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Virar borboleta

Um homem não gostava das lagartas e sempre as eliminava quando via em seu jardim.
Mas gostava das borboletas sem conhecer a relação entre essas duas fases do mesmo
animal.
Uma lagarta que escapou do olhar desse homem, iniciou o seu processo de
transformação e estava prestes a emergir. O casulo estava quase se rompendo, quando
o homem, na pressa de querer ver a borboleta pronta, interferiu em seu processo. Ele
pegou o casulo e rasgou. A borboleta tentava sair, mas suas asas ainda estavam úmidas
e ela não conseguia voar. O observador, apressado e achando que estaria ajudando,
puxou a borboleta pela asa para tirá-la de dentro do casulo. A borboleta saiu, mas ficou
mole. Ela queria sair e queria voar, queria sentir o Sol, queria pousar nas flores, queria
ver a sua beleza refletida nas águas, queria conhecer outras borboletas e se apaixonar
pelo mundo. Mas ela estava frágil e assustada, ainda não se sentia preparada para
enfrentar o mundo, mas foi forçada a enfrenta-lo enquanto o observador olhava
orgulhoso achando que havia ajudado a borboleta a renascer. Ele não percebeu, mas
ele a feriu. Ele não quis feri-la, mas feriu.
Ela chegou a achar que não conseguiria. Ficou ao Sol, demorou, mas se curou.
Aprendeu a voar, conheceu flores e outras borboletas. Ela aprendeu a viver, mas a
ferida ficou em suas asas a fazendo pensar que não precisava ter passado por isso.
Não foi escolha dela ter sido ferida, mas foi escolha dela não desistir.
Toda lagarta tem um potencial para virar borboleta.
Marcia Jacob
Virar borboleta
Um homem não gostava das lagartas e sempre as eliminava quando via em seu jardim.
Mas gostava das borboletas sem conhecer a relação entre essas duas fases do mesmo
animal.
Uma lagarta que escapou do olhar desse homem, iniciou o seu processo de
transformação e estava prestes a emergir. O casulo estava quase se rompendo, quando
o homem, na pressa de querer ver a borboleta pronta, interferiu em seu processo. Ele
pegou o casulo e rasgou. A borboleta tentava sair, mas suas asas ainda estavam úmidas
e ela não conseguia voar. O observador, apressado e achando que estaria ajudando,
puxou a borboleta pela asa para tirá-la de dentro do casulo. A borboleta saiu, mas ficou
mole. Ela queria sair e queria voar, queria sentir o Sol, queria pousar nas flores, queria
ver a sua beleza refletida nas águas, queria conhecer outras borboletas e se apaixonar
pelo mundo. Mas ela estava frágil e assustada, ainda não se sentia preparada para
enfrentar o mundo, mas foi forçada a enfrenta-lo enquanto o observador olhava
orgulhoso achando que havia ajudado a borboleta a renascer. Ele não percebeu, mas
ele a feriu. Ele não quis feri-la, mas feriu.
Ela chegou a achar que não conseguiria. Ficou ao Sol, demorou, mas se curou.
Aprendeu a voar, conheceu flores e outras borboletas. Ela aprendeu a viver, mas a
ferida ficou em suas asas a fazendo pensar que não precisava ter passado por isso.
Não foi escolha dela ter sido ferida, mas foi escolha dela não desistir.
Toda lagarta tem um potencial para virar borboleta.
Marcia Jacob

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