DIREITO ROMANO E

HISTÓRIA DO DIREITO
Tema da aula: A Grécia Antiga e o Direito Grego
Prof. Renato Marcuci
 A GRÉCIA ANTIGA E O
DIREITO GREGO
 Fases históricas da Grécia Antiga:
- Período Arcaico (século VIII a.c. a 480 a.c. –
período das invasões Persas e que termina com
a batalha de Salamina).
- Período Clássico (480
( a.c. a 338 a.c. –
também conhecido como período das
hegemonias).
- Período Helenístico (338
( a.c. a 146 a.c. – data
de submissão a Roma).
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 Da família à Cidade-Estado
- constituição da família pelo matrimônio.
- condição de inferioridade (familiar e social) da
mulher ateniense.
- com o casamento, a mulher passa a pertencer à
religião do marido.
- oikos: unidade social e de produção comandada
pelo pai, chefe absoluto do grupo.
- polis: instituição grega constituída por um conjunto
de cidadãos governados pelas mesmas ferramentas
jurídicas, em um espaço territorial.
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 Da família à Cidade-Estado
- condições para participar das assembleias: homem,
proprietário de terras e com ascendência ateniense.
- a propriedade não era um direito subjetivo, pois,
pertencia aos antepassados. O pai era usufrutuário.
- poderes do pai na oikos: chefe religioso, proprietário e
juiz.
- a manutenção da independência cultural e religiosa
das famílias, no contexto democrático e participativo
da cidade, passa a ser conflitante.
- a religião era fator de coesão social, seja no âmbito
doméstico ou no âmbito da cidade.
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 Da organização política e judiciácia
- Os gregos criaram a ciência do governo da polis, tendo
como maiores expoentes Hesíodo, Heródoto, Platão
e Aristóteles.
a) as cidades passam a ser observadas a partir da
junção de diversos clãs e se estruturam da seguinte
forma: a cidade, um porto e algumas aldeias.
b) as cidades conheceram formas políticas variadas,
umas monocráticas, outras aristocráticas, outras
pelo tirano, outras democráticas (Atenas).
c) Na democracia de Atenas havia o governo dos
cidadãos que se manifestavam diretamente em
assembleia.
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 A composição das cidades
 
a) Gregos.
b) Estrangeiros (metecos).
c) Escravos.
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 As instituições gregas
- Instituições políticas de governo das cidades (órgãos de
governo)
a) Assembleias (Ekklêsia – decidem sobre assuntos
relacionados à política externa e à administração da
cidade.)
b) Conselho dos Quinhentos (Boulê – decidem sobre
questões religiosas, financeiras, diplomáticas e
bélicas).
c) Estrategos: administram a guerra, distribuem
impostos e dirigem a polícia.
d) Magistrados: instruem os processos, ocupam-se dos
cultos e exercem as funções municipais.
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GREGO
 As instituições gregas
- Instituições relativas à administração da justiça (Os
Tribunais)
a) Justiça Criminal
a.1) Aerópagos
a.2) Tribunal de Éfetas
b) Justiça Civil
b.1) Juízes dos Demos
b.2) Tribunal dos Heliastas
b.3) Árbitros Privados
b.4) Juízes dos Tribunais Marítimos
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 O Direito Grego
Questões preliminares:
- Inexistência de 1 (um) único Direito Grego.
- Trata-se de um direito sem profissionais. Não
há juízes, promotores e advogados, pois todos
tinham capacidade postulatória.
- Os logógrafos.
- Supera a ideia do Direito como revelação
divina.
- A retórica da persuasão é sua grande
característica.
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 Direito Civil
- o casamento: tinha por finalidade o crescimento da família do
marido e a procriação. A legitimidade era baseada na
ascendência ateniense, salvo acordo dos interessados. O
princípio da endogamia e o regime dotal eram
observados. Não havia liberdade para a mulher.
- a sucessão: apenas o filho sucedia, tendo sido instituído o
testamento por Sólon.
- direito comercial: era desenvolvido em virtude do
desenvolvimento do comércio.
- direito penal: vigia o sistema da vendetta, ou seja, o pai decidia
e castigava soberanamente dentro da família. Proibiu-se a
pena coletiva, para impedir a punição da família do réu.
- a responsabilidade civil. fora instituída.
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 Direito Processual
- Ações públicas (grafhé): são exemplos de ações públicas
as que tratam de oficial que se recusa a prestar contas,
contra oficial por aceitar suborno, contra estrangeiro
pretendendo ser cidadão, contra aquele que registrou
falsamente alguém como devedor do Estado.
- Ações privada (diké): são exemplos de ações privadas as
que tratam de assassinato, perjúrio (falso juramento),
propriedade, assalto, ação envolvendo violência sexual,
roubo
Obs2: os responsáveis pelos julgamentos eram
escolhidos de última hora para a função, com o
objetivo de evitar fraudes.
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 Esparta e suas características
- sua formação data do século IX a.c.
- encontrou em Licurgo, um legislador que não contribuiu para o
desenvolvimento da cidade, na medida em que tinha o
interesse de manter as velhas instituições.
- a sociedade espartana era constituída da seguinte forma:
c.1) Espartíatas - guerreiros
c.2) Periecos – comerciantes sem poder político
c.3) Hilotas - escravos
- caracteriza-se pelo militarismo exacerbado, pela manutenção
de seus costumes e modo de vida.
- incentivo à xenofobia (aversão a povos, cultura e costumes
estranhos), xenelasia (proibição de estadia de estranhos) e
laconismo (exercício limitado da linguagem).
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 Os legisladores
- Zaleuco de Locros: mais antigo legislador conhecido
- Licurgo de Esparta: promoveu a paralização
socioeconômica de Esparta em virtude de suas leis,
a partir do século VII a.c.
- Drácon de Atenas: conhecido pela rigidez com que
legislou em Atenas.
- Sólon de Atenas: conhecido pelas modificações que
promoveu na legislação em vigor em Atenas.
 REFERÊNCIAS

CASTRO, Flávia Lages de. História do direito geral e Brasil. 6 ed. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2008.

COULANGES, Fustel de. A Cidade Antiga. 4ª ed. Tradução Fernando de

Aguiar.São Paulo: Martins Fontes, 2000.

GILISSEN, John. Introdução Histórica ao Direito. 4ª ed. Tradução António

Manuel Hespanha e Manoel Macaísta Malheiros. Lisboa: Fundação Calouste
Gulberkian, 2003.

SOUZA, Raquel de. Direito grego antigo. In: WOLKMER, Antônio Carlos (Org).
Fundamentos de história do direito. 2 ed. rev. amp. Belo Horizonte: Del Rey,
2004. p. 59-94

WOLKMER, Antônio Carlos. O direito nas sociedades primitivas. In:

WOLKMER, Antônio Carlos (Org). Fundamentos de história do direito. 2 ed. rev.
amp. Belo Horizonte: Del Rey, 2004. p. 19-30
 REFERÊNCIAS

Sobre a batalha de Salamina:

https://www.youtube.com/watch?v=dw576klzYnA

Sobre o Império Persa:

https://www.youtube.com/watch?v=cb6QPIGe2S0