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Ameagada a Estrutura do Lar Pela Irresponsabilidade e Pelo Divércio esidente David O. McKay (tido por seu filho Robert A. Mekay) Agbsto de 1960 feus queridos irmaos © irmas: Minha alma esta profundamente emocionada esta manhd devido, estou convencido, a uma combinag3o de circunstancias e experiéncias. Jamais me senti téo grato pelas béngdos do Senhor e pela fé e oracdes dos membros da Igreja. Sou grato pela restauracéo do Evangelho e pela gloriosa mensagem que acompanhou essa restauraco: que Deus vive e que seu Filho amado, Jesus Cristo, 6 0 Redentor e Salvador do mundo; que somos filhos de Deus e que éle nos deu um plano pelo qual poderemos retornar & sua presenga como séres ressurretos, Imortals. Sou grato pelo destacado progresso que a Igreja teve no ano passado; pelo coeso e Irrestrito apoio a monstrado a Autoridades Gerais e oficiais gerais da Igreja; pela lealdade, fé © devogdo das juntas gorais das auxiliares, dos oficiais nas estacas, quoruns, alas, misses e dos membros da Igreja em geral. Acima de tudo, sou grato pela certeza que temos da orientacso e do poder dominante do Senhor. Desejo estender a todos os presentes neste Taber naculo histérico — a nossos visitantes especiais, aos Iideres governamentals @ educaclonals, aus represei tantes regionais, a nossos oficiais e professéres de estacas, alas € auxillares, proximas e longinquas — e ‘208 amigos e membros que nos ouvem pelo rédio & televisio, minhas sinceras saudagdes e boas-vindas a esta 139° conferéncia anual da Igreja. Durante os ditimos meses tenho-me sentido pro- fundamente apreensivo com o bem-estar da humani: dade neste mundo de tribulagGes e falsos ideais. Com © aumento de crimes, 0 desrespeito pela lei ¢ a ordem, 8 sempre crescente porcentagem de divércios que re sultam em lares desfeitos; a imoralidade com todas as ‘suas conseqiéncias maléficas; com os preciosos prin- jos associados & liberdade do homem ameacados de repiidio, se no de abandono, chegou a hora em que os homens e mulheres deveriam tornarse mais atentos, devotados e diligentes do que jamais 0 foram na busca das causas das desgracas no mundo, escolhendo intré- pida @ herdicamente um ruma de vida melhor Esta 6 uma época em que a humanidade deveria voltar seus pensamentos aos ensinamentos de Cristo, nosso Senhor e Salvador, e em que os homens, mais do que nunca deveriam pautar suas atitudes © acdes por ésses ensinamentos. A néo ser que multidées de homens @ mulheres modifiquem assim suas vidas @ co- ragées, 0 mundo continuard tumultuoso e nossa atual civilizagSo ameagada de desintegracd Embora deplordvel, é fato sabido que 0 coragio dos homens, de um modo geral, esté voltado contra & do para Deus. Nao 6 a glorificacdo de Deus, mas a ‘autopromogio 0 fator de motivag3o na vida da malor parte das pessoas. A irreveréncia 6 por demais ma nifesta O mundo necessita de mais santidade e menos impiedade; mais autodisciplina, menos indulgéncla para com os desejos pessoais; mais forga de dizer como Cristo: “Pai... nao se faga a minha vontade, e, sim. @ twa." (Lucas 22:42) Cristy velv acer a pac. A rejeigdo do seu modo de vida féz florescer rivalidades @ discérdias. O homem, no 0 Senhor, tem causado conflitos mortiferos @ conseqliente miséria. As guer- ras nascem da inigiidade de maus lideres. Sdmente quando a liberalidade triunfar @ se chegar a uma paz Justa, podemos esperar o fim das guerras e a boa von- tade imperando entro os homens. Hoje em dia, quando ésses fatos so t4o patentes, & preciso que todos os homens sinceros reconhecam, os males que provocam as guerras, e se disponham, com a ajuda do Senhor, a bani-las para sempre. € pre- iso que a justica e a liberdade derrotem a iniqiidade © a opressio; a guerra, repito, nunca desaparecerd até ‘que 0s homens transformem sous coragdes e estabe- legam novos ideais. Um dos elementos essenciais, fundamentais na formacéo e perpetuaco de um grande povo é o lar. ‘A forca de uma nacdo, especialmente de uma nacdo republicana, reside nos lares inteligentes e bem orga- nizados do povo. Num lar bem organizado podemos ter, aqul na terra, uma idéia do que seja o céu. £0 lugar onde o bebé, no carinho da mae, experimenta pela primeira vez um sentimento de seguranga, encontra no beijo materno a primeira demonstracéo de afeto, des: cobre na simpatia e ternura dela « primeira prova de que existe no mundo o amor. Lembro que, durante a segunda guerra mundial, as contingéncias fizeram-me compartilhar um carro Pull- ‘man com quarenta jovens soldados, durante uma viagem de trem. Eram todos cavalheiros, um orgulho para qualquer nagéo. No transcurso da conversa um déles ‘observou, referindo-se a mim: “Meu pai também tem ‘cabelos brancos.” Depols acrescentou em tom profun- damente sentido: “Como gostaria de vor aquela cabe ga encanecida esta manhal” Ele e seus companheiros estavam a caminho de um acampamento onde termina riam 0 treinamento antes de serem mandados para ‘combater no alémmar. Haviam-se alistado para defen: der no sdmente 0 livre arbitrio do homem, mas tam- bém os direitos e a santidade do lar e dos entes quotidos. Essa afeicdo pelo lar e entes queridos de- ‘monstrada pelo Jovem soldado torna preferivel enfrentar @ morte a submeter-se a um inimigo que destréi o lar @ tudo 0 que os soldados americanos amam. Buscar 0 que 6 agradével no matrimonio, sem estar disposto a assumir a responsabilidade de criar uma familia 6 um dos males que agora solapam a estrutura do lar americano. Inteligéncia e consideragao mitua deveriam ser fatdres obrigatdrios a0 se determinar 0 ndmero de filhos num lar. E importante que os jovens compreendam que a formagao inteligente de um lar comega quando um rapaz @ uma méga sio ainda adolescentes. Freqiientemente, 2 saide dos eventuais filhos de um casal depende dos atos de seus pals antes do casamento. Na imprensa do palpito, e particularmente no lar, deveria soar mais amide a mensagem de que é na juventude que os ra- azes mdgas langam os alicerces de sua futura felici- dade ou infortiinio. Todo rapaz, especialmente, deveria reparar-se para a paternidade mantendo-se fisicamente limpo, a fim de que possa assumir essa responsabili- dade, ‘ndo como um covarde ou impostor, mas honro mente ¢ qualificado para formar um lar. jovem que, @ despeito de sua inaptidéo, assume a responsabilidade da paternidade € pior do que um impostor. A futura felicidade de sua espésa e filhos depende da vida pré: ‘marital do jovem. Ensinemos, também, a mdcas, que a maternidade 6 divina, pois quando tocamos na parte criativa da vida, entramos na esfera do divino. Portanto, é importante que as jovens reconhecam a necessidade de manter seus corpos limpos e puros, para que seus filhos che- guem ao mundo isentos de pecado e enfermidade, Boas condigées de salide e a heranga de um nobre carter so as maiores bénodos da infancia. Nenhuma me tem o direito de marcar uma crianga pera toda @ vida por uma coisa que na juventude the pareceu um passatempo agradavel ou pela ingestao de drogas per. niciosas ou outras préticas pecaminosas. Aquelas que serdo as futuras mées de uma nacdo deveriam, pelo menos, viver de modo a nao gerar filhos sobrecarrega- dos, jé desde o nascimento, com enfermidades, fraqueza ou deformagoes, porque seus pais, na juventude ardente, como disse Shakespeare, “com mente desavergonhada cortejam os meios da fraqueza e debilidade” Um dos males dominantes do mundo de hoje 6 a lascivia. Repito 0 que declarou o Presidente Joseph F. ‘Smith: "Nao hé cancer mais abominavel a desfigurar © corpo e a alma da sociedade de hoje do que a terrivel calamidade do pecado sexual. fle corrompe 0 proprio alicerce da vida, e lega seus efeitos infames aos ainda nao nascidos como uma heranca mortal.” (The Impro- vement Era, vol. 20, pg. 738) Aquéle que néo for casto na sua juventude trai a confianga néle depositada pelos pais da méca; da mesma forma a mOca solteira que no guarda sua castidads 6 docloal para com cou futuro espdso e lanca as bases da infelicidade, da suspeita @ da discérdia no lar. Néo se preocupem com aquéles professéres que falam sObre inibicbes. Mas tenham sempre em mente esta verdade eterna — que a casti- dade deve ser prezada como uma das realizagdes mais nobres da vida. Ela favorece a virilidade do verdadeiro homem; 6 a suprema virtude feminina e todo homem de cardter sabe que isto é verdade. € 0 principal fator de um lar feliz. Manter com dignidade os padres da Igreja nao provoca perda de prestigio. Podeis estar “no” mundo sem serdes “do mundo”. Prezai acima de tudo a vossa castidade! Deus deseja que sejamos castos: “Nao adulterards!”, disse 0 Senhor no Monte Sinai. (Ex. 20:14) As forcas degeneradoras vicejam no mundo, mas podem ser derrotadas se a juventude acalentar bons Pensamentos e aspirar a nobres ideais. O eterno con- flito entre 0 certo e 0 errado esta sendo travado com crescente furia, e presentemente nossos erros parecem levar a melhor. A crescente torpeza moral e 0 des- respeito generalizado aos principios da honradez e da Integridade estéo solapando a vida social, politica & profissional. A excelsa visdo do matrimdnio adotada pela Igreja esté perfeitamente expressa em seis palavras na seK 49 de Doutrina e Convénios: “O casamento 6 ordens- do por Deus.” (D&C 49:15) Joseph Smith recebeu esta revelagiio em 1691, quando tinhe apenas 25 anus de idade. Considerando as circunstdnclas sob as quais foi dada, 6 mais um exemplo, entre centenas de outros, ‘A LIAHONA - ESPECIAL que corroboram 0 fato de que éle era inspirado por Deus. Diante de nds estéo reunidos mithares de oft is presidentes em estacas, alas, quoruns e auxilia res, a quem dizemos — a vés cabe 0 dever de preservar 2 elevada concep¢ao do matrimonio dada nessa revela- G80 e de vos resguardar contra o imenso perigo que ameaga baixar 0 padrdo do lar ideal. Dizse que as melhores © mais nobres vidas so aquelas que estéo voltadas para elevados ideals. E na verdade, ndo ha mais elevado ideal matrimonial a ser ecalentado pelos jovens do que encarar 0 casamento ‘como uma instituigéo divina. Na mente dos jovens tal padrdo 6 uma protegdo durante 0 namdro, uma influén- Gia sempre presente que os induz a absterse de quel quer coisa que possa impedi-los de ir ao templo para tornar seu amor perfeito numa uniéo duredoura, eterna. Esse ideal os levaré a buscar orientacdo divina na es- colha de seus companheiros, uma escolha da qual de- pende em grande parte a felicidade de suas vidas aqui eno além. Ele torna seus coragdes puros @ bons: eleva-os até a0 Pai que esté nos céus. Tais alegrias estdo ao alcance de quase todos, homens e muiheres, 20 08 elovadoe ideale do casamento @ do lar forem devidamente fomentados e acalentados. Os sinais dos tempos indicam claramente que a santidade do convénio do casamento esta perigosamen- te ameacada. HA lugares em que a ceriménia mat monial pode ser celebrada a qualquer hora do dia ou a noite, sem nenhum preparative prévio. A licenca 6 emitida ea ceriménia realizada enquanto 0 casal espera. Muitos casais que se deixaram atrair por tal fengSdo, viram seu casamento terminar em desaponta mento e tristeza. Em certos casos ésses lugares nada ‘mais 880 do que oportunidades para a imoralidade lega- izada. Quéo longe ficam do verdadeiro ideal! Na medida do possivel, precisamos advertir nossos jovens sObre os perigos dos casamentos secretos e precipi tados. Também 6 vital combater @ influéncia da literatura que fala da “bancarrota do casamento”, que advoga os casamentos experimentais © que coloca as relagdes extramatrimoniais no mesmo nivel das amizades extra- maritais, A paternidade, © particulermente a maternidade, deve ser mantida como um dever sagrado. Existe algo no mais profundo da alma humana, que se revolta contra a paternidade negligente. Deus implantou bem no fundo da alma dos pais a certeza de que ndo podem esquivar-se impunemente da responsabilidade de pro- teger a Infancia e a juventude. Parece haver uma crescente tendencla de transterir esse responsabilidade do lar para influéncias exterio- res, tals como a escola © a igreja. Por mais impor- tantes que possam ser tals Influéncias externas, elas nunca poderdo substituir a influéncia exercida pelos pais. Ensino constante, vigilancia permanente, compa- nheirismo, protegéo, so coisas necessérias para men- ter nossos lares intactos. © caréter da crianga 6 formado em grande parte durante 08 primelros doze anos de vida. Durante tal Perfodo ela passa, acordada, dezesseis vézes mais horas no lar do que na escola, e 126 vézes mais horas no ler ‘Agosto de 1960 do que na Igreja. As criancas carregam 0 timbre de seus lares pela vida afora e sdmente se tals lares forem ‘© que devem ser, as criangas tornar-se-6o 0 que devem ser. Luther Burbank, 0 grande cientista e mago botd- nico, enfatizou Impressivamente a necessidads de cons- tante atencdo na educacdo de uma crianga. Diz éle: “Ensine @ crianca o respeito proprio. Treine-a no auto-respeito da mesma forma como vocé conduz uma planta a0 caminho melhor. Nenhum homem de amor- proprio jamais se delxou subornar ou iludir. Acima de tudo, tenha em mente a repetigao — usar a influéncia vézes sem conta, sem esmorecer. “Isto 6 0 que acaba fixando as caracteristicas nas plantas, a constante repeti¢éo de uma influéncia até que por fim 6 fixada irrevogavelmente e nunca mais mudara. Voc8 nao pode dar-se a0 luxo do desencora- Jamento. Vocé esté lidando com uma coisa muito mais preciosa do que qualquer planta — a preciosa alma de uma crlanga.” Hé trés coisas fundamentals a que téda crianga tem direito: (1) um nome respeltével, (2) um senti- ‘mento de seguranga, (3) oportunidades para desenvol- sigéo na comunidade. Toda crianca deseja uma familia ‘Go boa quanto a de seus amigos. Deseja ser copaz de epontar orgulhosamente seu pal, de sentir-se inspi- rada sempre que pensar na mae. € dever da mae viver do modo a que seus filhos a associem com tudo que 6 belo, doce @ puro. E o pai precisa ser de tal modo que @ crianca, imitando seu exemplo, se torne um bom cidadéo © um verdadeiro seguidor dos ensinamentos do Fvangelho de Jesus Cristo na lgreja ‘A crianga tem o direito de sentir que seu lar é um refdgio, um lugar onde esté protegido dos perigos e males do mundo 16 fora. A unidade e integridade fa miliar so imprescindiveis para preencher tal necessi- dade. Ela necessita de pals felizes, bom ajustados, que trabalham esperancosamente em’ busca de uma vida ideal, que amam seus filhos com amor sincero e ab- negado — enfim, pals que solam individuos bem equi- librados, dotados de certo grau de discernimento, capo: zes de proporcionarthe uma formago emocional salu- tar, 0 que contribuiré mais para seu desenvolvimento do que vantagens materiats. © divércio quase sempre priva as criangas désses beneficios. Ainda recentemente recebi uma carta con- frangedora de um menino de uns oito anos, cujos pals sto divorciados, e da qual citarel um trecho: “Caro David ©. McKay: Eu tenho um problema, 6 sobre ma- mae e papal. Eles 880 divorciados e nds (éle, seu ir- mao ¢ irma) os queremos juntos novamente. © senhor pode resolver meu problema?” Que tragédia para essa crianca, e quanta infelicidade essa separacéo trouxe 208 filhos. A crescente porcentagem de divércios nos Estados Unidos, hoje em dia, € uma perigosa ameaca para a srandeza dessa nago. © aumento dessa porcentagem ‘em todo 0 pais e em nosso proprio Estado 6 alarmante 2 luz das Cscritures, antiges © medernas, podemos Justificadamente concluir que 0 ideal de Cristo relativo ao casamento € 0 lar indissolivel, e as condigées que causam 0 divorcio s80 violagdes de seus ensinamentos divinos. Excetuando-se os casos de infidelidade ou outras condig6es extremas, a Igreja desaprova o di- vorcio, e as autoridades observam apreensivamente o progressivo némero de divércios entre os membros da Igreja. O homem que féz convénios sagrados na casa do Senhor, comprometendo-se a ser fiel a0 voto matri- monial é um traidor perante tal convénio, se afastar-se de sua espdsa e familia, s6 porque se delxou enfeiticar Pela carinha bonita e as formas sedutoras de certa jovem que 0 lisonjeou com um sorriso. Ainda que a Interpretacdo frouxa da lei do pais Ihe conceda a sen: tenga do divércio, acho que éste homem nao é digno de receber recomendacéo para solenizar seu segundo casamento no templo. E qualquer mulher que destréi seu lar por causa de algum desejo egofsta, ou que 6 infiel ao marido, também 6 infiel aos convénios que féz na casa do Senhor. Quando falamos de rompimento dos lagos ma- trimoniais. tocamos na mais triste experiéncia da vida Para um casal que se aqueceu ao sol do amor rec proco, observar as nivens dos malentendidos e da dis- cérdia obscurecerem essa luz que ilumina suas vidas, 6 realmente uma tragédia. Na escuridéo resultante, a centelha do amor extingue-se em seus olhos e 6 indtil tentar reacendé-la. Encarar 0 casamento como um simples contrato, assumido ao bel prazer devido a um capricho roméntico ‘ou por motivos egocéntricos, e que pode ser desfeito a0 ensejo da primeira dificuldade ou malentendido, 6 um mal que merece severa condenagio, especialmente ‘nos casos em que tal separagdo venha a causar sofri- ‘mento a criancas. © matriménio é um vinculo sagra- do, assumido com propésitos bem conhecidos — a for- macéo de uma familia, primordialmente. A atitude le- Viana perante o casamento, a mal-avisada sugestéo do “casamento experimental” (no qual os cOnjuges evitam filhos até comprovarem sua compatibilidade), a vil © diabélica teoria do “amor livre" e os divércios *instan- taneos”, so recifes perigosos contra os quais se des- pedacam muitas familias. A fim de diminuir o numero de lares desfeitos, a atual tendéncia de menosprezar 0 casamento deve ser substituida pela visio sublime do matrimonio que Jesus Cristo concebeu. Encaremos o casamento como um ‘compromisso sagrado, um convenio eterno ou que pode tornar-se eterno. Ensinal aos jovens de ambos 0s sexos as respon- sabllidades @ Ideals do casamento, para que compre- endam que éle envolve um compromisso e que néo & lum contrato que pode ser desfeito a seu bel prazer. Ensinai-lhes que © amor puro entre os sexos 6 uma das colsas mais nobres na terra e que gerar e criar filhos 6 © mais elevado de todos os deveres humanos. E dever dos pais estabelecerem no lar um exemplo que ‘as criangas possam ver e absorver, quanto & natureza sagradas da vida familiar e 4s responsabilidades @ ela relacionadas. © niimero de casamentos desfeitos pode ser redu- zido se 08 casais compreenderem, ainda antes de che- garem ao altar, que 0 casamento 6 um estado de ser- vigo mituo, um estado tanto de dar como de receber fe que cada um tem de dar 0 maximo de si proprio. Harriet Beecher Stowe afirma sabiamente: “Nenhum homem ou mulher conseguiré criar um verdadeiro lar, se no estiver disposto desde 0 principio, a abracar a vida com herofsmo, a enfrentar trabalho e sacrificio. ‘Sdmente os que assim se dispuserem poderdo receber @sse divino poder de criar na terra o que é a mais préxima imagem do céu." Qutra condigéo que contribui para a duracéo do convénio matrimonial 6 0 casamento no templo. Antes que tal casamento seja celebrado, & preciso que os noivos obtenham uma recomendagao do bispo. Devem procuré-lo pessoalmente, e 0 bispo que for conscien- closo explicaré ao casal a natureza sagrada do com- promisso que éles, como jovens, esto para assumir, enfatizando todas as salvaguardas Ja mencionadas. All, na presenca do Sacerdécio, antes de assumirem os compromissos matrimoniais, os jovens recebem instru- Ges acérca da santidade dos deveres que os aguar- dam; e, além disso, determinam se estéo ou néo pre- parados para irem ao altar de Deus em santidade © pureza, a fim de selarem seus votos e amor. Finalmente, existe um principio que, a meu ver toca oxatamonte na raiz da folloidade matrimonial 0 padrao de pureza pregado pela Igreja e praticado entre 0s seus verdadeiros membros. Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias existe apenas um adréo de moralidade. Nenhum rapaz tem mais direito de deixar de ser casto do que uma méga. De um jovem que procura seu bispo para pedir uma recomendacéo para levar uma méca pura ao altar, espera-se que dé a mesma pureza que pretende receber. Para a solugéo do magno problema do crescente rnamero de divércio, podemos nos voltar seguramente para Jesus Cristo como guia, Ele declarou que @ re: lagdo matrimonial é de origem divina, que “o casamen- to 6 ordenado por Deus" (D&C 49:15), e que somente em condigSes extremes pode ser anuiado. Nos ensi namentos da Igreja de Cristo a familia assume impor- tancia suprema no desenvolvimento do individuo © da socledade. “Felizes e trés vézes felizes so aquéles que desfrutam uma unio ininterrupta © cujo amor, re- sistindo a qualquer querela, permanece indissolivel.” A instituig&o do casamento, quando selado pela auto- Fidede do Santo Sacerdécio, perduraré como as rel ges familiares, por todo o tempo e a eternidad “Portanto, 0 que Deus ajuntou no o separe o homem. (Marcos 10:9) ‘Que Deus nos abencoe para que olhemos a natu: reza sagrada do lar e do convénio do casamento com mals seriedade, devocdo e sinceridade, eu oro em nome de Jesus Cristo. Amém. ‘A LIAHONA - ESPECIAL

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