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Relações interpessoais, são todos os contatos entre pessoas.

Nesse âmbito encontra-se


um infindável número de variáveis como: sujeitos, circunstâncias, espaços, local,
cultura, desenvolvimento tecnológico, educação e época.

As relações interpessoais ocorrem em todos os meios, no meio familiar, educacional,


social, institucional, profissional; e estão ligadas aos resultados finais de harmonia,
avanço, e progressos ou na estagnações, agressão ou alienamento.

Por exemplo:

Na relações interpessoal entre professor e alunos se dá a construção de vínculos com a


aprendizagem, um dos aspectos fundamentais a serem considerados.

Determinadas “disciplinas”, a partir de um tipo negativo de relações interpessoais com o


professor, podem gera nos alunos uma aversão ao assunto; como também, relações
interpessoais positivas podem alterar a aversão, fazendo que os alunos passem a
“gostar” e interessar-se pelo assunto; partir da presença de um "novo" professor.

Assim, o professor pode estabelecer um vínculo favorável ou desfavorável para um


determinado conhecimento, pela relação interpessoal que estabelece com seus alunos
Relações Interpessoais e Sociabilidade

A questão da comunicação entre as pessoas é hoje um aspecto que ganha destaque


por sua relevância na qualidade de vida. Não raras vezes, assistimos assustados
episódios nos telejornais, expondo situações corriqueiras, próprias do cotidiano ,
que terminam em ações violentas, chegando, por vezes, às ultimas conseqüências.
Do mesmo modo assistimos conflitos que envolvem até os órgãos responsáveis,
eles próprios, pela segurança.

            Tudo isso vai delineando um formato social preocupante, onde o


imediatismo, a intolerância com a dificuldade, seja em que grau for, vão assumindo
a tonalidade predominante nas relações pessoais.

            Isso nos remete à perguntas essenciais : o que foi que houve com a dádiva
da fala? Em que momento deixamos de utilizar recursos, que nos são próprios, para
nos comportarmos de modo irracional? Quando foi que a conversa, velha e boa
conversa, saiu da pauta de nosso dia a dia deixando um espaço sem regras, dentro
da dinâmica social?

Apontar o dedo para a sociedade, tratando-a como “sórdida, falida, hipócrita”;


classificando-a severamente como a vilã da história, de nada nos ajudará, uma vez
que sociedade é a reunião de pessoas, e portanto, nos inclui definitivamente,
tornando-nos elementos integrantes e participativos dentro dela, seja de modo pro
ativo ou não. A sociedade, portanto, não é uma “entidade”, um “ser”, mas é a
reunião das pessoas, e estas sim, é que determinam as características que a
sociedade terá.

Se desejarmos uma sociedade diferente, teremos que mudar as pessoas; a maneira


de pensar e sentir, para que se possa alterar a conduta, já que são essas maneiras
de ser que determinam o comportamento do ser humano.

Sem dúvida a linguagem é a principal forma de comunicação e transmissão do


conhecimento, idéias, crenças e até emoções. Sua expressão no processo do
relacionamento social é determinante.

O convívio coletivo garante a saúde do grupo e enriquece, sobremaneira, o


indivíduo que se dispõe a dedicar-se na arte da conversa. Seja ela técnica,
acadêmica, social, não importa, é a conversa que cria o elo que ativa a “liga” da
sociedade.

Quando falamos em comunicação interpessoal, podemos pensar em pontes. Criar


pontes entre os corações, me parece uma maneira simples de compreender a
questão. Quanto mais pontes criamos, mais opções teremos por onde transitar.
Lembrando sempre que cada qual passeia pelas pontes sem aprisionar ninguém em
seu “território” e nem abandonar o seu em detrimento do outro. Este ir e vir entre
o coração das pessoas é, em verdade, a base do movimento social autêntico.
Quando as pessoas convivem dentro deste trânsito parece haver naturalmente
harmonia e entendimento. A conversa, é o meio do qual dispomos a nos fazer
entender. Possui regras que asseguram um bom desempenho, de modo a facilitar
as relações interpessoais.

O primeiro passo para interferirmos na sociedade e instaurar, em definitivo, a


harmonia nas relações, é investirmos na comunicação, praticar a arte do diálogo e
recuperar a dignidade de nossa espécie, que é a única, entre os animais, apta a
compreender e ser compreendido.

Ainda é preciso considerar o poder que as palavras exercem sobre nos. Quando
ouvimos um elogio, há um bem estar que nos invade e acaba por influenciar nossas
ações. Da mesma maneira, quando ouvimos uma ofensa, reagimos de acordo com
ela, e passamos a nos comportar também de acordo. Esse simples exemplo
evidencia a importância que as palavras têm no convívio social.

Talvez, a informalidade como se apresenta hoje, onde todos falam tudo para todos,
tenha alguma responsabilidade na questão da disseminação da violência na
sociedade, em todas as instâncias. Acho pertinente que se reflita sobre esta
questão.
Não se pode negar que a palavra exerce poder sobre nos. Bom lembrarmos que
além da palavra em si, a forma como ela é pronunciada, a tonalidade que se usa
para proferi-la traz reações também próprias, que se manifestam no
comportamento. Portanto, a gentileza, docilidade, aspereza, impaciência, enfim, a
forma como se fala algo a alguém, traz sempre resultados compatíveis à sua
natureza.

Ao construirmos pontes entre os corações das pessoas, há ainda um aspecto


importantíssimo. Quando falamos com alguém, devemos fazê-lo olhando nos olhos
de nosso interlocutor, de tal modo que ele possa ver as reações de nosso olhar. Diz
um dito: o que a boca fala os olhos tem que endossar. Isso é imprescindível. A
comunicação interpessoal embora se apóie na linguagem, conta com todos esses
elementos constitutivos, que complementam as informações e facilitam que ocorra
o entendimento.

Há todo um universo de comunicação entre as pessoas para ser explorado. E


quanto mais nos dedicarmos a ele, melhor será a relação entre as pessoas que, na
atual conjuntura, parece estar frágil e debilitada, esperando a interferência de
todos nós.

Acredito que a paz é alicerçada no entendimento dos Homens, e para tanto, há que
se aperfeiçoar a arte de dialogar.
Priscila de Loureiro Coelho

Os relacionamentos interpessoais acontecem em diversas esferas e indubitavelmente são


alguns dos mais imprevisíveis da natureza. As relações entre animais menos desenvolvidos
intelectualmente são essencialmente regidas pelo instinto, uma manifestação natural das
necessidades biológicas.

O homem, no entanto, é uma das únicas criaturas conscientes de seus instintos irracionais e
capaz de sobrepujá-los, podendo fazer escolhas dando preferência a outros aspectos da
consciência. Isso amplia exponencialmente a complexidade das relações humanas, uma vez
que somos dotados de uma imensurável diversidade emocional. As circunstâncias que
motivam a interação humana são variadas, porém, por unanimidade, é sempre estabelecida
uma relação de troca.

Seja amistoso, afetivo ou profissional, qualquer relacionamento envolve expectativas,


responsabilidades, decepções, vantagens, enfim, apenas o fato de envolver ao menos duas
pessoas já faz desse envolvimento algo excepcional. Ter de conviver e eventualmente
depender de outro indivíduo pode não ser confortável para muitos, não é raro encontrar
pessoas que escolhem a solidão por ter outras prioridades.

Isso, porém, apenas acontece em relações onde não há coerência, onde há desigualdade em
benefícios e malefícios. Há uma palavra que determina o sucesso de qualquer
relacionamento, um elemento sem o qual duas pessoas jamais poderiam conviver
adequadamente: cooperação.

Em uma relação cooperativa, ambos os lados saem satisfeitos. É o formato ideal e almejado
por todos, porém exige pessoas empáticas e maduras o suficiente para entender que nem
sempre será feita apenas sua própria vontade, que há de haver a busca pelo consenso.
Quando há negociações produtivas, as soluções acordadas são de soma ampliada, de modo
que as partes entendem que conseguiram um resultado melhor do que se o tivessem feito
sozinhos.

O curioso é que nesse tipo de relação, não há dois lados, mas apenas um lado vencedor, o
que ambos construíram e que, pois, os torna mais confiantes, motivados e comprometidos.
Uma relação exige cuidados e muitas vezes eles incluem a abdicação voluntária do Eu para a
melhor manutenção do Nós, que poderá ser o melhor a longo prazo. O benefício principal
dessa abordagem é que, uma vez visualizados seus efeitos, os indivíduos a percebem como
melhor opção e se sentem confiantes para continuar empregando-a, de modo a prolongar os
benefícios.

Essa fórmula serve para todo o tipo de relacionamentos, pois se no relacionamento comercial
há a troca de bens, nos amorosos e amistosos há a troca de afeto, que também precisa ser
bem direcionada. Caso contrário, a relação não será positiva para ambos, de modo que irá
de fato se tornar uma relação unilateral, porém onde o lado egoísta/possessivo se
beneficiará do passivo/submisso.

COMPETIR OU COOPERAR?

A interação entre dois seres é sempre delicada, porém a abordagem pode ser o ponto
determinante do tipo de relação que será estabelecida. Não é incomum nos dias de hoje
encontrar pessoas que tentam sobrepujar seu parceiro ao invés de trabalhar em conjunto.

A sociedade atual cobra muito do indivíduo, as pessoas se sentem na obrigação de parecer


melhor que todos e isso acaba se estendendo ao seu próprio lar, de modo que muitas vezes
a unidade da relação é prejudicada por dois indivíduos tentando superar-se constantemente.
É proveitoso que haja o crescimento profissional e emocional dentro do relacionamento, o
amadurecimento e estímulo mútuo é imprescindível, porém isso se torna prejudicial no
momento em que o sucesso do outro começa a provocar inveja e não mais satisfação.

Questões como quem ganha mais, quem possui melhor cargo, quem é mais sociável,
acredito eu, não são relevantes para pessoas que realmente almejam o sucesso do
relacionamento. Uma relação envolve duas pessoas que apenas unidas com colaboração
poderão alcançar objetivos comuns.

Fontes: Ensinamentos em Shinden; conversas com Shihan Claudio.

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