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Ensaio Macroeconomia
Ensaio Macroeconomia
Por:
Turma: 1; 2º Ano
Por:
1.1. Introdução
O empreendedorismo tem tido um papel relevante em nosso país, contribuindo não apenas para o
desenvolvimento de familias, mas fazendo diferença criando novas oportunidades de emprego.
1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivo Geral
Compreender o papel do empreendedorismo no combate ao desemprego em
Mocambique – caso de Bairro Ferroviario e Alto mae.
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1.5.2. Objectivos especificos
Descrever as principais causas do desemprego em Mocambique;
Descrever as politicas económicas considera adequadas para a redução do nível de
desemprego em Moçambique.
Descrever os tipos de desemprego;
Descrever a contribuição do comércio informal na África subsariana e no caso de
Moçambique em particular.
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Capitulo 2: REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Revisão da Literatura
Neste capítulo é apresentado uma diversidade de conteúdos teóricos relacionados com o papel
do empreendedorismo no combate ao Desemprego em Mocambique, e a questao no mercado
informal em Mocambique.
2.2. Conceito
Desemprego
De acordo com Reinert, N.J, Citando Garraty o Desemprego é "a condição da pessoa sem
algum meio aceitável de ganhar a vida e os desempregados são pessoas capazes de trabalhar
para satisfazer suas necessidades, mas ociosas, independentemente de sua boa vontade para
trabalhar ou cio que elas possam fazer para atender as necessidades da sociedade”.
Ainda Reinert.N.J afirma que a definição de desempregado, encontrada numa pesquisa mensal
sobre a força de trabalho no Japão, é a "de alguém que não desenvolveu qualquer tipo de
trabalho (ou o fez, mas por menos que uma hora) durante a semana de referência, que procurou
ativamente por trabalho ou esperou pelo resultado da última pesquisa, mas mesmo assim, ficou
disponível para o trabalho."
Segundo (MANKIW, 2013), uma pessoa diz-se desempregada se, num período de referência,
verificar simultaneamente as seguintes condições:
População Activa
A população activa é o conjunto das pessoas que, num período de referência, manifestam
disponibilidade para trabalhar, podendo estar empregados ou desempregados.
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População Inactiva
A população inactiva é o conjunto das pessoas que, num período de referência, não estão
empregadas nem desempregadas. Inclui crianças, estudantes, reformados, e todos aqueles que
não procuram emprego ou não estão aptos para trabalhar.
Taxa de Actividade
A taxa de actividade é o rácio entre a população activa e a população total. Aumentou muito
significativamente na segunda metade do século XX, com a entrada das mulheres no mercado
de trabalho.
A taxa de desemprego
Empreendedorismo
Segundo Schumpeter (citado por FILION,1999) onde expõe que “empreendedorismo está na
percepção e aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos negócios … sempre tem a
ver com criar uma nova forma de uso dos recursos nacionais, em que eles sejam deslocados de
seu emprego tradicional e sujeitos a novas combinações.”
Trabalho
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O trabalho é uma atividade social, necessária ao progresso material e moral da humanidade.
O trabalho é tão antigo quanto à humanidade. Pode-se imaginar que, a partir do momento em
que o homem tenha tomado consciência de sua individualidade, tenha também tomado
consciência do trabalho como atividade indispensável para sua sobrevivência e seu progresso.
O trabalho é uma atividade inerente à condição humana e sempre existiu,independentemente
do modo de produção vigente.
Emprego
O emprego, por sua vez, é uma consequência específica do capitalismo. Ele é o elo formal
entre o trabalhador e o modo de produção capitalista e não com uma organização especifica,
porque o trabalhador é livre para escolher a organização por intermédio da qual sua ligação se
efetivará.
O desemprego friccional é originado pela saída de seus empregos de alguns trabalhadores que
procuram outros melhores, porque algumas empresas estão atravessando uma crise, ou porque
os novos membros da força de trabalho levam um certo tempo procurando emprego.
b) Desemprego Cíclico
c) Desemprego Estrutural
Os desempregados estruturais são aqueles trabalhadores que, por razões de qualificação, não
correspondem às necessidades reveladas pela demanda. A origem desse tipo de desemprego é
encontrada nas contínuas redistribuições de recursos que
Resultam das variações na demanda de produtos, que ocorram no processo de crescimento
econômico. Ou seja, desemprego estrutural, Ue, resulta do facto de o salário real não se
ajustar de forma exacta e imediata ao valor do salário real de equilíbrio. Sendo o salário real
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superior ao valor de equilíbrio (w’>w*), verifica-se um excesso de oferta de trabalho
relativamente à procura, de modo que nem todos os agentes que oferecem trabalho obtêm
emprego.
d) Desemprego Voluntário
Desemprego voluntário: reflecte o fato de que algumas pessoas que estão na força de trabalho
não desejam trabalhar ao nível de salário vigente no mercado.
e) Desemprego Involuntário
f) Desemprego Sazonal
Lazer;
Construção civil;
Turismo;
Agricultura.
g) Desemprego Cessante
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2.4. Principais causas do Desemprego em Mocambique
O desemprego é causado por factores de ordem estrutural ou conjuntural, podendo ainda estar
atrelado a motivações de carácter pessoal.
Além disso, ocorre a criação de novas funções, que exigem maior qualificação do trabalhador,
excluindo uma parcela de indivíduos dp mercado. Dois dos exemplos mais utilizados quando
tratamos desse assunto são a indústria automobilística e a agricultura intensiva.
A condição de desemprego pode ter origem nas crises económicas e políticas que afectam os
investimentos (nacionais ou internacionais, estatais ou privados) realizados em sectores
estratégicos da economia, reduzem a demanda por mão-de-obra ou são responsáveis por uma
onda de demissões em função do quadro de recessão.
A sociedade moçambicana é banhada por chuvas torrenciais de lágrimas de gente que, dia e
noite, gasta assuas energias à procura de emprego, porque o desemprego em Moçambique,
hoje, é uma realidade e um problema bastante sério. De acordo com o IV Censo de 2017,
Moçambique tem uma população de cerca de 28.861.863 habitantes, sendo que 15.061.006 são
mulheres, representando 52%, e 13.800.857 homens, correspondentes a 48%. Deste universo,
a Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM), em 2019, atesta que o índice do
desemprego no nosso país é bastante alto, situando-se em cerca de 24% e atingindo
principalmente a camada juvenil. No entanto, a dificuldade de acesso ao emprego formal não
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é motivada apenas pelas exigências do mercado (como fraca qualificação, empregos limitados),
mas também pela falta de transparência no processo de absorção da força de trabalho
(corrupção: contratos via familiares ou amigos, exigência de pelo menos cinco anos de
experiência, língua inglesa, etc). (Vida Nova, 2020)
O estudo efetuado pela Fundação Kauffman nos EUA, relacionou os empresários que criaram
empresas entre 2005 a 2010 com as taxas de desemprego locais e concluiu que a taxa de
desemprego tem um impacto positivo no número de indivíduos que se tornaram
empreendedores, sugerindo que os desempregados, em geral, são forçados a se tornarem
empresários. Insinua ainda que os empreendedores de "necessidade" advêm principalmente da
situação de desemprego, passando de um "candidato a emprego" para um "criador de emprego"
(Carter, 2004). E, portanto, será comum encontrar mais empreendedores de "necessidade" em
períodos de elevadas taxas de desemprego (Deli, 2011). Dentro desta linha de pensamento, os
empreendedores de "oportunidade" são atraídos para o autoemprego com a identificação de
algumas oportunidades de negócios, e mais propensos a estabelecer novas empresas com
melhores condições económicas (quando a taxa de desemprego é baixa).
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O PPI é um instrumento na base do qual o Estado moçambicano pretendia organizar os seus
recursos para o desenvolvimento do potencial agrário e industrial, para a elevação progressiva
do nível de vida do povo e o reforço da capacidade defensiva de uma pátria socialista (PPI,
1977: 4).
Se é verdade que o PRE logrou reverter a “tendência de regressão do Produto Interno Bruto
(PIB) per-capita, e isto em particular a partir do fim da guerra em 1992, também é verdade que
este crescimento não quebrou a tendência sustentada de redução de consumo privado per-
capita” (Oppenheimer, 1996: 124).
A pobreza tornou-se objeto de preocupação particular a partir de 1989, no segundo ano do PRE
e no contexto da iniciativa dos doadores denominada Social Dimensions of Adjustment (SDA)
que levaria posteriormente à transformação do PRE em PRES. Estas mudanças decorreram da
adopção, em 1984, das políticas das Instituições de Bretton Woods (IBW), nomeadamente, o
Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Por consequência disto as emendas constitucionais de 1990 marcaram o início de uma nova era
em Moçambique caracterizada pelo abandono da economia centralmente planificada para a
adopção da descentralização e do multipartidarismo, e uma série de mudanças que se
manifestaram como consequência do PRE (Abrahamsson, 1994: 66-67).
Moçambique depois de alcançar a independência pautou por adoptar política que concorresse
para desenvolver o seu welfare state, e foi com esse intuito, que entre 2001 a 2005, adoptou o
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(PARPA-I), que no seu cerne pretendia desenvolver a estratégia para a redução da pobreza.
Este plano para a sua efetivação possuía como objetivo estratégico:
Moçambique enveredou esforços de modo que priorizasse áreas como Educação e saúde, para
capitalizar o desenvolvimento humano. Após Moçambique integrar-se no Plano de
Reestruturação Econômica, foi realizado grande esforço para regeneração das infra estruturas
assoladas pela guerra, entre o governo e a RENAMO, assim, foi iniciado um processo de
estabilização e ajustamento estrutural, cujo objetivo é “o restabelecimento de produção e
melhoria dos rendimentos individuais, um processo de reformas profundas no sentido do
lançamento de uma economia proporcionada pela iniciativa privada e pelas forças do mercado”
(PARPA, 2001: 2).
Estas estratégias podem sobremaneira ter um impacto direto nos pobres. A atuação da política
externa visa criar condições para que o sector externo seja um dos instrumentos de sustentação
de crescimento rápido e amplo da economia. Assim dever-se-ia manter e/ou eliminar em jeito
de competitividade, a taxa de câmbio, as barreiras à exportação e importação, criando serviços
de promoção efetiva de exportações tradicionais e não tradicionais.
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A obra de SANTOS (1975) é uma das pioneiras no estudo do sector formal e tem influenciado
as discussões contemporâneas sobre a emergência do sector informal. De acordo com este
autor, citado por ABREU (2007), os espaços dos países em desenvolvimento (como é o caso
de Moçambique) caracterizam-se basicamente por se organizarem em função de interesses
estrangeiros. São espaços descontínuos, instáveis e multipolarizados, marcados por grandes
diferenças em termos de renda. Essas diferenças é que determinam diferentes possibilidades de
consumo entre os indivíduos. O nível de renda é também em função da localização da pessoa,
determinando a situação de cada um como produtor e consumidor. Assim criam-se dois
circuitos (superior e inferior) não só económicos, mas também responsáveis pelos processos
de organização espacial.
Os países da África Subsariana são todos países em vias de desenvolvimento (excepto a África
do Sul), que possui uma economia mais ou menos volátil e com Estados frágeis e instáveis.
Esta realidade dá uma maior importância e visibilidade à economia informal nestes países. Esta
surge como substituto da incapacidade do poder governativo em controlar a situação
económica, social e política. A existência da Economia Informal reflecte um desajustamento
entre os interesses colectivos da sociedade, tal como entendidos pelo Estado, e os incentivos
individuais. O Estado define um modo normal, "formal", de desenvolver a actividade
económica. No entanto, determinados agentes económicos, pesando os benefícios e os custos
inerentes a esse modo de exercício da actividade, optam por não o respeitar. Quanto menores
os benefícios da formalidade e maiores os seus custos, mais provável se torna que os agentes
económicos optem por exercer a sua actividade de modo informal.
O recurso ao comércio informal é mais o fruto de uma necessidade, originada pela retracção
do sector formal que não proporciona novas oportunidades de emprego ou de subsídio de
desemprego.
Nos países da África Subsariana o comércio informal é comum em todas as suas formas e
práticas. Pode-se indicar algumas das características comuns das formas e práticas do sector
informal nestes países:
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A economia informal é constituída por pequenas empresas ou pequenas actividades
domésticas;
A economia informal é praticada na sua maioria por mulheres.
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Capitulo 3: METODOLOGIA
3.1. Metodologia
Esta pesquisa de do tipo Descritiva, de acordo com GIL (2002:45), tem como objectivo
primordial a descrição das características de determinada população ou fenómeno ou, então, o
estabelecimento de relações entre variáveis.
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Capitulo 4: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
4.1. Conclusão
No presente trabalho concluimos que as principais causas do desemprego em Mocambique tem
origem nas crises económicas e políticas que afectam os investimentos, realizados em sectores
estratégicos da economia, reduzem a demanda por mão-de-obra ou são responsáveis por uma
onda de demissões em função do quadro de recessão.
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Capitulo 5: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
5.1. Referências Bibliográficas
BARRETO, L. P. (1998) Educação para o empreendedorismo. Salvador: Escola de
Administração de Empresas da Universidade Católica de Salvador. Retirado de:
https://administradores.com.br/artigos/empreendedorismo-uma-nova-visao-enfoque-no-
perfil-empreendedor
Governo de Moçambique (2001). Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta, 2006-
2009 (PARPA I)
Diniz, M.P. (2009) Empreendedorismo, uma nova visão: enfoque no perfil empreendedor.
Retirado de: https://administradores.com.br/artigos/empreendedorismo-uma-nova-visao-
enfoque-no-perfil-empreendedor
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