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Apostila de Incêndio - Atualizada 18 07
Apostila de Incêndio - Atualizada 18 07
A Proteção Contra Incêndio é um assunto um pouco mais complexo do que possa parecer. À
primeira vista, imagina-se que ela é composta pelos equipamentos de combate a incêndios
fixados nas edificações, porem esta é apenas uma parte de um sistema, é necessário o
conhecimento e o treinamento dos ocupantes da edificação. Estes deverão identificar e operar
corretamente os equipamentos de combate a incêndio, bem como agir com calma e
racionalidade sempre que houver início de fogo, extinguindo-o e/ou solicitando ajuda ao Corpo
de Bombeiros através do telefone 193.
TEORIA DO FOGO
Conceito de Fogo
Fogo é uma reação química que produz luz, calor e gases.
• Combustível
• Comburente (oxigênio)
• Calor
• Reação química em cadeia
Esse quarto elemento, também denominado transformação em cadeia, vai formar o quadrado
ou tetraedro do fogo, substituindo o antigo triângulo do fogo.
Combustível
É todo material que queima. São sólidos, líquidos e gasosos, sendo que os sólidos e os líquidos se
transformam primeiramente em gás pelo calor e depois inflamam.
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Sólidos
Madeira, papel, tecido, algodão, etc.
Líquidos
Voláteis – são os que desprendem gases inflamáveis à temperatura ambiente. Ex.: álcool, éter,
benzina, etc.
Não Voláteis – são os que desprendem gases inflamáveis a temperaturas maiores do que a do
ambiente. Ex.: óleo, graxa, etc.
Gasosos
Butano, propano, etano, etc.
Comburente (Oxigênio)
É o elemento ativador do fogo, que se combina com os vapores inflamáveis dos combustíveis,
dando vida às chamas e possibilitando a expansão do fogo. Compõe o ar atmosférico na
porcentagem de 21%, sendo que o mínimo exigível para sustentar a combustão é de 16%. Calor
É uma forma de energia. É o elemento que dá início ao fogo, é ele que faz o fogo se propagar.
Pode ser uma faísca, uma chama ou até um superaquecimento em máquinas e aparelhos
energizados.
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Reação em Cadeia
Os combustíveis, após iniciarem a combustão, geram mais calor. Esse calor provocará o
desprendimento de mais gases ou vapores combustíveis, desenvolvendo uma transformação em
cadeia ou reação em cadeia, que, em resumo, é o produto de uma transformação gerando outra
transformação.
PROPAGAÇÃO DO FOGO
O calor é uma forma de energia produzida pela combustão ou originada do atrito dos corpos. Ele
se propaga por três processos de transmissão:
Condução
É a forma pela qual se transmite o calor através do próprio material, de molécula a molécula ou
de corpo a corpo.
Convecção
É quando o calor se transmite através de uma massa de ar aquecida, que se desloca do local em
chamas, levando para outros locais quantidade de calor suficiente para que os materiais
combustíveis aí existentes atinjam seu ponto de combustão, originando outro foco de fogo.
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Irradiação
É quando o calor se transmite por ondas caloríficas através do espaço, sem utilizar qualquer meio
material.
Ponto de Fulgor
É a temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda vapores ou gases
inflamáveis, os quais, combinados com o oxigênio do ar em contato com uma chama, começam
a se queimar, mas a chama não se mantém porque os gases produzidos são ainda insuficientes.
Ponto de Combustão
É a temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda vapores ou gases
inflamáveis que, combinados com o oxigênio do ar e ao entrar em contato com uma chama, se
inflamam, e, mesmo que se retire a chama, o fogo não se apaga, pois essa temperatura faz gerar,
do combustível, vapores ou gases suficientes para manter o fogo ou a transformação em cadeia.
Temperatura de Ignição
É aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão apenas pelo
contato com o oxigênio do ar, independente de qualquer fonte de calor.
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CLASSES DE INCÊNDIO
Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis. Somente
com o conhecimento da natureza do material que está se queimando, pode-se descobrir o
melhor método para uma extinção rápida e segura.
CLASSE A
CLASSE B
• Caracteriza-se por fogo em combustíveis líquidos inflamáveis;
• Queimam em superfície;
• Após a queima, não deixam resíduos;
• Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento.
CLASSE C
• Caracteriza–se por fogo em materiais/equipamentos energizados (geralmente equipamentos
elétricos);
• A extinção só pode ser realizada com agente extintor não condutor de eletricidade, nunca com
extintores de água ou espuma;
• O primeiro passo num incêndio de classe C, é desligar o quadro de força, pois assim ele se
tornará um incêndio de classe A ou B.
CLASSE D
• Caracteriza-se por fogo em metais pirofóricos (alumínio, antimônio, magnésio, etc.)
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• São difíceis de serem apagados;
• Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento;
• Nunca utilizar extintores de água ou espuma para extinção do fogo.
Partindo do princípio de que, para haver fogo, são necessários o combustível, comburente e o
calor, formando o triângulo do fogo ou, mais modernamente, o quadrado ou tetraedro do fogo,
quando já se admite a ocorrência de uma reação em cadeia, para nós extinguirmos o fogo, basta
retirar um desses elementos. Com a retirada de um dos elementos do fogo, temos os seguintes
métodos de extinção: extinção por retirada do material, por abafamento, por resfriamento e
extinção química.
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Extinção Química
Ocorre quando interrompemos a reação em cadeia. Este método consiste no seguinte: o
combustível, sob ação do calor, gera gases ou vapores que, ao se combinarem com o
comburente, formam uma mistura inflamável. Quando lançamos determinados agentes
extintores ao fogo, suas moléculas se dissociam pela ação do calor e se combinam com a mistura
inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra mistura não inflamável.
Lloyd Layman definiu 7 fases básicas (fases táticas) no local do incêndio.
1- Salvamento;
2- Isolamento;
3- Confinamento;
4- Extinção;
5- Rescaldo;
6- Ventilação; e
7- Proteção de salvados.
Flashover
O termo flashover foi introduzido pelo cientista britânico P.H. Thomas, nos anos 60, e foi usado
para descrever a teoria do crescimento de um fogo até o ponto onde se torna um incêndio
totalmente desenvolvido.
A teoria do flashover diz que durante o crescimento do incêndio, o calor da combustão poderá
aquecer gradualmente todos os materiais combustíveis presentes no ambiente e fazer com que
eles alcancem, simultaneamente, seu ponto de ignição, produzindo a queima instantânea e
concomitante desses materiais (dita, ignição súbita generalizada ou inflamação generalizada).
Isso acontece porque a camada de gases do incêndio (gases aquecidos) que se cria no teto da
edificação durante a fase de crescimento do fogo irradia calor para os materiais combustíveis
situados longe da origem do fogo (zona de pressão positiva). Esse calor irradiado produz a pirólise
dos materiais combustíveis do ambiente. Os gases que se produzem durante este período se
aquecem até a temperatura de ignição e ocorre o flashover, ficando toda a área envolvida pelas
chamas.
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Backdraft
A diminuição da oferta de oxigênio (limitação da ventilação) poderá gerar o acúmulo de
significativas proporções de gases inflamáveis, produtos parciais da combustão e das partículas
de carbono ainda não queimadas. Se estes gases acumulados forem oxigenados por uma
corrente de ar proveniente de alguma abertura no compartimento produzirão uma deflagração
repentina. Esta explosão que se move através do ambiente e para fora da abertura é denominada
de ignição explosiva, termo que em inglês é denominada de backdraft ou backdraught.
Até pouco tempo atrás, as fases do incêndio eram estudadas a partir de três etapas – a fase
inicial, a fase da queima livre e a fase da queima lenta. Atualmente, a maioria das organizações
de bombeiro e programas de treinamento estão sofrendo alterações e passando a estudar o
processo a partir de cinco fases distintas, a saber: ignição, crescimento, flashover,
desenvolvimento completo e diminuição. No entanto, convém observar que a ignição e o
desenvolvimento de um incêndio interior é algo complexo, que depende de uma série de
numerosas variáveis, por isso, pode ser que nem todos os incêndios se desenvolvam seguindo
cada uma das fases descritas a seguir. As únicas proteções reais para uma explosão do tipo
backdraft ou mesmo para um flashover são o uso constante de roupas de proteção completas
(incluindo capacete, capa e calça de aproximação, luvas, botas, balaclavas e proteção respiratória
tipo pressão positiva), o estudo sistemático desses fenômenos e treinamento, muito
treinamento.
BLEVE
BLEVE é um acrônimo para a expressão em língua inglesa boiling liquid expanding vapor
explosion (explosão do vapor de expansão de um líquido sob pressão), utilizado por bombeiros
para se referirem a um tipo de explosão que pode ocorrer quando um recipiente contendo um
líquido pressurizado se rompe durante um incêndio.
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Boilover
Fenômeno que ocorre devido ao armazenamento de água no fundo de um recipiente, sob
combustíveis inflamáveis, sendo que a água empurra o combustível quente para cima, durante
um incêndio, espalhando-o e arremessando-o a grandes distâncias.
Como a água é vertida para o combustível, que rapidamente se deposita no fundo do
recipiente, devido à maior densidade da água, e tem pouco efeito sobre a extinção das chamas
sobre a superfície. Sob certas condições, depois de algum tempo, a água no fundo vaporiza
rapidamente, fazendo com que ela se expanda mais que 1700 vezes em volume. O vapor em
rápida expansão (possivelmente superaquecido) expele o óleo ou combustível acima para o alto
e para fora do tanque, resultando na descarga de óleo queimando para uma área grande e
descontrolada fora do recipiente.
EXTINTORES DE INCÊNDIO
Destinam-se ao combate imediato e rápido de pequenos focos de incêndios, não devendo ser
considerados como substitutos aos sistemas de extinção mais complexos, mas sim como
equipamentos adicionais.
Recomendações
• Instalar o extintor em local visível e sinalizado;
• O extintor não deverá ser instalado em escadas, portas e rotas de fuga;
• Os locais onde estão instalados os extintores, não devem ser obstruídos;
• O extintor deverá ser instalado na parede ou colocado em suportes de piso;
• O lacre não poderá estar rompido;
• O manômetro dos extintores de AP (água pressurizada) e PQS (pó químico seco) deverá indicar a
carga.
AGENTES EXTINTORES
Trata-se de certas substâncias químicas sólidas, líquidas ou gasosas, que são utilizadas na
extinção de um incêndio. Os principais e mais conhecidos são:
Água Pressurizada
• É o agente extintor indicado para incêndios de classe A.
• Age por resfriamento e/ou abafamento.
• Pode ser aplicado na forma de jato compacto, chuveiro e neblina. Para os dois primeiros casos,
a ação é por resfriamento. Na forma de neblina, sua ação é de resfriamento e abafamento.
ATENÇÃO:
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Nunca use água em fogo das classes C e D.
Nunca use jato direto na classe B.
Pó Químico
• É o agente extintor indicado para combater incêndios
da classe B;
• Age por abafamento, podendo ser também utilizados
nas classes A e C, podendo nesta última danificar o
equipamento.
Pó Químico Especial
• É o agente extintor indicado para incêndios da classe D;
• Age por abafamento.
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Espuma
• É um agente extintor indicado para incêndios das classes A e B.
• Age por abafamento e secundariamente por resfriamento.
• Por ter água na sua composição, não se pode utiliza-lo em incêndio de classe C, pois conduz
corrente elétrica.
• Somente instalar em sua casa equipamento aprovado e executado por uma companhia
especializada no ramo;
• Não usar martelo ou objeto semelhante para apertar a válvula de abertura dos botijões;
• Não abrir o gás para depois riscar o fósforo;
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• Ao constatar qualquer vazamento, fazer o teste para verificar o local exato com espuma
de sabão, nunca com fogo (chama);
• Verificar sempre a validade e condição da mangueira e registro.
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Cuidados Necessários
• Respeitar as proibições de fumar no ambiente de trabalho (Lei Estadual nº 11.540, de 12/11/2003);
• Não acender fósforos, nem isqueiros ou ligar aparelhos celulares em locais sinalizados;
• Manter o local de trabalho em ordem e limpo;
• Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados;
• Colocar os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados;
• Manter desobstruídas as áreas de escape e não deixar, mesmo que provisoriamente, materiais nas
escadas e corredores;
• Não deixar os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desligue-os da tomada;
• Não improvisar instalações elétricas, nem efetuar consertos em tomadas e interruptores, sem que
esteja familiarizado;
• Não sobrecarregar as instalações elétricas com a utilização do PLUG T, lembrando que o mesmo
oferece risco de curto circuíto e outros;
• Verificar antes da saída do trabalho, se não há nenhum equipamento elétrico ligado;
• Observar as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos;
• Manter os materiais inflamáveis em local resguardado e à prova de fogo;
• Não cobrir fios elétricos com o tapete;
• Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, armazenando-os sempre na
posição vertical e na embalagem;
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• Não utilizar chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis.
Em caso de Incêndio
• Manter a calma, evitando o pânico, correrias e gritarias;
• Acionar o Corpo de Bombeiros no telefone 193;
• Usar extintores ou os meios disponíveis para apagar o fogo;
• Acionar o botão de alarme mais próximo, ou telefonar para o ramal de emergência, quando não
se conseguir a extinção do fogo;
• Fechar portas e janelas, confinando o local do sinistro;
• Isolar os materiais combustíveis e proteger os equipamentos, desligando o quadro de luz ou o
equipamento da tomada;
• Comunicar o fato à chefia da área envolvida ou ao responsável do mesmo prédio;
• Armar as mangueiras para a extinção do fogo, se for o caso;
• Existindo muita fumaça no ambiente ou local atingido, usar um lenço como máscara (se possível
molhado), cobrindo o nariz e a boca;
• Para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que possível, manter molhadas as roupas,
cabelos, sapatos ou botas.
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OUTRAS RECOMENDAÇÕES
• Não suba, procure sempre descer pelas escadas;
• Não respire pela boca, somente pelo nariz;
• Não corra nem salte, evitando quedas, que podem ser fatais. Com queimaduras ou asfixias, o
homem ainda pode salvar–se;
• Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação. Tire apenas a gravata
ou roupas de nylon;
• Se suas roupas se incendiarem, jogue–se no chão e role lentamente. Elas se apagarão por
abafamento;
• Ao descer escadarias, retire sapatos de salto alto e meias escorregadias.
DEVERES E OBRIGAÇÕES
• Procure conhecer todas as saídas que existem no seu local de trabalho, inclusive as rotas de fuga;
• Participe ativamente dos treinamentos teóricos, práticos e reciclagens que lhe forem
ministrados;
• Conheça e pratique as Normas de Proteção e Combate ao Princípio de Incêndio, quando
necessário e possível, adotadas na Empresa;
• Comunique imediatamente aos membros da Equipe de
Emergência, qualquer tipo de irregularidade.
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O termo "prevenção de incêndio" expressa tanto a educação pública como as medidas de
proteção contra incêndio em um edifício.
A implantação da prevenção de incêndio se faz por meio de atividades que visam a evitar o
surgimento do sinistro, possibilitar sua extinção e reduzir seus efeitos antes da chegada do Corpo
de Bombeiros.
As atividades relacionadas com a educação consistem no preparo da população, por meio da
difusão de idéias que divulgam as medidas de segurança, para prevenir o surgimento de
incêndios nas ocupações. Buscam, ainda, ensinar os procedimentos a serem adotados pelas
pessoas diante de um incêndio, os cuidados a serem observados com a manipulação de produtos
perigosos e também os perigos das práticas que geram riscos de incêndio.
As atividades que visam à proteção contra incêndio dos edifícios podem ser agrupadas em:
2) atividades relacionadas com a extinção, perícia e coleta de dados dos incêndios pelos órgãos
públicos, que visam aprimorar técnicas de combate e melhorar a proteção contra incêndio por
meio da investigação, estudo dos casos reais e estudo quantitativo dos incêndios no estado de
São Paulo.
A proteção contra incêndio é definida como medidas tomadas para a detecção e controle do
crescimento do incêndio e sua consequente contenção ou extinção.
1) medidas ativas de proteção que abrangem a detecção, alarme e extinção do fogo (automática
e/ou manual); e
1) a garantia da segurança à vida das pessoas que se encontrarem no interior de um edifício, quando
da ocorrência de um incêndio;
2) a prevenção da conflagração e propagação do incêndio, envolvendo todo o edifício;
3) a proteção do conteúdo e a estrutura do edifício; 4) minimizar os danos materiais de um
incêndio.
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4) dimensionamento de sistemas de detecção e alarme de incêndio e/ou de sistemas de chuveiros
automáticos de extinção de incêndio e/ou equipamentos manuais para combate;
5) dimensionamento das rotas de escape e dos dispositivos para controle do movimento da fumaça.
6) controle das fontes de ignição e riscos de incêndio;
7) acesso para os equipamentos de combate a incêndio;
8) treinamento de pessoal habilitado a combater um princípio de incêndio e coordenar o abandono
seguro da população de um edifício;
9) gerenciamento e manutenção dos sistemas de proteção contra incêndio instalado;
10) controle dos danos ao meio ambiente decorrente de um incêndio.
ISOLAMENTO DE RISCO
A Propagação do incêndio entre edifícios isolados pode se dar através dos seguintes mecanismos:
2) Convecção, que ocorre quando os gases quentes emitidos pelas aberturas existentes na
fachada ou pela cobertura do edifício incendiado atinjam a fachada do edifício adjacente;
3) Condução, que ocorre quando as chamas da edificação ou parte da edificação contígua a uma
outra, atingem a está transmitindo calor e incendiando a mesma.
Desta forma há duas maneiras de isolar uma edificação em relação à outra. São:
Com a previsão das paredes corta-fogo, uma edificação é considerada totalmente estanque em
relação à edificação contígua.
O distanciamento seguro entre edifícios pode ser obtido por meio de uma distância mínima
horizontal entre fachadas de edifícios adjacentes, capaz de evitar a propagação de incêndio entre
os mesmos, decorrente do calor transferido por radiação térmica através da fachada e/ou por
convecção através da cobertura.
Em ambos os casos o incêndio irá se propagar, ignizando através das aberturas, os materiais
localizados no interior dos edifícios adjacentes e/ou ignizando materiais combustíveis localizados
em suas próprias fachadas.
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COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL
A partir da ocorrência de inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio, este
poderá propagar-se para outros ambientes através dos seguintes mecanismos principais:
1) convecção de gases quentes dentro do próprio edifício;
2) convecção dos gases quentes que saem pelas janelas (incluindo as chamas) capazes de transferir
o fogo para pavimentos superiores;
3) condução de calor através das barreiras entre compartimentos; 4) destruição destas barreiras.
Deve-se ressaltar que, de acordo com a situação particular do ambiente incendiado, irão ocorrer
variações importantes nos fatores que determinam o grau de severidade de exposição, que são:
A severidade típica do incêndio é estimada de acordo com a variável ocupação (natureza das
atividades desenvolvidas no edifício).
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A compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação do incêndio de forma que
grandes áreas sejam afetadas, dificultando sobremaneira o controle do incêndio, aumentando o
risco de ocorrência de propagação vertical e aumentando o risco à vida humana.
A compartimentação vertical deve ser tal que cada pavimento componha um compartimento
isolado, para isto são necessários:
1) lajes corta-fogo;
2) enclausuramento das escadas através de paredes e portas corta-fogo;
3) registros corta-fogo em dutos que intercomunicam os pavimentos;
4) selagem corta-fogo de passagens de cabos elétricos e tubulações, através das lajes;
5) utilização de abas verticais (parapeitos) ou abas horizontais projetando-se além da fachada,
resistentes ao fogo e separando as janelas de pavimentos consecutivos (neste caso é suficiente
que estes elementos mantenham suas características funcionais, obstruindo desta forma a livre
emissão de chamas para o exterior).
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3) Evitar ou minimizar danos ao próprio prédio, a edificações adjacentes, à infra-estrutura pública
e ao meio ambiente.
MATERIAIS
Embora os materiais combustíveis contidos no edifício e constituintes do sistema construtivo
possam ser responsáveis pelo início do incêndio, muito frequentemente são os materiais
contidos no edifício que se ignizam em primeiro lugar.
À medida que as chamas se espalham sobre a superfície do primeiro objeto ignizado e, talvez,
para outros objetos contíguos, o processo de combustão torna-se mais fortemente influenciado
por fatores característicos do ambiente.
Se a disponibilidade de ar for assegurada, a temperatura do compartimento subirá rapidamente
e uma camada de gases quentes se formará abaixo do teto, sendo que intensos fluxos de energia
térmica radiante se originarão, principalmente, a partir do teto aquecido. Os materiais
combustíveis existentes no compartimento, aquecidos por convecção e radiação, emitirão gases
inflamáveis. Isto levará a uma inflamação generalizada e todo o ambiente tornar-se-á envolvido
pelo fogo, sendo que e os gases que não queimam serão emitidos pelas aberturas do
compartimento.
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índices ou categorias obtidos nos ensaios e a função do elemento construtivo
(consequentemente, sua provável influência no incêndio).
A influência de determinado elemento construtivo na evolução de um incêndio se manifesta de
duas maneiras distintas.
A primeira delas se refere à posição relativa do elemento no ambiente, por exemplo, a
propagação de chamas na superfície inferior do forro é fator comprovadamente mais crítico para
o desenvolvimento do incêndio do que a propagação de chamas no revestimento do piso, pois a
transferência de calor, a partir de um foco de incêndio, é, em geral muito mais intensa no forro;
neste sentido o material de revestimento do forro deve apresentar um melhor desempenho nos
ensaios de laboratório.
O outro tipo de influência se deve ao local onde o material está instalado: por exemplo, a
propagação de chamas no forro posicionado nas proximidades das janelas, em relação ao forro
afastado das janelas, a fator acentuadamente mais crítico para a transferência do incêndio entre
pavimentos, pois além de sua eventual contribuição para a emissão de chamas para o exterior,
estará mais exposto (quando o incêndio se desenvolver em um pavimento inferior) a gases
quentes e chamas emitidas através das janelas inferiores. Algo semelhante se dá em relação à
propagação do incêndio entre edifícios, onde os materiais combustíveis incorporados aos
elementos construtivos nas proximidades das fachadas podem facilitar a propagação do incêndio
entre edifícios.
Os dois métodos de ensaio básicos para avaliar as características dos materiais constituintes do
sistema construtivo, sob o ponto de vista de sustentar a combustão e propagar as chamas, são
os seguintes;
Uma outra característica que os materiais incorporados aos elementos construtivos apresentam,
diz respeito a fumaça que podem desenvolver à medida em que são expostos a uma situação de
início de incêndio. Em função da quantidade de fumaça que podem produzir e da opacidade
desta fumaça, os materiais incorporados aos elementos construtivos podem provocar
empecilhos importantes à fuga das pessoas e ao combate do incêndio.
Para avaliar esta característica deve-se utilizar o método de ensaio para determinação da
densidade ótica da fumaça produzida na combustão ou pirólise dos materiais.
O controle da quantidade de materiais combustíveis incorporados aos elementos construtivos
apresenta dois objetivos distintos. O primeiro é dificultar a ocorrência da inflamação
generalizada no local em que o incêndio se origina. O segundo, considerando que a inflamação
generalizada tenha ocorrido, é limitar a severidade além do ambiente em que se originou.
Com relação ao primeiro objetivo, a utilização intensiva de revestimentos combustíveis capazes
de contribuir para o desenvolvimento do incêndio ao sofrerem a ignição e ao levar as chamas
para outros objetos combustíveis além do material / objeto onde o fogo se iniciou.
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Com relação ao segundo objetivo, quanto maior for a quantidade de materiais combustíveis
envolvidos no incêndio maior severidade este poderá assumir, aumentando assim o seu
potencial de causar danos e a possibilidade de se propagar para outros ambientes do edifício.
O método para avalizar a quantidade de calor com que os materiais incorporados aos elementos
construtivos podem contribuir para o desenvolvimento do incêndio é denominado "ensaio para
determinação do calor potencial".
SAÍDA DE EMERGÊNCIA
Para salvaguardar a vida humana em caso de incêndio é necessário que as edificações sejam
dotadas de meios adequados de fuga, que permitam aos ocupantes se deslocarem com
segurança para um local livre da ação do fogo, calor e fumaça, a partir de qualquer ponto da
edificação, independentemente do local de origem do incêndio.
Além disso, nem sempre o incêndio pode ser combatido pelo exterior do edifício, decorrente da
altura do pavimento onde o fogo se localiza ou pela extensão do pavimento (edifícios térreos).
Nestes casos, há a necessidade da brigada de incêndio ou do Corpo de Bombeiros de adentrar ao
edifício pelos meios internos a fim de efetuar ações de salvamento ou combate.
Estas ações devem ser rápidas e seguras, e normalmente utilizam os meios de acesso da
edificação, que são as próprias saídas de emergência ou escadas de segurança utilizadas para a
evacuação de emergência,
Para isto ser possível as rotas de fuga devem atender, entre outras, as seguintes condições
básicas:
O número de saídas difere para os diversos tipos de ocupação, em função da altura, dimensões
em planta e características construtivas.
Normalmente o número mínimo de saídas consta de códigos e normas técnicas que tratam do
assunto.
A distância máxima a percorrer consiste no caminhamento entre o ponto mais distante de um
pavimento até o acesso a uma saída neste mesmo pavimento.
Da mesma forma como o item anterior, essa distância varia conforme o tipo de ocupação e as
características construtivas do edifício e a existência de chuveiros automáticos como proteção.
Os valores máximos permitidos constam dos textos de códigos e normas técnicas que tratam do
assunto.
O número previsto de pessoas que deverão usar as escadas e rotas de fuga horizontais é baseado
na lotação da edificação, calculada em função das áreas dos pavimentos e do tipo de ocupação.
As larguras das escadas de segurança e outras rotas devem permitir desocupar todos os
pavimentos em um tempo aceitável como seguro.
Isto indica a necessidade de compatibilizar a largura das rotas horizontais e das portas com a
lotação dos pavimentos e de adotar escadas com largura suficiente para acomodar em seus
interiores toda a população do edifício.
As normas técnicas e os códigos de obras estipulam os valores das larguras mínimas (denominado
de Unidade de Passagem) para todos os tipos de ocupação.
As saídas (para um local seguro) e as escadas devem ser localizadas de forma a propiciar
efetivamente aos ocupantes a oportunidade de escolher a melhor rota de escape.
Para isto devem estar suficientemente afastadas uma das outras, uma vez que a previsão de duas
escadas de segurança não estabelecerá necessariamente rotas distintas de fuga, pois em função
de proximidade de ambas, em um único foco de incêndio poderá torná-las inacessível.
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A descarga das escadas de segurança deve se dar preferencialmente para saídas com acesso
exclusivo para o exterior, localizado em pavimento ao nível da via pública.
Outras saídas podem ser aceitas, como as diretamente no átrio de entrada do edifício, desde que
alguns cuidados sejam tomados, representados por:
A largura mínima das escadas de segurança varia conforme os códigos e Normas Técnicas, sendo
normalmente 2,20 m para hospitais e entre 1,10 m a 1,20 m para as demais ocupações, devendo
possuir patamares retos nas mudanças de direção com largura mínima igual à largura da escada.
As escadas de segurança devem ser construídas com materiais incombustíveis, sendo também
desejável que os materiais de revestimento sejam incombustíveis.
As escadas de segurança devem possuir altura e largura ergométrica dos degraus, corrimãos
corretamente posicionados, piso antiderrapante, além de outras exigências para conforto e
segurança.
ESCADAS DE SEGURANÇA
Todas as escadas de segurança devem ser enclausuradas com paredes resistentes ao fogo e
portas corta-fogo. Em determinadas situações estas escadas também devem ser dotadas de
antecâmaras enclausuradas de maneira a dificultar o acesso de fumaça no interior da caixa de
escada. As dimensões mínimas (largura e comprimento) são determinadas nos códigos e Normas
Técnicas.
A antecâmara só deve dar acesso à escada e a porta entre ambas, quando aberta, não deve
avançar sobre o patamar da mudança da direção, de forma a prejudicar a livre circulação.
Para prevenir que o fogo e a fumaça desprendidos por meio das fachadas do edifício penetrem
em eventuais aberturas de ventilação na escada e antecâmara, deve ser mantida uma distância
horizontal mínima entre estas aberturas e as janelas do edifício.
ACESSOS
Quando a rota de fuga horizontal incorporar corredores, o fechamento destes deve ser feito de
forma a restringir a penetração de fumaça durante o estágio inicial do incêndio. Para isto suas
paredes e portas devem apresentar resistência ao fogo.
Para prevenir que corredores longos se inundem de fumaça, é necessário prever aberturas de
exaustão e sua subdivisão com portas à prova de fumaça.
As portas incluídas nas rotas de fuga não podem ser trancadas, entretanto devem permanecer
sempre fechadas, dispondo para isto de um mecanismo de fechamento automático.
Alternativamente, estas portas podem permanecer abertas, desde que o fechamento seja
acionado automaticamente no momento do incêndio.
Estas portas devem abrir no sentido do fluxo, com exceção do caso em que não estão localizadas
na escada ou na antecâmara e não são utilizadas por mais de 50 pessoas. Para prevenir acidentes
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e obstruções, não devem ser admitidos degraus junto à soleira, e a abertura de porta não deve
obstruir a passagem de pessoas nas rotas de fuga.
O único tipo de porta admitida é aquele com dobradiças de eixo vertical com único sentido de
abertura.
Dependendo da situação, tais portas podem ser a prova de fumaça, corta fogo ou ambos. A
largura mínima do vão livre deve ser de 0,8 m.
A iluminação de emergência para fins de segurança contra incêndio pode ser de dois tipos:
1)debalizamento;
2)de aclaramento.
1) iluminação permanente, quando as instalações são alimentadas em serviço normal pela fonte
normal e cuja alimentação é comutada automaticamente para a fonte de alimentação própria
em caso de falha da fonte normal;
2) iluminação não permanente, quando as instalações não são alimentadas em serviço normal
e, em caso de falha da fonte normal, são alimentadas automaticamente pela fonte de
alimentação própria.
Sua previsão deve ser feita nas rotas de fuga, tais como corredores, acessos, passagens
antecâmara e patamares de escadas.
Seu posicionamento, distanciamento entre pontos e sua potência são determinados nas Normas
Técnicas Oficiais.
23
ELEVADOR DE SEGURANÇA
Para o caso de edifícios altos, adicionalmente a escada, é necessária a disposição de elevadores
de emergência, alimentada por circuito próprio e concebida de forma a não sofrer interrupção
de funcionamento durante o incêndio.
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b) de fumaça, sensíveis a produtos de combustíveis e/ou pirólise suspenso na atmosfera;
c) de gás, sensíveis aos produtos gasosos de combustão e/ou pirólise;
d) de chama, que respondem as radiações emitidas pelas chamas.
3) Central de controle do sistema, pela qual o detector é alimentado eletricamente a ter a função
de:
4) Alarmes sonoros e/ou visuais, não incorporados ao painel de alarme, com função de, por
decisão humana, dar o alarme para os ocupantes de determinados setores ou de todo o edifício;
O tipo de detector a ser utilizado depende das características dos materiais do local e do risco de
incêndio ali existente. A posição dos detectores também é um fator importante e a localização
escolhida (normalmente junto à superfície inferior do forro) deve ser apropriada à concentração
de fumaça e dos gases quentes.
Para a definição dos aspectos acima e dos outros necessários ao projeto do sistema de detecção
automática devem ser utilizadas as normas técnicas vigentes.
O sistema de detecção automática deve ser instalado em edifícios quando as seguintes condições
sejam simultaneamente preenchidas:
1) início do incêndio não pode ser prontamente percebido de qualquer parte do edifício pelos seus
ocupantes;
25
6) incapacitação dos ocupantes por motivos de saúde (hospitais, clínicas com internação).
Os acionadores manuais devem ser instalados em todos os tipos de edifício, exceto nos de
pequeno porte onde o reconhecimento de um princípio de incêndio pode ser feito
simultaneamente por todos os ocupantes, não comprometendo a fuga dos mesmos ou possíveis
tentativas de extensão.
Os acionadores manuais devem ser instalados mesmo em edificações dotadas de sistema de
detecção automática e/ou extinção automática, já que o incêndio pode ser percebido pelos
ocupantes antes de seus efeitos sensibilizarem os detectores ou os chuveiros automáticos.
A partir daí, os ocupantes que em primeiro lugar detectarem o incêndio, devem ter rápido acesso
a um dispositivo de acionamento do alarme, que deve ser devidamente sinalizado a propiciar
facilidade de acionamento.
Os acionadores manuais devem ser instalados nas rotas de fuga, de preferência nas proximidades
das saídas (nas proximidades das escadas de segurança, no caso de edifícios de múltiplos
pavimentos). Tais dispositivos devem transmitir um sinal de uma estação de controle, que faz
parte integrante do sistema, a partir do qual as necessárias providências devem ser tomadas.
SINALIZAÇÃO
A sinalização de emergência utilizada para informar e guiar os ocupantes do edifício,
relativamente a questões associadas aos incêndios, assume dois objetivos:
A sinalização de emergência deve ser dividida de acordo com suas funções em seis categorias:
1) sinalização de alerta, cuja função é alertar para áreas e materiais com potencial de risco;
2) sinalização de comando, cuja função é requerer ações que condições adequadas para a utilização
das rotas de fuga;
3) sinalização de proibição, cuja função é proibir ações capazes de conduzir ao início do incêndio;
4) sinalização de condições de orientação e salvamento, cuja função é indicar as rotas de saída e
ações necessárias para o seu acesso;
5) sinalização dos equipamentos de combate, cuja função é indicar a localização e os tipos dos
equipamentos de combate.
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EXTINTORES PORTÁTEIS E EXTINTORES SOBRE RODAS
(CARRETAS)
Os extintores portáteis e sobre rodas podem ser divididos em cinco tipos, de acordo com o agente
extintor que utilizam:
1) água;
2) espuma mecânica;
3) pó químico seco;
4) bióxido de carbono;
A quantidade e o tipo de extintores portáteis e sobre rodas devem ser dimensionados para cada
ocupação em função:
Os riscos especiais como casa de medidores, cabinas de força, depósitos de gases inflamáveis
devem ser protegidos por extintores, independentemente de outros que cubram a área onde se
encontram os demais riscos.
Os extintores portáteis devem ser instalados, de tal forma que sua parte superior não ultrapasse
a 1,60 m de altura em ralação ao piso acabado, e a parte inferior fique acima de 0,20 m (podem
ficar apoiados em suportes apropriados sobre o piso);
Deverão ser previstas no mínimo, independente da área, risco a proteger e distância a percorrer,
duas unidades extintoras, sendo destinadas para proteção de incêndio em sólidos e
equipamentos elétricos energizados.
Os parâmetros acima descritos são definidos de acordo com o risco de incêndio do local.
27
Quanto aos extintores sobre rodas, estes podem substituir até a metade da capacidade dos
extintores em um pavimento, não podendo, porém, ser previstos como proteção única para uma
edificação ou pavimento.
Tanto os extintores portáteis como os extintores sobre rodas devem possuir selo ou marca de
conformidade de órgão competente ou credenciado e ser submetidos a inspeções e
manutenções frequentes.
SISTEMA DE HIDRANTES
É um sistema de proteção ativa, destinado a conduzir e distribuir tomadas de água, com
determinada pressão e vazão em uma edificação, assegurando seu funcionamento por
determinado tempo.
Sua finalidade é proporcionar aos ocupantes de uma edificação, um meio de combate para os
princípios de incêndio no qual os extintores manuais se tornam insuficientes.
Os componentes de um sistema de hidrantes são:
São compostos por registros (gaveta, ângulo aberto e recalque), válvula de retenção, esguichos
e etc.;
4) Tubulação;
A tubulação é responsável pela condução da água, cujos diâmetros são determinados, por cálculo
hidráulico.
As bombas de recalque podem ser acionadas por botoeiras do tipo liga-desliga, pressostatos,
chaves de fluxo ou uma bomba auxiliar de pressurização (jockey).
O Corpo de Bombeiros, em sua intervenção a um incêndio, pode utilizar a rede hidrantes
(principalmente nos casos de edifícios altos). Para que isto ocorra, os hidrantes devem ser
instalados em todos os andares, em local protegido dos efeitos do incêndio, nas proximidades
das escadas de segurança.
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A canalização do sistema de hidrante deve ser dotada de um prolongamento até o exterior da
edificação de forma que possa permitir, quando necessário, recalcar água para o sistema pelas
viaturas do Corpo de Bombeiros.
Um outro sistema que pode ser adotado no lugar dos tradicionais hidrantes internos são os
mangotinhos. Os mangotinhos apresentam a grande vantagem de poder ser operado de maneira
rápida por uma única pessoa. Devido a vazões baixas de consumo, seu operador pode contar
com grande autonomia do sistema. Por estes motivos os mangotinhos são recomendados pelos
bombeiros, principalmente nos locais onde o manuseio do sistema é executado por pessoas não
habilitadas (Ex.: uma dona de casa em um edifício residencial). O dimensionamento do sistema
de mangotinhos é idêntico ao sistema de hidrantes.
Pode-se dizer que, via de regra, o sistema de chuveiros automáticos é a medida de proteção
contra incêndio mais eficaz quanto à água for o agente extintor mais adequado.
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2) de forma a garantir em toda a rede níveis de pressão e vazão em todos os chuveiros automáticos,
a fim de atender a um valor mínimo estipulado;
3) para que a distribuição de água seja suficientemente homogênea, dentro de uma área de
influência predeterminada.
SISTEMA DE ESPUMA
A espuma mecânica é amplamente aplicada para combate em incêndio em líquidos combustíveis
e inflamáveis.
A espuma destinada à extinção do incêndio é um agregado estável de bolhas, que tem a
propriedade de cobrir e aderir aos líquidos combustíveis e inflamáveis, formando uma camada
resistente e contínua que isola do ar, e impede a saída para a atmosfera dos vapores voláteis
desses líquidos.
Sua atuação se baseia na criação de uma capa de cobertura sobre a superfície livre dos líquidos,
com a finalidade de:
Sua aplicação destina-se ao combate de fogos de grandes dimensões que envolvam locais que
armazenem líquido combustível e inflamável.
Também se destina a:
1) fogo em gases;
2) fogo em vazamento de líquidos sobre pressão;
3) fogo em materiais que reagem com a água.
A espuma é um agente extintor condutor de eletricidade e, normalmente, não deve ser aplicada
na presença de equipamentos elétricos com tensão, salvo aplicações específicas.
Cuidado especial deve se ter na aplicação de líquidos inflamáveis que se encontram ou podem
alcançar uma temperatura superior a ponto de ebulição da água; evitando-se a projeção do
líquido durante o combate (slop-over).
Os vários tipos de espuma apresentam características peculiares ao tipo de fogo a combater, que
as tornam mais ou menos adequadas. Na escolha da espuma devem-se levar em consideração:
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1) aderência;
2) capacidade de supressão de vapores inflamáveis;
3) estabilidade e capacidade de retenção de água;
4) fluidez;
5) resistência ao calor;
6) resistência aos combustíveis polares. Os tipos de espuma variam:
a) química, que é obtida pela reação entre uma solução de sal básica (normalmente bicarbonato
de sódio), e outra de sal ácida (normalmente sulfato de alumínio), com a formação de gás
carbônico na presença de um agente espumante. Este tipo de espuma é totalmente obsoleto e
seu emprego não está mais normatizado.
b) Física ou mecânica, que é formada ao introduzir, por agitação mecânica, ar em uma solução
aquosa (pré-mistura), obtendo-se uma espuma adequada. Esta é o tipo de espuma mais
empregada atualmente.
2) segundo a composição:
• Proteínicas, que são obtidas pela hidrólise de resíduos proteínicos naturais. Caracteriza-se por
uma excelente resistência à temperatura.
• Fluorproteínicas, que são obtidas mediante a adição de elementos fluorados ativos a
concentração proteínica, da qual se consegue uma melhora na fluidez e resistência a
contaminação.
b) Base sintética.
O coeficiente de expansão é a relação entre o volume final de espuma e o volume inicial da pré-
mistura. E se dividem em:
a) Espuma convencional, que extingue somente pela capa de cobertura de espuma aplicada;
b) Espuma aplicadora de película aquosa (AFFF), que forma uma fina película de água que se
estende rapidamente sobre a superfície do combustível.
Espuma antiálcool, que forma uma película que protege a capa de cobertura de espuma frente à
ação de solventes polares.
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Os sistemas de espuma são classificados conforme:
a) automático;
b) semi-automático;
c) manual.
Componentes do Sistema
São reservatórios, tanques nos quais se armazena a quantidade de líquido gerador de espuma
necessária para o funcionamento do sistema. Deve dispor dos seguintes componentes básicos:
O material com que é construído o tanque de extrato deve ser adequado ao líquido gerador que
armazena (problemas de corrosão e etc.).
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A proporção é fundamental para permitir uma espuma eficiente ao combate ao fogo que se
espera.
5) São elementos portáteis e fixos, cuja função é dar forma a espuma de baixa e média expansão e
faze-la atingir ao tanque de combustível em chama.
Os esguichos lançadores (linhas manuais) podem ou não possuir um dosificador em seu corpo
(proporcionador).
A diferença de emprego entre o esguicho lançador de espuma e os canhões de espuma está na
capacidade de lançar e alcançar os tanques no que tange sua altura.
Os esguichos são recomendados para tanques até 6m de altura, enquanto que os canhões
atingem alturas mais elevadas.
Os esguichos de espuma são recomendados como complemento de apoio às instalações fixas,
pois como medida de proteção principal, expõem os operadores a sérios riscos.
Câmaras de espuma
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São elementos de geração e aplicação de espuma de alta expansão, formando uma espuma
com uma maior proporção de ar.
São compostos por um ventilador que podem ser acionados por um motor elétrico, ou pela
própria passagem da solução de prémistura.
Podem ser do tipo móvel ou fixo, aplicando a espuma diretamente ou por meio de mangas e
condutos especialmente projetados.
Sua pressão de funcionamento varia de 5 a 7 bar.
7) Tubulações e acessórios
As tubulações são responsáveis pela condução da água ou prémistura para os equipamentos que
formam ou aplicam espuma.
Quantos aos acessórios, estes devem resistir a altas pressões uma vez que os sistemas de
espuma, normalmente, trabalham com valores elevados de pressão, decorrente das perdas de
carga nos equipamentos e pressões mínimas para a formação da espuma.
O dimensionamento do sistema varia conforme o tipo, dimensão e arranjo físico dos locais que
armazenam líquidos inflamáveis e combustíveis, devendo seguir as normas técnicas oficiais e
Instruções Técnicas baixadas pelo Corpo de Bombeiros.
A reserva de incêndio também varia conforme o tamanho das áreas de armazenamento, mas
possuem capacidade de reserva maior que aos destinados a sistema de hidrantes.
1) Fogos de classe "B" e "C" (líquidos inflamáveis e gases combustíveis, e equipamentos elétricos
energizados de alta tensão), em:
a) recintos fechados, por inundação total, onde o sistema extingue pelo abafamento, baixando-se
a concentração de oxigênio do local necessária para a combustão, criando uma atmosfera inerte.
b) recintos abertos, mediante aplicação local sob determinada
área.
a) decorrente de seu efeito de resfriamento, nos incêndio em sólidos, em que o fogo é pouco
profundo e o calor gerado é baixo;
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b) nos usos de inundação total, aliados a uma detecção prévia, a fim de evitar a formação de brasas
profundas;
c) nos usos de aplicação local, leva-se em conta o tipo e disposição do combustível, uma vez que a
descarga do CO2;
d) impedirá a extinção nas regiões não acessíveis diretamente
pelo sistema.
1) fogos em combustíveis (não pirofóricos) que não precisam de oxigênio para a sua combustão,
pois permitem uma combustão anaeróbia;
2) fogos em combustíveis de classe "D" (materiais pirofóricos);
1) Inundação total, onde a descarga de CO², é projetada para uma concentração em todo o volume
do risco a proteger;
2) Aplicação local, onde o CO2 é projetado sobre elementos a proteger não confinados;
3) Modulares, que consiste em um pequeno sistema de inundação total instalado no interior dos
compartimentos dos equipamentos a proteger.
1) Cilindros, que contém o agente extintor pressurizado, onde a própria pressão do cilindro será
utilizada para pressurização do sistema, sendo responsáveis pela descarga dos difusores.
Sua localização deve ser próxima a área/ equipamento a proteger, a fim de evitar perdas de carga;
diminuir a possibilidade de danos à instalação e baratear o custo do sistema; mas não deve ser
instalada dentro da área de risco, devendo ficar em local protegido (exceto para os sistemas
modulares).
Os cilindros devem ser protegidos contra danos mecânicos ou danos causados pelo ambiente
agressivo.
No conjunto de cilindros, há um destinado a ser "cilindro-piloto", cuja função é, mediante
acionamento de um dispositivo de comando, estabelecer um fluxo inicial do agente, a fim de
abrir por pressão as demais cabeças de descarga dos demais cilindros da bateria.
a) Alta pressão, na qual o CO2 encontra-se contido a uma temperatura de 20°C e uma pressão de
60bar. Este sistema é o mais comum.
b) Baixa pressão, na qual o CO2 encontra-se resfriado a -20°C e com uma pressão de 20bar.
2) Cabeça de descarga, que consiste de um dispositivo fixo adaptado à válvula do cilindro, a fim
de possibilitar sua abertura e conseqüente descarga ininterrupta do gás.
3) Tubulação e suas conexões, responsáveis pela condução do agente extintor devem ser
resistentes a pressão, a baixa temperatura e a corrosão, tanto internamente como
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externamente. Devem resistir a uma pressão de ruptura 5,5 vezes maior que a pressão
nominal do cilindro;
BRIGADA DE INCÊNDIO
A população do edifício deve estar preparada para enfrentar uma situação de incêndio, quer seja
adotando as primeiras providências no sentido de controlar o incêndio, quer seja abandonando
o edifício de maneira rápida e ordenada.
Para isto ser possível é necessário como primeiro passo, a elaboração de planos para enfrentar a
situação de emergência que estabeleçam em função dos fatores determinantes de risco de
incêndio, as ações a serem adotadas e os recursos materiais e humanos necessários. A formação
de uma equipe com este fim específico é um aspecto importante deste plano, pois permitirá a
execução adequada do plano de emergência.
Essas equipes podem ser divididas em duas categorias, decorrente da função a exercer:
Em um edifício pode ocorrer que haja esta equipe distinta ou executada as funções
simultaneamente.
Tais planos devem incluir a provisão de quadros sinóticos em distintos setores do edifício
(aqueles que apresentem parcela significativa da população flutuante como, por exemplo,
hotéis) que indiquem a localização das saídas, a localização do quadro sinótico com o texto " você
está aqui" e a localização dos equipamentos de combate manual no setor.
Por último deve-se promover o treinamento periódico dos brigadistas e de toda a população do
edifício.
PLANTA DE RISCO
É fundamental evitar qualquer perda de tempo quando os bombeiros chegam ao edifício em que
está ocorrendo o incêndio. Para isto é necessário existir em todas as entradas do edifício (cujo
porte pode definir dificuldades as ações dos bombeiros) informações úteis ao combate, fáceis de
entender, que localizam por meio de plantas os seguintes aspectos:
1) ruas de acesso;
2) saídas, escadas, corredores e elevadores de emergência;
3) válvulas de controle de gás e outros combustíveis;
4) chaves de controle elétrico;
5) localização de produtos químicos perigosos;
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6) reservatórios de gases liquefeitos, comprimidos e de produtos perigosos.
7) registros e portas corta-fogo, que fecham automaticamente em caso de incêndios e botoeiras
para acionamento manual destes dispositivos;
8) pontos de saídas de fumaça;
9) janelas que podem ser abertas em edifícios selados;
10) painéis de sinalização e alarme de incêndio;
11) casa de bombas do sistema de hidrantes e de chuveiros automáticos; 12) extintores etc.
13) sistema de ventilação e localização das chaves de controle;
14) sistemas de chuveiros automáticos e respectivas válvulas de controle;
15) hidrantes internos e externos e hidrantes de recalque e respectivas válvulas de controle;
Com relação à equipe de busca, exploração e salvamento a mesma deverá seguir os seguintes
princípios:
A - Trabalhar no mínimo em dupla com alcance visual entre si e ligados por um cabo da vida ou
umbilical do cinto alemão e sempre que as condições da edificação e o número do efetivo no
local permitir, também estar ligada por uma corda (linha da vida) a uma equipe na escada. Como
em geral nos edifícios altos não haverá efetivo disponível, esta equipe deverá portar linha de
mangueira pressurizada quando não houver visibilidade no pavimento e proceder conforme
descrito no número 37 do subitem exploração;
B - Utilizar materiais e equipamentos para segurança pessoal e desenvolvimento de seus trabalhos
conforme descrição abaixo:
b.1Capacete gallet
b.2Calça e capa de incêndio
b.3Luvas de incêndio ou no mínimo luvas de vaqueta
b.4Botas de incêndio
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b.5 Cinto alemão com machado
b.6 .Máscara autônoma completa com carona
b.7 .Capuz de proteção para a cabeça - “bala clava”
b.8 .Cabo da vida e corda de 50 metros de comprimento (Linha da vida)
b.9 Lanterna
b.10 Alavanca de arrombamento ou machado
b.11 Giz ou tinta (para demarcação dos ambientes já explorados ou em exploração)
b.12 Rádio transceptor portátil (HT)
b.13 Bolsa com materiais para primeiros socorros.
b.14 Bolsa com materiais e equipamentos de altura com corda de no mínimo 50 metros;
b.15 30 m de mangueira de 38 mm em ziguezague;
b.16 esguicho regulável;
b.17 cunhas ou calços de madeira (para travar portas)
C - Explorar o ambiente passo a passo, neutralizar, sinalizar e amenizar riscos durante a exploração,
visando à segurança própria e dos trabalhos das demais guarnições. Não havendo a possibilidade
de eliminar riscos durante a exploração, sinalizar adequadamente o local;
E - Não progredir sem antes demarcar convenientemente o ambiente já explorado, para evitar
explorá-lo novamente ou que outras equipes venham a refazer;
F - Não prosseguir na exploração sem antes certificar-se de que os caminhos a serem utilizados e
as rotas de escape estão desobstruídas, inclusive mantenha as portas pelas quais passar abertas,
calçando-as se necessário e no regresso feche-as. Muitas vezes, consideramos mais simples
passar por cima do obstáculo do que removê-lo, entretanto, devemos considerar a hipótese de
termos que deixar a edificação rapidamente, e que neste retorno, fatalmente estaremos mais
cansados, tensos, ou carregando vitimados, fatores estes que irão dificultar nossas atividades,
portanto sempre que adentrar em uma edificação para proceder a exploração no ambiente, não
se deve prosseguir sem antes tentar eliminar os obstáculos encontrados.
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ATENÇÃO: Assim que soar o alarme da reserva dos cilindros de ar, de qualquer integrante da
equipe de busca, exploração e salvamento, toda a equipe deverá deixar o ambiente e
providenciar a substituição do cilindro.
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Ao encontrar uma vítima deverá ser dado de imediato suporte respiratório a mesma e retirá-
la da situação de risco o mais rápido possível. Ainda deverá ser avaliado os possíveis ferimentos
que a vítima possui e se riscos imediatos próximos permitirem, realizar os primeiros socorros.
Ventilação
Ventilação tática são ações de controle da circulação de fumaça e de ar, de forma
planejada, para obter vantagens operacionais no combate a incêndio. A visão sobre ventilação
varia de continente para continente. A Europa, tradicionalmente, volta seu combate a incêndios
para as condições encontradas em estruturas de compartimentos pequenos, trabalhando com
baixa vazão e alta pressão nas mangueiras, confinando o fogo (também chamado de anti-
ventilação) e estabilizando os gases aquecidos no ambiente antes de abri-lo.
Os americanos voltam o seu combate para as condições de incêndios de propagação
rápida, em grandes espaços. Utilizam ventilação de forma agressiva e ataque rápido ao foco, com
uma alta vazão nas mangueiras. Atualmente, com a disseminação do uso da ventilação forçada
com ventiladores e a preocupação causada por acidentes fatais envolvendo comportamentos
extremos do fogo, ambas as visões têm-se modificado, absorvendo procedimentos de uma e de
outra. Toda ventilação deve ser feita conscientemente, conforme a conveniência do combate.
Qualquer entrada em local incendiado implica em ventilar o ambiente, ou seja, é impossível abrir
uma porta ou uma janela, sem permitir a entrada de ar. O entendimento de como a ventilação
ocorre possibilita usá-la a favor do combate a incêndio mais eficiente e eficaz.
A ventilação é interdependente das demais ações do combate ao incêndio. Perceba que
nas demais técnicas tratadas neste manual, enfatiza-se que portas e janelas não devem ser
abertas indiscriminadamente, pois afetaria a ventilação de forma não planejada. Utilizar
ventilação exige coordenação entre o exterior e o interior da edificação.
A ventilação também precisa ser planejada antes da execução, pois corrigi-la em
andamento é difícil, já que algumas aberturas serão permanentes.
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A ventilação possui como principais funções:
• A redução do risco de comportamentos extremos do fogo, pela diluição da fumaça.
• A melhoria da visibilidade no interior da edificação sinistrada.
• A diminuição da temperatura e aumento da disponibilidade de ar respirável para as vítimas
distantes do foco.
• A redução da velocidade de propagação, pelo confinamento do fogo.
• O empuxo.
• A sobre-pressão no compartimento incendiado.
• A pressão negativa em corredores e escadas.
• A direção do vento.
Os gases aquecidos da fumaça têm densidade menor que o ar ambiente, e, portanto, sofrem
empuxo e sobem. A sobrepressão é proveniente do aumento do volume dos gases aquecidos.
Devido à sobre-pressão, a fumaça acumulada sai do compartimento por qualquer abertura,
mesmo que seja baixa.
E a pressão negativa ocorre fazendo com que os locais de menor seção por onde passam os
fluidos tenham menor pressão e uma maior velocidade. Por causa da pressão negativa, escadas
e corredores sugam a fumaça proveniente do foco do incêndio.
A ventilação horizontal, que pode ser a abertura de uma janela ou porta, por exemplo, servese
da sobre-pressão e da direção do vento para dispersar a fumaça. Deve ser feita com muito
critério, pois envolve as áreas baixas do ambiente, portanto, qualquer problema poderá afetar o
local de trabalho dos bombeiros.
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Ventilação horizontal: saída de fumaça perto do fogo
• Na abertura de portas e janelas, manter-se a favor do vento evita ser atingido pela fumaça
liberada.
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Aproximação deve ser feita a favor do vento
• A ventilação vertical é também muito útil para melhorar as condições para as vítimas,
facilitando o escape em ambientes grandes: a abertura do teto propicia o escoamento da fumaça,
melhorando a visibilidade, diminuindo a toxidade da atmosfera e a temperatura.
Na Figura, é possível observar duas situações bem distintas em uma mesma cena de
incêndio. Na primeira, a fumaça acumulada no ambiente dificulta a orientação da vítima para a
saída, além de submetê-la a um ambiente altamente tóxico. Na segunda cena, a abertura vertical
permite o escoamento seguro da fumaça, aerando o ambiente para a vítima. A fumaça é
combustível. Portanto, qualquer saída deve direcioná-la para local onde a propagação do fogo
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seja menos danosa, tendo em vista a proteção dos bombeiros, das vítimas e das áreas não
atingidas.
Existindo apenas uma abertura, o fogo busca liberar fumaça e obter oxigênio por meio
dela. Se essa única entrada estiver atrás dos bombeiros, será um problema. Por isso, na técnica
de passagem de porta, após abri-la, deve-se voltar a fechá-la.
A ventilação cruzada pode ser usada após o confinamento do fogo: fecha-se o
compartimento em que está o foco e ventila-se o restante da estrutura. Procedendo o
confinamento, ganha-se algum tempo para a retirada de vítimas, pois o desenvolvimento do fogo
é retardado pela diminuição do oxigênio. Nesse caso, as duas aberturas são feitas longe do fogo.
Não se pode fazer o isolamento do cômodo em que está o foco antes de avaliar a possibilidade
de presença de vítima viável (ou seja, que pode ser salva).
Após a extinção de incêndio em edifício, fazer uma abertura no alto de uma escadaria
libera a fumaça, que de outro modo permaneceria nos andares intermediários.
A ventilação cruzada pode ser feita com uma saída de fumaça próxima ao foco. O ar entra
pelo mesmo local que os bombeiros, e a fumaça sai por outra abertura. Essa ventilação facilita
muito o trabalho dos bombeiros e evita danos à propriedade, pois dirige a fumaça para adiante
do jato, o qual é aplicado na direção do foco, para fora da edificação. Para que funcione melhor,
a entrada dos bombeiros deve ser feita a favor do vento, e a saída de fumaça acima do foco.
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Ventilação vertical cruzada: o ar entra por baixo e a fumaça sai adiante do jato fazendo abertura
para ventilação
A ventilação horizontal possui a desvantagem de escoar a fumaça pelas áreas mais baixas
do ambiente, onde ficam bombeiros e vítimas. A abertura de janelas é o modo mais comum de
fazer essa ventilação.
Para a abertura vertical de saída da fumaça, a escada prolongável deve ser colocada de
maneira segura; se possível deve ser amarrada. Não deve ficar sobre janelas, onde poderia ser
atingida pela fumaça. Também é preciso observar se não há fios ou outros obstáculos,
estendendo a escada alguns palmos acima do telhado ou janela, para ter boa visibilidade.
No telhado, somente se deve caminhar apoiado em partes seguras, como platibandas. É
útil também colocar sobre o telhado uma outra escada, evitando quedas. Na impossibilidade de
abrir o telhado, pode-se abrir uma janela alta ou, em último caso, a parede.
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Abertura para a ventilação vertical
Antes de fazer a abertura, deve-se ter pelo menos duas rotas de fuga, pois a fumaça pode sair de
maneira violenta.
As aberturas fáceis são preferíveis.
A abertura deve ter tamanho adequado à estrutura. Para uma residência média, isso significa
aproximadamente 1,2m x 1,2m; para edificações maiores, uma abertura de 3m x 3m.
É sempre melhor fazer uma abertura grande do que várias pequenas, pois o arraste da fumaça é
maior.
Evita-se cortar estruturas de suporte do telhado.
Abre-se a partir da área sobre o fogo em direção à rota de fuga. Completa-se a abertura com
cuidado, e o pessoal se retira rapidamente, pois a fumaça pode sair de forma violenta.
A abertura vertical feita a partir de uma plataforma mecânica oferece mais segurança, pois não
é necessário se apoiar nem na parede nem no teto da edificação sinistrada.
Ventilação forçada
A ventilação forçada é sempre do tipo cruzada, e pode ser horizontal ou vertical, ou seja, exige
duas aberturas, uma de entrada de ar e outra de saída de fumaça. O uso de aparelhos permite
escolher a direção preferencial para dirigir a fumaça, mesmo que seja para baixo ou contra o
vento. No entanto, sempre que possível, é melhor aproveitar a direção natural de deslocamento
dos gases, para tornar a ventilação mais eficiente.
A ventilação forçada pode ser de pressão negativa, ventilação hidráulica ou ainda por pressão
positiva.
A ventilação forçada por pressão negativa é feita por meio de exaustores. A ventilação forçada
por arrastamento ou hidráulica é feita por meio de um jato neblinado para fora do ambiente. A
ventilação por pressão positiva utiliza ventiladores.
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Suas desvantagens são:
Exaustores podem ser utilizados para retirar a fumaça fazendo-a passar por um ambiente que
não pode ser desocupado, como uma Unidade de Tratamento Intensivo de um hospital, por
exemplo. No entanto, por suas várias desvantagens, os exaustores têm caído em desuso no
combate a incêndio.
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Ventilação por meio de jato neblinado
Para se obter uma ventilação forçada mais eficiente, por meio do jato neblinado, recomendase
que:
A fumaça escoa pela saída mais fácil. Portanto, deve-se escolher a saída mais próxima da
base do fogo. Se for necessário, conduzi-la por dentro da edificação, deve-se considerar que ela
pode propagar o fogo ou, simplesmente, sujar áreas não atingidas.
O uso do ventilador de pressão positiva em prédios com ar condicionado central pode
espalhar a fumaça pelo sistema.
Se for possível, o sistema de ar condicionado deve ser controlado e utilizado para os
objetivos táticos do combate a incêndio (exaustão da fumaça, pressurização dos ambientes não
atingidos).
Se não for possível controlá-lo de forma satisfatória, deve-se desligá-lo. Outros sistemas
do prédio podem ser utilizados também. Em um certo incêndio em prédio alto, a fumaça estava
espalhada por vários andares. Enquanto se fazia a busca do foco da forma convencional, ou seja,
começando do andar mais baixo envolvido e subindo para os mais altos, um bombeiro foi
encarregado de assistir a filmagem do sistema de segurança, o que permitiu localizar mais
rapidamente o foco.
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Nem todo o ar lançado pelo ventilador é aproveitado para ventilação. Só 25% do volume
introduzido num apartamento sai pelo local designado. O restante escapa por frestas e portas
mal vedadas ou perde-se logo no cone.
Em um teste realizado num apartamento duplex de 840 m3 (dois pavimentos de 20 x 7 m
e pé direito de 3 m), utilizando um ventilador capaz de proporcionar 500 m3 de ar/min, a
ventilação efetiva foi de 125m3/min. No entanto, a ventilação se dá por diluição e não por
substituição. Portanto, a estimativa de tempo para que um prédio de 840m3 chegue a ter 30%
da fumaça que tinha originalmente, é de uns 10 minutos. A ventilação pode ser otimizada
isolando-se as áreas não envolvidas. Numa residência em que se deseja ventilar a cozinha e a
sala, a ventilação fica mais eficiente se forem fechados os quartos não atingidos.
Existem ventiladores elétricos, de motor a combustão e movidos a água. Esses últimos operam,
geralmente, com pressão mínima entre 9 e 17 bar, conforme o modelo.
Combatendo incêndios
A aplicação de agente extintor para extinguir o fogo é chamada de ataque. Serão abordados aqui,
especificamente, os ataques usando jatos de água, e também do rescaldo e da salvatagem.
• Ataque direto.
• Ataque indireto.
• Ataque tridimensional.
Posicionamento
O ataque deve ser feito, preferencialmente, da área não atingida em direção à área atingida e
em direção ao exterior da edificação.
É preciso evitar trabalharem duas linhas opostas entre si, pois podem lançar vapor e fumaça em
direção uma da outra.
Ataque direto
É a aplicação de água diretamente sobre o foco onde se desenvolve o fogo, resfriando o material
abaixo de sua temperatura de ignição.
Aplicando-se vazão suficiente, a extinção das chamas é imediata. Aplicar água por mais de 3
segundos na mesma área não aumenta a possibilidade de extinguir o fogo e produz vapor
excessivo. O vapor produzido pode queimar os bombeiros e também empurra a fumaça e os
gases combustíveis, podendo alastrar o fogo.
A extinção por ataque direto funciona como apagar uma lâmpada acionando o interruptor ou
ainda como apagar uma vela: basta soprar fortemente para apagá-la. Soprá-la fracamente
durante horas não apaga.
Se a extinção não acontece de imediato, duas razões são possíveis: ou a vazão é insuficiente para
a área visada ou algum anteparo está protegendo a área visada do foco.
O ataque direto é a única opção para incêndios ao ar livre.
Nos incêndios estruturais, o ataque direto pode ser usado isoladamente logo no início ou quando
há aberturas perto do foco por onde o vapor formado possa sair. Porém, quando não há saída
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para fumaça e vapor adiante dos bombeiros, o ataque direto deve ser combinado com uso
do jato atomizado para controlar a inflamabilidade da fumaça.
Ataque indireto
A água é aplicada nas paredes e no teto aquecidos pelo incêndio, para formar uma grande
quantidade de vapor quente e úmido que reduz as chamas e, em alguns casos, chega a extinguir
a base do fogo.
Pela grande quantidade de vapor produzida, oferece risco de queimar os bombeiros. O vapor
formado também pode sair por pequenas aberturas com pressão, bem como "empurrar" a
fumaça para os demais ambientes da edificação.
Como não visa o foco, objetos não atingidos pelo fogo podem ser danificados pela água utilizada
neste tipo de ataque.
Ataque tridimensional
É o uso do jato atomizado. Controla as chamas e resfria a fumaça e os gases do incêndio.
Diminui a temperatura do ambiente, aumentando o conforto e diminuindo o risco de ocorrência
de comportamento extremo do fogo.
É usado durante a progressão da entrada até o local onde é possível atacar o fogo, durante o
ataque direto ao foco e após a extinção.
A área máxima envolvida pelo fogo, em cada cômodo, não deve ultrapassar 70 m2. Acima disso,
o ataque tridimensional não proporciona estabilização suficiente para a presença dos bombeiros
com segurança.
A área de controle pelo ataque tridimensional é limitada pelo alcance do jato e pelo tempo
durante o qual a fumaça pode ser mantida resfriada, que depende da intensidade do incêndio.
Utilizando os diferentes tipos de ataque ao fogo. Um primeiro ataque deve ser feito considerando
a ventilação do ambiente.
Após a extinção superficial do fogo, faz-se o rescaldo.
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Ambiente sem ventilação adequada
Sem ventilação adequada para o ataque, ou seja, saída adiante da linha de mangueira, é preciso
evitar a formação de vapor. Evitar formação de vapor para manter a visibilidade próxima ao foco
e também para evitar queimar os bombeiros.
Faz-se ataque direto com jato compacto em baixa vazão (30GPM) – técnica de ataque utilizando
‘pacote d’água’ – alternado com ataque tridimensional.
Este ataque é próprio para focos de até 40 m2, aproximadamente.
Pode ser usado também quando há ventilação adequada, desde que seja possível aproximar-se o
suficiente do foco.
Abre-se e fecha-se o esguicho de forma intermitente. Desta forma a água cai como um “pacote de
água” sobre uma área pequena.
Começa-se da borda do foco, apagam-se pequenas áreas de cada vez, gradativamente, revirando,
com cuidado, os materiais incandescentes, a fim de completar a extinção com o mínimo de danos,
mantendo a visibilidade e evitando a formação de vapor úmido.
Ataque tridimensional
“Pacote de água”
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Ambiente com ventilação adequada
Havendo ventilação adequada, ou seja, abertura adiante da linha de mangueira, a fumaça e o
vapor formado durante o ataque saem e assim evitam-se queimaduras por vapor e mantém-se
a visibilidade.
a) Varredura
Faz-se o ataque direto aplicando o jato como uma varredura, lentamente, por 1 a 3 segundos
sobre cada área, começando da periferia do foco. Um grande foco pode ser atacado desde modo.
Trabalha-se com a maior vazão disponível começando de uma área periférica. Ataca-se a área
que pode ser coberta pelo jato, em seguida a próxima, até controlar todo o foco. Como se fosse
uma fila.
Um ataque utilizando alta vazão deve ser seguido imediatamente por outro de menor vazão, que
irá extinguir os focos menores restantes, antes que o material seja reaquecido e volte a queimar.
Se o foco estiver oculto e for necessário atingir um obstáculo para que a água ricocheteie e atinja-
o, a aplicação deve durar somente de 1 a 3 segundos sobre cada local, variando-se a posição do
jato para conseguir atingir o foco.
A grandes distâncias, usa-se o jato compacto, que quebra-se pelo atrito com o ar e torna-se
neblinado até chegar ao objetivo. A pequenas distâncias, usa-se o jato neblinado aberto até 30
graus, aproximadamente.
b) Ataque combinado
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Ataque indireto em cômodo grande
c) Dispersão
Separando-se o elemento combustível, os elementos que continuam a queimar distantes uns dos
outros com menor eficiência. O princípio é fácil de entender: 2 m2 de combustível queimando
junto não são a mesma coisa que 2 x 1 m2 separados vários metros um do outro.
Especialmente para controlar grandes focos de incêndio, é importante dividir o foco em duas
partes, para em seguida atacá-las separadamente.
Ataca-se com a maior vazão disponível, por um tempo muito curto, na área de maior potência
do foco, onde as chamas são mais altas, que representa o maior perigo de propagação. Podem-
se posicionar vários esguichos canhões no mesmo ponto, por exemplo.
Não esquecer que é a vazão instantânea que apaga o fogo, não a aplicação de baixa vazão por
muito tempo.
Um ataque eficiente dará resultado em poucos segundos. Se em 15 ou 20 segundos não se
constata nenhum resultado, não adianta continuar. É preciso parar, refletir e mudar de método.
Lembre-se que a extinção é imediata! Não se deve permanecer muito tempo lançando água no
mesmo lugar.
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Rescaldo
Após a extinção superficial do foco, faz-se o rescaldo. O foco deve ser revirado enquanto se faz a
extinção dos pontos quentes restantes. Usa-se o jato compacto e a vazão mínima (30 GPM) e a
alavanca aberta apenas parcialmente, produzindo um fluxo de água sem pressão, que escorre.
Isto aumenta um pouco o tempo de contato e, portanto, a absorção de calor do jato compacto.
Neste caso, o esguicho pode ser segurado pela mangueira.
Deve-se jogar água somente nos pontos quentes, ou seja, que ainda estão acesos. E fechar o
esguicho enquanto se revira o material procurando outros pontos quentes. A técnica descrita
para ambiente sem ventilação, também serve para fazer o rescaldo.
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