Você está na página 1de 69

Voltar para o índice

Índice
INTRODUÇÃO.....................................................................................................6

1 AFINAL, O QUE É ORATÓRIA?.........................................................................8

2 GRANDES ORADORES....................................................................................9

2.1 JESUS CRISTO...............................................................................................9

2.2 ARÃO..........................................................................................................10

2.3 DEMÓSTENES.............................................................................................10

2.4 CÍCERO - MARCOS TULLIUS E CÍCERO...................................................... 11

3 VOCÊ PODE SER UM ORADOR!.....................................................................12

3.1 O MAIOR INIMIGO DO ORADOR.................................................................13

3.1.1 Como controlar o medo de falar em público?......................................14

3.1.2 Como controlar o nervosismo?.............................................................14

4 OS VEÍCULOS DA COMUNICAÇÃO................................................................15

4.1 POSTURA....................................................................................................15

4.2 EMOÇÃO.....................................................................................................16
4.3 GESTOS.......................................................................................................18

4.4 CABEÇA..................................................................................................... 20

4.5 OMBROS....................................................................................................21

4.6 BRAÇOS.....................................................................................................21

4.7 MÃOS......................................................................................................... 22

4.8 PERNAS.....................................................................................................23

4.9 VOZ........................................................................................................... 24

4.10 VOCABULÁRIO.........................................................................................27

5 SEIS COISAS QUE NÃO PODEM FALTAR EM UM ORADOR.......................... 29

6 CUIDADOS COM OS TÓPICOS DAS MENSAGENS..........................................31

7 TRÊS MANEIRAS DE TRANSMITIR UMA MENSAGEM COM SUCESSO..........33

8 TRÊS MANEIRAS PARA MANTER A ATENÇÃO DO AUDITÓRIO...................35

9 TRINTA REGRAS PARA UMA MENSAGEM BEM SUCEDIDA..........................37

10 COMO APRESENTAR-SE DE FORMA CORRETA.......................................... 40

11 ORIENTAÇÕES PARA O COTIDIANO............................................................41


12 DICAS PARA UMA COMUNICAÇÃO EFICAZ............................................... 43

12.1 OS GESTOS COMUNICAM......................................................................... 43

12.2 OS GESTOS COMUNICAM II..................................................................... 44

12.3 OS GESTOS COMUNICAM III.................................................................... 44

13 CUIDADOS QUE O ORADOR DEVE ESTAR ATENTO................................... 46

13.1 A INFLUÊNCIA DAS CORES...................................................................... 48

14 COMO AUMENTAR O PODER DA PALAVRA............................................... 50

14.1 ISTO VOCÊ PODE E DEVE FAZER.............................................................51

14.2 ISTO VOCÊ NÃO DEVE FAZER..................................................................52

15 COMO USAR O MICROFONE?..................................................................... 54

Microfone de lapela........................................................................................55

16 TESTE: VOCÊ SABE SE COMUNICAR COM CLAREZA?............................... 60

AVALIAÇÃO......................................................................................................67

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 68
Curso de Oratória
Por Pastor Samuel Procópio
INTRODUÇÃO

“A música seria a mais belas das artes, se não fosse a


Oratória.”

Este trabalho surgiu no intuito de auxiliar aos que


ministram a palavra de Deus e desejam desenvolver-
se colocando em prática algo que tem sido muito
pronunciado atualmente a oratória que nada mais é
que a arte de falar em público.

Diante desta conjuntura propõe-se como filosofia


trabalhar a habilidade de comunicação e usufruir de
vantagens estratégicas nas situações do cotidiano,
sejam profissionais, sociais ou efetivas.

A proposta está em fornecer aos alunos os instrumentos


e ferramentas para que possam superar o medo,
adquirindo autoconfiança e a transformar o desconforto
em prazer ao falar. Com isso será proporcionado
um treinamento para que logo após o término do
curso, os alunos possam dar prosseguimento no
desenvolvimento de seus recursos pessoais, com
harmonia e segurança.

Voltar para o índice -6-


É mister ressaltar que o orador não nasce feito, e que
a arte de falar bem não é algo que surge do dia para
noite, há a necessidade de se aprimorar diariamente
o que se aprende através da pratica. Por isso, o
progresso da cada aluno está diretamente ligado ao
seu treinamento continuo e a sua força de vontade em
aproveitar as oportunidades de se expor e falar. De
forma geral todos podem atingir o nível da excelência
em suas preleções e obter saudável desenvoltura
comportamental em suas vidas.

Voltar para o índice -7-


1
AFINAL, O QUE É ORATÓRIA?

“Segue ao pé do Bom Pastor cada dia. Nele tens todo


o sustento. Tudo que necessitas na jornada de cada
dia.” (N.L.Zinzendorf)

Ressalta-se que oratória nada mais é do que a arte de


falar em público de forma elegante, precisa, fluente e
atrativa.

Da oratória extrai-se a eloquência que é o dom natural


da palavra, desenvolvido de modo coordenado,
coerente e fluente. Nesta conjuntura há a retórica que é
o estudo teórico e pratico das regras que desenvolvem
e aperfeiçoam o talento natural da palavra, tendo por
base a observação e o raciocínio.

Voltar para o índice -8-


2
GRANDES ORADORES

“Deus ajuda aqueles que se ajudam.” (Benjamim


Franklin)

2.1 JESUS CRISTO

Uma das formas que utiliza-se para a propagação do


evangelho de Cristo é a pregação. Jesus a exemplo
disto foi um pregador distinto de todos os que dantes
dEle pregaram a palavra e os que logo após a sua
vinda ministraram e ministram até os dias hodiernos
a sua santa e inerrante palavra. O Mestre não tinha
púlpito, na maioria das vezes era improvisado sobre
um monte, na popa de um barquinho, junto ao mar
da Galiléia; nas tribunas das sinagogas ou em casas
de amigos. O ministério da pregação tornou-se algo
muito dinâmico e expressivo na vida de Jesus.

Voltar para o índice -9-


2.2 ARÃO

O maior orador de todos os tempos Arão, judeu


nascido no Egito durante um período de opressão.
Este era tão bem conceituado na arte da oratória, ao
ponto de ser reconhecido pelo próprio Deus como
sendo um excelente orador (Êx. 4.14). O interessante
é que a historia bíblica e as pessoas vão concluir que,
através da arte da oratória se consegue prestigiar
bem como desprestigiar. A bíblia menciona que houve
uma ocasião em que Arão conseguiu persuadir toda
a nação judaica, a adorar um bezerro de ouro que
ele próprio confeccionou. Para conseguir convencer o
povo a adorar o bezerro ele utilizou-se de um excelente
discurso.

2.3 DEMÓSTENES

Este estadista foi considerado o maior orador grego.

Inicialmente, como meio de vida, escrevia discursos


para serem lidos nos julgamentos. Era conhecido por
sua timidez e gagueira. Apesar de não possuir grandes

Voltar para o índice - 10 -


dotes físicos ele revelou uma extraordinária força de
vontade e disciplina para superar estes obstáculos,
impondo a si próprio um treinamento muito severo
e rígido. Declamava e discursava com a boca cheia
de pedras e conchas, em frente ao mar. Para o
fortalecimento da voz ele falava mais alto do que o
barulho das ondas.

Com isso conseguiu obter pronuncia perfeita, voz


possante e pronuncia invejável. Projetou-se como
orador político, suas mais famosas obras as serie de
discursos Filipicas e de Corona.

2.4 CÍCERO - MARCOS TULLIUS E


CÍCERO

Intitulado como o maior orador romano e um excelente


prosador. Cícero foi o que mais influenciou os oradores
dos dias hodiernos. Sua extensa obra é reconhecida
pelos variados discursos, pelos tratados filosóficos e
retóricos, pelas cartas e poemas existentes.

Destaca-se, na vida desta grande orador, as famosas


coletâneas de discursos Verrinas e Catlinarias.
Voltar para o índice - 11 -
3
VOCÊ PODE SER UM ORADOR!

“Se parares cada vez que ouvires um cão, nunca


chegarás ao fim do caminho.”

(Autor desconhecido)

Todas as pessoas podem fazer a diferença como


um orador diferenciado dos demais, todos possuem
esta capacidade de desenvolver a arte de falar em
publico. Isso desde que não haja impregnado alguma
deficiência insuperável.

Ninguém por mais que seja bem desenvolvido em suas


faculdades mentais nasce orador, porém, todos os
que são, são porque desenvolveram esta capacidade,
que a seguir será discorrido.

Voltar para o índice - 12 -


3.1 O MAIOR INIMIGO DO ORADOR

O maior inimigo do orador não é a sua aparência,


não são quem sabe suas dificuldades de esboçar
mensagens, o maior inimigo não é a voz que não está
segundo o patamar estabelecido pela sociedade como
sendo a voz ideal. Todos estes podem ser inimigos do
orador, mas não é o maior. O maior inimigo do orador
é intitulado de MEDO. Mas, onde será que origina-se
o medo?

Na maioria das vezes o medo surge devido às


conclusões precipitadas, que vem da imaginação
pessimista e negativas antecipada à apresentação.
O medo é resultado também de falta de conteúdo,
quando surge a oportunidade de falar e o orador não
sabe o que dizer e na maioria das vezes não falar
nada, acaba enrolado as pessoas até o termino da
mensagem que por sua vez não acrescenta nada aos
ouvintes.

O medo tem sua origem no dialogo interno


desequilibrado, ex: será que conseguirei sair bem
nesta apresentação? Há! Eu penso que não nasci para
fazer isto. Há a necessidade de se manter o dialogo
interno equilibrado, pois poderá trazer sérios prejuízos
Voltar para o índice - 13 -
na realização de um boa prédica.

3.1.1 Como controlar o medo de falar


em público?

A resposta é bem mais simples do que se imagina. Só


se controla o medo de falar em publico se preparando
e estudando a cerca do assunto, treinando com o
espelho, câmara de filmagem, gravador de voz, etc.

3.1.2 Como controlar o nervosismo?

Só existe uma forma de controlar o nervosismo que é


utilizando-se de exercícios de respiração com o corpo
solto.

Voltar para o índice - 14 -


4
OS VEÍCULOS DA COMUNICAÇÃO

“O problema não é o barulho dos maus, mas o silêncio


dos bons.”

Compara-se o discurso como sendo uma locomotiva


com cinco vagões, o vagão postura; vagão emoção;
vagão gestos; vagão vocabulário e vagão voz. Veremos
logo após cada um destes de forma mais detalhada.

4.1 POSTURA

A postura está relacionado a posição do corpo. Esta é


observada por todo o tempo pelo auditório. Através da
postura equilibrada, bonita e harmoniosa do orador
o auditório desenvolve suas expectativas e isto traz
resultados positivos ao mensageiro da palavra.

Voltar para o índice - 15 -


Porém, as expectativas são frustrantes quando o
orador não tem postura equilibrada, desajustada, feia
e sem harmonia.

Quando estes tipos de situações ocorrem o auditório


perde o interesse de ouvir, perdem o interesse de ouvir
mesmo quando antes não saia sequer uma palavra da
boca, criando desta forma um nível de desatenção e
dispersão muito grande, fato que prejudica de forma
direta todo o desenrolar da prédica.

A postura pode transmitir segurança, insegurança,


habilidade e inabilidade. Mas, como se ter um boa
postura? É bem mais simples do que se pode imaginar
o ponto X da postura são os ombros, é importante
saber mantê-los sempre bem alinhados.

4.2 EMOÇÃO

O segundo veiculo de uma comunicação correta é a


emoção.

Esta precisa ser bem equilibrada, pois é através dela


que o orador vai agir em harmonia com os seus
Voltar para o índice - 16 -
ouvintes, sem agressividade ou passividade. Um estado
emocional desequilibrado pode trazer sérios prejuízos,
tornando o auditório agressivo, demonstrando
resistência e falta de atenção à mensagem pregada.

Uma emoção equilibrada é de grande valia, pois


desarma o auditório. Um exemplo claro verifica-se se
o orador é convidado para discursar em um ambiente,
onde os ouvintes em sua maioria estão tensos e tristes,
no momento em que ele vai se apresentar deverá se
portar com sua plateia com uma emoção equilibrada,
através do bom humor, do riso sincero; recorrendo a
estas técnicas o auditório será apto o suficiente para
ouvir o seu discurso.

O orador no desempenho de suas funções precisa


trazer impregnado em seu ser uma fonte do humor
que será utilizada no intuito de envolver a plateia, se
ele for bem humorado certamente fará com que o
seu discurso seja engraçado, divertido, interessante a
acima de tudo eficaz.

O orador jamais deve se apresentar quando perceber


que seu estado emocional desequilibrado. A emoção
é oscilante, exatamente por isso é preciso se utilizar de
alguns exercícios, para erguê-la quando se perceber
Voltar para o índice - 17 -
que seu estado está fora do normal. Diante destas
questões torna-se mister fazer caminhadas, praticar
algum esporte ou fazer alguma outra atividade
relaxante. Estas atividades ajudará a diminuir a tensão
e com isso melhorar o seu estado emocional para a
apresentação do discurso.

Nesta conjuntura uma das melhores formas que se


tem para se manter um bom humor é através da
técnica de se manter o interior divertido, isto é manter-
se sempre rindo interiormente, porém se houver
alguma dificuldade de utilizar estas técnicas, poderá
usufruir de outra técnica a de pensar em alguma coisa
engraçada antes de se apresentar, pode-se pensar
em alguma brincadeira, uma história, uma música ou
um fato qualquer e desde que seja humorado.

4.3 GESTOS

Os gestos são os movimentos do corpo. Estes são de um


grau de importância muito grande no desenvolvimento
de uma prédica com os resultados almejados, por isso
há a necessidade de se utilizar destes movimentos
com naturalidade e consciência para não se provocar

Voltar para o índice - 18 -


devaneios no auditório.

Existem dois tipos de comunicação – a comunicação


verbal e a comunicação não verbal que não se utiliza
da voz para se comunicar.

Um estudo realizado pelos norte americanos concluiu


que os gestos carregam a maior porcentagem do
potencial de um discurso, veja a seguir de forma mais
detalhada cada um destes fatores.

• Palavras: são as responsáveis por 7% da capacidade


de convencimento de um discurso;

• Voz: é a responsável 38% da capacidade de


convencimento de um discurso;

• Gestos: estes representam 55% da capacidade de


convencimento de um discurso.

Com base nesta pesquisa percebe-se que os gestos


são os responsáveis pela maior porcentagem de
convencimento na transmissão do discurso. Por
esta razão é necessário tomar muito cuidado com
eles, principalmente com os prejudiciais que são:

Voltar para o índice - 19 -


balanço excessivo do corpo, movimento desordenado
constantemente, estes gestos indicam insegurança,
nervosismo e falta de convencimento e falta de
habilidade.

Estas atitudes atrapalham o poder de persuasão ou


convencimento do orador durante a apresentação
do discurso, necessário que o orador seja atento aos
gestos e também atento aos membros do corpo,
cabeça, ombros, braços, mãos e pernas.

4.4 CABEÇA

A posição da cabeça representa o ajuste de todo o


corpo. É considerando a importância da cabeça que
ressalta-se que esta em momento algum durante a
prédica deve ficar inclinada para um dos lados do
corpo, não deve ficar excessivamente erguida e nem
excessivamente inclinada; quando fora do nível a
cabeça causa uma desarmonia em toda a postura.

Na maioria das vezes quando a cabeça está


excessivamente baixa indica inferioridade, desanimo,
angustias e falta de vontade para se pronunciar.

Voltar para o índice - 20 -


Os gestos demonstrados pela cabeça são muito
importantes para afirmar e para negar.

4.5 OMBROS

Conforme já mencionado anteriormente os ombros


são de grande valia para o desenvolvimento da postura
e estes devem sempre estarem bem alinhados.

4.6 BRAÇOS

Os braços durante uma prédica, não devem ficar


cruzados, pois isto demonstra para a plateia que o
orador está fechado para receber idéias. Se o discurso
for interativo, demonstra ao publico ouvinte altivez,
desinteresse pelo auditório e superioridade. Os
braços não podem ficar em constantes movimentos
demonstrando um mau hábito ou irritabilidade.

Voltar para o índice - 21 -


4.7 MÃOS

As mãos tem sido a causa de preocupações de muitos


ministros da palavra do Senhor, muitos não sabem a
posição que devem ter, onde deve-se deixá-la durante
a apresentação. Na arte da oratória não existem regras
quanto ao posicionamento das mãos, mas todavia
existem dicas que podem auxiliar no bom uso das
mãos a exemplo disto menciona-se o ponto zero.

Os movimentos das mãos transmitem uma série de


mensagens que a seguir são descritas:

• Mão aberta com a palma voltada para cima significa


disponibilidade para recebimento e interesse pelo
assunto. Com a palma voltada para baixo com alguns
resumidos movimentos indica pedido de calma;

• Mão aberta com a palma voltada para baixo com


movimentos para lateral indica rejeição, afastamento
e remoção;

• Mão aberta com o polegar pressionado indica força,


vigor e energia.

Voltar para o índice - 22 -


4.8 PERNAS

O posicionamento das pernas tem sido um fator de


essencial valor na condução do discurso. O adequado
posicionamento das pernas indicam maturidade,
enquanto que mau posicionamento das mesmas
indicam imaturidade do ministrante. Durante a
exposição da palavra é mister evitar algumas coisas
que a seguir são detalhadas:

• Deve se evitar o balanço ou a batida das pernas,


pois isto indica nervosismo;

• Cabe evitar apoiar o corpo sobre uma das pernas,


pois isto indica falta de habilidade

No uso correto das pernas o correto é manter a sola do


pé inteira no chão, transmitindo a sobriedade, o mau
posicionamento das pernas acarreta sérios prejuízos
no processo da comunicação.

Voltar para o índice - 23 -


4.9 VOZ

A voz tem sido um importantíssimo instrumento no


desenvolver das ministrações. A voz carrega o raio X
da alma, é por causa disto que por telefone por vezes
se consegue perceber o estado emotivo da pessoa na
qual se está falando, isto só é possível por causa da
voz e da sua tonalidade.

A voz indica diretamente ou indiretamente a dor que


perscruta no ser das pessoas, esta também demonstra
alegria, desanimo, nervosismo e tristeza. São poucos
os que conseguem disfarçar a voz para esconder os
sentimentos. A tonalidade da voz constitui um fator
indispensável na comunicação a exemplo disto a
seguir são destacados alguns pontos essenciais de
serem observados durante a prédica.

• Falar alto tem sido um comportamento típico de


quem procura mesmo sem querer chamar a atenção
dos que estão a sua volta, na maioria das vezes estas
atitudes estão diretamente relacionadas a imaturidade
de muitos que não procuram se informar para o
desempenho eficaz e eficiente da prédica;

Voltar para o índice - 24 -


• Falar muito baixo quando utilizada sem cuidados
indica em sua maioria medo, insegurança, sentimento
de impotência perante os ouvintes.

• Falar com mansidão está associada a tristeza ou


a alguma raiva escondida ou sentimento de ser um
orador desinteressante.

Diante destas questões é primordial que a voz deve


se moderada, demonstrando a firmeza e a sabedoria
de quem fala. Não pode ser monótona, pois assim
finda cansando o auditório em pouco tempo, a voz
é um recurso importantíssimo na condução de uma
mensagem.

Diante desta conjuntura o que é necessário fazer


para melhorar a voz? É bem simples, primeiramente
é importante utilizar bem a respiração, intensidade,
velocidade e entonação, a seguir são detalhados cada
um desses de modo que facilite o entendimento.

• Respiração – para que a voz do orador seja agradável é


mister que respire de forma correta. Existem oradores
que costumam falar quando estão inspirando, e
continuam falando mesmo depois de o ar haver
acabado, não utilizando o ar de forma correta. Deve-
Voltar para o índice - 25 -
se durante a fala utilizar-se do diafragma.

• Intensidade – é de primordial valor fazer-se


treinamentos para não pronunciar as palavras aos
berros, nem sussurros desordenados para o auditório,
pois estas duas maneiras se pronunciar pode irritar
o auditório gerando perda de interesse de ouvir
o orador, levando-os a desviar a sua atenção do
conteúdo concentrando-a nos motivos dos berros e
dos sussurros.

• Velocidade- cada tipo de discurso exige uma


velocidade determinada na pronuncia das palavras.
Existem quatro graus de velocidades mais utilizados a
rápida, a muito rápida, a lenta e a muito lenta. Vejamos
cada uma dessas a seguir.

I. Rápida – usada para festividade de jovens e para


reuniões de avivamento;

II. Muito rápida – utilizada para narrações de jogos;

III. Lenta – usada para mensagens reflexivas como


poesias e contos;

Voltar para o índice - 26 -


IV. Muito lenta – utilizada para provocar o sono na
plateia.

4.10 VOCABULÁRIO

Questões relacionadas ao vocabulário são de


indispensável valor na comunicação. Pois é através
dele que se transmitem as idéias.

Quando o vocabulário é deficiente jamais se consegue


transmitir o que se pensa e imagina.

O vocabulário ideal é aquele que não é difícil e


nem truncado, bem como não é complicado ou
excessivamente sofisticado. O vocabulário não deve

Voltar para o índice - 27 -


ser pobre e vulgar – o auditório não é atraído por
palavras bonitas, mas sim por um bom discurso. O
melhor vocabulário é aquele que é compreendido por
todas as classes sociais e não apenas por algumas,
o vocabulário deve ser semelhante ao utilizado nos
telejornais.

Voltar para o índice - 28 -


5
SEIS COISAS QUE NÃO PODEM FALTAR
EM UM ORADOR

I. Naturalidade – o orador deverá se esforçar o máximo


que pode para transmitir aos ouvintes a beleza e a
naturalidade, para que jamais se torne um orador
robotizado;

II. Humildade – o orador deve ser simples, jamais


deve demonstrar soberania ou soberba, porque estas
atitudes provocam resistência no auditório;

III. Conhecimento – quem não tem o que dizer só tem


um direito que é o de ficar calado;

IV. Entusiasmo – o orador precisa transmitir ao auditório


calor humano, sempre vibrante durante o discurso;

V. Habilidade – o orador deve portar-se com plateia

Voltar para o índice - 29 -


demonstrando que é um bom comunicador e que
sabe o que está fazendo;

VI. Estilo – o orador não deve se vestir como um


palhaço, papagaio, nem como um andarilho, de forma
que a veste chame a atenção do auditório do que a
sua mensagem, mas também não deve exagerar na
elegância.

Voltar para o índice - 30 -


6
CUIDADOS COM OS TÓPICOS DAS
MENSAGENS

• Fortes

• Médios

• Fracos

O orador em momento algum deve começar bem e


terminar mau o seu discurso, este precisa sempre ter ao
final da apresentação algo melhor do que no inicio da
mesma. Para que tais medidas sejam implementadas
com êxito na prédica é de primordial valor saber dividir
bem a mensagem e fazer uma boa apresentação dos
seus tópicos. É aconselhável usar o tópico que tem o
conteúdo mediano primeiro, o tópico fraco no meio
do discurso e o tópico forte por ultimo – no final do
discurso; agindo desta forma o final da mensagem

Voltar para o índice - 31 -


será melhor do que o início.

Torna-se de primordial valor que o orador fique atento


com as ilustrações, não as usando em excesso, bem
como não permitir que uma ilustração ocupe um
tempo demasiadamente grande de maneira que as
ilustrações sejam maiores que o discurso.

Voltar para o índice - 32 -


7
TRÊS MANEIRAS DE TRANSMITIR UMA
MENSAGEM COM SUCESSO

I. Elogiando o auditório – esta desarma o auditório e


o torna mais receptivo a mensagem;

II. Fazendo uma boa introdução – esta deve ter o


motivo, objetivo e lucro:

• Motivo – este diz respeito ao porquê do discurso ou


porque do tema escolhido para ser transmitido;

• Objetivo – este visa o que se almeja alcançar através


da transmissão da mensagem;

• Lucro – visa mostrar ao auditório os objetivos que o


auditório terá ao ouvir a mensagem a ser transmitida.
Jamais deve-se esquecer que o mundo onde vive-se
é dominado pelo interesse no lucro – quanto maior o

Voltar para o índice - 33 -


lucro maior o interesse humano.

III. Observar o publico alvo no discurso – uma


exemplificação deste caso sã os jovens que gostam
de ouvir mensagens desafiantes, que falam sobre
sucesso e o futuro, já os idosos preferem ouvirem
mensagens que falam sobre o passado, historias
antigas, etc. Enquanto que o publico feminino gostam
mais de ouvirem sermões sentimentais ou emotivos.

Voltar para o índice - 34 -


8
TRÊS MANEIRAS PARA MANTER A
ATENÇÃO DO AUDITÓRIO

I. Criando expectativas no auditório, exemplo “se


desejas ouvir uma mensagem diferente de todas que
ouviu, a mensagem desta reunião impactará a sua
vida;”

II. Demonstrando segurança e conhecimento do


assunto;

III. Prometendo brevidade e cumprimento, para não


apresentar um discurso modelo espada.

Conta-se que ao termino de uma de suas discursos


o orador foi surpreendido por um de seus ouvintes,
que aproximou-se dele dizendo: “o seu discurso de
hoje foi semelhante a uma espada”. O orador diante
destas palavras ficou muito feliz e empolgado, sabendo

Voltar para o índice - 35 -


que a espada é uma poderosa arma e acreditando
que seu discurso fora considerado pelo ouvinte
como poderoso, para não ter dúvidas sobre o elogio
recebido interrogou ao ouvinte o porquê de comparar
seu discurso a uma espada? O ouvinte respondeu:
“seu discurso foi modelo espada porque foi comprido
e chato”. É importantíssimo tomar cuidado com os
sermões espada.

Voltar para o índice - 36 -


9
TRINTA REGRAS PARA UMA MENSAGEM
BEM SUCEDIDA

I. Evite as gírias;

II. Evite as piadas;

III. Evite repetir as mesmas palavras constantemente;

IV. Evite desculpas;

V. Evite tirar e colocar os óculos constantemente;

VI. Evite exageros de imitações;

VII. Não mexer no cabelo em demasia;

VIII. Evite o auto - elogio;

Voltar para o índice - 37 -


IX. Não se afaste do tema;

X. Evite repousar o olhar no chão;

XI. Evite colar o olhar no teto;

XII. Evite a monotonia;

XIII. Não exagere no bom humor;

XIV. Não seja malicioso;

XV. Não use hostilidade;

XVI. Evite acusação;

XVII. Evite falar quando não estiver bem


emocionalmente;

XVIII. Evite firmar posições sobre temas polêmicos;

XIX. Não seja orgulhoso;

XX. Não fale muito baixo;

Voltar para o índice - 38 -


XXI. Não fale muito alto;

XXII. Evite delongas;

XXIII. Evite gracejos excessivos;

XXIV. Não transforme o púlpito em um saco de


pancadas;

XXV. Evite abotoar e desabotoar o paletó


excessivamente;

XXVI. Evite andar muito;

XXVII. Evite o dedo em riste, ou seja, apontar o dedo;

XXVIII. Não fale depois de acabado o conteúdo;

XXIX. Não subestime o auditório;

XXX. Não agir com arrogância nem antes nem depois


de terminar o discurso.

Voltar para o índice - 39 -


10
COMO APRESENTAR-SE DE FORMA
CORRETA

Compreende-se que para se criar uma boa imagem


é necessário que haja um planejamento. Toda pessoa
é julgada pela sua aparência, uma aparência bem
cuidada é de grande valor para o orador. O mundo
respeita quem se apresenta bem, isto revela adequação
ao ambiente, elegância, refinamento e classe.

Independente da categoria social. O oposto é verdadeiro.


Na questão da imagem é necessário dosar ousadia e
agressividade. Se assertivo evitando qualquer exagero
e a melhor medida. Muita agressividade assusta e
muita passividade decepciona.

Voltar para o índice - 40 -


11
ORIENTAÇÕES PARA O COTIDIANO

“Palavras bondosas, joviais, animadoras demonstrar-


se-ão mais eficazes do que os melhores remédios.”

(Autor desconhecido)

• Aparência e valores devem estar lado a lado; não basta


apenas ter uma boa imagem fisicamente e agradável,
é necessário ter ética, dignidade, credibilidade e
controle emocional.

• Boas maneiras são fundamentais, por isso não


deve se esquecer das quatro palavras poderosas –
obrigado (a), por favor, com licença e desculpe. Estas
são necessárias em todos os momentos da vida e em
variados lugares.

• Adotar estilo clean, discreto, porém refinado, cabelos

Voltar para o índice - 41 -


cuidados, roupas básicas e de bom caimento.

• A atenção ao peso e excesso ou falta pode influenciar


numa boa imagem.

• Cuidados com perfumes, sempre os utilizando de


forma sutil.

• Nos guarda-roupas das mulheres devem-se evitar


os modismos, preferindo o estilo clássico.

• Para homens as meias devem combinar com a cor


do sapato ou com a calça, não se deve combinar com
a cor da camisa ou da gravata. Meias brancas somente
com calças brancas, o contrário soa retrógrado.

• O cinto deve ser da mesma cor do sapato para os


homens e para as mulheres.

• Exercícios físicos e cuidados dietéticos são de grande


necessidade.

Voltar para o índice - 42 -


12
DICAS PARA UMA COMUNICAÇÃO
EFICAZ

“Deus nem sempre chama pessoas qualificadas, mas


sempre qualifica as pessoas que chama.”

(Autor desconhecido)

12.1 OS GESTOS COMUNICAM

• Não coloque as mãos nas costas;

• Não cruze os braços;

• Não coloque as mãos nos bolsos;

• Faça gestos coerentes;

Voltar para o índice - 43 -


• Cuidado com a interpretação dos gestos;

• Não seja severo ao gesticular.

12.2 OS GESTOS COMUNICAM II

• Coçar a Cabeça = dificuldade de se comunicar ou


resolver questões.

• Mãos no peito = narcisismo, defender seus direitos...

• Levantar o indicador = desejo de se comunicar e dar


o melhor de si.

• Coçar a Orelha = insatisfação pessoal e carência


afetiva.

12.3 OS GESTOS COMUNICAM III

• Puxar a ponta do bigode = insatisfação; busca do


eu; estimula a imaginação.

Voltar para o índice - 44 -


• Tocar as mãos com a ponta dos dedos = caráter
doce, terno, romântico.

• Gestos largos e agitados = ansiedade; confusão


interior; tendência a histeria.

• Ausência de gestos = insensíveis, apáticos, pouca


disponibilidade.

Voltar para o índice - 45 -


13
CUIDADOS QUE O ORADOR DEVE ESTAR
ATENTO

• Não utilize recursos visuais em excesso.

• Não substitua o homem pela máquina.

• Não faça transparências ou slides com muitas


palavras.

• Vá prevenido com extensão, transformador.

• Observe o uso do microfone.

• Nunca pegue no microfone se você estiver na água...

• Nunca chegue na hora. Chegue antes da hora.

Voltar para o índice - 46 -


• Cuidado com a aparência...

• Prepare-se para toda sorte de imprevistos. Queda de


luz; bêbados; desmaios; esquecer o sermão; barulhos...
etc.

• Olhe bem o que vai pregar, quando pregar sermões


de outros..., cuidado com as imitações.

• Não cruze os braços.

• Não coloque as mãos nos bolso

• Não coloque as mãos atrás das costas.

• Cuidados com a voz - garganta:

• Não grite; Tome jato de água fria após o banho;

• Não tome ou coma nada gelado;

• Evite correntes fortes de ar;

• Não ande com sapatos molhados;


Voltar para o índice - 47 -
• Nada deve impedir a boa respiração: postura,roupas
apertadas;

• Ter regularidade no comer; repousar cedo e o


suficiente.

• Tenha certeza que a mensagem está de acordo com


o seu público.

13.1 A INFLUÊNCIA DAS CORES

O uso de cores acelera o aprendizado e aumenta a


motivação.

• Vermelho = Estimula

• Azul = Acalma

• Amarelo = Atenção

• Verde = Crescimento

• Cinza = Estabilidade

Voltar para o índice - 48 -


13.2 PENSAMOS

70% Passado 25% Futuro

5% Presente

Voltar para o índice - 49 -


14
COMO AUMENTAR O PODER DA
PALAVRA

“O homem que lê é cheio. O homem que escreve é


exato. O homem que fala é pronto.”

• Ler mais (principalmente a Bíblia).

• Usar o dicionário bíblico.

• Evitar as palavras complicadas.

• Pronunciar frases com sentido.

• Pedir para outros corrigirem seus erros.

• Nunca usar palavras de significado desconhecido


para você.

Voltar para o índice - 50 -


• Tenha certeza que a mensagem tocou profundamente
em você primeiro.

• Mude de vez em quando o tom e a intensidade da


voz.

(Ênfase, Ritmo.)

14.1 ISTO VOCÊ PODE E DEVE FAZER

• Usar de bom humor apropriado na apresentação.

• Descobrir as necessidades do grupo.

• Procurar de início, coisas em comum ou pessoas


conhecidas.

• Use recursos visuais quando possível.

• Faça contato visual com o maior número de pessoas


possível.

• Tenha pelo conhecimento do que vai apresentar.

Voltar para o índice - 51 -


• Use gestos apropriados.

• Ficar dentro do assunto.

• Sempre use uma ilustração, uma história ou uma


experiência.

• Usar a Bíblia é essencial, pelo menos um texto.

14.2 ISTO VOCÊ NÃO DEVE FAZER

• Não contar piadas.

• Púlpito não é “metralhadora” nem é fuzil...

• Não use recursos visuais em excesso.

• Não use slides ou transparências com muitas palavras.

• Não ignore as reações do público.

• Não entre em debates.

Voltar para o índice - 52 -


• Não diga coisas sem ter certeza.

• Não ignore o conhecimento do público.

• Não pergunte se pode continuar ou terminar o


sermão.

Voltar para o índice - 53 -


15
COMO USAR O MICROFONE?

Seria difícil imaginar os dias de hoje sem a presença


do microfone. Sua utilidade é incontestável. Ele
permite que a comunicação do orador seja mais
natural e espontânea, possibilitando falar a grandes
plateias da mesma forma como se conversa com
uma ou duas pessoas. Mesmo possuindo todas essas
qualidades, o microfone, muitas vezes, é visto como
um terrível inimigo, chegando a provocar pânico em
determinados oradores, principalmente naqueles
menos habituados com a tribuna. Isso ocorre por
não se observar certos procedimentos elementares,
mas de capital importância a uma boa apresentação.
Vejamos, de forma resumida, o que deve ser feito para
o bom uso do microfone:

Voltar para o índice - 54 -


Microfone de lapela.

Este tipo de microfone praticamente não apresenta


grandes problemas quanto à sua utilização; ele é
preso na roupa por uma presilha tipo “jacaré”, de fácil
manuseio. É muito útil quando se pretende liberdade
de movimentos na tribuna. Para usá-lo bem, basta
atentar aos itens que passaremos a comentar.

• Ao colocá-lo na lapela, na gravata ou na blusa, procure


deixá-lo na altura da parte superior do peito, pois ele
possui boa sensibilidade e a essa distância poderá
captar a voz com perfeição.

• Enquanto estiver falando, não mexa no fio. É comum


observar oradores segurando, enrolando, ou torcendo
o fio do microfone. Já presenciamos casos que se
mostraram cômicos; em um deles, sem perceber,
o orador começou a enrolar o fio do microfone e,
quando chegou ao final da apresentação, assustou-
se ao verificar que esta com mais de dois metros de
fio nas mãos.

• Outra precaução importante a ser tomada ao usar

Voltar para o índice - 55 -


o microfone de lapela é a de não bater as mãos ou
tocar no peito com força, próximo ao microfone,
enquanto estiver falando, porque esses ruídos
também são ampliados, prejudicando a concentração
e o entendimento dos ouvintes.

• É perigoso fazer comentários alheios ao assunto


tratado de qualquer microfone, porque sempre
poderão ser ouvidos. No caso do microfone de lapela
o problema passa a ser muito mais grave por causa
da sua alta sensibilidade. Ele permite captar ruídos a
uma considerável distância. Isto sem conta que, preso
na roupa, sempre o acompanhará.

• Talvez não seja necessário fazer este tipo de


comentário, mas como já presenciamos inúmeros
ocorridos desagradáveis, vale a pena alertar o orador
para que não se esqueça de retirar o microfone quando
terminar de falar e for sair da tribuna. Microfone
de pedestal Este tipo de microfone exige maiores
cuidados para sua melhor utilização. É um microfone
mais comum e encontrável na maioria dos auditórios.
Veja agora o que deverá fazer para evitar problemas
e melhorar as condições de sua apresentação.

• Inicialmente verifique como funciona o mecanismo


Voltar para o índice - 56 -
da haste onde o microfone se sustenta e se existe
regulagem na parte superior onde ele é fixado. Treine
esses movimentos, abaixando e levantando várias
vezes a haste, observando atentamente todas as suas
peculiaridades. Evidentemente essa tarefa deverá ser
realizada bem antes do momento de se apresentar,
de preferência sem a presença de nenhum ouvinte.

Se isto não for possível, verifique a atuação dos outros


oradores mais habituados com o local e como se
comportam com o microfone que irá usar.

• Já familiarizado com o mecanismo de regulagem da


altura, teste a sensibilidade do microfone para saber
a que distância deverá falar. Normalmente a distância
indicada é de dez a quinze centímetros, mas cada
microfone possui características distintas e é prudente
conhecê-las antecipadamente. Se durante o teste
estiver acompanhado de um amigo ou conhecido,
peça que ele fique no fundo da sala e diga qual a
melhor distância e qual a altura ideal da sua voz.

• Ao acertar a altura do microfone, procure não deixar


na frente do rosto, permitindo que o auditório veja o
seu semblante.

Voltar para o índice - 57 -


Deixe-o a um ou dois centímetros abaixo do queixo.

• Ao falar, não segure na haste e fale sempre olhando


sobre o microfone; dessa forma o jato da voz será
sempre captado: assim, quando falar com as pessoas
localizadas nas extremidades da sala, ou sentadas à
mesa que dirige a reunião, normalmente posicionada
no sentido lateral, gire o corpo de tal maneira que
possa sempre continuar falando com os olhos sobre
o microfone.

• Fale, não grite, isso mesmo, aja como se estivesse


conversando com um pequeno grupo de amigos. Isso
não quer dizer que deverá falar baixinho, sem energia;
ao contrário, transmita sua mensagem animadamente,
com vibração, mas sem gritar.

• Se for preciso segurar o microfone com a mão para


se movimentar na tribuna, o cuidado com o jato de
voz deverá ser o mesmo; nesse caso não movimente
a mão que segura o microfone e deixe-o sempre à
mesma distância.

O microfone de mesa requer os mesmo cuidados já


mencionados, com a diferença de normalmente ser
apoiado sobre uma haste flexível. Ao acertar a altura
Voltar para o índice - 58 -
não vacile, faça-o com firmeza e só comece a falar
quando tiver posicionado da maneira desejada. Se lhe
oferecerem um microfone no momento de falar, antes
de aceitar ou recusar, analise algumas condições do
ambiente. Se os outros falaram sem microfone e se a
sala não for muito ampla e permitir que a voz chegue
até os últimos ouvinte, sem dificuldade, poderá recusá-
lo. Se alguns oradores se apresentaram valendo-se
do microfone, ou se sentir que o tamanho da sala e
a acústica impedirão sua voz de chegar bem até os
últimos elementos da plateia, aceite-o.

Se o microfone apresentar problemas e você perceber


que eles persistirão, desligue-o e fale sem microfone.
Não peça opinião a ninguém sobre essa atitude.
A apresentação é sua e você é o responsável pelo
seu bom desempenho. O microfone deve ajudar a
exposição. Se, ao contrário, atrapalhar, é preferível
ficar sem ele.

Voltar para o índice - 59 -


16
TESTE: VOCÊ SABE SE COMUNICAR COM
CLAREZA?

1 - Que quantidade de informações você acha que


consegue assimilar enquanto escuta alguém?

A - O dobro das que estão sendo transmitidas

B - Somente as que estão sendo transmitidas

C - Dez vezes mais do que as que estão sendo


transmitida

2 - Quando uma pessoa fala com você, qual sua


atitude?

A - Você escuta, e só

B você se esforça para demonstrar atenção


Voltar para o índice - 60 -
C - Você interrompe frequentemente seu interlocutor

3 - Se você acha que a pessoa com quem está


conversando esconde algo que lhe interessa saber,
como você entra no assunto?

A - Pergunta se não há mesmo mais nada a ser dito

B - Sugere que talvez vocês estejam se esquecendo


de falar sobre algo importante

C - Cobra diretamente a informação

4 - O que você definiria exatamente como uma


“pergunta fechada”?

A - Aquela cuja resposta só pode ser sim ou não

B - É uma pergunta que não tem resposta

C - É uma pergunta indiscreta

Voltar para o índice - 61 -


5 - Se, ao longo de uma conversa, seu interlocutor
diz uma palavra que você nunca ouviu, você:

A - Pede explicações, sem constrangimentos

B - Força o significado da palavra no contexto, para


ver se assim consegue entendê-la

C - Simplesmente continua a conversa

6 - Quando você encontra uma pessoa pela primeira


vez, como é seu comportamento?

A- Deixa que o outro fale

B - Procura dividir a conversação

C - Você fala o tempo todo

7 - Se você tiver que escrever uma carta sobre um


assunto delicado, como a redige?

A - Com precisão, mas usando um tom coloquial

Voltar para o índice - 62 -


B - Em termos absolutamente formais, aplicáveis ao
caso

C - Refere-se apenas ao essencial, em poucas palavras

8 - Já é uma tese firmada que a comunicação


interpessoal é formada por palavras - a comunicação
verbal - e por gestos e maneirismos - a comunicação
não verbal. Em que parcelas você acredita que
essas duas formas de expressão acontecem numa
conversa?

A - Um terço de comunicação verbal e dois terços de


comunicação não verbal

B - Meio a meio

C - Um terço de comunicação não verbal e dois terços


de comunicação verbal

9 - Seu interlocutor fala, fala... Mas não chega a


concluir o pensamento. Qual a sua atitude?

A - Chama delicadamente sua atenção para o fato

Voltar para o índice - 63 -


B - Escuta passivamente

C - Interrompe a conversa

10 - De repente, você tem uma frase brilhante na


ponta da língua, mas se a disser corre o risco de
interromper a conversa.

O que você faz?

A - Fica de boca fechada

B - Arma uma expressão divertida, esperando que seu


interlocutor pergunte qual o motivo do seu ar de riso

C - Interrompe a conversa, para não perder a


oportunidade

11 - A pessoa com quem você está conversando não


entendeu muito bem uma ideia que você acabou de
expor. Como você reage?

A - Preocupa-se em reformular a questão de outra


maneira, mais compreensível.

Voltar para o índice - 64 -


B - Repete o conceito exatamente como da primeira
vez

C - Zanga-se

12 - Durante uma conversa, pode acontecer de você


revelar mais do que gostaria sobre o assunto em
questão, e isso o preocupa. Você então:

A - Vai com calma, e dá apenas as indicações


necessárias ao caso

B - Procura falar o menos possível

C - Escapa usando uma linguagem obscura e confusa

13 - Em certo momento, seu interlocutor tem uma


reação idêntica à sua em ocasiões semelhantes.
Como você a julga?

A - Procura entendê-la dentro do contexto da pessoa


com quem está falando

B - Dá a ela o mesmo significado que teria se fosse


sua própria reação

Voltar para o índice - 65 -


C - Simplesmente ignora o fato

13 - Você não entende bem um determinado conceito,


numa pergunta que lhe foi feita. Ao responder, como
você age?

A - Diz claramente que não entendeu e pede uma


nova explicação

B - Não responde

C - Você generaliza

15 - Você quer convencer a pessoa com a qual está


conversando sobre uma decisão a ser tomada, mas
nota sua relutância. O que você faz?

A - Pergunta por que tem dúvida sobre a decisão em


questão

B - Espera por outra ocasião mais adequada para um


trabalho de convencimento

C - Insiste com seus argumentos

Voltar para o índice - 66 -


14 - Alguém lhe faz uma pergunta embaraçosa. Qual
a sua reação?

A - Diz que prefere não responder

B - Inventa uma mentira

C - Zanga-se

AVALIAÇÃO

As respostas A valem três pontos. Para as respostas


B, marque dois pontos, e um ponto para as respostas
C. A seguir, veja seu poder de comunicação:

De 48 e 40 pontos - Você sabe, realmente, se fazer


entender. E não apenas consegue expressar-se com
clareza como demonstra as habilidades de um bom
ouvinte. Numa conversa, você é sempre aquela
pessoa que fica à vontade, ainda que atenta, e qual
não demonstra sinais de tensão ou nervosismo. Outra
qualidade sua é não se sentir na obrigação de dar
sempre uma resposta brilhante às perguntas que lhe
são feitas.
Voltar para o índice - 67 -
De 39 a 26 pontos - A maioria das pessoas fica nesta
marca. Se este é o seu caso, considere que talvez você
fale um pouco demais, e tenha prazer em escutar
a própria voz. Você se comunica bem ainda assim,
mas poderia melhorar seu desempenho se tentasse
dar mais espaço aos outros participantes de uma
conversa. Todo mundo vai sair lucrando, na medida
em que diminuírem os “ruídos” da comunicação.

De 25 a 16 pontos - Não é possível deixar de reconhecer


que aqui há problemas de comunicação. Se este é o seu
caso, será necessário um empenho extra para superar
as dificuldades. Mas vai valer a pena, na medida em
que seu relacionamento com os outros melhorar - e
também a qualidade de seus negócios.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das considerações mencionadas neste curso


de oratória, deixa-se claro que no uso da oratória ao
ministrar a palavra do Senhor deve-se estar atento ao
uso adequado da Bíblia, estar a atento às ilustrações
ou testemunhos, sempre trazendo aos ouvintes
novidades, não ficar decorando mensagens de outros

Voltar para o índice - 68 -


pregadores, repetindo por vezes as mesmas palavras,
e por fim não se esquecer de fazer o apelo, convidando
pessoas que desejam seguir a Jesus aceitando-o. E por
fim toda mensagem deve terminar exaltando o nome
de Cristo e a sua vinda, e não a própria exaltação.

Utilizando-se dessas considerações certamente a


oratória será mais eficaz e eficiente trazendo os
resultados esperados. Não são as capacidades que
agora possuís ou haveis de possuir que vos darão
êxito. É o que o Senhor pode fazer por vós. Deveríamos
depositar muito menos confiança no que o homem é
capaz de fazer, e muito mais no que Deus pode fazer
para cada alma crente.

Voltar para o índice - 69 -

Você também pode gostar