos a unidade grau
no denominador de uma unidade composta como por exemplo:

K = condutividade térmica (W/mK≡ W/mºC)


C = capacidade calorífica (J/kgK≡ J/kgºC)
h = coeficiente convectivo de transferência de calor (W/m²K ≡ W/m²ºC)

As escalas Fahrenheit e Rankine não são escalas centígradas, porque entre o ponto de vapor e o ponto de
gelo temos 180º ou 180 subdivisões. Isto significa que o grau Rankine é menor que o grau Kelvin. A relação
é de 1/1,8.
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Pode-se dizer também, portanto, que diferenças de temperatura em ºF e em R são idênticas e valem
também as mesmas conclusões para estas unidades quando estão no denominador.

Exercícios
1. A constante do gás ideal pode ser dada por 0,08205 atm.L/mol.K, expresse esta constante nas
seguintes unidades:
a) J/K.mol
b) lbf.ft/lbmol.R
Resposta: a) 8,314 b) 1545

2. Uma propriedade comum dos materiais é a condutividade térmica K. O cobre tem um valor de
condutividade térmica igual a 400 W/mK. Expresse a condutividade do cobre em:
a) W/m°C
b) kcal/h.mºC
c) Btu/h.ft.ºF
Resposta: a) 400 b) 344 c) 231

3. Há um fluxo de energia através de uma parede igual a 5 W/m², expresse este fluxo em:
a) kcal/h.m²
b) Btu/h.ft²
Resposta: a) 4,3 b) 1,58

4. Expresse a massa específica do Hg (13550 kg/m³)


g/cm³ →
g/L →
kg/dm³ →
Resposta: a) 13,55 b) 13550 c) 13,55

5. O volume específico do vapor d’água a 200ºC e 1,5538 kPa é 0,12736 m³/kg. Expresse este valor em
cm³/g.
Resposta: 127,36

6. Expresse sua massa e sua altura no sistema inglês de unidades. Expresse também a potência do
chuveiro de sua residência em BTU/h e Kcal/h.
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7. A conta de energia de sua casa é quantificada em kWh. Apresente o valor da sua última conta mensal
de energia em kWh, kcal, Joules.

8. A dieta de um adulto deve conter alimentos que permitam uma provisão de energia diária de
aproximadamente 2000 kcal. Expresse isto em kW.h. Se fossemos movidos a energia elétrica qual
seria o custo diário para manter um ser humano, se o custo da energia é R$ 0,33 / kWh.
Resposta: R$ 0,77

9. Para as quantidades abaixo, indique as dimensões usando o sistema MLTθ e dê unidades típicas no SI
e no Sistema Inglês
a) potência
b) energia
c) tensão de cisalhamento
d) pressão
e) velocidade angular
f) quantidade de movimento
g) calor específico
h) gradiente de temperatura
i) gradiente de velocidade
j) gradiente de concentração
Resposta:
a) ML2T-3 Watt BTU/h ou lbf.ft/h
2 -2
b) ML T Joule BTU ou lbf.ft
-2 -1
c e d) MT L Pascal lbf/ft²
e) T-1 s-1s-1
f) MLT-1kg.m/s lbm.ft/s
g) L²T-2θ-1 J/kgK BTU/lbmR
h) θL-1 K/m R/ft
i) T-11/s 1/s-
j) ML-4 (kg/m3)/ m ( lbm/ft³)/ft

10. A diferença de pressão ∆P no bloqueio parcial de uma artéria (conhecido como estenose) pode ser
2
A µV

avaliada pela seguinte expressão: ∆P = C1 + C 2  0 − 1 ρV 2
D  A1 
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onde V é a velocidade média do escoamento de sangue, µ é a viscosidade absoluta do sangue, D é o


diâmetro da artéria, A0 é a seção transversal da artéria desobstruída e A1 é a área da seção transversal da
estenose. Determine as unidades das constantes C1 e C2 nos sistemas inglês, SI e CGS.

11. Para o escoamento permanente a baixa velocidade (laminar) através de um tubo circular, como
representa a figura abaixo, a velocidade u varia com o raio e assume a forma.

em que µ é a viscosidade do fluido e ΔP é a queda de pressão da entrada até a saída. Quais são as
dimensões da constante B?

12. A energia específica que é encontrada em tabelas de propriedades termodinâmicas tem unidades de
energia por unidade de massa. Mostre que esta grandeza tem as dimensões L2/T2

13. Em 1908, um estudante de Prandtl, Heinrich Blasius, propôs a seguinte fórmula para a tensão de
cisalhamento na parede τ p em uma posição x no escoamento viscoso à velocidade V sobre uma
superfície plana:

Determine as unidades da constante 0,332.

14. Um óleo tem viscosidade de 380 cP e densidade igual a 0,81. Determine sua viscosidade absoluta no
SI, sua viscosidade cinemática no SI e em centistokes e sua massa específica no SI.
Resposta: 0,380 Pa.s, 4,69 x 10-4m²/s, 469 cS e 810 kg/m³

15. Uma solução salina tem viscosidade cinemática igual a 1,4 cS e massa específica igual a 1120 kg/m³.
Determine a viscosidade cinemática no SI, a viscosidade absoluta no SI, a massa específica em g/cm³
e a densidade relativa.
Resposta: 1,4x10-6 m²/s1,568x10-3 Pa.s 1,12 g/cm³ 1,12
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16. Determine as seguintes áreas e volumes:


a) área superficial externa de um forno de dimensões externas 80 x 120 x 120 cm
b) área superficial interna do mesmo forno, sabendo-se que ele tem espessura de parede igual a 5 cm.
c) volume interno (útil) do forno.
d) volume total do forno.
e) área da seção transversal de um tubo de aço de diâmetro interno igual ¾ polegada.
f) área da parede interna do mesmo tubo de aço, sendo que seu comprimento total é de 6m.
g) área da parede externa do mesmo tubo de aço, sabendo-se que a espessura de parede é 2mm.
h) área superficial de uma lata de 15 cm de altura e 8 cm de diâmetro.
i) volume da mesma lata
j) Diâmetro de uma esfera, que tem o mesmo volume da lata do item anterior
k) área superficial da esfera.
l) Se um tanque cilíndrico tem capacidade de 3 m³ e sua altura é 1,2 m, qual é o seu diâmetro?
m) Um tanque com 2 m³ de capacidade armazena quantos kg de água? E de mercúrio? E de benzeno?
n) Quais seriam as dimensões de um cubo de massa igual a 1kg se ele fosse feito de isopor? De
chumbo? De aço? De alumínio? De água? (as densidades destas substâncias estão nas tabelas
disponibilizadas).

3) Meios
Todos os materiais se apresentam na forma sólida, líquida ou gasosa ou ainda numa combinação destas
formas.
Sólido – substância que oferece resistência à variações de forma.
Fluido – substância que se deforma continuamente quando submetida a uma tensão de cisalhamento
(líquidos e gases)

m
Massa específica ρ= [kg/m³]
V
V
Volume específico v= [m³/kg]
m
mg
Peso específico γ = ρg = [N/m³]
V
ρ
Densidade relativa d= [-] ρH2O – 4ºC = 1000 kg/m³
ρ H O −4 ºC
2

4) Variações de massa específica


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Gases
Como uma aproximação pode-se usar a equação de estado do Gás Ideal. Esta equação pode ser utilizada
sem erro apreciável em baixas pressões e temperaturas próximas da temperatura ambiente. Qualquer
estimativa de massa específica e propriedades PVT de gases em serviços de responsabilidade deve ser
feita baseando-se nos critérios de termodinâmica (utilizando fator de compressibilidade, fator acêntrico,
equações cúbicas de estado, etc.).

A equação do Gás Ideal é dada por: PV = nRT


Onde:
P = pressão absoluta
V = volume do gás
N = número de mols
R = constante do gás ideal
T = temperatura absoluta do gás

Sabendo-se que n = m/M (m = massa e M= massa molecular), pode-se substituir e chegar a seguinte
equação:
PM
ρ= para consistência de unidades o ideal é utilizar os valores em unidades do SI, ou seja:
RT

P = Pa M = kg/kmol T=K R= 8314,3 J/kmol.K


Desta forma obtém-se a massa específica em kg/m³.

Líquidos
Os líquidos usualmente são considerados incompressíveis, uma vez que a dependência da massa
específica com a pressão e com a temperatura é muito menos significativa que para os gases. A variação
da massa específica de um líquido com a temperatura é facilmente mensurável e usualmente encontra-se
tabelada. A variação da massa específica com a pressão é dada pelo módulo de elasticidade volumétrica
do fluido (Ev) ou coeficiente de compressibilidade (K)

dP
Ev = Ev [Pa]
dρ ρ
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Propriedades aproximadas de alguns líquidos

Temperatura Massa Viscosidade Pressão de Compressibilidade


específica ρ dinâmica µ
0
( C) vapor Pv Ev
3
(kg/m³) -3
(10 xN.s/m²) (10 xN/m²) (109x N/m²)
abs

Tetracloreto 20 1590 0,958 13 1,31


de carbono

Álcool 20 789 1,19 5,9 1,06


etílico

Gasolina 15,6 680 0,31 55 1,3

Glicerina 20 1260 1500 0,000014 4,52

Mercúrio 20 13600 1,57 0,00016 2,85

Óleo SAE 15,6 912 380 1,5


30

Água do 15,6 1030 1,2 1,77 2,34


mar

Água 15,6 999 1,12 1,77 2,15

Exercícios

17. Qual é a temperatura, a pressão, a massa específica e a viscosidade do ar a 13 km e a 6 km de


altitude?

18. Qual é a variação percentual da massa específica da água (a 20°C) quando submetida a uma diferença
de pressão de 54 atm? Se a sua massa específica inicial era de 998 kg/m³, qual será o novo valor?
Resposta: 0,24% e 1000,47kg/m³

19. Qual é o aumento de pressão necessário para causar uma variação de massa específica da água
semelhante àquela que seria causada pela diminuição da temperatura da mesma de 40 para 200C?
Resposta 131,26 atm
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20. Qual é a massa específica do CO2 (dióxido de carbono) a 50ºC e 650 mmHg?
Resposta: 1,42 kg/m³

21. A que pressão deve ser armazenado o ar, para que sua massa específica seja de 5,3 kg/m³, se a
temperatura é de 15°C?
Resposta: 437921 Pa

22. Justifique o motivo físico pelo qual as duas equações apresentadas para o módulo de elasticidade
volumétrica tem sinais contrários.

23. Sabe-se (e você vai estudar este assunto com profundidade) que ao longo de uma tubulação, qualquer
fluido ao escoar sofre atrito com as paredes, isto causa uma queda na pressão do escoamento. Se no
início do escoamento a pressão é 180 kPa e no final do escoamento a pressão cai para 154 kPa.
Considere dois casos específicos: na tubulação A escoa nitrogênio (N2)a 20°C e na tubulação B escoa
água também a 20°C. Nos dois casos ocorrerá variação significativa da massa específica? Justifique
claramente a sua resposta.

24. Um recipiente pesa 2,9 lbf quando vazio. Quando cheio com água a 200C, a massa do recipiente e do
seu conteúdo é de 1,95 slug. Determine o peso de água no recipiente e seu volume em pés cúbicos.
(Use os dados tabelados de massa específica da água).
Resposta: 266,24 N 0,96 ft³

25. Suponha que você tenha 20ml de água a 4°C em uma proveta de 2cm de diâmetro interno. Qual a
altura correspondente aos 20 ml? Agora você transfere os 20 ml de água a 4°C para uma proveta de
1cm de diâmetro interno, qual a altura de água nesta nova proveta? Se os 20 ml de água forem
aquecidos a 60°C, a altura de água na proveta permanecerá a mesma?

5) Transferência de Quantidade de Movimento – Lei de Newton da Viscosidade


Quantidade de movimento é uma quantidade vetorial definida por
r r
P = m.v onde P é a quantidade de movimento, m é a massa e u é a velocidade.
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Um fluido está confinado entre duas placas planas, sendoa inferior fixa e a superior em movimento. É
aplicada uma força Fx tangencial que provoca o deslocamento da superfície superior com a velocidade u.
Devido à condição de não escorregamento a camada de fluido em contato com uma superfície tem a
mesma velocidade da superfície. Por isso, a camada superior é arrastada juntamente com a placa e suas
moléculas colidem com as moléculas da camada imediatamente anterior, ocorrendo transferência de
quantidade de movimento entre as camadas do fluido. Devido às diferentes velocidades das camadas de
fluido, estabelece-se entre elas um atrito intenso chamado de tensão de cisalhamento e que tende a se
opor ao movimento.
As camadas de fluido ao escoarem com diferentes velocidades estabelecem um perfil de velocidades no
seio do fluido.

Lei de Newton da Viscosidade

a a’ b b’ dFx dux

ϕ dy

c d

Observa-se que a força aplicada é proporcional à velocidade que será impressa à placa superior. Quanto
maior esta força também será maior o deslocamento da placa e, consequentemente, a deformação do
fluido. Se a força aplicada for dF, ou seja, uma força infinitesimal, deformação do fluido ϕ pode ser medida
pela tangente do ângulo, uma vez que a deformação também será infinitesimal.
cateto − oposto b1 − b
dϕ ∝ =
cateto − adjacente dy
deslocamen to
O deslocamento b’-b pode ser medido pela equação velocidade =
tempo
Então (b’-b) = du.dt
du.dt dϕ du
∝ dϕ então = ambos os termos podem ser chamadas de taxa de deformação angular ou
dy dt dy
gradiente de velocidade.
A tensão de cisalhamento que surge entre as camadas de fluido provocada pelo movimento relativo das
mesmas é proporcional à taxa de deformação.
dϕ du
τ∝ ∝
dt dy
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Trocando-se o sinal de proporcionalidade por um sinal de igualdade e um coeficiente de proporcionalidade


du
temos: τ yx = − µ
dy
Onde
τ = tensão de cisalhamento (N/m²) - índice x – direção do movimento
- índice y – direção do transporte do impulso de quantidade de
movimento.
(-) indica o sentido do fluxo de quantidade de movimento – da maior para a menor velocidade, ou no
sentido decrescente (observe que não indica o sinal da força).
µ = fator de proporcionalidade – viscosidade dinâmica ou absoluta (N.s/m²)
du/dy = gradiente de velocidades ou taxa de deformação angular (s-1)

Portanto, a Lei de Newton da Viscosidade pode ser expressa como:


r
r Fx du
τ xy = = −µ Lei de Newton da Viscosidade
A dy

A Lei de Newton também é apresentada sem o sinal negativo por diversos autores. O sinal da tensão é
frequentemente motivo de confusão entre estudantes. Abaixo há uma pequena explicação para clarear a
questão do sinal da equação e, consequentemente, o sinal da tensão de cisalhamento.

Sinal da tensão de cisalhamento

=−

O fluxo de quantidade de movimento flui da velocidade mais alta para a velocidade mais baixa,
assim como o calor flui da temperatura mais alta para a temperatura mais baixa.
Ao usarmos esta equação com sinal negativo estamos dizendo que o sinal da tensão de
cisalhamento obtido refere-se à força feita pelo fluido com y menor sobre o fluido com y maior no campo de
escoamento. Observe os exemplos abaixo:
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A função v(y) é decrescente, pois quando y aumenta a velocidade diminui. Então ∂v é negativa.
∂y
∂v
Substituindo na equação τ = − µ , a tensão fica positiva. Lembrando que: o sinal da força refere-se ao y
∂y
menor sobre o y maior, temos que:

Na placa inferior
• A placa inferior (y menor) exerce uma força positiva sobre o fluido (y maior)
• O fluido (y maior) exerce uma força negativa sobre a placa inferior (y menor)
Na placa superior
• O fluido (y menor) exerce uma força positiva sobre a placa superior (y maior)
• A placa superior (y maior) exerce uma força negativa sobre o fluido (y menor)

A função v(y) é crescente, pois quando y aumenta a velocidade também aumenta. Então ∂v é positiva.
∂y
∂v
Substituindo na equação τ = − µ , a tensão fica negativa. Lembrando que: o sinal da força refere-se ao y
∂y
menor sobre o y maior, temos que:

Na placa inferior
• A placa inferior (y menor) exerce uma força negativa sobre o fluido (y maior)
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• O fluido (y maior) exerce uma força positiva sobre a placa inferior (y menor)
Na placa superior
• O fluido que adere à placa superior (y menor) exerce uma força negativa sobre a placa (y maior)
• A placa superior (y maior) exerce uma força positiva sobre o fluido (y menor)

Neste caso a velocidade é função do raio, ou seja, v =f(r). A função é decrescente, pois quanto maior o
∂v
raio menor a velocidade, então ∂v é negativa. Substituindo na equação τ = − µ , a tensão fica
∂r ∂r
positiva.
• O fluido (r menor) exerce uma força positiva sobre a parede do duto (r maior)
• A parede (r maior) exerce uma força negativa sobre o fluido (r menor)

6) Viscosidade Absoluta ou Dinâmica(µ)


É a medida da resistência do fluido à deformação. É uma função da temperatura.

As unidades no SI são Pa.s ou Kg/m.s


Outra unidade muito utilizada é o centipoise. O centipoise é derivado do Poise (0,01P). 1 poise≡
1g/cm.s

7) Viscosidade Cinemática ou Difusividade de Quantidade de Movimento (ν)


É a medida da resistência dofluido a escoar sob a ação da .gravidade. A viscosidade cinemática pode
ser deduzida a partir da equação de Poiseuille (a ser deduzida no capítulo 4). É útil para a
determinação da viscosidade em viscosímetros de escoamento. A equação de Poiseuille pode ser
aplicada para escoamentos em regime permanente, laminares, incompressível e o fluido seja
newtoniano. A equação relaciona o tempo de escoamento (t) de um determinado volume de fluido (V), a
uma determinada pressão P, escoe em um capilar de comprimento L e raio R.
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µ π PR 4
ν= = t No SI a unidade é m²/s. Outras unidades muitos utilizadassão o stoke (1 cm²/s) e o
ρ 8 VρL
centistoke (1cS = 0,01Stoke). A relação entre os dois tipos de viscosidade é dada por: ν = µ
ρ

Exercícios
26. Um óleo tem viscosidade de 380 cP e densidade igual a 0,81. Determine sua viscosidade absoluta no
SI, sua viscosidade cinemática no SI e em centistokes e sua massa específica no SI.
Resposta:0,380 Pa.s, 4,69 x 10-4m²/s, 469 cS e 810 kg/m³

27. Uma solução salina tem viscosidade cinemática igual a 1,4 cS e massa específica igual a 1120 kg/m³.
Determine a viscosidade cinemática no SI, a viscosidade absoluta no SI, a massa específica em g/cm³
e a densidade relativa.
Resposta: 1,4x10-6 m²/s1,568x10-3 Pa.s 1,12 g/cm³ 1,12
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28. Supondo que um fluido de viscosidade 50 cP esteja confinado entre duas placas planas separadas por
uma distância de 2 mm, determine qual será a força necessária que deverá ser aplicada na placa
superior para arrastá-la a uma velocidade de 5 cm/s. A placa tem área de 0,1 m².
Resposta: 0,125N

29. Um cilindro de 0,122 m de raio gira concentricamente dentro de um cilindro fixo de 0,128 m de raio. Os
dois cilindros têm 0,305 m de comprimento. Determine a viscosidade do líquido que preenche o
espaço entre os dois cilindros, sabendo que há necessidade de um torque de 0,881 N.m para manter
uma velocidade angular de 60 rpm.
Resposta: 0,242 Ns/m²

30. Fio magnético deve ser revestido com verniz isolante puxando-o através de uma matriz circular com
passagem de 0,9 mm de diâmetro. O diâmetro do fio é de 0,8 mm e ele fica centrado na passagem. O
verniz que tem viscosidade absoluta µ = 2000cP preenche completamente o espaço entre o fio e a
passagem por um comprimento de 20 mm. O fio é puxado através da passagem a velocidade de 5
m/s. Determine a força requerida para puxá-lo.
Resposta: 10 N

31. Em relação ao problema anterior avalie o efeito sobre a força nos casos abaixo:
a. aumento da velocidade do fio
b. aumento do diâmetro do fio
c. aumento da folga entre o fio e a matriz
d. aumento da temperatura
e. aumento do comprimento da matriz

32. Analise o seguinte perfil de velocidades (parabólico) que ocorre num duto cilíndrico de seção circular

  r 2 
u = Vmáx 1 −    onde Vmáx = constante
  R  
r = distância radial do centro do duto
R = raio do duto
a) Onde ocorre a velocidade máxima?
b) Mostre que o gradiente de velocidade varia linearmente com o raio.
c) Determine o gradiente de velocidade na parede.
d) Determine o gradiente de velocidade na linha central.
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e) Qual é a tensão de cisalhamento na parede e na linha central quando flui água a 30ºC, com uma
velocidade máxima de 5 m/s e o diâmetro do tubo é 1"?
Resposta: b) du/dr = -2umáx.r/R2 c) -2umáx/R d) 0 e) 0,63 Pa na parede e zero na linha central

33. Uma placa que dista 0,5 mm de uma placa fixa, move-se a 0,25 m/s e necessita de uma força por
unidade de área de 2 Pa para manter a velocidade constante. Determinar a viscosidade da substância
entre as placas em unidades SI.
Resposta: 0,004 Pa.s

34. Determine a viscosidade do fluido entre o eixo e a bucha da figura abaixo

Resposta: 1,144 Pa.s

35. Um cilindro de aço de 2,54 cm de diâmetro e 30 cm de comprimento cai, sob a ação do próprio peso,
com velocidade constante de 15 cm/s dentro de um tubo de diâmetro ligeiramente maior. Existe uma
película de óleo de rícino (µ = 800 cP) com espessura constante entre o cilindro e o tubo. Determinar a
folga existente entre o tubo e o cilindro.(massa específica do aço = 7850 kg/m³)
Resposta: 0,25 mm

36. Um pistão de 50,00 mm de diâmetro se movimenta no interior de um cilindro de 50,10 mm de diâmetro.


Determinar o decréscimo percentual da força necessária para movimentar o pistão quando o
lubrificante (óleo SAE 10W) se aquece de 00C a 120ºC.
Resposta: 99,1%

37. A distribuição de velocidade para o escoamento laminar desenvolvido entre placas paralelas é dada
por
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 18

2
u  2y 
= 1 −   onde h é a distância entre as placas; a origem é colocada à meia distância entre as
u max  h 
placas. Considere um escoamento de água a 15°C, com umáx = 0,30 m/s e h = 0,50 mm. Calcule a força
cisalhante sobre uma seção de 0,3 m² placa inferior.
Resposta: 0,82N do fluido sobre a placa.

38. Um cubo pesando 10 lbf e tendo a dimensão de 10" em cada aresta é puxado para cima sobre uma
superfície inclinada na qual há uma película de óleo SAE 10W a 100ºF. Se a velocidade do cubo é 5
ft/s e a película de óleo tem 0,001" de espessura, determine a força requerida para puxá-lo. A
superfície está inclinada de 15º em relação à horizontal.
Resposta: F total = Fpeso + Fcis = 11,5 + 135,5 = 147N (considerando µ = 3,5x10-2Ns/m²)

39. Uma fita de gravação deve ser revestida em ambos os lados com lubrificante, sendo puxada através
de uma estreita ranhura. A fita tem espessura desprezível e 1" de largura. Ela fica centrada na ranhura
com uma folga de 0,012 " de cada lado. O lubrificante de viscosidade semelhante a do problema
anterior preenche completamente o espaço entre a fita e a ranhura por um comprimento de 5" ao
longo da fita. Se a fita pode suportar uma força máxima de tração de 7,5 lbf, determine a velocidade
máxima com a qual ela pode ser puxada através da ranhura.
Resposta: 45 m/s

40. Um viscosímetro de cilindros concêntricos pode ser formado girando-se o membro interno de um par
de cilindros encaixados com folga muito pequena. Para pequenas folgas pode-se supor um perfil
linear de velocidades no líquido que preenche o espaço anular. Um viscosímetro tem um cilindro
interno de 75 mm de diâmetro e 150 mm de altura, com largura de folga de 0,02mm. Um torque de
0,021 Nm é necessário para girar o cilindro interno a 100 rpm. Determine a viscosidade do líquido no
espaço anular.
Resposta: 8,06x10-4 Ns/m²

41. Um bloco de 10 kg desliza num plano inclinado sobre uma película de óleo. Determine a velocidade
terminal do bloco sabendo que a espessura do filme de óleo SAE 30 é igual a 0,1 mm e que a
temperatura é 20°C. Admita que a distribuição de velocidade no filme seja linear e que a área do bloco
em contato com o filme é de 0,2 m². O plano está inclinado de 20° em relação à horizontal.
Resposta: 0,042 m/s (considerando µ =0,4Ns/m²)
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 19

42. Um fluido newtoniano, densidade e viscosidade


cinemática, respectivamente iguais a 0,92 e 4x10-
4
m²/s, escoa sobre uma superfície imóvel. O perfil
de velocidades deste escoamento, na região
próxima à superfície está mostrado na figura
abaixo. Determine a magnitude da tensão de
cisalhamento que atua sobre a placa. Expresse
seu resultado em função de U (m/s) e δ (m)
Resposta: tensão = 0,552U/δ

43. O perfil de velocidades em um meio fluido é representado pela figura abaixo. O vértice da parábola
encontra-se a 30 cm da placa fixa. Determine:
a) a função que representa a variação de velocidade
b) as velocidades em y = 0cm, y = 10cm, y = 20cm e y = 30cm
c) a expressão para o gradiente de velocidade
d) as tensões de cisalhamento em y=0cm, y=10cm, y=20cm e y=30cm (se µ = 80cP)

v = 4 m/s

h = 30 cm
y

Resposta:
a) u= -44,44y² + 26,67 y
b) y = 0 v = 0,- y = 0,1 v = 2,22, y = 0,2 v = 3,56,- y = 0,3 v = 4
c) du/dy = -88,88y + 26,67
d) y = 0 τ = -2,13, y = 0,1 τ = -1,42, y = 0,2 τ = -0,71, y = 0,3 τ = 0

44. A correia move-se a uma velocidade constante V e desliza na parte superior de um tanque de óleo de
viscosidade µ, como mostra a figura. Considerando um perfil linear de velocidade no óleo, desenvolva
uma fórmula simples para a potência P necessária para o acionamento da correia em função de (h, L,
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 20

V, b, µ). Qual é a potência P necessária para o acionamento da correia se ela se move a 2,5 m/s em
óleo SAE 30W a 20 °C, com L=2 m, b=60 cm e h=3 cm?

08. Reologia
Este texto foi retirado do livro Fundamentos de Reologia de Polímeros, de Rômulo Feitosa Navarro, da
EDUCS (1997)

Segundo Heráclito “pantarhei”, em grego significa “tudo flui”. Desta forma, a palavra reologia sendo
resultado da soma dos radicais rhêo e logos, significaria de forma mais imediata: a ciência do escoamento.
A conceituação mais abrangente de reologia é dada por Vinograd e Malkin (1980) que definiram a
reologia como a ciência que se preocupa com a descrição das propriedades mecânicas dos vários
materiais sob várias condições de deformação, quando eles exibem a capacidade de escoar e/ou acumular
deformações reversíveis.
Objetivos da reologia: a partir da relação entre a tensão aplicada sobre um corpo e a resposta deste – a
deformação – a este esforço, os estudos reológicos terão que decifrar a estrutura do material e projetar seu
comportamento em situações diferentes, do que as usadas durante o teste.
A resposta do material à imposição de um esforço externo é a única propriedade confiável para
classificá-lo como sendo fluido ou sólido. Todavia, nem sempre os resultados desta classificação são
confiáveis. Segundo Lenk (1978) um fluido, idealmente, é um corpo que se deforma irreversivelmente como
resultado do escoamento. Entretanto, os metais e outros sólidos plásticos escoam e permitem deformações
irreversíveis e, notadamente, não são fluidos. O que distingue um sólido plástico de um fluido é que o
segundo não resiste ao próprio peso e seu escoamento é majoritariamente viscoso na temperatura
ambiente.
Desta forma, a análise da relação tensão-deformação não basta para classificar reologicamente um
material, é necessário verificar a existência de escoamento em primeiro lugar, uma vez que não escoando
o material é com certeza um sólido, e por último o tipo de escoamento verificado, se viscoso ou plástico.
Convém ressaltar que outra característica: a recuperação espontânea ou deformação reversível, antes só
relacionada com os sólidos, não pode ser um determinante do caráter reológico dos materiais, uma vez que
também pode ser apresentada por uma classe especial de fluidos chamados de viscoelásticos.
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 21

Fluidos Newtonianos

Este modelo impõe que a viscosidade seja uma propriedade física mutável apenas mediante
variação de temperatura e pressão. A viscosidade não depende do cisalhamento aplicado ou do tempo de
sua aplicação.

Fenômenos Não-Newtonianos

Os fluidos que não obedecem à Lei de Newton da Viscosidade são uma parcela significativa dos
fluidos reais. Para estes fluidos a viscosidade deixa de ser um coeficiente para se tornar uma propriedade
que varia de acordo com as condições com as quais o fluido se depara. Neste caso passa a ser
denominada de viscosidade aparente. Os fluidos não newtonianos têm uma viscosidade chamada de
viscosidade aparente.
A dependência da viscosidade aparente com a taxa de deformação e/ou com o tempo, bem como
as características inerentes aos sólidos (elásticas e plásticas) quando presentes em fluidos viscosos
formam a base do que se convencionou chamar de fenômenos não newtonianos.
Esses fenômenos são divididos em 3 categorias:
• independentes do tempo;
• dependentes do tempo;
• viscoelásticos.
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 22

Fenômenos não
não-newtonianos
newtonianos independentes do tempo

Os comportamentos independentes do tempo podem ser incluídos em duas categorias:


• fluido essencialmente viscoso, mas sua viscosidade aparente varia com a taxa de deformação (ou seja,
não é representado por uma reta no plano tensão deformação) – fenômenos de potência;
• fluido tem um comportamento plástico antes de escoar como um fluido;

1) Fenômenos da Potência
Ao examinar
ar determinados fluidos sob escoamento cisalhante, Ostwald de Waale verificou que os
mesmos exibiam um comportamento diferente do proposto por Newton no tocante ao comportamento
da viscosidade frente ao cisalhamento aplicado. Ao contrário dos fluidos newtonianos,
newto os fluidos
examinados apresentavam uma relação tensão de cisalhamento ((τ)) versus taxa de deformação (du/dy)
não linear em que a inclinação variava também de forma não linear com a taxa de deformação.
Tomando como base a Lei de Newton, Ostwald propôs
propô o seguinte modelo:
du n
τ=K (2)
dy
onde:
n é o índice de comportamento ou de potência
K é o índice de consistência
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 23

Observe que a equação (2) se reduz à equação (1) (Lei de Newton da Viscosidade) se n=1, desta forma
K=µ.
K está relacionado com a viscosidade aparente (η) da seguinte forma:

du du n −1
τ=η (3) η= K (4)
dy dy

Quanto mais distante o índice de comportamento estiver de 1, mais distante o fluido estará do
comportamento newtoniano.

Pseudoplasticidade
Este é o fenômeno de potência que ocorre mais freqüentemente. Este fenômeno faz com que a
viscosidade aparente, que a baixas taxas de cisalhamento tem um valor alto, caiam a um valor
constante η∞ a partir de um valor crítico da tensão de cisalhamento.
Este comportamento pode ser explicado por uma das 3 razões que se seguem:
- existência no sistema líquido de partículas assimétricas que estando no repouso, orientadas de
forma aleatória, assumem uma direção preferencial na direção do escoamento;
- sistemas líquidos constituídos de moléculas grandes e flexíveis que passam de uma configuração
aleatoriamente enrolada no repouso, para uma orientada na direção do escoamento, assumindo
uma forma quase linear;
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 24

- existência de moléculas que em repouso se encontram altamente solvatadas, têm as camadas de


solvatação destruídas pela ação do cisalhamento.
Moléculas grandes e flexíveis, como as moléculas poliméricas, devido ao elevado grau de enrolamento
produzem vários pontos de contato entre seus segmentos cinéticos ao longo de seu comprimento.
Estes pontos de contato atuam de forma a evitar o livre movimento destas moléculas e/ou de seus
segmentos, de forma que confere ao sistema uma viscosidade maior em taxas de deformação mais
baixas. Na medida em que o cisalhamento imposto é capaz de iniciar a eliminação destes pontos de
contato, alinhando as moléculas na direção do cisalhamento, a viscosidade aparente do sistema será
paulatinamente diminuída até que o equilíbrio seja novamente alcançado.
Exemplos: suspensões coloidais, polímeros no estado fundido, soluções poliméricas, polpa de papel em
água.

Dilatância
É o fenômeno oposto à pseudoplasticidade. Foi observado pela primeira vez por Reynolds ao
observar que alguns sistemas se expandiam volumetricamente sob cisalhamento. Estudando suspensões
concentradas em água, Reynolds deduziu que este comportamento anômalo se devia ao fato de que estas
suspensões , quando em repouso, apresentavam uma quantidade mínima de vazios e que o líquido era
suficiente apenas para preenchê-los . Sob cisalhamento suave, o líquido lubrificava as partículas facilitando
seus movimentos relativos. Aumentos posteriores na taxa de deformação provocavam expansão no
material e aumento na quantidade de vazios. Deste ponto em diante o líquido não era mais suficiente para
lubrificar as partículas em movimento. O aumento na viscosidade aparente do sistema era então
evidenciado pela necessidade de se aumentar a tensão de cisalhamento para manter o movimento das
partículas.
É um fenômeno pouco comum, estando associada às suspensões concentradas de partículas
grandes.
Exemplo: suspensões de amido e areia.

2) Viscoplasticidade

a) Fluido de Bingham
A viscoplasticidade é um fenômeno caracterizado pela existência de um valor residual para a tensão
de cisalhamento, o qual deve ser excedido para que o material apresente um fluxo viscoso. Este
comportamento é comum às composições altamente concentradas em que a interação partícula-partícula
desempenha um papel importante. Sistemas que são considerados líquidos como lamas, polpas de frutas e
suspensões concentradas, quando têm sua concentração de sólidos elevada além do valor crítico,
favorecem a formação de um “esqueleto” por parte das partículas antes dispersas . Esse “esqueleto” além
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 25

de ser responsável pela elevação na viscosidade do sistema, impede que o mesmo flua normalmente.
Portanto é necessário destruir este “esqueleto” para que o material realize um escoamento viscoso.
du
τ = τ0 + µ
dy
onde τ0 = tensão residual
µ = viscosidade plástica
Exemplos: suspensões de argila, lamas de perfuração e pasta dental.

b) Fluido de Herschel-Bulkley (pseudoplástico com tensão inicial)

Fenômenos não newtonianos dependentes do tempo

O efeito do tempo assume grande importância quando a estrutura aleatória dos sistemas líquidos
muda de forma gradual frente a um campo de cisalhamento. A heterogeneidade no escoamento é
caracterizada pela presença de duas ou mais fases que interagem entre si e produzem perturbações locais
nas linhas de fluxo. Dentre os fatores que causam a heterogeneidade podem ser citados: forças
interfaciais, pontes de hidrogênio e outras interações moleculares. Além disto existe a tendência de uma
das partes da fase dispersa se cristalizar durante o escoamento, aumentando sua fração volumétrica à
custa da fase contínua que lhe providencia volume livre e lubrificação. Estas perturbações aumentam de
importância com o aumento de concentração, podendo gerar aumento ou diminuição da viscosidade
aparente do sistema dependendo da forma como a estrutura interna do líquido será alterada: se destruída
ou ampliada. Os processos caracterizados pela destruição estrutural pela ação do tempo fazem parte do
fenômeno conhecido como tixotropia. Os processos contrários recebem o nome de não-tixotrópicos.

Tixotropia

É um fenômeno caracterizado pela diminuição da viscosidade aparente do líquido com o tempo de


aplicação de uma dada taxa de deformação.

Fenômenos não-tixotrópicos – Reopéticos

A antitixotropia ou reopexia é perfeitamente explicada pelas teorias aplicadas à tixotropia, só que no


sentido inverso. Todavia deve ser acrescentado que as partículas da fase dispersa devem possuir uma
tendência à aglomeração, a qual é aumentada pela ação do cisalhamento imposto.
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 26

Fluidos viscoelásticos

São fluidos que têm características viscosas e elásticas. Ou seja, quando submetidos a uma tensão
de cisalhamento deformam-se, mas recuperam-se parcialmente da deformação ao cessar o esforço.
Exemplos deste tipo de fluidos são as massas e as geléias.

09) Descrição e Classificação do Movimento dos Fluidos

Osdiferentes tipos de escoamento considerados são classificados pelas


características do modo do escoamento e das propriedades do fluido. O campo
de escoamento é uma representação do movimento no espaço em diferentes
instantes. A propriedade que descreve o campo de escoamento é a velocidade
V(x,y,z,t). Note que a velocidade é uma quantidade vetorial e tem componentes
nas direções x, y e z e pode também variar com o tempo. A representação
visual de umcampo de escoamento é obtida pela introdução de um material de
rastreamento no escoamento e pela sua fotografia (tintas coloridas em água e
fumaça no ar). Estas fotografias fornecem as linhas de corrente definidas como
uma linha contínua que é tangente aos vetores velocidade ao longo do
escoamento num dado instante. Como conseqüência desta definição, não há
escoamento cruzando uma linha de corrente. Portanto, uma superfície sólida
ou parede que delimita o escoamento também é uma linha de corrente.
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 27

Quando se observa o caminho de uma dada partícula fluida em função do tempo, tem-se a trajetória da
partícula.

9.1. Experiência de Reynolds - Escoamento laminar e turbulento

Devido ao efeito da viscosidade, o escoamento de fluidos reais pode ocorrer de dois modos
diferentes: o escoamento laminar e o escoamento turbulento. As características destes regimes foram
inicialmente descritas por Reynolds, com um dispositivo como o descrito abaixo. A água escoa de um
tanque através de um tubo de vidro com abertura em forma de sino, sendo o escoamento controlado pela
válvula. Um tubo fino proveniente de um reservatório de corante, termina no interior da entrada do tubo de
vidro. Reynolds verificou que, para pequenas velocidades de escoamento no tubo de vidro, forma-se um
filamento estreito e paralelo ao eixo do tubo. Entretanto, abrindo-se mais a válvula, e atingindo-se
velocidades maiores, o filamento de corante torna-se ondulado e se interrompe, difundindo-se através da
água que escoa no tubo. Reynolds verificou que a velocidade média para a qual o filamento de corante
começa a se interromper (chamada velocidade crítica) dependo do grau de estabilidade da água no tanque.
Uma vez que o movimento caótico das partículas fluidos durante o escoamento produzia difusão do
filamento, Reynolds deduziu de sua experiência que em velocidades baixas isto não deveria ocorrer, e
verificou que as partículas fluidas se movimentavam em camadas paralelas, ou lâminas, escorregando
através de lâminas adjacentes, mas não se misturando entre si, este movimento denomina-se escoamento
laminar. Mas para velocidades superiores, o filamento do corante se difunde através do tubo, tornando-se

aparente o movimento caótico das partículas fluidas, e neste caso, dizemos que o escoamento é
turbulento.
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 28

Reynolds generalizou as conclusões tiradas de sua experiência com a introdução de um termo


uD ρ uD
adimensional Re, definido pela relação: Re = =
µ ν
Onde:
u é a velocidade média no tubo
D é o diâmetro interno do tubo
µ é a viscosidade absoluta ou dinâmica do fluido
ν é a viscosidade cinemática do fluido
ρ é a massa específica do fluido

Reynolds inferiu que certos números podem delimitar a transição entre o regime laminar e o regime
turbulento para qualquer fluido. O número de Reynolds crítico é função da geometria dos contornos

Para:
dutos cilíndricos - Lc (dimensão característica) = D Rec = 2300
escoamento entre paredes paralelas - Lc = distância entre paredes Rec = 1000
escoamento em canal aberto - Lc = profundidade da água Rec = 500
ao redor de uma esfera - Lc = diâmetro da esfera Rec = 1

Quando temos outros tipos de seção transversal, pode-se utilizar o conceito de Diâmetro Hidráulico (DH).
As
DH = 4
P
Ex: onde As = área da seção formada pelo fluido P = perímetro
molhado
a
ab
Ex: D H = 4
(2a + b )
b

O número de Reynolds é uma relação entre forças de inércia e forças viscosas. As forças de inércia são
perturbadoras, enquanto as forças viscosas são amortecedoras das perturbações.

9.2. Escoamentos uni, bi e tridimensionais


Um escoamento é classificado como uni, bi ou tridimensional em função do número de coordenadas
espaciais necessárias para se especificar o campo de velocidade.
O campo de velocidade descrito abaixo é unidimensional, pois é função apenas de r, a distribuição de
velocidade pode ser
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 29

  r 2 
descrita como: u = u máx 1 −   
  R  

Escoamento bidimensional é aquele em que o número de coordenadas necessário para descrever o


escoamento é igual a 2. No escoamento abaixo, o campo de escoamento depende de x e y.

9.3. Escoamento Compressível e Incompressível

Os escoamentos em que as variações na massa específica são desprezíveis denominam-se


incompressíveis. São usualmente escoamentos de líquidos ou de gases com transferência de calor
desprezível, desde que as velocidades sejam pequenas quando comparadas com a velocidade do som. A
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 30

razão entre a velocidade do escoamento u e a velocidade do som c é definida como número de Mach.
u
M=
c
Para M < 0,3 as variações de massa específica são inferiores a 5% e o escoamento pode ser
tratado como incompressível.
Escoamentos com M > 0,3 devem ser tratados como compressíveis (para o ar a velocidade crítica é
aproximadamente de 100 m/s). Escoamentos compressíveis acontecem com freqüência em aplicações da
engenharia. Ex.: sistemas de ar comprimido, tubulações com gases a altas pressões, controle pneumático,
etc.
Normalmente o escoamento de um líquido será considerado incompressível, uma vez que as
velocidades do som nos líquidos são grandes, por exemplo, a velocidade do som na água é cerca de 1500
m/s.

9.4. Escoamento Interno e Externo

Os escoamentos completamente envoltos por superfícies sólidas são chamados internos ou em


dutos. Aqueles em torno de corpos imersos num fluido não contido são denominados externos. Tanto o
escoamento interno quanto o externo pode ser laminar ou turbulento, compressível ou incompressível.
O escoamento de líquidos no qual o duto não fica completamente preenchido - onde há uma
superfície livre submetida a uma pressão constante - é denominado de canal aberto.

Escoamento interno

Escoamento externo

Escoamento interno e externo


Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 31

9.5. Escoamento permanente e não-permanente

Escoamento permanente ou estacionário é o escoamento em que as propriedades não mudam com


∂ρ ∂u
o tempo. Para escoamento permanente: =0 =0
∂t ∂t

No escoamento permanente, qualquer propriedade pode variar de ponto a ponto no campo de


escoamento, mas todas as propriedades permanecerão constantes com o tempo, em cada ponto.
Escoamento não-permanente, não-estacionário ou transiente é o escoamento em que as
propriedades são f unção do tempo.
Em escoamento em regime, as linhas de corrente e as trajetórias são coincidentes. Se o
escoamento for uma função do tempo, transiente, as linhas de corrente e as trajetórias serão diferentes.

9.6. Aceleração total

Se as velocidades ortogonais de um escoamento forem conhecidas, V = ui + vj + wk, a aceleração


das partículas do fluido (a) poderá ser determinada como sendo a variação total da velocidade com relação
ao tempo.
DV ∂V ∂V ∂x ∂V ∂y ∂V ∂z
a= = + + +
Dt ∂t ∂x ∂t ∂y ∂t ∂z ∂t
DV ∂V ∂V ∂V ∂V
a= = +u +v +w
Dt ∂t ∂x ∂y ∂z

aceleração aceleração
local convectiva

A aceleração total envolve tanto a mudança de velocidade como tempo (aceleração local), como a
mudança da velocidade devido ao movimento espacial do fluido (aceleração convectiva). Se o regime
permanente for considerado, a aceleração do fluido será apenas devido à aceleração convectiva. Um
exemplo de regime permanente é o escoamento de um fluido em um tubo, cuja seção transversal diminui.
Embora o escoamento seja independente do tempo, ele ai ser acelerado devido à diminuição da área do
tubo.

9.7. Escoamento uniforme e não uniforme


Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 32

Se o escoamento for uniforme, a aceleração convectiva é nula. Num escoamento uniforme, o vetor
velocidade é o mesmo, em módulo e direção para qualquer ponto do escoamento. Esta definição não
obriga a velocidade ser constante em relação ao tempo, ela obriga sim se houver variação, esta deve
ocorrer simultaneamente em todos os pontos do escoamento

Exercícios
45. Determine se o escoamento de glicerina é laminar ou turbulento em um tubo de 2” de diâmetro,
comprimento de 13m, velocidade de 2,5m/s e temperatura de20°C.
Resposta: 127 - laminar

46. Qual é o diâmetro de tubo necessário para que o escoamento de ar a 15ºC e velocidade de 0,1 m/s seja
laminar?
Resposta: 0,33m

47. Qual é a velocidade crítica para alteração de escoamento laminar para turbulento em um escoamento
de água a 50°C em um duto de 10 cm de diâmetro?
Resposta: 0,013 m/s

48. Quando a vazão de óleo (ρ = 870 kg/m³ e µ=140 cP) for de 0,3 L/s em um duto de 8 cm de diâmetro, o
escoamento será laminar ou turbulento? (Vazão = velocidade x área da seção transversal)
Resposta: 30 - laminar

49. Quando se aquece um líquido, a tendência é de aumentar o nº de Reynolds ou diminuir? E quando se


resfria um gás?

50. Mantendo-se a vazão constante, mas duplicando-se o diâmetro, o Reynolds aumentará ou diminuirá?
De quantas vezes? Demonstre.
Resposta: Reynolds cai pela metade

51. Duplicando-se a vazão e o diâmetro, o Reynolds aumentará, diminuirá ou se manterá constante?


Demonstre.
Resposta: Reynolds fica constante.
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 33

52. Qual deve ser a área da seção transversal de um tubo de seção circular, por onde escoa octano a 200C,
com uma vazão de 0,163 L/s para que o número de Reynolds seja de 1200?(Viscosidade cinemática
8x10-7 m²/s)
Resposta: D=0,216m A=0,037m²

53. Para dobrar o número de Reynolds do problema anterior, mantendo o mesmo fluido e a mesma
temperatura de escoamento, qual deveria ser:
o novo diâmetro, mantida a vazão
a nova velocidade, mantido o diâmetro.

54. Considerando um número de Reynolds crítico de 500.000 para a transição do regime laminar para o
regime turbulento em escoamento sobre uma placa plana, determine a distância da borda frontal em
que a transição irá ocorrer para cada um dos seguintes fluidos com velocidade u∞=1m/s: ar atmosférico,
água, óleo de máquina e mercúrio. Em todos os casos a temperatura do fluido é 27°C e as
viscosidades cinemáticas dos mesmos são, respectivamente, 15,89 x 10-6 m²/s, 8,58 x 10-7 m²/s, 550 x
10-6 m²/s e 0,1125 x 10-6 m²/s. Elabore uma justificativa para relacionar as distâncias obtidas com as
viscosidades cinemáticas dos fluidos.
Resposta: 7,9 m, 0,4 m, 275 m e 0,056 m respectivamente.

55. Qual é o número de Reynolds em um canal por onde escoa um efluente a 1m/s(ρ= 1100 kg/m³ e µ=1,3
cP), cujas dimensões são de 14 cm de largura e o fluido escoa com uma altura de 7 cm? Calcule o
número de Reynolds utilizando como dimensão característica o diâmetro hidráulico.
Resposta: Re = 118462

56. Um sensor em forma de esfera é colocado num leito de um rio para medir o oxigênio dissolvido. Para
calibrar o sensor é preciso saber o número de Reynolds do escoamento. Portanto determine o número
de Reynolds do escoamento de água a 15°C a 1,4 m/s ao redor do sensor que tem 12 mm de diâmetro.
O escoamento é laminar ou turbulento?
Resposta: Re = 14737. Turbulento

57. Num sistema de lubrificação há uma folga de 1 mm entre duas paredes. A velocidade média do
escoamento é de 0,8m/s. O óleo que preenche a folga é óleo SAE 30 a 20°C. O escoamento é laminar
ou turbulento?
Resposta: Re = 1,8 (obtém-se esta resposta com o valor de viscosidade cinemática igual 4,5 x 10-4
m²/s)
Alguns textos, exercícios e figurasforam retirados das referências bibliográficas constantes no programa da disciplina. 34

Referências bibliográficas
Grande parte do material teórico e dos exercícios apresentados, foi retirado dos seguintes livros:
Mecânica dos Fluidos
Merle C. Potter &David C. Wiggert
PioneiraThomson Learning, 2004.

Mecânica dos Fluidos


Streeter, V.L.; Wylie, E.B.
McGraw-Hill do Brasil, 7ª edição, 1982.

Introdução à Mecânica dos Fluidos


Fox, R.W. &McDonald, A.T.
LTC Editora, 5ª edição. 1998.

Fundamentos da Mecânica dos Fluidos


Bruce R. Munson,Donald F. Young
Theodore H. Okiishi
Tradução da 2ª edição americana. Ed. Edgard Blucher. 1997.

Fenômenos de Transporte
Leighton E. Sissom& Donald R. Pitts
Editora Guanabara Dois, 1979.

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