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Carcinogenese - Tuto 02
Carcinogenese - Tuto 02
EPIDERME
1. basal
2. Espinhosa
3. Granulosa
4. Lúcida As células escamosas são células
5. Córnea. achatadas presentes na camada
espinhosa (parte externa da epiderme)
Basal: Células prismáticas; basófilas e estão em constante renovação. Estás
que repousam sobre a membrana basal células são de formato cuboides com
que separa epiderme da derme. feixes de filamentos de queratina
- Os filamentos de queratina e os
desmossomos têm importante papel
na manutenção da coesão entre as
células da epiderme e na resistência
ao atrito;
- Também existem células tronco dos
queratinócitos.
DERME
MELANÓCITOS
Tecido conjuntivo em que se poia a
• A pigmentação da pele é epiderme e une a pele ao tecido
regulamentada por fatores subcutâneo ou hipoderme;
genéticos, ambientes e
endócrinos, que modulam a Dividida em duas camadas:
quantidade, tipo e distribuição de
melanina na pele, nos pelos e 1. Papilar: Delgada, constituída por
olhos; tecido conjuntivo frouxo, que forma
as papilas dérmicas.
• A cor marrom-escura é produzida
pelos melanócitos que estão na • Fibrilas especiais de colágeno que
junção da derme com a epiderme contribuem para prender a derme
ou entre os queratinócitos da à epiderme;
camada basal da epiderme;
2. Reticular: Constituída por tecido
• Os melanócitos se originam das conjuntivo denso.
cristas neurais do embrião e
migram para a epiderme entre a • Ambas as camadas contêm muitas
12a e a 14a semana de vida intra- fibras do sistema elástico, além de
uterina. vasos sanguíneos, linfáticos,
nervos, folículos pilosos, glândulas
Síntese da melanina
sebáceas e sudoríparas.
• Sintetizada nos melanócitos com a
proliferação da enzima tirosinase, HIPODERME
que transforma o aminoácido
tirosina em 3,4- di-
Tecido conjuntivo frouxo que une de
hidroxifenilanina (DOPA); depois a
maneira pouco firme a derme aos
tirosina age no DOPA, produzindo
órgãos subjacentes;
DOPA-QUINASE, que após várias
transformações converte-se em
Panículo adiposo: proteção contra o
melanina.
frio.
• A tirosina é sintetizada no R.E.G e
acumulada em vesículas no
complexo de Golgi. Essas vesículas
uma vez livres no citoplasma e
ch e i a s d e t i r o s i n a s e , s ã o o s
melanossomos I, na tirosina;
• Ve s í c u l a s c o m t i r o s i n a s e e
melanina são os melanossomos II e
III.
• A tirosinase dissocia-se,
constituindo-se os grânulos de
melanina que são transferidos para
os queratinócitos por meio dos
prolongamentos dos melanócitos.
Com isto, podemos citar alguns facilidade. Sem proteção, no entanto,
fatores de risco para o câncer de pele também se queima facilmente.
como: Fototipo 4: média
Esse fototipo apresenta um tom de pele
• A exposição excessiva ao sol sem o castanho claro, é mais resistente aos
uso de filtro solar, principalmente impactos dos raios UV e por isso
na infância e adolescência bronzeia facilmente, queimando-se
• Também temos como fatores ter muito pouco – porque ainda existe
pele e olhos claros, ser albino, ter sensibilidade ao sol, ainda que mínima.
vitiligo, ter histórico da doença na
família e fazer tratamentos com Fototipo 5: morena escura
medicamentos imunossupressores É a pele típica de pessoas negras claras.
• Exposição a raios ionizantes (por Raramente se queimam e ficam com um
exemplo a radioterapia, ao belo bronzeado. São pouco sensíveis ao
sol, mas isso não quer dizer que podem
arsênico e hidrocarbonetos
se descuidar da proteção solar.
• Fototerapia com UVA
•>Cicatriz de queimadura
Fototipo 6: negra
• Úlcera venosa crônica
A pele neg ra é completamente
• Osteomielite crônica
pigmentada e possui uma proteção
• Portadores de diversas
natural aos raios solares porque produz
dermatoses como: xeroderma
mais melanina. Também possui fibras
pigmentoso (caracterizado pela
d e c o l á ge n o m a i s r e s i s t e n t e s e
inabilidade de reparar o dano ao glândulas sebáceas maiores, deixando a
DNA induzido por UV) pele mais oleosa. Ainda assim, este tipo
• Fototipo baixo do tipo I e II de pele precisa de proteção solar para
evitar cânceres e envelhecimento
Fototipo 1: extremamente branca precoce.
Caracteriza-se por uma pele clara e,
não raro, com sardas. Este fototipo • F a t o r e s ge n é t i c o s ( o s ge n e s
nunca se bronzeia, apenas se queima CDKN2A e CDK4)
porque é extremamente sensível à
• Alteração do sistema imunológico;
radiação solar. Neste caso, a proteção
O carcinoma basocelular é o tipo de
deve ser bem maior.
câncer de pele mais comum, ele é
Fototipo 2: branca mais comum que o carcinoma
Neste caso é também uma pele clara, espinocelular porém os pacientes
porém levemente mais escura que o imunossuprimidos principalmente
primeiro. Os tons de olhos e cabelo nos pacientes transplantados de
também denunciam os tipos. No órgãos sólidos essa proporção se
primeiro, geralmente são loiros ou inverte.
r u i vo s . No s e g u n d o , ge r a l m e n t e
castanhos. É uma pele sensível ao sol,
mas se bronzeia lentamente. Os
cuidados, no entanto, são os mesmos.
Quadro clínico
Tratamento
Tratamento
Histopatologia
Histopatologia
O queratoacantoma é um tumor de
crescimento rápido, originado nos Caracteriza-se por uma massa de
folículos pilossebáceos, composto por células escamosas com multiplicação
células escamosas queratinizadas. É rápida, com uma cratera central,
relativamente comum na raça branca e preenchida por material orto ou
raro em negros e japoneses. Acomete paraqueratósico envolto por um epitélio
geralmente homens de meia idade. hiperplásico.
Existe uma controvérsia na Diagnóstico
classificação do queratoacantoma como
lesão maligna ou benigna. Para alguns, A biópsia da lesão deve ser sempre
é considerado como uma variante do realizada, procurando-se incluir a base
carcinoma espinocelular, mas por outro da lesão na amostra, importante para
lado, como pode ocorrer involução se afastar carcinoma espinocelular.
espontânea, muitos o consideram como
uma neoplasia benigna \ O diagnóstico diferencial se faz com
carcinoma espinocelular, carcinoma
basocelular, corno cutâneo, queratose
actínica hipertrófica, verruga viral, mo-
lusco contagioso, hiperplasia
pseudoepiteliomarosa e granulomas.
Tratamento Principais tipos de tumores de pele,
Apesar da possibilidade de regressão benignos e malignos e descrever suas
espontânea, a exérese cirúrgica da caracteristicas clinicas
lesão é recomendada. Outros tipos de
tratamento também podem ser Os tumores benignos são lesões que
realizados, como curetagem da lesão e podem surgir no decorrer da vida ou
eletrocauterização, crioterapia, 5-FU até mesmo podem ser de nascença. São
tópico e creme imiquimod a exemplos de tumores benignos os
5%3,18,19,53,54. nevos (pintas), cistos sebáceos,
lipomas, mama axilar, hemangiomas
(lesões vasculares), entre outros. Já os
principais tumores malignos de pele
(câncer de pele) são os carcinomas
basocelular (CBC) e espinocelular
(CEC), assim como o melanoma.
TUMORES BENIGNOS
Nevos (pintas)
Manifestação
Lagos venosos
TRATAMENTO
• eletrocauterização – este
procedimento envolve o uso de
uma pequena sonda elétrica para
queimar o angioma.
• criocirurgia – esta técnica rápida
e relativamente simples usa
nitrogênio líquido para congelar e
erradicar o angioma.
• cirurgia vascular do laser – este
procedimento emprega um laser
de corante pulsado para destruir
o angioma. A cirurgia é realizada
em regime ambulatorial, sem
pernoite.
• excisão da barba – este método
remove o crescimento do angioma
da superfície da pele, o que evita a
cirurgia invasiva e a costura.
Resposta imunológica
Tumores benignos das células adiposas
(gordura).
A regressao de células infectadas por
virus envolve uma resposta
Verrugas. multifutorial que inclui a imunidade
mediada por células e a indução de
As verrugas são neoplasias epidérmicas interferons. As variações individuais na
benignas causadas pelos papilomavírus imunidade mediada pela célula podem
humano (PVH ou HPV), que são explicar as diferenças na gravidade e
pequenos vírus de DNA. Existem mais duração. As verrugas se desenvolvem
de 100 tipos diferentes de HPV, e novos em muitos paciente imuno-deprimidos.
tipos são descobertos a cada ano. Os As verrugas ocorrem com maior
HPV infectam células epiteLIais da pele, frequência, duram mais e surgem em
boca, esôfago, laringe, traqueia e maior número nos pacientes com
conjuntiva e causam tanto lesões s í n d r o m e d a i m u n o d e fi c i ê n c i a
benignas como malignas . Eles induzem adquirida (SIDA ou AIDS) ou linfomas e
urna variedade de infecções naqueles que tomam fármacos
imunossupressores. Pacientes com
eczema atópico podem não estar sob
risco aumentado para verrugas virais,
como já foi suspeito.
TRATAMENTO TUMORES MALIGNOS
Alguns tipos de verrugas respondem
Carcinoma Basocelular (CBC)
rapidamente ao tratamento de rotina,
enquanto outras são resistentes. Deve-
se explicar aos pacientes que as
verrugas geralmente exigem várias
sessões de tratamento antes de se
atingir a cura. Como as verrugas estão
restritas à epiderme elas podem ser
removidas com pouca, ou nenhuma,
formação de cicatrizes. Para evitar a
formação de cicatriz, o tratamento deve
ser conservador. O tratamento que
resulta em muitas cicatrizes na mão
não vale a pena para as lesões que
apresentam resolução espontânea aula de
falar
~formais
no
is
Manifestações Clínicas:
Prognose:
Diagnose:
Tratamento:
- O procedimento terapêutico
depende da localização, do tamanho
e da profundidade do tumor.
- Em tumores de até 1,5 cm, na face e
no tronco, o método eletivo é a
Carcinoma Espinocelular (CEC) - Na pele, inicialmente, ocorre uma
área queratósica infiltrada e dura ou
É um tumor maligno constituído por nódulo que aumenta gradualmente e
proliferação atípica de células u l c e r a - s e . Na e v o l u ç ã o , p o d e
espinhosas, de caráter invasor, capaz adquirir aspecto de ulceração com
de originar metástases. Sua incidência infiltração na borda ou tornar-se
é de cerca de 15% das neoplasias vegetante ou córnea.
epiteliais malignas.
Manifestações Clínicas:
Tratamento:
Melanoma Maligno
a. Formas Clinicopatológicas:
Diagnose:
Ocorrem em qualquer área da pele,
particularmente nas plantas e na
face, e podem atingir as mucosas.
✓ A – Assimetria
✓ B – Bordas Irregulares;
✓ C – Coloração Heterogênea;
Melanoma desmoplásico – pouco ✓ D – Diâmetro;
frequente e se desenvolve nas regiões ✓ E – Expansão.
fotoexpostas, em indivíduos de pele
clara e com idade intermediária ou Além dos critérios do ABCDE, deve-se
avançada, cuja localização habitual é observar alterações no sensório,
na cabeça ou no pescoço. diâmetro maior que 1 cm,
Clinicamente, apresenta-se como crescimento, pigmentação irregular,
placa endurada ou nódulo i n fl a m a ç ã o , s e c r e ç ã o c r o s t a e
sangramento. ✓ Nível de invasão de Clark;
Evolução:
• Quimioterapia-Imunoterapia – é
A radioterapia, em doses altas, pode ser indicada no tratamento do
empregada excepcionalmente para melanoma metastásico e pode ser
pacientes inoperáveis. realizada sistematicamente ou,
conforma a localização do tumor,
• Melanoma Maligno com seletivamente, por meio de
Metástases nos Linfonosos – nos perfusões. Existe droga para uso
melanomas de 1,5 a 4 mm, quando em caso de melanoma metastásico
c o mp r o v a d o a e x i s t ê n c i a d e irressecável que é o vermurafenibe
metástases nos linfonodos, deve (inibidor da enzima BRAF, que, por
ser realizada a linfadenectomia sua vez, inibe o gene BR AF
regional. A linfadenectomia responsável por mutações no
profilática não é indicada. melanoma).
Em lesões de níveis IV e V, com
espessura maior do que 4 mm, a
linfadenectomia não é preconizada,
Prognose: Cirurgia excisional: remoção do tumor
com um bisturi, e também de uma
Taxa de sobrevida para melanomas borda adicional de pele sadia, como
cutâneos: margem de segurança. Os tecidos
removidos são examinados ao
microscópio, para aferir se foram
extraídas todas as células cancerosas.
A técnica possui altos índices de cura, e
pode ser empregada no caso de tumores
recorrentes.
Curetagem e eletrodissecção: usadas
em tumores menores, promovem a
r a s p a ge m d a l e s ã o c o m c u r e t a ,
Taxas de sobrevida em cinco anos: enquanto um bisturi elétrico destrói as
células cancerígenas. Para não deixar
vestígios de células tumorais, repete-se
o procedimento algumas vezes. Não
recomendáveis para tumores mais
invasivos.
Seguimento: Criocirurgia: promove a destruição do
tumor por meio do congelamento com
Não há um consenso acerca dos nitrogênio líquido. A técnica tem taxa
procedimentos mais adequados em de cura menor do que a cirurgia
relação ao seguimento dos pacientes excisional, mas pode ser uma boa opção
com melanoma. em casos de tumores pequenos ou
Orienta-se que os pacientes sejam recorrentes. Não há cortes ou
avaliados clinicamente a cada quatro sangramentos. Também não é
meses nos dois primeiros anos, a cada recomendável para tumores mais
seis meses nos três anos seguintes e invasivos.
anualmente por tempo indefinido. Cirurgia a laser: remove as células
tumorais usando o laser de dióxido de
carbono ou erbium YAG laser. Por não
causar sangramentos, é uma opção
e fi c i e n t e p a r a a q u e l e s q u e t ê m
desordens sanguíneas.
Cirurgia Micrográfica de Mohs: o
cir urgião retira o tumor e um
fragmento de pele ao redor com uma
cureta. Em seguida, esse material é
analisado ao microscópio. Tal
procedimento é repetido
sucessivamente, até não restarem
vestígios de células tumorais. Atécnica
preserva boa parte dos tecidos sadios, e
é indicada para casos de tumores mal-
delimitados ou em áreas críticas
principalmente do rosto, onde cirurgias
amplas levam a cicatrizes extensas e
desfiguração.
Terapia Fotodinâmica (PDT): o
médico aplica um agente
fotossensibilizante, como o ácido 5-
aminolevulínico (5-AL A) na pele
lesada. Após algumas horas, as áreas
são expostas a uma luz intensa que
ativa o 5-ALA e destrói as células
tumorais, com mínimos danos aos
tecidos sadios.