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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO DE LETRAS

RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA I: ENTENDENDO


AS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS, ABORDANDO A LÍNGUA OFICIAL DO
ESTADO E SUA GESTÃO NA ESCOLA: ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO
INTEGRAL PROFESSORA LUÍSA COELHO DE CARVALHO.

Agda Sousa Fernandes de Sousa, Aline


Sousa Guedes Cardoso, Fernando Santos
Cardoso, Taciana de Almeida Silva e Kríscia
Taíse dos Santos Sousa Câmara.

Grajaú
2023
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO……………………………………………………………3
2. CONTEXTUALIZAÇÃO………………………………………………………4
2.1. Escola…………………………………………………………………4
2.2. Visitas…………………………………………………………………4
2.3. A turma…………………………………………….……………………5
2.4. A professora…………………………………………………………..5
3. O PROJETO DE INTERVENÇÃO…………………………………….……..5
3.1. Título…………………………………………………………………….6
3.2. Tema…………………………………………………………………….6
3.3. Introdução………………………………………………………………6
3.4. Justificativa……………………………………………………………6
3.5. Objetivos………………………………………………………………..6
3.5.1. Geral………………………………………………………………6
3.5.2. Específicos…………………………………………………………6
3.6. Metodologia…………………………………………………………….7
3.6.1. Procedimentos metodológicos………………………………….7
3.7. Fundamentação teórica………….:…………………………………7
3.8. Cronograma…………………………………………………………….8
4. EXECUÇÃO DO PROJETO…………………………………………….……8
5. REFLEXÕES GERAIS SOBRE A ATIVIDADE……………………………..8
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………….…….9
7. REFERÊNCIAS………………………………………………………………10
8. ANEXOS………………………………………………………………………11
9. APÊNDICES………………………………………………………………….12
1. APRESENTAÇÃO

Este relatório faz parte das exigências da disciplina Intervenção na Educação


Básica I, do currículo de Letras da Universidade Federal do Maranhão, e tem
como objetivo explicar os processos de pesquisa, elaboração e execução de um
projeto de intervenção escolar. Seguindo as diretrizes do programa da disciplina,
o projeto possui um caráter interdisciplinar, voltando-se para a temática da
POLÍTICAS LINGUÍSTICAS: ABORDANDO A LÍNGUA OFICIAL DO ESTADO E
SUA GESTÃO, juntamente com o ensino de Língua Portuguesa, priorizando
textos que caracterizam o uso da linguagem.
Essas exigências também estão nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs),
que esperam que os alunos adquiram, progressivamente, “uma competência em
relação à linguagem que lhes possibilite resolver problemas da vida cotidiana,
ter acesso aos bens culturais e alcançar a participação no mundo letrado”
(BRASIL, 1997 p. 33). A respeito disso, vale salientar a preocupação levantada
por Magda Soares (2007):

A escrita que, fora das paredes da escola, serve para a interação social,
e é usada em situações de enunciação (escrevem-se cartas, bilhetes,
registram- se informações, fazem-se anotações para apoio à memória,
lêem-se livros, jornais, revistas, panfletos, anúncios, indicações de
trânsito, nomes de ruas, de ônibus etc.), dentro das paredes da escola
assume um caráter falso, artificial, descontextualiza-se: fazem-se
‘redações’ ou ‘composições’ com uma função puramente escolar
(Soares, 1988). (SOARES, 2007, p. 106).

Nesse sentido, optamos por abordar o ensino da Língua Portuguesa por meio
dos gêneros textuais, especificamente o Verbete, por meio de duas aulas
expositivas e dialogadas, com a utilização de recursos literários e a prática
conjunta de confecção do dicionário pessoal, dando significado a palavras do
cotidiano.
A primeira etapa consistiu de reflexões teóricas e planejamento das atividades
da intervenção escolar com a escrita do projeto. Em seguida, submetemos a
proposta à análise do coordenador FERNANDO MARTINS e da PROFESSORA
ROBERTA ALCÂNTARA, professora de Língua Portuguesa da escola.Por fim,
partimos para a sua execução, que foi realizada em uma turmas do 6o ano do
ensino fundamental da Escola Municipal de Ensino Integral Professora Luísa
Coelho de Carvalho. , na cidade de GRAJAÚ, no primeiro semestre de 2023.
Esse relatório pretende, portanto, elencar cada passo do projeto e refletir sobre
os seus resultados.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO
Neste ponto serão expostas as experiências vivenciadas na aplicação do projeto
de intervenção da realidade escolar na instituição de ensino Escola Municipal de
Ensino Integral Professora Luísa Coelho de Carvalho.
2.1. Escola
A escola escolhida para a aplicação é situada no bairro Juçara, administrada pelo
munícipio e conta com suporte da prefeitura de Grajaú para que se possa dar
continuidade às atividades desenvolvidas ali. O ambiente em si é amplo e com
grandes espaços para a circulação dos alunos. Possui cantina, refeitório, pátio,
sala dos professores, sala de coordenação, sala de diretor, biblioteca e uma
quadra esportiva.
A escola disponibiza duas formas de permanência dos alunos na escola: parcial
e integral. Na forma integral são matrículados 66 alunos.
2.2. Visitas
Além da intervenção em si, houve visitas prévias a escola, pois foi necessário
para o conhecimento da instituição de ensino (estrutura física), da
disponibilidade dos profissionais da escola, contato com os responsáveis
(diretoria) e possibilidade de aplicação do projeto.
Um fator de grande valia nas visitas foi o contato com a Professora Roberta
Alcântara e com os alunos para deixá-los cientes da aplicação de tal projeto,
além da importância que este tem. Sendo assim, fomos capazes de saber de
todos os insumos que iríamos precisar para que a continuidade do projeto não
fosse afetada.
A cada visita havia uma abordagem e uma percepção diferente, pois nesses
momentos em que se esteve na escola percebeu-se uma grande necessidade
(por parte dos alunos) de serem assistidos de alguma maneira, pois
conseguimos perceber o quão deficiente encontra-se a educação nos dias
atuais.
2.3. A turma
As salas de aulas escolhidas e utilizadas para a intervenção foi uma turma do 6º
ano, com 33 alunos. Em relação ao ambiente físico das salas tem-se que
pontuar, pois não eram próprios para os alunos em questão de ergonoAssim
como muitos dos equipamentos de ventilação não funcionavam e isso sempre
incomodava os estudantes a ponto de eles ficarem visivelmente impacientes
com tal situação.
De modo geral, a sala é muito esperta, comunicativa e entrosada. Os alunos têm
um bom relacionamento uns com os outros: gostam de participar das atividades
propostas, de auxiliar os amigos e de realizar as atividades em grupo.
Contam com uma sala ampla, forrada que impede a entrada de ruídos externos,
que contribui na concentração dos alunos e com ar-condicionado.
Os alunos demonstraram muito interesse em relação ao projeto, pois
conseguimos extrair deles muitas informações, assim como fazer com que eles
produzissem de maneira a contribuir para o projeto. Essas contribuições foram
expostas em um mural para que eles possam se lembrar como funciona o gênero
do qual eles puderam trabalhar associando-o a realidade linguística deles.
2.4. A professora
Contar com um bom profissional é sempre essencial neste processo de
intervenção escolar. E dessa vez não foi diferente, pois pudemos contamos com
o auxílio da professora de Língua Portuguesa, Roberta Alcântara, para
prosseguirmos no processo como um todo.
Sem essa colaboração, talvez o projeto não teria sido concretizado, uma vez que
a professora conhecia seus alunos, a capacidade de produção deles em relação
as tarefas, bem como o comportamento em classe. Essa presença em sala foi
essencial para que os alunos mantivessem a atenção durante todo o processo.
Nesse sentido, pudemos unir forças nessa tarefa tão importante para a realidade
da escola.
3. O PROJETO DE INTERVENÇÃO
A partir das temáticas apresentadas partimos para a escolha da temática que iria
abordar de forma ampla a Língua Portuguesa. Assim, optamos por trabalhar as
Políticas Linguística abordando a Língua e a sua Gestão.
O primeiro passo foi a pesquisa bibliográfica sobre o assunto em questão.
Depois, houve discussões durante a disciplina para a delimitação do tema.
Organizamos nossas ideias e sugestões e esboçamos o projeto.
Faltava, então, escolher a escola para a aplicação do projeto. Escolhemos uma
perto da residência da maioria dos discentes integrantes do grupo e fizemos uma
primeira visita de sondagem a fim de saber se a escola estaria de acordo com
essa intervenção. Acordado com o coordenador, tratamos diretamente com a
professora de Língua Portuguesa, Roberta Alcântara – e entregamos a ela o
seguinte projeto.
3.1. Título
Meu Dicionário
3.2. Tema
Politícas Linguísticas, a língua e sua gestão.
3.3. Introdução
O trabalho se da pela necessidade de ampliar a capacidade do aluno
usar a sua língua, desenvolvendo competência comunicativa por meio
de atividades com textos utilizados nas diferentes situaçõesde
interação comunicativa, pois os alunos irão se deparar ao longo de
suas atividades acadêmicas com situações que necessitem desse
conhecimento sobre a língua.
3.4. Justificativa
Tendo em vista a importância do lúdico na formação integral do aluno,
busca-se trazer para a sala de aula elementos que pertencem à
realidade de toda criança ou adolescente, como forma de conferir
significado à aprendizagem.
3.5. Objetivos
3.5.1. Geral
• Ampliar conhecimentos gramaticais e desenvolver estruturas
de pensamento a partir da compreensão e da interpretação de
leituras variadas para expressar-se, criticamente, de forma oral
e escrita, com clareza e logicidade de ideias, observando o
padrão culto da língua.
3.5.2. Específicos
• Discutir a importância da formação das palavras.
• Resgatar o valor lúdico como forma de aprendizagem.
• Estimular a criatividade e a imaginação na criação de um
dicionário.
3.6. Metodologia
3.6.1. Procedimentos Metodológicos
Fazer, com os alunos, um levantamento de algumas palavras mais
conhecidos por eles.
Promover uma discussão sobre a importância das palavras na escrita e
na oralidade.
Pedir aos alunos que tragam palavras “desconhecidas” diversas para que
juntos, eles possam analisar a estrutura, a aplicação em uma frase ou
texto, qual classe de palavra ela pertence, etc.
Partilhar com os alunos a proposta para o projeto, motivando sua
participação.
Dividir as duplas para a realização das tarefas (através de sorteio).
Auxiliar os alunos na criação dos projetos, direcionando atenção para os
materiais necessários, o tema do dicionário, os objetivos do dicionário,
linguagem utilizada para dar as instruções, as ilustrações, etc.
3.7. Fundamentação teórica
A gramática oferece regras, e estas são critérios que possibilitam
julgamentos de adequação da linguagem à norma- padrão. Utilizar as
regras de critério de análise é, ao nosso ver, a grande finalidade do ensino
da gramática. Isso implica levar o aluno a perceber as ocorrências de
certas construções, as relações entre os termos, as diferenças entre usos
e norma-padrão a fim de poder “deliberar” sobre os aspectos formais mais
convenientes sobre determinado assunto.
Em síntese, o conhecimento das regras permite ao aluno recorrer a
critérios confiáveis quando efetuar julgamentos de sintaxe, de estilo e de
adequação de linguagem. O conhecimento espontâneo, intuitivo, não é
suficiente para garantir segurança quando a exigência é produção de um
texto formal escrito. Talvez por isso, há várias décadas, Mattoso Câmara
já havia sinalizado a importância do ensino de gramática na escola
observando que a disciplina “faz parte do que podemos chamar a
linguística aplicada a fim de um comportamento social [...] A língua tem
que ser ensinada na escola...”.
3.8. Cronograma
Momento 1- Levantamento do conhecimento prévio dos alunos sobre o
assunto, apresentação da obra Emília no País da Gramática (Monteiro
Lobato).
Momento 2- Leitura e exploração da obra Emília no País da Gramática
(Monteiro Lobato).
Momento 3- Confecção de dicionário com expressões da obra estudada
e expressões do cotidiano dos alunos.
Momento 4- Culminância do Projeto com exposição e socialização das
atividades realizadas.
4. EXECUÇÃO DO PROJETO
Conforme o planejado, a execução do projeto se deu nos seguintes passos.
No primeiro dia, foi exposto o objetivo do nosso estudo aos alunos. Logo em
seguida buscamos provocar a reflexão sobre as língua. Apresentamos aos
alunos a obra de Monteiro Lobato: Emília no País da Gramática, que aborda a
gramática de forma divertida. Fizemos a leitura do primeiro capítulo, e pedimos
que os alunos marcassem no capítulo vocábulos pouco conhecido por eles.
No segundo dia, pedimos para os alunos falassem sobre os vocábulos marcados
e sobre o possível significado dessas palavras, em seguida pedimos para
escrever palavras do seu cotidiano que achassem que fosse exclusivo deles, por
questão regional ou etária.
Por último, a partir dessas palavras, foi solicitado a confecção de dicionários,
observando, durante a confecção, aspectos do gênero textual: ordem alfabética,
definição da classe gramatical e definição do significado das palavras. Em
seguida, foi feito a socialização das palavras e dos significados.
5. REFLEXÕES SOBRE A ATIVIDADE
As atividades das quais foram realizadas na escola Municipal de Tempo Integral
Professora Luísa Coelho de Carvalho faziam parte de um planejamento
realizado pelos autores deste projeto.
A primeira atividade realizada foi uma visita para reconhecimento tanto da
escola, das turmas, dos alunos e do corpo de funcionários para uma melhor
abordagem. Sem essa execução prévia muitos aspectos não teriam sido
notados, pois a investigação do ambiente é essencial para que isso se
concretize.
Para a segunda atividade trouxemos conteúdos relacionados a gramática, assim
como a apresentação de uma obra dentro deste tema. Dentro desse aspecto,
também foi mostrado aos alunos o gênero verbete, assim como um debate para
levantar questionamentos sobre a importância do dicionário como meio de
gestão da língua.
Os professores que aplicaram o projeto também explicaram como confecção um
dicionário. Este ponto foi fundamental para que os alunos que passaram pelo
processo de aprendizagem devido à intervenção na escola criassem uma maior
consciência da importância do dicionário e suas características, facilitando
também no manuseio do dicionário tradicional.
Portanto, acreditamos com veemência que tanto a escola, assim como os alunos
estarão mais preparados para encarar esses tipos de dificuldades no dia-a-dia.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A experiência proporcionada por essa intervenção escolar nos possibilitou refletir
não somente sobre as dificuldades e necessidades que as escolas públicas
possuem, mas sobre a prática docente.
Foi construtivo perceber os desafios que o ensino, especificamente de Língua
Portuguesa, nos impõe, visto que em uma sala do 6º ano, conforme observado,
há uma discrepância no nível de leitura, compreensão, interpretação e produção
de textos. Há alunos interessados e que têm facilidade em expressar suas
opiniões, tanto na forma oral quanto na escrita, realizando mais do que foi
proposto: além da produção dos verbetes, alguns desses alunos fizeram a
apresentação dos trabalhos realizados. Por outro lado, outros alunos não
participaram efetivamente das discussões, seja por falta de interesse, por timidez
ou por dificuldade de expressão em público. Esses alunos também
demonstraram dificuldades na produção dos dicionários, mostrando deficiência
ortográfica.
REFERÊNCIAS
CÂMARA JÚNIOR, Joaquim Mattoso. Estrutura da Língua Portuguesa. 17a. Ed.
Petrópolis: Vozes, 1987.
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 5.ed. - São Paulo: Contexto, 2007.
ANEXOS

https://www.fortaleza.ce.gov.br/images/Cultura/Monteiro_Lobato_-
_Em%C3%ADlia_no_Pa%C3%ADs_da_Gram%C3%A1tica.pdf
Livro em PDF
APÊNDICES
Figura 1

Fonte: Arquivo pessoal.


Figura 2

Fonte: Arquivo Pessoal


Figura 3

Fonte: Arquivo Pessoal


Figura 4

Fonte: Arquivo Pessoal


Figura 5

Fonte: Arquivo pessoal

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