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Aula: Intemperismo - Professor Heleno

- 1. Introdução e conceitos: processo de extrema relevância para a sociedade. Está


conectado com nosso dia a dia, desde os solos até a ocupação do espaço
geográfico. Na relação homem - natureza o intemperismo está presente de várias
formas.
- O clima é um dos grandes gatilhos do intemperismo.
- Biosfera - Atmosfera - Litosfera - Hidrosfera;
- Definições: É um processo condicionado à resposta dos materiais. O processo é
diferente pois os materiais envolvidos são diferentes, causando diferentes formas de
relevo.
- É a quebra e alteração de materiais nas proximidades da superfície da Terra para
produtos que estão mais em equilíbrio com as novas condições físicas e químicas
impostas.
- Conjunto de modificações de ordem física (desagregação) e química
(decomposição) que as rochas sofrem ao aflorar na superfície terrestre.
- Transitar entre a desagregação e a decomposição.
- Os produtos do intemperismo são: solo e rocha desagregada, que levam aos
seguintes processos: erosão, sedimentação e transporte.
- Ciclo erosivo: Intemperismo → Erosão → Transporte → Deposição → Litificação;
- 2. Fatores que afetam o tipo e a velocidade do intemperismo: Estrutura da rocha
(fraturas, porosidade, composição e cristalização, clima, cobertura vegetal,
topografia, e ação do tempo.
- Estrutura da rocha: há minerais (e consequentemente rochas) que reagem com
maior e menor resistência ao intemperismo. A temperatura cuja o mineral se
cristaliza também é relevante para o intemperismo. O intemperismo diferencial e a
erosão diferencial é condicionada a partir da estrutura da rocha, pois os mesmos são
constituídos por materiais distintos, alguns mais ou menos resistentes. O relevo de
cuesta, por exemplo, é formado pelo afloramento das rochas vulcânicas na bacia
sedimentar do Paraná.
- Clima: É o que mais influencia no intemperismo. Atua de forma direta, pois a partir
do momento em que a rocha é exposta, ela é submetida ao intemperismo. O
intemperismo físico é predominante em áreas mais secas, assim como áreas mais
frias; já áreas mais úmidas o intemperismo químico. Aŕeas altas também são
associadas com o intemperismo físico.

- Cobertura vegetal: extremamente relevante, pois a matéria orgânica, ao se


decompor, libera dióxido de carbono, o que auxilia na acidez, contribuindo para as
reações químicas. É o processo de acidificação.
- Topografia: A topografia regula a infiltração e o escoamento superficial. A topografia
auxilia na formação dos solos, o que faz com que o desenvolvimento do
intemperismo seja maior

- Ação do tempo: determinante. Juntamente com as anteriores variáveis, faz com que
quanto mais antiga a rocha exposta, maior o intemperismo.
- 3. Tipos de Intemperismo e suas reações: físico e químico.
- Físico: desagregação mecânica da rocha. Termoclastia. Crioclastia. Crescimento
dos cristais salinos. Alívio de pressão. Pressão de raízes.
- Termoclastia: ação da temperatura sobre as rochas. Variação térmica, por exemplo.
É algo sazonal. É necessário ter amplitude térmica (coisa que não há em zona
equatorial).
- Crioclastia: ação do gelo. Penetração de água na rocha e o posterior
congelamento. Países em zonas temperadas.
- Crescimento de cristais salinos: Os cristais salinos exercem pressão na rocha.
- Alívio de pressão: condicionado a partir do momento em que a rocha é exposta,
acontece com a rocha liberando a pressão que tinha acumulado dentro da terra no
momento em que é exposto à superfície. Se percebe este processo na rocha a partir
de “camadas” ou juntas de pressão, que refletem o alívio.
- Intemperismo químico: Processo que altera a estrutura química e física dos
minerais que compõem a rocha. É concomitante ao físico, ocorrendo
simultaneamente. É consideravelmente mais complexo do que o físico, pois fornece
minerais secundários. Altera a composição química da litologia, causando também
uma resposta física.
- Quando as rochas afloram em superfície, seus minerais entram em desequilíbrio e,
através de uma série de reações químicas, transformam-se em outros minerais,
mais estáveis neste novo ambiente.
- O principal agente do intemperismo químico é a água da chuva - que infiltra e
percola as rochas.
- Ao interagir com a atmosfera, a água, rica em O2, adquire um caráter ácido. Em
contato com o solo, ela tem seu PH ainda mais diminuído. A reação com os minerais
rochosos causam um desequilíbrio, desencadeando o intemperismo químico.
- Fase solúel - Os constituentes mais solúveis das rochas intemperizadas são
transportados pela agua que drenam o perfil de alteração.
- Fase residual - O material que resta no perfil de alteração torna-se
progressivamente enriquecido nos constituentes menos solúveis (presentes nos
minerais primários residuais), que resistiram a ação intempérica, e nos minerais
secundários, que formam o perfil.
- Minerais neoformados - Resultam da precipitação de substância dissolvidas nas
águas que percolam o perfil;
- Minerais secundários transformados - Formados pela interação entre as soluções de
percolação e os minerais primários.
- Em momentos de estabilidade tectônica, estas soluções são lentamente drenadas
do perfil de alteração (indo se depositar nos compartimentos rebaixados da
paisagem - bacias sedimentares.
- Nas bacias sedimentares precipitam sedimentos químicos, que darão origem a
rochas sedimentares químicas - calcário e evaporíticos.
- Mudanças climáticas e tectônicas podem alterar radicalmente a reação com o
intemperismo (removendo a vegetação, por exemplo,tornando o solo mais exposto).
- Mineral I + solução de alteração → Mineral II + solução de lixiviação
- Na maior parte da superfície terrestre as águas transitam entre PH 5 a 9.
- Mineral primário: mineral existente na rocha;
- Solução de alteração: água da chuva carregada de elementos dissolvidos, que se
infiltram e percolam na rocha;
- Mineral II: mineral secundário, ou seja, formado pela recombinação de íons durante
a reação do intemperismo;
- Solução de lixiviação: água da chuva, cuja decomposição foi modificada pelas
reações do intemperismo

- Processos do intemperismo químico:


- Dissolução: concentração da água vs material da rocha;
- Hidrólise: é a reação entre os íons H e OH da água e os elementos dos minerais.
- Hidratação: constitui a adição de água num mineral
- Oxidação: processo de decomposição química que envolve a perda de elétrons;
- Carbonatação: Gás carbônico dissolvido na água.

4. Distribuição dos processos de alteração superficial


- Mais da metade do planeta está sujeita ao intemperismo químico. Há zonas com
processo mais ou menos intenso, e zonas sem o intemperismo químico.
- As zonas climáticas (equatoriais, tropicais, subtropicais, temperadas, árias e polares)
nos ajudam e muito para explicar o grau de intemperismo, à medida que refletem a
presença de água.
- O intemperismo biológico é a associação do intemperismo físico com agentes
biológicos e a associação do intemperismo químico com agentes biológicos. Pode
ocorrer com ação de raízes e nos corais, a partir da presença do dióxido de carbono.

5. Intemperismo e ambientes cársticos


- Solução do calcário. Rochas carbonáticas. Um tipo particular de ambientes, as
cavernas.
- Gênese, cavernas e espeleotemas.
- Um terço da população mundial depende da água fornecida pelos terrenos cársticos.
- É um rico ambiente para a paleontologia e a paleoclimatologia, pois auxilia na
preservação de ambientes antigos.
- O que é: significa em esloveno “paisagem nua”, “pedregosa” e “sem água”.
Entende-se por paisagem cárstica qualquer área onde a rocha existente sofre
específico intemperismo, em rochas calcárias.
- A rocha calcária necessita estar encaixada em uma estrutura cristalina, justamente
para que os rios que atacarão a rocha não sejam levados mais profundamente.

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