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Brunimento de Curso Longo-Precidor
Brunimento de Curso Longo-Precidor
'PRECIDOR"
ENGENHARIA MECÂNICA
M ESTRE EM ENGENHARIA
_______________________y t U / i A ^ -v i_________________________________
PROF. ARMANDO ALBERTAZZI GONÇALVES JR., DR. - ENGa. M ECÂNICA
______ ________________________
ENG. IV A N DA COSTA FILHO
Aos meus Pais
ao meu Irmào
IV
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Antônio de Souza Peres e Salete M achado Peres, que sem pre me apoiaram
Ao Prof. Dr. - Ing. W alter Lindolfo W eingarertner, pela amizade, exem plo, dedicação e
orientação no trabalho.
A CAPES e CNPQ - Program a RHAE - M ecânica de Precisão, pela concessão das bolsas
Aos irmãos Joel M artins Crichigno Filho e D aniel Hioki pela presença constante e
cooperação inestimável.
Ao amigo e colega Durval João De Barba Jr, pela colaboração nos difíceis mom entos da
Aos amigos Irapuan dos Santos e Y ara Lemr, pelo auxílio na correção do trabalho.
Ramos, Fernando Cúrcio, H ew erson Ranieri da Silva, Isaias M asiero Filho, Juliano Shem er Rossi,
Aroldo Osis, Luis H enrique Figueiredo, M anfred M olz, M aurício Cappra Pauletti, Oliver
Odebrecht, Régis Scapini M arques, Ricardo V ieira A ntunes, m ais do que colaboradores, amigos
Enfim, a todos que direta ou indiretam ente me auxiliaram , possibilitando a execução deste
ÍNDICE
AGRADECIM ENTOS iv
Í N D I C E .............................................................................................................................................................v
R E S U M O ......................................................................................... ............................................................xix
A BSTRA CT ...................................................... xx
1. IN T R O D U Ç Ã O ....................................................................................................................................... 1
2. OBJETIVOS 3
3. ESTADO DA A R TE DO BRU3NIMENTO 4
3.2.1. Form a M édia dos Gumes de G eom etria não D efinida ........................... 6
3.2.2. Princípio de Atuação dos Processos de G eom etria não D efinida .... 7
3.3.2. L ig a n te s ...................................................................................................................17
- Ligantes in o r g â n ic o s ...........................................................................................18
- Ferramentas m a c iç a s ...................................................................................... 36
- B ra s a g e m ........................................................................................... ............... 42
- R e tific a ç ã o ......................................................................................................... 42
- A f i a ç ã o .............................................................................................................. 43
- Dispositivo f lu tu a n te ...................................................................................... 44
- Dispositivo r í g i d o ........................................................................................... 45
ANEXOS 145
XII
LISTA DE FIGURAS
C A PÍT U L O 3
Figura 3.8 - Esquem a para designação de uma pedra de brunir DIN - 69.186 [ 1 : 6 ] ........... 22
Figura 3.26 - Rem oção e rugosidade obtidas em m últiplos estágios de brunim ento .... 38
Figura 3.27 - Expansão por haste cônica (a), cones (b) e cunha ( c ) ........................................ 39
Figura 3.37- Relação entre força de corte e pressão de contato no tempo [44] ................... 49
Figura 3.38 - Influência da pressão de contato na taxa de brunim ento [42] ........................ 51
Figura 3.40 - D esgaste da ferram enta em função da pressão de contato [1] ........................ 53
Figura 3.41 - Influência da pressão de contato sobre os erros de form a [1] ........................ 54
Figura 3.42 - Influência da velocidade na taxa específica de brunim ento [12] ................... 55
Figura 3.47 - Correção dos defeitos do brunim ento pela adequação do curso [ 2 3 ] ............. 60
Figura 3.50 - Influência do com prim ento da ferram enta no erro de cilindricidade [8] . . . 64
Figura 3.51- Influência da largura da ferram enta sobre o erro de circularidade [8] ........... 65
Figura 3.52 - D esvio de form a e rugosidade em função do tam anho de grão [ 1 ] ................ 66
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
Figura 5.6 - F orça de avanço em função da sobrem edida para os erros de form a do tipo
A, B e C ......................................................................................................................................... 104
Figura 5.7 - Dispersão dos resultados da força de avanço para ferram enta D50 ................ 105
XV
Figura 5.8 - M omento torçor em função da sobrem edida para os erro de form a do tipo
A, B e C ......................................................................................................................................... 106
Figura 5.9 - Dispersão dos resultados do mom ento torçor para ferram enta D50 ................ 107
Figura 5.10- Força de avanço em função da sobrem edida para os erros de form a do tipo
Figura 5.11 - Dispersão da força de avanço para a ferram enta D 1 5 0 ..................................... 111
Figura 5.12- M omento torçor em função da sobrem edida para os erros de form a do tipo
A, B e C ......................................................................................................................................... 112
Figura 5.13 - Dispersão do momento torçor para a ferram enta D l 5 0 ...................................... 112
Figura 5.14 - Evolução da força de avanço com a sobrem edida para ferram enta D50 . . . 113
Figura 5.15 - Evolução da força de avanço com a sobrem edida para ferram enta D l 50 . . 114
Figura 5.16 - Evolução do mom ento torçor com a sobrem edida para ferram enta D50 . . . 115
Figura 5.17 - Evolução do mom ento torçor com a sobrem edida para ferram enta D 150 . . 116
CAPÍTULO 6
Figura 6.10 - Relação entre a rem oção e as grandezas de entrada ........................................ 133
SIMBOLOGIA
a O ângulo de cruzamento
a O ângulo de incidência
DM dispersão da medição
F N força de corte
Ff N força de avanço
FP N força normal
F, N força tangencial
0 ângulo de saída
y
h mm am plitude de oscilação
íe linha de corte
P. Pa pressão de contato
P e Pa pressão hidráulica
Ra jim rugosidade
Rt (am rugosidade
Rz (im rugosidade
Tc s tempo de processo
Tk s tempo de contato
tp
perfil de suporte
y mm curso de oscilação
do tipo "Precidor". Este processo é um a variante do brunim ento de curso longo, diferenciando-se
por uma elevada remoção de material em um único ciclo da ferram enta de corte.
Na prim eira etapa de estudo, são analisados os esforços de corte gerados durante o
processo, com o em prego de duas ferram entas diam antadas de diferentes granulom etrias. O estudo
do com portam ento da força de avanço e do mom ento torçor levou a constatação que o perfil e
deslocamento das divesas regiões da ferram enta, em relação à peça. M ais especificamente,
características de força e de momento. A análise destes esforços perm ite, ainda, inferir sobre os
fenômenos que regem o processo, já que para determ inada condição pode haver um domínio do
atrito ou do corte.
sobrem edida de material, o desvio de form a e a rugosidade inicial da peça, o curso, a rotação
e o avanço da ferram enta agem sobre as qualidades geom étrica e superficial das peças brunidas.
Esta análise é efetuada m ediante a im plem entação de técnicas Taguchi para a execução
de experimentos, o que possibilita investigar o efeito gerado por cada um dos fatores
ABSTRACT
In this work the technological features o f the "Precidor" honing process are studied. This
is a variation o f the long storke honing process, and the main difference to conventional honing
In the first part o f this work, the shearing forces generated during the process are
analysed for two diam ond tools with different grain sizes.
The study o f the thrust force behaviour stated that the characteristics o f the efforts
registered during the honing process, are associated to the position o f the tool, in reference to
the workpiece. It was observed that alterations on stock removal and in the initial shape o f the
hole change the features o f forces and moment. The analysis o f these efforts allow s to infer on
the (friction and cutting) phenom enons that rule the process.
In the second part o f the work the influence o f the diverse input data o f the honing
process are correlated to the result o f the work. It is observed, that the stock rem oval, the form
deviation and initial roughness, the storke, rotation and feed o f the tool have an influence on the
The analysis is done using Taguchi technics to determ ine the experim ents, that allow to
investigate the effect generated for each one o f the factors isolated, as well as the effects
O processo de brunim ento de curso longo traz, em seu desenvolvim ento uma grande
contribuição para a usinagem de precisão, que é a possibilidade de fabricar furos, com alta
principalm ente quando sua aplicação está vinculada à solicitações por atrito, tem no brunim ento
um a das soluções mais adequadas. Quer seja por meio das linhas de corte entrecruzadas, ou
mesmo através da geração de superfícies platafórmicas, o brunim ento perm ite a retenção de uma
camada superficial de lubrificante. Fator que m elhora o com portam ento de desgaste, propicia um
bom contato entre as partes móveis e reduz sensivelm ente os níveis de ruído produzidos durante
o trabalho.
processo nos mais diversos campos da indústria, principalm ente na fabricação de com ponentes
hidráulicos, elem entos de m otores e compressores, peças rotativas e etc. D entro deste contexto
situam-se as ferram entas "Precidor", que a partir de seu surgimento, na década de setenta, vêm
De form a sem elhante ao que acontece com os demais processos de usinagem com
ferram entas de geom etria não definida, em relação ao brunim ento existem poucas inform ações
que com pilem o conhecim ento adquirido e acum ulado na área. Em se tratando de um processo
específico, como é o caso do brunim ento "Precidor", as inform ações são bem mais restritas,
LM P, o qual resultou, entre outras publicações, na execução deste trabalho. Para isto, foi
executado um estudo orientado ao brunim ento, de dois, dos com pressores produzidos pela
No brunim ento, um a das grandezas que influi significativam ente sobre os resultados do
trabalho é a pressão de contato, gerada entre a superfície brunida e pebra de brunir. A avaliação
do com portam ento do processo poderia, então, ser executada em função desta variável de entrada,
contudo a obtenção da pressão de contato é muito difícil, principalm ente com o emprego de
ferram entas que possuam sistem a de expansão mecânica. Esta lim itação fez com que se
com portam ento da força de avanço e do momento torçor, em função da rem oção de material e
da form a inicial das peças brunidas, o que levou à identificação das etapas do processo,
perm itindo a análise sobre os fenôm enos que regem este tipo de usinagem .
com o brunim ento, as restrições encontradas relacionaram -se às condições de realização dos
ensaios, pois um a série de m edições deveria ser efetuada, nas peças, antes e depois dos
experimentos. Para viabilizar este estudo buscou-se um a m etodologia que perm itisse avaliar
pequeno núm ero de experimentos. Chegou-se ao uso das técnicas Taguchi, que além de uma
análise bem mais rápida, perm item um a boa confiabilidade nos resultados, tanto que tendências
de curso longo, m as apesar deste ser o aspecto principal enfocado, um a visão global do
OBJETIVOS
que reúna um grande número de inform ações sobre o processo de brunim ento, em e sp e c ia l, sobre
o brunim ento de curso longo. Com esta pesquisa objetiva-se investigar as grandezas de principal
influência sobre o processo, o que propicia o em basam ento para a verificação experimental.
ANÁLISE DAS FORÇAS DE BRU NIM EN TO ; pretende-se conhecer o com portam ento
da força de avanço F f e do m om ento torçor M t, bem como a ordem de grandeza em que estes
esforços se encontram durante o processo. Com isto objetiva-se caracterizar as diversas etapas
do processo. Esta análise será procedida em relação à sobrem edida de material a usinar e ao
fatores como a sobrem edida de material, desvio de form a e rugosidade iniciais da peça, curso,
rotação e avanço da ferram enta sobre os resultados obtidos no brunim ento "Precidor". Procura-se
identificar as variáveis de m aior significância de m aneira que se possa m ostrar com o proceder
U m a das prim eiras notícias sobre o emprego do processo de brunim ento, foi registrada em
1910, na Alemanha. Nesta ocasião a ferram enta de brunir era constituída de um cilindro de
em fazer com que as metades da ferram enta fossem pressionadas contra as paredes do furo,
procedendo a remoção de material. Neste prim eiro desenvolvim ento tanto o avanço quanto a
rotação do sistem a eram manuais. Pouco mais tarde foi em pregado um pistão de alumínio
adaptado a um a furadeira de coluna, que conduzia tal ferram enta. Após a I G uerra M undial,
em série. No ano de 1921, uma fábrica em D etroit registrou a prim eira patente do processo de
brunim ento, que se distinguia pelo uso de um a ferram enta expansível e um elem ento cardânico
de transm issão de força. Em 1926, este processo de fabricação havia sido introduzido em várias
U m a outra origem do processo resultou no desenvolvim ento do brunim ento de curso curto.
Em 1935, a Chrysler detectou falhas, em seus mancais, causadas por im pacto e vibrações
resultantes do acabamento insuficiente nas pistas de rolam entos. Estas falhas foram eliminadas
pela m elhora da qualidade superficial fornecida por um novo processo criado na própria empresa,
o "superfinishing". M ais tarde um número m aior de em presas nos EUA, A lem anha e URSS,
A década de 60 ficou m arcada principalm ente pelo início do em prego de ferram entas de
diam ante em alta escala. A longa vida das ferram entas associada às altas taxas de remoção
proporcionou o crescim ento da produtividade, perm anecendo a qualidade das peças constante
ao longo do processo. Apesar das lim itações quanto aos diâmetros que inicialm ente podiam ser
brunidos, de 150 a 180 mm, qualidade dos ligantes e a competição oferecida pelo corindum,
estas ferram entas efetivaram -se de form a significativa. N este período iniciou-se tam bém o uso
para trabalhos finos. O crescente aum ento das exigências de precisão e as constantes melhorias
dos sistem as de m edição levaram à esta situação. Como resultado surgiram novas tecnologias no
campo dos abrasivos e mesm o na concepção das ferram entas, onde se pode destacar as
ferram entas"Precidor" [3], A inda na m etade desta década, a em presa General Eletric desenvolveu
um a nova classe de CBN, o Borazon S10, com a finalidade de aplicá-lo exclusivam ente em
ferram entas de brunir. Este abrasivo recebia um tratam ento superficial específico, ocasionando
um a alta aderência com a m atriz metálica. Além disto, a possibilidade de velocidades de corte
mais elevadas, m aiores taxas de remoção e grande uniform idade dos grãos, tom aram este abrasivo
um forte concorrente ao óxido de alumínio, apesar de seu custo mais elevado [4],
A tualm ente pode-se observar um crescente desenvolvim ento na área. Um m aior domínio
na produção de abrasivos, principalm ente diam ante e CBN, tem propiciado o controle
dim ensional e geom étrico dos grãos. As novas características construtivas das ferram entas têm
perm itido a obtenção de peças com alta precisão, o que reflete sensivelm ente na produção [5],
Em conjunto, a autom atização das m áquinas de brunir tem levado a um a alta eficiência
destes sistem as produtivos, possibilitando a correção de erros de form a, redução de custos, alta
Para que se possa discernir sobre um processo de usinagem , deve-se ter em consideração
a tecnologia básica que o envolve. Entenda-se por tecnologia básica os fenôm enos referentes à
geom etria da ferram enta, formação de cavacos, forças na zona de corte e no gum e da ferramenta,
D eve-se ter em mente que os aspectos acim a são interdependentes, isto é, não se pode falar
em desgaste sem conhecim ento preciso da geom etria da ferram enta, material usinado e dos
esforços envolvidos. Estes itens são, de certa form a, facilm ente obtidos na usinagem com
geom etria definida, ao passo que nos processos de fabricação com geom etria não definida existem
G rande parte dos grãos abrasivos utilizados neste processo são feitos de materiais cristalinos
duros, cujos form atos e granulom etria são obtidos através de moagem. Por isso e graças à
natureza frágil destes materiais, tem -se a form a geom étrica aleatória, que apresenta gumes afiados
e cantos vivos [7], Quando se trata de CBN e diam ante, am bos obtidos por processos de
sintetização, deve-se considerar que apesar de um a m aior hom ogeneidade, tam bém a aleatoriedade
está presente.
O utro ponto a ser considerado é o fato de que apenas as partes m ais salientes da superfície
dos grãos penetram n a peça, de form a que estas protuberâncias são os gumes propriam ente ditos.
D evido ao grande núm ero de gumes atuantes, bem com o pelo fato da estrutura geom étrica desses
grãos variar com o desgaste, é impossível determ inar um a form a geom étrica definida para todos
eles [7;8;9], Em geral os gumes apresentam dois perfis principais, como se pode observar na
figura 3.1.
A form a (a) m ostra o tipo mais raro de perfil encontrado. Este apresenta melhores
características de corte, pois sua geom etria é mais apropriada à usinagem , o que é evidenciado
pelo ângulo de incidência (a ) bem definido. Ao passo que na form a (b), correspondente à mais
usual, nota-se um a superfície resultante de desgaste ou dressam ento, o que im plica em um ângulo
(a ) tendendo a zero. Esta condição propicia um aum ento m uito grande no atrito gum e-peça, com
a b
 NG ULO DE SAÍDA - y
 NG ULO D E INCIDÊNCIA = a  NG ULO DE C U N H A = p
Além da geom etria dos gumes, a m aneira como estes são levados a penetrar na peça é de
suma im portância [7], N a figura 3.2 distinguem -se quatro form as para se obter a penetração do
grão abrasivo na superfície usinada. Cada processo pode ser diferenciado então, de acordo com
No jateam ento, os grãos abrasivos não ligados são arrem essados sobre a superfície a ser
trabalhada. No caso de m ateriais dúteis form am -se pequenas crateras, devido a um processo de
encruamento superficial. Se o material a ser trabalhado é frágil, então a ação do grão se dá no
sentido de arrancar partículas. A remoção ocorre principalm ente devido a energia cinética de que
o grão abrasivo, limitado entre a peça e a ferram enta de lapidar, provoca o aparecim ento de
de fadiga devido ao rolamento constante do grão, o que caracteriza tam bém o princípio de ação
por limitação do espaço físico ou posição. O terceiro meio de ação apresenta-se quando a
superfície da peça exerce uma elevada pressão contra o disco. Como o grão abrasivo está sem
a possibilidade de rotação, ocorre a form ação de riscos na superfície da peça. Neste caso o
Nos processos de retificação e brunim ento a remoção também ocorre por força, mas como
os grãos estão fortem ente ligados, descrevem um m ovim ento em relação à peça. Portanto, tem-se
PRINCÍPIO DE AÇÃO
O tem po de contato específico do grão é definido como a razão entre o tempo de contato
(T J e o tem po de processo (Tc). Para se ter uma idéia da ordem de grandeza do tempo de contato
RETI FI CAÇÃO Tc
BRUNI MENTO Tc
íi n i f m n i i n n
LAPI DAÇÃO Tc
N ota-se que no brunim ento o tempo de contato é maior, pois os grãos só deixam de tocar
a peça nos finais de curso. N a retificação, os toques dos grãos na superfície da peça ocorrem no
peça é aleatório.
D urante o brunim ento os grãos abrasivos penetram a superfície da peça em uma trajetória
plana. Com o estes grãos não estão uniform em ente distribuídos no ligante, existindo gumes mais
protuberantes que outros, nem todos executam o corte sim ultaneam ente. Para que ocorra
efetivam ente a rem oção de material, se faz necessário que a espessura de usinagem (hcu), já
Com gum es m enos salientes (a e b) não é possível chegar a este valor, assim somente as
deform ações elástica e/ou plástica são conferidas à superfície, sem que haja form ação de cavaco
geom etria do gum e, da velocidade com que o gum e se desloca, das relações de atrito do sistema
a b c
No brunim ento, os cavacos produzidos pelo grão abrasivo são m uito pequenos, apresentando
form as geom étricas variadas dado a irregularidade dos gumes e sua distribuição descontínua no
meio ligante [9], A direção tom ada pelos cavacos é função da cinem ática do processo, enquanto
que o sentido de saída dos mesmos é inverso ao m ovim ento de avanço da ferram enta. À medida
que a usinagem se processa, os cavacos deslizam sobre a superfície da peça, atingem o ligante
provocando seu desgaste e por fím mudam de direção, possibilitando a m udança de sua forma
[1;8], O bservando-se estes cavacos, vem os que têm grande sim ilaridade com as partículas de
material rem ovidas no processo de torneamento, fresam ento ou plainam ento. Isso dem onstra que
o corte com os grãos abrasivos é sujeito às mesm as leis que regem as ferram entas de geom etria
11
definida [8;9]. De acordo com as condições impostas pelo processo, como velocidade, pressão
Os m ecanism os que regem o desgaste das ferram entas de abrasivos super duros e
silício por exem plo, apresentam cegamento de gumes isolados, resultante das altas pressões e
desgaste por abrasão [7]. Quando os níveis de desgaste atingem patam ares nos quais o valor da
força de corte supera o da força de fixação do grão, este se desprende por inteiro, podendo haver
o deslocamento de vários grãos em cadeia, figura 3.6 [10], Em proporção sim ilar, o ligante,
muitas vezes vitrificado, desgasta pelo rompimento da estrutura, ou ainda pelo entupim ento dos
Os grãos abrasivos de diamante e CBN, devido sua alta dureza, não desgastam
diferente, apesar de, em altas pressões, os abrasivos super duros estilhaçarem da m esm a forma
que os convencionais.
D urante a usinagem com estas ferram entas, os cristais giram com um a determ inada
velocidade de corte, removendo material da peça. Os cavacos, continuam ente form ados, provocam
o aparecim ento do desgaste de cratera no ligante, exatam ente na frente de cada grão cortante,
figura 3.7b. Como a movimentação das pedras apresenta dois sentidos no decorrer do processo,
os cavacos são rem ovidos da região de corte, prom ovendo o aparecim ento de vales em form a de
CORTE AA
o que resulta em um a região de suporte, a qual acaba por sustentar o grão abrasivo, prevenindo
unidos entre si por um ligante. Para que exista remoção eficiente de material é necessário que
- alta dureza, para que m antenham por m uito tem po os gumes afiados e
- resistência term o-quím ica, evitando a deterioração ou reação com o m aterial da peça.
Como é difícil que um abrasivo satisfaça a todas estas exigências sim ultaneam ente, sua
escolha depende do material a ser brunido e do resultado desejado [7; 12], A seguir são
apresentados os principais materiais utilizados atualm ente na confecção de pedras de brunir, bem
53% de quartzo branco puro e 40% de coque de alta qualidade, aos quais são acrescentados cerca
alta (K 100 = 2450 a 3000) e independe da orientação dos cristais, sendo esta variação resultante
apenas do processo de obtenção do material. O SiC possui boas características de fratura e uma
alta estabilidade quím ica e térm ica, apresentando-se sua tem peratura de am olecim ento próxim a
D istinguem -se basicam ente duas qualidades de carboneto de sílicio, as quais variam com
14
A dureza associada às duas qualidades é praticam ente igual, porém o carboneto preto
ferros fundidos, onde há a necessidade do grão penetrar o m aterial e levantar os cavacos/N o SIC
esta propriedade é assegurada por sua dureza, que garante a penetração, juntam ente com a
- Óxido de alumínio ( A L ^ )
O coríndun natural com põe-se principalm ente de óxido alum ínio, com um teor de 80 a 90%,
o que lhe assegura um a dureza relativam ente elevada (K 100=2050). A tualm ente não é aplicado,
im purezas, geralm ente T i 0 2 , S i0 2 e Fe20 3. O grau de tais im purezas distingue as três qualidades
• Normal - muito usada, apresenta a cor m arrom , cuja intensidade é função do teor de
T i0 3. U m a variação desta coloração é produzida em função da queim a da pedra, que m uda para
azul de diferentes tonalidades, característica tam bém influenciada pela presença de Fe20 3 [9], São
• Média - apresenta cor marron mais clara até cinza esbranquiçado, usado para retificação
de aços em geral.
• Extra - tem cor branca e A120 3 com pureza superior a 99%, apresentando grãos duros
(K 100=2150), porém menos tenazes e mais friáveis. A adição de Cr20 3 em porcentagens baixas
altera dureza e a friabilidade do abrasivo, modificando sua cor para rosa. E usada em aços
O CBN é o abrasivo mais duro conhecido, excetuando-se o diamante. Porém resiste melhor
à tem peratura do que o diamante. Os grãos de CBN apresentam dureza (K 100=4700) e um aspecto
• Com recobrimento - possui 60% de níquel em peso e é recom endada especialm ente para
ferram entas com ligantes resinóides, sendo aplicados em trabalhos a seco e úmido.
O abrasivo de CBN é estável, sob pressão atmosférica, até 2000°C. Se ultrapassada esta
tem peratura ocorre a regressão da form a cúbica à form a hexagonal e a perda das suas
propriedades mecânicas [9; 13]. Reage com água ou vapor d'água a tem peraturas perto de
adequado, para obter uma m aior vida útil [9], U m a grande vantagem deste material é a
capacidade de ruptura frágil que induz à afiação contínua dos grãos [15], A pesar de seu preço
elevado, o CBN é usado para brunir todos os tipos de aços, níquel, superligas de cobalto e
- Diamantes
O diam ante vem sendo largamente em pregado para a confecção de ferram entas de
brunim ento devido ao seu alto desempenho tecnológico. Entre as propriedades mais relevantes
do diamante, como material abrasivo, deve ser citada a sua extrem a dureza (K 100=5000 a 8000),
a qual nenhum outro material pode atualmente alcançar. Os diam antes se dividem em dois grupos
fundamentais:
• Diamante natural - é com posto quim icam ente por carbono puro, o qual foi formado em
condições de pressão extrem as e tem peraturas elevadas, durante um longo período de tempo.
A proxim adam ente 80% dos diam antes naturais não podem ser em pregados com o diamantes de
joalheria, em decorrência de falhas e inexistência de pureza suficiente. Esses diam antes estão à
A aplicação do diam ante natural se dá em m ateriais moles, graças à alta resistência dos
grãos, onde é possível um a forte pressão de expansão da ferram enta e com isso um bom
rendim ento de corte. D evido ao reduzido desgaste, o diam ante natural apresenta vida longa
[16].
• Diamante sintético - para a sua fabricação é exigido um alto desem penho enérgético
e técnico. Existem três processos básicos para sua obtenção, porém 90% de todos os diamantes
são fabricados pela transform ação direta de grafite em diam ante, através da ação de um
catalizador (níquel). Este processo de sintetização possui um a grande flexibilidade, pois a escolha
adequada das suas condições to m a possível controlar a velocidade de crescim ento dos cristais,
Os diam antes tem um a condutibilidade térm ica bem m aior que a dos m ateriais citados
anteriorm ente, aspecto im portante já que o diam ante em m eio am biente grafitiza quando
17
ultrapassa a 900°C. No entanto, esta tem peratura não é atingida no brunim ento. A principal
aplicação do diamante sintético é o brunim ento de m ateriais que form am cavacos curtos: ferro
fundido, aços temperados, cromo duro, aços enobrecidos, chapas de cobre, metal duro, cerâmica,
vidro, latão, bronze, alumínio, m ateriais sinterizados e superfícies nitretadas com profundidades
3.3.2. Ligantes
Em todas as ferram entas abrasivas classificadas de acordo com a norm a D IN 69.111, com
exceção dos abrasivos soltos, os grãos são unidos entre si por ligantes bastante diversificados.
Os ligantes têm a função de m anter o grão aprisionado, até que este esteja suficientem ente cego
momento, o ligante deve liberar o grão desgastado para que os grãos mais afiados entrem em
ação [7], Vários ligantes são em pregados na fabricação de ferram entas de geom etria não
brunimento.
- Ligantes orgânicos
resinas, com ou sem m ateriais de enchimento. As m ais usadas são as fenólicas ou fenoplásticas
que caracterizam-se por serem resinas endurecíveis ou term ofixas [13], Nos últim os anos, com
como dos materiais de enchimento e granulom etria do pó, tornaram -se rigorosas. A
granulom etria da resina é de grande im portância na qualidade das ferram entas e deve ser m antida
- Ligantes inorgânicos
a confecção de pedras com abrasivos de diamante sintético e de nitreto de boro cúbico. Estes
mistas e de aço, fabricadas nas especificações densa ou porosa, m ostradas na tabela 3.1.
Liga mista (Bz St) B570 Poroso médio Material duro / tenaz
A m aioria das ferram entas são produzidas com ligantes que se assemelham bastante com
plastificantes como caulim, argilas brancas e vermelhas, quartzo e feldspato [7], Atualmente são
adicionados fundentes, constituidos geralm ente de silicatos de boro ou vítreos, com certo teor de
- alta estabilidade frente a ácidos, água, fluido de corte, óleo, gases, etc. [13],
- Granuiometria do abrasivo
A dim ensão e uniform idade dos grãos são características importantes nos processos de
usinagem com abrasivos. A classificação mais usual especifica o tamanho dos grãos em "mesh",
que representa o núm ero de fios por polegada linear da peneira do processo de seleção, o que é
usual para os abrasivos convencionais. Para grãos de diamante ou CBN é usada tam bém a
abertura da m alha da peneira em jim [13], As dim ensões dos grãos de diam ante são indicadas
internacionalm ente pelo sinal "D". O núm ero subseqüente indica o diâmetro m édio da granulação
em m ícrons [16], As especificações dos grãos através das norm as FEPA e D IN, são mostradas
na tabela 3.2.
20
G RANU LO M ETR IA
FEPA DIN
em pm em MESH
D7 D7 5...10
D 15 D 15 10..20
D 20 D 20 15..25
D 30 D 30 20...40
D 46 D 40 38...45 325...400
D 54 D 50 45...53 270...325
D 64 D 60 53... 63 230...270
D 76 D 70 63 ..7 5 200...230
D 91 D 80 75...90 170...200
D 107 D 100 90...106 140...170
D 126 D 120 106...125 120...140
D 151 125...150 100...120
D 181 D 150 150..180 80.„100
D 213 D 200 180...212 70...80
D 251 D 250 213...250 60...70
oferece ao desprendim ento dos grãos. O grau de dureza da pedra depende da resistência da
camada de ligante entre os grãos e da m agnitude tanto das porosidades quanto dos grãos [19],
A dureza ideal é aquela na qual os grãos gastos e arredondados são elim inados do ligante, de
modo que haja um a reafiação autom ática da pedra. A especificação da dureza é feita por letras
Extra-macio A - B - C - D- E- G
Macio H- I-J- K
Médio L- M- N-O
Duro P-Q- R-S
Extra-duro T - U- W- Z
21
M ateriais que se deixam usinar com facilidade, como os ferros fundidos, produzem na
usinagem muitos cavacos, o que tem um forte efeito de desgaste e descarbonização sobre o
ligante. Por isso, nestes casos, o ligante deve ser m uito resistente ao desgaste. No caso de
m ateriais duros, como em aços temperados, acontece o contrário, ou seja, os gum es do abrasivo
só podem penetrar no material em pequena profundidade e sob alta pressão, produzindo poucos
e finos cavacos, os quais têm pouco efeito desgastante. N este caso o ligante deve ser bastante
suscetível ao desgaste a fim de perm itir um a certa liberdade aos grãos. O princípio tecnólogico
material duro / liga m ole e vice-versa tem, tam bém aqui, a sua validade [20].
Refere-se ao espaçamento entre grãos e não tem relação direta com a densidade ou com a
porosidade [13]. A identificação das pedras de brunir é sem elhante aos rebolos, pois a estrutura
tam bém é diferenciada por números de 1 a 9. Assim, 1 significa um a estrutura fechada e 9 uma
estrutura aberta. A estrutura fechada determ ina um aum ento no núm ero de gum es cortantes por
unidade de área na pedra de brunir e a estrutura aberta oferece m ais espaços para o alojamento
do cavaco. Para a seleção da estrutura, deve-se levar em conta o material a usinar, o acabamento
- Concentração
E ste item relaciona-se apenas a ferram entas diamantadas. Com a indicação da concentração
sabe-se a quantidade de grãos de diamante, em quilates (0,2 gram as), contida em um centímetro
CONCENTRAÇÃO Ql / cm3
200 8.8
150 6.6
125 5.5
100 4.4
75 3.3
50 3.2
25 1.1
As características para a especificação das pedras de brunim ento são apresentadas pela
norm a D IN 69.186, onde são relacionadas inform ações sobre geometria, dim ensões, bem como
A - QUADRADO
SEÇÃO -------------------
B - RETÂNGULO
LARGURA ------------------------
SINAL DE SEPARAÇÃO ---------------------------
COMPRIMENTO --------------------------------
ABRASIVO ------------------------------------
G R A N U L O M E T R IA ------------------------------------------
DUREZA ----------------------------------------------
ESTRUTURA -------------------------------------------------
ÜGANTE ----------------------------------------------------
Figura 3.8 - Esquema para designação de uma pedra de brunir DIN - 69.186 [7;21]
23
precisão geom étrica e dim ensional às peças obtidas por operações anteriores como usinagem,
sinterização, tratam ento térm ico, etc. Este processo elim ina danos superficiais pelo emprego de
baixa velocidade e ação suave da ferram enta, caracterizando-se pela com binação de um
movimento axial com um rotacional ou transversal para o brunim ento de superfícies planas [7],
Genericamente o processo de brunim ento pode ser classificado em dois grandes grupos principais,
retificação de tração. Algumas das principais áreas de aplicação do processo, podem ser citadas:
25
furos em bielas, camisas de cilindro, tambores de freio, furos para fixação de mancais de
Vantagens : Desvantagens :
- Brunimento eletroquímico
remoção dos picos de rugosidade, apresenta um a m ínim a form ação de cavacos [23],
Vantagens : Desvantagens :
O brunim ento de curso curto objetiva, tam bém , restaurar a integridade superficial,
garantindo precisão geom ética e dimensional às peças usinadas. Com este processo é possível a
obtenção de superfícies opticam ente lisas, livres de qualquer metal fragm entado e sujeiras das
operações anteriores [12]. O processo utiliza pedras abrasivas ligadas, para a usinagem de peças
cilíndricas ou ferram entas em form a de copo e disco para a usinagem de peças esféricas e planas
[7], Como no processo anterior, existem denominações não norm alizadas como: brunim ento fino,
brunim ento de curso curto entre pontas é Figura 3.12 - Brunim ento entre pontas [12]
rotor para motores, rolos de laminação, eixos longos, peças rotativas, etc.
Vantagens: Desvantagens:
do brunim ento center-less de passagem, tais como: eixos, pinos, roletes cônicos e em form a de
Vantagens : Desvantagem :
brunim ento "center-less" de passagem , diferenciando-se apenas pela ausência do form ato de
pelos rolos.
ferramenta. Enquanto a peça gira, as pedras de Figura 3.14 - Brunim ento "center-less" de
m ergulho [8]
brunimento, dotadas de movimento oscilatório,
Este processo é am plam ente empregado na indústria, sendo utilizado principalm ente na usinagem
Vantagens: Desvantagens:
• Centragem não é necessária e • Erros dos cilindros são transm itdos à peça e
Figura 3.15 - Brunimento plano [8] os dem ais processos, são necessárias duas
avanço (figura 3.15a), ou mesmo dois movimentos de rotação [7], Quando utilizam -se máquinas
para a mecanização do processo, as peças são colocadas em gaiolas, que as guiam sobre ou entre
Vantagens: Desvantagem:
Vantagens: Desvantagem:
• Elevada produção.
30
v zes=)lv a + v u + vr ■ ( 3 -4 1 )
Devido à pequena taxa de remoção, vr com parada com v , e v u é muito pequena. Então,
(3.4.2)
V r e s = { V a + Vu
Figura 3.19 - C inem ática para o brunim ento de brunim ento cilíndrico externo e, pode ser
curso curto
observado na figura 3.19.
y = K s e n ( ( ú t) ; (3.4.3)
a qual derivada em relação ao tempo gera,
va=y’=^.cos(coí) .
cü=2.T t,f ;
v a =h.Ti j/".cos(o)í) .
v,
e o mínimo:
tan(oc/2)=—
_____Ü F S C
Uma grande variedade de ferram entas tem sido desenvolvida para o processo de
brunim ento, tanto que atualmente se pode brunir diâm etros a partir de 0,6 mm até 1500 mm
[1;16;25], Para isto, dependendo das características da função e das exigências de qualidade, são
utilizadas ferram entas de pedra única, com várias pedras, segmentadas, de casca ou maciças. Em
geral, a form a final da ferram enta é definida pelas exigências do processo, sendo sua rigidez,
espaço útil do furo e precisão requerida, os principais elem entos a serem considerados. No
brunim ento de múltiplos furos tem-se, frequentemente, diferentes ferram entas de brunir utilizadas
simultaneamente. Por exemplo, o prim eiro passe de brunim ento é feito para o desbaste e, o
segundo passe, com uma ferram enta de menor granulom etria, para correção da circularidade e
Nos últimos anos, o crescente estreitamento das tolerâncias de furos levou a m odificações
Além das ferram entas curtas e rígidas, foram desenvolvidas ferram entas que são guiadas próxim o
à parte inferior da zona de remoção. Com estas ferram entas, além da correção de m edida, form a
perpendicularism o do furo. Sistemas de ferram entas deste tipo são utilizadas no brunim ento de
[15; 18].
assim étrica de duas barras de guia, posicionadas na parte posterior da ferram enta, visando o
melhoramento da concentricidade, como m ostra a figura 3.20. As barras de apoio que servem
para a absorção das forças são dispostas de tal fora que uma delas está praticam ente justaposta
à pedra de brunir, o que evita um a flexão da ferram enta [7], Essas barras de guia são geralmente
podem ser significativam ente melhoradas, além de um a form a construtiva com pacta sem exigir
Figura 3.21 - Ferram entas de múltiplas a um a série padrão, podendo ser equipadas
pedras [16]
com pedras comuns como tam bém com pedras
pedras de diamante têm um grande campo de aplicação. Com pedras curtas são usinados os
35
cham ados diâm etros "sobre quadrado", por exemplo, bielas e engrenagens. Ferram entas com
pedras com pridas são empregadas em serviço de brunim ento de curso longo, com o tubos de aços.
Para furos cegos estas ferram entas são usadas sem o cone de entrada, figura 3.21 [16].
- Ferramentas de casca
longos, como os aços moles, não são usinados econom icam ente por este processo, isto porque
os cavacos longos não podem ser acolhidos na ranhura da bucha, figura 3.22a e 3.22b [17],
H á ainda ferram entas com réguas, galvânicas ou sinterizadas, que podem ser posicionadas
rigidam ente sobre um a casca semicilíndrica, figura 3.22c. A suavidade do trabalho com estas
ferram entas leva a um a dim inuição das vibrações e à redução do desgaste [7],
36
- Ferramentas maciças
- Ferramentas "Precidor"
A pesar de um a série de diferentes ferram entas ter sido apresentada ao longo deste item,
atenção especial será dada a concepção "Precidor", justam ente por ser esta o objeto de estudo
deste trabalho.
indústria Nagel, nos anos 70. Nesta década refletiu-se m uito a respeito da execução de trabalhos
finos, em função da crescente exigência do m ercado e m elhoria dos sistem as de medição. A nova
concepção de ferram ental para o brunim ento, utilizando pedras de diam ante sobre um corpo de
boa rigidez, trouxe consigo a possibilidade de produção de furos com elevada qualidade
precisão, ao qual são fixadas as réguas diamantadas (pedras de brunir). Tais réguas apresentam
elevado tempo de vida, o que im plica o brunimento de aproxim adam ente 100.000 furos, antes
de sua substituição.
Estas ferram entas apresentam três porções distintas. O prim eiro terço é form ado por uma
região de guia, o segundo por uma região cônica de corte e o último por um a região cilíndrica
aspectos gerais sobre os sistemas de expansão do diâmetro são abordados, a seguir, no item 3.6.3.
da ferram enta, os quais facilitam o ajuste do diâmetro. Cabe salientar que ao contrário dos demais
tipos de ferram etas, nos quais a expansão se dá pelo deslocamento radial das pedras de brunir
ou de um a bucha abrasiva, nas ferram entas "Precidor" todo o corpo tem seu diâm etro aumentado
[28], A form a construtiva de uma ferram enta "Precidor" pode ser observada na figura 3.24.
SUPORTE DE AÇO
se que com esta com posição o ângulo de cruzamento não é m uito evidente [28;29], O
com prim ento do curso deve ser ajustado de form a que a zona de corte da ferram enta ultrapasse
a parte inferior do furo por completo, visando a calibração do elemento, figura 3.25.
exigida pelo projeto do elemento e confere uma rugosidade própria, associada às características
39
da ferram enta [30], As qualidades dim ensional e geom étrica obtidas com o uso de ferramentas
"Precidor" são bastante elevadas. No brunim ento de furos de ferro fundido pode-se alcançar
precisão dimensional e geom étrica na ordem de 0.001 a 0.002 mm, para uma remoção acima de
0.04 mm.
Este processo, consideravelm ente simples, tem m elhorado e m uito os resultados obtidos
na usinagem, principalm ente no que se refere aos m ateriais m ais leves. Além disto, praticam ente
qualquer tipo de furo pode ser brunido com o uso desta técnica, inclusive furos cegos com ou
válvulas hidráulicas, mancais de blocos cilíndricos e bielas de grande e pequeno porte, ou seja,
respectivamente.
- Expansão por acionamento mecânico
m anualm ente com o uso de cabeçotes finos, ou ainda Figura 3.28 - Sistem a de
expansão m ecânica
autom aticam ente por um motor passo-a-passo.
medição automáticos. Este controle, executado peça a peça de maneira contínua, possibilita a
Vários sistem as foram desenvolvidos para este fim, como é caso das buchas de
calibração, pontos de contato e anéis m edidores [23], Todavia, os mais em pregados são os
medidores eletro-pneum áticos, cujo o funcionam ento é baseado na diferença de pressão do ar que
escoa na fenda existente entre os orifícios laterais da ferram enta e a superfície do furo, durante
D ependendo da classe de ferram enta utilizada, são necessários alguns ajustes antes de
empregá-la no processo de brunimento. M uitas devem ter as pedras fixadas ao seu corpo, outras
tantas precisam ser retificadas afim de obter um a dimensão próxim a a que será usinada. E ainda,
um procedimento posterior necessita ser aplicado para a obtenção de gumes m ais ativos.
42
- Brasagem
Durante este procedim ento deve-se tom ar alguns cuidados, principalm ente no que diz respeito ao
A brasagem de pedras com abrasivos superduros pode ser executada com m enor perda
de tem po num dispositivo de aquecimento por indução. Entretanto, como poucas fábricas dispõem
de tais equipam entos, as pedras de brunir são geralm ente aquecidas com m açaricos e então
fixadas. P ara isso, em prega-se estanho norm al, observando que toda a superfície de contato, entre
As pedras convencionais de brunim ento não devem ser aquecidas com temperaturas
muito elevadas, pois o pó de baquelite, elemento de junção entre o suporte e a pedra, queim a em
tem peraturas acim a de 220°C e perde a capacidade de aderência. As pedras com m atéria sintética
- Retificação
Para garantir a qualidade superficial exigida nos furos, as pontas dos grãos de diamante
devem ser aparadas, de form a a haver um alm ejado aplainam ento dos gumes. Esta operação na
topografia do revestim ento resulta no aum ento dos raios de arredondam ento dos grãos e, ao
mesmo tem po, num aumento do número de gumes. Em conseqüência, é alcançada um a melhora
da qualidade nas superfícies usinadas [17], Faz-se tam bém um nivelam ento entre as pedras de
brunir, para a rem oção dos ressaltos gerados na m ontagem , conferindo um a form a cilíndrica ao
N esta operação, as ferram entas de brunim ento são m ontadas num dispositivo especial
de um a retifícadora cilíndrica, sendo retificadas até se obter a m edida determ inada para a pedra
nobre, cujo tam anho de grão não deve exceder o do diam ante da pedra, como pode ser
43
observado na tabela 3.5. Além disso, nesta operação, é im portante que a velocidade do rebolo
seja aproxim adam ente 1 a 3 m/s, um a vez que com velocidade muito alta ocorre um processo de
Tabela 3.5 - G ranulom etria do SiC para retificação de pedras diam antadas [26]
GRANULOMETRIA
- Afiação
Após a retificação da ferram enta, afim de que os gum es dos diam antes novam ente
sobressaiam da liga, deve-se desgastar o ligante. Isto pode ser feito com pó de esmeril lamacento
sobre uma placa, com uma pedra de afiar de cerâm ica mole um edecida ou ainda, pelo emprego
de pós abrasivos e uma bucha de ferro fundido, através de m ovim entos oscilatórios. Entretanto,
pedra de afiar seja m enor do que o grão de diamante. Esta indicação é de grande im portância,
um a vez que disso depende o rendim ento da pedra de brunim ento, principalm ente com grãos de
dimensões reduzidas.
Na afiação, durante o processo de brunim ento, são introduzidos grãos de SiC ou coríndun,
soltos e úmidos, entre a peça e a ferram enta. Com isto é obtido o efeito de lapidação que remove
parcialm ente o ligante, porém os grãos de CBN e diamantes não são rem ovidos, aum entando-se
Tão im portante quanto a concepcão da ferram enta e sua adequação ao processo é o modo
de como virá a atuar sobre a peça. No brunim ento, objetiva-se que o furo usinado apoie e guie
a ferram enta, cabendo ao eixo apenas a transm issão das forças. Para tanto, o par peça-ferram enta
deve possuir vários graus de liberdade, perm itindo o ajuste e condução entre eles. Existem três
sistemas básicos de fixação, classificados de acordo com a m obilidade perm itida à peça [28]:
3.7.1. - Generalidades
Para em pregar o processo de brunim ento corretam ente, se faz necessário o conhecimento
e domínio dos m ecanism os que influenciam o resultado do trabalho. As grandezas que envolvem
Este grupo de grandezas é responsável pela m ecânica do brunim ento e pode variar ao longo
do processo. São elas a pressão de contato, velocidade de corte, com prim ento do curso e o tempo
de brunimento.
Estas grandezas apresentam -se de form a rígida, ou seja, não variam ao longo do processo,
como é o caso da m áquina, ferram entas, peça e fluido de corte. As características do processo,
Prim eiram ente serão abordadas as grandezas variáveis e em seguida as que estão
relacionadas ao sistema.
No brunim ento de superfícies externas e internas, resultam forças que seguem a direção das
com ponentes da velocidade de corte, o que im plica um a força tangencial (Ft) e um a força de
avanço (Ff), figura 3.34. A dicionalm ente existe um a força norm al à superfície usinada (Fp), a
qual gera um a pressão de contato (Pl) entre a peça e a pedra de brunir [34], E sta pressão faz com
47
fo rças no p ro c e sso de b ru n im en to ,
controle é, tam bém , im portante no brunimento Figura 3.34 - C om ponentes da força de corte
no brunim ento [34]
de elem entos com paredes delgadas, devido às
possíveis deform ações que ocorrem durante a usinagem. O conhecim ento da pressão de contato
perm ite o controle do processo, porém sua determ inação não é simples. Com o se observa na
expressão,
P /= Í, (3-7.1)
função da pressão dinâm ica de expansão da ferram enta, desconsiderando-se as perdas de atrito
entre seus elem entos [36], Esta estim ativa é estabelecida em função das expressões,
F = (3.7.2)
p n tanp’
F = P A , (3.7.3)
e e e 9
p _ Á rP . (3.7.4)
1 A p .tanp’
onde,
especialm ente pela pressão de contato. Deve-se entender como forças de corte, a som a vetorial
das com ponentes tangencial e de avanço [36], O aum ento de PI faz com que haja um a maior
penetração dos grãos abrasivos da pedra de brunir na superfície da peça. Esta situação acontece
até que se estabeleça a posição de equilíbrio entre a penetração dos grãos abrasivos e o número
de grãos ativos correlacionados à pressão de reação [7], A remoção da m aior seção de usinagem,
resultante de pressões mais elevadas, requer m aiores esforços de usinagem. Evidencia-se, assim,
49
O com portam ento da força de corte em relação a pressão de contato varia com o tempo de
brunim ento, o que acontece principalm ente devido à m udança da capacidade de corte da pedra
de brunir [36], A figura 3.37 apresenta esta relação, onde os pontos brancos representam os
0*
0
Figura 3.37- R elação entre força de corte e pressão de contato no tem po [36]
50
Observa-se que a razão entre a força e a pressão é bastante grande im ediatam ente após o
início do brunim ento, figura 3.37a, decresce um pouco transcorrido um m inuto, figura 3.37b,
apresentando-se bem menor após dez m inutos de usinagem, figura 3.37c. C onsidera-se que isto
ocorre devido aos m ecanism os de desgaste da pedra de brunir. N a fase inicial, tem -se o corte dos
A m edida que o processo evolui, a ferram enta perde estas características, pois se instauram
os m ecanism os de desgaste abrasivo dos grãos e entupim ento dos poros pelos cavacos removidos.
Isto foi confirm ado pela característica que a peça apresentou durante a usinagem. Nos prim eiros
três m inutos foram visíveis as linhas entrecruzadas, inerentes ao processo, já para os dez m inutos
A avaliação da viabilidade econôm ica no brunim ento é sem elhante a que é feita na
retificação. Sendo baseada além dos custos de m áquinas e salários, no tem po e n a taxa de
brunim ento [7], Atualm ente tanto o tem po de processo como a vida da ferram enta podem ser
(3.7.5)
onde,
A influência de PI sobre a taxa de brunim ento relaciona-se, tam bém , a m aior penetração
da ferram enta na peça, provocando um m aior núm ero de gum es cinemáticos. Com o resultado se
obtém um aumento, não somente na seção de usinagem , m as tam bém no núm ero de cavacos
rem ovidos [7], Em conseqüência, o aumento da pressão de contato, perm anecendo os demais
parâm etros de entrada constantes, leva ao crescimento do volum e de m aterial removido por
unidade de tempo.
No brunim ento de furos de ferro fundido com ferram enta de diamante, o aumento da taxa
de brunim ento com a pressão de contato é aproxim adam ente linear, figura 3.38. N este estudo, foi
em pregado um sistem a hidráulico de expansão da ferram enta, o que perm itiu um controle
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Isto se deve ao fato de que, a integridade da cam ada superficial é m uito pouco afetada durante
o processo de brunim ento e alterações metalúrgicas ou mesm o tensões residuais são pouco
principalm ente devido à quebra dos grãos, em condições de corte mais severas. O estilhaçamento
e arrancam ento dos grãos, em virtude de pressões de contato mais elevadas, leva a um processo
de auto-afiação da ferram enta [39], Em decorrência, é gerada um a m aior agressividade dos grãos
abrasivos contra a peça usinada, o que m odifica sensivelm ente as suas características superficiais
[7], Tal com portam ento pode ser analisado com o auxílio da figura 3.39.
O desgaste da ferram enta tem sua fundam entação em causas bem sem elhantes às da
acentuam com a elevação da Pl, e de acordo com as características da pedra, pode ser mais
contato mais elevadas, as solicitações mecânicas no grão abrasivo assumem m aiores proporções,
figura 3.40.
53
Estes esforços acabam provocando a sua quebra, com o tam bém o seu arrancamento do
furo brunido, sendo que para esta últim a as variações são bem m enos sensíveis, figura 3.41. Os
erros de cilindricidade são decorrentes principalm ente do m aior diâm etro gerado na parte superior
O tom bam ento consiste no desvio do eixo da ferram enta em relação ao eixo do furo, em
função da diferença de esforços exercidos pela região superior e inferior da ferram enta. Como
na parte superior a força é maior, a pressão de contato localizada cresce e a taxa de remoção
tom a-se mais elevada, levando ao aum ento da dim ensão do diâm etro de entrada [7],
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brunim ento, no desgaste da ferram enta, na qualidade superficial e nas características geom étricas
da peça usinada.
Sabe-se que no brunim ento, a pressão de contato estabelece o núm ero de cavacos
rem ovidos e a seção de usinagem dos cavacos. Para um a dada pressão de contato, a velocidade
de corte determ ina o com prim ento médio dos cavacos usinados e a quantidade de cavacos
removidos por unidade de tempo, em outras palavras, a taxa de brunim ento [7], A figura 3.42
m ostra o com portam ento da taxa de remoção em função da velocidade de corte no brunim ento
55
de ferro fundido com três diferentes pedras de diamante. Observa-se que para as três pedras de
brunim ento D251, D91 e D46, a característica das curvas é similar. A taxa de remoção cresce
com a velociade, atinge um valor máximo e posteriorm ente decresce [35], Tal comportamento
resulta da form ação de um filme lubrificante, entre a superfície da peça e da ferram enta, o que
propicia o desenvolvim ento de uma pressão hidrodinâm ica cada vez maior. Esta pressão se opõe
estabelece um a m elhora da qualidade superficial [40], Caso ocorra um a com pensação total entre
as pressões de contato e hidrodinâmica, a ferram enta afasta-se totalm ente da superfície da peça
e ocorre o fenôm eno de aquaplanagem, que relaciona-se com a velocidade de corte, a rugosidade
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Atenção especial deve ser dada ao ângulo de cruzam ento a . Verifica-se que a característica
da curva, taxa de remoção em relação a velocidade de corte, varia com a m odificação do ângulo
de cruzam ento. Estas alterações na taxa de brunim ento são decorrentes de fenôm enos próprios
56
da ferram enta, na qual solicitações e desgaste variam com a posição, sentido e valor do ângulo
a [7], Na prática, com relação à taxa efetiva de brunim ento, os ângulos de cruzam ento foram
otimizados na faixa de 40° a 75°, independente de tam anho de grão, dureza e pressão de contato
comportamentos de corte distintos, figura 3.43. Assim, através do aum ento da velocidade de
avanço m antendo-se a rotação da ferram enta constante, são obtidos ângulos de cruzamento
grandes, enquanto que para o aumento da rotação perm anecendo a velocidade de avanço
constante, ocorre a dim inuição de a . Para m aiores rem oções é recom endado o aumento do
ângulo de cruzam ento, porém os valores da velocidade de avanço não devem ser dem asiados, já
que acontece a inversão no sentido da ferram enta no final de cada avanço, o que acarreta uma
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10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Figura 3.43 - Influência da com posição da velocidade na taxa de rem oção [38]
57
A figura 3.44 representa o desgaste da ferram enta em função das com ponentes de
velocidade de corte e do ângulo de cruzam ento a , no brunim ento de curso longo. Observa-se que
para velocidades tangenciais mais baixas, o desgaste sofrido pela ferram enta é bem mais
significativo que nas altas. Este com portam ento é similar, para as três velocidades axiais
velocidade de corte. As solicitações mecânicas que incidem sobre os grãos, em tal condição, são
elevadas e propiciam grandes níveis de desgaste. G uardadas as proporções, podem ser benéficas
devido às melhores características de rem oção que possivelm ente serão alcançadas, um a vez que
os grãos abrasivos encontram -se mais ativos e afiados. D eve-se considerar, no entanto, que o
desgaste elevado levará à perda da capacidade de corte da ferram enta [7; 12],
E PEDRA DE BRUNIR:
210 - 200 mm/s S C 0/500/5/30 VU (29/34 HR)
PRESSÃ O DE CONTATO:
í P - 25 N/cm
PEÇA: C k 45 m, 16,7 ex30 mm
S 180
2 PREPARAÇÃO DA PEÇA:
TORNEAMENTO FINO R a - 2 ,2 |im
I 150 TEM POS DE BRUNIMENTO:
(E t - 36 s t parcial - 4 3
UI
LL
120
<
Q
80
<
Ü
<
GC 60
LU
l-
W 30
<
O
CO
UJ
Q 0 300 600 900 1200 1500 1800 2100
VELOCIDADE TANGENCIAL Vu (m m /s)
A textura superficial pode, tam bém , ser analisada como função da velocidade de corte, tal
relação é m ostrada n a figura 3.45. Percebe-se que existe um a redução da rugosidade com o
aumento da velocidade de corte, assim pode-se dizer que Vc age de form a positiva sobre a
obtida com um a determ inada velocidade, mas sim que os valores de rugosidade representados são
decorrentes de um tem po de operação. Esta questão tom a-se mais clara ao se analisar a
rugosidade obtida com a m esm a velocidade de corte, m as para diferentes tem pos de brunimento.
A curvas inferiores do gráfico, obtidas após 36s de brunim ento, m ostram que depois de um a
P ara melhor com paração dos níveis de rugosidade, devem ser estabelecidas condições nas quais
P E D R A D E B R U N IR :
S C 9 /5 0 0 /5 /3 0 V U < 2 9 /3 4 H R )
2,1
P R E S S Ã O DE CONTATO:
P - 2 5 N /cm
1,8 P E Ç A : C k 4 5 m , 1 6 ,7 cax30 m m
£
i P R E P A R A Ç Ã O DA P E Ç A :
T O R N E A M E N T O F IN O R a - 2 , 2 mm
V f - 2 0 0 mm /s, t - 4 :
1,5 T E M P O S D E B R U N IM E N T O :
t —3 6 s t p a rc ia l - 4 s
LU 1,2
0
<
o 0,8
w
0
0 0,6
D
cc V f - 2 0 0 mm/s
0 ,3
com posição da velocidade de corte. Pesquisas dem onstram que tanto a velocidade tangencial
quanto a velocidade axial podem ser otimizadas. A otim ização destas velocidades leva a um
ângulo de cruzam ento de aproxim adam ente 45°. A dependência entre o ângulo de cruzamento
e o erro de form a pode ser explicado pelo fato de que o volum e efetivo usinado por unidade de
tem po alcança valores m aiores para (a = 45°), na m aioria dos processos de brunim ento. Tais
valores otim izados não podem ser generalizados. Porém , é fácil entender que um a taxa de
A escolha adequada do com prim ento do curso (Ll) tem im portância básica sobre os
resultados obtidos no processo, principalm ente no que diz respeito às form as resultantes no
brunim ento de curso longo. Sendo assim, o curso deve ser estabelecido de m odo que os erros de
form a, principalm ente erros de cilindricidade, sejam minimizados. A análise de duas situações
brunido.
Na prim eira situação, a ferram enta tem o sentido do m ovim ento axial invertido tão logo
atinja um a das extrem idades da peça brunida. Assim, o com prim ento livre da ferram enta (Lu) é
nulo, pois a pedra não ultrapassa as aberturas do furo. Como a pressão de contato permanece
constante ao longo do processo, em todo com prim ento brunido e nas extrem idades do furo, há
um m enor núm ero de grãos abrasivos atuantes, a taxa de remoção de material nestes pontos é
m enor, ocasionando um a redução nos diâm etros de entrada e saída do furo, figura 3.46a.
O outro caso acontece quando a ferram enta ultrapassa totalm ente as extrem idades, da peça
brunida, antes de ser procedida a inversão no sentido do m ovim ento axial. D urante a saída da
ferram enta de dentro do furo, a pressão de contato assume, progressivam ente, valores mais
60
elevados. Isto porque a força radial perm anece constante, no entanto, distribuída em uma área de
contato que decresce continuamente. A elevação dos valores da pressão de contato provoca o
aumento da taxa efetiva de brunim ento nas regiões extrem as, causando o alargam ento dos
Lu = comprimento livre
LI - comprimento da pedra
Lw = comprimento da peça
curso de brunimento. Faz-se isto estabelecendo o com prim ento livre (Lu). De um a form a
genérica podem ser empregadas as condições apresentadas na figura 3.47, onde se aconselha
uma estratégia diferenciada para cada defeito observado no processo, furo cônico, boca de sino
ou barrilete [26], Cabe salientar que para a otim ização do curso, deve-se desenvolver um estudo
detalhado do com primento livre (Lu) aconselhado para um a situação específica de processo.
Figura 3.47 - Correção dos defeitos do brunim ento pela adequação do curso [26]
61
No brunim ento de furos cegos, a otimização do com primento livre é lim itada pelo projeto
da peça. Para evitar a restrição do diâmetro inferior, deve-se em pregar estratégias alternativas que
propiciem um a boa qualidade ao furo brunido. D e acordo com a configuração do furo pode-se
É usual neste caso em pregar pedras de brunir curtas, estabelecendo um curso normal, ou
seja, procedendo a saída de um terço da ferram enta tanto na extrem idade superior, quanto na
inferior do furo, figura 3.48a. O utra possibilidade é utilizar-se do brunim ento secundário. Este
consiste em brunir a peça norm alm ente, ao longo de seu com primento, e em determinados
intervalos, executar m ovim entos com uma menor amplitude, na base do furo, figura 3.48 b [41],
Por último, apresenta-se o brunim ento com retardo de curso, no qual o tem po de perm anência
da ferram enta no fundo do furo é aumentado, ocasionando uma m aior rem oção de material. Este
artificio deve ser desativado pouco antes da dimensão final ser atingida, visando-se garantir uma
Esta configuração exige que o trabalho seja efetuado com duas ferram entas de
comprimentos diferentes. Com a prim eira, o diâmetro livre no fundo do furo é brunido até atingir
a dimensão final, figura 3.48d. A segunda ferram enta executa o brunim ento norm al, na porção
superior do furo. Resguardando os com primentos que devem ser executados p ara que uma boa
Com o não poderia deixar de ser, o tempo de brunim ento também influencia no processo,
são elim inados rapidam ente, e a rugosidade tende assintoticam ente a um valor final. Este valor
depende prim ariam ente da ferram enta e da cinem ática do processo, sendo praticamente
No início do processo de brunimento, a ferram enta não se encontra totalm ente ajustada à
superfície usinada, porque encosta somente nos picos m ais elevados de rugosidade. Como a área
de contato entre a peça e ferram enta é pequena, a pressão localizada nos picos assume valores
m uito elevados e, em consequência disto, tem-se um a taxa efetiva de brunim ento bastante alta,
no com eço da retirada de material. No decorrer do processo a área de contato aum enta, havendo
O com portam ento do desgaste da pedra de brunir é sem elhante ao da taxa de brunimento,
no que diz respeito ao tempo de usinagem. D este m odo, no início do processo, a usinagem
anterior influencia consideravelm ente o desgaste abrasivo da pedra. Isto relaciona-se, também,
aos picos de rugosidade inicial, os quais levam à quebra dos grãos abrasivos da pedra de brunir.
Porém, com o alisamento posterior da superfície e com a distribuição m ais regular da pressão de
contato, o desgaste diminui quase que linearm ente ao longo do tem po de trabalho.
brunimento.
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Tempo t (s)
3.7.6. Ferramentas
No brunim ento, questões como erros de form a e baixa qualidade superficial são, por vezes,
decorrentes das características da ferram enta em pregada, tendo a concepção da m áquina pouca
influência sobre problem as ocorridos no processo. Procedim entos definidos, que envolvem
simples ajustes nos parâm etros variáveis da ferram enta, podem corrigir os erros de form a mais
da ferram enta que executa a operação. A correção de erros de form a e mesmo a prevenção destes
erros pode ser obtida pela utilização de ferram entas com geom etria adequada para o processo.
O comprimento das réguas de brunir tem grande im portância neste contexto, figura 3.50, visto
que, se a régua de brunir for extrem am ente curta a m esm a acom panha o contorno do erro de
forma, desgastanto picos e vales. O utra desvantagen das ferram entas curtas é o aum ento do erro
otimização da form a pode ser alcançada com o uso de ferram entas de m aior com primento.
Ferram entas mais longas apoiam-se sobre vários picos de ondulação, o que evita a rem oção de
material nos vales existentes. Como o material é rem ovido apenas nas regiões sobressalentes,
l
I 1 1 s
1
1
Figura 3.50 - Influência do com prim ento dá ferram enta no erro de cilindricidade [42]
A ssim com o o com prim ento da ferram enta, a largura tam bém é muito im portante no que
tange à precisão da form a obtida, especialm ente a circularidade, figura 3.51. Ferram entas que se
apoiam sim ultaneam ente em duas ou mais cristas de ondulações conferem m aior precisão de
form a à peça, porque esta acaba assumindo a circularidade prescrita pela ferrram enta de
brunim ento. Pedras mais largas também proporcionam baixos índices de vibração e ruído, já que
se apoiam em um núm ero m aior de pontos. Esta característica propicia, conjuntamente, maior
F igura 3.51- Influência da largura da ferram enta sobre o erro de circularidade [42]
grãos alongados, os quais tem uma aparência fina e afiada, são m uito friáveis e comumente
apresentam im perfeições estruturais e trincas. Grãos m oletados são mais arredondados, robustos
e fortes que os anteriores, mas são menos agressivos. Já os grãos regulares apresentam
Com relação à granulom etria do abrasivo, pode-se dizer que quanto m aior o grão, maiores
aum ento do tam anho do grão leva, igualmente, a um volum e efetivo usinado maior, à diminuição
66
da qualidade superficial e a um m enor desgaste. A otim ização destes parâm etros é exigida
principalm ente, no brunim ento de acabamento. Para tanto, a adequação do tam anho de grão
40
Material da peça: St 35
Dureza: 177 HB
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Pedra: Coríndum esp.
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F igura 3.52 - D esvio de form a e rugosidade em função do tam anho de grão [7]
dim ensão do grão, ou seja, m anifesta-se sobre o rendim ento de corte, rugosidade e vida útil da
ferram enta. U m a baixa concentração apresenta poucos grãos, possuindo um bom rendim ento de
corte, entretanto um a alta rugosidade e um a vida útil baixa. Ao contrário, um a alta concentração
possui m uitos grãos, resultando em um rendim ento de corte e uma rugosidade m enor, m as uma
A dureza pode ser definida como a resistência do grão à quebra total. Com relação a este
fato, fica claro que a diminuição da dureza induz ao aum ento do desgaste da ferramenta. O
desgaste crescente, leva a um processo de auto-afíação constante. Isto inicialm ente contribui para
continuamente.
U m a dureza elevada do abrasivo induz o cegam ento dos grãos antes que eles quebrem. Os
grãos, não mais afiados, alisam a superfície usinada, ocasionando um a dim inuição da rugosidade.
Em decorrência disso, pode-se distinguir a faixa de aplicação dos abrasivos superduros, diamante
ou de nitreto de boro cúbico. Superfícies com rugosidades iniciais inferiores a 3 |im apresentam
superfícies mais rugosas, o uso de grãos abrasivos m ais duros é vantajoso [7],
Para a caracterização do resultado de trabalho com o função dos erros da peça pré-usinada,
deve-se considerar este resultado relacionado a duas variáveis: qualidade superficial obtida e erro
Quanto à qualidade superficial, os valores de rugosidade obtidos, para materiais duros, são
m enores que os observados em materiais dúcteis. A com paração entre o ferro fundido e aços
m ostra que, com o aumento da dureza da peça, a qualidade m elhora. Isto se explica pela m enor
deform ação plástica dos materiais mais duros na fenda de trabalho, ao passo que materiais
rugosidade. O utra característica im portante dos materiais convencionais duros que contribui para
a m elhor qualidade superficial é o desgaste abrasivo considerável que sofrem os gum es da pedra
de brunir. Os grãos arredondados contribuem para um alisamento da superfície que está sendo
usinada.
Com relação aos erros de forma, existe um a correlação entre os erros iniciais da pré-
usinagem e os obtidos após algum tempo de brunimento. A correção destes erros como se
observou anteriorm ente, depende principalm ente das características da ferram enta. A rugosidade
inicial tam bém influi sobre este aspecto. Em geral maiores rugosidades da peça pré-usinada têm
um efeito positivo sobre a correção dos erros de forma. Para um a rugosidade elevada terem os
um a grande taxa de brunim ento efetiva, decorrente da pressão mais elevada, condição necessária
Todo processo de fabricação utiliza fluidos de corte com características físicas e quím icas
bem específicas. Para o brunim ento, a composição e a viscosidade do fluido de corte são
dependentes do material da peça e da ferramenta, além dos parâm etros de usinagem usados.
de calor. No brunim ento, em com paração com outros processos, é verificado um aquecimento
relativam ente pequeno na zona de contato, entre grãos abrasivos e a superfície da peça. Pois além
brunir e a peça é relativam ente grande. N esta situação o fluido é m uito im portante na lubrificação
No brunim ento são em pregados fluidos que, segundo a definição da D IN 51385, estão
divididos em fluidos de corte m issíveis, ou não, em água. Como material básico são usados
série de aditivos, apropriados a cada caso. Estes aditivos, em geral, m elhoram a capacidade de
lubrificação do fluido, pois estim ulam a form ação de camadas protetoras sobre a superfície
m etálica exposta. D entre eles, os mais usuais, para os fluidos não missíveis em água, são os
ligantes orgânicos (ácidos graxos) e ligantes de cloro, fósforo ou enxofre. P ara fluidos de corte
O film e de lubrificação n a interface ferram enta-peça form a-se por interm édio da viscosidade
e de aditivos do fluido. Dependendo do tipo de aditivos, eles podem form ar cam adas de absorção
ou reagir quim icam ente com a superfície m etálica e por atração favorecer a deposição de outras
camadas. A espessura deste film e dim inui com o aumento da pressão de contato aumentando
- Viscosidade do lubrificante
significativa no resultado do brunimento. H oje em dia são em pregados fluidos de corte com
especiais. Para especificar um fluido de corte deve-se levar em consideração que materiais que
geram cavacos curtos e duros (aços tem perados, nitretados e crom ados) são brunidos com óleos
de baixa viscosidade, ao passo que para materiais que geram cavacos longos e tenazes
em pregam -se óleos de alta viscosidade. Assim, quão mais difícil é usinar o material, menos
Um bom desem penho de um fluido de corte, no brunim ento, requer propriedades como:
►Capacidade de lavação
Para se obter superfícies de alta qualidade, é im prescindível que cavacos e partículas que
se desprenderam da pedra de brunir sejam rapidam ente afastados da região de trabalho. Este
procedim ento acontece para se evitar riscos indesejados, ou até mesm o soldagem a frio de
partículas na superfície.
baixa. O grau de viscosidade deste fluido não pode ser escolhido aleatoriam ente, pois deve ser
• viscosidade;
• vazão;
• pressão e
►Capacidade de refrigeração
Para evitar desvios dimensionais devido ao aquecim ento das peças, os fluidos de corte
Um bom refrigerante é a água que absorve e conduz m elhor o calor do que óleo mineral.
em m áquinas e peças. Devido a estes fatos, fluidos de corte de baixa viscosidade são empregados
mais favoravelm ente no brunimento. Deve-se observar que a tem peratura de trabalho do fluido
de corte deve estar situada próxim a à tem peratura am biente local [17;45],
71
►Capacidade de lubrificação
e, acim a de tudo, sua viscosidade. O atrito no processo é dim inuído através da form ação de um
film e viscoso entre a peça e a ferramenta. Com isto, tem -se um a subsequente dim inuição da taxa
3.8.1. Generalidades
A cam ada superficial de um corpo não apresenta as mesm as propriedades físico-quím icas
de suas cam adas m ais internas. Estas propriedades da superfície devem ser conhecidas para que
se possa m odificá-las de acordo com o processo de fabricação, variação de tem peratura e meio
de atuação. Para tanto, faz-se necessário um a análise dos desvios aleatórios surgidos da topografia
da superfície, assim como a observação das alterações que ocorrem na estrutura e propriedade
fabricação de com ponentes seguros, de longa vida e com características adequadas à sua função.
As funções das superfícies técnicas são divididas segundo o tipo de solicitações mais
freqüentes. No prim eiro têm -se as superfícies não solicitadas m ecanicam ente, as quais não exigem
m ovim ento relativo entre a superfície principal e o contra-corpo, sendo este o caso das superfícies
com o, precisão de form a, resistência ao desgaste, am ortecim ento ao desgaste inicial, além da
capacidade de deslizar, suportar carga e reter o lubrificante. D e tal m odo que a solicitação
Diante dos m uitos m étodos disponíveis para a m edida das micro e m acro características
geom étricas das superfícies os mais usados são os perfilôm etros. Eles fornecem um com primento
representativo da superfície com um a boa aproxim ação de sua form a num plano normal a este
cabeçote óptico que percorre a superfície descrevendo seu perfil. Este método apresenta erros e
superfície (textura de superfície) com o das cam adas de superfície (integridade superficial) dos
com ponentes fabricados. Com o intuito de avaliar a integridade superficial de um a peça, deve-se
levar em consideração aspectos como m icroestrutura e tensões residuais, entre outros. Para avaliar
as tensões residuais seriam em pregadas, por exem plo, o método de remoção de cam adas ou
avaliação por difração de raios-x. Já para o estudo da m icroestrutura pode-se proceder uma
análise metalográfica.
Em bora a m aioria das alterações ocorram nos centésim os de m ilím etros superficiais, esta
profundidade pode tom ar-se significante para peças de paredes finas, pois m uitas falhas
originam -se nos prim eiros m ilésim os de m ilím etros da superfície geom étrica [41], Como no
brunim ento tais problem as são praticam ente inexistentes, pelas próprias características do
várias definições, resultam valores num éricos diferenciados. Assim não expressam exatamente
A adequação de uma superfície à sua função está intim am ente ligada à sua topografia. A
interpretação e caracterização desta superfície pode tom ar-se difícil se for em pregado um único
parâm etro para esta avaliação. Já a com binação de parâm etros pode facilitar a tarefa, contudo
nem sem pre se obtém o melhor resultado. O problem a acontece devido ao fato de que superfícies
obtidas por diferentes processos de fabricação podem apresentar parâm etros superficiais de
m esm a ordem de grandeza, no entanto os seus perfis podem ser com pletam ente diferentes. Uma
form a mais eficiente de proceder esta análise é a utilização de um m étodo com o a Curva de
Abbot, que fornece inform ações relativas ao perfil gerado. Assim, a avaliação da superfície em
relação a sua rugosidade e form a do perfil leva à avaliação e utilização correta do elemento.
Este método, para a análise do perfil de superfícies, foi desenvolvido por A bbot e Firestone,
pesquisadores da perfilom etria [48], Com a Curva de A bbot é possível analisar graficam ente a
relação entre o percentual do perfil de suporte (tp) e a profundidade da linha de corte (ic), o que
A figura 3.53 m ostra as Curvas de A bbot obtidas para diferentes perfis superficiais teóricos.
D entre estes, o perfil platafórmico é o que m elhor fom ece as características requeridas de uma
SDL.
75
rugosidade, além de bom contacto entre as partes com excelente com portam ento de desgaste e
boa redução no nível de ruídos. No brunim ento, também pela baixa geração de calor, não ocorre
Em grande parte dos casos, a cinem ática de brunim ento proporciona um a superfície com
estrias cruzadas que apresentam, em geral, um ângulo de cruzamento de 45° a 60°, faixa esta
baseada em pesquisas em píricas as quais mostraram que o consumo de óleo depende deste
ângulo, figura 3.54 à direita. Ângulos a pequenos são apropriados para superfície de deslizam ento
76
Existem tam bém outras superfícies onde o ângulo de cruzam ento não é tão visível. São as
Com esta estratégia de brunim ento objetiva-se desenvolver um a estrutura específica, a qual
apresenta um perfil periódico com grandes áreas planas separadas por sulcos, figura 3.55. O perfil
gerado neste processo diferencia-se do obtido no brunim ento de acabamento, figura 3.56,
■füífíiiwíFif■«WMirwpiirpwwiffTrnirnimiiiimui«'viiimíVRmRüinni
Figura 3.55 - Brunim ento de "Plateau" Figura 3.56 - Brunim ento de acabamento
77
A estrutura platafórm ica é obtida em três etapas: brunim ento de desbaste, "plateau" de base
e "plateau" de acabamento.
ferram enta de desbaste deve possuir a capacidade tanto de alisar quanto de aum entar a rugosidade
da superfície. N esta etapa, utiliza-se um a granulom etria grosseira prom ovendo a form ação dos
sulcos profundos que devem estar presentes nas superfícies do perfil platafórm ico.
No brunim ento de plateau de base ocorre um a rápida rem oção dos picos aleatórios, com
um a ferram enta de granulom etria m enor, form ando os pequenos plateaus. A estrutura platafórm ica
plateaus, gerados na fase anterior, o que resulta num a m elhora das características necessárias para
um a superfície de deslizamento. A ferram enta , neste caso, possui granulom etria m ais fina.
Somente com o emprego de superfícies platafórm icas, tem -se um com portam ento de
desgaste favorável para atender, por exem plo, às exigências feitas às cam isas de pistões de
m otores diesel de alta com pressão e de outros elementos que atuem sob condições de atrito [49],
brunim ento. Procurou-se dar ênfase ao brunim ento de curso longo, apresentando-se as suas
entrada envolvidas. No capítulo seguinte será apresentado o planejam ento dos experim entos
realisados.
CAPÍTULO 4
PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL
Com o foi relatado, já na introdução deste trabalho, a pesquisa aqui apresentada é fruto do
mais sobre as im plicacões tecnológicas do brunim ento, para um a futura otim ização do processo
de fabricação do bloco do com pressor EM. Contudo, sabe-se das dificuldades e dos problem as
que im plicam da parada de um a linha produtiva bastante elevada, como ocorre na fabricação do
bloco EM. Devido a este fator, os estudos que deveriam ser realizado na brunibora da linha
"transfer", foram procedidos em uma brunidora vertical de três eixos, utilizando como corpos
de prova, blocos do com pressor rotativo. Isto não im plicou m aiores problem as, já que, na fase
brunim ento "Precidor" , em relação às forças envolvidas. Com portam ento que teoricam ente é
o m esm o para ambas as peças, excetuando-se o nível de grandeza dos esforços relacionados à
o processo e, então de posse de resultados concretos buscar a m elhoria das condições de trabalho.
Com o nas duas etapas, um número pequeno de peças e um reduzido tem po estavam
envolvidos, procurou-se aplicar métodos de análise que perm itissem um estudo um tanto mais
P ara tanto, optou-se pelo emprego da Análise de V ariância , sendo que os ensaios de força
foram executados por experimentos fatoriais saturados e os ensaios das grandezas influentes no
processo, por experimentos fatoriais fracionários. N estes últim os aliaram -se as Técnicas de
A análise de variância é um a ferram enta muito útil para que se possa tom ar um a decisão,
quanto à influência de determ inado fator sobre o resultado, sem que seja necessário o
julgam ento subjetivo de quem está fazendo a análise. Este m étodo será em pregado para analisar
a influência da sobrem edida de material e do desvio de form a inicial da peça, sobre as forças
Neste caso, onde se deseja conhecer o com portam ento de um elem eto em relação a dois
{-1,2,...,3,
j= l ,2 ,„ .,b ;
fc=l,2,...,n
onde,
y jjk - resposta correspondente a k - ésim a unidade que recebe o tratam ento consistente na
H - m édia geral ;
x, - efeito do nível i de A;
Pj - efeito do nível j de B;
Com relação aos parâm etros i, e (3j, se os tratam entos são fixados previam ente pelo
experim entador , os resultados obtidos são válidos apenas para o conjunto de tratam entos usados
80
e o modelo em pregado é de efeitos fixos. Entretanto, quando os tratam entos são uma amostra
análise foi em pregado o m odelo de efeitos fixos, um a vez que os fatores foram fixados
No modelo de efeitos fixos, os efeitos x, e são usualm ente definidos com o desvios da
Se a hipótese H 0 for verdadeira , todos os tratam entos terão média jx iguais. Então, para o
H0: ti = t2 = ... = xn = 0;
: pelo m enos um X; 0.
H0 : pi = 02 =... = (3n = 0;
H, : pelos m enos um Pj * 0.
H j : pelo m enos um ( x P ) ^ 0.
O procedim ento para testar a igualdade das m édias dos tratamentos, ou testar se os efeitos
dos tratam entos são iguais a zero, é a análise da variância, onde a hipótese H 0 é cham ada de
quando ela for verdadeira. Este valor é denotado por a l e deve ser pequeno, um a vez que a
81
rejeição da hipótese H 0 quando ela for verdadeira é um erro, denom inado de erro tipo I.
Fai,ni-i,n2-i- Se o valor de F0 encontrado experim entalm ente for m aior que F al_nl.lin2., , Ho é
rejeitada e os tratam entos apresentam diferenças significativas entre seus efeitos, sendo estes
diferentes de zero. Para dois fatores, F0 é calculado como m ostra a tabela 4.1.
2 2
y... (4.3.3)
bn abn
2 2
y.j. jl. (4.3.4)
(4.3.5)
(4.3.6)
Os processos produtivos envolvem, norm alm ente, um grande núm ero de variáveis e um
tempo reduzido para a solução dos seus problem as. Por isto, muitas vezes, tom a-se im praticável
a análise destes processos com o uso da experim entação clássica. Para contornar esta situação,
foram desenvolvidos alguns outros métodos que se utilizam da experim entação fatorial fracionária
e processos, envolvem toda um a conceituação estatística que perm ite analisar e interpretar o
produto, observando-se o grau de influência exercido por cada fator ou pela interação entre dois
ou mais deles.
A estruturação dos ensaios é feita a partir da seleção dos fatores que influem sobre
determinado produto, em geral este estudo pode ser feito com o uso de um diagram a causa-
efeito. O passo seguinte é a determ inação do número de níveis que cada fator deve possuir,
inicialmente é recom endado o estudo com poucos níveis, o que reduz o núm ero de ensaios
necessários. Após a identificação dos fatores mais im portantes, um estudo mais aprofundado e
Os dois prim eiros passos fornecem insumos para a seleção da matriz ortogonal a ser
utilizada nos ensaios. Estas m atrizes usam apenas uma parte de todas as com binações possíveis,
para estimar os efeitos gerados pelos diferentes fatores, o que caracteriza o experimento
fracionário. A interpretação dos resultados é obtida mediante a análise da variância dos fatores
em seus diferenciados níveis, e o grau de influência de cada um deles sobre o processo pode
Esta breve conceituação tom a-se mais clara ao longo deste capítulo, onde cada passo da
experim entos procura-se estabelecer a relação entre os esforços envolvidos durante a usinagem,
com a rem oção de material e, a provável relação destas mesm as forças com a característica de
form a inicial das peças. Para isto, as variáveis necessárias no levantam ento experimental são as
seguintes:
A rotação, o avanço e o curso da ferram enta são m antidos constantes ao longo dos
experimentos.
experim entos preliminares. Não se busca a otim ização do processo já nesta fase inicial dos
tarabalhos, mas sim a identificação de quais os pontos que prim eiram ente devem ser atacados,
para que nos trabalhos que venham dar continuidade à esta pesquisa, se possa chegar a
conclusões m ais específicas. Contudo, pretende-se investigar o com portam ento do processo de
identificados de acordo com três form as básicas de perfil, o desvio de form a do tipo a é
classificado como barrilete, o do tipo b como cônico e , finalm ente, o do tipo C como
a u
I
1 1 11 1
BARRILETE CÔNICO ESTRANGULADO
- Ferramentas : são avaliadas duas ferram entas que diferem somente pela
campo de atuação das duas ferram entas de brunim ento estudadas. De m aneira que seja alcançada
a m áxim a remoção de material, possível, com cada um a das ferramentas. Em geral, a penetração
dos gum es de geom etria não definida, o que im plica na sobrem edida de material , varia de 10
até 25% do tamanho médio do grão (Draéd ). O que pode ser representado pela expressão,
máx 4
assum indo-se que os grão atinjam a pentetração máxima, para as diferentes granulom etrias de
- Rotação, avanço e curso : estes parâm etros de corte são repectivam ente
Os resultados do processo de brunim ento são investigados, neste trabalho, por técnicas
Taguchi, sendo que a influência gerada por cada variável ( fator ) é analisada em apenas dois
nívies, os quais são designados como baixo (1) e alto (2). D uas etapas de ensaios são executadas,
campos:
Baixa: Alta:
são considerados em relação ao diâmetro que as peças deveriam possuir após o brunim ento, e não
m ais em relação à penetração m áxim a dos gumes. Então para um diâm etro nom inal do furo de
17.995mm, tem -se diâm etros de entrada variando de 17.932 a 17.963mm. O casionado os grupos
Baixa: Alta:
deslocam ento da região de corte da ferram enta, em relação à posição inferior do furo brunido.
No curso baixo a região de corte ultrapassa o furo em 9 mm e, no curso alto em 24 mm, que
Baixo: Alto:
Baixo: Alto:
velocidades de corte no brunim ento "Precidor", num a faixa que se apresenta de 10 a 20 m/min
[28], o que para um diâmetro de 18 mm resulta num cam po de rotações variando de 177 a 354
RPM. Como a limitação da m áquina im põe um a rotação m áxim a de 250 RPM , as rotações
escolhidas foram:
Baixa: Alta:
o avanço deve situar-se entre 1 e 2 m/min. Como a lim itação da m áquina possibilita um avanço
Baixo: Alto:
de dados, o que reflete o número total de experim entos a serem conduzidos. Portanto, com base
nos fatores (variáveis de entrada) e nos graus de liberdade associados a eles, pode-se determinar
O bserva-se um total de 11 graus de liberdade, o que conduz para a utilização de uma m atriz
L12. Esta m atriz com portaria os 11 experim entos necessários neste caso, porém , a influência das
interações pode ser confundida, já que o arranjo L I 2 deve ser usado preferencialm ente para
estim ar efeitos principais [52], Portanto, optou-se pelo em prego de um a m atriz L I 6, que pode
4.6.1. Máquina-Ferramenta
O brunim ento das peças em pregadas nos ensaios foi desenvolvido em um a máquina de
brunir Nagel, modelo 4V-500. E sta m áquina caracteriza-se por possuir três eixos de acionamento
aos quais são acopladas ferram entas com diferente granulom etria. Tal configuração possibilita o
brunim ento em múltiplos estágios, sendo possível desenvolver o desbaste, o semi-acabam ento e
o acabam ento das peças. No entanto, durante os experimentos, dois dos eixos foram bloqueados
desta máquina.
4.6.2. Ferramentas
Todas as ferram entas usadas nos ensaios são do tipo "Precidor". Estas diferenciam -se
basicam ente pelo diâmetro e granulom etria do abrasivo, de acordo com a aplicação no estudo.
Os dados relacionados à especificação da ferram enta são apresentadas na tabela 4.3, Já o desenho
e a form a construtiva de um a ferram enta "Precidor" foram vistos anteriorm ente na figura 3.24,
item 3.6.1.
um am plificador de sinais, um a unidade de sistem a de controle para o tratam ento dos dados e um
plotter para apresentação dos gráficos da força de avanço e do m om ento torçor. A montagem do
conjunto é m ostrada na figura 4.2, a especificação dos equipam entos está no anexo B.
^rvr.^"
m < s> m
<§>m<§> <§>
Para a estruturação dos ensaios se faz necessário o uso de equipam entos auxiliares para
verificação de dim ensões e qualidade superficial dos corpos de prova, e determ inação de algumas
ZEISS, foi em pregada na determinação dos diâmetros dos corpos de prova usados nos ensaios.
pneum ática (FEIN PRÜ FF), foi em pregado na seleção e classificação das peças de produção,
qualidade superficial dos corpos de prova da segunda etapa de ensaios, antes e depois dos
experimentos.
No levantam ento das forças do processo em pregou-se blocos do com pressor rotativo, já na
análise dos resultados em função das grandezas de entrada, os corpos de prova foram blocos do
com pressor EM , am bos produzidos pela Em presa B rasileira de Com pressores (EMBRACO).
O material dos corpos de prova é ferro fundido GG20, cuja as principais propriedades
•P : 0.20 - 0.40
As principais dimensões, dos blocos do com pressor Rotativo e do com pressor EM,
associadas ao contexto deste estudo são apresentadas nas figuras 4.3 e 4.4.
I 18.00 |
Como a geom etria das peças difere, foi necessária a fabricação de dois dispositivos de
o giro das peças, com um a folga relativam ente grande. Sim plificando, os dispositivos são placas
com furos centrais e pinos de guia, para o posicionam ento das peças.
O dispositivo para a usinagem dos ensaios de força apresenta um a geom etria um tanto
m ais com plexa devido a necessidade de fixação, do m esm o, na plataform a piezelétrica. Este
dispositivo possui um rasgo central, para facilitar o posicionam ento da peça durante o
experimento. O rasgo se fez necessário devido ao pequeno espaço existente èntre as mesas de
FERRAMENTA
BUCHA GUIA
DlSPOSn
FERRAMENTA
MESA SUPERIOR
DISPOSITIVO
MESA INFERIOR
Neste capítulo foi apresentado o planejamento dos experim entos a serem executados. A
elaboração e m ontagem dos ensaios foi estruturada na análise de variância dos dados e nos
métodos Taguchi para experimentação. No capítulo posterior será enfocada a análise dos
CAPÍTULO 5
FORÇAS DE BRUNIMENTO
referentes aos fatores que afetam seu com portamento ao longo do processo, às influências que
estas podem gerar nos resultados do trabalho e à sua interligação com as dem ais grandezas de
entrada. No entanto, quer relacionadas à sobremedida, à granulom etria da ferram enta ou a outros
torçor Mt, bem como a ordem de grandeza destes esforços, para caracterizar as diversas etapas
do brunim ento "Precidor". A análise deste com portamento é feita em relação à sobrem edida de
A execução dos ensaios foi realizada utilizando-se como corpos de prova, os blocos do
com pressor Rotativo e as grandezas de entrada empregadas pela EM BRACO, de maneira que as
piezelétrica, o qual im pede seu movim ento de giro, porém perm ite um pequeno deslocamento
no sentido axial e radial, devido à folga necessária para o ajuste do furo com a ferramenta.
D urante o brunim ento das peças, os valores de F f e M t foram obtidos m ediante utilização
intervalo de tem po pré-estabelecido. Após o brunim ento as peças foram novam ente medidas.
Inicialm ente todas as peças fornecidas para o ensaio foram medidas e m arcadas de maneira
que se pudesse separá-las em grupos, de acordo com os seus diâmetros médios. A m edição destes
diâm etros foi feita em três posições, através de um sistem a pneumático. A figura 5.1 m ostra o
Após medidas, as peças foram classificadas de acordo com a faixa de sobrem edida de
material a rem over e com o perfil do furo. O que gerou um arquivo com três fam ílias de peças
com características sem elhantes, ou seja mesmo diâmetro médio e um desvio de fom a com
O diâmetro da ferram enta de brunir não pode ser m edido com instrum entos convencionais
de medição, devido à sua irregularidade superficial, o que faz necessário o uso de uma
Tal m etodologia consiste na obtenção do diâmetro da ferram enta de form a indireta, ou seja,
ferram enta até que esta passe através da peça com um leve esforço manual. O diâm etro da peça
D eve-se ter em consideração que este diâmetro pode apresentar variações, já que é regulado
para uma determ inada condição de sobremedida e força norm al Fp, as quais podem mudar ao
longo do brunimento. Isto ocorre porque a ferram enta é um sistem a elástico e existem
deform ações e folgas entre os seus elementos de transm issão, bem como nas pedras de brunir.
deslocam ento radial real Ar(r) , o qual está diretamente relacionado à Fp, figura 5.2 [16].
Para o levantam ento das curvas de forças foi desenvolvido, no módulo de program ação do
perm ite, como já foi mencionado, a leitura direta dos picos e médias tanto da força de avanço
Ff, quanto do mom ento torçor Mt. Neste procedimento de ensaio, estabeleceu-se um a faixa para
análise dos valores equivalentes a dois segundos, a qual, de acordo com a possibilidade do
equipamento, pode ser deslocada para qualquer posição da curva gerada. Com o o analisador de
sistemas de controle não perm ite armazenar os dados gerados durante os ensaios, foi necessário
construir um a planilha para este fim. Porém, foram im pressos alguns dos gráficos, registrando-se
assim, não só a m agnitude dos esforços, mas o seu com portam ento ao longo do tem po de
brunimento.
torçor pode ser associado ao deslocamento da ferram enta de brunim ento em relação à peça, como
mom ento torçor M t, no brunim ento com ferram entas "Precidor" D50 e D l 50.
N a prim eira região dos gráficos, tem -se a entrada da ferram enta na peça. Com o o diâmetro
da ferram enta é reduzido, no prim eiro terço de seu com prim ento, têm-se apenas pequenos picos
F f quanto de Mt, que se deve ao aum ento gradual de diâm etro da ferram enta, bem como ao atrito
entre as pedras e o furo. N esta fase a ferram enta é totalm ente guiada pelo furo da peça. Isto
ocorre até que toda a região de m aior diâmetro ultrapasse o lim ite inferior da peça.
ferram enta. Esta pode ser a possível causa do aum ento das forças nesta região, o que é bem mais
visível na figura 5.4, a qual se refere à usinagem de pequenas sobrem edidas com ferram enta de
granulom etria D50. Nestas condições os fenôm enos de atrito são bastante significativos. Com o
em prego de diam ante com granulom etria D 150 este campo é reduzido e, dependendo da
N a quarta região, observa-se novam ente o crescim ento tanto de F f quanto de Mt, já que,
como na fase inicial, tem -se o aum ento gradual do diâm etro da ferram enta. Teoricam ente nesta
região não existe corte, pois a rem oção com ferram entas "Precidor" ocorre em um único sentido,
logo o nível dos esforços deveria ser bem m enor do que na entrada da ferram enta, como ocorre
para um a sobrem edida de 12 |im , figura 5.4. Todavia, este com portam ento não é observado na
remoção de 2,5 |im , figura 5.5, pois nesta condição, mesm o na entrada da ferram enta, os
fenôm enos relacionados ao atrito são bem mais significativos que os fenôm enos de corte.
N a etapa final, após toda a região de corte da ferram enta ter ultrapassado o lim ite superior
da peça, os esforços caem a zero e os picos que se apresentam , eventualm ente, são também
ferram enta D 50 e 2 a 30 fim, para a ferram enta D 150. A análise dos resultados obtidos é
m ostrada a seguir.
101
É intuitivo afirm ar que os valores das com ponentes da força de usinagem cresçam com o
aumento da seção usinada. Porém, pouco se sabe a respeito destas forças ao longo do processo,
como variam com a granulom etria da ferram enta, sua relação com a form a inicial do furo, e qual
Todos estes fatores podem fornecer inform ações importantes, relacionadas ao processo,
como limite de material a ser removido com determ inada granulom etria, em que faixa de
sobrem edida pode ocorrer determinado tipo de desgaste e qual o campo mais adequado à
Para a avaliação dos resultados foi elaborada um a série de gráficos, interpretados com o
auxílio da análise de variância dos dados. Esta análise perm itiu verificar qual o fator mais
incisivo sobre a força de avanço F f e o mom ento torçor M t, nas diferentes faixas de remoção.
Cabe salientar que, cada sobrem edida adotada expressa um valor com preendido dentro de
um faixa, já que foi impossível determ inar um valor fixo para a remoção, devido a toda
aleatoriedade que envolve o processo. A tabela 5.1 m ostra o valor das sobremedidas
SOBREMEDIDA
MÍNIMO 0.8 1.3 1.8 2.3 2.8 3.3 3.5 5.5 7.5 8.5 11 15 20.5 30
MÁXIMO 1.2 1.7 3.2 2.7 3.2 3.7 4.5 6.5 8.5 9.5 13 17 23.5 34
102
D urante a execução dos ensaios observou-se que os gráficos do com portam ento de F f e M t
Para facilitar o estudo, definiu-se a análise dos resultados em relação a dois casos distintos.
O prim eiro com preende as sobremedidas entre 1 e 3.5 (im e, o segundo caso sobremedidas
entre 4 e 12 um. Os dados estão, ainda, agrupados dentro das três fam ílias de desvio de form a
m encionados anteriormente.
A tabela 5.2 apresenta os resultados da força de avanço obtidos no brunim ento com
1,00 8.53 9.15 9.74 10.80 10.91 11.65 13.73 13.01 14.37 100.89 11.21 1,92
1,50 8.82 9.32 9.83 10.51 10.91 13.67 13.34 13.58 14.71 103.69 11.52 2,10
2,00 8.92 10.34 10.40 11.82 13.61 13.62 13.80 13.40 14.72 107.63 11.96 1.79
2,50 9.57 10.15 11.31 11.62 13.42 13.44 13.12 13.92 15.92 110.50 13.28 1,94
3,00 9.75 9.79 11.10 11.89 13.83 13.94 14.23 14.90 16.57 115.00 13.78 2,35
3,50 11.20 13.63 13.93 13.41 13.71 13.72 14.89 15.64 16.80 124.93 13.88 1,68
4,00 13.55 13.81 14.24 14.42 15.83 17.53 87.38 14.56 1.88
6,00 18.94 19.20 21.00 21.99 23.88 25.32 129.33 21.56 3.40
8,00 25.44 27.90 29.30 29.58 31.27 37.08 180.57 30.10 3.94
12,00 39.89 43.11 44.27 47.10 47.10 51.71 274.76 45.79 4.23
A análise da variância dos dados, segundo o método descrito no capítulo 4, perm ite elaborar
a tabela 5.3, que fornece inform ações sobre a influência da sobremedida, do erro de form a e da
Caso 1 Caso 2
s.s. G. L. Var (V) Teste F F Tab S.S. G. L. Var (V) Teste F F Tab
Des form. 157.10 2 78.55 105.70 3.26 159.98 2 79.99 4.50 3.89
Sob X Des 3.51 10 0.35 0.47 3.11 14.75 6 3.46 0.14 3.00
Observando-se F 0 calculado, tanto para o fator sobrem edida, quanto para o desvio de
form a, constata-se um valor superior ao de F 0 tabelado, o que im plica a diferenciação das médias
dos dados e um a consequente variação no conjunto. Logo os dois parâm etros influenciam na
Contudo, no caso 1, que envolve a faixa das pequenas sobrem edidas, o fator mais
significativo sobre F f foi o desvio de forma. Ao contrário, para o caso 2 , o fator preponderante
Este fenôm eno está, provavelm ente, relacionado às pequenas pressões de contato existentes
nos baixos níveis de remoção. Como a força passiva Fp envolvida é pequena, a penetração dos
gumes é lim itada e os fenôm enos de corte são diminuídos. Por isto, a form a do furo é importante
nesta situação, pois grande parcela do esforço gerado durante o brunim ento deve estar
relacionado ao atrito que ocorre entre as superfícies do furo e da ferram enta. Assim as peças em
barrilete, as quais apresentam um m enor volum e de material a rem over, geram m enores esforços
rem ovidas m aiores sobrem edidas, cresce a pressão de contato, favorecendo todo o mecanismo de
104
corte. Ou seja, como ocorre um a m aior penetração dos grãos tom a-se mais fácil que o mesmo
atinja a espessura m ínim a de corte e os esforços ligados à deform ação do material são, em parte,
substituídos por forças de arrancam ento de cavacos. Em virtude dos erros de form a das peças
estarem situados entre 3.5 a 5.5 (im , e as sobrem edidas num campo que envolve valores
maiores, no caso 2 o desvio de form a é um fator m enos im portante, apesar de exercer certa
A figura 5.6 m ostra o gráfico da força de avanço em função da sobremedida, para os três
Sobremedida ( p. m )
Na região inicial, até aproxim adam ente 4 |im , as curvas apresentam um a pequena
inclinação, onde o erro de form a tem grande im portância nos resultados de Ff. A partir deste
ponto, a inclinação das curvas aum enta e a sobrem edia de material passa a influir mais
fortem ente sobre o processo. O gráfico acima confirm a os resultados obtidos na tabela de análise
105
A figura 5.7 m ostra o comportamento médio das forças de avanço ocorridas em cada
sobremedida. As linhas tracejadas representam a dispersão da medição dos dados, a qual foi
DM - ± ts
onde,
DM : dispersão da medição ;
t : coeficiente de "student" e
Sobremedida ( |j. m )
Na região inicial a dispersão dos dados é relativam ente grande, o que im possibilita afirm ar
crescimento da força de avanço com a sobremedida, nesta faixa. Entretanto, na região posterior,
106
O com portam ento do mom ento torçor é análogo ao da força de avanço, na usinagem com
a ferram enta D50, existindo um a pequena influência da sobremedida para pequenas remoções
enquanto que a form a do furo é preponderante. Isto também se inverte com o aumento da
profundidade de corte, de form a sem elhante ao que acontece com Ff. As tabelas que apresentam
os resultados e a análise de variância dos dados de mom ento torçor com a ferram enta D50 estão
no anexo C.
A figuras 5.8 m ostra o gráfico de com portam ento do momento torçor em função da
sobrem edida de material removido, para os três erros de form a existentes nas peças estudadas.
Sobrem edida ( |a m)
A figura 5.9 m ostra o com portam ento da m édia dos m om entos torçores gerados no
E
o
o
O'
c
0«
E
o
Sobrem edida ( n m )
Neste gráfico, também na região inicial, a dispersão dos dados não perm ite afirm ar que
exista o crescimento do mom ento torçor com a elevação da sobrem edida e a pratir de 4 jim esta
tendência é estabelecida.
O brunim ento com a ferram enta D l 50, com posta de grãos de diam ante com m aior tamanho,
gera um elevado gradiente entre as forças na entrada e no retom o da ferram enta, o qual se deve
também ao atrito, mas principalm ente aos fenôm enos de corte existentes que são
ferram enta D l 50, do que com o uso da ferram enta D50, na usinagem de um a m esm a faixa de
sobremedidas.
A tabela 5.4 apresenta os resultados da força de avanço obtidos no brunim ento com
ENSAIO
2,00 4.79 6.63 6.58 . 7.01 8.34 9.51 43.86 7.14 1.62
3,00 7.73 7.94 8.07 8.69 9.13 9.58 51.54 8.59 0.86
4,00 7.59 8.78 8.81 9.47 10.59 11.02 56.62 9.44 1,17
6.00 13.06 14.38 15.63 16.90 17.02 17.55 94.54 15.76 1.75
9.00 31.05 33.50 33.75 35.04 36.00 37.24 206.58 34.43 3.17
13.00 33.97 35.41 14.24 37.73 39.99 45.88 230.65 38.44 4.20
16.00 55.23 57.94 37.67 59.73 61.12 67.08 359.45 59.91 4.03
23.00 75.37 77.19 58.35 84.00 87.20 88.54 493.35 83.06 5.38
30.00 108.30 110.04 80.05 116.56 118.07 123.73 687.17 114.53 5.52
A com paração dos resultados m ostra que as forças com a ferram enta D 150 são de
aproxim adam ente 15 a 60% menores, sendo que a relação decresce à m edida em que a
sobrem edida aumenta. Com isto procura-se dem onstrar quão influente é o atrito nas pequenas
Tabela 5.5 - Análise de variância para as forças com ferram enta D 150
Análise de Variância
Caso 1 Caso 2
S.S. G.L. Var (V) Teste F F Tab S.S. G.L. Var (V) Teste F F Tab
Des form. 18.86 2 9.43 23.94 4.26 361.64 2 180.82 26.18 3.89
Sob X Des 1.15 4 0.29 0.70 3.63 60.33 10 6.03 0.87 3.75
O teste F perm ite concluir que novam ente existe influência da ação das variáveis,
sobremedida e forma, sobre as forças alcançadas no processo, pois F 0 tabelado é m enor que F 0
calculado. Porém, desta vez, no caso 1 os dois fatores agem quase com a m esm a intensidade
sobre os resultados, ou seja, influem de form a sem elhante sobre as médias dos dados.
No caso 2, a remoção de material é maior, logo a form a das peças passa a ser um aspecto
secundário sobre a força, apesar de algum a influência continuar a existir. A sobrem edida passa
a ser o fator preponderante sobre o com portam ento da força de avanço, porque como já foi
explicado, existe um favorecim ento aos mecanismos de corte quando são alcançadas pressões de
A figura 5.10 m ostra o gráfico da força de avanço em função da sobrm edida para os
Sobremedida ( u m)
Na região inicial das curvas há um pequeno crescimento das forças, que se to m a bastante
Como o que aconteceu para a ferram enta D50, fica clara a pequena influência da form a das
peças, ao longo do processo, se com parada com a sobrem edida de material brunido, tam bém para
Sobremedida ( u m)
No gráfico acima, pode-se observar que, apesar do prim eiro ponto da curva apresentar
uma dispersão um pouco maior que os dois seguintes, a tendência de crescim ento da força com
o aumento da sobrem edida é nítida, a partir da região inicial da curva. Este com portam ento difere
um pouco do que foi observado no brunim ento com a ferram enta de granulom etria menor.
O momento torçor se com porta de m aneira sem elhante à força de avanço, no brunimento
com a ferram enta D l 50. As figuras 5.12 e 5.13 m ostram os gráficos do com portam ento e da
Sobremedida ( ji m )
5.12- M omento torçor em função da sobrem edida
3
Sobremedida ( ^ m )
Durrante o brunim ento com as ferram entas "Precidor" os esforços gerados na entrada e
saída da ferramenta, teoricam ente, deveriam ser diferentes. Faz-se esta consideração porque, já
que a remoção é executada em um único ciclo, todo o sobremetal seria retirado na entrada da
ferram enta e os esforços na saída se aproxim ariam de zero. Todavia, deve-se contar com a
aproxim adam ente unitária, dem ostrando que a parcela das forças referentes à remoção é baixa
A figura 5.14 mostra a análise com parativa entre as forças de avanço Ff, obtidas com
A figura 5.15 m ostra a análise com parativa entre as forças de avanço Ff, obtidas com cada
Nos dois gráficos apresentados, aproxim adam ente aos nove segundos de brunim ento, tem-se
a inversão no sentido de avanço e o retom o da ferram enta. A pós esta etapa, ainda se constata a
Pode-se observar que, com a elevação da sobrem edida a brunir, a parcela de força referente
ao retom o da ferram enta diminui consideravelm ente. Por exem plo, no brunim ento da sobremedida
1.5 |am, com a ferram enta D50, F f situa-se próxim o a 9 (N) na entrada e no retom o, enquanto
que para um a sobrem edidade de 8 um , estes valores são 40 e -4 (N) respectivamente. Este
115
fenômeno se tom a mais marcante no brunim ento com a ferram enta D l 50.
Quanto ao mom ento torçor, valem as mesm as considerações feitas a respeito da força de
avanço. A figura 5.16 m ostra a análise com parativa entre os m om entos torçores Mt, obtidos com
desenvolvido com a ferram enta de m aior granulom etria apresentou um relação m aior entre os
mom ento torçor, no brunimento "Precidor". Estes esforços foram analisados em relação a
sobrem edida e ao desvio de form a inicial das peças, sendo procedida tam bém a análise
com parativa para as diverças faixas de remoção. A seguir, no capítulo seis, serão estudadas as
N este capítulo, procura-se m ostrar a aplicação das técnicas Taguchi, para a determinação
das grandezas que influem no processo de brunim ento "Precidor". Este estudo se traduz em uma
análise prelim inar para a avaliação do processo, fundamentando um enfoque mais aprofundado
O estudo é feito mediante a execução de duas etapas experimentais, onde na prim eira é
analisada a influência dos diversos fatores, objetivando-se a otimização do fator mais influente.
Em seguida, na fase com plem entar, observa-se quais, entre os fatores restantes, exercem maior
desvio de form a e rugosidade inicial da peça, curso, rotação e avanço da ferram enta, sobre a
A análise de variância é, tam bém , em pregada neste caso, porém os experim entos são
Para a execução dos ensaios utilizou-se como corpos de prova os blocos do compressor
EM e as grandezas de entrada, bem como os seus níveis, foram estabelecidas com o mostrado
no capítulo 4.
Para o desenvolvim ento do ensaio foi elaborada um a tabela, baseada na m atriz ortogonal
que im pede o seu m ovimento de giro, porém perm ite um pequeno deslocam ento no sentido axial
e radial, devido à folga necessária para o ajuste do furo com a ferram enta.
Após o brunim ento as peças foram encam inhadas à metrologia, sendo verificadas a forma
Os corpos de prova utilizados foram coletados diretam ente da produção, num período de
um a semana, durante os três turnos de trabalho da empresa. Pretendia-se com isto um a amostra
que representasse melhor o perfil das peças produzidas na m áquina "transfer", antes do processo
de brunimento.
Para a prim eira etapa de ensaios, foram coletadas trinta e oito peças e na segunda vinte
e oito, sendo que destas selecionou-se grupos de dezesseis unidades, com as características mais
apropriadas à aplicação da m atriz ortogonal: Esta adequação está relacionada à com binação dos
níveis das variáveis em cada experimento. Por exem plo, um a determ idada combinação
experimental deve envolver os níveis altos de sobrem edida e curso, com os níveis baixos de
rotação, avanço e conicidade, porém esta condição não foi alcançada por m ais que um a peça.
Os dados relacionados às dimensões dos prim eiros corpos de prova analisados foram
obtidos com o emprego do m edidor pneumático. Já, para os corpos de prova verificados na
segunda etapa do trabalho a cilindricidade e a circularidade foram obtidas pelo circularím etro
THR e o diâmetro, medido em quatro posições, obtido junto a m áquina de m edir por coordenadas
ZEISS. As seções de medição do bloco do com pressor EM são m ostradas na figura 6.1.
uma m atriz ortogonal L I 6 . Esta matriz permite analisar a influência de quinze fatores sobre um
resultado qualquer. Neste estudo verifica-se a influência de seis fatores principais e de três
interações, de modo que algumas das colunas da matriz perm aneceram vazias.
As linhas da matriz, apresentada na tabela 6.1, estão em posições diferentes das ocupadas
na m atriz L I 6 original, isto porque se realizou um sorteio para ordenar a execução dos
experimentos.
120
A B AB C AC BC ED E X F X X X X D
ENS PÇ CILIND SOBR CILSOB CUR CILCUR SOBCUR ROTAV ROT RUG AV
OBS: a sobrem edida adotada na tabela é a teórica, ou seja, a diferença entre o diâmetro da
peça m edido antes do brunim ento e o diâmetro nominal após esta operação. Os valores reais são
diferentes pois, como explicado anteriorm ente no capítulo 5, durante o processo existe a
No desenvolvim ento desta etapa, o andamento dos experim entos poderia ser desenvolvido
com o uso de um a matriz L 8 , já que se tem apenas seis graus de liberdade associados ao
Contudo um a m atriz L I 6 foi empregada, para que o mesmo núm ero de ensaios fosse
procedido nas etapas distintas. A tabela 6.2 m ostra a configuração do arranjo para o segundo
experimento.
A B AB X X X ED E X X X X X X D
A seguir serão apresentados os dados obtidos nas duas etapas de ensaios procedidos para
a averiguação das grandezas influentes no brunim ento "Precidor". Estes dados expressam o
resultado da com binação dos vários fatores, em seus dois níveis, sobre o processo.
N a tabela 6.3 são apresentados os resultados obtidos na prim eira fase de ensaios, na qual,
brunidas.
A tabela 6.4 apresenta os resultados da segunda fase de ensaios, nesta etapa foram
prova brunidos.
O com portam ento das grandezas de entrada sobre os resultados do processo de brunim ento
será interpretado a seguir, através de gráficos que mostram a influência das diversas variáveis
A análise dos resultados dos ensaios de brunim ento foi feita com o em prego do software
SA D IE, que em prega as técnicas de Taguchi na análise dos dados obtidos. A influência das
diversas grandezas é apresentada de form a gráfica, num conjunto onde são m ostrados todos os
fatores, o que facilita a interpretação e a com paração entre eles. Cada fator pode também, ser
A A NO V A é outra im portante ferram enta de que o software é provido, para a análise dos
resultados.
25.0
CILSOB XXX
SOBCUR ROT XXX XXX
E
zL 20.0
O
-O
CO
!5 15 0
õ o® % %
■«I
T5
~ 10.0
Õ
5.0
Observa-se que o desvio de form a das peças, neste caso, é bastante influenciado pelo curso
da ferram enta. No nível baixo, m enor curso, apresentam -se o mais elevados erros de forma,
enquanto que com o curso m aior são obtidos os m enores erros de cilindricidade na fabricação
das peças.
extrem idade inferior do furo, ao passo que no curso m aior um terço desta região ultrapassa a
A análise de variância, anexo D, m ostrou que o fator curso influe de form a mais incisiva
sobre a cilindricidade, isto com uma significância de 99%. D eve-se observar, também, que fatores
como a sobrem edida e a cilindricidade inicial apresentam sua participação sobre o erro de forma,
2.0
— CILIND CILSOB CILCUR ROTAV RUG XXX XXX AV
SOBR CUR SOBCUR ROT XXX XXX XXX
E1
1.8
<0
-
fg
O
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TJ 1.5 O
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(O —'
■o GT°
O©
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O
O) 1.3 0
3 —
1.0
Neste caso, a rugosidade das peças analisadas é influenciada prim ordialm ente pela rotação
da ferram enta. A piora da qualidade superficial acontece quando é em pregado o nível baixo deste
fator, já, com o aum ento da rotação existe um a queda na rugosidade da superfície brunida.
de 99 %, com o se pode observar no anexo D. A rotação esta diretam ente ligada com a
velocidade de corte que por sua vez interfere significativam ente sobre as rugosidades de processo.
O curso da ferram enta foi, também, um fator de forte influência sobre a característica
superficial das peças, constata-se que para o m enor curso a rugosidade apresentada é mais
elevada, dim inuindo com o uso do curso maior. A significância dos resultados é de 99%.
Pode-se relacionar esta influência do curso com o núm ero de grãos abrasivos ativos, nos
dois casos. No nível baixo, há um m enor núm ero de grãos ativos atuando sobre o furo
ocasionando um a elevada rugosidade cinemática, no nível alto, ocorre o contrário. Neste caso a
probabilidade de existir um m aior número de gumes ativos é superior, pois um a m aior região da
ferram enta desloca-se ao longo do furo, o que possibilita a redução na rugosidade cinemática.
Costata-se, ainda, que a combinação cilindricidade inicial das peças com os fatores
sobrem edida de material e curso da ferramenta, tam bém agem sobre os resultados da qualidade
superficial. A pesar de sua influência ser bem m enor que a da rotação da ferram enta e levemente
dos gum es abrasivos na superfície que está sendo brunida. Com o aum ento do desvio de forma
e da sobrem edida, nível alto, eleva-se também a pressão de contato e os grãos são forçados a
penetrar de m aneira mais agressiva na peça, além de um núm ero m aior de grãos cinemáticos se
fazer presente no processo. Estas são condições ideais para que se estabeleça o aumento de
rugosidade da superfície.
127
48.0
■g* 43.0
.3 .
O
«O 38.0
O
O
E
o>
ac 33.o
28.0
remover. Neste caso as características geom étricas iniciais da peça não atuaram sobre a remoção
de material, mesmo porque o campo de sobremedidas do ensaio foi elevado. Com o se observou
nos ensaios de força, os desvios de form a das peças apresentavam influência nos esforços e em
conseqüência sobre a remoção, somente quando pequenas faixas de sobrem edida eram removidas.
ferramenta foi o fator dominante sobre os resultados obtidos no brunim ento, exceto na rem oção
de material, onde a sobrem edida brunida controlou o processo, sua influência foi sempre
observada.
128
Com base neste fato, serão apresentados novos ensaios nos quais o curso da ferram enta foi
condição ideal deste parâm etrro perm ite analisar a influência dos fatores restantes e então
8.0
CILINO XXX ROTAV XXX
SOBR XXX ROT
E
=L 7.0
©
TD
to
T3 6.0
% % G.'O
T3
■E 5.0
O
4.0
Com o curso otim izado, nota-se que a cilindricidade inicial da peças, ou seja, a
característica geom étrica com que tais peças saem da m andriladora, passa a controlar os
Peças com m enores desvios de form a levam à baixa cilindricidade final, do mesmo modo
que desvios de form a elevados ocasionam erros de cilindricidade maiores, com o se observa no
gráfico.
Apesar do brunim ento de desbaste prom over um a elevada redução na cilindricidade das
129
peças, observou-se que o perfil geom étrico das mesm as permaneceu sem elhante à conferida pelo
processo anterior de usinagem. Esta foi um a característica observada quase que na totalidade dos
processo de brunimento.
110.4 mm_
5 iim
72.3 mm
No nível baixo dos dois fatores encontraram -se os m aiores desvios de form a e, com
corpos brunidos. Este com portam ento ocorre porque na prim eira situação a com posição da
velocidade de corte ocasiona um ângulo de cruzam ento a m enor que no segundo . Sabe-se que
ângulos a maiores promovem um a elevada rem oção e esta é um a condição básica para que haja
A análise de variância dos fatores que exerceram influência sobre a cilindricidade final das
2.00
XXX XXX
XXX XXX XXX XXX XXX
E
175
<0
ac
a>
~o 1.50
ta
xs
V)
O) 1.25
3
a:
1.00
Como nos prim eiros ensaios, tem -se novam ente, um a elevada influência da rotação da
ferram enta sobre a rugosidade da superfície brunida. A m aior velocidade de corte alcançada
quando do emprego de rotações superiores, nível alto, prom ove um a redução na rugosidade de
processo já que os grãos abrasivos atuam um m aior núm ero de vezes num mesm o com primento
usinado.
131
5.0
CILIND XXX XXX ROTAV AV
SOBR XXX XXX ROT XXX
E 4.5
=1
O 4.0
-o
<0
■o
JS
3
35
G-0 % z Q-0 G-©
O
3.0
O
2.5
Antes de se proceder a análise dos gráficos apresentados na figura 6 .8 , deve-se fazer uma
consideração. A influência da circularidade inicial das peças ensaiadas não foi aplicada como
um a das variáveis de entrada, apesar deste ser, provavelmente, um dos fatores de m aior influência
sobre a circularidade final. Esta restrição ocorreu porque seria necessário um elevado número
de peças para possibilitar as com binações desejáveis na composição da m atriz ortogonal, o que
tom ou-se im praticável. Contudo, procura-se mostrar como os demais fatores agem sobre esta
Observa-se que o desvio de cilindricidade inicial é o fator que dom ina a circularidade das
peças, onde os m enores desvios de form a geram peças com melhores características geométricas.
A interação de rotação e avanço atua sobre a circularidade de m aneira sim ilar ao que
remoções e a consequente redução dos desvios de forma. A confiabilidade de que estes fatores
5p-m
‘zV k
9,10 pn Mees.Mode Internal o 7,20 pm Meas. Mode Internal
2.15 pi Z Height 119,0 mm E 3,75 um Z Height 1lG,0mm
18,1 deg Filter 1-15 upr a 56,5 aeg Filter 1-15 upr
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49.0 -
gT 45 0 “
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«0 41.0 -
O
o
E
<D
Q£ 37.0 -
33.0 -
A nalogam ente à prim eira etapa de experim entos, nesta fase o com portam ento da remoção
de material foi função exclusiva da sobrem edida a usinar e os outros fatores envolvidos no
Neste capítulo observou-se como os resultados do trabalho, no brunim ento "Precidor", frente
no trabalho.
CAPÍTULO 7
CONCLUSÃO E SUGESTÕES PARA NOVOS TRABALHOS
Como nos dem ais processos de usinagem, o brunim ento de curso longo "Precidor" apresenta
suas particularidades, portanto, o estudo da força de usinagem foi fundam ental na análise do
De uma form a generalizada, constatou-se que o perfil das curvas da força de avanço (Ff)
e do m om ento torçor (Mt) está associado ao deslocamento das diferentes regiões da ferram enta
modificações na form a inicial das peças e diferença na granulom etria do abrasivo alteram as
A análise de variância dos resultados obtidos, no brunim ento com a ferram enta de
granulom etria m enor (D50), mostrou que na faixa inicial de sobrem edidas ( l a 3.5nm ), o fator
mais significativo sobre a força de avanço e sobre o mom ento torçor foi o desvio de form a das
peças. No campo que envolveu maiores remoções (4 a 12 |am), a sobrem edida de material foi
o fator preponderante. Este com portamento tem origem nas pequenas pressões de contato geradas
nos baixos níveis de sobremedida. Fator lim itante para a penetração dos grãos, o que inibe os
fenômenos de corte, salientando entretanto os esforços oriundos do atrito entre as partes. Como
o atrito prepondera nesta situação, a form a do desvio geom étrico das peças influi diretam ente nos
níveis de força alcançados. Portanto as peças que possuem um perfil cujo contato com a
ferram enta de brunir é m enor apresentam esforços de corte reduzidos. Contudo, nas maiores
faixas de remoção o desvio de form a das peças passa a ter uma im portância relativa, pois a
O estudo da dispersão dos dados, tanto da força de avanço, quanto do m om ento torçor,
mostrou que na prim eira região dos gráficos, ou seja até aproxim adam ente 4 u m é im possível
deste ponto, apesar de uma divergência de até 2 0 % entre os resultados, o com portam ento de
crescimento de F f e M t é nítido.
Tratando-se agora, dos resultados obtidos com a ferram enta de m aior granulom etria (D 150),
observou-se que tais resultados são aproxim adam ente 1 5 a 60% menores, do que os obtidos com
a ferram enta (D50), dem onstrando o quanto o atrito influi, principalm ente nas pequenas remoções
com menores granulom etrias. O com portam ento geral da força de avanço e do m om ento torçor,
no entanto é m uito sim ilar ao apresentado com o uso da ferram enta (D50). Nas baixas remoções
de material, a form a inicial é o fator de m aior influência sobre os esforços, sendo substituído pela
A com paração feita entre os esforços de corte na entrada e na saída da ferram enta na peça
m ostrou que esta relação aum enta com a elevação da sobrem edida de material. Como
teoricam ente todo o material deveria ser rem ovido em um único passe, o esforço na entrada seria
elevado, ao passo que no retom o da ferram enta tenderia a zero. Para faixas de remoção elevada
com portam ento não acontece. Caso a rigidez da ferram enta fosse maior, este efeito poderia ser
em pregou-se as técnicas Taguchi, para o desenvolvim ento dos experimentos. Esta estratégia
reduziu consideravelm ente o núm ero de ensaios a ser realizado, não havendo com prom etim ento
dos resultado visto que tendências esperadas foram obtidas, como é o caso do desvio de form a
inicial das peças ser um dos principais fatores de influência sobre a form a final do elemento,
Duas etapas de ensaios foram executadas, na prim eira as variáveis de entrada foram a
sobremedida, cilindricidade e rugosidade inicial, curso da ferram enta, rotação e avanço, bem
como interações entre estes fatores. O bservou-se um domínio do curso da ferram enta sobre a
cilindricidade final das peças, nesta etapa, o qual se deve principalm ente a um m enor número de
grãos ativos nas extrem idades da peça quando em pregado o menor curso, responsável pelos
m aiores desvios de cilindricidade. Já, a rugosidade foi principalm ente influenciada pela rotação
136
da ferram enta, que está diretam ente relacionada à velocidade de corte. Para um mesmo avanço,
o aum ento da velocidade de corte reduz a rugosidade cinem ática da superfície. O curso da
ferram enta tam bém foi um fator ativo sobre a rugosidade das peças, onde novam ente o número
de grãos abrasivos ativos interfere no processo. Quando o curso encontra-se no nível menor, o
núm ero de grãos atuantes é reduzido proporcionando uma elevada rugosidade cinemática, no
nível elevado do fator ocorre o com portam ento contrário. Como esperado, a rem oção de material
N a segunda etapa, partiu-se para um estudo com o curso da ferram enta otim izado, com isto
observou-se a influência das dem ais grandezas de entrada. V erificou-se que a cilindricidade final
das peças é função da form a que as mesmas possuiam antes do processo de brunim ento, ou seja
pós-m andrilam ento. O bservou-se que mesmo após o brunim ento, as peças consevaram o perfil
inicial, apesar da redução significativa nos valores da cilindricidade. Este com portam ento está
provavelm ente relacionado à diferença de volum e de material que existe n a região inferior dos
corpos de prova, isto proporciona a deformação elástica da peça, durante o brunim ento, que
Com o no estudo anterior, a rugosidade das superfícies foi principalm ente afetada pela
rotação da ferram enta, com provando que a velocidade de corte tem grande influência sobre este
resultado do processo. Nas velocidades mais elevadas, um m aior núm ero de grãos atua num
A circularidade final das peças foi, tam bém , um resultado abordado durante o estudo, apesar
deste desvio de form a não ter sido em pregado como um a das variáveis de entrada, o que foi
explicado anteriorm ente. Contudo, procedeu-se a análise em relação aos dem ais fatores e
circularidade das peças. M enores desvios de cilindricidade geraram peças com melhores
N este conjunto de ensaios, novam ente a rem oção de material esteve ligada unicamente a
A análise dos resultados obtidos neste estudo é bem mais qualitativa do que quantitativa,
já que neste prim eiro mom ento pretendia-se um a visão geral e abrangente do brunim ento
"Precidor". Contudo foi possível estabelecer a tendência de com portam ento dos esforços de corte
A inda existe muito o que conhecer e principalm ente desenvolver nesta área, espera-se no
entanto que este prim eiro passo auxilie na execução de futuras pesquisas, bem como seja fonte
• Estudar a rigidez das ferram entas, na tentativa de desenvolvim ento de um sistem a que
• V erificar como os desvios de form a se com portam em relação aos erros iniciais das peças,
nas três etapas do processo, já que neste trabalho verificou-se apenas a etapa de desbaste.
m andrilam ento, pois é neste ponto que se situa a origem dos principais erros verificados após
facilm ente obtidas com o brunim ento "Precidor". Com este trabalho pode-se obter os parâm etros
ideais para a fabricação destas superfícies, altam ente em pregadas, bem como insum os para a sua
qualificação.
138
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[59] HAASIS, Gehard. Spanende und abtragende Verfahren der Feinbearbeitung, Stuttgart:
COLUNA
ENSAIO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
2 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2
3 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 2 2
4 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1
5 1 2 2 1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 2 2
6 1 2 2 1 1 2 2 2 2 1 1 2 2 1 1
7 1 2 2 2 2 1 1 2 2 1 1 1 1 2 2
8 1 2 2 2 2 1 1 2 2 1 1 1 1 2 2
9 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2
10 2 1 2 1 2 1 .2 2 1 2 1 2 1 2 1
11 2 1 2 2 1 2 1 1 2 1 2 2 1 2 1
12 2 1 2 2 1 2 1 2 1 2 1 1 2 1 2
13 2 2 1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 2 2 1
14 2 2 1 1 2 2 1 2 1 1 2 2 1 1 2
15 2 2 1 2 1 1 2 1 2 2 1 2 1 1 2
16 2 2 1 2 1 1 2 2 1 1 2 1 2 2 1
15 7 8
ANEXO B
Plataforma piezelétrica
- modelo: 9263
Ff Mt
Amplificador de sinais
- modelo: 5006
- im pedância de entrada: « 1 0 0 TQ
- precisão: <± 1 %
- fabricante. H ew lett-Packard
- modelo: HP 3563 A
Rugosímetro ( cabeçote )
- modelo :
- ajuste de inclinação:
"Plotter"
- fabricante: H ew lett-Packard
- fabricante : ZEISS
- m odelo : 850
- faixa de m edição :
850 m m /x
1 2 0 0 mm/y
600 m m /z
- condições ambientais:
ANEXO C
ENSAIO
2,00 4.79 6.63 6.58 7.01 8.34 9.51 43.86 7.14 1.62
3,00 7.73 7.94 8.07 8.69 9.13 9.58 51.54 8.59 0.86
4,00 7.59 8.78 8.81 9.47 10.59 11.02 56.62 9.44 1,17
Sobrem. 1 2 3 4 5 6 yi yim s
6.00 13.06 14.38 15.63 16.90 17.02 17.55 94.54 15.76 1.75
9.00 31.05 33.50 33.75 35.04 36.00 37.24 206.58 34.43 3.17
13.00 33.97 35.41 14.24 37.73 39.99 45.88 230.65 38.44 4.20
16.00 55.23 57.94 37.67 59.73 61.12 67.08 359.45 59.91 4.03
23.00 75.37 77.19 58.35 84.00 87.20 88.54 493.35 83.06 5.38
30.00 108.30 110.04 80.05 116.56 118.07 123.73 687.17 114.53 5.52
Análise de Variância
Caso 1 Caso 2
S.S. G.L. Var (V) Teste F F Tab S.S. G.L. Var (V) Teste F F Tab
Des form. 18.86 2 9.43 23.94 4.26 361.64 2 180.82 26.18 3.89
Sob X Des 1.15 4 0.29 0.70 3.63 60.33 10 6.03 0.87 3.75
ENSAIO
1,00 8.53 9.15 9.74 10.80 10.91 11.65 13.73 13.01 14.37 100.89 11.21 1,92
1,50 8.82 9.32 9.83 10.51 10.91 13.67 13.34 13.58 14.71 103.69 11.52 2,10
2,00 8.92 10.34 10.40 11.82 13.61 13.62 13.80 13.40 14.72 107.63 11.96 1.79
2,50 9.57 10.15 11.31 11.62 13.42 13.44 13.12 13.92 15.92 110.50 13.28 1,94
3,00 9.75 9.79 11.10 11.89 13.83 13.94 14.23 14.90 16.57 115.00 13.78 2,35
3,50 11.20 13.63 13.93 13.41 13.71 13.72 14.89 15.64 16.80 124.93 13.88 1,68
4,00 13.55 13.81 14.24 14.42 15.83 17.53 87.38 14.56 1.88
6,00 18.94 19.20 21.00 21.99 23.88 25.32 129.33 21.56 3.40
8,00 25.44 27.90 29.30 29.58 31.27 37.08 180.57 30.10 3.94
12,00 39.89 43.11 44.27 47.10 47.10 51.71 274.76 45.79 4.23
Análise de Variância
Caso 1 Caso 2
S.S. G.L. Var (V) Teste F F Tab S.S. G.L. Var (V) Teste F F Tab
Des form. 157.10 2 78.55 105.70 3.26 159.98 2 79.99 4.50 3.89
Sob X Des 3.51 10 0.35 0.47 3.11 14.75 6 3.46 0.14 3.00
ENSAIO
2,00 20.26 26.75 33.76 34.86 39.48 39.50 193.61 33.27 7.56
3,00 27.72 31.14 36.03 36.40 41.01 43.74 2 16.04 36.01 5.66
4,00 30.57 41.15 43.79 48.90 49.17 51.34 264.92 44.15 7.66
Sobrem. 1 2 3 4 5 6 y i- yim s
9.00 168.29 175.23 181.59 199.15 207.26 218.97 1150.49 191.75 19.81
13.00 348.96 361.38 377.41 384.62 395.23 427.57 229 5.1 7 3 83.53 27.55
23.00 536.84 548.98 573.87 580.08 630.17 654.29 3523.23 587.21 46.04
30.00 679.86 708.15 713.09 770.62 776.50 783.17 443 0.3 9 738.40 43.65
Análise de Variância
Caso 1 Caso 2
S.S. G.L. Var (V) Teste F F Tab S.S. G.L. Var (V) Teste F F Tab
Des form. 641.22 2 320.61 27.67 4.26 21891.56 2 10945.78 35.50 3.89
Sob X Des 10.76 4 3.69 0.23 3.63 3699.63 10 394.52 1.28 3.75
ENSAIO
1,00 10.79 10,78 11,86 12,02 12,63 13,31 14,93 15,04 15,37 116.73 12,97 1,80
1,50 12,87 12,97 13,01 13,28 14,01 14,55 15,47 16,68 19,59 132,43 14,71 2,24
2,00 12,27 13,02 13,73 14,61 16,54 17,47 18,59 18,72 19,73 144,68 16,08 2,75
2,50 12,94 16,69 16,78 17,18 17,61 17,95 18,34 18,37 18,55 154,41 17,16 1,72
3,00 13,99 16,24 16,34 17,67 17,75 17,94 20,73 21,12 23.05 163,83 18,20 2,63
3,50 16,03 17,15 17,18 17,84 18,71 18,85 19,04 20,31 22,74 167,85 18,65 1,99
4,00 20,05 21,03 21,19 21,47 23,79 25,76 133.29 23.22 3.13
6,00 29,33 30,03 31,08 34,95 36,17 39,17 200.73 33.46 3.92
8,00 55,17 56,13 58,03 60,74 63,41 65.01 358.49 59.75 3.98
12,00 73,24 75,99 78,75 82,51 83,43 87.13 481.05 80.18 5.14
Análise de Variância
Caso 1 Caso 2
S.S. G.L. Var (V) Teste F F Tab S.S. G.L. V ar (V) Teste F F Tab
Des form. 181.99 2 91.00 80.79 3.26 248.82 2 124.21 39.43 3.89
Sob x Des 14.82 10 1.44 1.28 3.11 24.32 6 4.05 1.29 3.00
ANEXO D
FATOR G.L. SS MS F
FATOR G.L. SS MS F
AV 1 0.0028 0.0028
FATOR G.L. SS MS F
FATOR G.L SS MS F
FATOR O.L. SS MS F
FATOR G.L SS MS F
AV 1 0.0625 0.0625