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Câncer de pulmão

Nódulo Pulmonar Solitário


• < 3cm ➔ nódulo (harrison: 6cm)
• > 3cm ➔ massa Maligno segmento superior

Classificação
Benigno Maligno
** alguns estudos
• Cicatriz de BK • Câncer
dizem 8 mm
• Calcificação • F. Risco:
◦ Olho de boi ➔ ◦ Tabagismo
granuloma ◦ Idade ≥ 35
◦ Pipoca ➔ ◦ > 2 cm** Geralmente câncer não tem
hamartoma ◦ Crescimento em 2 anos calcificação, mas ter calcificação
Conduta: ◦ Calcificação / forma não garante que é um nódulo
• RX, TC ou PET • Conduta: benigno, precisamos saber o padrão
(3-6m por 2 anos) ◦ Biópsia ou ressecção da calcificação (maligno: salpicado,
excêntrico/unilateral difuso)

Epidemio
• CA de pulmão: o que mais mata no BR e no mundo
• É um Câncer muito agressivo, ⇩ sobrevida (< 20% em 5 anos.. mas se ainda achar na forma
nódulo pulmonar solitário, sobrevida aumenta para 80%)

Rastreamento
• Não tem rasteiro para CA de pulmão. Mas podemos fazer:
◦ TC de baixa dose anual em 55-80 anos:
‣ Tabagista ou deixou de fumar em <15 anos com carga tabágica de 30 maços/ano

CARCINOMA BRONCOGÊNICO
(Brônquio, bronquíolo e alvéolos)
• Classificação:
◦ Não pequenas células
‣ Adenocarcinoma: + comum
• Pode pegar no paciente típico, mas é o tipo histológico mais comum no paciente
atípico
• Jovem, não fumante, mulher (atípico)
• Periférico: mais causa derrame pleural
‣ Epidermoide: 2º mais comum
• Idoso, fumante (paciente típico) Tipo bronquioloalveolar/
• Central: cavitação adenocarcinoma in situ/ tumor
‣ Grandes células: mais raro (10%) lepídico:

• Periférico • Subtipo do adenocarcinoma

◦ Pequenas células (Oat-cell) • Clinica lembra pneumonia que


‣ 20% dos casos nunca sara (tosse,
‣ Mais agressivo, propriedades neuroendócrinos expectoração, secretivo que
‣ Central nunca sara)

• Evolução lenta
Clinica
• Tosse*, hemoptise, dispneia, dor torácica
• Síndromes compressivas (subtipos centrais)
◦ Síndrome de Pancoast: Epidermoide
‣ Dor torácica + compressão do plexo braquial + Sd. De Horner (ptose, miose e anidrose)
‣ Compressão de feixe vasculonervoso ➔ dor torácica
‣ Compressão do plexo braquial ➔ parestesia, formigamento
‣ Compressão do simpático cervical ➔ logo, o que sobressai é o parassimpático ➔
horner
◦ Síndrome da Veia Cava Superior: Oat-cell SMEL ➔ anticorpo contra
‣ Edema de face e pletora, turgência jugular, varizes de tórax canais de cálcio dos
neurônios pré-sinápticos ➔
• Síndromes paraneoplásicas
reflexos ⇩ ou ausentes,
◦ Eaton-lambert (SMEL), SIADH, Cushing ➔ Oat-cell
disautonomias;
◦ Osteoartropatia hipertrófica pulmonar ➔ Adenocarcinoma contratilidade muscular
◦ Hipercalcemia (PTH-like) ➔ EPTHdermoide aumenta com a estimulação
repetida do mm (padrão
Diagnóstico incremental)
Histopatológico: biópsia
◦ Central: escarro, broncoscopia
◦ Periférico: Biópsia percutânea, toracotomia, videotoracoscopia (mais utilizado)
obs: lembre que PAAF dá diagnostico citológico, não histopatológico

Estadiamento - nao utiliza-se a TC e sim broncoscopia e mediastinoscopia

Não pequenas células Pequenas células


Limitado: 1 hemitórax
TNM Extenso: 2 hemitóraces

TNM:
T1: ≤ 3 cm (nódulo pulmonar solitário) Cirurgia com ou sem QT/RT
T2: 3 - 5 cm • Exceto
◦ Não inclui carina ◦ T4: invasão por contiguidade
T3: 5 - 7 cm ◦ N3: linfonodo contralateral
◦ Pleura ou pericárdio parietal ◦ M1: metástase à distância
◦ Parede torácica
◦ Nervo frênico
T4: > 7 cm ou estrutura adjacente
◦ Contra-indica ressecção
‣ Se ≥ 2 lesões no mesmo pulmão ➔ ressecável

N1: linfonodos hilares


N2: linfonodos mediastinais
N3: contralaterais ➔ irressecável

M1: metástase à distância ➔ irressecável


Exames pré-operatórios (avaliam
Tratamento capacidade funcional)
• Pequenas células: • gasometria arterial, espirometria,
◦ Limitado ➔ QT + RT (cura 15-25%) capacidade de difusão do
◦ Extenso ➔ QT paliativa monóxido de carbono

• Não pequenas células


Aqui o ideal vai ser sempre ressecar (na ausência de contraindicações), sempre tentando cura
(lobectomia e não segmentectomia)
◦ Ia: cirurgia (NPS - T1N0M0)
◦ Ib e II: cirurgia + QT
◦ IIIa: Estágio I e II: até T2N1M0 ou T3N0M0
‣ Se ressecável ➔ cirurgia + QT Estágio III: T3, T4, N2 ou N3 (exceto T3N0M0)
‣ Irressecável ➔ QT + RT Estágio IV: M1
• T4*, N3, M1
◦ IIIb: QT + RT
◦ IV: QT paliativa

Câncer de tireoide

Classificação
Bem diferenciado
◦ Mulher jovem (paciente típico) QT curto: hipercalcemia,
◦ Mais comum, bom prognostico hipercalemia, digital
◦ Papilífero, Folicular
Metástase do papilifero ➔
Pouco diferenciado
linfonodo
◦ Pior prognostico
◦ Carcinoma medular, Anaplásico (mais
agressivo, mais indiferenciado, idoso)

PAPILIFERO FOLICULAR
Características: Características
• + comum, mulher, 20 - 40 anos • 2º mais comum, mulher, 40-60 anos
• Excelente prognostico • Bom prognostico
• Disseminação linfática • Disseminação hematogênica
• Fat de risco: irradiação • Fat de risco: carência de iodo
• Corpos psamomatosos (acúmulo • Aumento de células foliculares
concêntrico de cálcio)

Diagnóstico Diagnóstico
• PAAF • Histopatológico
◦ Lembre que é dx citológico, porém na ◦ Aqui não conseguimos diferenciar
presença de corpos psamomatosos adenoma de ca folicular pela PAAF
tem-se o dx, (Tb: olhos da órfã Annie)
Tratamento
Tratamento • ≤ 2cm: tireoidectomia parcial
• < 1 cm: tireoidectomia parcial ◦ Se adenoma: ok
• ≥ 1 cm: tireoidectomia total ◦ Se CA: totalizar
• < 15 anos, irradiação = sempre total • > 2cm: tireoidectomia total

Seguimento Seguimento
• Supressão TSH com hormônio tireoideano • Supressão TSH com hormônio tireoideano
(pode restar uma célula neoplásica na (pode restar uma célula neoplásica na
cirurgia, não pode ter TSH para não cirurgia, não pode ter TSH para não estimulá-
estimulá-la) la)
• USG - 6 meses • USG - 6 meses
• Tireoglobulina e Cintilografia • Tireoglobulina e Cintilografia
◦ Se ㊉ ➔ Ablação com iodo ◦ Se ㊉ ➔ Ablação com iodo
CARCINOMA MEDULAR (CMT) Complicações da tireoidectomia
• Se desenvolve em células C ou parafoliculares: • Hipocalcemia
calcitonina (inibe reabsorção óssea) - reg superior do lobo • Lesão n. Laringeo Recorrente
Marcador: Calcitonina ◦ Unilateral ➔ rouquidão
Diagnostico: PAAF Pode ter relação com ◦ Bilateral ➔ insuficiência resp.
Apresentação: líquen plano amilóide • Lesão n. Laringeo Superior ➔
◦ Esporádico: 80% dificuldade em elevar tom da voz
◦ Familiar: 20% (associação com NEM 2)
‣ NEM 2A: CMT + feocromocitoma + Hiperparatireoidismo (Cir. < 5 anos)
‣ NEM 2B: CMT + feocromocitoma + Neuromas (Cir. <1 ano)
Proto oncogene RET: Pesquisar em parentes de 1º grau ➔ se ㊉ ➔ tireoidectomia profilática
Tratamento: Tireoidectomia + linfadenectomia
Seguimento: calcitonina

ANAPLÁSICO OU INDIFERENCIADO
◦ Pior prognostico, mais raro e agressivo
◦ Em idosos, associado à deficiência de iodo Diag diferencial com linfoma
• Diagnóstico: PAAF (tipo não Hodgkin) ➔
◦ Geralmente é um paciente que já chega muito sintomático crescimento é rápido + bócio,
(disfagia, rouquidão..), o crescimento é muito rápido, não comum em mulheres jovens
pensamos nem em cirurgia. (Sobrevida ± 6m) com hashimoto
• Tratamento: Traqueostomia + QT/RT

Obs.. Fazendo a diferença:


Carcinoma de células de HURTHLE
• Variante mais agressiva e menos diferenciada do folicular
• Tratamento: Tireoidectomia total + linfadenectomia

Nódulo de tireoide
Conduta:
1. História e exame físico Lesões císticas
2. Avaliar função tireoidiana Sempre aspirar + acompanhar com USG
• Geralmente Câncer não altera função tireoidiana

Suprimido <━━━ TSH ━━━> Normal


⇩ ⇩
Cintilografia ⇨ Frio ━━━━━━━━> USG
⇩ ⇩
Quente > 1 cm ou suspeito ➔ PAAF
⇩ < 1 cm ➔ acompanhar
Suspeito:
Adenoma tóxico
• < 3 ou > 60 anos
⇩ • Irradiação
cirurgia/ radioiodo • História +, rouquidão,
crescimento
• USG: Chammas IV ou V
Classificação de Chammas: • Hipoecóico, irregular, calcificação
Quanto mais central a vascularização, mais perigoso fina.
• Se isoecóico e hiperecóico:
I ➔ sem vascularização punciona quando >1,5cm
II ➔ vascularização periférica • Se espongiforme: punciona >2cm
III ➔ vascularização periférica ≥ central
IV ➔ vascularização central ≥ periférica
V ➔ apenas vascularização central

Classificação de Bethesda (Analisar resultado de PAAF de um tumor FOLICULAR)


1 ➔ Insatisfatório ➔ PAAF
2 ➔ Benigno ➔ Seguimento
3 ➔ Atipia indeterminada ➔ PAAF ou lobectomia
4 ➔ Folicular \
5 ➔ Suspeito Cirurgia (lobectomia ou total)
6 ➔ Maligno /

Câncer de próstata
(Adenocarcinoma)
Fatores de risco:
• Idade O mais comum do BRA
• História familiar +
• Negros

Clinica
• Assintomático: crescimento é periférico (inervação é na uretra, só começam os sintomas quando
mais avançado)
• Doença avançada
‣ Sintomas irritativos: urgência nictúria, polaciuria
‣ Sintomas obstrutivos
• Metástase
‣ Sintomas ósseos (principal local de metástase é o osso)

Diagnóstico
• Rastreio: toque retal (lembre que o crescimento é periférico) ㊉ PSA
◦ PSA não é especifico
◦ MS não indica a realização de rastreio (o crescimento é muito lento, a causa de morte não vai
ser pelo CA de próstata)
◦ SBU: realiza! (O dx/ tto do CA permite qualidade de vida)

• Se rastreio: indicações
◦ > 50 anos: todos
◦ > 45 anos: História familiar / negros

• Se rastreio ㊉ ➔ biópsia transretral (USG)


◦ Toque retal: nódulo, endurecido
◦ PSA: > 4 ng/ml (< 60 anos: >2,5) Finasterida (para HPB)
‣ Se 2,5 - 4 ➔ refinamento diminui valores PSA
• Velocidade de aumento > 0,75 mg/ml/ano
• Densidade > 0,15 (aqui a função é afastar HPB)
• Fração livre < 25% (obs: normalmente a fração livre é menor que a conjugada, no ca fica
menor ainda)
Tratamento
Localizada ➔ prostatectomia radical * ou radioterapia ou vigilância ativa
• Vigilância:
◦ Baixo risco: PSA < 10 + Gleason ≤ 6
‣ Se ultrapassar ➔ cirurgia
◦ Escore de Gleason: diferenciação histológica (somas as 2 histologias + frequentes)
‣ Quanto maior a pontuação, maior o gleason, mais indiferenciado, pior prognostico
• ≤ 6: indiferenciado ➔ baixo risco
• 7: intermediário ➔ médio risco
• 8 -10: indiferenciado ➔ alto risco

Metastática ➔ privação androgênica (castração)


• Orquiectomia bilateral
• Análogos GnRH

Câncer de bexiga
(Tumor urotelial)
• > 95%: acometimento células transicionais
Hematúria em > 40 anos ➔
Fatores de risco pensar sempre em CA de
Tabagismo bexiga!!
Idade > 40 anos
Homem
Exposição a hidrocarbonetos (queima de combustível)

Clínica: Hematúria

Diagnóstico: Citologia + cistoscopia com biópsia


• Mesmo que a citologia venha +, precisa fazer cistoscopia com bx
• Sempre Na biópsia tirar camada muscular adjacente

Tratamento
• Invade camada muscular?
◦ Superficial (T1N0M0) - E0/E1
‣ RTU-B + seguimento 3/3 meses
‣ Adjuvância com BCG (imunoterapia/QT intravesical) se: recorrência, grandes, multifocais
(> 40%), T1
◦ Invasivo (≥ T2) - invade muscular
‣ QT neoadjuvante (3 ciclos) + Cirurgia radical (cistectomia + linfadenectomia) + QT
adjuvante ( 3 ciclos)
◦ Metástase
‣ QT ± cirurgia

Câncer de esôfago
Escamoso / Adenocarcinoma

Fatores de risco
Escamoso (externo): Tabagismo, etilismo, acalásia e tilose (hiperproliferação de células
escamosas)
◦ Tudo que vem de fora pra dentro: ingesta de acido aumenta escamoso!; comidas quentes
◦ Médio-proximal
Adenocarcinoma (internos): DRGE, Barrett e obesidade
◦ Tudo que é ácido que vem de dentro
◦ Distal É facilmente
Clínica: Disfagia* e emagrecimento em meses disseminado pois
• Acalasia é em anos não tem serosa!

Diagnóstico: EDA com biópsia

Estadiamento Leiomioma é o tumor


T1a - Mucosa benigno do esôfago mais
T1b - submucosa comum. E estes são muito
T2 - Muscular raros
T3 - Adventícia
T4a - Adjacentes ressecáveis
T4b - Adjacentes irressecáveis

T ➔ USG endoscópico (melhor exame para avaliar T!!! cai mt)


◦ Pode tentar broncoscopia para avaliar se é ressecável
N ➔ USG endoscópico + TC de tórax
M ➔ TC de tórax e abdome

Tratamento
• Todo o tto dos tumores do tgi são iguais:
Precoce PADRÃO Avançado
Endoscopia Cirurgia Paliação
T1a ectomia + linfadenec T4b

Peculiaridades para o esôfago


Precoce T1a ➔ mucosectomia EDA

Padrão ≥ T1b ou N+ ➔ QT/ RT neoadjuvante


➔ Cirurgia (esofagectomia + linfadenectomia)
◦ Transtorácica: + mórbida
◦ Trans-hiatal: + recidiva

Avançado T4b ou M1 ➔ Paliação


• Prótese endoscópica (desconfortável para o paciente)
• Radioterapia paliativa

Câncer de estômago
Adenocarcinoma
Fatores de risco
• Idade, dieta (nitrogenados.. aqueles enlatados)
• H. Pylori (transforma nitrato da dieta em nitrito - carcinogênico) Em prova = linfonodo
• Gastrite atrófica supraclavicular E
• Gastrectomia
• Tabagismo (⇧ da conversão gástrica em
nitrogenados) Disseminação peritoneal ➔ Maria Jose,
Blumen, krukenberg
Clínica: Dispepsia + sinais de alarme Disseminação linfática ➔ virchow e irish
• Sinais:
◦ Virchow: supraclavicular E Sd paraneoplásica ➔ acantose nigricans
◦ Irish: axilar E
Se ㊉ ➔ doença avançada ➔ M1
◦ S. Mary Joseph: umbilical
◦ Blumer: fundo de saco
◦ Krukenberg: ovário

Diagnóstico: EDA + Biópsia Tipo difuso: Mutação na


• Classificação E-caderina

BORRMANN (macro) LAUREN (micro)

I - Polipoide INTESTINAL DIFUSO


II - Ulcerado (bordos nítidos) • Homem • Mulher
III - Ulceroinfiltrativo (bordos não nítidos) • Fatores de risco • Familiar
IV - Infiltrante (linite plástica) • Idoso • Jovem
• Diferenciado • Indiferenciado
• Gastrite atrófica • Anel de sinete
• Metástase • Metástase
hematogenica linfática
• Distal • Proximal

Estadiamento
Tumor gástrico precoce = aquele
T1 - Submucosa (precoce)
que invade só mucosa e
◦ T1a - mucosa submucosa, independente de
◦ T1b - submucosa linfonodos.
N0 - sem metástases para linfonodos
N1- metástases em 1 a 2 linfonodos Linfoma gástrico (MALT)
N2 = metástase em 3 a 6 linfonodos Conduta: erradicar H. Pylori +
N3 - metástase em ≥ 7 linfonodos EDA com biopsia 3/3 meses
◦ N3a - 7 a 15 linfonodos ◦ Refratário ➔ QT
◦ N3b - > 15 linfonodos (logo, na cirurgia precisamos
ressecar no mínimo 16 linfonodos)
• Obs: no sabiston tem 15 linfonodos

T ➔ USG endoscópico
N ➔ USG endoscópico + TC de abdome
M ➔ TC de tórax e abdome + laparoscopia
◦ Peculiaridade aqui: também metastatiza para peritoneo, por isso laparoscopia
◦ Se na laparoscopia não achou sinal de metástase à distancia ➔ faz cirurgia

Tratamento
Precoce T1a ➔ Mucosectomia EDA
◦ Só faz se for um tipo 'bom': não ulcerado, tipo intestinal,< 2cm, sem linfonodos acometidos

Padrão ≥ T1b ➔ Gastrectomia + linfadenectomia D2 (alguns linfonodos adjacentes - perigástricos)


◦ Proximal(cárdia, fundo e corpo): total (geralmente tipo difuso)
◦ Distal(antro): subtotal (geralmente tipo intestinal)

Avançado M1 ➔ Paliação Ressecção tumoral


‣ Ex: gastroenteroanastomose (bypass gástrico) • R0 ➔ completa, sem resíduo tumoral
• R1 ➔ incompleta, com residual micro
Câncer colorretal • R2 ➔ incompleta, com residual macro

Adenocarcinoma
O que mais cai!
Historia natural (Adenoma ➔ carcinoma )
• A grande maioria dos casos (95%) começa por uma única mutação: gene APC
◦ Sua inativação ativa a sequência adenoma-carcinoma

Vias de transformação:
Esporádica
Pólipos
• Não é hereditário, ou seja, todos estão expostos Adenomatosos vilosos➔ pré-maligno
• Idade, DII, hábitos de vida (mesmos da ateromatose) Hiperplasico, hamartoma ➔ não
Conduta: Colono 3/3anos, quando
Polipose adenomatosa familiar (PAF) normal ➔ 5/5 anos
• APC mutante hereditário ➔ 100% de chance de ter CA
• Definição: > 100 pólipos
• Variantes:
◦ Gardner: dentes supranumerários, osteomas (crânio e mandíbula), tumores desmoides
(gardner gargalha)
◦ Turcot: tumores do SNC (turco usando o chapéu)

Não polipoide hereditário - Síndrome de Lynch


• os 5% que faltam ( que não têm a mutação no gene APC) - estão se lynchando para a regra
• Critérios de Amsterdam
◦ Câncer < 50 anos
◦ ≥ 3 familiares (um de 1º grau)
◦ 2 gerações consecutivas (é dominante)
• Lynch I ➔ colorretal
• Lynch II ➔ colorretal + outros (ca de endométrio, ovário, estômago, pâncreas, trato urinário sup.)

Síndrome de Peutz-Jeghers
• os 0,01% que ainda restavam (sem a mutação no APC)
• Pólipos hamartomatosos
• Manchas melancólicas em mucosa e pele
• Delgado: intussuscepção / melena / anemia
• Risco baixo para CA de cólon
◦ Obs: em questão: não tem associação com ca colorretal!!!

Fatores de risco
• Idade
• História familiar
• Síndromes hereditárias
• DII Principal local de
metástase ➔ fígado
Clínica
• Cólon D: Melena, anemia e massa palpável
‣ Aqui as fezes estão líquidas e tem maior diâmetro, logo não há obstrução
• Cólon E: Alteração do hábito intestinal
• Reto: Hematoquezia e fezes em fita
‣ Tumor depois das fezes já prontas
No enema opaco ➔
Diagnóstico "maçã mordida"
• Colonoscopia + biopsia
• CEA ➔ não é diagnostico! Só para acompanhar (somente se no pré-op tiver o CEA elevado)

Rastreamento: Colonoscopia ou retoscopia*


• Esporádico ➔ ≥ 50 anos ➔ colectomia segmentar
• H. Familiar ➔ ≥ 40 anos ➔ " (Ou 10 anos antes do caso índice) Estadiamento:
• Lynch I e II ➔ ≥ 20 anos ➔ colectomia total • TC tórax e abdome
• Polipose AF ➔ ≥ 10 anos*. ➔ " • RNM pelve
◦ O câncer demora aproximadamente 10 anos para se desenvolver • Colono
◦ * Pode optar por retoscopia - menos invasivo - são crianças

Tratamento
Cólon
Padrão: colectomia específica + linfadenectomia
◦ + QT estágios II se alto risco e III (N㊉ e M0) Até o transverso proximal:
colectomia direita
Reto
• Tratamento precoce pode ser feito aqui! ➔ USG transrretal
• Precoce T1 ➔ Excisão endoscópica (Alto) ou local (baixo)

• Padrão ≥ T2 ➔ QT + RT neoadjuvante (SEMPRE!), depois que faz isso, avalia a distancia:


◦ > 5 cm da margem anal: Tumor de reto alto
‣ Anastomose ± ostomia de proteção (tem duas bocas)
‣ RAB - Ressecção abdominal baixa (retossigmoidectomia com preservação do reto distal)
+ excisão total mesorreto (e uma linfadenectomia)

◦ ≤ 5 cm da margem anal: Tumor de reto baixo (acessível ao toque retal)


‣ Colostomia definitiva ou terminal
‣ Miles - Ressecção abdominal perineal (retossigmoidectomia com fechamento do ânus)
+ excisão total mesorreto

Câncer de pâncreas
Adenocarcinoma
Fatores de risco
Idade, história familiar, tabagismo, Lynch II

Clínica Pensar sempre que


• Cabeça ➔ Ictericia + sinal de couvoisier em questão tiver
• Corpo/cauda ➔ dor abdominal ㊉ ⇩ peso sinal de trousseau
↳ sintoma de mau prognóstico - invasão de plexo
celíaco, que está ligado no
tronco celíaco, que é critério de irressecabilidade
• DM súbito
• Sinal de Trousseau (tromboflebite superficial migratória)

Diagnóstico: TC de abdome ㊉ CA 19.9 (acompanha)

Tratamento: Cirurgia se sem metástase e sem invasão vascular (tronco celíaco e a. Mesentérica
superior)
◦ Cabeça ➔ duodenopancreatectomia (Whipple)
◦ Corpo/cauda ➔ pancreatectomia distal + esplenectomia

Tumores hepáticos
Benignos
◦ Adenoma
◦ Hemangioma: mais comum (tanto dos benignos quanto dos malignos)
◦ Hiperplasia nodular focal
Malignos
◦ Metástases: mais comum
◦ Hepatocarcinoma - primário maligno do fígado mais comum

Obs: hepático mais comum ➔ hemangioma / hepático maligno mais comum ➔ metástase

TC dinâmica (trifásica)
• Captação arterial: demora mais para entrar o contraste e depois o contraste ainda fica mais um
tempo, quer dizer que é pouco vascularizado
• Wash out: fígado lava o contraste ➔ é hipervascularizada: contraste entra rápido e sai rápido ➔ é
lesão maligna/ com risco de malignidade

Benignos Trombocitopenia e
coagulopatia de
consumo (CIVD)

Idade
Associação
1
Complicação
Fase arterial
Wash out
Fígado
Conduta

Observações: Lesões benignas: mulheres; CHC: homens


• Adenoma:
◦ História: tumor hepático grande e único em mulher que se rompe espontaneamente
◦ Conduta: Parar o uso de ACO + evitar gravidez (situações que ⇧ estrogênio)
‣ Se risco de ruptura e malignização ou desejo de gestar ➔ avaliar ressecção

Malignos
Metástases
• Múltiplos nódulos pequenos hipocaptantes
◦ Principais: cólon, pâncreas e mama
◦ Tumores hipercaptantes: rim, mama, melanoma
• Tratamento ➔ paliativo
◦ Colorretal
◦ Avançado M1 ➔ metastasectomia (para quando a
função residual hepática é boa)

Hepatocarcinoma
Fatores de risco: cirrose, hepatite B (que pode pular a cirrose e fazer direto CHC)
Clinica: dor abdominal, hepatomegalia
Diagnóstico:
◦ AFP ≥ 400 mg/ml (único Câncer que marcador dá diagnostico)
◦ TC dinâmica (Wash out + cirrose) com lesão hipervascularizada
‣ Captação do contraste na fase arterial com rápida lavagem nas outras fases
‣ Obs: na TC diferenciando adenoma de cirrose:
• Cirrose tem nodulação na superfície + volume diminuído
Tratamento
• Função hepática residual?
◦ Lesão limitada? (Child A ou MELD <15) ━━> Hepatectomia
◦ Critérios de Milão
‣ Lesão única < 5 cm ━━━━━ > Transplante
‣ Até 3 lesões < 3 cm
◦ Lesão >5cm, multifocal, fígado ok ━> Embolização das lesões
◦ Lesão irressecável ━━━━━━━> Paliação (Ablação, quimioembolizacao, sorafenib*)

Variante fibrolamelar
Carcinoma renal
• Mulher jovem • Fator de risco principal ➔ tabagismo
• Sem relação com cirrose/ hepatite • Associação genética ➔ von Hippel-Lindau
• AFP ㊀ e função hepática normal • Subtipo mais comum ➔ cels claras
• TC também tem cicatriz central • Assintomático (maioria)
• Tratamento: ressecção cirúrgica
• Sd paraneoplasicas ➔ hipercalcemia, HAS
(mesmo das metástases)
• Não precisa biópsia (imagem sugestiva = maligna)
• Tratamento:
◦ Localizado ➔ nefrectomia radical
◦ Avançado ➔ nefrectomia citorredutora +
imunoterapia (QT não)
Hiperplasia Prostática
Benigna

• Crescimento é preferencialmente central e de transição, logo causa mais sintomas urinários


◦ No CA é periférico
◦ Obs: região anterior ➔ fibromuscular (pouco glandular)
• Fatores de risco
◦ Idade, presença de testiculos, hist familiar
• Clínica
◦ Sintomas obstrutivos (80%): retenção, esforço, jato fraco.. ➔ responde bem à cirurgia
◦ Sintomas irritativos (70%): urgência, nictúria, polaciuria.. ➔ não responde bem à cirurgia
‣ Devido à hipertrofia do mm destrutor (perda da complacência e capacidade vesical)
• Diagnóstico
◦ PSA pode estar elevado (mas <4)
◦ Toque retal pode estar aumentada (mas sem nódulos)
◦ Avaliação inicial: PSA + EAS com urinocultura + USG vias urinárias

• Tratamento
ITU em trato
◦ Farmacológico
urinário obstruído =
‣ Sintomas obstrutivos ➔ antiandrogênicos (finasterida) desobstrução
‣ Sintomas irritativos ➔ alfabloqueadores (prazosin, tamsulosin) urgente!
◦ Cirúrgico
‣ Indicações
• Muito sintomáticos, ITU recorrente, cálculos ou divertículo vesicais, hidronefrose,
retenção urinária aguda
‣ RTUP
‣ Obs: mesmo após a cirurgia, ainda há risco de CA (lembre: o local de acometimento é ≠)

Obs:
◦ Finasterida: inibe 5-α-redutase (que converte testosterona em DHT)
‣ EA: impotência e ginecomastia, HAS
‣ Reduz PSA
◦ Ciproterona: compete com DHT pelo receptor androgênico
◦ Flutamida: bloqueio total irreversível do receptor androgênico

Timoma
Tumor de apêndice • Massa em mediastino anterior
• <1 cm ➔ apendicectomia • Geralmente é um achado (assintomático)
• >1cm, em base, invade mesoapêndice ➔ ◦ Se sintoma: dor torácica, tosse, sd veia
hemicolectomia direita cava
• Sd paraneoplásica: miastenia gravis e anemia
aplásica
Neoplasias pediátricas Metástase óssea
• 1º ano ➔ tu de origem embrionária: • Próstata (lesões blásticas)
◦ Neuroblastoma, nefroblastoma, retinoblastoma, • Pulmão
hepatoblastoma • Mama
• 2 - 5 anos ➔ origem embrionária + leucemias, linfomas
• Rim
não Hodgkin e gliomas
• Escolares/ adolescentes ➔ tu ósseos, linfoma de
• Tireoide
Hodgkin e gonadais • Melanoma
• Até 15 anos: leucemia; após 15a: linfomas Sarcoma de retroperitôneo

• Muito raro

Osteossarcoma • Diagnóstico: TC ou RNM

◦ Tu ósseo + frequente na adolescência (>10a) • Tratamento eminentemente


◦ Metáfise de ossos longos
cirúrgico: tira inclusive as
◦ Rx: lesões líticas e blásticas
estruturas adjacentes
◦ 'Raio de sol’
acometidas

• Não são radio/quimio sensíveis

Sarcoma de Ewing
◦ <10 anos • Recidivas são comuns

◦ ‘Casca de cebola’ • Quanto menos diferenciação


mais chances tem de MT
Síndrome Carcinoide
• producao de serotonina: sindrome carcinoide
• Local mais comum
◦ Tu carcinoide (derivam de células neuroendócrinas): apêndice, íleo, reto
◦ Sd carcinoide: íleo, pulmão

Obs: somente 5% dos tu carcinoides fazem sd. Carcinoide

• Clínica
◦ Maioria assintomático
◦ Dor abdominal
◦ Síndrome carcinoide. (<10%) ➔ Produção de serotonina, histamina, substancia P ➔ flush facial,
diarreia, lesão valvar cardíaca D (valvula tricúspide), asma
‣ Obs: produz mais serotonina quando localizado no intestino médio (jejuno, íleo, apêndice)
• Diagnóstico
◦ Acido-5-hidroxiindolacético (5-HIAA) na urina de 24h
◦ Cromogranina A sérica, serotonina sérica
◦ Cintilografia = análogo de somatostanita radioativamente marcado (também dá estadiamento)
• Localização
◦ Cintilo
◦ TC abdome

Sarcomas (GIST)- maioria benignos


• local mais comum de Tu
estroma/ GIST ➔ estômago,
mas o de delgado é mais
agressivo!
• Derivados das células de Cajal
• Expressam proteína c-kit
(CD117)
• Geralmente não há metástase
para linfonodos
Diagnóstico: EDA + biópsia
(muito falso negativo)
Conduta: gastrectomia em cunha
± imatinibe (não precisa remover
linfonodos)
Adjuvancia: quando irressecavel

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