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Indicadores de Desempenho em Centros de Implantação
Indicadores de Desempenho em Centros de Implantação
Marcelo Amaral
ITOI/COPPE/UFRJ, caixa postal 68507, CEP 21945-970, Rio de Janeiro, RJ
marceloamaral@uol.com.br
ABSTRACT: The research technology institutes localized in the developing countries was created,
in the sixties and seventies, as a centralized laboratories, to foment the economic grow. In the
Brazilian case, the purpose of this institutes was to adapt the external technologies and
progressively dominate the industrial process, offering technologies to the enterprises. In the
nineties, the political and economic context changes affecting the research technology institutes,
that made some reestructuration through of: the consolidation of a new management model adapted
to the structural changes; the definition of medium and long term strategies, due the privatization;
the introduction of performance indicators; and the definition of several instruments of funding,
exploration strategy and results appropriation. At this work, the main objective is to study the
process of implementation of performance indicators to (Centro de Pesquisas X) research and
development activities, through the description of the process, the presentation of the first results
and a few analysis about the process.
RESUMO: Os centros de P&D localizados nos países em desenvolvimento foram constituídos, nas
décadas de sessenta e setenta, como laboratórios centralizados, com a missão de fomentar o
crescimento econômico. No caso brasileiro, a finalidade destas instituições era abrir o pacote
tecnológico, adaptar as tecnologias externas e dominar progressivamente o processo industrial,
numa postura de oferta de tecnologia. A partir de 1990, o contexto político e econômico do país se
altera afetando estes institutos e direcionando-os à busca de um mercado empresarial de P&D,
através da prestação de serviços tecnológicos complementares. Para isto, os centros se reestruturam
1
através da: consolidação de um novo modelo de gestão adaptado as mudanças estruturais em
andamento; definição de estratégias de médio e longo prazo, principalmente em face as
privatizações; introdução de indicadores de desempenho; e definição de instrumentos de
financiamento, geração de recursos, estratégia de exploração e valorização dos resultados. Neste
trabalho, o objetivo estudar o processo de implantação de indicadores de desempenho para a
atividade de pesquisa e desenvolvimento (P&D) (Centro de Pesquisas X), através da descrição do
processo de implantação, da apresentação dos primeiros resultados e de uma pequena análise sobre
o processo.
INTRODUÇÃO
Quase todos os países têm institutos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) independentes, não
corporativos, fundados pelo governo, ou pela iniciativa privada, ou por ambos. Estes institutos
constituem uma parte importante da infra-estrutura de ciência e tecnologia (C&T), o que é
conhecido como Sistema Nacional de Inovação (SNI), sendo um dos principais instrumentos da
política governamental.
Os centros de P&D localizados nos países em desenvolvimento foram constituídos pelos governos,
nas décadas de sessenta e setenta, como grandes laboratórios centralizados, com a missão de
fomentar o desenvolvimento econômico pela geração de C&T. Estes centros, foram desenvolvidos
organicamente como uma resposta às necessidades industriais, a partir da visão de que poderiam
substituir a pesquisa industrial e mais adiante gerar inovações para a indústria local explorar. O
resultado foi a constituição de estruturas dualísticas e paralelas de P&D, no governo e nas empresas,
muitas vezes desconectadas, levando à consolidação da visão de que é preciso para melhorar a
ligação entre os centros existentes e as indústria, com intuito de tornar a transferência de tecnologia
mais efetiva.
O esforço de C&T público se orientou, até os anos oitenta, principalmente para a pesquisa básica ou
científica. Somente a partir da ascensão da economia japonesa, um dos países que mais investem
em P&D no mundo, é que houve o questionamento do papel dos laboratórios públicos e da
orientação de suas pesquisas 1. Sendo então, pressionados no sentido de respaldarem a indústria
2
local através do aumento das pesquisas aplicadas e da transferência de tecnologia, bem como do
trabalho cooperativo, visando aumentar o nível de complementaridade do conhecimento e reduzir
os custos e os riscos das pesquisas. Esta transformação faz parte de um grande movimento de
mudança técnica e econômica, conhecido como globalização, que vêm ocorrendo no mundo 2.
No caso brasileiro, a finalidade dos centros de P&D nas décadas de sessenta e setenta era abrir o
pacote tecnológico, adaptar as tecnologias externas e dominar progressivamente o processo
industrial. Dentro de uma postura de oferta de tecnologia, onde os centros eram repositórios
tecnológicos setoriais. A partir de 1990, o contexto dos político e econômico do país se altera
drasticamente afetando estes institutos, dado os cortes orçamentários e o programa reestruturação da
Administração Pública Federal, além da mudança na própria visão da articulação entre P&D e
desenvolvimento econômico. O que acarreta a deflagração de crises internas nestes centros e de um
processo heterogêneo de reestruturação direcionando-os à busca de um mercado empresarial para os
resultados da pesquisa.
É reconhecido que o acesso ao conhecimento científico e técnico sempre foi importante para a
competitividade, mas o que vemos agora é uma nova ênfase, visto que num mundo de rápida
mudança o conhecimento da última técnica pode ser uma importante vantagem competitiva. Para
que as capacitações técnico-científicas sejam incorporadas ao sistema produtivo, contribuindo para
o aumento da competitividade das empresas, é necessário uma maior capacitação tecnológica, que
envolve compreensão da produção e transferência do conhecimento técnico-científico. A questão,
num ponto de vista mais amplo, que não será discutida neste trabalho é como passa a ser a dinâmica
do desenvolvimento tecnológico, e como o Brasil, e particularmente o Centro de Pesquisas X,
representando a pesquisa no setor elétrico, estão se adaptando a esta transformação.
Partindo deste cenário, conclui-se que os centros de P&D 3 precisam de um novo modelo de gestão
adaptado as mudanças estruturais em andamento, levando em conta a problemática da integração à
um sistema nacional de inovação, do impacto das mudanças no cenário internacional, da
intensidade e abrangência das mudanças tecnológicas, o que em termos práticos significa: a
consolidação de um novo modelo de gestão adaptado as mudanças estruturais em andamento; a
definição de estratégias de médio e longo prazo, principalmente em face as privatizações; a
introdução de indicadores de desempenho; e a definição de instrumentos de financiamento, geração
de recursos, estratégia de exploração e valorização dos resultados.
3
Neste trabalho, temos como objetivo estudar o processo de implantação de indicadores de
desempenho para a atividade de pesquisa e desenvolvimento (P&D) do Centro de Pesquisas X,
através da descrição do processo de implantação, da apresentação dos primeiros resultados e de uma
pequena análise sobre o processo.
O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO
Para propor esta nova metodologia os autores se concentraram sobre a etapa de avaliação de
benefícios 5, que procura quantificar o benefício do projeto antes do início da sua realização. No
CENTRO DE PESQUISAS X, a demanda por projetos é uma atribuição dos sócios, induzidos pelos
coordenadores de programa, há portanto um processo de negociação onde uma avaliação de
benefícios se torna extremamente importante. Esta avaliação é realizada através de indicadores
escolhidos em quatro grandes temas. Apresentamos seqüencialmente os quatro temas e os
indicadores.
4
Quadro I - Tipo de Indicadores Propostos pelo CENTRO DE PESQUISAS X
A Para o conjunto de 10% dos projetos com melhor avaliação no aspecto considerado
B Para o conjunto de 40% dos projetos com melhor avaliação superior à média no aspecto considerado
C Para o conjunto de 40% dos projetos com melhor avaliação inferior à média no aspecto considerado
D Para o conjunto de 10% dos projetos com melhor a pior avaliação no aspecto considerado
5
Quadro III - Classificação dos projetos por categoria
Estas medidas dão base para as seguintes atividades: controle, avaliação interna, evolução contínua
e avaliação estratégica (planejamento e realização das metas estabelecidas, detectar desvios dos
níveis de desempenho estabelecidos e restaurá-los ou determinar novas metas).
Para chegarem a proposta dos indicadores os autores discorrem sobre conceitos referentes ao tema.
Para eles, desempenho é “a eficiência com a qual a organização persegue os seus objetivos
estratégicos”, objetivos estes representados pela missão do centro. Os indicadores de desempenho
“são ferramentas que avaliam os processos, produtos e serviços da empresa quantitativamente”. Seu
objetivo é medir se as metas estabelecidas estão sendo atingidas, o grau de satisfação dos clientes, o
desempenho de produtos/serviços no mercado alvo e a eficiência e eficácia dos processos da
6
empresa. Uma medida de desempenho é um número que mede uma magnitude, sempre relacionada
a uma meta, podem ser unidimensionais ou multidimensionais e costumam estar relacionadas com
as seguintes categorias: eficácia, quando compara o quanto o resultado atingiu os requisitos
estabelecidos; eficiência, quando indica o quanto um processo gera o resultado requerido a um
6
dispêndio mínimo de recursos; qualidade, quando compara o quanto produto/serviço final atingiu
os requisitos e expectativas do cliente; adequação de prazos, que indica se uma atividade foi
executada no tempo determinado; e produtividades, quando o valor adicionado ao produto/serviço
pelo processo dividido pelo valor dos recursos alocados. Finalmente, o indicador ideal, deve refletir
as necessidades do cliente e da empresa, fornecer uma base para tomada de decisões, ser
universalmente compreensível e interpretável, ser largamente aplicável, ser compatível com as
pessoas que vão medi-lo (sensores), fornecer resultados preciosos e ser econômico na aplicação.
É importante lembrar que um processo de avaliação deve ter indicadores internos e externos, pois é
necessário não somente focalizar o processo, mas o resultado, afinal o foco da atividade da empresa
são os clientes.
Partindo de todas estas considerações foi proposto um espectro de indicadores, levando em conta
quatro aspectos: financeiros e econômicos, inovações, internos e mercadológicos (perspectiva do
cliente). Cruzando este espectro com as categorias forma-se uma matriz, apresentada a seguir, que
os indicadores propostos deverão suprir.
Financeiro/econômico
Inovação
Internos
Mercadológico
7
A conclusão do trabalho diz que a avaliação de desempenho deve ser entendida como um amplo
sistema de gestão, sugerindo inclusive, a criação de um grupo permanente dentro da instituição para
definição, implementação e operação deste sistema. No anexo do referido trabalho são apresentados
os indicadores com suas definições, o que no presente trabalho é apresentado a seguir.
No Indicador Definição
2 Grau de utilização dos produtos (%) No. de produtos utilizado pelos clientes / no. de produtos disponíveis
3 Benefícios estimados Valor presente dos benefícios estimados para obtenção pelo cliente (tx. de
desconto de 10% aa)
5 Tempo médio para aplicação Tempo médio entre a disponibilidade dos produtos ou serviços e sua real
utilização pelo usuário/cliente
6 Tempo médio de desenvolvimento Tempo médio para o desenvolvimento de produtos, serviços e estudos
8 Custo médio dos produtos Média do custo total de desenvolvimento dos produtos
10 Eficácia dos produtos e serviços No. de produtos e serviços que atingiram o objeto previsto / no. total de
produtos e serviços
12 Índice de execução de projetos e Média percentual de execução acumulada dos projetos e estudos
estudos
13 Índice de conclusão de projetos e No. de projetos e estudo concluídos / no. total de projetos e estudos em
estudos andamento
14 Retorno real de P&D Valor presente dos benefícios obtidos pelos produtos e serviços /
orçamento
16 Índice de utilização das células No. de projetos e estudos suportados pela célula / no. de células
8
17 Eficiência global Custo do desenvolvimento de produtos e serviços/ custo total
19 Tempo para obsolescência Intervalo de tempo para obsolesc6encia dos produtos ou do surgimento de
produtos / tecnologias substitutivos
25 Índice de eficácia de propostas No. de propostas aceitas / no. total de propostas emitidas
26 Índice de inovação das células Número de teses realizadas, orientadas ou participação em banca / célula
28 Índice de utilização dos estudos No. de estudos que resultaram em projetos ou serviços / no. total de
estudos
29 Eficiência da inovação Custo alocado em células e estudos / custo alocado em projetos e serviços
35 Índice de eficiência da realização Total dias trabalhados em atividades planejadas / total de dias previstos
em atividades planejadas
36 Índice de improviso Total dias trabalhados não planejados / total de dias trabalhados
39 Eficiência das atividades Custo médio por série de contas / total dos dias trabalhados
9
40 Eficácia do planejamento Total de dias realmente trabalhados / o total de dias planejados
Estes indicadores foram enquadrados na matriz formando os chamados sensores, isto é, cada
aspecto é medido em cada uma das suas categorias, conforme o quadro a seguir apresenta.
Financeiro/econômico 15 8, 9 3, 4 21 14
Inovação 1, 26 29 18 19, 3 30
Mercadológico 25 24 2, 7, 20 5,22 27
RESULTADOS INICIAIS
10
Quadro VII – Aplicação dos Indicadores para 1996
6 Tempo médio de desenvolvimento 44 meses (projetos: 52; estudos: 36; serviços: 44)
13 Índice de conclusão de projetos e estudos 10,5% (projetos: 19,1%; serviços: 3,0 %) (1)
35 Índice de eficiência da realização Projetos: 79%; Serviços: 72%; Estudos: 81%; Atividades:
83%; Investimento: 40%
39 Eficiência das atividades (R$/por dia Média: R$ 3,94; Projetos: R$ 2,69; Serviços: R$ 3,46;
trabalhado) Estudos: R$ 6,83; Atividades: R$ 2,78
11
Quadro VIII – Indicadores de desempenho para 1997
Eficácia do faturamento (faturamento / dias trabalhado) 1995: 25,26 US$; 1996: 26,14 US$;
Divisão de HH por áreas Laboratórios e 4 áreas de conhecimento Projetos: 24%; Estudos: 3%; Serviços: 16%;
técnicas Atividades: 56%
Índice de conclusão No. De projetos encerrados / No. Total - projetos 25%; estudos 38%
1997
Eficácia do planejamento Total de dias planejados / Total de dias projetos 66%; estudos 53%;
trabalhados - em homem/dia
serviços 91%
Eficácia de realização Total dias trabalhados planejados / Total projetos 46%; estudos 29%;
de dias trabalhados
serviços 75%
Índice de improviso Total dias trabalhados não planejados / projetos 25%; estudos 51%;
Total de dias trabalhados
serviços 17%
Dados para o ano de 1998 e 1999, ainda não foram finalizados pelo centro. Contudo, poucas
mudanças são esperadas, principalmente pela dificuldade de produção das informações devido o
momento de reestruturação pelo qual a instituição e o setor elétrico atravessam.
12
ANÁLISE
É possível dizer que o centro ainda está implantando a sua gestão tecnológica através de indicadores
de desempenho. Esta análise procura discutir pontualmente as informações apresentadas no três
trabalhos que são a origem dos indicadores, procurando contribuir a sua evolução e decorrente
melhoria da gestão
13
conhecidos, como a Atividade Baseada em Custos - ABC (LEITÃO, 1995) seria mais eficiente aos
interesses da instituição.
O indicador de ganho tecnológico, o terceiro tema, é uma matriz semelhante a proposta pelo Boston
Consulting Group 7.
A classificação dos projetos em categorias é algo muito complexo para ser feito somente com os
indicadores que foram apresentados, falta uma análise de cenários sobre o comportamento do setor
elétrico. Algo que pode ser feito a partir dos planos decenais elaborados pela Centro de Pesquisas
X.
O texto reconhece que um processo de avaliação deve ter indicadores internos e externos, pois é
necessário focalizar também os resultados. Mas este foi uma das falhas deste processo, que não
conseguiu enredar os agentes externos para que realizassem seu processo de avaliação. Somente
algumas poucas avaliações, em casos específicos, como serviços laboratoriais, foram encontradas.
Quanto aos resultados iniciais, também não serão feitos comentários específicos. Este trabalho não
se propôs a isto por dois motivos. Primeiro, ainda não há com o que comparar, uma série histórica
de dois ou três anos e muito pouco representativa, ainda mais em pesquisa e desenvolvimento, onde
o tempo de maturação da atividade costuma ser alto. Segundo, porque em todo o processo de
implantação de ferramentas como esta o primeiro passo é a produção e contínua melhora da
14
informação que alimenta o indicador. Então, somente em algum tempo estes indicadores refletirão a
realidade da instituição.
Uma breve análise destes indicadores, feita pelos próprios autores, sugere que:
• a duração das atividades é elevada e poucas contas foram fechadas desde 1992, em decorrência
da filosofia do centro em manter contas genéricas por laboratórios;
• 40% do efetivos do CENTRO DE PESQUISAS X não possuem nível superior, outro tanto
possui somente este grau, e somente 4% são doutores; e
CONCLUSÕES
15
Os próprios autores reconhecem o que é preciso ser feito: 1) rever o sistema de informações
gerenciais do centro para agregar os indicadores externos; 2) redefinição das contas, principalmente
as de atividades; e 3) apoio a melhorias da formação dos recursos humanos.
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(1) MOWERY & ROSEMBERG (1982) procuram discutir e avaliar os impactos da política do governo. Apesar de não
proporem um modelo de aplicação geral, suas conclusões, retiradas da indústria aeronáutica, apontam para o impacto
da política federal tanto sobre a oferta quanto na demanda por inovação em vários segmentos do mesmo mercado, o
efeito positivo do suporte público para pesquisa, principalmente a básica, onde os benefícios sociais excedem os
retornos privados, e a influência sobre algumas áreas correlatas. NELSON & WINTER (1977) apresentam como
justificativa ao interesse pelo estudo das políticas de inovação o fato de que o avanço tecnológico tem sido um poderoso
instrumento de progresso da humanidade.
(2) É o termo pelo qual o processo de implantação da acumulação flexível é mais conhecido, foi cunhado nas escolas
americanas de business administration, ganhando amplo espaço na mídia mundial em meados dos anos oitenta
(LASTRES, 1997). O que ocorre é um amplo processo de reorganização social e econômica, possibilitando que a nossa
sociedade atinja um patamar de riqueza nunca antes desfrutado e para que este movimento seja homogêneo, as
economias nacionais, cada vez mais interdependentes, estão passando por uma ampla reformulação buscando melhor
explorar seus potenciais de geração de riqueza. A economia globalizada representa o aumento do componente de
informação dos bens e serviços, o desenvolvimento e difusão de tecnologias para processamento e distribuição desta
informação via “super auto-estrada da informação” (HAWKINS, 1995). Mais informações ver LASTRES (1997).
(3) Uma das questões colocadas pelo CENTRO DE PESQUISAS X é se estes centros são públicos ou não. Segundo a
visão interna este centro é uma instituição independente, por ter sido constituído no direito privado, sem fins lucrativos.
O centro somente é financiado por sócios, que são empresas públicas. Deste modo, decidimos entender o centro como
vinculado.
(4) Baseada no trabalho de KAPLAN (1992).
(5) Segundo SOBRINHO & LIMA (1997), o ciclo de vida de projetos de pesquisa têm três fases: escolha e definição,
execução, e avaliação. Dentro destas etapas devem ser feitas avaliações de benefícios e de desempenho. Ver página 4 do
referido artigo.
(6) “Um sistema é um conjunto de processos interconectados”. Processo “é composto de diversas atividades que geram
produtos”, que são resultados tangíveis de qualquer atividade, e serviços, que são os resultados “de qualquer atividade
executada especificamente para determinado cliente”. Por exemplo, “software é um produto mas sua manutenção é um
serviço”.
(7) Segundo LEITÃO (1995), esta metodologia foi a primeira sugerida para a análise de carteira de negócios, sendo
baseada em dois eixos: 1) a posição competitiva relativa do negócio no mercado (abcissa), que é a relação entre a
participação da unidade de negócios da empresa pela participação do maior competidor; e 2) o crescimento do mercado
(ordenada), representado pela atratividade do mercado no qual o negócio está situado. Na figura que se forma “... cada
negócio é representado por um círculo, cuja a área é proporcional às vendas geradas pelo negócio.... , a figura é dividida
em quatro quadrantes por duas linhas demarcatórias” (de uma vez e meia na posição competitiva relativa, e de 10% na
taxa de crescimento do negócio. Desta forma os negócios podem ser divididos em quatro categorias: 1) as estrelas, que
são negócios situados no quadrante superior esquerdo (altas taxa de crescimento de mercado e posição competitiva
relativa) gerando e consumindo grande fluxo de caixa e com alta lucratividade; 2) as vacas leiteiras, situados no
quadrante inferior esquerdo (baixa taxa de crescimento de mercado e alta posição competitiva relativa) geram grandes
fluxos de caixa consumindo poucos recursos, sendo fonte principal de recursos da empresa, inclusive para outros
negócios; 3) as interrogações, estão situadas no quadrante superior direito (alta taxa de crescimento de mercado e baixa
posição competitiva relativa) sugerindo a necessidade de maior investimento através de análises e decisões estratégicas;
e 4) os cachorros, estão no quadrante inferior direito (baixa taxa de crescimento de mercado e baixa posição competitiva
relativa), gerando e consumindo pequeno fluxo de caixa, sendo possivelmente descartados. Para esta análise a grande
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vantagem de uma organização que possui vários negócios (ou projetos) é poder transferir recursos de uma área de maior
lucratividade atual para outra com potencial de crescimento e lucratividade futura.
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