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1.

LITERATURA INFANTIL

Cristiane Aparecida Grassmann


Prof. Fernanda trentin Chiamulera
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
PED (0314) – Trabalho de Graduação
03/07/2013

1 INTRODUÇÃO

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A LITERATURA INFANTIL E SUA IMPORTÂNCIA NO COTIDIANO


ESCOLAR

Assim ao aprender a língua, aprendem-se através dela inúmeras outras


idéias: constrói saberes de conhecimentos para o dia a dia. O ser humano desde o
nascimento, vai experimentando viver e conviver no meio em que está inserido através
da expressão, do afeto, da socialização, do brincar, do cantar, da linguagem do
movimento do ouvir histórias e do imaginário.

A literatura Infantil nos convida para despertá-lo no contato com diferentes


emoções e visões de mundo, proporcionando assim, condições para o crescimento
interior e a formação de parâmetros individuais para medir e codificar os próprios
sentimentos e ações.
Regina zilberman:
2

A literatura não contraria a velha lei de Lavoisier, conforme a qual nada se


cria, tudo se transforma. Ainda que se considere que um escritor é um
criador, ele produz uma obra a partir de sua experiência, de leituras e do que
esperam dele. Esse ponto de partida é muito amplo, de modo que as variações
são infinitas, e as obras bastante diferentes entre si. O escritor dispõe também
de grande liberdade, pois, somando experiência e imaginação, ele pode ir
longe, inventando pessoas, lugares, épocas e enredos diversificados.1

Levar a criança a ler, apenas, não é o bastante para formar o hábito da


leitura o que permanece e acompanha a criança ao longo da vida, como uma fonte de
prazer, pois é preciso conscientizá-la dos valores que ela desperta, tornando a
leitura mais interessante aos olhos da criança. Assim, para que uma história prenda
a atenção da criança é preciso despertar sua curiosidade, estimulando sua imaginação.

Ao proporcionarmos brincadeiras para a criança, estamos ao mesmo tempo


oferecendo oportunidades de desenvolvimento de múltiplas habilidades e aquisição de
significativas aprendizagens.
Literatura é arte, ela é importante para o desenvolvimento para o
imaginário da criança.

Os professores dos primeiros anos da escola fundamental devem trabalhar


diariamente com a literatura, pois esta se constitui em material indispensável, que
desperta a criatividade infantil.

A exploração do imaginário, da sensibilidade, da criatividade, conhecer os


livros, autores, dispor de bons livros, estimularem o gosto pela leitura são alguns
requisitos para que a leitura tenha significado, tenham bons resultados.

2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DA MÍDIA EM RELAÇÃO À


LITERATURA INFANTIL.

1
ZILBERMAN Regina . Literatura infantil. Centro Universitário Leonardo da Vinci- Indaial: Grupo Uniasselvi,
2005.
3

A mídia está afastando os alunos dos livros, da leitura, prefere a Televisão,


o computador. A imaginação, a fantasia está desaparecendo, deixando lugar para os
jogos, filmes.

A leitura de obras literárias não está sendo bem explorada, apesar de estar
acontecendo. Não vem sendo utilizada como ferramenta de apoio no processo de
ensino-aprendizagem.

Falta algo para o professor exercer seu papel com plenitude, formando
bons leitores. Isso se deve ao fato dos mesmos não terem sido preparados para isso na
sua formação e hoje não existir uma capacitação continuada que lhes oriente quanto ao
planejamento adequado para a Literatura Infantil.

O uso da mídia apresenta muitas vantagens, mas seu uso está sendo talvez
explorado de maneira incorreta. As pesquisas em laboratórios de informática, traz
muitos benefícios na vida da criança, fazendo com que esteja atualizado no dia a dia ou
seja o conhecimento é fantástico. Podemos aprender brincando o que chamamos de
lúdico.

Ouvir histórias fortalece a capacidade de imaginação, pois ouvindo


estimula o pensar, o desenhar, o criar, o recriar com formas diferenciadas. Vivemos em
um mundo onde as tecnologias oferecem informações prontas e se a criança não tiver a
oportunidade e exercitar o imaginário poderá no futuro ser um ser sem criatividade, sem
sensibilidade para compreender a realidade do mundo que os cerca.

2.3 LITERATURA INFANTIL: DIVERSÃO OU INSTRUÇÃO?

Devido aos meios de comunicação: rádio, TV, internet as pessoas têm


deixado de apreciar um bom livro, porque são de rápida absorção, ao digitalizar um
título o computador envia informações prontas e pesquisadas com muitas informações.
A criança que lê, adquire parâmetros para fazer comparações e selecionar as obras que
lhe parecer melhor, tanto em situações escolares como em situações de sua vida
cotidiana.
4

A imaginação, o sonho de uma criança são fontes que alimentam a


inteligência da criança e sendo assim só tende a contribuir para sua formação. Quando o
professor leva um livro para a sala de aula a criança pretende que esse seja uma forma
de aquisição de conhecimento. A idéia de que a leitura vai fazer bem á criança faz com
que a leitura se torne uma obrigação, mesmo que a obra não lhe diga nada. Ninguém
deve ser obrigado a ler, cabe, então, aos educadores influir o melhor que puder para
despertar o “ adormecido” prazer pela leitura.

Ruth Rocha (1983,p 4) confirma essa ideia quando escreve que:

[...] a leitura não deveria ser encarada como uma obrigação escolar, nem
deveria ser selecionada, vamos dizer, na base do que ela tem de ensinamento,
do que ela tem de ‘mensagem’. A leitura deveria ser posta na escola como
educação artística, ela devia ser posta na escola como uma atividade e não
como uma lição, como uma tarefa. O texto não devia ser usado, por exemplo,
para a aula de gramática, a não ser que se fosse de uma maneira muito
criativa, muito viva, muito engraçada, muito interessante, porque se assim
não for faz com que a leitura fique parecendo uma obrigação, fique
parecendo uma tarefa e aquela velha frase de Monteiro Lobato – ‘ É capaz de
vacinar a criança contra a leitura para sempre’.2

3 AS PRÁTICAS DE LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Quando pensamos em práticas de leitura, podemos enfatizar uma leitura de


textos literários no ambiente escolar. Para refletir sobre algumas práticas e sugerir
atividades ligadas a literatura, é preciso que o educador seja visto como alguém que
conduz a leitura de forma prazerosa.

A prática de leitura de textos no ensino fundamental, passa pela mediação


do educador, é de grande importância que a família esteja incentivando nessa prática.
Não devemos por as responsabilidades apenas no ambiente escolar e sim auxiliar em
casa este tesouro grandioso que é a leitura, pois não cabe somente a escola o papel de
incentivar, devemos estar sempre em conjunto para a formação de cidadãos críticos e
criativos. A literatura infantil pode ser vista como um recurso pedagógico. Isso porque a
prática da leitura, como sugerem os PCN, pode-se:

2
ROCHA, Ruth. Literatura infantil. Centro Universitário Leonardo da Vinci- Indaial: Grupo Uniasselvi, 2012.
162p.
5

[...] ampliar a visão de mundo e inserir o leitor, na cultura letrada; estimular o


desejo de outras leituras; possibilitar a vivência de emoções, o exercício da
fantasia e da imaginação; permitira compreensão do funcionamento
comunicativo da escrita: escreve-se para ser lido; expandir o conhecimento a
respeito da própria leitura; aproximar o leitor dos textos e os tornar familiares
– condição para a leitura fluente e para a produção de textos; possibilitar
produções orais, escritas e outras linguagens; informar como escrever;
ensinar a estudar, possibilitar ao leitor compreender a relação que existe entre
a fala e a escrita; favorecer a aquisição de velocidade na leitura; favorecer a
estabilização de formas ortográficas (PCN, 2000: p. 64-65).3

Na sala de aula, as práticas pela leitura devem ocorrer de forma natural,


sem obrigação. No ensino fundamental o que mais desperta interesse nos alunos são:
fábulas, contos de fadas, lendas, contos populares, poemas, textos teatrais, devem estar
presente nas atividades de leitura. Para seduzir os alunos do Ensino Fundamental o
professor deve fazer o uso de bastante criatividade e ludicidade.

Podemos também sugerir o dia da leitura na biblioteca, eu conto tu


contas. Nesse dia a turma vai para o ambiente bibliotecário e lá, os alunos serão
recebidos pelo encarregado da mesma.

Conhecendo o ambiente biblioteca: o professor indica alguns livros para a faixa


etária dos alunos, respeitando as regras do ambiente quem pega, devolve.
Eu conto, tu contas: os alunos serão sorteados por nome o encarregado da
biblioteca já estará com o copo, depois do sorteio o alunos levarão para casa o livro
escolhido pelos mesmos.

Na próxima semana no mesmo horário iremos para a biblioteca e o aluno


sorteado irá ler o livro que escolheu e no término da história ele será premiado com um
livro sugerido pela coordenadora da biblioteca, e depois sorteará um colega da classe.
Este trabalho será um grande incentivo pela leitura escolar e domiciliar.

3
Parâmetros Curriculares Nacionais, Literatura Infantil. Centro Universitário Leonardo da Vinci- Indaial: Grupo
Uniasselvi, 2000. 64-65p.
6

3.1 A LITERATURA INFANTIL E SUA IMPORTÂNCIA PARA O


DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.

O mundo da literatura infantil é mágico, pois as palavras têm o poder de


nos envolver e transformar de um lugar, imaginação para o real. O real porque se pode
viver, sentir, fluir, aprender, sonhar.

A literatura não significa que ela seja exclusiva para as crianças podendo
ser somente explorada pelos pequenos, na verdade, a literatura infantil acaba sendo
aquela que corresponde de alguma forma, aos anseios do leitor e que identifique com
ele.

Não se deve esperar para começar a despertar o desejo por histórias na


escola, este deve iniciar em casa. Se os pais têm o hábito da leitura à criança imitará o
mesmo, tornando-se um futuro leitor, pois é preciso que desde cedo a criança esteja em
contato com um ambiente rico em termos de livros, leituras e leitores. A leitura
influência na aprendizagem, a mesma deve ser trabalhada de forma que propicie à
imaginação criadora vencendo o medo, o preconceito, a discriminação que está por trás
de textos e ilustrações.

Sabe-se que a literatura infantil é um recurso que possibilita ao educando


participar, interagir, conhecer, agir, criar, transformar a realidade, tornando-o um ser
crítico, no meio social. O educando que constantemente manuseia livros de contos,
histórias, lendas, parlendas e outros ampliam e constrói o seu conhecimento valorizando
ainda mais nosso tesouro educacional, a leitura.

3.2 A IMPORTÂNCIA DE OUVIR HISTÓRIAS


7

Todos nós devemos lembrar-nos de algumas histórias contadas por nossos


pais ou avós, era prazeroso, principalmente quando o contador fazia gestos,
dramatizações. Desperta o interesse em todas as idades, principalmente na criança que
tem capacidade de imaginação intensa.

Para as crianças menores o tempo de concentração é menor devem-se usar


histórias curtas, com figuras claras e cores fortes, onde possam visualizar e fazer o
reconhecimento, pois a criança interage e demonstra interesse batendo palmas, sorrindo,
sentindo medo ou imitando algum personagem. Sendo assim, é de fundamental
importância para a formação da criança que ela ouça muitas histórias desde a mais tenra
idade.

A literatura infantil possui um papel muito importante na formação do


indivíduo, porque em um primeiro momento, essa literatura retrata o simbólico, o qual
passa a fazer parte da leitura do mundo, à medida que a criança cresce. Isso é essencial,
pois a infância se caracteriza por ser o momento fundamental na construção do ser
humano, e a literatura infantil surge como um meio de superação da dependência e da
carência por possibilitar a reformulação de conceitos e autonomia do pensamento.

No século XX houve uma redescoberta da literatura infantil, a psicologia


experimental revela a inteligência com o elemento estruturador do universo que cada
indivíduo constrói dentro de si, e chama a atenção para diferentes estágios de seu
desenvolvimento, sua importância para a evolução e formação da personalidade do
futuro adulto. A partir dessa recente redescoberta, a literatura infantil foi valorizada na
sociedade significativamente, e de amplo alcance na formação de mentes infantis e
juvenis, pois o livro infantil entende como mensagem entre um autor, adulto; e um leitor
criança, em que o ato de ler que completa o fenômeno literário, se transforma em um ato
de aprendizagem, por isso, a literatura está presente em nós, e em nosso cotidiano, para
compreendermos a capacidade humana de criar e se comunicar.

Geralmente o primeiro contato da criança com o texto é realizado


oralmente pelos familiares e a preferida história é desde a gravidez da mãe até o dia de
hoje. A criança adora ouvir como foi que nasceu, os fatos que aconteceram mais
relevantes, e a medida que a criança cresce já é capaz de escolher as histórias que quer
8

ouvir ou as que mais lhe agradam, as histórias que despertam bastante interesses são as
contadas fazendo o uso de fantoches, dedoches, aventais de histórias e outros, a criança
vai além do imaginário e o simbólico.

A brincadeira é o recurso privilegiado de desenvolvimento da criança


pequena por acionar e desenvolver processos psicológicos- particularmente a
memória e a capacidade de expressar elementos com diferentes linguagens,
de representar o mundo por imagens, de tomar o ponto de vista de um
interlocutor e ajustar seus próprios argumentos por meio do confronto de
papéis que nele se estabelece, de ter prazer e de partilhar situações plenas de
emoção e afetividade (OLIVEIRA, 2008, p. 231).4

As histórias abrem caminhos infindáveis de possibilidades de interações e


interlocuções com diferentes contextos. Por meio das histórias, podemos ir a lugares,
conhecer sujeitos, colocar-nos no lugar do outro, encarnar personagens e nos
reconhecermos em personagens preexistentes. Ouvir ou ler histórias nos permitem o
desenvolvimento pleno de nossas potencialidades.

4 ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO ESCOLAR

Normalmente o planejamento escolar está expresso no Projeto Político-


Pedagógico (PPP) da escola. A legislação educacional brasileira sugere que
(professores, funcionários, pais e alunos) estejam participando de sua elaboração.

Organizar e planejar tem um papel fundamental no processo de ensino


aprendizagem e no desenvolvimento de múltiplas áreas de competência do aluno.

Para ensinar o docente precisa ir ao encontro dos interesses do aluno,


pesquisar, planejar e organizar sua aula pautada na idéia de que a escola é um ambiente
de aprendizados e de construções.

O planejamento escolar não pode ser conduzido de forma autoritária e


centralizadora, uma vez que se pretende instituir uma cultura mais democrática e
participativa nos processos desenvolvidos na escola.

4
Parâmetros Curriculares Nacionais, Literatura Infantil. Centro Universitário Leonardo da Vinci- Indaial: Grupo
Uniasselvi, 2000. 64-65p.
9

A escola precisa elaborar planos de trabalho ou planos de ação onde são


definidos seus objetivos e sistematizados os meios para a sua execução bem como os
critérios de avaliação da qualidade do trabalho que realiza.

Em seus artigos 14 e 15, a lei nº9.394/96 da LDB apresenta delimitações


em relação às formas de gestão (BRASIL, 1997, p.13):

Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do


ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os
seguintes princípios:I. participação dos profissionais da educação na elaboração do
projeto pedagógico da escola;II. participação da comunidade escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes. (...)Art. 15 – Os sistemas de ensino assegurarão às unidades
escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia
pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito
financeiro público.5

A educação escolar promove a apropriação de saberes, procedimentos,


atitudes e valores por parte dos alunos, pela ação mediadora dos professores e pela
organização e gestão da escola. A principal função social e pedagógica das escolas é a
de assegurar o desenvolvimento das capacidades cognitivas, operativas, sociais e morais
pelo seu empenho na dinamização do currículo, no desenvolvimento dos processos do
pensar, na formação da cidadania participativa, na formação ética e no estado da
realização coletiva e individual.

O ato de transformar sonhos em realidade objetiva é uma preocupação


marcante de toda pessoa. Em nosso dia-a-dia, sempre estamos enfrentando situações
que necessitam de planejamento, mas nem sempre as nossas atividades diárias são
delineadas em etapas concretas da ação, uma vez que já pertencem ao contexto de nossa
rotina.

5
Parâmetros Curriculares Nacionais: arte / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
10

Planejamento Escolar é o planejamento global da escola, envolvendo o


processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta
pedagógica da instituição. Conforme Baffi (200,p.38),” É um processo de
racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade
escolar.

O planejamento e a organização da escola de educação básica são de


extrema importância, na medida em que se deseja almejar sucesso em sua estruturação
escolar, em suas diferentes necessidades visando à satisfação do corpo docente, da
equipe escolar como um todo e no desempenho dos alunos.

4.1 OS OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL QUE OS PARÂMENTROS


CURICULARES NACIONAIS ESTABELECEM:

Os Parâmetros Curriculares Nacionais estabelecem que os alunos sejam


capazes de compreender a cidadania como participação social e política, posicionando-
se de maneira crítica e responsável nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo
como um meio de mediar conflitos.

Também conhecer os valores do patrimônio sociocultural brasileiro, bem


como aspectos socioculturais de outros povos e nações e posicionando-se contra
qualquer discriminação, seja de raça, cor, crença, de sexo e outras. Ainda tem por
objetivo desenvolver o conhecimento de si próprio, de suas capacidades, físicas,
cognitiva, ética e estética para agir com perseverança e conhecimento no exercício de
cidadania, conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e aprendendo a adquirir
hábitos saudáveis como um importante papel para sua qualidade de vida.

Os PCN estabelecem utilizar as diferentes linguagens, verbal, musical


matemática, gráfica, plástica e corporal como meio para produzir conhecimento e idéias,
interpretando produções culturais em contextos públicos e privados.

Sendo assim utilizar fontes de informações e recursos tecnológicos para


adquirir e construir conhecimento tornando-se cidadãos competentes para com a
sociedade. O papel da escola está em elaborar um projeto educativo definindo seus
11

valores coletivos. Quanto às avaliações estas não devem ser vistas como um castigo e
sim, como um meio do professor avaliar quem fica ou ficou em dúvida no aprendizado.
Os PCN abrem uma nova perspectiva na minimização do fracasso escolar
do que explica Luckesi:

Por sobre o insucesso e o erro não se devem acrescer a culpa e o castigo.


Ocorrendo o insucesso ou o erro, aprendemos a retirar deles os melhores e os
mais significativos benefícios, mas não façamos deles uma trilha necessária
de nossas vidas. Eles devem ser considerados percalços de travessia, com os
quais podemos positivamente aprender e evoluir, mas nunca alvos a serem
buscados. Reiteramos que insucesso e erro, em sim, não são necessários para
o crescimento, porém, uma vez que ocorram, não devemos fazer deles fontes
de culpa e castigo, mas trampolins para o salto em direção a uma vida
consciente, sadia e feliz” (LUCKESI, 1996,p. 59).6
4.2 ÉTICA E CIDADANIA

Educar para a cidadania requer discutir a ética das relações humanas e a


forma de como se comportam no ambiente, na cultura, no trabalho, na saúde, na
sexualidade e nos direitos humanos.

De acordo com os PCN, as “questões éticas encontram-se a todo momento


em todas as disciplinas” ( BRASIL. MEC, 2000, v. 8, p. 93). Isto significa
afirmar que a ética pode ser trabalhada em todas as disciplinas, por
professores das diferentes áreas de conhecimento, o que possibilita uma
reflexão diferenciada sobre os hábitos, atitudes, valores e preconceitos
presentes entre as pessoas.7

Educar para a cidadania os educadores devem incluir conteúdos que o


educando receba conhecimento ao desenvolvimento da personalidade; ao respeito aos
direitos e liberdade do outro; aos princípios democráticos de convivência e tolerância
responsável, á formação para a não violência e para uma cooperação solidária.

Quem não tem uma cidadania, está no mundo marginalizado ou excluído


da vida social, ficando fora do conjunto sociedade. Assim podemos dizer que todo

6
Parâmetros Curriculares Nacionais: Estrutura e Funcionamento do Ensino. Centro Universitário Leonardo da
Vinci- Indaial: Grupo Uniasselvi, (LUCKESI, 1996,p. 59).

7
Parâmetros Curriculares Nacionais: Fundamentos da Educação: Temas Transversais e Ética Centro
Universitário Leonardo da Vinci- Indaial: Grupo Uniasselvi, (BRASIL. MEC, 2000, v. 8, p. 93).
12

brasileiro em exercício de sua cidadania está em direito de influir sobre as decisões do


governo.

Alguns diretos básicos do cidadão são considerados por todas as


conquistas individuais e sociais estabelecidas pela Constituição Brasileira como:

a) Direito á vida: direito de nascer, crescer e viver em sociedade.

b) Direito a Liberdade Física: é o direito de ir e vir.

c) Direitos Políticos: é o direito ativo, ou seja de eleger suas autoridades, direito


passivo ou seja, ser legível para ocupar cargo público.

d) Direito á Liberdade religiosa: todo cidadão tem o direito a escolher sua crença, ou
participar de alguma religião que for de sua vontade.

e) Direito a Liberdade de expressão: é o direito do indivíduo, expressar-se livremente,


sem ser perturbado, nem sofrer censura.

f) Direito a Liberdade de pensamento: direito de pensar e propor opiniões.

g) Direito da Cultura: direito a cultura, crença, ou a valores espirituais como materiais


do indivíduo.

h) Direito á seguridade Social: direito ao emprego, á saúde e a assistência social.

i) Direito á Educação: direito a formação moral, física e intelectual.

j) Direito a Propriedade: A Constituição Federal, em seu art. 5°, XXII, preza o direito
de propriedade. Em seu art. 184, consagra a reforma agrária, que é a distribuição da
terra para o total atingimento da função social da propriedade.

k) Direitos do idoso: Direito aos programas de amparo executados preferencialmente


em seus lares, transporte urbano gratuito aos maiores de 65 anos, art.230 da
Constituição Federal.

l) Direito ao Conhecimento Científico e Tecnológico: ciência e tecnologia são saberes


do ser humano que tiram rendimento para seu conhecimento e vivência em sociedade.

Ninguém nasce cidadão, e sim desenvolve com o convívio em sociedade, e


recebendo educação e conhecimento.
A escola é um espaço onde os alunos devem discutir valores éticos,
entendendo realmente os significados de seus valores éticos e morais, que constituem as
ações que envolvam a cidadania. Para que isso aconteça precisa haver um elo entre
professor e aluno, ou seja, o educador precisa fazer de cada criança um agente de
transformação, crítico e reflexivo.
13

5 CONCLUSÃO

Cada educador vai estruturando e adequando seus planos de aula


observando ás reações das crianças diante das metodologias de ensino empregadas por
ele. As metodologias devem visar o desenvolvimento integral da criança e sempre
adequado a faixa etária da turma com que se está trabalhando.

O lúdico também deve estar presente em alguns momentos. Os brinquedos


as brincadeiras auxiliam no processo de desenvolvimento infantil, fazendo com que a
criança adquira aos poucos autonomia para a resolução de problemas, contar história
com entonação auxilia no desenvolvimento e interesse da criança.

A didática do professor compreende conhecer diversos contextos de


desenvolvimento, sendo um leque aberto de possibilidades de ação educativa que
pontua uma história coletivamente vivida e avalia as práticas já existentes.
Trate-se de um campo de investigação contínuo e não de julgamento, que
contribui decisivamente para a busca de uma proposta pedagogia bem delineada, que irá
resultar na aprendizagem do aluno que não é um mero espectador mas sim um indivíduo
atuante na ação educativa que interage a todo o momento fazendo parte desta arte que se
chama aprendizagem.
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A literatura infantil pode, para muitos, parecerem brincadeira, mas na


realidade é o marco inicial de uma cultura e, por isso, é fundamental fazer parte da
prática pedagógica do professor nas séries iniciais.

Reconhecemos a leitura e sua função no desenvolvimento da criança e


conseguimos descrever o espaço destinado ao aluno, desta forma identificamos as
estratégias utilizadas nas práticas docentes como promotoras do gosto pela leitura.

Percebemos o quanto as crianças prestam atenção no gesticular no


estímulo do professor, pois ele é o agente de formação, uma história contada co
entusiasmo, pois não basta ler devemos demonstrar o carinho pela leitura e mostrar as
ilustrações no decorrer das histórias contadas.

A sociedade como um todo, atende a inúmeras exigências de sistemas


organizacionais. O indivíduo se adapta ao meio em que vive e planeja sua organização
conforme as exigências do coletivo. A escola é um destes sistemas e para o
funcionamento organizacional constante.

É através da escola que o indivíduo irá se transformar em um cidadão,


conhecendo suas responsabilidades e direitos, sabendo que não que não é somente ele,
mas que ele vive em uma comunidade e depende de outras pessoas. Por isso a escola
deve ter instrumentos capazes de formar um cidadão crítico, reflexivo e participativo
dentro da comunidade.

6 REFERÊNCIAS

LUCKESI, Parâmetros Curriculares Nacionais: Estrutura e Funcionamento do


Ensino. Centro Universitário Leonardo da Vinci- Indaial: Grupo Uniasselvi, 1996,p. 59.

OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: Fundamentos e Métodos. São


Paulo: Cortez, 2008.

Parâmetros Curriculares Nacionais: arte / Secretaria de Educação Fundamental.


Brasília: MEC/SEF, 1997.
15

Parâmetros Curriculares Nacionais, Literatura Infantil. Centro Universitário Leonardo


da Vinci- Indaial: Grupo Uniasselvi, 2000. 64-65p.

Parâmetros Curriculares Nacionais: Fundamentos da Educação: Temas Transversais


e Ética Centro Universitário Leonardo da Vinci- Indaial: Grupo Uniasselvi, (BRASIL.
MEC, 2000, v. 8, p. 93).

ROCHA, Ruth. Literatura infantil. Centro Universitário Leonardo da Vinci- Indaial:


Grupo Uniasselvi, 2012. 162p.

ZILBERMAN Regina . Literatura infantil. Centro Universitário Leonardo da Vinci-


Indaial: Grupo Uniasselvi, 2005.

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