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16º Domingo do Tempo Comum - A

23 de julho de 2023
LEITURAS
1ª leitura: Sb 12m13.16-19 = Concedeis o perdão aos pecadores
Salmo Responsorial: Sl 85 = Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!
2ª leitura: Rm 8,26-27 = O Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis
Evangelho: Mt 13,24-43 = Deixai crescer um e outro até a colheita

Primeiro olhar
A finalidade do cultivo da Boa Semente do Evangelho, cultivada no terreno bom do coração
humano, é a colheita farta da bondade divina. Diante da realidade do joio semeado pelo
inimigo, a insistência de cuidar da Boa Semente para que supere o joio, supere o mal no
coração humano.

ILUMINADOS PELA PALAVRA

Depois de dedicar atenção à semente e ao terreno (especialmente ao terreno),
como refletido no 15DTC-A, a Liturgia continua lendo Mt 13 com o mesmo tema da
semeadura. Agora, neste 16DTC-A, o resultado da semeadura: a colheita. A condição
para que a semente produza frutos é que o terreno seja bom, e isto significa que o
terreno seja humano (1L). Quanto mais humano for o coração, mais condições terá para
que a Palavra seja acolhida e cultivada em vista de uma boa colheita.
Outro tema, relativo à semeadura e aos terrenos, encontra-se no simbolismo do
joio (E). Se Deus é bom, por que o joio cresce no nosso coração? Por que Deus não
permite que o mal, o joio, seja extirpado do terreno do coração? O modo como Jesus
fala demonstra o perigo de arrancar com o joio a semente boa. Uma cautela indicativa
da necessidade de cultivar o bem para distingui-lo sempre mais do mal.

A semente boa e semente ruim

Se Deus semeou a semente boa em nossos corações, quem semeou a semente do
mal? (E). É a grande questão sobre a origem do mal e da maldade. De onde vem o mal,
que tanto desequilibra a vida humana, a ponto de afetar até mesmo quem acolhe a Boa
Semente da vida divina em suas vidas? Para nós, cristãos e cristãs, que acolhemos a Boa
Semente do Evangelho para cultivá-la em nossos corações, Jesus deixa claro que o seu
cultivo exige duas virtudes: a virtude da perseverança e a virtude da vigilância (E). Para
isso serve a prece do salmista: “confirmai com vigor o vosso servo” (SR). Necessitamos
da força de Deus (vigor) para não cultivar o joio; para jamais cultivar o mal dentro de
nós e sempre cultivar a Boa Semente do Evangelho.
Outra questão: como Jesus explica o mal? Jesus diz que o mal é um “joio”, uma
erva daninha que não precisa ser semeada e cresce em qualquer terreno. Isto significa
que mesmo cultivando a Boa Semente do Evangelho (15DTC-A), o joio pode aparecer em
nosso coração. Diante disso, a necessidade de perseverar no cultivo da semente do
Evangelho sem jamais se descuidar (virtude da vigilância). A segunda explicação de
Jesus é que o mal não vem de Deus; é obra do inimigo, do demônio. E, como toda obra
do demônio, o mal deixa a pessoa cada vez menos humana. Por isso, a necessidade de
sermos socorridos pelo Espírito de Deus, através da oração perseverante (2L), para não
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cairmos na tentação de cultivar o mal, como rezamos na conclusão do Pai Nosso (Mt
6,13).

A fragilidade e a pequenez
A realidade do joio, obra do inimigo, demonstra a dificuldade de a Boa Semente
do Evangelho crescer e produzir frutos. A presença do mal, crescendo junto com a Boa
Semente do Evangelho, é tão complicada que o agricultor não permite que o joio seja
colhido juntamente com o trigo. Será, então, que o joio, o mal, é mais poderoso que a
bondade? Jesus responde esta questão de modo indireto no Evangelho desse 16DTC-A,
com a comparação do grão de mostarda (E). O projeto divino não se impõe pela força,
pela agressividade, mas pelo cultivo silencioso da Boa Semente, por menor que seja.
Um dia, se tornará uma árvore e abrigará as aves, abrigará o sentido da vida orientado e
iluminado pelo cultivo do Evangelho, mesmo que a Boa Semente pareça seja a menor
de tantas sementes; seja uma semente pequena em comparação a sementes que fazem
propostas de vida com riquezas, fama, bem-estar... A colheita não avalia o tamanho da
semente (mostarda), mas a qualidade; e o fruto dessa qualidade é produção do bem e a
bondade entre nós capaz de acolher e alimentar a simplicidade e a fragilidade da vida,
como simples e frágil é a vida dos pássaros (E).
Na segunda comparação, Jesus fala do fermento misturado na farinha para se
fazer o pão, o alimento que sustenta a vida (E). O Evangelho é um fermento que leveda a
massa, leveda a vida. Basta uma pequena porção para que produza a levedura capaz de
fazer crescer a vida. O fermento, assim como a semente, precisa de tempo para produzir
o efeito. Precisa do amor, da paciência e do perdão, atributos divinos cantados pelo
salmista (SR), virtudes necessárias para o coração humano seja levedado pelo fermento
do Evangelho, que sempre é a Boa Semente, e não ser levedado pela semente do joio,
que é um perigo constante (Ecl 8,11). A colheita não acontece na pressa, mas pelo tempo
necessário para que levedura do Evangelho na massa da vida humana produza frutos do
bem e da bondade em toda a sociedade. Um dia (virtude da esperança), acontecerá a
separação do bem e do mal.

Iluminados pela Espiritualidade

A prática da espiritualidade cristã consiste em cultivar a presença divina na vida
pessoal, deixando-se conduzir pelo Espírito Santo de Deus. São Paulo, na 2ª leitura,
propõe que a espiritualidade cristã seja fortalecida pela ação do Espírito Santo na vida
pessoal. Esta, na prática, é a dinâmica, a energia, presente na espiritualidade cristã: não
conduzir nossas vidas pela nosso modo de pensar, mas tornando-nos dóceis ao Espírito
Santo para que ele conduza nosso modo de pensar e de viver.
O fato de o Espírito Santo penetrar no íntimo de nossos corações (2L) garante a
fortaleza e a firmeza diante de todas as adversidades. No texto inspirador destes
apontamentos sobre a espiritualidade litúrgica (2L), o fortalecimento da vida espiritual
acontece pela "oração espiritual", no sentido que é o Espírito que reza em nós. O efeito
de o Espírito rezar em nós, nos torna pacificados e serenados diante de tudo, até mesmo
quando se percebe a presença do joio rodeando nossas vidas ou ameaçando nossa paz
interior.
(SV)
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INTENÇÃO DO MÊS — Julho 2023

Pela vida Eucarística!

Rezemos para que os católicos ponham no centro da vida a celebração da Eucaristia,

que transforma em profundidade as relações humanas e dispõe ao encontro com Deus
e com os irmãos.

A centralidade da Eucaristia, na vida cristã dos católicos, é o mais excelente

modo de cultivar a Boa Semente do Evangelho como fermento na massa, na vida
pessoal e na vida da comunidade. Quando mais nos alimentamos da Mesa da Palavra e
da Mesa da Eucaristia, tanto mais cultivamos a Boa Semente da vida divina em nossas
vidas, e isso faz com que o joio não tome conta de nossas decisões existenciais a favor
do mal e nem da maldade.
Com a centralidade da Eucaristia em nossas vidas, o cultivo das virtudes da
perseverança e da vigilância torna-se mais simples porque a vida cristã é continuamente
iluminada pela Palavra e pela graça da presença divina em nossas vidas pessoais
comungada na Eucaristia.
(Francisco Régis)

CONTEXTO MISTAGÓGICO

As celebrações do mês de julho 2023 proclamam as parábolas sobre o Reino de Deus,

revelado por Jesus e presente no Evangelho. O Reino de Deus só pode ser encontrado
em quem cultiva a semente do Evangelho. Por isso, a pedagogia mistagógica das
celebrações dominicais deste mês de julho 2023 colocam o Evangelho em destaque
apresentando-o como fonte de vida (Pedro e Paulo), como luz (14DTC-A), semente (15DTC-
A e 16DTC-A) e como a pérola preciosa (17DTC-A).

Mantemos a proposta para a pedagogia mistagógica de julho 2023, de iluminar as

celebrações destacando especialmente o Evangelho, presente na Palavra de cada
Liturgia. Neste 16DTC-A, a proposta é apresentar o cultivo do Evangelho no coração
humano (no cento da vida humana), para que o coração — a centralidade existencial da
vida humana — não seja invadida pelo joio do mal e da maldade, mas cresça sempre
mais com o fermento da graça divina, atuante pelo cultivo da Boa Semente do
Evangelho.

Referência para a pedagogia mistagógica de JULHO 2023

Celebrações iluminadas pela mistagogia do “EVANGELHO”

São Pedro e São Paulo = Evangelho: fonte da vida cristã

14º Domingo do TC - A = Evangelho: fardo suave vida cristã
15º Domingo do TC - A = Evangelho: semente plantada no coração
16º Domingo do TC - A = Evangelho: boa semente plantada na vida
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17º Domingo do TC - A = Evangelho: pérola preciosa da vida cristã

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VAMOS CANTAR A CELEBRAÇÃO

NB
As canções sugeridas têm a finalidade de facilitar o repertório da celebração. Normalmente,
propomos cinco canções. Caso, nenhuma seja conhecida, a poesia da letra poderá orientar na
escolha de outra canção. Os números entre parêntesis indicam o número da canção, na lista
após comentário.

Siglas
HL = “Hinário Litúrgico da CNBB” (Livro de canções publicado pela CNBB)
CO = “Cantos e Orações” (Livro de canções publicado pela Editora Vozes, 2004)
CD = CD publicado pela Paulus com cantos do Hinário Litúrgico da CNBB.

ILUMINADOS PELAS CANÇÕES

Nossa opção é por continuar sugerindo as mesmas canções dos Domingos anteriores.
Neste Domingo, em especial, voltamos a propor as mesmas canções do Domingo
anterior (15DTC-A) para enfatizar que a qualidade da Boa Semente do Evangelho é
infinitamente superior ao joio semeado pelo inimigo.

Palavra é semente - (entrada [1 ou 2] // ofertas [1ou 2 ou 3] // comunhão [1 ou 2] // envio [2])

Entrada:
1 – “Envia tua Palavra” (CO 2)
2 – “Toda Palavra é uma semente” (https://www.youtube.com/watch?v=ECXvcdAsEwM&t=22s )
3 – “Em seu templo santo, Deus habita” (https://www.youtube.com/watch?v=4dj0eris420&t=13s )
4 – “Vamos, irmãos, louvar o Senhor” (HL; fasc. 3, p. 321) (CO 1425)
5 – “Alegres vamos à casa do Pai” (https://www.youtube.com/watch?v=ddE4L1KkZMo&t=16s )

Ofertas:
1 – “Semente foi bem escolhida” (CO 517)
2 – “No cuidado da semente” (CO 378)
3 – “As sementes que me deste” (CO 728)
4 – “Muitos grãos de trigo se tornaram pão” (CO 717)
5 – “Minha vida tem sentido” (CO 701)

Comunhão:
1 – “Na mesa sagrada” (CO 398)
2 – “O nosso Deus com amor sem medida” (CO 503)
3 – “Nesta ceia vamos confirmar” (CO 783)
4 – “Jesus eu irei te louvar pela vida” (CO 790)
5 – “Amor e paz eu procurei” (CO 1425)
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Envio:
1 – “Vou cantar teu amor” (https://www.youtube.com/watch?v=NaawsRVL4tY )
2 – “Deus é bom e fiel” (https://www.youtube.com/watch?v=uwNKEW4TbyY )
3 – “Já é tempo de amar” (https://www.youtube.com/watch?v=uwNKEW4TbyY )
4 – “Coração está batendo aqui” (CO 442)
5 – “Vem caminheiro” (CO 797)

O QUE VALORIZAR NA CELEBRAÇÃO

Espaço simbólico: é um espaço simbólico bem simples, destacando o Evangeliário,

relacionando-o com a condição de semente (15DTC-A) que produz frutos bons,
simbolizado na colheita dos ramos de trigos base do espaço simbólico. Nossa sugestão
para o espaço simbólico não menciona o joio, somente o trigo que é colhido por quem
ilumina sua vida iluminada pelo Evangelho. Uma alusão à dimensão escatológica
presente na parábola do joio e do trigo.

Compreendendo o espaço simbólico: o que importa na colheita são os frutos da Boa

Semente do Evangelho semeada no terreno bom do coração humano.

Como compreender o espaço simbólico

Quem vive a vida pessoal iluminada pelo Evangelho, mesmo
que conviva com o joio do mal e da maldade em vários
momentos da história existencial, faz a colheita da Boa
Semente semeada no terreno bom do seu coração,
simbolizada nos ramos de trigo. O que importa, na colheita, são
os frutos da Boa Semente do Evangelho. Esta é uma dimensão
escatológica, da esperança de um dia viver livre do mal,
presente na parábola do joio e do trigo.

Frase celebrativa: sugerimos a frase da 1ª leitura, que apresenta a essência do ser

humano como terreno ideal onde cultivar a bondade que revitaliza a vida.

Frase celebrativa
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“Ensinaste ao teu povo que o justo deve ser humano”

Equipe de acolhida: uma frase de acolhida e despedida para motivar e predispor os

celebrantes a serem semeadores da bondade.

Frase de acolhida
Seja semeador da bondade!
Boa celebração!

Ambientação e pensamento inicial: quanto mais se percebe a presença do mal, tanto

mais necessário se torna cultivar a Boa Semente do Evangelho no coração humano.

Pensamento inicial
Uma celebração para compreender a importância e a
necessidade do cultivo da Boa Semente do Evangelho no
coração humano, quer dizer, na centralidade existencial da vida
humana, para que esta não seja invadida pelo joio do mal e da
maldade, mas cresça com o fermento da graça atuante pelo
cultivo da Boa Semente do Evangelho.

Ritos iniciais

Motivação ritual
A acolhida e o convite dos celebrantes poderão insistir no resultado final da semeadura: a
colheita. Para isso, a importância de dedicar o tempo da vida para cultivar o bem.

Orientação ritual
O rito do ato penitencial inspira-se nas parábolas que Jesus conta no Evangelho. Um ministro
ou o padre faz as invocações de modo calmo e pausado. A aclamação assemblear é feita em
dois momentos: um solo canta a invocação e a assembleia responde com a súplica.

Está sendo introduzida uma súplica na oração do dia

Antífona de entrada:
Antífona de entrada
É Deus quem nos ajuda,
é o Senhor quem defende a minha vida.
Senhor, de todo coração hei de vos oferecer o sacrifício,
e dar graças ao vosso nome, porque ele é bom.

Acolhida presidencial:
Modelo para acolhida presidencial
O Espírito de Deus, que vem em socorro de nossa fraqueza
quando o inimigo pretende semear o joio da maldade em
nossos corações, esteja convosco.

T – Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Monição inicial:
Modelo de monição inicial
Em nossas vidas, acontece a semeadura do bem e do mal, do
joio e do trigo. A insistência, na parábola de Jesus, é pelo
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cultivo da Boa Semente do Evangelho em vista da colheita farta

e abundante do bem para todos nós. Mais importante que o joio
é a colheita farta e festiva do bem que nos torna cada vez mais
humanos.
Supliquemos a proteção divina para sermos livres do mal e
sempre mais dedicados a cultivar a bondade.
(Pausa silenciosa de oração)

Ato penitencial:
Modelo para o ato penitencial
P – Peçamos perdão, para que tendo o coração purificado e
perdoado pela bondade divina nos dediquemos sempre mais
ao cultivo da Boa Semente do Evangelho.

Nós imploramos vosso perdão, Senhor, porque nosso mundo

semeia e cultiva o joio de tantos modos e de modo cada vez
mais intenso entre nós.

Solo – Vós que sois perdão para quem vos invoca:

Todos – Perdoai-nos, ó Pai bondoso!

Nós pedimos vosso perdão, ó Pai, porque não somos fermento

na massa e, tantas vezes, nos omitimos de semear a bondade
e cultivar a esperança diante do mal que nos ameaça.

Solo – Vós que sois perdão para quem vos invoca:

Todos – Perdoai-nos, ó Pai bondoso!

Nós intercedemos vosso perdão, Deus de amor, pelo pouco

testemunho para revelar que em nossos corações foi semeada
a Boa Semente do Reino de Deus.

Solo – Vós que sois perdão para quem vos invoca:

Todos – Perdoai-nos, ó Pai bondoso!

P – Deus Pai bondoso, tenha compaixão de nós, perdoai-nos

porque nem sempre cultivamos a Boa Semente em nosso
mundo, e concedei-nos a vida eterna.
T – Amém!

Rito de glorificação inicial:

Modelo de motivação para o rito do glória
Cantemos a glória divina entre nós, manifestada naqueles que
semeiam e cultivam a bondade em nossa comunidade.

Oração do dia:
Oremos
Ó Deus, sede generoso para com vossos filhos e filhas e
multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos
de fé, esperança e caridade cultivemos com nossas vidas a
Boa Semente do Evangelho guardando fielmente os vossos
mandamentos. PNSJC.
T – Amém!
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Liturgia da Palavra

Motivação ritual
Diante do joio (mal), convidar os celebrantes ao cultivo cuidadoso, perseverante e vigilante da
Boa Semente do Evangelho.

Orientação ritual
Uma vez que a intercessão da assembleia, no rito da oração dos fiéis, vem do salmo
responsorial, pode-se convidar o salmista para que cante a invocação assemblear e os
celebrantes a repetem.

Proposta para a homilia

Objetivo: convidar os celebrantes a compreender que precisamos conviver com o joio, com o
mal continuamente semeado pelos inimigos do bem. O modo de fazer frente ao mal não é pela
agressividade presente numa colheita que arranca a planta da terra, mas pelo cultivo sempre
mais cuidadoso, perseverante e vigilante da Boa Semente do Evangelho.

Clique aqui para ler a HOMILIA

Profissão de fé:
Proposta de monição para o Credo
Nós cremos e vivemos nossa fé na certeza que a força do bem
vence o mal e por isso alegremente dizemos: Creio em Deus...

Oração dos fiéis: Escutai, ó Senhor, a nossa prece!

P – Com toda a certeza e a confiança de nossa fé, de que o Espírito Santo reza em nós
e conosco, elevemos nossos pedidos ao Pai e, repitamos com o salmo responsorial que
o Senhor atenda nossa súplica:

Salmista - Escutai, ó Senhor, a nossa prece!

Todos – Escutai, ó Senhor, a nossa prece!

Nós nos dirigimos a vós, que sois o semeador da vida nova, e vos pedimos que planteis
em nossos corações o vosso Espírito de amor e de bondade.

Salmista - Escutai, ó Senhor, a nossa prece!

Todos – Escutai, ó Senhor, a nossa prece!

Vós que sois a bondade, ó Pai, livrai-nos e protegei-nos de todo tipo de maldade, e em
vossa misericórdia e poder convertei aqueles que semeiam o joio do mal entre nós.

Salmista - Escutai, ó Senhor, a nossa prece!

Todos – Escutai, ó Senhor, a nossa prece!

Em todos os nossos relacionamentos sociais e familiares, nós imploramos vossa ajuda,

Senhor, para que nos tornemos mais humanos e mais justos pela prática do bem.

Salmista - Escutai, ó Senhor, a nossa prece!

Todos – Escutai, ó Senhor, a nossa prece!
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Vós que vês nosso mundo envolto em tantas noites de guerras e violências e
continuamente ameaçado por semeadores do joio, concedei-nos a graça de sermos
semeadores do bem e da bondade.

Salmista - Escutai, ó Senhor, a nossa prece!

Todos – Escutai, ó Senhor, a nossa prece!

Nós, rezamos, ó Pai, para que os católicos ponham no centro da vida a celebração da
Eucaristia, que transforma em profundidade as relações humanas e dispõe ao encontro
com Deus e com os irmãos.

Salmista - Escutai, ó Senhor, a nossa prece!

Todos – Escutai, ó Senhor, a nossa prece!

P – Acolhei nossos pedidos, Pai do Céu, nesta celebração que vosso Filho nos envia a
ser semeadores da bondade, e concedei-nos a graça de não sermos atingidos pelo mal
em nenhum momento de nossas vidas. PCNS.
T – Amém!

Liturgia Sacramental

Motivação ritual
A importância de se dedicar ao cultivo da Boa Semente do Evangelho como modo de não
permitir que o joio do mal e da maldade tome conta de situações existenciais.

Orientação ritual
Pessoas da Pastoral da Reconciliação, que se dedicam a preparar e divulgar o Sacramento da
Penitência na comunidade, podem ser convidadas para levar as ofertas na procissão das
oferendas.

Procissão das ofertas: quem sente a felicidade silenciosa pelo cultivo e pela colheita
do bem na vida pessoal, na vida familiar e na vida da comunidade, pode entrar na
procissão das ofertas e apresentar a Deus, no altar da comunidade, o bem que semeou.

Orate fratres:
Orate fratres
Orai irmãos e irmãs, para que trazendo ao altar do Senhor os
frutos da bondade, semeados por tantos irmãos e irmãs,
possamos oferecer um sacrifício aceito por Deus Pai, todo-
poderoso.

T – Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para a

glória do seu nome, para nosso bem e de toda a Santa
Igreja.

Sobre as oferendas:
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que no sacrifício da Cruz, único e perfeito, levastes à
plenitude os sacrifícios da Antiga Aliança, santificai, como o de
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Abel, o nosso sacrifício, para que os dons que cada um trouxe

em vossa honra possam servir para a salvação de todos.
PCNS.
T - Amém!

Oração eucarística:
Sugerimos proclamar o Prefácio própria da Oração Eucarística VI - D
Tema: "Jesus que passa fazendo o bem"
Proclamar a Oração Eucarística VI - D

Ele sempre se mostrou cheio de misericórdia pelos pequenos e

pobres, pelos doentes e pecadores, colocando-se ao lado dos
perseguidos e marginalizados. Com a vida e a Palavra
anunciou ao mundo que sois Pai e cuidais de todos como filhos
e filhas.

Modelo de monição para a Oração Eucarística

Diante do Senhor Nosso Deus, bom e clemente, silenciemos
nosso coração para adorá-lo.

Preparação para a comunhão

Motivação ritual
Conduzir os celebrantes até a Mesa da Comunhão destacando a semente da bondade divina
em seus corações para poderem cultivar a Boa Semente do Evangelho em suas vidas.

Pai nosso:
Convite para o Pai nosso
O Senhor nos comunicou o seu Espírito para que intercedesse
em nosso favor junto a Deus. Com a liberdade de filhos e filhas,
rezemos como nosso Mestre nos ensinou: Pai nosso...

Abraço da paz:
Proposta de saudação da paz
Porque somos semeadores e cultivadores da bondade no
mundo, saudemo-nos com um gesto de paz.

Convite para a comunhão:

Proposta de convite para a comunhão
Feliz quem se alimenta com o alimento divino para não
fracassar na missão de semear a Boa Semente do Evangelho.
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

T – Senhor, eu não sou digno que entreis em minha

morada, mas dizei uma Palavra e serei salvo.

Antífona de comunhão:
Antífona de comunhão
O Senhor bom e clemente
nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas.
Ele dá o alimento aos que o temem!
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Oração depois da comunhão:

Oração depois da comunhão
Ó Deus, permanecei junto ao povo que iniciastes nos
sacramentos do vosso Reino, para que despojando-nos do
velho homem, passemos a uma vida nova. PCNS.
T - Amém!

Ritos finais

Motivação ritual
Enviar os celebrantes propondo não se ocuparem tanto com o joio, mas mais com o cultivo da
Boa Semente do Evangelho, mesmo sendo do tamanho de um grão de mostarda.

Orientação ritual
O padre poderá propor o compromisso concreto e incentivar os celebrantes a serem sempre e
em todo momento semeadores da Boa Semente do Reino em todos os locais da vida.

A bênção final é composição própria, inspirada na Liturgia da Palavra desta celebração.

Compromisso concreto: incentivar os celebrantes a perceber a importância de cultivar o

Evangelho no coração (no centro de suas vidas pessoais), para que o coração não seja tomado
pelo mal e pela maldade. O mesmo compromisso é extensivo ao cultivo do Evangelho no
coração da comunidade para que o joio do mal não tome conta da vida comunitária.

Bênção e despedida:
Modelo de bênção final
P – O Senhor esteja convosco
T – Ele está no meio de nós

P – Deus, o semeador eterno, que semeou em vós a boa

semente, vos conceda a graça de cultivá-la em suas vidas.

T – Amém!

P – Vos livre de toda semente da maldade que possa cair em

vossos corações e vos conceda a graça da Salvação eterna.

T – Amém!

P – Seja-vos propício e vos conceda a graça do discernimento

para cultivardes a semente do Reino em vossas vidas.

T – Amém!

P – Abençoe-vos o Deus todo-poderoso Pai e Filho e Espírito

Santo.

T – Amém!

A despedida poderá ser feita com a fórmula:

Cultivem sempre a Boa Semente do Evangelho para que o joio

não abafe o bem na vida pessoal e em toda sociedade.
Ide em paz, o Senhor vos acompanhe.
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LITURGIA DA PALAVRA (leituras)

Atenção
No quadro abaixo estamos propondo uma monição geral da Liturgia da Palavra, que poderá ser
feita pelo sacerdote ou pelo comentarista. Esta monição elimina as motivações de cada uma
das leituras.

Estamos diante de uma Palavra proclamada para incentivar-nos a cultivar a Boa

Semente do Evangelho em vista da colheita farta e alegre do bem e da bondade em
nossa comunidade. Diante do joio, plantado pelo inimigo, a necessidade de termos um
coração humano, de acolhermos o Espírito Santo em nós para cultivar a semente do
bem, mesmo que seja pequena como um grão de mostarda.

1a Leitura - Sb 12,13.16-19

Leitura do Livro da Sabedoria

Não há, além de ti, outro Deus

que cuide de todas as coisas e a quem devas mostrar
que teu julgamento não foi injusto.
A tua força é princípio da tua justiça,
e o teu domínio sobre todos te faz para com todos indulgente.
Mostras a tua força
a quem não crê na perfeição do teu poder;
e nos que te conhecem, castigas o seu atrevimento.
No entanto, dominando tua própria força,
julgas com clemência
e nos governas com grande consideração:
pois quando quiseres, está ao teu alcance
fazer uso do teu poder.
Assim procedendo, ensinaste ao teu povo
que o justo deve ser humano;
e a teus filhos deste a confortadora esperança
de que concedes o perdão aos pecadores.

Palavra do Senhor.
T - Graças a Deus!

Salmo Responsorial - Sl 85

Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!

Ó Senhor, vós sois bom e clemente,

sois perdão para quem vos invoca.
Escutai, ó Senhor, minha prece,
lamento da minha oração!
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Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!

As nações que criastes virão

adorar e louvar vosso nome.
Sois tão grande e fazeis maravilhas:
vós somente sois Deus e Senhor!

Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!

Vós, porém, sois clemente e fiel,

sois amor, paciência e perdão.
Tende pena e olhai para mim!
Confirmai com vigor vosso servo.

Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!

2a Leitura - Rm 8,26-27

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos

Irmãos:
O Espírito vem em socorro da nossa fraqueza.
Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir;
é o próprio Espírito que intercede em nosso favor,
com gemidos inefáveis.
E aquele que penetra o íntimo dos corações
sabe qual é a intenção do Espírito.
Pois é sempre segundo Deus
que o Espírito intercede em favor dos santos.

Palavra do Senhor.
T - Graças a Deus!

Aclamação ao Evangelho - Mt 11,25

Aleluia! Aleluia! Aleluia!

Eu te louvo, ó Pai Santo,

Deus do céu, Senhor da terra:
os mistérios do teu Reino
aos pequenos, Pai, revelas!

Evangelho - Mt 13,24-43

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus

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Naquele tempo:
Jesus contou outra parábola à multidão:
O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo.
Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo,
semeou joio no meio do trigo, e foi embora.
Quando o trigo cresceu
e as espigas começaram a se formar,
apareceu também o joio.
Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram:
“Senhor, não semeaste boa semente no teu campo?
Donde veio então o joio?”
O dono respondeu:
“Foi algum inimigo que fez isso.”
Os empregados lhe perguntaram:
“Queres que vamos arrancar o joio?”
O dono respondeu:
“Não! Pode acontecer que, arrancando o joio,
arranqueis também o trigo.
Deixai crescer um e outro até a colheita!
E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo:
arrancai primeiro o joio
e amarrai-o em feixes para ser queimado!
Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!”
Jesus contou-lhes outra parábola:
O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda
que um homem pega e semeia no seu campo.
Embora ela a menor de todas as sementes,
quando cresce, fica maior do que as outras plantas.
E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm
e fazem ninhos em seus ramos.
Jesus contou-lhes ainda outra parábola:
O Reino dos Céus é como o fermento
que uma mulher pega e mistura com três porções
de farinha, até que tudo fique fermentado.
Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões.
Nada lhes falava sem usar parábolas,
para se cumprir o que foi dito pelo profeta:
“Abrirei a boca para falar em parábolas;
vou proclamar coisas escondidas
desde a criação do mundo.”
Então Jesus deixou a multidão e foi para casa.
Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram:
“Explica-nos a parábola do joio!”
Jesus respondeu:
“Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem.
O campo é o mundo.
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A boa semente são os que pertencem ao Reino.

O joio são os que pertencem ao Maligno.
O inimigo que semeou o joio é o diabo.
A colheita é o fim dos tempos.
Os ceifeiros são os anjos
Como o joio é recolhido e queimado ao fogo,
assim também acontecerá no fim dos tempos:
o Filho do Homem enviará seus anjos,
e eles retirarão do seu Reino
todos os que fazem outros pecar
e os que praticam o mal;
e depois os lançarão na fornalha de fogo.
Aí haverá choro e ranger de dentes.
Então os justos brilharão como o sol
no Reino de seu Pai.
Quem tem ouvidos, ouça.

Palavra da Salvação.
T - Glória a vós, Senhor!
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REFLEXÃO CELEBRATIVA (proposta de homilia)

1 – Como colher o bem e evitar o mal

Jesus propõe um dilema na parábola do joio e do trigo, que acabamos de ouvir: como
colher o bem e evitar o mal? Na prática, Jesus está nos colocando diante de uma
realidade existencial: todos nós nos deparamos com o mal. Plantamos o bem e, mesmo
assim, o mal como que nos rodeia de todos os lados. Não é sem motivo que, diante das
ameaças do mal, Jesus conclui a oração do Pai Nosso suplicando a graça divina para não
cairmos na tentação do mal e, juntamente com isso, para sermos livres do mal. A
parábola do joio e do trigo é ainda mais profunda do que simplesmente nos deparar com
o mal perto de nós, como que nos rodeando. Jesus, nessa sua parábola, diz que o mal
está dentro de nós, semeado pelo inimigo. Qualquer um de nós pode compreender que o
mal nem sempre vem de fora, mas está dentro e, por isso, existe em nossos corações.
Pior que isso, o mal é uma semente que pode crescer dentro de nós se dermos
oportunidade ao crescimento do joio. Por que existe o mal? Porque muitos cultivam o
mal em seus corações?

2 – Haverá um tempo próprio da colheita

Diante de um campo repleto de joio, de pragas com ervas daninhas, a proposta dos
agricultores da parábola é arrancar o joio. É a proposta humana: arrancar o mal; isto
exige agressividade porque o mal é resistente. Arrancar o mal pela força. Assim, nascem
as guerras, assim nascem as violências, as agressividades gratuitas, quando se pretende
arrancar o mal de modo violento. A proposta do dono da plantação, o Bom Semeador da
Boa Semente do Evangelho — estamos no capítulo 13 do Evangelho de São Mateus —
é esperar até o tempo da colheita. A Boa Semente do Evangelho foi semeada no terreno
da humanidade e se esta for cultivada cuidadosamente, a colheita do bem irá prevalecer.
No dia da colheita será possível distinguir facilmente o bem do mal. Mas, este não é o
nosso tema, ao menos por agora, porque o tempo da colheita pertence ao Deus, no
julgamento. Para nós, neste momento, o incentivo de Jesus está em cultivar a Boa
Semente do Evangelho apesar do mal que cresce ao nosso redor e dentro de nós.
Cultivar a Boa Semente do Evangelho com perseverança e vigilância. A semente do
mal, o joio, pode causar estragos em nossas vidas, por isso de modo perseverante e
vigilante, cultivar a Boa Semente do Evangelho para colhermos o bem, para colhermos
bondade.

3 – O Evangelho é a luz que ilumina a perseverança e vigilância

Jesus é muito claro ao dizer que o joio, que o mal, vai perdurar até o fim do mundo. Por
isso, ensina a não desanimar diante do mal, mas perseverar no cultivo da Boa Semente
do Evangelho e ficar vigilante para que o mal não sufoque a Boa Semente do Evangelho
que foi semeada em nossos corações. E mesmo que o mal pareça ser maior e mais forte
que o bem, Jesus acende a luz da confiança em nossas vidas: mesmo que o bem que
plantamos seja do tamanho de um grão de mostarda, um dia se tornará uma árvore
grande, onde até os passarinhos irão nela abrigar. Existe ainda outro fator. Como
podemos fazer frente ao mal? Temos duas respostas. Uma resposta encontra-se no final
da 1ª leitura: tornando-nos humanos. Quem cultiva a Boa Semente do Evangelho
humaniza-se, torna-se humano e quanto mais humanos formos, mais parecidos com
Jesus seremos, porque ele foi perfeito na sua humanidade. A outra resposta está na 2ª
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leitura: fortalecer o coração, a vida interior, com a força do Espírito Santo. Ele intercede
conosco e por nós diante do Pai para não cairmos na tentação de cultivar o mal em
nossos corações e nem na comunidade. Amém!

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São José do Rio Preto, maio de 2023
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